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8/6/2019 Notas Para Aula 13 http://slidepdf.com/reader/full/notas-para-aula-13 1/10 1 História Antiga 2011 Aula 13 ± O Império Romano Objetivo: Analisar a estruturação do império romano Temas: - historiografia e fontes - impacto da monarquia ± Roma e monumentos - Millar - imperadores e senado ± instituição e ordem senatorial ± ordem equestre ± Nicolet, Talbert, Eck - Tácito - imperadores e corte ± Tácito, carta do Plínio, Winterling, Eck, Wallace-Hadrill ± idéia de capital - Arcana imperii ± exército ± fim da expansão imperialista ± Paz Romana ± Judéia - economia imperial? - estrutura imperial, administração ± o que é o império? * Boa Noite! * Passar lista de presença * recolher resenhas * estamos começando agora a tratar do ponto culminante do curso ± Império Romano ± vamos ter três aulas até 6 de Julho ± não será o bastante * quem vai fazer introdução a Antiga e Medieval semestre que vem ± verá mais um pouco ± abordagem completamente diferente * período crucial para nós ± integração máxima do Mediterrâneo e seu entorno * discutimos na primeira aula ± nossa definição geográfica de História Antiga ± área conquistada pelo império romano ± tradição ocidental ± deixou de lado a Pérsia, Armênia, Escandinávia, maior parte da África, China, Índia ± só aparecem quando em contato com gregos e especialmente romanos * razões para nosso ³classicentrismo´ são em parte ideológicas ± deixamos de lado aquilo que tradição definiu como ³o outro´ ± ao menos de Heródoto em diante ± identificamos artificialmente o que é ³nosso´

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História Antiga 2011

Aula 13 ± O Império Romano

Objetivo: Analisar a estruturação do império romanoTemas:

- historiografia e fontes- impacto da monarquia ± Roma e monumentos - Millar - imperadores e senado ± instituição e ordem senatorial ± ordem equestre ± Nicolet,Talbert, Eck - Tácito- imperadores e corte ± Tácito, carta do Plínio, Winterling, Eck, Wallace-Hadrill ± idéiade capital

- Arcana imperii ± exército ± fim da expansão imperialista ± Paz Romana ± Judéia- economia imperial?- estrutura imperial, administração ± o que é o império?

* Boa Noite!

* Passar lista de presença* recolher resenhas

* estamos começando agora a tratar do ponto culminante do curso ± Império Romano ± vamos ter três aulas até 6 de Julho ± não será o bastante* quem vai fazer introdução a Antiga e Medieval semestre que vem ± verá mais um pouco ± abordagem completamente diferente* período crucial para nós ± integração máxima do Mediterrâneo e seu entorno* discutimos na primeira aula ± nossa definição geográfica de História Antiga ± áreaconquistada pelo império romano ± tradição ocidental ± deixou de lado a Pérsia,Armênia, Escandinávia, maior parte da África, China, Índia ± só aparecem quando emcontato com gregos e especialmente romanos* razões para nosso ³classicentrismo´ são em parte ideológicas ± deixamos de ladoaquilo que tradição definiu como ³o outro´ ± ao menos de Heródoto em diante ± identificamos artificialmente o que é ³nosso´

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* atualmente estudiosos tentam superar estas dicotomias ± discussões sobre GréciaClássica levam em conta Pérsia ± livro sobre imperialismo ateniense ± discussões sobreRoma Republicana ± samnitas, celtas e cartagineses - últimos 5 anos ± proliferação deestudos sobre Roma e a Índia, ou China

* problema que enfrentamos hoje ± como produzir síntese? Como dar sentido? ± questão das línguas, especialidades

* outro problema ± mais urgente ± repensar o que entendemos por império romano ± escrevendo no final do XVIII Gibbon ± época mais feliz da história da humanidade ± não estava inventando ± estava citando autores contemporâneos ± seguindo ideologiasda elite* Roma foi vista como polo civilizacional ± levando domínio da lei e cultura clássica a

povos bárbaros ± processo de civilização = romanização ± tendência a se tornar romano* como já chamei a atenção aqui ± esta visão vem sendo criticada ± fim da segundaguerra, crítica pós-colonial ± relação entre culturas locais e cultura romana é problematizada ± própria noção de cultura romana é questionada* tendência hoje é muito mais prestar atenção a dinâmicas locais ± como se apropriamde elementos identificados como romanos

*diferença de tendências ± bem visível em duas obras importantíssimas, publicadas em

inglês com dez anos de antecedência ± The Roman Empire, do Garnsey e Saller (87) XThe Roman World, do Martin Goodman

* falar da documentação:- literatura ± especialmente historiadores (Tácito, Suetônio, Herodiano, Dião

Cássio) ± até início do século III ± oradores gregos como Dião Crisõstomo e ÉlioAristides ± visão local ± mesmo com Plutarco

- epigrafia ± epigraphic habit (MacMullen, Woolf)- papiros ± numismática ± moedas provinciais ± grandes catálogos RIC, RPC- arqueologia ± muito rica ± províncias e cidade de Roma

* problema que teremos hoje ± falta de audiovisual e de textos para ler ± como issoafeta ± o que é história?

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* o que nós iremos fazer aqui não é resolver estes problemas ± nossa discussão é outra ± mas devemos prestar atenção a estas questões* qual é nossa discussão? ± até agora viemos falando de comunidades políticas ± comose estruturam, se definem e se organizam ± República ± expansão militar romana ± polis

dos romanos entra em contato com outras comunidades ± redefine comunidades eredefine a si mesma ± comunidades são cidades, cidades imperiais como cartago, oureinos formados por centenas de cidades como reinos helenísticos* crises (no plural) do século I a.C. ± aula passada ± foco foi em Roma ± mostrar que acomunidade política dos romanos que vinha sendo redefinida na longa duração ± foiredefinida também através de eventos violentos (física ou simbolicamente)* elementos importantes discutidos na aula passada ± expansão e diluição do conceitode cidadania (Itália) ± concentração de poder nas mãos de indivíduos (Pompeu, César) ±

redefinição das instituições republicanas ± e dos grupos que operavam elas (guerrascivis, ditaduras e triunviratos) ± Otávio é culminância deste processo ± é a síntese, todosestes elementos são visíveis* hoje e semana que vem ± quero traçar linhas gerais da história do império e dassociedades que fizeram parte dele ± hoje ± olhar mais o centro, Roma, política eeconomia ± semana que vem, olhar fatores mais dispersivos ± ênfase na questão dareligião, províncias e ³crise do século III´

* primeira pergunta que se coloca ± como definir o império romano?* falar de cronologia ± relembrar distinção entre significados de império ± formas desucessão3 1 a.C.a 68 d.C. ± Júlio Cláudios69 a 96 ± Flávios96 a 192 ± Antoninos193 a 23 8 ± Severos23 8 a 2 84 ± crise do século III* contemporâneos teriam noção de que faziam parte de estrutura maior? Eu acho quesim ± presença de Roma no final do século I a.C. ± relaçoes com Senado e generais poderosos ± monumentos a Pompeu ou César * mas existe mudança a partir das conquistas de Augusto ± realização de censoscobrindo o império todo ± Evangelhos mencionam censo em 6 a.D. ± Jesus faz

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referência a pagar a Ce sar o que é de César ± autoridades romanas e indivíduoslocalmente reagem a nova realidade política* Tácito, que vive no final do século I d.C. ± início das Histórias ± faz levantamento dascondições do império ± questão das tropas e governos provinciais ± indica noção de

conjunto

* primeiro ponto importante ± império teve impacto ± mesmo que tenha sedesenvolvido aos poucos, foi desde cedo percebido por contemporâneos ± não é só oimperador ± algo que historiografia enfatiza

* Fergus Millar ± Impacto da Monarquia ± logo após vitória sobre Marco Antônio em3 1 a.C. ± comunidades orientais mostram estar por dentro da política imperial ±

decretos seguem ordenamento político em Roma ± ponto interessante ± mesmo quandoreagem a decretos que formalmente são do senado ± comunidades gregas sabem queautocrator é personagem central* por todo o mundo mediterrâneo assiste-se a unificação do calendário ± uso doscônsules ± festivais locais e feriados continuam ± mas existem festivais imperiais ± vitórias e aniversários* isso é bem visto no Egito por exemplo ± papiros com contratos datados segundocritérios romanos ± mas também em registros de julgamentos ± referências à justiça

imperial ± estátuas de imperadores em locais públicos* tb é bem demonstrado ± desenvolvimento de linguagem arquitetônica monumental ± estudo de Edmund Thomas ± Monumentalidade como linguagem do império ± cidadesmudam de aparência ± são reconhecíveis ± teatros, fora, basílicas, templos ± grandediversidade mas com elementos em comum ± tamanho é uma delas ± Nicholas Purcellchamou de µbigness¶* mais claro em Roma ± período republicano ± importantes monumentos ± especialmente templos ± aquedutos e estradas ± a partir de Pompeu em meados doséculo I a.C. ± grandes complexos ± César constroi complexo, o Forum ± Augustoconstroi outro ± Nerva, Vespasiano e Trajano fazem o mesmo ± cidade muda de cara ± arquitetura imperial* durante República ± colina do Palatino ± área prestigiosa com templos e monumentosligados às origens da cidade ± quarteirão aristocrático ± Augusto compra casas e

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começa a coligá-las ± imperadores a seguir continuam tendência ± vira quarteirão daresidência imperial ± palácio* Nero leva tendência mais longe do que todos ± aproveita grande incêndio de 64 d.C. ± constroi domus aurea ± incorpora centro da cidade

* Vespasiano e Tito ± Coliseu ± ex manubiis ± restauração ao populus* obras indicam nova relação do líder político com o populus ± grandiosidade imperial ± caráter monárquico é afirmado claramente

* historiografia ± relação entre povo romano e imperador ± pão e circo ± expressãoaparece em Sátira de Juvenal (cerca de 100 d.C.) ± marca historiografia* livro de Jérôme Carcopino ± povo romano tem privilégios e não trabalha ± imperadoes organizam abastecimento da cidade ± distribuição gratuita de grãos ± e

cuida dos entretenimentos ± povo só quer saber de comer e se divertir, se desliga da política* atualmente ± historiadores têm mostrado ± imagem é errada ± autores como Plínio,Sêneca, Juvenal e outros ± criticam povo romano ± mas também mostram que povo serevoltava e se exprimia politicamente ± nas ruas e no forum ± população de um milhãode pessoas ± difícil controlar ± imepradores buscam formas de lidar com ela* Nero ± muito criticado nas fontes ± percebeu importância de relação nova com populus ± busca interação direta ± Suetônio é fonte excepcional para isso ± estórias

fantásticas de participação em jogos olímpicos ± apresentações artísticas em teatros naGrécia e pela Itália ± rei carismático ± Neros no século II

* problemas colocados por Nero e Calígula ± objeto de biografia de Aloys Winterling ± loucura e devassidão destes imperadores ± pode ser lida como patologia clínica e moral ± como nas fontes aristocráticas, como Tácito ± ou pode ser lida como comportamentoalternativo daquele sancionado pela elite* semana passada ± discussão do moralismo de Augusto ± adequado para elitesenatorial ± seria diferente para o povo? Outro imperador visto como mau ± Domiciano ± série de medidas para organizar abastecimento da cidade ± tanto água quanto comida ± seria correto dizer que rompe compromisso das elites?* essa questão era chave para os romanos ± Sêneca, da clemência ± tenta criar modelode comportamento para o imperador ± literatura panegírica ± elogios aos imperadores ±

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reproduzem ideologia oficial, ninguém diz o que o imperador não quer ouvir ± masrevelam contraditoriedade na cultura política do império* Domiciano ± se associa a culto de Júpiter ± ênfase na sua divinização criticada por Suetônio por exemplo ± mas um conhecido de Suetônio, que trocou cartas com ele

Plínio o Jovem ± panegírico de Trajano ± descreve imperador criando leis, julgando eordenando o mundo ± como Júpiter

* problema das relações entre imperador e senado ± posição do imperador é em sicontraditória ± Augusto se afirma como senador, recusa títulos e honras ± seu sucessor Tibério ± faz o mesmo ± participam de reuniões do senado ± ouvem críticas* artigo importante de Wallace-Hadrill, Civilis Princeps ± imperador é o Princeps, o

primeiro entre os cidadãos ± código de conduta aceito pela elite ± existe potencial paracrises* Winterling ± análise de inscrição em bronze ± enorme painel descoberto na idademédia ± Lex De Imperio Vespasiani ± falar de Cola de Rienzo ± século XIV* lex ± decreto do senado em 69 d.C. ± quando vespasiano se torna imperador ± concede poderes a Vespasiano ± documento legal que sugere que poder do imperador vem do senado ± foi lido assim por Cola di Rienzo ± problema é que texto tambémdeixa claro que é o imperador quem dá ao senado o poder de dar poderes a ele

* senado imperial ± perde maioria de suas funções políticas ± mas mantém importância política ± parece contraditório mas realidade é que é complexa* na República ± senado oficialmente tinha funções consultivas ± conselho formado por aristocracia da cidade ± com império cada imperador tem atitude diferente ± às vezesatitude muda no mesmo reinado, caso de Tibério ± imperadores tomam decisões longedo senado* Werner Eck mostrou que depois da metade do século I d.C. ± decretos imperiaisaparecem como imperiais ± mesmo quando são votados pelo senado* ao invés de ignorar o senado ± imperadores o redefinem ± especialmente Augusto ± censo ± nova elite senatorial ± redefine classes dominantes ± trabalho de Claude nicolet ± Augusto transforma classe social, no sentido censitário em ordem, grupo definido juridicamente, com direitos e deveres

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* durante república, senadores e equestres tinham mesmo censo mínimo ± era eleiçãoque definia um senador ± Augusto eleva censo senatorial progressivamente de 400 milsestércios para um milhão ± ser senador exige2 .5 vezes mais do que ser equestre* senador ainda precisa ser eleito ± mas descendentes não eleitos continuam a sê-lo por

até 3 gerações ± cria barreiras para casamentos com outras ordens* muitos senadores tinham muito mais do que um milhão ± o mesmo para equestres ± mas outros dependiam dos imperadores ± Augusto menciona na Res Gestae doações afamílias ³empobrecidas´

* relação entre ordem senatorial e ordem equestre era importante ± equestres eram basedo senado ± de onde senadores eram recrutados ± existe caminho para ascensão social* equestres tinham menos restrições, em termos de casamentos e em termos de

atividades nas quais podiam se envolver ± faziam mesma carreira que senadores, em umcerto sentido existia coexão entre os grupos ± diferença é que senadores tinham queviver em Roma, equestres existiam por todo o império ± senado era potencialmente eliteverdadeiramente imperial* potencial se realiza com passar do tempo ± Augusto redefine membros do senado commembros das elites locais italianas ± processo que havia começado desde a guerra socialem 91 a.C., mas que atinge novo nível* Cláudio, na metade do século I d.C. ± abre senado para senadores da Gália ± ie, norte

da Itália e Sul da moderna França ± mesmo período número de senadores da penínsulaibérica começa a crescer ± Sêneca é um deles ± Werner Eck estima que por volta de 70d.C. um terço de todos os imperadores vinha das províncias* em 69, Vespasiano ± primeiro imperador não romano ± italiano* a partir de finais do século I número de imperadores de origem grega (ie, orientais)cresce ± Trajano e Adriano são de origem espanhola* século II ± senadores africanos ± senado incorpora elite de todo o império ± Eck sugeriu que no século II todas as regiões eram representadas por ao menos uma famíliade senadores ± não é o caso de todas as províncias ± vínculos locais, patronagem* não dá para saber se imperadores tinham política consciente de expansão geográficados horizontes desse grupo ± ou se estavam repondendo a novas realidades sociais e políticas

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* historiadores que se preocupam com falta de poder constitucional do senado ± estão procurando no lugar errado ± senado é instituição que reune elite política de todo oimpério ± reserva de mão de obra altamente qualificada para administração do império* cargos políticos mais importantes eram ocupados por senadores ± seja governadores

de província ou generais ± apenas alguns poucos eram deixados para membros daordem equestre* no final do século I, de um senado de cerca de 600 membros, a cada ano existiamsenadores ocupando cargos em Roma, na Itália ou nas províncias ± no final do século II,aproximadamente 160 ± Werner Eck

* essa institucionalização do império foi um processo lento ± segunda metade do séculoI ± Augusto e seus sucessores imediatos ± não tinham essa ³mão de obra especializada´

para governar ± seguiram práticas republicanas* na república, romano ocupando magistratura em Roma ou em uma província ± traziaentourage de amigos e libertos ± ex-escravos que, ao receberem a liberdade,continuavam na sua dependência* isso gera tensão nas nossas fontes, especialmente escritores como Tácito e Plínio ± senadores não aceitavam papel de pessoas que julgavam inferiores ± caso famoso dePallas, descrito por Plínio o jovem* estudiosos da dinastia Julio Cláudia ± Winterling, Wallace-Hadrill ou Fábio Faversani

± ênfase na rivalidade entre senadores e libertos imperiais ± estudos importantes sobre ofuncionamento da corte imperial ± comparações com estado absolutista (Winterling eWallace-Hadrill)* perigo é generalizar essa visão para Vespasiano em diante ± deve-ser ver comoorganização política se institucionalizou* ao final do século I d.C. ± império romano estava sendo dotado de aparatoadministrativo ± mesmo que não seja burocracia ± instituições políticas representativasdas classes dominantes locais ± estrutura aberta para novos elementos ± capaz deincorporar a mudança* de certa forma, primeira dinastia imperial ± fase de experimentação ± a partir do finaldo sec I e início do II ± governo imperial começa a intervir mais e mais nascomunidades locais

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* solidez das instituições políticas não é o bastante para entender império ± nemcooptação das elites locais ± papel da violência é crucial* exército imperial romano ± fundamentalmente diferente do exército republicano ± ideal do soldado cidadão ainda aparece em escritores do império ± mas como algo

perdido ± geralmente não militares* mudança feita por Augusto ± consolida inovações de Mário e soldados assalariados ± soldados recebem salário ± ao se aposentar recebem cidadania romana e terra ± isso vaiter grande impacto, espalhando colônias romanas em todo o território do império eaumentando a presença do governo nas comunidades locais: Gália, espanha, Grécia,Síria, Ásia Menor, África, etc ± ponto que vamos discutir semana que vem* com Augusto também muda relação entre governante, general e tropas ± na Repúblicao cônsul era eleito e comandava as tropas ± relalação pessoa reforçada na época de

Mário e Sula ± com Augusto existe tentativa de estabelecer controle sobre militares* generais não lutam por si, mas pelo imperador ± último triunfo de um general que nãoé da família imperial é de Cornélio Balbo, em 19 a.C. ± depois disso toda vitória e todaderrota é creditada ao imperador * em 9 d.C. quando3 legiões romanas sob o comando do general Varrão forammassacradas pelos germanos, Suetônio diz que Augusto deixou de cortar os cabelos efazer a barba e que era acometido de crises de choro ± em compensação ele se beneficiou de todas as vitórias militares de seus generais

* tropas lutam por seu imperador

* tipo de guerra travada mudou tambem ± historiografia discute o fim do imperialismoromano ± tese do imperialismo defensivo X Luttwack X Cornell* Cornell parece o mais convincente ± falar de Greg Woolf e paz romana* guerras internas ± revoltas locais são comuns, conflitos de baixa intensidade nasfronteiras ± isso já era comum na época helenística* maior conflito militar do período ± revoltas judaicas, 66-70 e 132 -3 5 ± Bar-Kochba ± Adriano* imperadores precisam controlar exército porque tropas exercem papel importante naescolha do imperador ± caso de Vespasiano ± na revolta de 66 ± apoio vem das tropasno egito* controlar o exército significa controlar o império ± algo que Augusto e seussucessores percebem ± há momentos em que tropas são mais ou menos importantes ±

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casos de revoltas, por exemplo ± tropas normalmente favorecem hereditariedade ± adoção é solução de compromisso

* papel do exército é estrutural ± dele saem cidadãos, saem colônias romanas, eles

fazem obras ± falar da coluna de Trajano em Roma ± e mantém a paz através daviolência* comparativamente, período que se inicia com Augusto ± fase de estabilidade eintegração política* autores gregos do século II d.C. ± especialmente Dião Crisóstomo e Aelio Aristides ± império romano foi reinado da lei* Albrecht Dihle ± mostrou ± pensamento político grego ± obcecado pela idéia de justiça e lei ± elemento ordenador da comunidade política ± contraste com despotismo

dos reis orientais, persas por exemplo* Políbio e sua ênfase na constituição romana ± continuador dessa tradição, assim comoCícero* prática romana desde República ± baseada na experiência de lidar com comunidadesde direitos distintos ± habitantes das áreas dominadas podem ser oprimidos emdeterminados momentos, mas autoridades romanas reconhecem direitos locais* leis serviam para regular direitos das comunidades locais e para enquadrá-las nacomunidade política dos romanos ± mas também regulavam e limitavam ações dos

romanos ± caso da Lex De Imperio Vespasiani e suas contradições* expansão da cidadania romana ± serviço militar, concessões de imperadores ± levaAristides a falar de democracia romana sob o império* processo que iremos analisar na semana que vem ± a criação de um oxímoro, umconceito que envolve uma contradição: surgimento da µcidadania universal¶

* não esqueçam da prova