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NÃO É UM JUDEU QUEM
O É EXTERIORMENTE .
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Traduzido do original em Inglês
Not a Jew Which is One Outwardly
By R. M. M'Cheyne
Extraído da obra original, em volume único:
The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne
Minister of St. Peter's Church, Dundee.
Via: Books.Google.com.br
Tradução por Camila Almeida
Revisão e Capa por William Teixeira
1ª Edição: Março de 2015
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
Issuu.com/oEstandarteDeCristo
Não É Um Judeu Quem O É Exteriormente Por Robert Murray M'Cheyne
“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que
o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão
a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos
homens, mas de Deus.” (Romanos 2:28-29)
A formalidade é, talvez, o pecado mais constante da mente humana. Ela pode ser encontra-
da entre todas as religiões; reina triunfante em cada mente natural; e ela constantemente
tenta voltar a usurpar o trono no coração de cada filho de Deus. Se fôssemos buscar a pro-
va de que o homem caído está “sem entendimento”, que ele completamente caiu de sua
primitiva clareza e dignidade de inteligência; que ele perdeu totalmente a imagem de Deus,
no conhecimento, depois que ele foi criado; chamaríamos a atenção para esta estranha,
irracional presunção, pela qual mais da metade do mundo está iludida para a sua ruína
eterna; que Deus pode ser satisfeito com meras prostrações corporais e serviços; que é
possível adorar a Deus com os lábios, quando o coração está longe dEle. É contra esse
erro, o constante erro que assedia a humanidade, e preeminentemente erro que assedia a
mente judaica, a qual Paulo dirige as palavras diante de nós; e é muito notável que ele não
condescende para discutir o assunto. Ele fala com toda a determinação e com toda a
autoridade de alguém que não ficava atrás do próprio primeiro dos apóstolos, e ele coloca
isso como uma espécie de primeiro princípio para o qual todos os homens de inteligência
comum, previsto que ele sobriamente analisará a questão, devem ceder ao seu assenti-
mento imediato, que “não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é
exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração,
no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”.
No seguinte discurso mostrarei mui brevemente, primeiro, que as observâncias externas
não são de nenhum proveito para justificar o pecador; e, segundo, que as observâncias ex-
ternas nunca podem permanecer no lugar da santificação para o crente.
I. As observâncias externas não são de nenhum proveito para justificar o pecador.
Em um discurso anterior tentei mostrar vários dos refúgios de mentiras para os quais a alma
despertada correrá, antes que ela possa repousar persuadida a recorrer por si mesma à
justiça de Deus; e em cada um deles, vimos que aquele que se cercou com faíscas de sua
própria lenha, recebeu apenas isto da mão de Deus: deitar-se em tristeza. Primeiramente,
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a alma geralmente se contenta com pequenas visões da Lei Divina, e diz: “Tudo isso tenho
guardado desde a minha mocidade” [Mateus 19:20], mas quando a espiritualidade da Lei
se revela, então ela tenta escapar, minando toda a estrutura da Lei; mas, quando isso não
funciona, ela voa para as suas virtudes passadas, a fim de equilibrar as contas com os seus
pecados; e então, quando isso também falha, ela começa uma obra de autorreforma, a fim
de subornar as tolices da juventude pelas sobriedades da velhice. Ai! Quão vãos são todos
esses artifícios, inventados por um coração cego, instigados pelo inimigo maligno das almas.
Mas há outro refúgio de mentira, que eu ainda não descrevi, e para o qual a mente desperta-
da muitas vezes recorre com avidez, a fim de encontrar a paz por causa dos chicotes da
consciência e os azorragues da lei de Deus; e este é: uma forma de piedade. Ele se tornará
um homem religioso, e certamente pensará que isso irá salvá-lo. Todo o seu curso de vida
é agora alterado. Antes que isso ocorresse, ele negligenciou as ordenanças exteriores da
religião. Ele não costumava se ajoelhar ao lado da cama; ele nunca costumou reunir seus
filhos e servos ao redor dele para orar; ele nunca teve o costume de ler a Palavra em secre-
to, ou em família; ele raramente foi à casa de Deus, em companhia com a multidão que
guardava o dia santo; ele não comia aquele pão que para o crente, é verdadeira comida,
nem bebia do cálice que é verdadeira bebida.
Mas agora, todos os seus costumes são revertidos, todo o seu curso é alterado. Ele se ajo-
elha para orar, mesmo quando está sozinho; ele lê a Palavra com regularidade periódica;
ele ainda levanta um altar para sacrifício da manhã e da tarde por sua família; seu semblan-
te sóbrio sempre é aguardado em sua posição habitual na casa de oração. Ele olha para
trás, agora, para o seu batismo com complacência e serenidade, e senta-se para comer o
pão dos filhos à mesa do Senhor. Seus amigos e vizinhos todos observam a mudança. Al-
guns fazem uma brincadeira com ele, e para outros ele se torna motivo de alegria; mas uma
coisa é óbvia, que ele é um homem transformado; e ainda assim, está longe de ser óbvio
que ele é um novo homem, ou um homem justificado. Toda essa rotina de exercício corpo-
ral, se for iniciada antes que o homem esteja revestido da justiça Divina, é apenas outra
maneira de buscar estabelecer a Sua justiça própria, para que ele não seja constrangido a
se submeter a revestir-se da justiça de Deus. Não, tão completamente pervertido é o enten-
dimento do não-convertido, que muitos homens são encontrados a perseverar em tal curso
carnal de culto a Deus, enquanto, ao mesmo tempo, tão diligentemente perseveram em
algum curso de iniquidade deliberada ou secreta.
Tais homens parecem considerar a observância exterior, não apenas como uma expiação
pelos pecados passados, mas como um preço pago para comprar uma licença para pecar
no futuro. Tal parece ter sido o refúgio de mentira, em que a pobre mulher de Samaria de
bom grado teria se assentado, quando o bendito viajante, sentado ao lado do poço, desper-
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tou todos os anseios de seu coração, pelas palavras de investigação: “Vai, chama o teu
marido, e vem cá” [João 4:16]. Sua mente ansiosa procurou aqui e ali por um refúgio, e en-
controu. Onde? Em suas práticas religiosas: “Nossos pais adoraram neste monte, e vós di-
zeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar” [João 4:20]. Ela empurra para longe
a severa convicção de pecado por uma questão de suas observâncias externas; ela muda
da ansiedade sobre a alma na ansiedade sobre o lugar onde se deve adorar; se deve ser
no Monte Sião ou no Monte Gerizim. Oh! Se Ele somente resolvesse essa questão; se Ele
somente dissesse a ela em qual destes montes Deus deve ser adorado, ela estaria disposta
a adorar por toda a sua vida naquele lugar privilegiado. Se Sião fosse o lugar, ela deixaria
a montanha nativa e adoraria ali, para que isso pudesse salvá-la. Oh! De quão bom grado
ela teria encontrado aqui um refúgio para a sua alma ansiosa. Com que bondade Divina,
então, o Salvador varre este refúgio de mentira, com a resposta: “Mulher, crê-me que a
hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai”, “Deus é Espírito,
e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” [João 4:21-24].
Agora é com o mesmo objeto, e com a mesma bondade, que Paulo aqui varre o mesmo re-
fúgio de mentira de todas as almas ansiosas, com estas palavras decisivas: “porque não é
judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é
judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo
louvor não provém dos homens, mas de Deus”.
Existe alguns de vocês a quem Deus despertou do sono mortal da mente natural? Ele tem
retirado as cortinas, e feito a luz da verdade cair sobre o seu coração, revelando a verdadei-
ra condição de sua alma? Ele fez você começar com os seus pés alarmados, para que você
possa ir e prantear, enquanto você segue a buscar o Senhor, o seu Deus? Ele te fez trocar
o despreocupado sorriso de alegria pelas lágrimas de ansiedade, e as gargalhadas da
tolice, pelo brado de amarga angústia em relação à sua alma? Você está perguntando pelo
caminho para Sião com o rosto dirigido para lá? Então, tome cuidado, eu te suplico, de
sentar-se contente neste refúgio de mentira. Lembre-se de que não é um judeu quem o é
exteriormente; lembre-se que nenhuma observância exterior, nem orações, ou ir à igreja,
ou leitura da Bíblia, jamais podem justificar-lhe diante dos olhos de Deus.
Estou bem ciente de que, quando a ansiedade pela alma adentra, então a ansiedade para
assistir as ordenanças também adentrará. Assim como o cervo ferido vai além do rebanho,
para sangrar e chorar sozinho, assim a alma ferida pelo pecado afasta-se de seus compa-
nheiros alegres, a prantear, e ler, e orar, sozinha. Ela desejará a Palavra pregada, e ansiará
por mais e mais, mas lembre-se, ele não encontra a paz nesta mudança que opera em si
mesmo. Quando um homem vai com sede ao poço, sua sede não é dissipada apenas indo
ali. Pelo contrário, é aumentada a cada passo que ele segue. É pelo que ele retira do poço
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que sua sede é satisfeita. E exatamente assim, não é pelo mero exercício corporal da espe-
ra nas ordenanças que você alcança a paz; mas por meio de provar a Jesus nas ordenan-
ças; cuja carne é verdadeira comida, e seu sangue, verdadeira bebida.
Se alguma vez, então, você estiver tentado a pensar que você está certamente seguro para
a eternidade, porque tem sido levado a modificar o seu tratamento das ordenanças exterio-
res da religião, lembre-se, eu te suplico, da parábola da festa de casamento, onde muitos
foram chamados; muitos foram convidados a entrar, mas poucos foram encontrados tendo
as vestes de casamento. Muitos são trazidos dentro dos limites de ordenanças, e leem, e
ouvem, isso pode ocorrer, com considerável interesse e ansiedade sobre todas as coisas
que estão preparadas, as coisas do reino de Deus; mas destes muitos, poucos são persua-
didos a abominarem os seus próprios trapos imundos, e a colocarem a veste de casamento
da justiça do Redentor. E somente esses poucos devem sentar-se calmos a participar da
festa, na alegria de seu Senhor; o restante ficará sem palavras, e serão lançados nas trevas
exteriores, onde haverá choro, pranto e ranger de dentes. Você pode ler a Bíblia e orar
sobre ela até morrer; você pode esperar pela Palavra pregada todos os dias de Sabath, e
sentar-se a cada sacramento até morrer; no entanto, se você não encontrar a Cristo nas
ordenanças, se Ele não se revelar à sua alma na Palavra pregada, no pão partido e do vi-
nho derramado; se você não for levado a unir-se a Ele, a olhar para Ele, crer nEle, a clamar
em adoração interior: “Meu Senhor, e meu Deus”; “quão grande é a Sua bondade! quão
grande é Sua formosura”; então a observância exterior das ordenanças é completamente
inútil para você. Você veio para o poço da salvação, mas foi embora com o cântaro vazio;
e, embora você possa estar agora orgulhoso e prepotente de seu exercício físico, você
encontrará naquele dia que isso de pouco aproveitou, e que você ficará sem palavras diante
do Rei.
II. As observâncias externas nunca podem permanecer no lugar de santificação para o
crente.
Se é uma coisa comum para as mentes despertadas o buscar paz em suas observâncias
externas, para fazer um “Cristo” delas, e descansar nelas como seus meios de aceitação
diante de Deus, também é uma coisa comum para aqueles que foram trazidos a Cristo, e
desfrutam da paz da crença, que coloquem meras observâncias externas no lugar do cres-
cimento em santidade. Cada crente no meio de vocês sabe de quão bom grado o velho co-
ração interior de vocês substituiria a audição de sermões, e a repetição de orações, no lugar
daquela fé que opera pelo amor, e que vence o mundo. Agora, a grande razão pela qual o
crente é muitas vezes tentado a fazer isso é que ele ama as ordenanças. Almas não-
convertidas raramente se deliciam com as ordenanças de Cristo. Elas não veem em Jesus
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nem beleza nem formosura, elas escondem seus rostos dEle. Ora, vocês devem perguntar,
então, eles não se deleitam em oração a Ele continuamente, em louvá-lO diariamente, em
bendizê-lO? Por que vocês devem se maravilhar que a palavra da cruz é loucura para eles,
que Seus tabernáculos não são amáveis aos seus olhos, para que eles abandonem suas
assembleias juntamente? Eles nunca conheceram o Salvador, eles nunca O amaram;
como, então, eles poderiam amar os memoriais que Ele deixou?
Quando vocês estão chorando pelo monumento cinzelado de um amigo que partiu, vocês
não se admiram que a multidão descuidada passe sem uma lágrima. Eles não conheciam
aquelas virtudes de seu amigo que partiu, eles não conhecem o perfume de sua memória.
Exatamente assim, o mundo não se importa com a casa de oração [...], o pão partido, o vi-
nho derramado; pois nunca conheceram a excelência de Jesus. Mas com os crentes acon-
tece algo muito diferente. Vocês foram Divinamente ensinados sobre a sua necessidade de
Jesus; e, portanto, vocês se deleitam em ouvir a pregação sobre Cristo. Vocês já viram a
beleza de Cristo crucificado; e, portanto, vocês amam o lugar onde Ele está visivelmente.
Vocês amam o próprio nome de Jesus, é como unguento derramado; portanto, vocês
podem juntar-se para sempre na melodia de Seus louvores. O dia de Sabath, sobre o qual
vocês uma vez disseram: “Que canseira!” E, “Quando passará [...] para vendermos o grão”,
é agora “deleitoso” e “honroso”, o dia mais doce de todos os sete. As ordenanças, que antes
eram uma rotina maçante e enjoativa, agora são verdes pastos e águas tranquilas para a
sua alma; e, certamente, esta é uma mudança bem-aventurada. Mas ainda assim, vocês
estão no corpo, o céu ainda não está ganho, Satanás está em derredor; e uma vez que ele
não pode destruir a obra de Deus em sua alma, contudo ele tenta estraga-la. Ele não pode
conter o curso; portanto, ele tenta desviá-lo. Ele não pode reter a seta de Deus, e, portanto,
ele tenta fazê-la desviar, e gastar a sua força em vão. Quando ele descobre que vocês a-
mam as ordenanças, e é em vão tentá-los a abandoná-las, ele permite que vocês as amem:
sim, ele ajuda vocês a amá-las cada vez mais. Ele se torna um anjo de luz, ele ajuda na
decoração da casa de Deus, ele joga em torno de seus serviços uma beleza fascinante,
apressa-lhes de uma casa de Deus para outra, de reuniões de oração à pregação do ser-
mão, de sermões para os sacramentos. E por que ele faz tudo isso? Ele faz tudo isso ape-
nas para que ele possa fazer disso toda a sua santificação, para que as ordenanças exterio-
res sejam tudo em toda a sua religião, para que, em sua ansiedade de preservar a apa-
rência, vocês possam deixar a essência.
Se houver um de vocês, então, em cujo coração Deus tem feito a surpreendente mudança
de transforma-lo da aversão a amar as Suas ordenanças, deixe-me suplicar-te para ser
zeloso de seu coração com zelo piedoso. Pare nesta hora, e veja se, na sua pressa e busca
ansiosa das ordenanças, você não deixou o exercício dessa santidade, sem a qual os
decretos são bronze que soa e como o címbalo que retine. Eu tenho uma mensagem de
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Deus para ti, está escrito: “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão
a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é
do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”.
Não é um Cristão quem o é exteriormente, nem é este batismo o que é meramente o lavar
exterior do corpo, mas é um Cristão quem o é interiormente, e verdadeiro batismo é o do
coração, quando o coração é lavado de toda a imundícia da carne e do espírito; cujo louvor
não provém dos homens, mas de Deus.
Lembre-se, eu te suplico, que as ordenanças são meios para um fim; elas são trampolins,
pelo qual você pode chegar a um lugar de descanso. A sua alma está assentada nas orde-
nanças, e dizendo: É o suficiente? Você está tão satisfeito que você possa desfrutar das
ordenanças de Cristo, que você não deseja realizações mais elevadas? Lembre-se da pala-
vra que está escrita: “Este não é o seu descanso”. Você não diria ser um viajante tolo aquele
que considerasse todas as pousadas a que ele veio como a sua casa; quem assume o seu
descanso permanente, e em vez de preparar-se para a difícil jornada no dia seguinte, deve
começar a considerar a facilidade e prazer da casa como seu tudo? Acautela-te, que você
não seja esse viajante tolo. As ordenanças são destinadas por Deus para serem apenas
pousadas e refeitórios onde o viajante rumo a Sião, cansado de fazer o bem, e fraco na fé,
pode valer-se dele para ficar por uma noite, de forma que, sendo revigorado com pão e
vinho, ele possa, com novo entusiasmo, avançar em sua jornada para casa, como sobre
asas de águias.
Tomem, então, esta regra de vida junto com vocês, fundada sobre estas benditas palavras:
“Porque não é judeu o que o é exteriormente”, de forma que se a sua religião exterior está
ajudando em sua religião interior, se a sua audição de Cristo no dia de Sabath faz você
crescer mais semelhante a Cristo por toda a semana, se as palavras de graça e alegria que
você bebe na casa de Deus, levam seu coração a amar mais, e sua mão a fazer mais,
então, e somente então, você está usando as ordenanças de Deus corretamente.
Não há uma alma mais miseravelmente enganada no mundo do que a alma dentre vocês
que, como Herodes, ouve o evangelho pregado com prazer, e ainda, como Herodes, vive
em pecado. Você ama o dia de Sabath, você ama a casa de Deus, você gosta de ouvir
Cristo pregado em toda a sua gratuidade e em toda a sua plenitude; sim, você acha que
poderia ouvir para sempre se somente Cristo fosse o tema; você gosta de estabelecer-se
em sacramentos, e comemorar a morte do seu Senhor. E isso é tudo; isso é toda a sua
santidade? A sua religião termina aqui? Isso é tudo o que crer em Jesus fez por você?
Lembre-se, eu te suplico, que as ordenanças de Cristo não são meios de entretenimento,
mas meios de graça; e embora seja dito que os viajantes no vale de Baca cavaram poços,
que foram preenchidos com a chuva do alto, ainda também é dito: “Vão indo de força em
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força” [Salmos 84:7]. Despertem, então, meus amigos, e não permitam mais que seja dito
sobre nós, que nossa religião se limita à casa de Deus e ao dia de Sabath. Vamos tirar á-
gua com alegria desses poços, apenas a fim de que possamos viajar pelo deserto com
alegria e força, o amor e esperança, abençoados para nós mesmos, e uma bênção para to-
dos ao nosso redor. E se falamos, assim, para aqueles de vocês cuja religião não parece ir
mais longe do que as ordenanças, que diremos para aqueles de vocês que contradizem o
próprio uso e fim das ordenanças em suas vidas? É possível que vocês possam deliciar-se
com o mundanismo, e vaidade, e cobiça, e orgulho, e luxúria? É possível que os próprios
lábios, que são tão dispostos a cantar louvores, ou a se juntar em orações, também estejam
prontos para falar palavras de malícia, maldade, inveja, amargura? Despertem, nós vos
rogamos; não somos ignorantes dos ardis de Satanás. Para vocês, ele tem se tornado um
anjo de luz.
Lembrem-se, está escrito: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua lín-
gua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para
com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da
corrupção do mundo” [Tiago 1:26-27]. “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é
circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circun-
cisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens,
mas de Deus”. Amém.
Sermão pregado perante o Presbitério de Dundee,
2 de Novembro de 1836.
ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos
Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
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Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse
Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a
Doutrina da Eleição
Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos
Cessaram — Peter Masters
Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da
Eleição — A. W. Pink
Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer
Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida
pelos Arminianos — J. Owen
Confissão de Fé Batista de 1689
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Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs
Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel
Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon
Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards
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Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink
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dos Pecadores, A — A. W. Pink
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Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield
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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
John Flavel
Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
Spurgeon
Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
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Oração — Thomas Watson
Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
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Porção do Ímpios, A — J. Edwards
Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
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Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
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Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
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Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Deus) — C. H. Spurgeon
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Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
Claraval
Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
no Batismo de Crentes — Fred Malone
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2 Coríntios 4
1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11
E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12
De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13
E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
por isso também falamos. 14
Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15
Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
interior, contudo, se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18
Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas.