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O mundo colorido de Osgêmeos

“Grafite não tem máscara. Ou faz parte da rua, ou está na galeria, figurando no cenário da arte contemporânea”, diz o paulistano Gustavo Pandolfo, em Nova York, sentado no chão, com a roupa inteira manchada de tinta, uma furadeira na mão e muitas idéias na cabeça. Ao lado de seu gêmeo idêntico, Otávio, ele compõe a dupla artística Os Gêmeos. Simples assim. Inseparáveis desde que se conheceram no útero materno, há 35 anos, os meninos - caçulas de quatro filhos - iniciaram a carreira pintando a parede da sala dos pais, na calada da noite. Expandiram a arte pelos telhados das vizinhas, tomaram os muros de São Paulo, e hoje pintam desde castelos, como fizeram na Escócia, até museus, como a Tate Modern, de Londres. Tudo sempre a quatro mãos. No ano passado a Deitch Gallery, no SoHo, em Nova York - galeria famosa por abrir seu espaço para artistas do gênero – convidou a dupla para expor. Eles passaram um mês em Nova York, trabalhando 12 horas por dia na galeria preparando a mostra Too Far Too Close (Muito Longe, Muito Perto). Tudo isso graças ao curador Jeffrey Deitch, dono do bom olho que descobriu a dupla há anos, e lhes concedeu um espaço em Nova York, antes mesmo de qualquer galerista brasileiro reconhecer o talento dos dois.

“O Brasil é um país colorido. E isto está imbutido em nosso trabalho”, diz ele, lembrando que sua arte habita hoje espaços de renomados colecionadores brasileiros e internacionais. Certa vez, ao pintar um muro em Coney Island, no Brooklyn, um passante ofereceu 2 mil dólares pelo casaco que Gustava vestia, todo respingado de tinta. “Recusei. É o meu casaco predileto”, conta o artista, sem um pingo de arrependimento. Na exposilção de Nova York, duas paredes, uma pintada de rosa bebê, outra de verde claro, foram fundos para quadros feitos durante o mês de preparação e outros trazidos de mostras internacionais. Ainda havia esculturas, como uma cabeça gigante, feita em madeira, e caixas de som, pintadas com olho, nariz e boca. Já a parede central foi transformada pela dupla num mural de fundo amarelo ouro, que leva a marca registrada dos gêmeos: muito improviso, cenas do nordeste brasileiro, cores fortes e alegres, estampas criadas por eles, e traços que remetem a sonhos, fantasias, alegrias, e um mundo infantil. Uma das pinturas mostra um enorme peixe, que ilustra as pescarias dos gêmeos com o avô, ainda na infância. Duro imaginar que ao fim da exposição, o próximo artista pintou algo por cima.

A área de trabalho dos gêmeos é uma grande escolhinha de arte de gente grande; latex, acrílico, óleo, spray, lixas de madeira, furadeiras, martelos, colagem, luzes e som – tudo espalhado pelo chão, uma grande improvisação. “Este é um reflexo da cultura popular brasileira: se virar com o que se tem”, revela Gustavo. Antes de começar um trabalho, a dupla troca idéias – neste caso, por exemplo, eles passaram dois meses preparando a vinda para Nova York, e ainda trouxeram três assistentes técnicos brasileiros, especializados em mecânica e eletricidade. São eles que dão interatividade, como luz, movimento e som, à parte do trabalho. “Os estrangeiros são atraídos pela nossa arte da mesma forma que são atraídos pelo Brasil – pelo calor humano, pela beleza feminina, e pelo fato de ficar feliz com o pouco que se tem”, acrescenta. Em São Paulo, a dupla divide um ateliê e afirma que, apesar de serem irmãos, e passarem tantas horas juntos, não brigam. Nem um pouquinho. Desde pequenos já desenhavam no mesmo papel. “Não importa quem fez o quê. Nunca houve competição entre nós, isto é impensável. O importante é o resultado final, ” diz ele, pregando no quadro um cavalo de madeira de cem anos, que ganhou de uma amiga.Gustavo diz que a pintura foi sua a porta de saída de São Paulo. “Mesmo pintando um muro no meio do trânsito, começamos a viajar”. Os Gêmeos colocaram o pé na estrada pela primeira vez em 1994, ao pintar no Chile e na Argentina. Mas foi a partir de 1999 que eles decolaram. Já deram pinceladas no Japão, na Austrália, na China, em Cuba, e na Europa quase inteira. Este ano, trabalharam na Lituânia, cidade do avô da dupla, e ainda pintaram, por dentro e por fora, a casa do palhaço russo Slava Polunin, considerado “o melhor do mundo”. Ao circular pelo mundo, a dupla prefere ruas a museus – para eles, há mais referências nas calçadas e metrôs do que em galerias. Contudo, não dispensam visitas ao Metropolitan Museum of Art de Nova York, que segundo Gustavo é um mundo de informação.

Tania Menai, de Nova York

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Ele vive de idéias

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro foi premiado com a maior exposição já feita sobre o trabalho do fotógrafo paulistano Vik Muniz. Fica em cartaz até o dia 8 de março. Vik gosta de dizer que “ele levou 17 anos para fazer sucesso da noite para o dia.” Iniciou sua carreira nos anos 70, mudou-se para Nova York em 1983, mas foi em 1995 que ganhou seu primeiro grande reconhecimento. Naquele ano, Vik conseguiu emplacar seu trabalho em duas galerias pequenas – ainda assim, numa delas, suas obras estavam tão escondidas, que quase tocavam o chão. Tratava-se da série “Crianças de Açúcar”, onde imagens de crianças eram formadas por açúcar e depois fotografadas por Vik. Seu talento, no entanto, não escapou dos olhos de Charles Haggan, um crítico de artes do New York Times, que flanava pela galeria sem deixar escapar nenhum detalhe.

Sua belíssima resenha no jornal mais poderoso do mundo foi o passaporte para aquisições das obras de Vik pelos museus nova-iorquinos Metropolitan Museum of Art e Guggenheim. Já o Museu de Arte Moderna (MoMA) logo lhe escalou para a exposição New Photography, uma grande porta para o mundo nova-iorquino da fotografia. Mas o segundo sucesso de Vik foi justamente manter o primeiro. Treze anos e inúmeras obras e exposições mais tarde, ele é considerado um dos artistas mais produtivos e valorizados de sua geração. O prestígio é tal que em dezembro de 2008 assinou a curadoria da nona versão exposição Artist’s Choice, ou Escolha do Artista, um projeto que o MoMA criou em 1989 onde artistas exercem, individualmente, o papel de curador, garimpando o acervo com liberdade total para expor obras alheias - uma oportunidade dada pela primeira vez a um brasileiro.

A arte de Vik diverte e instiga. Ao transformar açúcar, chocolate, brinquedos, sucata, diamantes, macarrão e revista picada em portraits ou imagens como cenas mitológicas – para depois fotografá-as - ele brinca com conceitos e metáforas. Casar diversas as midias tornou sua marca registrada. “Vik é um artista internacional, e seu trabalho é generoso – ele oferece algo tanto para alguém que vê uma obra pela primeira vez, quanto para um colecionador de arte”, diz Meg Malloy, uma das sócias da galeria Sikkema Jenkings & Co., que representa Vik em Nova York. “Suas obras levantam questões como a representação e o ato de olhar”, acrescenta ela, revelando que o preço das obras de Vik começam em nove mil dólares. Hoje, as fotografias feitas por Vik Muniz ainda faz parte do acervo particulares e de galerias em San Francisco, Madri, Paris, Moscou, Tóquio, e, claro, na capital paulista, onde é representado pela Fortes Villaça. A lista de museus que incluem Tate Modern e o Victoria and Albert Museum, em Londres,o Getty Institute em Los Angeles, e o MAM em São Paulo. Sua relação com os museus é tão boa, que em 2008 ele criou a mostra VERSO, na qual reproduziu minuciosamente a parte de trás de obras como Noite Estrelada, de Van Gogh, La Grande Jatte de Georges Seurat e “Mulher Passando Roupa”, de Pablo Picasso. Para isso, ele passou dias nos acervos do MoMA, do Art Institute of Chicago e do Guggenheim de Nova York. .” Bem relacionado com colecionadores, ele diz que a atual crise financeira vai afetar muito o mercado das artes. Mas acrescenta que nem tudo está perdido: “enquanto está todo mundo chorando, tem alguém que vende lenço”.

Tania Menai, de Nova York

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Jantando com Monet

Perambular por museus de Nova York pode ser mais arriscado do que encarar um leão num safári africano. Por isso, há quem prefira flanar pelas galerias durante a noite. Sim, museus nova-iorquinos têm versão noturna, o horário predileto daqueles que precisam de um ambiente zen para apreciar as obras e dos turistas que não querem trocar as ruas e a luz do dia por lugares fechados. Além disso, essa é a hora em que os museus viram um grande agito social.Todas as noites de sextas e sábados, o mezanino do Metropolitan Museum of Art transforma-se num terraço com mesas espalhadas, onde pode-se jantar ou simples-p fmente saborear um bom vinho ao som de música clássica ao vivo. Freqüentado por locais e amantes da arte, a partir de maio, o museu ainda abre o seu roof garden, ou cobertura, para a happy hour com exposições de esculturas e vista para o Central Park. Para uma noite de sexta ainda mais romântica, vale visitar a Frick Collection, que a partir das 18h30 serve vinho em seu belíssimo jardim interno. Já os badalos do Museu de História Natural acontecem em seu anexo, o planetário Rose Center for Earth and Space. No Brooklyn Museum of Art os dias de festa são os primeiros sábados de cada mês. A partir de 18 horas, a entrada é grátis e o First Saturdays reserva uma intensa programação que inclui música clássica, leituras, filmes e até DJs que deixam o som rolar até as 23 horas.

Um dos grandes atrativos dos passeios noturnos aos museus é o preço do ingresso. Em vários museus o visitante paga quanto quer a partir de determinada hora. É o que eles chamam de pay what you wish – uma grande economia, considerando que o valor dos ingressos pode chegar a US$ 12 por pessoa durante o dia. Três museus de arte moderna oferecem essa promoção nas noites de sexta. No Whitney Museum of American Art todas as galerias estão sempre abertas. No Guggenheim Museum as bandas se apresentam no centro da famosa rotunda, no térreo do museu. Além das galerias, ficam abertos o café, cuja parede é toda revestida de fotos em preto-e-branco, e a loja. Já o Museu de Arte Moderna (MoMA) leva crédito por oferecer grandes embalos de sexta à noite – a música ocorre na cafeteria e, também pelo preço que quiser, se vê de Van Gogh a Vik Muniz nas diversas galerias. Vale a pena se programar e aproveitar que Picasso, Monet e Andy Warhol, quando estão em Nova York, nem sempre vão para cama cedo.

Noites em que os museus ficam abertos ? Solomon G. Guggenheim * Quintas Quinta Avenida esquina com rua 88. ?Jewish Museum www.guggenheim.org Tel. 212. 423-3200 - www.jewishmuseum.org 10am – 8pm. Depois das 6, pague quanto quiserQuinta Avenida esquina com rua 9211am- 8pm. Depois das 5, pague quanto quiser. ?Whitney Museum of American Art –

Avenida Madison esquina com rua 75.* Sextas www.whitney.org?American Museum of Natural History 1pm -9pm. Depois das 6pm, pague quanto quiser. Tel. 212. 769-5100 - www.amnh.org Central Park West e rua 81 ?Metropolitam Museum of Art 10.30am – 8.45 pm. Quinta Avenida com rua 82. www.metmuseum.org ?Cooper Hewitt, National Design Museum 9.30am – 9pm. Musica clássica entre 5 e 8pm. http://ndm.si.edu/ Quinta Avenida esquina com rua 91. *Sábados10am -9pm ?Brooklyn Museum of Art – Tel. 718-63...

200 Eastern Parkway, Brooklyn?Frick Collection www.brooklynmuseum.org Tel.212. 288-0700 - www.frick.org Primeiro sabado de cada mês, de 11am – 11pm.Quinta Avenida esquina com rua 70. 10am - 9pm. A partir das 6.30pm, vinho é servido no jardim interno. ?Metropolitan Museum of Art Tel. 212. 535-7710

Quinta Avenida com rua 82?Museum of Modern Art www.metmuseum.org Rua 53 entre Quinta e Sexta Avenidas. 9.30am – 9pm. Música clássica entre 5 e 8pm.www.moma.org 10 am – 7.45pm Depois das 6pm, pague quanto quiser Tania Menai, de Nova York

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escoteiros, cenas de Natal, a babysitter se descabelando com o choro da criança, o jantar de Thanksgiving. O público o entendia. “Lugares comuns nunca se tornam

Tania Menai, de Nova York

cansativos”, dizia ele. “Somos nós que nos cansamos deles quando deixamos de ser curiosos e apreciativos”. Toda esta relação de carinho e admiração já ganhou uma mostra no Guggenheim Museum de Nova York. Intitulada “Norman Rockwell: Pictures of the American People”, ela reunia 70 quadros a óleo e 322 capas da revista The Saturday Evening Post, onde ele trabalhou 47 dos 60 anos de sua carreira. A mostra foi a maior de suas obras, desde sua morte. A exposição girou o país, com montagem em Atlanta, Washington, Chicago, Phoenix, San Diego, além do próprio museu do artista, na pequena cidade de Stockbridge, em Massachusetts.

Nova-iorquino, de família simples, Rockwell cresceu numa brownstone da rua 103 esquina com a Avenida Amsterdam. Seu pai trabalhava no escritório de uma firma de tecidos. Sua mãe dizia-se ‘inválida’. A relação com o lápis-de-cor começou já na infância. Ainda jovem, e sempre magrinho, frequentou a Chase School of Fine and Applied Arts. Em 1910, foi aceito pela Art Students League. Seu primeiro trabalho como ilustrador, em 1913, foi na revista Boy’s Life, da Boys Scouts of America, a associação de escoteiros do país. Em 1925, Rockwell ilustrou o primeiro calendário para escoteiros,coisa que acabou fazendo por mais 50 anos. Calcula-se que estes calendários eram consultados 1 bilhão e seiscentas vezes por dia. Fãs de carteirinha incluem Steven Spielberg e Ross Perrot.

Apesar de apedrejado por alguns críticos, a caixa postal de Rockwell vivia abarrotada de cartas de fãs. Ele viveu numa época em que ilustradores tinham o prestígio e o glamour que hoje pertecem às estrelas de cinema. Thomas Hoving, ex-diretor do Metropolitan Museum of Art, diz que Rockwell foi um dos mais bem-sucedidos comunicadores visuais do século – sua arte cobria o abismo entre a ‘high art’ e a ‘low art’. Além disso, ele retratou os anos da Grande Depressão americana e a vida nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Hoving acrescenta que, ao contrário dos ilustradores que atuaram entre 1930 e os anos 60, o trabalho de Rockwell nunca murchou – suas crônicas continuam vivas e atemporais.

Casado duas vezes, pai de três filhos do segundo casamento, o episódio que talvez tenha mais marcado a carreira de Norman Rockwell foi “The Four Freedoms”. Em 1941, o presidente americano Franklin Roosevelt criou quatro atos de direitos humanos básicos que dizem respeito à liberdade - de expressão, de culto, de querer e de temor - que “deveriam ser garantidos a qualquer pessoa do mundo”. Esta foi uma maneira de identificar os objetivos da guerra e revelar sua esperança no período pós-guerra. Para divulgar estes atos para o grande público, o governo comissionou arte em forma de pôsteres, fotos, pinturas e murais. Mas nada adiantou. Uma pesquisa feita pela Agência de Informação de Guerra no verão de 1942, revelou que apenas um terço dos americanos tinha algum conhecimento das “Quatro Liberdades” e não mais do que 2% deles era capaz de identificá-las corretamente. Foi quando Rockwell teve um estalo às 3 da manhã e durante três dias pintou freneticamente seus vizinhos em cenas que representavam as quatro liberdades. Foi a Washington e apresentou-as aos encarregados da Agência de Informação de Guerra. Levou um não redondo e a alegação de que “nas guerras anteriores, o governo usou ilustradores – nesta, iriam usar ‘artistas de verdade’”.O herói da história acabou sendo Ben Hibbs, editor da The Saturday Evening Post. A revista publicou as quatro gravuras que se tornaram, de certa forma, símbolo da carreira de Rockwell. Não é à toa que ele vive na memória de qualquer americano, hoje, cinquentão. E também não é a toa que nestes últimos meses ele tem feito mais falta. Como será que ele ilustraria uma imagem de Barack Obama?

Norman Rockwell – o mais americano dos artistas

Os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos geraram milhares de manifestações artísticas. Eram murais de desenhos infantis, letras de músicas, fotos gigantes, monumentos feitos de escombros das duas torres e capas de revistas especialmente trabalhadas. O mesmo aconteceu – de uma forma positiva, no entanto – com a eleição de Obama para presidente. Mas ninguém traduziria melhor as angústias, a ansiedade, o medo e o patriotismo dos americanos do que o ilustrador Norman Rockwell (1894-1978). Numa única gravura, ele poderia contar toda a história com objetividade, ironia, humor e profundidade. Foi isso que fez durante sua vida, deixando mais de 4 mil imagens entre telas, 800 capas de revistas e campanhas publicitárias para mais de 150 marcas.

Adorado pelos americanos, Rockwell viveu numa época em que Jackson Pollock espirrava tinta na tela e Picasso pincelava mulheres com três olhos. Ao contrário de seus contemporâneos, e apesar de admirá-los, Rockwell foi um mestre da comunicação de massa, um Daumier (1808-1879) da América. Assim como o cartunista, escultor e pintor francês, ele retratava o povo, o cotidiano, a vida familiar, o barbe i ro , a so rve te r ia , os

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Arte para todos os bolsos.

A International Artexpo New York é a maior feira de arte do mundo. Este ano – em sua 31a edição - ela acontece entre os dias 26 de fevereiro e 2 de março no Jacobs Javits Center, o pavilhão de eventos da cidade. A diferença entre esta e as demais feiras são as galerias e seus artistas: esta é a feira das grande descobertas. Quem tem bom olho, navega pela Artexpo a fim de pescar talentos pouco conhecidos. Este ano, o evento reunirá mais de 500 artistas, editores e galerias internacionais, incluindo a Sciacco Studio de São Paulo. As obras incluem desenhos, pinturas, esculturas, cerâmicas, litografias, fotografias e posters, cujos preços variam de 100 a 100 mil dólares. Os organizadores esperam mais de 25 mil compradores, entre eles galeristas, colecionadores, marchants, designers, arquitetos e, claro, entusiastas.

“Estamos animados em realizar o evento em Nova York. Na realidade econômica de hoje, a Artexpo tornou-se um grande lugar para comprar arte por um bom preço”, diz Eric Smith, vice-presidente do The Art Group of Summit Business Media. Este é o único evento de arte em Nova York onde pode-se comprar obras por preço de atacado. Nos dois primeiros dias, o espaço é dedicado apenas para o público especializado. Nos três dias restantes, ele é aberto para o público em geral, que têm a vantagem de comprar as peças sem intermediários. Tanto os profissionais de arte quanto o público em geral saem ganhando. Este ano, o evento ainda traz a iniciativa “The Global Green Artist Challenge”, valorizando artistas que lidam com o tema de meio-ambiente e que usam materiais de uma forma consciente, respeitando a natureza. Paralelamente, a mostra “Solo”, que já foi uma tradição da Artexpo, trará 250 artistas independentes na esperança de serem descobertos por algum visionário de peso. E vale a pena sonhar: alguns nomes que já passaram pelo Solo no passado foram Andy Warhol, Robert Rauschenberg e Leroy Neiman. Além disso, uma parte da mostra será dedicada ao design. Visitantes poderão recerber consultorias de profissionais de design de interiores para saber como incorporar suas novas aquisições em casa ou no escritório. Em tempo: a consultoria é grátis.

Jacob Javits Center – 655 West 34th Street Site - http://www.javitscenter.com/