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1 NEUROANATOMIA Generalidades: Neuroanatomia é definido como o estudo do Sistema Nervoso. Sistema Nervoso: Constituição: é constituído por um tecido especializado em receber e enviar estímulos. Formação: este tecido é formado por células conhecidas como Neurônios. Neurônios: Ou Células Nervosas: apresentam um corpo celular, do qual saem prolongamentos que podem ser denominados de dendritos ou prolongamentos citoplasmáticos, e axônios ou cilindro-eixos. Propriedades: apresentam duas propriedades fundamentais: Irritabilidade: propriedade de ser sensível a um estímulo, permite à célula detectar as modificações no meio ambiente. Condutibilidade: propriedade de propagar um impulso da região onde recebeu um estímulo, até outra região qualquer. Tipos de Neurônios segundo a Função: Aferente - Conduz o impulso nervoso sensitivo a uma determinada área do Sistema Nervoso Central (da periferia para o SNC). Eferente - Conduz o impulso nervoso motor do Sistema Nervoso Central até uma outra area qualquer (parte do SNC para a periferia). Internunciais (de Associação) ou interneurônios, servem para interconectar neurônios, aumentando consideravelmente o número de sinapses nervosas. O corpo do interneurônio está sempre dentro do Sistema Nervoso Central.

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NNEEUURROOAANNAATTOOMMIIAA

Generalidades:

Neuroanatomia é definido como o estudo do Sistema Nervoso.

Sistema Nervoso:

Constituição: é constituído por um tecido especializado em receber

e enviar estímulos.

Formação: este tecido é formado por células conhecidas como

Neurônios.

Neurônios:

Ou Células Nervosas: apresentam um corpo celular, do qual saem

prolongamentos que podem ser denominados de dendritos ou

prolongamentos citoplasmáticos, e axônios ou cilindro-eixos.

Propriedades: apresentam duas propriedades fundamentais:

Irritabilidade: propriedade de ser sensível a um estímulo,

permite à célula detectar as modificações no meio ambiente.

Condutibilidade: propriedade de propagar um impulso da

região onde recebeu um estímulo, até outra região qualquer.

Tipos de Neurônios segundo a Função:

Aferente - Conduz o impulso nervoso sensitivo a uma

determinada área do Sistema Nervoso Central (da

periferia para o SNC).

Eferente - Conduz o impulso nervoso motor do Sistema

Nervoso Central até uma outra area qualquer (parte do

SNC para a periferia).

Internunciais (de Associação) – ou interneurônios, servem

para interconectar neurônios, aumentando consideravelmente

o número de sinapses nervosas. O corpo do interneurônio

está sempre dentro do Sistema Nervoso Central.

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Origem

Embrionária

do Sistema

Nervoso:

O Sistema Nervoso é constituído a partir de vesículas primordiais,

que são dilatações originadas do tubo neural. Estas dilatações

recebem o nome de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.

Subdivisões:

Com o desenvolvimento do feto, ocorrem subdivisões: o Prosencéfalo

subdivide-se em Telencéfalo e Diencéfalo, dando origem ao cérebro.

O Mesencéfalo não sofre subdivisão e o Rombencéfalo dará origem ao

Metencéfalo e ao Mielencéfalo. Daí surgem as seguintes relações:

Vesículas Estruturas

Relacionadas

Cavidades

Relacionadas Primordiais Após Divisão

Prosencéfalo

Telencéfalo Hemisférios Cerebrais Ventrículos Laterais

Diencéfalo Tálamo, Hipotálamo,

Epitálamo, Subtálamo Terceiro Ventrículo

Mesencéfalo Mesencéfalo Pedúnculos Cerebrais

Tecto do Mesencéfalo Aqueduto Cerebral

Rombencéfalo Metencéfalo Ponte e Cerebelo

Quarto Ventrículo Mielencéfalo Medula Oblonga ou Bulbo

Medula Medula Espinhal Quinto Ventrículo

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Divisões

do

Sistema

Nervoso:

Anatômica:

SISTEMA

NERVOSO

CENTRAL

Cérebro

Encéfalo Cerebelo Mesencéfalo

Tronco Encefálico Ponte

Medula espinhal Bulbo

SISTEMA

NERVOSO

PERIFÉRICO

Nervos

Espinhais – 31 pares

Cranianos – 12 pares

Gânglios

Terminações nervosas

Funcional:

SISTEMA

NERVOSO

SOMÁTICO

Aferente

Eferente

SISTEMA

NERVOSO

VISCERAL

Aferente

Simpático

Eferente – S.N. Autônomo

Parasimpático

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SSIISSTTEEMMAA NNEERRVVOOSSOO CCEENNTTRRAALL

MMEEDDUULLAA EESSPPIINNHHAALL

Etimologicamente, medula significa miolo, e indica o que está dentro. Localiza-

se dentro do canal vertebral, sem ocupá-lo completamente.

Tipo de tecido: Nervoso

Tamanho: No homem adulto aproximadamente 45 cm.

Na mulher apresenta-se um pouco menor.

Limites:

Cranial limita-se com o bulbo, aproximadamente em

nível do forame magno do osso occipital.

Caudal no adulto situa-se aproximadamente na 2ª

vértebra lombar (L2).

Terminação:

A medula termina afilando-se para formar um cone – o cone

medular, e continua em um delgado filamento – o filamento

terminal.

Formato: Aproximadamente cilíndrica, ligeiramente achatada (sentido

ântero–posterior)

Calibre:

Não apresenta calibre uniforme, pois apresenta duas

dilatações, denominadas intumescências cervical e lombar.

São resultantes das conexões de grossas raízes que formam

os plexos braquial e lombo-sacral.

Função: Condução nervosa (impulsos sensitivos subindo e impulsos

motores descendo).

Substância

Branca:

Fibras axoniais, na maioria mielínicas (microscópicas).

Localiza-se externamente.

Substância

Cinzenta:

Concentração de corpos neuronais multipolares (motores).

Localiza-se por dentro da branca, apresentando um formato

de borboleta ou da letra H.

Envoltórios da

Medula:

dura-máter (externa e mais espessa)

pia-máter (interna e mais delicada)

aracnóide (entre as duas anteriores)

Espaços

Meníngeos:

Epidural - entre a dura-máter e o periósteo do canal

vertebral

Subdural - espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide

Subaracnóideo - entre a aracnóide e a pia-máter

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Anatomia

Superficial:

Sulco Mediano Posterior sulco pouco profundo, localizado

posteriormente, alcança a substância cinzenta via

septo mediano posterior.

Fissura Mediana Anterior fissura profunda, localizada

anteriormente.

Sulcos Laterais Anterior e Posterior recebem, respectivamente,

as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais.

Sulco Intermédio Posterior situado entre os sulcos mediano e

lateral posterior, e se continua em um septo

intermédio posterior.

Anatomia

Interna:

Colunas Anterior, Posterior e Lateral formam o “H” medular

(A lateral somente aparece na coluna torácica e parte

da lombar).

Canal Central da Medula resquício da luz do tubo neural no

embrião.

Funículos:

Anterior entre a fissura mediana e o sulco lateral anteriores.

Lateral entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior.

Posterior entre os sulcos lateral posterior e mediano posterior.

Fascículos Grácil e Cuneiforme na parte cervical da medula,

formados pela divisão do funículo posterior.

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TTRROONNCCOO EENNCCEEFFÁÁLLIICCOO

Estrutura de tecidos nervoso e conjuntivo situada ventralmente ao cerebelo.

Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo.

Divisão

Anatômica

do

Tronco

Encefálico

1. Mesencéfalo (cranial)

2. Ponte (entre ambos)

3. Bulbo (caudal)

Funções:

Condução nervosa e

controle dos sistemas

cardiovascular e

respiratório.

Relação

com nervos

cranianos:

Dos 12 pares, 10 emergem

da sua estrutura.

Limites do

tronco

encefálico:

superior (diencéfalo)

inferior (forame magno)

posterior (cerebelo)

Mesencéfalo:

Situado entre a ponte e o cérebro, é

perfurado pelo aqueduto cerebral[a],

que liga o 3º ao 4º ventrículo.

Dorsalmente ao aqueduto, temos o tecto

do mesencéfalo [b], e suas massas

nucleares: os colículos superiores [c]

(envolvidos nos reflexos visuais), os

colículos inferiores [d] (relacionados à

audição).

Ventralmente, encontramos os pedúnculos cerebrais [e], que

constituem a conexão motora principal entre o encéfalo

anterior e o rombencéfalo. Em sua porção média (interna), o

tegmento [f], encontramos o núcleo rubro [g], que é

conectado ao cerebelo, sendo importante na atividade motora

e situações posturais reflexas. Em sua porção ventral,

encontramos a base [h] do pedúnculo. O tegmento é

separado do pedúnculo pela substância negra [i].

Do Mesencéfalo, emergem 2 nervos craniais: o Oculomotor

(3º par) e o Troclear (4º par), ambos nervos motores.

1

2

3

3

a

a

e

b

c

d

h

e

h

h

f

f

g

g

i

d

b

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Ponte:

Interposto entre o mesencéfalo e o bulbo, é quase que

totalmente composto de substância branca, servindo como

ponto de ligação entre o bulbo com os centros corticais

superiores.

Situa-se ventralmente ao cerebelo, e repousa sobre o dorso da

sela túrcica.

Em sua face ventral, encontramos um feixe de fibras que forma

o pedúnculo cerebelar médio [a], que se dirige a cada hemisfério

cerebelar. Encontramos também um sulco, o sulco basilar [b],

que geralmente aloja a artéria basilar. A ponte é separada do

bulbo pelo sulco bulbo-pontino [c].

Sua face dorsal constitui o assoalho do 4o ventrículo [d]

Da Ponte, emergem 4 nervos craniais: o Trigêmeo (5º par,

misto), o Abducente (6º par, motor), o Facial (7º par, misto) e o

Vestibulococlear (8º par, sensitivo).

a

b

c

d

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Bulbo:

Situado entre a medula espinhal e a ponte, sua face posterior

forma o chão do 4º Ventrículo.

Em sua face ventral, encontramos a pirâmide [a], um feixe de

fibras que forma o tracto piramidal, que constitui a via para

iniciar os movimentos coordenados dos músculos

esqueléticos. Na parte caudal do bulbo, vemos a decussação

das pirâmides [b], onde os feixes se cruzam. Identificamos, na

face lateral, a oliva [c], uma eminência de substância

cinzenta. Os núcleos grácil [d] e cuneiforme [e], posteriores,

estabelecem comunicação entre a medula e o tálamo e

cerebelo. Estes núcleos apresentam tubérculos, que

constituem sua parte visível. Os tubérculos se unem para

formar os pedúnculos cerebelares inferiores, que se

comunicam com o cerebelo.

Do Bulbo, emergem 4 nervos craniais: o Glossofaríngeo (9º

par, misto), o Vago (10º par, misto), o Acessório (11º par,

motor) e o Hipoglosso (12º par, motor).

a

b

c

d e

d

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CCEERREEBBEELLOO

Localização:

Está situado no interior da

cavidade craniana (na fossa

cerebelar), inferiormente ao

cérebro e posteriormente ao

tronco encefálico. Está

separado do cérebro por uma

prega da dura-máter, a tenda

do cerebelo.

Funções:

Coordenação dos movimentos,

manutenção da postura,

regulação do tônus muscular,

motricidade fina, controle do

equilíbrio, atividades rápidas.

Divisões

Anatômicas:

Hemisférios cerebelares direito e esquerdo e uma parte central

denominada vérmis.

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Presença de

Sulcos

Transversais,

Lóbulos e

Fissuras:

Na superfície, o cerebelo apresenta pequenos sulcos

transversais que irão delimitar um nº variado de lâminas que

são denominadas folhas do cerebelo. A reunião de várias

folhas vai dar origem a uma área chamada de lóbulo. Os

principais lóbulos do cerebelo são: quadrangular, semilunar

superior, semilunar inferior, simples. As principais fissuras,

que dividem os lóbulos, são a prima ou primária, a

horizontal, e a pós-clival. No entanto, esta divisão é

puramente anatômica.

Divisões

Funcionais:

Funcionalmente, encontramos três divisões no cerebelo:

Lobo Anterior

Lobo Posterior

Vérmis – controle dos movimentos axiais.

Zona Intermédia – controle das porções

distais dos membros superior e inferior.

Zona Lateral – planejamento global dos

movimentos motores seqüenciais.

Lobo Flóculo-

nodular Relacionado com a função do equilíbrio.

Constituição:

É constituído por um centro de substância branca, o corpo

medular do cerebelo, revestida externamente por uma fina

camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar.

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Filogênese do

Cerebelo:

No desenvolvimento evolutivo do cerebelo, três fases são

identificadas, com a correspondente complexidade crescente

de movimentos.

1a fase: arquiverebelo – surge com o aparecimento dos

vertebrados mais primitivos, realizando coordenação da

musculatura com fins ao equilíbrio e tem conexões

vestibulares. É o cerebelo vestibular (dourado).

2a fase: paleocerebelo – surge com os peixes, e o aparecimento

de receptores especiais, os fusos neuromusculares e órgãos

neurotendíneos, que originam impulsos proprioceptivos.

Tem função relacionada ao tônus muscular e à postura do

animal. Tem conexão com a medula espinhal, e é

denominado cerebelo espinhal (verde/lilás e a parte do vérmis

em rosa imediatamente abaixo).

3a fase: neocerebelo – surge com os mamíferos, e com a

capacidade de utilizar membros para movimentos finos e

assimétricos. Tem relação com o córtex cerebral, e é

denominado cerebelo cortical (rosa).

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CCÉÉRREEBBRROO

O Cérebro é formado por duas vesículas primordiais: o telencéfalo e o

diencéfalo. O telencéfalo, por si só, constitui os hemisférios cerebrais, e o

diencéfalo é representado pelas formações nervosas que constituem as paredes

do terceiro ventrículo (ventrículo médio).

DIENCÉFALO

Localização

e

Estrutura:

Pode ser comparado a um pequeno

funil, preso superiormente por sua

base entre os hemisférios cerebrais e

por diante dos pedúnculos cerebrais.

Constituição:

Quatro estruturas básicas: o tálamo, o

hipotálamo, o epitálamo e o

subtálamo. Apresenta ainda uma

cavidade: o terceiro ventrículo.

Tálamo:

É constituído por duas massas ovóides de substância cinzenta, unidas pela

aderência intertalâmica. Suas extremidades são: tubérculo anterior [a] do

tálamo (anterior) e pulvinar [b] do tálamo (posterior). O pulvinar repousa

sobre os corpos geniculados lateral [c] (relacionado com a via auditiva) e

medial [d] (relacionado com a via visual).

O Tálamo relaciona-se medialmente com o III Ventrículo [e], lateralmente

com a Cápsula Interna [f], superiormente com os Ventrículos Laterais [g] e

Inferiormente com o Hipotálamo [h] e o Subtálamo.

Seus núcleos estão relacionados com o Comportamento Emocional,

Motricidade, Sensibilidade e Ativação do Córtex.

a

d

b

d

c

d d

d

e

d

f e

d

g

d

g

d

f h

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Hipotálamo:

Está localizado abaixo do sulco hipotalâmico [a], que o separa do Tálamo

[b]. Compreende os corpos mamilares [c] (eminências de substância

cinzenta), quiasma óptico [d] (ponto de cruzamento dos nervos ópticos),

túber cinéreo [e] (prende a hipófise por meio do infundíbulo) e o

infundíbulo [f], (formação nervosa em forma de funil que se prende ao

túber cinéreo).

Possui funções relacionadas principalmente com o controle de funções

vegetativas (controle da sede e fome, pressão e freqüência sanguíneas,

diurese, sudorese, temperatura corporal, reflexos pupilar e da ingestão),

endócrinas (hormônios de liberação e inibição da glândula Hipófise) e

relacionadas ao sistema límbico (emoções, como fúria, luta, tranquilidade,

medo, reações de punição e impulso sexual).

a

b

c d

f

e

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Epitálamo:

Limita posteriormente o III Ventrículo, acima do sulco hipotalâmico.

Seu elemento mais evidente é a glândula pineal [a], glândula endócrina

de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto do

Mesencéfalo. Esta glândula secreta Melatonina, que regula o

metabolismo diário, o que interfere no Ritmo Circadiano.

Também apresenta duas comissuras, a comissura posterior [b] e a

comissura das habênulas [c], e entre elas, o recesso pineal [d]. A

comissura das habênulas interpõe-se entre os trígonos da habênula,

situados entre o corpo pineal e o tálamo.

Subtálamo:

Compreende a zona de transição entre o Diencéfalo e o Mesencéfalo.

Localiza-se abaixo do Tálamo, sendo limitado lateralmente pela Cápsula

Interna e medialmente pelo Hipotálamo.

O elemento mais evidente do Subtálamo é o Núcleo Subtalâmico [e], que

regula a motricidade somática. Lesões nesse núcleo provocam o

Hemibalismo, que é o funcionamento desordenado das extremidades,

caracterizando-se por movimentos anormais.

a b

c d

e

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TELENCÉFALO

Funções

Corticais:

Motora, sensitiva e

sensorial.

Divisões

Anatômicas

I:

Hemisfério cerebral direito [a] e esquerdo [b], separados pela

fissura longitudinal do cérebro [setas], cujo assoalho é formado

por uma larga faixa de fibras mielínicas, o corpo caloso [c]

(principal meio de união – ou comissura – entre os dois

hemisférios). O corpo caloso subdivide-se em tronco [d] (a

maior parte), que se dilata posteriormente no esplênio [e], e se

flete anteriormente no joelho [f], que se afila para formar o

rostro [g]. Este continua até a lâmina rostral [h], que segue à

comissura anterior [i], e deste à lâmina terminal [j], uma lâmina

de substância branca que também une os hemisférios.

Localização:

Cavidade craniana,

ocupando 80% da

mesma.

a b

c

e

d f

g h

i j

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Sulcos e

Giros:

Os hemisférios cerebrais apresentam depressões, os sulcos, que delimitam as

circunvoluções cerebrais, os giros. A função dos sulcos é permitir

considerável aumento da superfície sem grande aumento de volume cerebral.

Além disso, delimitam os lobos cerebrais, que são áreas anatômicas de grande

importância clínica, mas nenhuma importância funcional. Os principais

sulcos são:

a) sulco lateral (de Silvius) [a] – fenda profunda que separa o lobo frontal

do temporal e dirige-se para a face súpero-lateral e divide-se em três

ramos: ascendente [b], anterior [c] (ambos mais curtos) e posterior [d].

b) sulco central (de Rolando) [e] – sulco profundo que separa os lobos

frontal e parietal. Separa os giros pré-central [f] (limitado pelo sulco pré-

central [g]) e pós-central [h] (limitado pelo sulco pós-central [i]).

e

a b c

d

f h

g i

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Lobo

Frontal:

O lobo frontal possui três sulcos e quatro giros principais:

a) sulco pré-central [a] – corre paralelo ao sulco central, e entre

estes encontramos o:

b) giro pré-central [b] – onde se localiza a área motora principal

do cérebro.

c) sulco frontal superior [c] – perpendicular ao sulco pré-

central, delimita o:

d) giro frontal superior [d] – que se continua na face medial do

cérebro.

e) sulco frontal inferior [e] – também perpendicular ao sulco

pré-central. Entre ele e o sulco frontal superior,

encontramos o:

f) giro frontal médio [f].

g) giro frontal inferior [g] – abaixo do sulco frontal inferior, é

subdivido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral

em três partes: orbital [h] (abaixo do ramo anterior),

triângular [i] (entre o ramo anterior e ascendente) e

opercular [j] (entre o ramos ascendente e o sulco pré-

central). Este giro é também denominado de giro de Broca, e

possui geralmente o centro cortical da palavra falada.

a

b

d c

f

f

e

g

h

i

j

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Lobo

Temporal:

O lobo temporal possui dois sulcos e quatro giros principais:

a) sulco temporal superior [a] – corre paralelo ao ramo

posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal, e

entre estes encontramos o:

b) giro temporal superior [b].

c) sulco temporal inferior [c] – paralelo ao sulco temporal

superior, possui partes descontínuas. Acima dele temos:

d) giro temporal médio [d], e abaixo do sulco temporal

inferior encontramos o:

e) giro temporal inferior [e] – que se delimita com o sulco

occípito temporal, na face inferior do hemisfério cerebral.

f) giro temporal transverso anterior [f] – aparece no assoalho

do sulco lateral, e é transversal a este. Sua importância é a

de ser o centro cortical da audição.

a

a b

c

d

e

f

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Lobos

Parietal e

Occipital:

O lobo parietal possui dois sulcos e três giros principais:

a) sulco pós central [a] – corre paralelo ao sulco central, é

frequentemente dividido em dois segmentos. Posteriormente

a ele encontramos o:

b) giro pós central [b] – onde encontramos a área somestésica,

que contém importantes áreas sensitivas do córtex.

c) sulco intraparietal [c] – normalmente perpendicular ao

sulco pós-central, estende-se posteriormente terminando no

lobo occipital. Divide o lobo parietal em dois lóbulos, os

lóbulos parietais superior [d] e inferior [e].

d) giro supramarginal [f] – presente no lóbulo parietal inferior,

é curvado sobre a extremidade do ramo posterior do sulco

lateral.

e) giro angular [g] – também presente no lóbulo parietal

inferior, é curvado em torno das porções terminal e

ascendente do sulco temporal superior.

O lobo occipital possui sulcos e giros pequenos, inconstantes e

irregulares. O único que merece referência, por questões

antropológicas, é o sulco semilunar [h] (lunatus).

a b

c

e

d

f g

h

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Insula:

A Ínsula aparece afastando-se os lábios do sulco lateral, e é um lobo

cerebral que cresce menos que os demais. Possui dois sulcos e dois

giros principais:

a) sulco circular [a]

b) sulco central [b]

c) giros curtos [c]

d) giro longo [d]

a

a

b d

d

c c

c

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22

Vista

Medial:

O lobo occipital possui dois sulcos e três giros principais:

a) sulco calcarino {L.-relativo a espora} [a] – inicia-se abaixo do

esplênio do corpo caloso, e dirige-se ao pólo occipital. Em seus

lábios situa-se o centro cortical da visão.

b) cúneus {L.-cunha} – giro complexo e triângular, situa-se entre o

sulco calcarino e o:

c) sulco parieto-occipital [b] – profundo, separa o lobo occipital e

parietal, é disposto em ângulo agudo ao calcarino.

d) pré-cúneus (lobo parietal) – giro situado anteriormente ao

cúneus.

e) giro occípito-temporal medial – situa-se abaixo do sulco

calcarino, continua-se anteriormente com o giro para-

hipocampal.

Os lobos parietal e frontal apresentam cinco sulcos e três giros:

f) sulco do corpo caloso [c] – inicia-se abaixo do rostro e contorna o

tronco e o esplênio. Continua-se com o sulco do hipocampo [d].

g) sulco do cíngulo {L. cinto, relativo a cercar} [e] – paralelo ao

sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo, e

possui dois ramos: o ramo marginal [f], direcionado à margem

superior do hemisfério, e o sulco subparietal [g], que continua-se

posteriormente no giro do cíngulo.

h) sulco paracentral [h] – delimita o lóbulo paracentral, cujas

partes anterior e posterior delimitam as áreas motora e sensitiva

da perna e do pé.

a

b c

d

e

f

g

h

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23

Vista

Inferior:

O lobo temporal possui quatro sulcos e três giros principais:

a) sulco occípito-temporal [a] – limita com o sulco temporal

inferior [b] o giro temporal inferior [c].

b) giro occípito-temporal lateral [d] – é limitado pelo sulco occípito

temporal e medialmente pelo:

c) sulco colateral [e] – que se inicia próximo ao lobo occipital e

dirige-se à frente, delimitando com os sulcos calcarino [f] e do

hipocampo [g], os giros occípito-temporal medial [h] e para-

hipocampal [i].

d) úncus [j] – é considerado o centro cortical da audição, sendo a

continuação do giro para-hipocampal, que se curva sobre o sulco

do hipocampo.

e) sulco rinal [k] – é a continuação do sulco colateral.

f) istmo do giro do cíngulo [l] – ponto de união do giro para-

hipocampal com o giro do cíngulo.

O lobo frontal apresenta dois sulcos e dois giros:

g) sulco olfatório [m] – profundo e de direção ântero-posterior.

h) giro reto [n] – situa-se medialmente ao sulco olfatório, continua-

se dorsalmente como giro frontal superior [o]. A face anterior

do lobo frontal apresenta os sulcos e giros orbitários [círculo],

bastante irregulares.

a e

b

c d

f

g

h

i

j k

l

m n

o

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24

Divisões

Anatômicas

II:

Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito [a]

e esquerdo [b] (telencéfalo), que possuem quatro partes: a) corno anterior; b)

parte central; c) corno posterior; e d) corno inferior, e se comunicam com o

terceiro ventrículo [c] (diencéfalo), pelos forames interventriculares [d]. O

terceiro ventrículo se comunica com o quarto ventrículo [e] (rombencéfalo)

através do aqueduto cerebral [f]. Entre os ventrículos circula o líquor,

produzido pelos plexos corióides [em verde, setas].

a b

c d

e

f

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25

Anatomia

Funcional

do Córtex I -

Introdução:

Podemos dividir funcionalmente o córtex em áreas de projeção e áreas de

associação. As áreas de projeção ou primárias são as que recebem ou dão origem

a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e a motricidade. As áreas

de associação (secundárias e terciárias) estão relacionadas, de modo geral, a

funções psíquicas complexas.

Anatomia

Funcional

do Córtex II

– Áreas de

Projeção

Sensitivas e

Motora

Primárias:

Área da Sensibilidade Somática Geral – localizada no giro pós-central, é referida

como a área de Broadmann 3-1-2.

Área Visual Primária– localizada junto ao sulco calcarino, é referida como a área

de Broadmann 17. Lesões bilaterais nesta região provocam cegueira completa.

Área Auditiva Primária– localizada no giro temporal transverso anterior, é

referida como a área de Broadmann 41-42. Lesões bilaterais nesta região

provocam surdez completa.

Área Vestibular – localizada no lobo parietal, é considerada importante para a

orientação consciente no espaço. (elipse azul)

Área Olfatória – localizada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal,

é é referida como a área de Broadmann 34, sendo importante para o

reconhecimento consciente de cheiros.

Área Gustativa – localizada na porção inferior do giro pós central, é referida como

a área de Broadmann 43. É importante para a sensação do gosto consciente.

Área Motora Primária – localizada na parte posterior do giro pré-central, é

referida como a área de Broadmann 4. É responsável pela motricidade voluntária.

3-1-2

17

42 43

4

17

3-1-2 4

34

41

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26

Anatomia

Funcional do

Córtex III –

Áreas de

Associação

Sensitivas e

Motoras

Secundárias:

Área Somestésica Secundária – localizada no lóbulo parietal superior, é

referida como a área de Broadmann 5 e parte da área 7 (7a). É responsável

pela interpretação do estímulo sentido na área 3-1-2.

Área Visual Secundária – localizada nos lobos occipital e temporal, é referida

como as áreas de Broadmann 18 e 19, além das áreas 20, 21 e 37, localizadas

nos giros temporal médio e inferior. Lesões nesta região provocam agnosias

visuais, ou seja, perda da capacidade de reconhecimento.

Área Auditiva Secundária– localizada no lobo temporal, é referida como a

área de Broadmann 22. Lesões nesta região provocam agnosias auditivas.

Área Motora Suplementar – localizada na região superior da área de

Broadmann 6, ocupa a face medial do giro frontal superior. É relacionada à

concepção ou planejamento de seqüências complexas de movimentos.

Área Pré-Motora – localizada no lobo frontal, ocupando toda a extensão da

área de Broadmann 6. É relacionada à força muscular para a execução do

movimento, embora haja muita discussão sobre a função desta área.

Área de Broca – localizada nas partes opercular e triângular do giro frontal

inferior, corresponde às áreas de Broadmann 44 e parte da 45. É responsável

pela programação da área motora relacionada com a linguagem.

6

6

5

7a

18

18

18

18

19

19

19

19

37

20

21

37 20

45 44

22

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27

Anatomia

Funcional do

Córtex IV –

Áreas de

Associação

Terciárias e

da

Linguagem:

Área Pré-frontal – compreende toda a parte anterior não motora do lobo

frontal. É responsável por:

a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à

situação física e social;

b) manutenção da atenção;

c) controle do comportamento emocional, junto com o hipotálamo e o

sistema límbico.

Área Temporoparietal – localizada no lóbulo parietal inferior, nos giros

supramarginal e angular, é referida como as áreas de Broadmann 40 e 39,

além das margens do sulco temporal inferior e parte do lóbulo parietal

superior. Esta área é importante para a percepção espacial (relação entre os

objetos externos) e para o esquema corporal (imagem das partes

componentes do próprio corpo).

Áreas Límbicas– serão estudadas junto com o sistema límbico.

Áreas da Linguagem – a área anterior corresponde à área de Broca, e está

relacionada com a expressão da linguagem. A área posterior corresponde à

área de Wernicke, situada na junção entre os lóbulos temporal e parietal,

correspondendo à porção posterior da área de Broadmann 22, e está

relacionada à percepção da linguagem.

40

39 22

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Sistema

Límbico I –

Conceito e

Componentes

Corticais:

Conceito – o sistema límbico pode ser conceituado como um sistema relacionado

com a regulação dos processos emcionais e do sistema nervoso autônomo, sendo

constituído pelo lobo límbico e demais estruturas subcorticais associadas.

Lobo Límbico [L.-contorno] – é formado pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal

e hipocampo. O hipocampo [a] é uma eminência alongada e curva, situada no

assoalho do corno inferior dos ventrículos laterais, acima do giro para-hipocampal.

O hipocampo está envolvido com os fenômenos de memória, particularmente a de

longa duração, e projeta-se para os corpos mamilares [b] através de um feixe de

fibras, o fórnix. O fórnix é um feixe complexo de fibras, dividido em três partes: o

corpo [c] (parte em que as duas metades do fórnix se unem), as colunas [d]

(anteriores) e as pernas [e (posteriores). No ponto em que as pernas do fórnix se

separam, encontramos a comissura do fórnix [f], feixe de fibras que intercomunicam

as pernas. O fórnix, assim como o giro para-hipocampal [g], é uma importante via

de comunicação para o sistema límbico. Acima do fórnix, encontramos o septo

pelúcido [h] fina lâmina de tecido nervoso que separa os ventrículos laterais. O giro

do cíngulo [i] relaciona odores e visões com memórias agradáveis de emoções

anteriores, além da reação emocional à dor e da regulação do comportamento

agressivo.

g

g

a

a

c

d

e

c d

e

d

f

g

b

b

h d

i

a

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29

Sistema

Límbico II –

Componentes

Subcorticais:

a) Corpo Amigdalóide – é um dos núcleos da base, situando-se no lobo

temporal, próximo ao uncús. A maioria de suas fibras eferentes, a estria

terminal, termina no hipotálamo. Tem papel relacionado ao controle das

afeições, humor, estados de medo e ira, e agressividade. Tem importante

papel na autopreservação, por ser o centro identificador do perigo.

b) Área Septal – situada abaixo do corpo caloso, anteriormente à lâmina

terminal e à comissura anterior. Mantém projeções para o hipotálamo e

formação reticular. Este centro está associado ao orgasmo e sensação de

prazer, particularmente as associadas às experiências sexuais.

c) Núcleos Mamilares – localizados nos corpos mamilares, pertencem ao

hipotálamo. Recebem fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix, e se

projetam principalmente para os núcleos anteriores do tálamo e para a

formação reticular. Estão relacionados com a manifestação dos estados

emocionais.

d) Núcleos Anteriores do Tálamo – localizados no tubérculo anterior do tálamo,

recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam-se para o giro do cíngulo.

Suas funções estão relacionadas à reatividade emocional.

e) Núcleos Habenulares – localizados na região do trígono das habênulas, no

epitálamo. Projetam-se para o mesencéfalo.

a

a b

c

c

d

e

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Núcleos da

Base I -

Constituição:

Como núcleos da base, reconhecemos as seguintes estruturas: Claustrum,

Corpo Amigdalóide, Núcleo Caudado, Putâmen, e o Globo Pálido (estes dois

últimos constituindo o Núcleo Lentiforme), além do Núcleo Basal de Meynert

e Núcleo Accumbens. O núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido, por

serem parcialmente unidos, constituem o Corpo Estriado, importante centro

regulador da motricidade e do comportamento emocional. Este, por

considerações estruturais e funcionais, é dividido em uma parte, o striatum

(Núcleo Caudado e Putâmen) e outra, o pallidum (Globo Pálido).

Núcleos

da Base

III -

Corpo

Estriado:

Núcleo Caudado – é uma massa alongada, volumosa, composta por substância

cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais.

Anteriormente, apresenta uma extremidade dilatada, a cabeça do núcleo caudado,

que se continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, se afinando para

formar a cauda do núcleo caudado. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a

parte anterior do núcleo lentiforme.

Núcleo Lentiforme – dividindo-se em putâmen e globo pálido pela lâmina medular

lateral, situa-se profundamente no interior do hemisfério cerebral, e relaciona-se

medialmente com a cápsula interna, que o separa do núcleo caudado e do tálamo.

Relaciona-se lateralmente com o córtex da ínsula, do qual é separado pelo

claustrum. O putâmen situa-se lateralmente, sendo maior que o globo pálido. O

globo pálido subdivide-se por outra lâmina de substância branca, a lâmina

medular medial.

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Claustrum,

Corpo

Amigdalóide,

Núcleo

Accumbens e

Núcleo Basal

de Meynert:

O claustrum situa-se entre o córtex da ínsula (separado pela cápsula

extrema) e o núcleo lentiforme (separado pela cápsula externa), sendo

formado por substância cinzenta. Sua função é desconhecida. O corpo

amigdalóide já foi abordado no Sistema Límbico. O núcleo accumbens

é uma massa de substância cinzenta situada na união entre o putâmen e

a cabeça do núcleo caudado. O núcleo basal de Meynert situa-se entre

a substância perfurada anterior e o globo pálido e contém neurônios

ricos em acetilcolina.

Ordem das

Estruturas:

Da face lateral para a superfície ventricular: a) Ínsula b) Cápsula extrema c) Claustrum d) Cápsula externa e) Putâmen f) Lâmina medular lateral g) Parte externa do globo pálido h) Lâmina medular medial i) Parte interna do globo pálido j) Cápsula interna k) Núcleo accumbens l) Núcleo caudado (cabeça [k1] e cauda [k2]) m) Tálamo n) Hipotálamo o) III Ventrículo

a

b

c

d

e f

g

i

h j

j

k

j

L1

L2

m

m

m

n o

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32

SSIISSTTEEMMAA NNEERRVVOOSSOO PPEERRIIFFÉÉRRIICCOO

Definição:

O Sistema Nervoso Periférico é constituído por fibras que ligam o Sistema

Nervoso Central ao receptor (se o impulso for sensitivo) ou ao efetor (se o

impulso for motor). É formado por Nervos Espinhais (31 pares) e

Cranianos (12 pares), Plexos e Terminações Nervosas.

Nervos

Espinhais:

Fazem conexão com a Medula Espinhal, e são responsáveis pela inervação

do tronco, membros e parte da cabeça. Estão divididos em 8 pares

cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo, totalizando 31

pares. Cada nervo espinhal é constituído por duas raízes: uma ventral

(motora) e outra dorsal (sensitiva). Da união de ambas, forma-se o tronco

do nervo espinhal.

Plexos

Nervosos:

É a união de nervos ou ramificações nervosas, constituindo uma rede que

será responsável pela condução da resposta motora em determinadas

regiões. Estas regiões são: cervical, braquial, lombar e sacrococcígea.

Plexo

Cervical:

É constituído pelos ramos ventrais de C1 a C4, recebendo um ramo

anastomótico de C5. Cada ramo ventral se anastomosa com o subseqüente,

formando as alças cervicais. Destas alças, formam-se as duas partes do

plexo: a superficial e a profunda.

A superficial é predominantemente sensitiva, inervando a região inferior

da cabeça, pescoço e superior do tronco. A profunda, predominantemente

motora, destina-se à musculatura ântero-lateral do pescoço (Alça Cervical)

e ao diafragma (Nervo Frênico).

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33

Plexo

Braquial:

Fornece os nervos que vão ao membro superior. É formado pelos ramos

ventrais de C5 a T1, recebendo um ramo anastomótico de T2.

Três troncos:

Superior (C5 e C6), Médio (C7) e Inferior (C8 e T1).

Três fascículos:

Lateral: duas divisões anteriores dos troncos superior e médio;

Posterior: três divisões posteriores de cada tronco;

Medial: divisão anterior do tronco inferior.

Nervos:

Fascículo Lateral:

Musculocutâneo: mm. Coracobraquial, bíceps braquial e braquial.

Raiz lateral do N. Mediano S – cútis da região tenar e palmar.

Fascículo Medial: M – mm. Anteriores do antebraço e

Raiz medial do N. Mediano maioria dos mm. tenares.

Ulnar: S – cútis da face palmar e dorsal da mão.

M – mm. antebraço, região hipotenar e adutor do polegar.

Fascículo Posterior:

Axilar: S – cútis do m. deltóide;M – m. deltóide e redondo menor.

Radial: S – cútis da região posterior do braço, antebraço e mão.

M – mm. posteriores do braço e antebraço.

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34

Nervos

Torácicos:

São 12 pares que não constituem plexos.

Ramos Dorsais: musculatura e cútis das regiões próximas à

coluna vertebral.

Ramos Ventrais: constituem os nervos intercostais, e ocupam os

sulcos costais das costelas correspondentes.

M – mm. intercostais, m. transverso do tórax, área de

contorno do diafragma, mm. abdominais.

S – cútis da região ântero-lateral do tórax, do abdome,

sínfise púbica e parte da região glútea e lateral da coxa.

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O Plexo Lombar fornece os nervos que se dirigem ao membro inferior e

pelve. É formado pelos ramos ventrais de L1 a L4, recebendo um ramo

anastomótico de T12, e dando um ramo ao plexo sacral.

L1: Recebe o ramo de T12 e se trifurca:

Ílio-hipogástrico: S – área lateral da região glútea e cútis do púbis.

M – m. anteriores do abdome, m. piramidal.

Ílio-inguinal: S – genitália externa; M – reg. ântero-lateral do abdome.

Raiz superior do n. Genito-femoral S – trígono femoral anterior.

L2: Se trifurca:

Raiz inferior do n. Genito-femoral M – m. cremaster.

Raiz superior do n. Cutâneo lateral da coxa – reg. ântero-lateral

Raiz superior do n. Femoral: S – cútis da reg. ântero-medial da coxa.

L3: Se trifurca: M – m. quadríceps, pectíneo e sartório.

Raiz inferior do n. Cutâneo lateral da coxa

Raiz média do n. Femoral

Raiz superior do n. Obturatório – S – cútis da reg. medial da coxa.

M – mm. adutores e grácil.

L4: Fornece o ramo anastomótico a L5 e se bifurca:

Raiz inferior do n. Femoral

Raiz inferior do n. Obturatório

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Plexo

Sacral e

Coccígeo:

O Plexo Sacral é formado pelos ramos ventrais de L5, recebendo um ramo

anastomótico de L4, e dos quatro primeiros nervos sacros (S1 a S4), que

emergem pelos forames sacros pélvicos.

L5: Recebe o ramo de L4 e constitui o tronco lombo-sacral. Este se une com

S1, S2, S3 e S4, formando um complexo nervoso que forma:

N. Isquiádico (Ciático): mm. posteriores da coxa.

N. Tibial: S – cútis da reg. posterior da perna, planta do pé e dedos.

M – mm. da reg. posterior da perna e planta do pé.

N. Fibular comum: se bifurca em:

o N. Fibular Superficial: S – cútis da reg. lateral da perna e dorso do

pé. M – mm. da reg. anterior da perna e extensor curto dos dedos.

o N. Fibular Profundo: Idem parte motora do superficial.

O Plexo Coccígeo é constituído por S5, que recebe um ramo anastomótico de

S4, e por C0. Formam juntos um conjunto de fibras que conferem

sensibilidade à cútis da região do cóccix.

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Nervos

Cranianos:

São os que fazem conexão com o Encéfalo. Sua origem

aparente e suas funções básicas são mostradas na tabela e

esquema abaixo, respectivamente. Formam, ao todo, 12

pares, numerados em alinhamento crânio-caudal.

Par Craniano Origem aparente no

Encéfalo

Origem aparente no

Crânio

I – Olfatório Bulbo olfatório Lâmina crivosa – etmóide

II – Óptico Quiasma Óptico Canal Óptico

III – Oculomotor Pedúnculo cerebral Fissura orbital superior

IV – Troclear Véu medular superior Fissura orbital superior

V – Trigêmeo Entre a ponte e o

pedúnculo cerebelar médio

Fissura orbital superior (oftálmico),

forame redondo (maxilar) e forame oval

(mandibular)

VI – Abducente Sulco Bulbo-pontino Fissura orbital superior

VII – Facial Idem, lateralmente ao VI Forame estilomastóide

VIII – Vestíbulo-

Coclear Idem, lateralmente ao VII

Penetra no osso temporal pelo meato

acústico interno

IX – Glosso-

faríngeo

Sulco lateral posterior -

bulbo Forame Jugular

X – Vago Idem, caudalmente ao IX Forame Jugular

XI – Acessório Sulco lateral posterior do

bulbo e medula Forame Jugular

XII - Hipoglosso Sulco lateral anterior -

bulbo Canal do Hipoglosso