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fernando-manuel-barata
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Na busca da melhor perspectiva de se trabalhar a lngua, algumas
dvidas tm vindo tona, como, por exemplo, em relao aquisio da
linguagem, cuja reflexo conceitual paira entre o behaviorismo e o
inatismo. Outro impasse surgiu com a dicotomia formalismo e
funcionalismo, pois ora os estudiosos tentam escolher entre as duas
vertentes, ora tentam interpret-las unificadamente. Diante dessa
preocupao, mais conveniente conhecer cada um dos paradigmas de modo
separado e, a posteriori, entender o porqu das crticas entre os
seus seguidores.
A LNGUA COMO SISTEMA AUTNOMO
A ideia da lngua como sistema autnomo surgiu particularmente com a
teoria gerativista, conhecida como gerativismo, ou ainda gramtica
gerativa, constituindo-se de uma corrente de estudos lingusticos
iniciados nos Estados Unidos, no final da dcada de 50. Essa teoria
surgiu como uma maneira de valorizar o aspecto formal da lngua, o
que a levou a ser considerada como teoria formalista. A viso da
lngua, nessa perspectiva, foi idealizada pelo linguista Noam
Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachussets, o
MIT. A literatura v o ano de 1957 como o momento de surgimento do
gerativismo, uma vez que, nesse ano, Chomsky publicou seu primeiro
livro, Estruturas Sintticas.
Contudo, pode-se dizer que essa corrente de estudos de linguagem
passou por diversas alteraes e reformulaes, refletidas na inquietao
dos pesquisadores em organizar um modelo terico formal baseado em
ensinamentos matemticos, apto a delinear e esclarecer o conceito e
o funcionamento da linguagem humana de modo abstrato. O prprio Noam
Chomsky preconiza que uma das razes para estudar a linguagem
(exatamente a razo gerativista) - e para ele, pessoalmente, a mais
premente delas - a possibilidade instigante de ver a linguagem como
um "espelho do esprito", como diz a expresso tradicional. Com isto,
ele no queria apenas dizer que os conceitos expressados e as
distines desenvolvidas no uso normal da linguagem nos revelam os
modelos do pensamento e o universo do "senso comum" construdos pela
mente humana.Mais instigante ainda, pelo menos para ele, a
possibilidade de descobrir, atravs do estudo da linguagem,
princpios abstratos que governam sua estrutura e uso, princpios que
so universais por necessidade biolgica e no por simples acidente
histrico, e que decorrem de caractersticas mentais da espcie
humana.
instigante a possibilidade de descobrir, atravs do estudo da
linguagem, princpios abstratos que governam sua estrutura e uso,
universais por necessidade biolgica e no acidente histrico
Antes da hiptese da Gramtica Universal (GU) gerativa, enquanto
conjunto das propriedades gramaticais comuns repartidas por todas
as lnguas naturais, assim como as diferenas que elas compartilham,
a competncia fonolgica internalizada pelos falantes era o objeto de
estudo de Noam Chomsky & Morris Halle sobre os modelos sonoros
da lngua inglesa publicados em seu livro no final dos anos
sessenta. Nessa perspectiva, as representaes fonolgicas atuavam
como sequncias lineares de segmentos e de junturas; um inventrio
dos nveis de representao e uma caracterizao de cada um dos nveis;
reconhece-se um nvel abstrato (forma pura) contendo uma informao
fonolgica e morfolgica e um nvel sinttico. Ao componente fonolgico
cabia a tarefa de atribuir uma interpretao fontica s descries dos
enunciados produzidas pelo componente sinttico.A LNGUA INSERIDA
NUMA INTERAO SOCIAL
J se tornou senso comum afirmar que o Estruturalismo capitaneou as
correntes lingusticas subsequentes. Assim, seu principal terico,
Ferdinand de Saussure, pode ser considerado com o inspirador das
demais correntes.Assim, passou-se a ter como foco a funo que os
elementos lingusticos exerciam no sistema, sendo um grande avano da
lingustica moderna. Foi, ento, proveniente do Estruturalismo que
surgiu uma nova proposta de estudo. Tal proposta apregoa que as
lnguas no podem ser analisadas apenas como estruturas autnomas,
separadas de seu uso, j que elas existem para estabelecer o dilogo,
produto da comunicao entre falantes e ouvintes. A base do
Funcionalismo foi a Escola de Praga e uma de suas preocupaes foi
justamente conceituar a fonologia enquanto cincia, diferenciando-a
metodologicamente da fonticaNa busca da melhor perspectiva de se
trabalhar a lngua, algumas dvidas tm vindo tona, como, por exemplo,
em relao aquisio da linguagem, cuja reflexo conceitual paira entre
o behaviorismo e o inatismo. Outro impasse surgiu com a dicotomia
formalismo e funcionalismo, pois ora os estudiosos tentam escolher
entre as duas vertentes, ora tentam interpret-las unificadamente.
Diante dessa preocupao, mais conveniente conhecer cada um dos
paradigmas de modo separado e, a posteriori, entender o porqu das
crticas entre os seus seguidores.
A LNGUA COMO SISTEMA AUTNOMO
A ideia da lngua como sistema autnomo surgiu particularmente com a
teoria gerativista, conhecida como gerativismo, ou ainda gramtica
gerativa, constituindo-se de uma corrente de estudos lingusticos
iniciados nos Estados Unidos, no final da dcada de 50. Essa teoria
surgiu como uma maneira de valorizar o aspecto formal da lngua, o
que a levou a ser considerada como teoria formalista. A viso da
lngua, nessa perspectiva, foi idealizada pelo linguista Noam
Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachussets, o
MIT. A literatura v o ano de 1957 como o momento de surgimento do
gerativismo, uma vez que, nesse ano, Chomsky publicou seu primeiro
livro, Estruturas Sintticas.
Contudo, pode-se dizer que essa corrente de estudos de linguagem
passou por diversas alteraes e reformulaes, refletidas na inquietao
dos pesquisadores em organizar um modelo terico formal baseado em
ensinamentos matemticos, apto a delinear e esclarecer o conceito e
o funcionamento da linguagem humana de modo abstrato. O prprio Noam
Chomsky preconiza que uma das razes para estudar a linguagem
(exatamente a razo gerativista) - e para ele, pessoalmente, a mais
premente delas - a possibilidade instigante de ver a linguagem como
um "espelho do esprito", como diz a expresso tradicional. Com isto,
ele no queria apenas dizer que os conceitos expressados e as
distines desenvolvidas no uso normal da linguagem nos revelam os
modelos do pensamento e o universo do "senso comum" construdos pela
mente humana.Mais instigante ainda, pelo menos para ele, a
possibilidade de descobrir, atravs do estudo da linguagem,
princpios abstratos que governam sua estrutura e uso, princpios que
so universais por necessidade biolgica e no por simples acidente
histrico, e que decorrem de caractersticas mentais da espcie
humana.
instigante a possibilidade de descobrir, atravs do estudo da
linguagem, princpios abstratos que governam sua estrutura e uso,
universais por necessidade biolgica e no acidente histrico
Antes da hiptese da Gramtica Universal (GU) gerativa, enquanto
conjunto das propriedades gramaticais comuns repartidas por todas
as lnguas naturais, assim como as diferenas que elas compartilham,
a competncia fonolgica internalizada pelos falantes era o objeto de
estudo de Noam Chomsky & Morris Halle sobre os modelos sonoros
da lngua inglesa publicados em seu livro no final dos anos
sessenta. Nessa perspectiva, as representaes fonolgicas atuavam
como sequncias lineares de segmentos e de junturas; um inventrio
dos nveis de representao e uma caracterizao de cada um dos nveis;
reconhece-se um nvel abstrato (forma pura) contendo uma informao
fonolgica e morfolgica e um nvel sinttico. Ao componente fonolgico
cabia a tarefa de atribuir uma interpretao fontica s descries dos
enunciados produzidas pelo componente sinttico.A LNGUA INSERIDA
NUMA INTERAO SOCIAL
J se tornou senso comum afirmar que o Estruturalismo capitaneou as
correntes lingusticas subsequentes. Assim, seu principal terico,
Ferdinand de Saussure, pode ser considerado com o inspirador das
demais correntes.Assim, passou-se a ter como foco a funo que os
elementos lingusticos exerciam no sistema, sendo um grande avano da
lingustica moderna. Foi, ento, proveniente do Estruturalismo que
surgiu uma nova proposta de estudo. Tal proposta apregoa que as
lnguas no podem ser analisadas apenas como estruturas autnomas,
separadas de seu uso, j que elas existem para estabelecer o dilogo,
produto da comunicao entre falantes e ouvintes. A base do
Funcionalismo foi a Escola de Praga e uma de suas preocupaes foi
justamente conceituar a fonologia enquanto cincia, diferenciando-a
metodologicamente da fontica