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NOTA DE IMPRERENSA SOBRE LIBERDADE DE IMPRENSA
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REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
NOTA DE IMPRENSA SOBRE LIBERDADE DE IMPRENSA
1 de Agosto de 2012
“Alberto Chakusanga, Jornalista de rádio que criticava ao Governo abatido a tiro em
casa.”
“Repórteres Sem Fronteiras enviam carta ao Governo preocupados com a violência
contra os Jornalistas angolanos”
“Assédio e proibição de saída do País ao Director do jornal Folha 8, William Tonet”
“Suspensão por 180 dias da Emissão da Rádio Despertar, uma rádio Independente”
“Armando Chicoca, jornalista da Rádio Ecclesia, preso durante 30 dias, por noticiar
uma manifestação”
“Felisberto da Grâça Campos, editor do Semanário Angolense, condenado a 8 meses
de prisão e ao pagamento de 250 mil dólares”
“Dois jornalistas assassinados em oito dias: Augusto Sebastião Domingos Pedro,
repórter do Jornal de Angola e Benicio Wedeinge, antigo director da TPA”
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
Estes são os títulos e os nomes que boa parte de vocês conhece. Estes são os títulos com que a
Organização Mundial Repórteres Sem Fronteiras continua a descrever Angola. Esta não é a
Angola que queremos. Um País onde uma das funções mais essenciais à manutenção da
Democracia – o Jornalismo e a Liberdade de Imprensa – está vastamente criminalizada e
condicionada pelos poderes vigentes.
"Quando a imprensa não fala, o povo é que não fala. Não se cala a imprensa. Cala-se o povo”.
A frase do proeminente poeta inglês William Blake retracta, infelizmente, na perfeição o que
se passa em Angola há várias décadas. Não vos preciso de recordar disso. Vocês sabem disso
melhor do que ninguém.
Um País em que a comunicação social não é verdadeiramente livre, não é um País Livre. Um
Povo que não pode contar com uma imprensa livre, não goza da verdadeira Liberdade, por
mais que esta esteja virtualmente assegurada na Constituição da República. Um País sem
imprensa Livre, não é uma República. Não é de forma nenhuma uma Democracia.
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
No ranking Mundial dos Repórteres Sem Fronteiras, Angola está no nível 134 em 179. Somente
a 45 lugares dos Países em que ser jornalista é uma profissão proibida porque é absolutamente
perigosa e na maioria das vezes Mortal. Em Angola a suposta Liberdade de Imprensa é uma
das maiores mentiras impostas aos Angolanos.
Prova disso é o pouco espaço dado aos partidos da Oposição na comunicação social pública e
privada ligada ao Governo. O retracto feito em algumas televisões e jornais não é sinal do
pulsar de uma Democracia. Não é jornalismo, é vergonha propaganda.
A liberdade incentiva a difusão de múltiplos pontos de vista. Incentiva o debate, aumenta o
acesso à informação e promove a troca de ideias de forma a reduzir e prevenir tensões e
conflitos. Por que são detidos jornalistas? Que medo tem dos jornalistas o actual Poder?
Em Angola a Liberdade de Imprensa é parcial ou inexistente. Esta é a Angola que temos. Esta é
a Angola que queremos mudar.
Para isso, contamos com os Jornalistas. Queremos apenas que sejam verdadeiramente livres e
protegidos no exercício da sua actividade, sem qualquer condicionamento.
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
Num País Moderno, uma imprensa livre é tão importante como os mais básicos cuidados de
saúde e de alimentação. Um País que nega ao seu Povo a verdade, escraviza o seu Povo uma
e outra e outra vez, em sucessivas eleições apenas aparentemente democráticas. Um
cidadão que não está verdadeiramente informado sobre a realidade do seu País não vota
crítica e conscientemente.
Não podemos ter ilusões. A liberdade da Imprensa é um inconveniente a Governos ditatoriais
que apostam na repressão e na censura da comunicação social.
Angola tem uma Lei de Imprensa que data de 2006. Apesar de o diploma obrigar o Governo a
regulamentar essa lei em 90 dias, já passaram 6 anos sem que o tenha feito. A ausência de
regulamentação dificulta na prática a aplicação da própria Lei. O diploma mais não é que uma
lei de criminalização do jornalismo em Angola.
Queremos que os jornalistas sejam responsáveis na sua actividade, mas também queremos
que sejam livres. Queremos que sejam responsabilizados quando cometerem algum crime,
mas também queremos e exigimos que sejam tratados com respeito e imparcialidade pela
Justiça. Não aceitamos que a Justiça trate um jornalista como um criminoso. É isso que
queremos e é isso que vamos alcançar. A UNITA deseja tanto a Democracia em Angola como
deseja a verdadeira Liberdade. E a liberdade do Povo começa com a vossa liberdade.
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
Angola tem um Projecto de decreto para o Estatuto do Jornalista, pelo menos, desde 2011. O
Estatuto até agora não avançou nem se acredita que avance com o actual Governo. Vocês
perguntam ao actual Governo como está o Estatuto e em troca não recebem qualquer
informação. Sem o Estatuto do jornalista, que direitos e que protecção legal, que sigilo de
fontes e protecção nos tribunais têm vocês? A vossa missão é considerada por muitos
especialistas ao longo da história como “O Quarto Poder”. Um poder que em Angola está tão
refém como os poderes Legislativo, Executivo e Judicial. Não mais aceitaremos isso.
Sonhamos com um País Livre. Não aceitamos menos do que isso.
A liberdade da imprensa em Angola é uma das grandes preocupações da UNITA. O Governo da
UNITA vai assegurar, sempre em conjunto com as estruturas representativas dos jornalistas
angolanos, a criação da Comissão da Carteira e da Ética Profissional, bem como a aprovação de
um Código de Deontologia para a profissão.
Queremos que vocês, os nossos jornalistas, sejam reconhecidos e livres.
Essa liberdade começa hoje.
Unidos na Mudança, Unidos na Democracia e na Liberdade
REPÚBLICA DE ANGOLA
UNIÃO NACIONAL PARA A INDEPENDÊNCIA TOTAL DE ANGOLA
Informo também que a partir do dia de ontem toda a informação relativa à nossa
campanha eleitoral está disponível no nosso Facebook, que servirá também para
interagir com os Angolanos e será um espaço de debate aberto e troca de ideias com
todos os Angolanos.
www.facebook.com/UNITAOFICIAL