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NBR08824 - 1985 - Materiais Metalicos Revestidos e Nao-Revestidos - Corrosao Por Exposicao a Nevoa Salina Cuproacetica

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Page 1: NBR08824 - 1985 - Materiais Metalicos Revestidos e Nao-Revestidos - Corrosao Por Exposicao a Nevoa Salina Cuproacetica

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ABNT-AssociaçãoBrasileira deNormas Técnicas

NBR 8824 ABR 1985

Materiais metálicos revestidos e não-revestidos - Corrosão por exposição ànévoa salina cuproacética

Palavras-chave: Corrosão. Névoa salina cuproacética. Ensaio 3 páginasacelerado

1 Objetivo

Esta Norma prescreve o método para a execução de en-saios de exposição à névoa salina cuproacética emmateriais metálicos revestidos e não-revestidos.

2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 8754 - Corpos-de-prova revestidos e expostosa ambientes corrosivos - Método de avaliação - Méto-do de ensaio

ASTM B 117 - Salt spray (fog) testing

3 Aparelhagem

3.1 Na aplicação desta Norma deve ser utilizada aseguinte aparelhagem:

a) câmara de ensaio com capacidade mínima de0,4 m3;

b) reservatório de solução;

c) fonte adequada de ar comprimido;

d) um ou mais bicos pulverizadores;

e) suportes de corpos-de-prova;

f) dispositivo para aquecimento da câmara.

3.1.1 A câmara de ensaio deve possuir meios necessáriosao controle das condições de operação durante o períodototal de ensaio.

3.1.2 Os detalhes de construção da aparelhagem sãoopcionais, devendo, no entanto, satisfazer às condiçõesestabelecidas nesta Norma. As características de cons-trução da aparelhagem podem ser obtidas naASTM B 117.

3.1.3 Todas as partes da aparelhagem que entram em contatocom a névoa ou com a solução de ensaio devem serfabricadas de um material que, além de resistir à açãocorrosiva da solução ou da névoa, não interfira no pro-cesso de corrosão.

3.1.4 A parte superior da câmara deve ter formato ade-quado, de modo a não permitir que gotas de solução quenela se acumulem possam cair sobre os corpos-de-provaem ensaio.

4 Execução do ensaio

4.1 Solução para ensaio

4.1.1 Solução aquosa de aproximadamente 5% de cloreto

de sódio ( ),NaC� preparada pela dissolução de (50 ± 5) g

de cloreto de sódio mais (0,26 ± 0,02) g de cloreto cúprico

diidratado ( .CuC�2 2H O)2 para 1 litro de solução, à tempe-

ratura ambiente. O cloreto de sódio utilizado deve ser subs-tancialmente isento de níquel e cobre, sem conter mais doque 0,1% de iodeto de sódio e 0,3% de impurezas totais; ocloreto cúprico deve apresentar condições de qualidadepara análise. Deve ser dado especial cuidado à composição

Método de ensaio

Origem: ABNT 01:091-01-013/1985CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e MetalurgiaCE-01:091.01 - Comissão de Estudo de Corrosão AtmosféricaNBR 8824 - Coated and non-coated metallic materials - Corrosion due tocopper acetic salt spray testing - Method of testDescriptors: Corrosion. Copper acetic salt spray

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química do sal, pois este eventualmente pode contersubstâncias que atuam como inibidores de corrosão. A águaque se utiliza para preparo da solução deve ser destiladaou desmineralizada.

4.1.2 A solução salina cuproacética é obtida pela adição deácido acético glacial à solução salina, indicada em 4.1.1, demodo que o pH da solução coletada, após a pulverização a50°C, apresente um valor na faixa de 3,1 a 3,3, determinadoa (25 ± 2)°C através de um instrumento medidor de pH.Normalmente obtém-se esta faixa de pH quando a soluçãoinicial é ajustada para valores entre 3,0 e 3,1. Caso sejamnecessárias, para tal ajuste, quantidades de ácido acéticoinferiores a 0,1% ou superiores a 0,3%, a pureza da água,do sal ou de ambos não devem estar adequada. A fim deevitar o entupimento dos bicos de pulverização, a soluçãode ensaio deve passar por processo de filtragem. Estasolução não pode ser reaproveitada.

4.2 Requisitos quanto ao ar comprimido

4.2.1 O ar comprimido utilizado para a formação da névoasalina cuproacética deve estar isento de óleo e impurezas,sendo mantido a um valor constante de pressão dentro dafaixa de 70 a 170 kPa (0,7 a 1,7 kgf/cm2), com uma flutuaçãomáxima de 0,7 kPa (0,007 kgf/cm2). Esta flutuação podeser controlada através de válvula reguladora de pressão.

4.2.2 A limpeza do ar comprimido pode ser realizada fazendo-o passar por separadores convencionais de óleo e delíquidos ou através de materiais de limpeza como asbestos,alumina ativada ou carvão ativado.

4.3 Corpos-de-prova

4.3.1 Os corpos-de-prova a serem utilizados, bem como ocritério para avaliação dos resultados, devem ser definidospor normas específicas para o material em estudo.

4.3.2 A preparação dos corpos-de-prova revestidos e não-revestidos deve obedecer a normas específicas para omaterial em ensaio ou ser definida entre as partes inte-ressadas. Segundo acordo entre estas partes, pode serefetuado preparo específico dos corpos-de-prova.

4.3.3 Os corpos-de-prova para ensaio devem ser limposadequadamente. O método de limpeza depende da natu-reza da superfície e dos contaminantes presentes. Qual-quer que seja o método utilizado, este não deve compro-meter a avaliação dos resultados.

4.3.4 Após a limpeza devem ser separados corpos-de-provade controle que servirão para comparação com os corpos-de-prova ensaiados.

4.3.5 Durante todo o período de ensaio, os corpos-de-provade controle devem ser armazenados em dessecadores ousacos de polietileno, contendo sílica-gel para manter aumidade relativa inferior a 50%, a fim de se evitar corrosão.

4.3.6 A fim de se avaliar o desenvolvimento da corrosão decorpos-de-prova revestidos, pode ser feito um entalhe queexponha o metal-base. A dimensão, a localização e ascaracterísticas do entalhe devem estar de acordo com aNBR 8754.

4.3.7 As bordas expostas após o corte de materiais reves-tidos, bem como as áreas contendo marcas de identificação,orifícios ou em contato com suportes, devem ser protegidascom um revestimento resistente às condições do ensaio,como, por exemplo, cera de abelha e/ou parafina.

4.3.8 O número de corpos-de-prova, em cada avaliação,não deve ser inferior a três. O número de corpos-de-provade controle deve ser no mínimo um.

4.3.9 Os corpos-de-prova devem ser colocados somentena zona da câmara de ensaio onde o meio corrosivosatisfaça a todas as exigências especificadas para ascondições da câmara, e aos seguintes requisitos:

a) a superfície do corpo-de-prova a ser avaliada deveficar preferencialmente paralela ao fluxo horizontalda névoa, a fim de evitar o impacto direto desta sobrea superfície. Não havendo especificações, oscorpos-de-prova planos devem ser colocados emângulo de 15 a 30° com a vertical. No caso de peçascom formas complexas, esse posicionamento deveser feito considerando-se a região a ser avaliada;

b) os corpos-de-prova não devem entrar em contatoentre si, nem com qualquer outro material, metálicoou não, capaz de modificar as condições de cor-rosão do corpo-de-prova;

c) cada corpo-de-prova deve ser colocado na câmara,de forma a permitir o livre acesso da névoa a todosos outros em ensaio;

d) a solução de ensaio proveniente de um corpo-de-prova não deve gotejar sobre os outros corpos-de-prova;

e) a área de contato entre o corpo-de-prova e seusuporte deve ser a menor possível.

4.4 Condições de ensaio

4.4.1 Temperatura

A zona de exposição da câmara de ensaio deve ser manti-da a uma temperatura de (50 ± 2)°C, que precisa serobservada com freqüência suficiente, de modo a permitirque todas as suas oscilações sejam notadas.

4.4.2 Quantidade e distribuição da névoa

4.4.2.1 Para comprovação da distribuição uniforme da névoana parte utilizável da câmara de ensaio, devem ser dispostosno mínimo dois recipientes de coleta, colocados de tal formaque as gotas da solução de ensaio provenientes dos corpos-de-prova ou de outras partes da câmara não sejam por elescaptadas. Os coletores devem ser colocados na proximi-dade dos corpos-de-prova, de modo que um se encontre omais perto possível de um dos bicos pulverizadores, e outroo mais afastado possível de todo os bicos.

4.4.2.2 A quantidade de solução a ser pulverizada na câ-mara de ensaio deve ser ajustada de modo que para umaárea de coleta de aproximadamente 80 cm2 sejam recolhidosem cada coletor 1,0 a 2,0 mL de solução por hora numperíodo de no mínimo 16 horas. Cristalizadores ou funiscom diâmetro de 10 cm, adaptáveis por meio de rolhas acilindros graduados, são tidos como recipientes de coletaapropriados.

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4.4.2.3 A concentração de cloreto de sódio na soluçãorecolhida deve ser de (5 ± 1)%, e o pH deve estar entre 3,1e 3,3. A concentração de cloreto de sódio pode serdeterminada por análise química ou por um densímetro.Neste caso, uma solução com densidade de 1,0255 a 1,0400(a 25°C) satisfaz às condições exigidas.

4.5 Duração de ensaio

4.5.1 A duração do ensaio é estabelecida, em cada caso,por especificação ou acordo entre as partes interessadas.

4.5.2 O início do ensaio deve ser considerado a partir domomento em que todas as condições de operação sejamobtidas.

4.5.3 Períodos curtos de interrupção do ensaio, necessáriospara inspeção, rearranjo ou remoção de corpos-de-prova,bem como para ressuprimento da solução e outros ajustesdevem ser computados na duração do ensaio. As operaçõesdevem ser programadas de tal forma que estas interrupçõessejam reduzidas ao mínimo.

4.6 Limpeza dos corpos-de-prova

Não havendo norma específica para o material ensaiado,os corpos-de-prova devem ser limpos após o ensaio,removendo-os cuidadosamente da câmara de ensaio elavando-os em seguida com água corrente à temperaturainferior a 40°C, a fim de eliminar os depósitos de sal dasuperfície. Secar imediatamente.

5 Resultados

5.1 Após a secagem dos corpos-de-prova, deve ser efe-tuada uma meticulosa análise quanto à extensão da cor-rosão e de outras falhas, conforme estabelecidos pelasespecificações apropriadas.

5.2 No relatório de ensaio devem ser indicados:

a) o objetivo do ensaio;

b) o método de ensaio;

c) a descrição do corpo-de-prova, indicando a com-posição química, a forma e suas dimensões, o tipode revestimento e sua espessura, etc.;

d) o método de limpeza utilizado antes e após o en-saio;

e) o período de exposição;

f) as interrupções do ensaio, motivo e duração;

g) os resultados de todas as avaliações;

h) outros dados julgados relevantes.