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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS
DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI
BACHARELADO EM MEDICINA
LAYS ROCHA E SILVA MODESTO
SARAH LUZ SANTOS
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO E SONOLÊNCIA DIURNA EM MÉDICOS
RESIDENTES
2018
TERESINA - PI
LAYS ROCHA E SILVA MODESTO
SARAH LUZ SANTOS
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO E SONOLÊNCIA DIURNA EM MÉDICOS
RESIDENTES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI
como requisito parcial para obtenção do título de
graduado em Medicina.
Orientadora: Profa. Dra. Cíntia Maria de Melo Mendes
2018
TERESINA
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO E SONOLÊNCIA DIURNA EM MÉDICOS
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação
Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035
Francisco Renato Sampaio da Silva – CRB/1028
M691a Modesto, Lays Rocha e Silva. Analise da qualidade do sono e sonolência diurna em médicos residentes / Lays Rocha e Silva Modesto. – Teresina: Uninovafapi, 2018.
Orientador (a): Prof. Dr. Cintia Maria de Melo Mendes; Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018.
31. p.; il. 23cm.
Monografia (Graduação em Medicina) – Centro Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.
1. Distúrbios do sono por sonolência excessiva. 2. Educação
medica. 3. Sono. 4. Transtornos do sono. I.Título. II. Bento, Cléa Mara Coutinho.
CDD 612.821
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO E SONOLÊNCIA DIURNA EM MÉDICOS
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO E SONOLÊNCIA DIURNA EM MÉDICOS
ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO E SONOLÊNCIA DIURNA EM MÉDICOS
RESIDENTES
ANALYSIS OF SLEEP QUALITY AND DIURNAL DREAMS IN RESIDENT
PHYSICIANS
ANÁLISIS DE LA CALIDAD DEL SONO Y SONOLENCIA DIURNA EN MÉDICOS
RESIDENTES
Cíntia Maria de Melo Mendes¹; Lays Rocha e Silva Modesto²; Sarah Luz Santos³
RESUMO
O sono é uma fundamental função biológica responsável pela manutenção e restauração da
energia além da restauração do metabolismo cerebral. Médicos residentes estão suscetíveis a
transtornos do sono por consequência do excesso de compromissos profissionais. Esse estudo
teve como objetivo analisar a qualidade e hábitos de sono dos médicos residentes em
Teresina. Os residentes foram submetidos ao protocolo de pesquisa composto por perfil
sociodemográficos e questionário sobre a qualidade do sono. A presença de uma qualidade de
sono ruim nos médicos residentes se demonstrou superior que em um estudo com população
em geral, as mulheres se mostraram mais sujeitas a esse problema, dessa forma demonstrando
uma maior predisposição a problemas cognitivos, ocupacionais, prejuízos sociais e familiares.
Descritores: Distúrbios do sono por sonolência excessiva, Educação médica, Sono,
Transtornos do sono.
ABSTRACT
Sleep is a fundamental biological function responsible for maintaining and restoring energy in
addition to restoring brain metabolism. Resident physicians are susceptible to sleep disorders
as a result of over-engagements. This study aimed to analyze the quality and sleep habits of
physicians living in Teresina. Residents were submitted to fulfilling the research protocol
composed of sociodemographic profile and questionnaire on sleep quality. The presence of
poor sleep quality among resident physicians was shown higher when compared to a study
with the general population, women were more subject to this problem, thus demonstrating a
greater predisposition to cognitive, occupational, social and family problems. Descriptors:
Sleep disorders due to excessive sleepiness, Medical education, Sleep, Sleep disorders.
Descriptors: Sleep disorders due to excessive sleepiness, Medical education, Sleep, Sleep
disorders.
RESUMEN
El sueño es una función fundamental biológica responsable del mantenimiento y restauración
de la energía, además de la restauración del metabolismo cerebral. Los médicos residentes son
susceptibles a los trastornos del sueño como consecuencia del exceso de compromisos
profesionales. Este estudio tuvo como objetivo analizar la calidad y hábitos de sueño de los
médicos residentes en Teresina. Los residentes fueron sometidos al protocolo de investigación
¹ Mestre e Doutora em Farmacologia - Profissional em Exercício do Centro Universitário UNINOVAFAPI. E-
mail: [email protected];
² Acadêmico do Curso de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI. E-mail:
³Acadêmica do Curso de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI. E-mail:
compuesto por perfil sociodemográfico y cuestionario sobre la calidad del sueño. La presencia
de una mala calidad de sueño en los médicos residentes se demostró superior que en un
estudio con población en general, las mujeres se mostraron más sujetas a este problema, de
esta forma demostrando una mayor predisposición a problemas cognitivos, ocupacionales,
perjuicios sociales y familiares.
Descriptores: Trastornos del sueño por somnolencia excesiva, Educación médica, Sueño,
Trastornos del sueño.
5
INTRODUÇÃO
O sono é um fenômeno ativo, um estado funcional, reversível e cíclico, com
comportamentos típicos, como uma imobilidade relativa e o aumento do limiar de respostas
aos estímulos externos (REIMÃO, 1996). Segundo Caballo, Navarro & Sierra (2002) o sono é
um estado recorrente e reversível do organismo com facilidade, qualificado por uma elevação
no limiar de resposta a estímulos externos, em comparação com o estado de vigília. Recentes
progressos nos estudos sobre o sono demonstraram que alguns transtornos mentais estão
associados com alterações características na fisiologia do sono.
O sono é uma fundamental função biológica responsável pela solidificação da
memória, na visão binocular, na termorregulação, na manutenção e restauração da energia
além da restauração do metabolismo cerebral (REIMÃO, 2017). Devido a essas importantes
funções, as perturbações do sono podem acarretar alterações significativas no funcionamento
físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometer substancialmente a
qualidade de vida (BITTENCOURT LRA et al., 2005; MULLER MR, 2007).
Pesquisas realizadas com pessoas com privação de sono, ou em decorrência de
distúrbios do sono, demonstram comprometimento na memória, atenção e outras atividades
cognitivas (MORCH & TONI, 2005). De acordo com Galli et al. (2003) estudos de privação
ou restrição do sono em humanos demonstraram significativas alterações metabólicas como
hiperglicemia e quadros de resistência a insulina. Além da privação de sono resultar no ganho
de peso associado à hiperfagia. Dados subsequentes sugerem que há um grande aumento no
gasto energético. Possivelmente, estas alterações são influenciadas pelo significativo
desequilíbrio hormonal que também ocorre sob esta condição. Além disso, o estudo dos
efeitos da falta de sono sobre o fígado ganha importância clínica, visto que é frequente a
associação do álcool e outras drogas com a privação de sono, o que poderia tornar os usuários
dessas substâncias mais vulneráveis aos seus efeitos tóxicos.
Segundo Cardoso et al, médicos residentes têm em média seis horas de sono por
noite, sendo tal valor inferior à média da população adulta em geral, que apresenta de sete a
nove horas por noite. Além disso, observa-se redução nos índices de qualidade de vida e
elevação de escores em escalas de depressão e ansiedade quando comparados a demais
médicos e estudantes de medicina. Expostos a essas condições podem trazer prejuízos no
atendimento aos pacientes, em especial nos serviços de emergência e cirurgia do trauma, e
também a saúde do próprio médico.
Shanafelt et al. estudaram a presença do síndrome do esgotamento profissional (ou
Burnout) entre os médicos residentes e suas consequências no cuidado dispensado aos
6
pacientes, sendo que 76% dos residentes investigados apresentaram esta síndrome no período
de três anos de residência e foi demonstrado no estudo despersonalização, exaustão emocional
e sentimentos de pouca realização pessoal, havendo associação entre a presença da síndrome e
a piora no atendimento aos pacientes.
Após a conclusão do curso de medicina, período que o indivíduo já se encontra
exposto a um estresse significativo de plantões e rotinas de estudo (MARGARETH AB, et al.,
2008), e ingresso em um programa de residência médica esses fatores estressantes se tornam
mais intensos. Diante disso, uma vez que médicos residentes estão suscetíveis a transtornos
do sono como consequência do excesso de compromissos profissionais e torna-se então
necessário estudo para avaliar a qualidade e os hábitos de sono desse grupo de profissionais a
fim de criação de alternativas para melhoria desse índice e consequentemente de suas
repercussões.
Espera-se através deste estudo, analisar a qualidade de sono dos médicos residentes
em Teresina, relacionar qualidade do sono dentre as especialidades médicas clínicas e clinico-
cirúrgicas, bem como identificar o perfil sociodemográfico dos médicos residentes de
Teresina. Desse modo, verificar o impacto na população estudada. Neste contexto, será
possível comparar a prevalência e a gravidade dessa patologia com a população em geral.
Além disso, visa-se melhorar a qualidade de vida desses profissionais de saúde.
METODOLOGIA
Tratou-se de um estudo descritivo transversal, realizado no período de outubro de
2017 a março de 2018, em Teresina PI, com médicos residentes em especialidades de acesso
direto, dentro dos seguintes programas: UFPI, UESPI, Hospital São Marcos, Hospital Santa
Maria e Instituto de Doenças Tropicais Dr. Natan Portela - IDTNP.
A população foi constituída por 178 médicos residentes, sendo 30 em cirurgia geral,
24 clínica médica, 3 otorrinolaringología, 33 ginecologia e obstetricia, 6 anestesiologia, 6
dermatologia, 12 infectologia, 9 oftalmologia, 12 ortopedia e traumatología, 20 pediatria, 9
psiquiatria, 12 radiologia e diagnóstico por imagem, e 2 neurocirurgia. Para dimensionar o
tamanho da amostra foi definido uma margem de erro de 5% (E) e um nível de confiança de
95% (Z=1,96). O valor do parâmetro do estudo de 56,5% é a porcentagem de estudantes de
medicina que classificam a sua qualidade de sono como sendo boa (p=0,565; q=0,435)
estimado no trabalho de Cardoso et.al. Considerando todos os critérios de inclusão e exclusão,
a amostra foi constituída por 117 residentes, sendo 21 de cirurgia geral, 16 de clínica médica,
2 de otorrinolaringologia, 22 de ginecologia e obstetrícia, 4 de anestesiologia, 5 de
7
dermatologia, 2 de infectologia, 6 de oftalmologia, 8 de ortopedia, 14 de pediatria, 6 de
psiquiatria , 10 de radiologia e 1 de neurocirurgia.
Os critérios de inclusão foram médicos residentes em especialidades de acesso direto
em Teresina-PI com idade igual ou maior que 18 anos, que possuíam disponível na internet-
redes sociais e/ou sites de domínio público seu contato.
Foram excluídos os médicos residentes que estavam em férias, licença médica,
licença maternidade ou intercâmbio em outro serviço de residência durante o período de
estudo.
Os usuários foram submetidos ao protocolo de pesquisa composto por dados de
perfil, que foi traçado por meio dos dados sociodemográficos (gênero, idade e residência
médica em formação), além de questionário sobre a qualidade do sono.
A qualidade do sono foi analisada com base no instrumento denominado Índice de
qualidade de sono de Pittsburgh, que apresenta sensibilidade de 89,6% e especificidade de
86,5%. Quando é traduzido e validado para o português, o PSQI mantém sua alta
sensibilidade de 80%, no entanto uma especificidade ligeiramente menor de 68,8%
(KAWAKAMI N et al., 2004; BERTOLAZI, 2008). Este contém 10 questões, onde a décima
é respondida pelos parceiros de quarto, sendo esta utilizada para informação clínica e não
contabilizada para o resultado desse estudo. As questões de número um, dois, três e quatro
possuem respostas do tipo subjetivas; e as questões de cinco a dez são objetivas. A questão
cinco (item “j”) possibilita que o entrevistado faça comentários, caso haja necessidade. As
questões do PSQI contemplam sete componentes, que foram analisados a partir de instruções
para pontuação de cada um desses componentes, variando de zero a três pontos. A soma da
pontuação máxima desse instrumento é de 21 pontos. Pontuaçoes de 0-4 indicam boa
qualidade do sono, de 5-10 indicam qualidade ruim e acima de 10 indicam disturbio do sono
(BUYSSE D et al., 1989).
A avaliação específica dos componentes do PSQI ocorre da seguinte forma: o
primeiro se refere à qualidade subjetiva do sono, ou seja, a percepção individual a respeito da
qualidade do sono; o segundo demonstra a latência do sono, correspondente ao tempo
necessário para iniciar o sono; o terceiro avalia a duração do sono, ou seja, quanto tempo
permanece dormindo; o quarto indica a eficiência habitual do sono, obtido por meio da
relação entre o número de horas dormidas e o número de horas em permanência no leito, não
necessariamente dormindo; o quinto remete aos distúrbios do sono, ou seja, a presença de
situações que comprometem as horas de sono; o sexto componente analisa o uso de
medicação para dormir; o sétimo é inerente à sonolência diurna e aos distúrbios durante o dia,
8
referindo-se às alterações na disposição e entusiasmo para a execução das atividades
rotineiras.
Para a avaliação da sonolência diurna excessiva (SDE), foi utilizada a Escala de
Sonolência de Epworth (ESE) publicada por W. Johns, já testada e validada para língua
portuguesa. Estudos clínicos com polissonografia, padrão-ouro para o diagnóstico dos
distúrbios do sono, demonstraram que medidas na escala de Epworth acima de 10 estão
associadas a distúrbios do sono (BERTOLAZI, 2008).
Esta escala vem acompanhada das instruções para pontuação das situações
indagadas, tais como chance de cochilar sentado, lendo ou assistindo à televisão. A pontuação
foi indicada pelo médico residente de acordo com as seguintes instruções: 0 corresponde a
“não cochilaria nunca”; 1 corresponde a “pequena chance de cochilar”; 2 corresponde a
“moderada chance de cochilar”; e 3 corresponde a “grande chance de cochilar”. A pontuação
indicada pelo médico residente em todas as situações indagadas será somada e analisada.
Resultados entre 0 e 10 pontos indicaram ausência de sonolência, resultados acima de 10
pontos indicam sonolência diurna excessiva (BATISTA BH, 2006; BERTOLAZI, 2008).
A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018,
por meio da aplicação de um questionário em um ambiente público. O questionário incluiu
ferramentas usadas internacionalmente e validadas em estudos usados anteriormente. Os
médicos responderam ao questionário incluindo dados sócios demográficos, sonolência diurna
excessiva e qualidade do sono. O tempo médio da entrevista foi de aproximadamente dez a
quinze minutos.
A análise descritiva dos dados foi feita no programa Microsoft Excel 2011 e a análise
estatística feita no programa IBPM SPSS Statistics. Para verificar se a distribuição da amostra
era normal, foi ultilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov, sendo aplicado o teste de
KruskalWalis e Mann-Whitney, a fim de comparar as variáveis com os grupos estudados.
Para fazer associação dos resultados de PSQI e ESE entre as especialidades médicas, utilizou-
se o teste do Qui-quadrado. Para correlacionar as variáveis PSQI e ESE entre si, utilizou-se do
Índice de correlação de Spearman. Os valores foram considerados estatisticamente
significantes quando p<0,05, com intervalo de confiança de 95%.
O teste de Kolmogorov-Sminov foi utilizado para testar hipótese de que as variáveis
idade, Escala de Epworth e PSQI seguiam a curva normal. Está hipótese foi rejeitada. O
coeficiente de correlação utilizado foi o não parametrico de Spearman. A correlação entre
idade e PSQI foi de -0,108 indicando que, à medida que aumenta a idade do residente,
diminui a Escala de sono se PSQI, porém está correlação não tem significância estatística
9
(p=0,248). O coeficiente de correlação de Spearman entre idade e Epworth foi de -0,192 ,
indicando uma relação inversa de idade e Epworth. Ou seja, à medida que aumenta a idade, a
Escala de Epworth diminui. Está correlação tem significância estatística (p=0,038). Ou seja,
existe uma correlação entre idade e Epworth.
Esta pesquisa foi realizada após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do
Centro Universitário UNINOVAFAPI, com número CAAE 78936617.3.0000.5210 e está em
consonância com a Resolução 466/2012 do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de
Saúde, que regulamenta as questões operacionais e éticas dos trabalhos científicos envolvendo
seres humanos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1: Perfil demográfico e de residência médica em formação no Piauí, 2018
Nº %
Fem 55 47,01
Gênero Mas 62 52,99
Total 117 100,00
23 |---- 27 56 47,86
27 |---- 31 45 38,46
Faixa etária 31 |---- 35 12 10,26
35 |---- 39 4 3,42
Total 117 100,00
Radiologia diag.
imagem
10
8,55
Dermatologia 5 4,27
Neurocirurgia 1 ,85
Clínica médica 16 13,68
Psiquiatria 6 5,13
Otorrinolaringologia 2 1,71
Infectologia 2 1,71 Residência
Oftalmologia 6 5,13
Cirurgia geral 21 17,95
Ginecologia e
Obstetrícia
22
18,80
Pediatria 14 11,97
Anestesiologia 4 3,42
10
(Continuação)
Ortopedia e traumatologia 8 6,84
Total 117 100,00
Fonte: pesquisa direta
O presente estudo é composto por uma amostra de 120 residentes, dos quais 2 (dois)
se recusaram a participar. Dos avaliados, a maioria era do sexo masculino (52,99%) estando a
maior parte entre 23 e 27 anos (Tabela 1). Sabe-se que o ingresso do programa de residência
médica ocorre na, maioria das vezes, nos primeiros anos de atuação profissional médica,
estando esses dados, portanto diretamente relacionado com essa faixa etária.
Tabela 2: Aplicação da Escala de sonolência de EPWORTH por gênero e faixa etária e residência
médica em formação no Piauí, 2018
EPWORTH
ausência de sonolência
diurna
sonolência diurna Total
Nº % Nº % Nº %
Fem 22 40,00 33 60,00 55 100,00
Gênero Mas 29 46,77 33 53,23 62 100,00
Total 51 43,59 66 56,41 117 100,00
23 |---- 27 20 35,71 36 64,29 56 100,00
27 |---- 31 24 53,33 21 46,67 45 100,00
Faixa etária 31 |---- 35 6 50,00 6 50,00 12 100,00
35 |---- 39 1 25,00 3 75,00 4 100,00
Total 51 43,59 66 56,41 117 100,00
Clínica 27 50,94 26 49,06 53 100,00
Tipo de
residência
Clínica
cirúrgica
24
37,50
40
62,50
64
100,00
Total 51 43,59 66 56,41 117 100,00
Fonte: Pesquisa direta
11
Dos 117 residentes pesquisados, 43.59% apresentaram pela escala de
sonolência de Epworth ausência de sonolência diurna, e 56.41% apresentaram
sonolência diurna. Das 55 residentes do sexo feminino, 40% apresentaram sonolência
diurna e 60% ausência de sonolência diurna. Dos 62 pesquisados do gênero masculino,
46.77% apresentaram ausência de sonolência diurna, e 53.23% sonolência diurna
detectada pela escala(Tabela2).
O Teste Quidradado não indicou associação entre o gênero e a Escala de
sonolência de Epworth(p=0,461).
Tabela 3: Aplicação da Escala de sonolência de PSQI por gênero, faixa etária e residência médica
em formação no Piauí 2018
PSQI
boa ruim presença de
distúrbio do sono
Total
Nº % Nº % Nº % Nº %
Fem 11 20,00 30 54,55 14 25,45 55 100,00
Gênero Mas 12 19,35 41 66,13 9 14,52 62 100,00
Total 23 19,66 71 60,68 23 19,66 117 100,00
23 |---- 27 8 14,29 33 58,93 15 26,79 56 100,00
27 |---- 31 10 22,22 29 64,44 6 13,33 45 100,00
Faixa etária 31 |---- 35 3 25,00 7 58,33 2 16,67 12 100,00
35 |---- 39 2 50,00 2 50,00
-
- 4 100,00
Total 23 19,66 71 60,68 23 19,66 117 100,00
Clínica 15 28,30 30 56,60 8 15,09 53 100,00
Tipo de
residência
Clínica
cirúrgica
8
12,50
41
64,06
15
23,44
64
100,00
Total 23 19,66 71 60,68 23 19,66 117 100,00
Fonte: Pesquisa direta
Não existe associação entre faixa etária e escala de sonolência de Epworth (p=0,271).
Dos 117, 19,66% teve classificação do sono como boa, 60,68% ruim, e 19,66% apresentou
distúrbio do sono. Não existe associação entre PSQI e gênero (p=0,298). Não existe
associação entre PSQI e faixa etária (p=0,375). Não existe associação entre PSQI e tipo de
residência médica em formação (p=0,083).
Não tendo significância estatística valores menores que 0.05 (Tabela 3).
A presença de uma qualidade de sono ruim nos médicos residentes se demonstrou
superior que em um estudo com população em geral, de acordo com Liu et al. e Ryu et al.
12
(37,2 a 69,4%, respectivamente) tanto em comparação a faixa etária similar, quanto em
comparação a adultos tardios, que costumam apresentar maior incidência desse problema,
desta forma, estando esse grupo expostos precocemente a um fator de risco de
desenvolvimento de patologias associadas a má qualidade de sono como doenças
cardiovasculares e metabólicas, como mostrou Pandey et al e Vgontzas et al.
Ademais, apesar de prevalente em todas as faixas etárias analisadas no estudo,
mostrou-se uma tendência previamente apresentada na população em geral que é de uma taxa
de sonolência diurna e má qualidade do sono diretamente proporcional a idade, segundo
Zeitlhofer et al.. No presente estudo, residentes na faixa etária de 31 a 39 anos foram os que
apresentaram piores índices tanto na escala de EPWORTH, 75% apresentaram pontuação
acima de 10, quanto na escala de PSQI, 50% pontuaram mais que 4,demonstrando uma
relação firme da idade com esse distúrbio e consequentemente da pior qualidade de vida.
Trabalhos sob escalas de plantão, piorada por estresse e dificuldades para dormir
provocam episódios de sono mais curtos e não reparadores, com relação à escala de
sonolência de PSQI, os resultados corroboram com Cardoso et al e Katia et al, maior parte dos
residentes (80,34%) mostrou índice maior que 5, representando má qualidade do sono. No que
diz respeito à área de atuação, as residências cirúrgicas apresentaram maior pontuação nessa
escala 87,5% apresentaram qualidade do sono ruim ou presença de distúrbio do sono, assim
como constatado por Paulo et al.
A escala de sonolência de EPWORTH aplicada em grupos que apresentam fatores de
risco para sonolência diurna como os portadores de apneia obstrutiva do sono que está
relacionado as comorbidades como sobrepeso e ronco segundo Victor, mostrou que cerca de
90% relatam apresentar algum grau de sonolência durante realização de atividades habituais,
exibiu uma estatística semelhante ao do grupo estudado nesta pesquisa.
Além disso, com relação ao sexo, os resultados do estudo corroboram com a
literatura no que diz respeito às mulheres estarem mais sujeitas ao estresse e
consequentemente a distúrbios do sono além da influência da mudança hormonal fisiológica e
cíclica, segundo Krishnan 2006. Ademais, os índices em ambos os sexos se mostraram
significativamente superior na população estudada em comparação com a população em geral
adulta de um estudo realizado em São Paulo, por Everton, em 2015.
Os dados deste estudo corroboram com os citados no estudo feito por Moreira et al.
feito com residentes multiprofissionais apresentando índices similares de má qualidade de
sono, evidenciando dessa forma que esse problema e suas consequências, como danos na
memória, no temperamento e no comportamento; aumento da incidência de doenças e uso de
13
drogas (Liu & Zhou, 2002); perdas cognitivas, afetivas (McCrae et al., 2003) é uma realidade
comum aos residentes de Teresina, assim como de outros estados brasileiros.
A qualidade do sono constatada no presente estudo foi similar a de profissionais de
enfermagem de UTI, que costumam serem submetidos a um ambiente de constante estresse,
que muitas vezes está relacionado a comprometimento na qualidade do ciclo sono-vigília. A
semelhança foi presente mesmo em residências que costumam estar relacionadas a uma
menor carga horária, como é o caso das residências clínicas. Evidenciando dessa forma que
ambos os grupos estão sujeitos aos prejuízos decorrentes da má qualidade do sono, bem como
físicos e sociais.
Diante dos prejuízos decorrentes da má qualidade do sono como comprometimento
na memória, atenção e outras atividades cognitivas (MORCH & TONI, 2005), ficam
demonstrados nesse estudo que médicos residentes estão mais expostos a esses fatores que a
população em geral, comprometendo dessa forma o bom aproveitamento do crescimento
intelectual e pessoal que o programa de residência médica deve proporcionar.
Perante a maior sonolência diurna, os efeitos para a saúde abrangem cefaleia, edema
(Hublin et al., 2001), comprometimento da imunidade e das funções endócrinas, como o
aumento das taxas de cortisol, responsável a longo prazo pelo desenvolvimento e piora de
patologias cardiovasculares e diabetes (Ferrara e De Gennaro, 2001). Mostrando assim, que o
grupo estudado apresenta fatores de risco para doenças orgânicas de forma geral.
Shanafelt et al. em estudo com médicos residentes mostrou uma prevalência de 76%
de síndrome do esgotamento profissional (ou Burnout) com despersonalização, exaustão
emocional e sentimentos de pouca realização pessoal, havendo associação entre a presença da
síndrome e a piora no atendimento aos pacientes, sendo essa patologia diretamente
relacionada, além de outros fatores, a uma má qualidade de sono.
Os dados visualizados, assim como os disponíveis na literatura, provam que as
residências médicas expõem o profissional médico a condições que resultam em uma má
qualidade de vida e doenças diretamente relacionadas ao trabalho, fato esse que se torna ainda
mais evidente quando se compara as residências clínicas com as cirúrgicas, apesar de ambas
apresentarem índice de sonolência superior à população em geral, as especialidades cirúrgicas
se mostraram com maior incidência desse problema (cerca de 20% maior).
De acordo com o conselho Federal de Medicina, apesar de todas as práticas dos
residentes serem, teoricamente, realizadas sob orientação de um preceptor responsável, suas
atividades geram responsabilidade civil como profissional médico, sendo pessoalmente
imputável. Dessa forma, a alta incidência de sonolência diurna apresentada pelos profissionais
14
estudados os torna mais expostos a cometerem erros médicos e consequentemente as punições
legais que esses equívocos resultam.
Por outro lado, muitas vezes uma maior quantidade de horas de atuação prática
associa-se a uma quantidade diretamente proporcional de conhecimento, visto que os
residentes teriam maior contato prático com o campo de atuação tornando-o mais experiente,
entretanto, estudo publicado por Sanjay et al. mostrou que uma redução da carga horária dos
residentes aumenta a satisfação, sem prejuízo na qualidade da formação.
Uma pesquisa brasileira feita no Ceará relacionou a qualidade do sono com sintomas
ansiosos e sintomas fóbicos sociais (MELO, 2015). Além desse, outros estudos demonstraram
essa associação entre transtornos de ansiedade e fobia social com má qualidade do sono
(BUSH et al., 2012; RAMSAWH et al., 2009). Evidenciando dessa forma o prejuízo não só
físico como social da má qualidade de sono que os médicos residentes são submetidos em sua
formação. Ríos et al. avaliaram o nível de estresse entre residentes e a relação deste no
comprometimento da vida familiar, uma vez que interfere em suas relações.
Estudo publicado por Vicent e Walker em 2000 demonstrou que a ansiedade com
cobranças e expectativas externas e internas muito altas, possíveis erros, precisão e ordem
predispõem ao desenvolvimento de uma má qualidade de sono, além de aumentar o tempo de
latência e reduzir o tempo de sono noturno e consequentemente uma maior sonolência diurna.
Esses gatilhos de preocupação excessiva estão constantemente presentes na prática médica,
não só por parte de preceptores e pacientes, como também por parte da família e sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo possibilitou qualificar o sono dos médicos residentes de acesso direto em
Teresina Piauí. Através dos dados, é possível concluir que o grupo estudado apresentou uma
qualidade do sono pior que a população em geral quando se compara idade e gênero.
Demonstrando dessa forma uma maior predisposição a problemas cognitivos, ocupacionais,
prejuízos sociais e familiares.
Observou-se que, dos residentes estudados a maioria era composta por mulheres,
esse grupo também apresentou pior qualidade de sono e apresentando um índice superior as
mulheres da população em geral, mostrando ser o grupo mais vulnerável a restrição de horas
de sono, incrementando assim em uma piora na qualidade de vida.
Dessa forma, talvez diante desse estudo e de outros já publicados evidenciando os
prejuízos e consequências da má qualidade de sono em médicos residentes sugiram que esteja
na hora de refletir sobre a necessidade de uma reavaliação da carga horária das residências
15
médicas como um todo, clínicas e cirúrgicas, visto que os trabalhos já realizados mostraram
que a redução da carga horária melhoraria a qualidade de vida e de saúde desses profissionais,
reduzindo sintomas fiscos e psicossociais da sonolência diurna, sem reduzir a qualidade do
aprendizado técnico desses profissionais.
16
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20
APÊNDICE 1 – DADOS GERAIS
1) Sexo: F□ M□ 2)Idade: 3)residência médica em formação:
21
ANEXO 1 – ESCALA DE SONOLÊNCIA DE EPWORTH
Instruções
Escolha o número mais apropriado para responder a casa questão: 0 = Nunca adormeceria, 1 =
Pequena probabilidade de adormecer, 2 = Probabilidade média de adormecer, 3 = Grande
probabilidade de adormecer.
SITUAÇÃO 0 1 2 3 SEM RESPOSTA
Sentado a ler
Ver televisão
Sentado quieto, num local público (por ex:
numa reunião, teatro ou palestra)
Viajar de carro durante uma hora sem parar
como passageiro
Deitado para descansar durante a tarde
quando as circunstâncias permitem
Sentado a conversar com alguém
Sentado, quieto, a seguir ao almoço sem
ingestão de álcool
Num carro parado no trânsito por alguns
minutos
22
ANEXO 2 – ÍNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH
Instrucoes:
As seguintes perguntas são relativas aos seus hábitos de sono durante o ultimo mes somente.
Suas respostas devem indicar a lembrança mais exata da maioria dos dias e noites do ultimo
mes. Por favor, responda a todas as perguntas.
1. Durante o ultimo mes, quando voce geralmente foi para a cama a noite?
Hora usual de deitar
2. Durante o ultimo mes, quanto tempo (em minutos) voce geralmente levou para dormir a
noite?
Numero de minutos
3. Durante o ultimo mes, quando voce geralmente levantou de manhã?
Hora usual de levantar
4. (a) Durante o ultimo mes, quantas horas de sono voce teve por noite? (Este pode ser
diferente do numero de horas que voce ficou na cama).
Horas de sono por noite
(b) Durante o último mês, quantas horas você ficou na cama?
Horas na cama por noite
Para cada uma das questoes restantes, marque a melhor (uma) resposta. Por favor, responda a
todas as questoes.
5. Durante o ultimo mes, com que frequencia voce teve dificuldade de dormir porque voce...
(a) Não conseguiu adormecer em ate 30 minutos
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(b) Acordou no meio da noite ou de manhã cedo
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(c) Precisou levantar para ir ao banheiro
☐ Nenhuma no ultimo mes
23
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(d) Não conseguiu respirar confortavelmente
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(e) Tossiu ou roncou forte
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(f) Sentiu muito frio
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(g) Sentiu muito calor
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(h) Teve sonhos ruins
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(i) Teve dor
☐ Nenhuma no ultimo mes
24
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
(j) Outra(s) razão(oes), por favor descreva
Com que frequencia, durante o ultimo mes, voce teve dificuldade para dormir devido a
essa razão?
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
6. Durante o ultimo mes, como voce classificaria a qualidade do seu sono de uma maneira
geral?
☐ Muito Boa
☐ Boa
☐ Ruim
☐ Muito ruim
7. Durante o ultimo mes, com que frequencia voce tomou medicamento (prescrito ou “por
conta propria”) para lhe ajudar a dormir?
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
8. No ultimo mes, com que frequencia voce teve dificuldade de ficar acordado enquanto
dirigia, comia ou participava de uma atividade social (festa, reunião de amigos, trabalho,
estudo)?
☐ Nenhuma no ultimo mes
☐ Menos de 1 por semana
☐ Uma ou duas vezes por semana
☐ Três ou mais por semana
9. Durante o ultimo mes, quão problemático foi para voce manter o entusiasmo (animo) para
fazer as coisas (suas atividades habituais)?
☐ Nenhuma dificuldade
☐ Um problema leve
☐ Um problema razoável
☐ Um grande problema
25
ANEXO 3 – PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
26
27
ANEXO 4 – PONTUAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DO SONO DE
PITTSBURG
28
29
30