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Publicação BIMESTRAL N.º 244 novembro-dezembro 2016 ISSN 0871-5688 O PREÇO - 0,10 (IVA incluído) Neste Natal, um abraço de solidariedade P. e Dário Balula Chaves [email protected] Janet McKenzie Os Missionários Combonianos desejam aos seus benfeitores, colaboradores e amigos a celebração alegre do nascimento do nosso Salvador e um feliz 2017 O Natal é um tempo muito espe- cial, cheio de magia e beleza, a que ninguém fica indiferente. A narrativa do Evangelho diz que José foi a Belém a fim de recensear- -se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E quando eles ali se encontravam, Maria deu à luz e teve um filho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. E o anjo do Senhor apareceu aos pas- tores que pernoitavam nos campos e anunciou-lhes uma grande alegria: o nascimento de Jesus Salvador, o Messias Senhor (Lc 2, 4-14). NÃO HÁ LUGAR PARA JESUS, HOJE? O mistério do Natal põe-nos pe- rante este acontecimento chocante e absurdo: Jesus, filho de Deus, não en- contra lugar entre os homens e nasce numa manjedoura entre os animais. Hoje, como outrora, continua a não haver lugar para Jesus na nossa vida e na nossa sociedade. Jesus continua a ser rejeitado e margina- lizados. A nível individual, continua- mos indiferentes às necessidades dos outros e fechados no nosso comodis- mo. A nível social, vivemos numa sociedade que constrói “muros” em vez de “pontes”, quando milhares de pessoas, todos os dias, batem às suas portas para fugirem das guerras e da morte à procura de paz. Só pedem acolhimento e solidariedade. A nossa Europa está numa crise profunda bem descrita pelo Papa Francisco no discurso que fez pe- rante as autoridades europeias no passado mês de maio: «Há uma im- pressão geral de uma Europa cansada e envelhecida, estéril e sem vida, onde os grandes ideais que inspira- ram a Europa no passado parecem ter perdido a sua força; uma Europa decadente que parece ter perdido a sua capacidade regeneradora; uma Europa que tem a tentação de criar espaços em vez de gerar processos de inclusão e de transformação; de to- mar iniciativas que promovam novos dinamismos na sociedade. O que é que te aconteceu, Europa humanísti- ca, defensora dos direitos do homem, da democracia e da liberdade?» QUE NATAL VAMOS CELEBRAR? Duas coisas são importantes quando celebramos a chegada de Deus-Menino: um sorriso de acolhi- mento e um abraço de solidariedade para todos e, em especial, para os ne- cessitados, estrangeiros e estranhos.

Neste Natal, um abraço de solidariedade · Na mensagem para a ... e felicidade absoluta. A recusa de Deus e da fé cristã na ... guerra no Sudão do Sul foi aberto na localidade

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Publicação BIMESTRAL

N.º 244 novembro-dezembro 2016

ISSN 0871-5688 PREÇO - 0,10 (IVA incluído)

Neste Natal, um abraço de solidariedade

P.e Dário Balula [email protected]

Janet

McK

enzi

e

Os Missionários Combonianos desejam aos seus benfeitores, colaboradores e amigos a

celebração alegre do nascimento do nosso Salvador e um feliz 2017

O Natal é um tempo muito espe-cial, cheio de magia e beleza, a

que ninguém #ca indiferente.A narrativa do Evangelho diz que

José foi a Belém a #m de recensear--se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E quando eles ali se encontravam, Maria deu à luz e teve um #lho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. E o anjo do Senhor apareceu aos pas-tores que pernoitavam nos campos e anunciou-lhes uma grande alegria: o nascimento de Jesus Salvador, o Messias Senhor (Lc 2, 4-14).

NÃO HÁ LUGAR PARA JESUS, HOJE?O mistério do Natal põe-nos pe-

rante este acontecimento chocante e absurdo: Jesus, #lho de Deus, não en-contra lugar entre os homens e nasce numa manjedoura entre os animais.

Hoje, como outrora, continua a não haver lugar para Jesus na nossa vida e na nossa sociedade. Jesus continua a ser rejeitado e margina-lizados. A nível individual, continua-mos indiferentes às necessidades dos outros e fechados no nosso comodis-mo. A nível social, vivemos numa sociedade que constrói “muros” em vez de “pontes”, quando milhares de pessoas, todos os dias, batem às suas portas para fugirem das guerras e da morte à procura de paz. Só pedem acolhimento e solidariedade.

A nossa Europa está numa crise profunda bem descrita pelo Papa

Francisco no discurso que fez pe-rante as autoridades europeias no passado mês de maio: «Há uma im-pressão geral de uma Europa cansada e envelhecida, estéril e sem vida, onde os grandes ideais que inspira-ram a Europa no passado parecem ter perdido a sua força; uma Europa decadente que parece ter perdido a sua capacidade regeneradora; uma Europa que tem a tentação de criar espaços em vez de gerar processos de inclusão e de transformação; de to-mar iniciativas que promovam novos

dinamismos na sociedade. O que é que te aconteceu, Europa humanísti-ca, defensora dos direitos do homem, da democracia e da liberdade?»

QUE NATAL VAMOS CELEBRAR?Duas coisas são importantes

quando celebramos a chegada de Deus-Menino: um sorriso de acolhi-mento e um abraço de solidariedade para todos e, em especial, para os ne-cessitados, estrangeiros e estranhos.

2 FAMÍLIA COMBONIANA

JUSTIÇA E PAZ

Menores migrantes:indefesos e sem voz

Ir. Bernardino Frutuoso

Na História da humanidade nunca houve tantos refugiados. O número de pessoas deslocadas por motivos de con$itos e perseguições em todo o mundo chegou, no 'nal de 2015, a 65,3 milhões – desses 51 % são crianças – de acordo com as Nações Unidas. E a Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia lembrou que, nesse ano, cerca de 100 mil crianças refugia-das chegaram à Europa sozinhas.

Atento aos sinais dos tempos e a este fenómeno, o Papa Francisco convida--nos a re$etir sobre a realidade dos migrantes menores de idade, vulnerá-veis e sem voz. Na mensagem para a jornada, a'rma que essas crianças «são forçadas a viver longe da sua terra natal e separadas do carinho familiar» e che-gam sozinhas aos países de destino e, por isso, «são três vezes mais vulnerá-veis – porque de menor idade, porque estrangeiras e porque indefesas».

Respostas ao fenómeno

O sumo pontífice pergunta: Como responder a esta realidade? E no texto indica algumas pistas.

Antes de mais, temos de ser cons-cientes de que o fenómeno migratório não é alheio à história da salvação; pelo contrário, faz parte dela. A Igreja, sublinha Francisco, «encoraja a reco-nhecer o desígnio de Deus também neste fenómeno, com a certeza de que ninguém é estrangeiro na comunidade cristã, que abraça “todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7, 9)».

Além disso, refere o texto, é preciso apostar na proteção, na integração e

em soluções duradouras para resolver a situações desses migrantes menores de idade.

Em primeiro lugar, adotar «todas as medidas possíveis para garantir prote-ção e defesa aos menores migrantes».

É igualmente preciso trabalhar pela integração das crianças e adolescentes migrantes. Muitas vezes, por escassez de recursos 'nanceiros, «em vez de favorecer a inserção social dos menores migrantes, ou programas de repatria-mento seguro e assistido, procura-se apenas impedir a sua entrada, favore-cendo assim o recurso a redes ilegais; ou então, são reenviados para o seu país de origem, sem antes se assegurar de que tal corresponda a seu “interesse superior” efetivo».

Em terceiro lugar, é necessário procurar e adotar soluções duradou-ras. «Tratando-se de um fenómeno

complexo, é absolutamente necessário enfrentar, nos países de origem, as causas que provocam as migrações».

Portugal acolhedor

Portugal, apesar da crise económica, continua a caracterizar-se por ser um povo solidário e acolhedor. Até 27 de setembro de 2016, recebemos 555 refugiados – 372 vindos da Grécia e 183 da Itália. Somos também «um dos países europeus onde existe maior compaixão» para com os refugiados, segundo revela uma sondagem da ONG International Rescue Commit-tee. De mil inquiridos a nível nacional, 21 % mostraram-se «muito favoráveis» ao acolhimento e 455 «bastante favo-ráveis», o que dá um total de 66 % de respostas «claramente positivas».

No dia 15 de janeiro de 2017, celebramos o Dia Mundial do Migrante e do

Refugiado. O papa convida-nos a refletir sobre os menores migrantes, que são

três vezes mais vulneráveis: são menores de idade, estrangeiros e indefesos.A

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FAMÍLIA COMBONIANA 3

para a missão em portugal e na europa

P.e Claudino Gomes [email protected]

Ele levava uma vida cheia de motivação e objetivos. Mas um dia… e muitos dias… sentiu o choque das injustiças de um “homem de Igreja”…«Calei-me, não disse nada… mas o cristão fervoroso, dedicado, militante já era!», confessa. «Deixei tudo!»

Estas palavras de'nem a situação a que chegaram muitos católicos em Portugal e na Europa. Não afrontam as questões nem os choques que rece-beram, não procuram um encontro de esclarecimento. Deixam de aparecer. Pouco a pouco, perdem também a fé e abandonam a Igreja. Sem dizer nada. Isto é o que os bispos da Europa cha-mam «apostasia silenciosa».

Então, como o apóstolo Pedro ao pé da fogueira dos assassinos de Cristo (Lc 22, 55), os cristãos em apostasia são apanhados na roda dentada das men-talidades pagãs e ateias. Perdida a fé e a pertença viva à comunidade-família de Deus, perdem também a esperança. Vivem sem Deus e sem Cristo, des-norteados pela ideologia (Gn 3, 1-6) do homem como centro da realidade e que inventa e cria Deus – em vez de reconhecer, em ação de graças e ado-ração, que é Deus que, no Amor, cria o homem e o chama a Si como abraço e felicidade absoluta.

A recusa de Deus e da fé cristã na política, na economia, na ética e moral e na cultura atual do Ocidente levou os europeus a banalizarem Deus e a fé cristã e católica (em campanhas sem 'm, como as da revista Charlie Hebdo, em literatura, 'lmes, teatros e espetá-culos como os de cómicos famosos da nossa praça). O Deus vivo e verdadeiro, manifestado em Jesus Cristo, foi subs-

tituído pelo ídolo de um humanismo materialista sem Deus (Ap 19, 19). Daí resultou o homem perdido no niilismo, no relativismo no pensamento e na moral, no hedonismo cínico de um subjetivismo exacerbado.

A cultura ocidental, globalizada, transformou-se numa cultura de morte, que age por meio de aguilhões, como a perda de sentido, a subserviên-cia ao poder e ao dinheiro; a ideologia e as políticas que promovem a explo-ração das crianças, dos trabalhadores e a escravatura; o trá'co de pessoas e drogas; a prostituição; o descarte dos pobres e desempregados; o desprezo pela vida humana e a banalização da morte – eutanásia e aborto; a produ-ção e comércio de armas e as guerras programadas para a destruição maciça de pessoas e cidades; a corrupção a

Europa de alma doenteMuitos católicos remetem-se ao silêncio e afastam-se da Igreja,

em vez de manifestar as suas dúvidas e objeções. Com isso,

estão a ceder aos vírus que corroem a fé e a esperança.

todos os níveis… E, ainda, os racismos; a destruição da Casa Comum, da me-mória histórica e da família baseada no casamento de um homem com uma mulher; a propaganda do prazer imediato sem responsabilidade nem projeto…

Para a cura

Se «quem de Deus se não lembra, todo o bem lhe falta», a missão dos cristãos é «velar pelos recomeços da fé», criando espaços onde os agentes pastorais e os «buscadores de Deus» possam partilhar as suas questões mais profundas e as preocupações quoti-dianas e alimentem a sua relação com Jesus, em Igreja. A iniciativa «presépio na cidade» é um bom exemplo.

Munic

ípio

do S

abugal

O presépio atrai crentes e não crentes a olhar para Jesus, Deus-connosco

6 FAMÍLIA COMBONIANA

linha direta

Apoiar a paz

Mundo

Sudão do Sul

P.e Jeremias durante a visita ao Sudão do Sul

Os Missionários Combonianos congratulam-se com as 13 ordenações sacerdotais marcadas para este ano de 2016. Doze dos novos sacerdotes são africanos e um é asiático: três do Quénia, três do Congo, dois de Moçambique, dois do Togo, um da Eritreia, um da República Centro-Africana e um das Filipinas.

O Instituto regista, também, a pro'ssão de votos perpé-tuos do Ir. Eloy Rogelio Diaz Beltrán, natural do Peru e que esteve em Portugal a aprender português em preparação da missão em Moçambique. A celebração decorreu no dia 16 de outubro, na comunidade comboniana de Muxúnguè, naquele país africano.

«A sua pro'ssão religiosa, no Instituto comboniano, foi uma verdadeira festa missionária», comentou o P.e José Luis Rodríguez López, superior provincial dos combonianos que trabalham em Moçambique. «Foi uma celebração simples, mas vivida intensamente pela comunidade cristã local. Foi, sem dúvida, um sinal de esperança e um testemunho de amor, sobretudo para estas comunidades cristãs moçam-bicanas que estão a viver momentos de tensão e incerteza, devido ao con$ito político-militar que perdura há quase dois anos.»

O P.e Jeremias dos Santos Martins, vigário-geral do Ins-tituto comboniano, visitou o Sudão do Sul, em setembro passado. O objetivo da visita foi manifestar proximidade e solidariedade, apoio e incentivo aos missionários combo-nianos no país, tendo presente que o povo vive em guerra civil há 17 anos. No dia da sua chegada, o P.e Jeremias encontrou-se com o arcebispo de Juba, D. Paulino Lukudu Loro, que pediu aos combonianos para continuarem a dar a sua contribuição vital à missão, no Sudão do Sul.

Durante a estada, o P.e Jeremias acompanhou o trabalho dos combonianos. Em Nyal, por exemplo, visitou os deslo-cados da guerra oriundos de Leer e, em Mapuordit, viu de perto o trabalho dos combonianos no hospital local.

Neste jovem país de África, os Combonianos trabalham pela paz. Um centro destinado à formação humana, pastoral e espiritual, à construção da paz e à cura dos traumas de guerra no Sudão do Sul foi aberto na localidade de Kit, perto da cidade de Juba, a 15 de outubro passado.

Vidas para a missão

Ir. Eloy numa missão na Colômbia, onde terminou a sua formação

para a vida missionária comboniana

FAMÍLIA COMBONIANA 7

Maria, Mãe da misericórdia,une católicos e muçulmanos

São sete e meia da tarde. O Sol acaba de se esconder. Começa a hora do recolher obrigatório neste nosso conturbado Darfur. Antes de fechar o portão do adro da igreja, paro diante do nicho de Nossa Senhora, um bom hábito que me leva, espontaneamente, a puxar pelo terço que trago no bolso.

Do lado de fora do portão ainda aberto avisto um homem já de idade. Olha para dentro do adro, para um ponto 'xo que lhe terá, porventura, encantado a alma. Um masbaha (rosá-rio muçulmano) de contas volumosas pende-lhe da mão direita. Inspira sere-nidade e paz. Aproximo-me. Inclino--me para ouvir o que supostamente me quererá dizer:

– Ia hajj, meu respeitável senhor, dá-me licença?

– Faça favor, meu bom homem – e convido-o a entrar. – Beba, sente-se um pouco e descanse, antes de prosseguir caminho – digo, indicando-lhe a gran-de bilha de água e um banco.

Depois de ter bebido, o homem dirige-se para o nicho de Nossa Se-nhora. Pela forma resoluta e decidida de agir, faz-me pensar que esta não será a primeira vez que aqui vem. Ali se queda, olhando 'xamente para Nossa Senhora. De pé. Em silêncio. Imóvel.

Depois de uns bons minutos em contemplação, faz questão de me dizer o seu nome, Mahmude, ao mesmo tempo que não se cansa de agradecer a bela ocasião de ter podido estar com a mãe. Esta palavra «mãe», faz-me pensar imediatamente em Maria e o

seu 'lho Issa (Jesus), como está escri-to no Alcorão. Mas hoje quero ouvir o testemunho pessoal de um bom e devoto muçulmano.

– A mãe? A mãe de quem?– A mãe de Issa, um dos grandes

profetas do Alcorão – responde. E acrescenta: – Acho que esse profeta também é uma grande e alta persona-gem no vosso livro santo, dos cristãos, não é verdade?

– Sim, tem toda a razão – con'rmo.Peço uns minutos de paciência

ao bom ancião. Como missionário,

a pessoa de Maria tem estado muito presente na minha relação diária com a minoria de cristãos da paróquia de Nyala. Mas, falar de religião com os muçulmanos, até mesmo com os ami-gos mais pessoais, é coisa para ir mais devagar. Esta é, pois, uma ocasião pro-videncial para o efeito desejado. E não o deixo ir embora sem me responder às curiosas e intrigadas perguntas:

– Meu respeitável senhor, quem é Maria para si? Que lugar ocupa ela na sua vida?

O sábio ancião responde pronta-mente e de boa vontade:

– Deus é clemente e misericordioso por excelência e transmite tudo aqui-lo que Ele é e possui ao profeta Issa – embora o profeta extraordinário e incomparável, Maomé, tenha sempre o primeiro lugar. O nosso livro sagrado, o Alcorão, diz-nos que Jesus nasceu sem pai na terra e que a sua mãe se chamava Mariam. Um grandioso milagre operado pela misericórdia do Deus Altíssimo! Pode, porventura, al-guem pensar no 'lho e esquecer a mãe? Certamente que não! A misericórdia habita em Deus e Jesus, de forma cabal e perfeita. Mariam participa da miseri-córdia de Deus e de Jesus. Ela é a mãe, a cheia de misericórdia. E está sempre pronta a distribuí-la e dispensá-la, não só a mim, muçulmano, mas também a ti e todas os seres que vivem à face da Terra.

E o “teólogo” da túnica branca despede-se, acenando com a mão e o grande masbaha da sua fé.

O P.e Feliz da Costa Martins está em Nyala, Darfur, província do Sudão.

Ele conta como foi surpreendido por um muçulmano idoso que lhe testemunhou

a fé em Maria, Mãe cheia de misericórdia.

O masbaha é um cordão com nós ou contas

que ajuda na repetição dos 99 nomes de

Alá (Deus), entre o quais Rahman Rahim

(Clemente e Misericordioso)

Jam

es G

ord

on

8 FAMÍLIA COMBONIANA

Jovens em missão (JIM)

«FAMÍLIA COMBONIANA»Propriedade: Missionários Combonianos do Coração de Jesus Pessoa Colectiva n.º 500139989Diretor: Bernardino Frutuoso (CP 10020)Redação: Fernando Félix (CP 2838)/Carlos Reis (CP 4073)Gra%smo: Luís FerreiraArquivo: Amélia Neves

Redação e Administração: Calç. Eng. Miguel Pais, 91249-120 LISBOARedação: Tel. 213 955 286 E-mail: [email protected]: Manuel Ferreira HortaAdministração: Fax: 213 900 246E-mail: [email protected]

Nº de registo: 104210Depósito legal: 7937/85Impressão:Jorge Fernandes, Lda.Rua Quinta do Conde Mascarenhas, 92825-259 CHARNECA DA CAPARICATiragem: 29.500 exemplares

Todos os anos, o JIM-Jovens em Missão tem um projeto de solidariedade missionária que é assumido por missio-nários combonianos, missionárias combonianas, seculares combonianas, leigos missionários combonianos, cenáculos, benfeitores, colaboradores e amigos em Portugal. Para o ano pastoral 2016-2017, o pedido de cooperação foi apresentado pelas Missionárias Combonianas no Quénia (África). Os grupos JIM querem participar a sério e contribuir para aju-dar a realização do projeto! E convidam todos a empenhar--se, pessoalmente ou em grupo.

Este é o projeto de 2016-2017

A missão de Adu, no Quénia, é jovem: foi criada há de-zasseis anos. Fica a 58 quilómetros da cidade de Malindi, no Norte deste país africano. É uma zona rural e pobre, onde se vive da produção de carvão e a base da alimentação é a farinha de milho e feijão. A mulher tem um papel fulcral na vida social e familiar e os problemas da vida caem sobre ela, analfabeta e sem recursos.

As Irmãs Missionárias Combonianas, que estão em Adu desde 2015, pensaram numa forma de ajudar estas mulheres a cuidar das famílias e do seu meio ambiente: a criação de um meio de rendimento 'nanceiro com base no microcrédito.

As Irmãs Missionárias Combonianas propõem a criação de três grupos de 30 mulheres, onde elas adquirirão conheci-mentos e capacidades para mais tarde começarem os seus próprios negócios. Farão cursos de costura, alfabetização e educação adulta que as ajudarão a tratar dos 'lhos e das famílias. Diz-se em África: «Ajuda uma mulher e estás a mudar a sociedade.» Estes cursos terão a duração de um ano.

O que se pede às mulheres

As participantes nos cursos irão dar o seu tempo e von-tade, porém, também terão de contribuir mensalmente com uma quantia que é muito para elas. Além disso, cada uma compromete-se a plantar e cuidar de 12 árvores, plantadas à volta das casas e em espaços comuns da aldeia, como, por exemplo, o centro de saúde, a igreja, a escola... Esta é uma maneira de as responsabilizar pela Natureza, já que o corte de árvores para fazer carvão é uma das práticas mais comuns.

Com quanto nos propomos contribuir

A Família Comboniana quer contribuir com 10 440 eu-ros, que serão usados para o salário da coordenadora local, o transporte, a papelaria, o salário para três professoras e a compra de máquinas e material de costura.

Quem pode contribuir para o projeto

Toda a Família Combonianacontribuirá na medida das possibilidades.

Como contribuir

Foi criada uma conta onde fazer depósitos ou para a qual fazer transferências, com o IBAN PT50 0035 0557 0004113253006. É favor identi'car os donativos com a ex-pressão «Projeto Missão de Adu». Os contributos também poderão ser enviados ou entregues em qualquer das casas combonianas em Portugal.

Para mais informações, contactar as Missionárias Com-bonianas de Lisboa, cuja morada é Rua Cidade Nova Lisboa, 57, 1800-107 Lisboa, e o número de telefone é 218 517 640.

Projecto missionário JIM 2016-2017

P.e Carlos Nunes, mccj [email protected]

Toda a Família Comboniana está convidada a contribuir para

ajudar as Irmãs Combonianas da missão de Adu na promoção das

mulheres quenianas

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