2
ALESSANDRA OGEDA [email protected] A junção de duas letras e dois números tem tirado o sono dos empresários da indústria em Santa Catarina. Revisada no final de 2010, a NR-12 (Nor- ma Regulamentadora nº 12) do MTE (Ministério de Trabalho e Emprego) ampliou em 300 itens as exigências relacionadas à se- gurança no trabalho em máqui- nas e equipamentos que devem ser cumpridas pelas empresas. Com o aumento da fiscaliza- ção este ano, na prática, a NR-12 está significando investimento adicional das indústrias na adap- tação de máquinas novas e an- tigas, multas e a paralisação de equipamentos. De acordo com o chefe da Fiscalização do Trabalho da SRTE/SC (Superintendência Regional do Trabalho e Empre- go em Santa Catarina), Roberto Claudio Lodetti, apenas entre janeiro e agosto, 165 empresas ti- veram alguma interdição de equi- pamento. Uma média de pouco mais de 20 por mês. “Essas inter- dições estão sendo registradas em todo o Estado, com concentração maior nas indústrias de madeira, de plástico e no segmento metal- mecânico”, comenta Lodetti. De um total de 2.755 indústrias que tiveram a NR-12 fiscalizada este ano, 1.604 foram notificadas para regularizar a situação, ou seja, 58% do total apresentavam alguma irregularidade. Uma em- presa teve a produção embargada, e 374 indústrias receberam 450 autos de infração. Houve casos de mais de um auto por indústria. O número de atuações nos primei- ros oito meses equivale a 66% do total aplicado em 2013. Segundo o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de San- ta Catarina), Glauco José Côrte, a NR-12 está trazendo impactos desfavoráveis para todos os seg- mentos que utilizam máquinas e equipamentos no Estado. “Não queremos retirar nenhum item que possa colocar em risco a se- gurança do trabalhador, porque a proteção dele é essencial. Mas o que nós defendemos é que as em- presas que tenham um histórico de acidente zero nas máquinas, não sejam obrigadas a fazer um investimento que não acrescenta um centavo e nem um milímetro na produtividade”, defende Côrte. O que a Fiesc tem observado é o contrário. Fazendo visitas se- manais em diferentes partes do Estado, Côrte verificou a queda de produtividade em muitas ins- talações industriais por causa das medidas propostas pela NR- 12. A subjetividade no cumpri- mento de muitos itens da norma e a incompatibilidade do que é exigido com os maquinários no- vos importados também são cri- ticados pelo setor. Indústria catarinense perde com

Nd Nr-12 Matéria

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Nd Nr-12 Matéria

Citation preview

Page 1: Nd Nr-12 Matéria

LEILÃO DE VEÍCULOSONLINE

+ Móveis+ Eletrônicos

Presencial - 9h Auditório CRC - SCSETEMBRO

24até

Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, N° 1900, Florianópolis - SC

9804.5050Contato

ALESSANDRA [email protected]

A junção de duas letras e dois números tem tirado o sono dos empresários da indústria em Santa Catarina. Revisada no final de 2010, a NR-12 (Nor-ma Regulamentadora nº 12) do MTE (Ministério de Trabalho e Emprego) ampliou em 300 itens as exigências relacionadas à se-gurança no trabalho em máqui-nas e equipamentos que devem ser cumpridas pelas empresas.

Com o aumento da fiscaliza-ção este ano, na prática, a NR-12 está significando investimento adicional das indústrias na adap-tação de máquinas novas e an-tigas, multas e a paralisação de equipamentos. De acordo com o chefe da Fiscalização do Trabalho da SRTE/SC (Superintendência Regional do Trabalho e Empre-go em Santa Catarina), Roberto

Claudio Lodetti, apenas entre janeiro e agosto, 165 empresas ti-veram alguma interdição de equi-pamento. Uma média de pouco mais de 20 por mês. “Essas inter-dições estão sendo registradas em todo o Estado, com concentração maior nas indústrias de madeira, de plástico e no segmento metal-mecânico”, comenta Lodetti.

De um total de 2.755 indústrias que tiveram a NR-12 fiscalizada este ano, 1.604 foram notificadas para regularizar a situação, ou seja, 58% do total apresentavam alguma irregularidade. Uma em-presa teve a produção embargada, e 374 indústrias receberam 450 autos de infração. Houve casos de mais de um auto por indústria. O número de atuações nos primei-ros oito meses equivale a 66% do total aplicado em 2013.

Segundo o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de San-ta Catarina), Glauco José Côrte, a NR-12 está trazendo impactos

desfavoráveis para todos os seg-mentos que utilizam máquinas e equipamentos no Estado. “Não queremos retirar nenhum item que possa colocar em risco a se-gurança do trabalhador, porque a proteção dele é essencial. Mas o que nós defendemos é que as em-presas que tenham um histórico de acidente zero nas máquinas, não sejam obrigadas a fazer um investimento que não acrescenta um centavo e nem um milímetro na produtividade”, defende Côrte.

O que a Fiesc tem observado é o contrário. Fazendo visitas se-manais em diferentes partes do Estado, Côrte verificou a queda de produtividade em muitas ins-talações industriais por causa das medidas propostas pela NR-12. A subjetividade no cumpri-mento de muitos itens da norma e a incompatibilidade do que é exigido com os maquinários no-vos importados também são cri-ticados pelo setor.

Indústria catarinense perde com norma federalO BRDE firmou, esta semana, contratos de

R$ 30 milhões em financiamentos voltados ao agronegócio catarinense. A assinatura aconteceu em Chapecó, no Oeste do Estado, dentro do es-tande do banco, durante a realização da Mercoa-gro, feira agropecuária que acontece na cidade. O governador em exercício, desembargador Nelson Shaefer Martins, participou do evento.

Entre os contratos assinados, destacam-se os financiamentos de armazenagem pelo PCA (Programa para Construção e Ampliação de Ar-mazéns), com juros fixos de 4% ao ano. Caso do produtor João Paulo Faccio que financiou uma unidade de armazenagem de grãos para 272 mil sacas e uma unidade de beneficiamento de se-mentes com capacidade de 120 mil sacas. O pro-dutor Luiz Carlos Chiocca também faz parte do montante, ele usará o recurso para a ampliação da capacidade da unidade de armazenagem em 20 mil sacas e o produtor Evandro Luiz Guerra construirá uma unidade de Armazenagem de grãos para 276 mil sacas.

O financiamento ainda beneficiou o produtor Nilson Bellé que fará a aquisição de um pulveri-zador autopropelido pela linha BNDES PSI, com juro fixo 4,5% ao ano. O criador Luiz Carlos Bauer financiou o sistema freestall para 200 vacas em lactação, na linha BNDES Inovagro, com juros de 4,0% ao ano, e o melhoramento do sistema de plantio direto, pela linha BNDES ABC, com juros fixos de 5,0% ao ano. José Caetano Munhoz da Rocha contratou crédito para aquisição da co-lheitadeira automotriz rotor axial pelo BNDES PSI, com juros fixos de 4,5% ao ano.

Neste primeiro semestre de 2014, o BRDE contratou mais de 3.940 operações de crédito. Elas representam R$ 1,5 bilhão aplicados em em-preendimentos produtivos que geram emprego, renda e alavancam a economia da região Sul.

BRDE confirma financiamentos

Page 2: Nd Nr-12 Matéria

LEILÃO DE VEÍCULOSONLINE

+ Móveis+ Eletrônicos

Presencial - 9h Auditório CRC - SCSETEMBRO

24até

Av. Osvaldo Rodrigues Cabral, N° 1900, Florianópolis - SC

9804.5050Contato

ALESSANDRA [email protected]

A junção de duas letras e dois números tem tirado o sono dos empresários da indústria em Santa Catarina. Revisada no final de 2010, a NR-12 (Nor-ma Regulamentadora nº 12) do MTE (Ministério de Trabalho e Emprego) ampliou em 300 itens as exigências relacionadas à se-gurança no trabalho em máqui-nas e equipamentos que devem ser cumpridas pelas empresas.

Com o aumento da fiscaliza-ção este ano, na prática, a NR-12 está significando investimento adicional das indústrias na adap-tação de máquinas novas e an-tigas, multas e a paralisação de equipamentos. De acordo com o chefe da Fiscalização do Trabalho da SRTE/SC (Superintendência Regional do Trabalho e Empre-go em Santa Catarina), Roberto

Claudio Lodetti, apenas entre janeiro e agosto, 165 empresas ti-veram alguma interdição de equi-pamento. Uma média de pouco mais de 20 por mês. “Essas inter-dições estão sendo registradas em todo o Estado, com concentração maior nas indústrias de madeira, de plástico e no segmento metal-mecânico”, comenta Lodetti.

De um total de 2.755 indústrias que tiveram a NR-12 fiscalizada este ano, 1.604 foram notificadas para regularizar a situação, ou seja, 58% do total apresentavam alguma irregularidade. Uma em-presa teve a produção embargada, e 374 indústrias receberam 450 autos de infração. Houve casos de mais de um auto por indústria. O número de atuações nos primei-ros oito meses equivale a 66% do total aplicado em 2013.

Segundo o presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de San-ta Catarina), Glauco José Côrte, a NR-12 está trazendo impactos

desfavoráveis para todos os seg-mentos que utilizam máquinas e equipamentos no Estado. “Não queremos retirar nenhum item que possa colocar em risco a se-gurança do trabalhador, porque a proteção dele é essencial. Mas o que nós defendemos é que as em-presas que tenham um histórico de acidente zero nas máquinas, não sejam obrigadas a fazer um investimento que não acrescenta um centavo e nem um milímetro na produtividade”, defende Côrte.

O que a Fiesc tem observado é o contrário. Fazendo visitas se-manais em diferentes partes do Estado, Côrte verificou a queda de produtividade em muitas ins-talações industriais por causa das medidas propostas pela NR-12. A subjetividade no cumpri-mento de muitos itens da norma e a incompatibilidade do que é exigido com os maquinários no-vos importados também são cri-ticados pelo setor.

Indústria catarinense perde com norma federalO BRDE firmou, esta semana, contratos de

R$ 30 milhões em financiamentos voltados ao agronegócio catarinense. A assinatura aconteceu em Chapecó, no Oeste do Estado, dentro do es-tande do banco, durante a realização da Mercoa-gro, feira agropecuária que acontece na cidade. O governador em exercício, desembargador Nelson Shaefer Martins, participou do evento.

Entre os contratos assinados, destacam-se os financiamentos de armazenagem pelo PCA (Programa para Construção e Ampliação de Ar-mazéns), com juros fixos de 4% ao ano. Caso do produtor João Paulo Faccio que financiou uma unidade de armazenagem de grãos para 272 mil sacas e uma unidade de beneficiamento de se-mentes com capacidade de 120 mil sacas. O pro-dutor Luiz Carlos Chiocca também faz parte do montante, ele usará o recurso para a ampliação da capacidade da unidade de armazenagem em 20 mil sacas e o produtor Evandro Luiz Guerra construirá uma unidade de Armazenagem de grãos para 276 mil sacas.

O financiamento ainda beneficiou o produtor Nilson Bellé que fará a aquisição de um pulveri-zador autopropelido pela linha BNDES PSI, com juro fixo 4,5% ao ano. O criador Luiz Carlos Bauer financiou o sistema freestall para 200 vacas em lactação, na linha BNDES Inovagro, com juros de 4,0% ao ano, e o melhoramento do sistema de plantio direto, pela linha BNDES ABC, com juros fixos de 5,0% ao ano. José Caetano Munhoz da Rocha contratou crédito para aquisição da co-lheitadeira automotriz rotor axial pelo BNDES PSI, com juros fixos de 4,5% ao ano.

Neste primeiro semestre de 2014, o BRDE contratou mais de 3.940 operações de crédito. Elas representam R$ 1,5 bilhão aplicados em em-preendimentos produtivos que geram emprego, renda e alavancam a economia da região Sul.

BRDE confirma financiamentos