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5/10/2018 Monografia Fazu - Carla Moura Siquiera - slidepdf.com
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FACULDADES ASSOCIADAS DE UBERABA
CARLA MOURA SIQUEIRA
CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA: UM
ESTUDO DE CASO NA REGIÃO DE LUZIÂNIA - GO
UBERABA2009
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CARLA MOURA SIQUEIRA
CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA: UM ESTUDO
DE CASO NA REGIÃO DE LUZIÂNIA - GO
Orientador: Juliano Ricardo Resende
Co-Orientador: Maximiliano Tadeu Memória Cardoso
UBERABA
2009
Monografia apresentada a FaculdadesAssociadas de Uberaba – FAZU, como partedas exigências do curso de Pós Graduação
Lato Sensu em Nutrição e Alimentação deRuminantes para a obtenção do título deespecialista.
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Siqueira, Carla Moura
S c Custos de produção na pecuária leiteira: Um estudo de
caso na região de Luziânia - GO / Carla Moura Siqueira.
Uberaba: FAZU, 2009.51 p. .
Orientador: Juliano Ricardo Resende
Co-orientador: Maximiliano Tadeu Memória Cardoso
Monografia (especialização) – Faculdades Associadas
de Uberaba – FAZU, Uberaba, 2009
1.Custo de produção 2. Leite 3.Lucro. I. Faculdades
Associadas de Uberaba. II. Título.
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CARLA MOURA SIQUEIRA
CUSTOS DE PRODUÇÃO NA PECUÁRIA LEITEIRA: UM ESTUDO
DE CASO NA REGIÃO DE LUZIÂNIA - GO
Prof a Dra. Edilane Aparecida da Silva
Avaliadora
Prof a Esp. Elenice Cristina Cedetti Garbellini
Avaliadora
Prof. Esp. Juliano Ricardo Resende
Orientador
Uberaba, 02 de Dezembro de 2009
Monografia apresentada à FAZU -Faculdades Associadas de Uberaba, no Cursode Pós-Graduação em Nutrição eAlimentação de Ruminantes, aprovado pelabanca examinadora constituída pelosseguintes membros:
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Dedico a toda minha família que tanto amo
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AGRADECIMENTOS
A Deus.
Aos meus pais Geraldo e Lete pela ajuda, amizade e compreensão durante toda minha
vida.
Ao meu filho Pedro pelo amor incondicional.
Ao meu noivo Wellington pelo carinho e paciência.
A todos meus amigos pelo companheirismo.
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RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo verificar a viabilidade econômica de uma
atividade leiteira situada no município de Luziânia GO. O estudo foi desenvolvido ao
longo do ano de 2008. Foram levantados os dados dos custos fixos e custos variáveis,
assim como as receitas. O tempo necessário para recuperar o capital investido foi de 9,86
anos ( pay-back de 9,86). Foi encontrada uma TIR de 10,14% ao ano, e o índice
benefício/custo foi de 0,19. A atividade operava em lucro operacional (lucro normal),
sendo considerada viável, porém com baixa rentabilidade.
Palavras chaves: Custos de produção, custo operacional, custo fixo, leite, lucro.
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LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Valor de sucata de alguns bens de capital ..................................................... 17 TABELA 2 – Vida média produtiva de alguns animais ...................................................... 18 TABELA 3 - Estimativa de duração de algumas benfeitorias ........................................... 18 TABELA 4 – Estimativa da vida útil em horas máquina e equipamentos ........................ 19 TABELA 5 – Custo alimentar X produção .......................................................................... 31 TABELA 6 – Pastagem formada ........................................................................................... 33 TABELA 7 – Inventário das benfeitorias e edificações ...................................................... 34 TABELA 8 – Inventário das máquinas e equipamentos ..................................................... 34 TABELA 9 – Inventário animal no início do período avaliado .......................................... 35 TABELA 10 – Inventário animal no fim do período avaliado ........................................... 36 TABELA 11 – Inventário da propriedade ........................................................................... 36 TABELA 12 – Estimativa de inventário, capital médio e valor final de sucata ............... 37 TABELA 13 – Bens de capital, capital médio, valor de sucata e depreciação anual ....... 38 TABELA 14 – Custos fixos da propriedade leiteira ............................................................ 39 TABELA 15 – Custos variáveis da propriedade leiteira .................................................... 40 TABELA 16 – Custo operacional da atividade leiteira ....................................................... 40 TABELA 17 – Custo operacional (detalhada) ..................................................................... 41 TABELA 18 – Custo de oportunidade do capital na atividade leiteira ............................. 42 TABELA 19 – Custo econômico da atividade leiteira ......................................................... 42 TABELA 20 – Produção e receita do leite ............................................................................ 43 TABELA 21 – Renda Bruta ................................................................................................... 43 TABELA 22 – Receita e custos de produção (receitas e despesas) .................................... 44 TABELA 23 – Relação benefício/custo da atividade ........................................................... 47 TABELA 24 – Custo total médio .......................................................................................... 47 TABELA 25 – Renda bruta da atividade leiteira ................................................................ 48
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9 2. REVISÃO DE LITERATURA E MODELO TEÓRICO ........................................... 11
2.1. Importância da gestão de custos ........................................................................... 11 2.2. Definição do objetivo de trabalho ......................................................................... 12 2.3. Patrimônio, bens e capital ...................................................................................... 12 2.4. Inventário ................................................................................................................ 13 2.5. Variação do inventário animal .............................................................................. 14 2.6. Estruturas dos custos de produção de leite .......................................................... 15 2.7. Custos fixos .............................................................................................................. 15 2.8. Depreciação ............................................................................................................. 16 2.9. Custos variáveis ...................................................................................................... 20 2.10. Despesas gerais administrativas ............................................................................ 21 2.11. Custos operacionais totais ...................................................................................... 21 2.12. Custo de oportunidade ........................................................................................... 21 2.13. Custo econômico ..................................................................................................... 22 2.14. O cálculo correto do custo de produção do leite (rateio com base nas receitas)
22 2.15. Avaliação financeira e econômica ......................................................................... 24 2.16. Fluxo de caixa ......................................................................................................... 24 2.17. Receita e custo de produção ................................................................................... 25 2.18. Lucratividade .......................................................................................................... 27 2.19. Rentabilidade ou retorno do investimento ........................................................... 27 2.20. Tempo de retorno do investimento (“Pay Back”)................................................ 27 2.21. Valor presente líquido (VPL) ................................................................................ 28 2.22. Taxa interna de retorno (TIR) .............................................................................. 29 2.23. Relação benefício/custo .......................................................................................... 29 2.24. Ponto de equilíbrio ................................................................................................. 29 2.25. Alimentação e custos de produção ........................................................................ 31
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3. METODOLOGIA ........................................................................................................... 32 3.1. Inventário ................................................................................................................ 32
3.1.1. Inventário da terra ........................................................................................... 33 3.1.2. Inventário das pastagens .................................................................................. 33 3.1.3. Inventário das benfeitorias e edificações ........................................................ 33 3.1.4. Inventário das máquinas e equipamentos ...................................................... 34 3.1.5. Inventário animal ............................................................................................. 35 3.1.6. Inventário geral da propriedade avaliada (resumo) ..................................... 36 3.1.7. Valor final (valor de sucata) e capital médio ................................................. 37 3.1.8. Depreciação ....................................................................................................... 38
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 39 4.1. Custos fixos .............................................................................................................. 39 4.2. Custos variáveis ...................................................................................................... 39 4.3. Custo operacional ................................................................................................... 40 4.4. Custo de oportunidade ........................................................................................... 41 4.5. Custo econômico ..................................................................................................... 42 4.6. Receita e custo de produção ................................................................................... 43 4.7. Resultados econômicos (lucro x prejuízo) ............................................................ 44 4.8. Lucratividade .......................................................................................................... 45 4.9. Rentabilidade .......................................................................................................... 46 4.10. Tempo de retorno do investimento (“Pay Back”)................................................ 46 4.11. Taxa interna de retorno (TIR) .............................................................................. 46 4.12. Relação benefício/custo na atividade leiteira ....................................................... 47 4.13. Custo total médio .................................................................................................... 47 4.14. Rateio dos custos com base nas receitas ............................................................... 47
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 49 6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 50
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1. INTRODUÇÃO
A produção leiteira, em termos de resultados no campo, sempre foi “rotulada” como uma
atividade marginal, ou seja, era uma atividade considerada característica de produtores mais
atrasados com resultados ineficientes, operando sempre com prejuízo. O próprio produtor,
muitas vezes sem saber, acaba subestimando a atividade (NOGUEIRA, 2007).
Freqüentemente se diz que produzir leite no Brasil não é um bom negócio, devido ao
pequeno lucro ou até mesmo o prejuízo que a atividade leiteira poderá proporcionar ao
produtor. Em contrapartida, as estatísticas da produção brasileira indicam aumentos
significativos na produção de leite (GOMES, 2000a).
Segundo Gomes (2000a), tal paradoxo pode ser explicado pela estrutura assimétrica da
produção de leite no Brasil, onde muitos produzem pouco e poucos produzem muito. Análises
segmentadas indicam que pelo menos a metade dos produtores de leite do Brasil está
totalmente estagnada em termos de produção e produtividade, não sendo (neste caso) umaatividade rentável.
Aguiar e Almeida (1999) afirmaram que a atividade leiteira é conhecida como sendo um
negócio de margens de lucro reduzidas e somente aqueles que conseguirem reduzir os custos
de produção e aumentarem o volume de leite comercializado é que se manterão na atividade.
A pecuária leiteira gera bons resultados, quando produz leite em escala (grandes
volumes). Para alcançar a escala, existe a necessidade de capital para adaptar-se às exigências
de mercado. A escala melhora o poder de troca nas negociações, tanto nas compras como nasvendas, e há redução de custos (NOGUEIRA et al., 2006). O que se observa é que a
viabilidade econômica da atividade depende sim da escala, mas principalmente da
produtividade que se tem por área e também do custo de produção. Um pequeno produtor, se
eficiente na produção e fazendo isso com o menor custo possível, pode viver dignamente com
pouco volume e em pequenas áreas. Muito se tem visto em revistas e canais do setor
programas de assistência técnica que otimizam lucros em áreas de até 10 ha onde famílias
estão vivendo desta atividade nesta pequena área.O levantamento do custo da pecuária é muito importante para o empresário rural, pois
muitos deles ainda não se deram conta de que o mercado vem sofrendo alterações no sentido
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de um acirramento da competitividade. Pequenos produtores (pecuária de subsistência)
também devem ser visto como empresário. O controle de custo não fica somente preso a mega
projetos com alto investimento. Se ineficiente, qualquer projeto pode “fechar” as portas.
Assim, para que o produtor de leite possa continuar no mercado de maneira competitiva e
que lhe traga lucros, é necessário que ele identifique todos os seus custos e qual é a proporção
de cada um deles na sua produção.
Percebemos atualmente o grande impacto da globalização fazendo com que ocorra
redução da margem do produtor, sucateamento de várias propriedades e grande abandona da
atividade rural por parte dos pecuaristas, pois não acompanharam as mudanças impostas pelo
mercado. Contudo é necessário que o produtor gerencie de maneira mais eficiente sua
empresa rural.
Com os dados de custo de produção, o empresário rural tem uma gama de informações
que o auxiliarão na gerência da atividade leiteira, analisando as participações percentuais de
cada conta de custos no total das despesas da propriedade com a produção e, assim, ele poderá
tomar decisões relacionadas à melhoria do manejo, instalações, genética do rebanho para
aumentar maior produtividade.
É necessário que os pecuaristas (empresário rural) tratem atividade rural como uma
empresa, adotando métodos de gestão administrativos que envolvem o controle financeiro.Dentre os métodos de gestão estão: o fluxo de caixa; o orçamento anual e o controle de
custos.
Objetivou-se com este trabalho realizar de forma detalhada os principais passos para
iniciar um programa de gestão de custos em uma pecuária leiteira, visando apresentar o
cálculo de custos da atividade e alguns pontos relevantes na análise de custos de produção.
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2. REVISÃO DE LITERATURA E MODELO TEÓRICO
2.1. Importância da gestão de custos
A realização da análise econômica da atividade leiteira é de suma importância, pois, comela, o produtor consegue conhecer e utilizar, de forma eficiente e mais econômica, todos os
fatores de produção, com isso é mais fácil encontrar os pontos de estrangulamento, auxiliando
no sucesso da atividade em questão.
Para Lopes e Carvalho (2000) as determinações dos custos de produção têm a finalidade
de verificar se e como os recursos empregados em todo processo estão sendo remunerados,
verificando como está a rentabilidade da atividade, comparada a outras alternativas de
emprego do tempo e capital.Segundo Abrantes (2007) o controle dos custos de produção mostra uma visão de
consumo, os dados são gerados quando se utilizam insumos e serviços na propriedade.
Possibilita individualizar resultado das diversas atividades produtivas, contabiliza e informa
quais são os gastos diretos e indiretos, custos fixos e variáveis, depreciações, custo econômico
e ponto de equilíbrio produtivo. Seu uso funciona como ferramenta de gestão e identifica
pontos de eficiência e ineficiência, direciona possíveis ações corretivas dentro do sistema
produtivo, e mediante as depreciações, provisiona recursos para se reinvestir na atividade,
consolidando o resultado operacional e econômico da atividade. Para utilização do controle de
custo de produção, deverão ser estipulados quantos centros de custos serão trabalhados em
cada propriedade.
De forma simplista, pode-se adotar a atividade leiteira como sendo um único centro de
custo, mas não é a forma mais recomendada, pois não permite uma análise da eficiência dos
outros setores envolvidos. Caminhando para um nível mais detalhado de centro de custo,
pode-se escolher trabalhar com maior detalhamento dos centros de custo. Desta forma, é
possível determinar o custo de produção do litro de leite, o custo de produção de uma novilha
ao parto, custo dos alimentos forragem e outros. Percebe-se que o grau de detalhamento de
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análise aumenta, fazendo com que o nível de dedicação na coleta dos dados deve aumentar
proporcionalmente.
2.2. Definição do objetivo de trabalho
Antes de começar um trabalho de controle de custos em uma empresa rural, primeiro
devem-se saber quais as expectativas e necessidades e a que ponto chega a versão às
mudanças. O início do trabalho de controle de custos, na maioria dos casos, faz com que a
empresa passe por grandes mudanças. O empresário e os responsáveis pelos controles dentro
da empresa precisam estar cientes destas mudanças para que eles sejam os pontos de apoio
dentro do processo (ABRANTES, 2009).
Após apurar as necessidades da empresa, é hora de buscar o foco inicial do trabalho
traçado junto ao gestor um cronograma que definirá qual o método será usado. Isto define em
que ponto será o início do trabalho. Ainda no contexto que envolve o cronograma, é preciso
definir os responsáveis pelos controles dentro da empresa.
2.3. Patrimônio, bens e capital
Segue os conceitos, citados por Nogueira (2007), de patrimônio, bens e capital:
Patrimônio - É o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma
entidade. Para se determinar o patrimônio de uma empresa, é necessário considerar
o balanço da disponibilidade de bens, direitos e deveres da empresa.
Bens – Representa tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça
as necessidades humanas. Os bens são classificados em tangíveis e intangíveis.
Bens tangíveis ou palpáveis, que podem ser dinheiro, mercadoria em estoque,
imóveis, veículos, máquinas, instalações, móveis, insumos, utensílios, animais
dentre outros. Bens intangíveis ou não palpáveis, é tudo aquilo que não é físico,
como direitos sobre marcas, patentes, direitos autorais, ponto comercial, dentre
outros.
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Capital – É o montante financeiro à disposição de uma determinada empresa ou
entidade.
Bens de Capital – “Bem” que ger a capital, ou seja, uma vaca é um bem de capital,
pois gera bezerro e leite, que são convertidos em capital, seja na venda, seja na
avaliação da contabilidade.
2.4. Inventário
O inventário deve ser o mais completo possível, com o levantamento de todos os bens,
equipamentos, benfeitorias, terras, culturas e pecuárias desenvolvidas na propriedade (UOV,
2009). Segundo Abrantes (2009) em complemento ao levantamento patrimonial (inventário)
deve-se acrescentar valor em todos os bens descritos. De posse desses números obtém-se o
valor do patrimônio imobilizado na propriedade. Através dos valores apurados inicia-se a
apuração da depreciação dos bens.
O inventário deve ser feito anualmente e serve para corrigir as falhas de informações da
contabilidade. Na verdade, é o primeiro levantamento a ser feito em um ano contábil, pois
permite conhecer a evolução do balanço patrimonial, que pode implicar em saldo negativo,
caso caia de um ano para o outro, ou positivo, caso haja acréscimo no patrimônio. Além da
informação patrimonial, o inventário permitirá o cálculo dos custos das depreciações e
remunerações de capital (NOGUEIRA, 2007).
De acordo com Abrantes (2009) o inventário terá início com o levantamento de “terras”
da propriedade, que nada mais é que a área total da fazenda como: reservas, açudes, aguadas,
represas, áreas de culturas perenes (capineira, cana e etc...) e anuais (milho, sorgo, etc...)
pastagens formadas e naturais, assim como o levantamento do ano de formação e do estado de
conservação. Em seguida, apura-se o que a propriedade possui em motores, equipamentos,
veículos, máquinas e etc.
O último passo do inventário é realizar a contagem de todo rebanho, que são as vacas de
produção, bezerras de recria, reprodutores, animais de trabalho, machos para engorda e etc.
(ABRANTES, 2009). Deverão ser identificadas as criações existentes na propriedade e
classificadas, segundo o estágio de desenvolvimento de cada uma e de acordo com as suasespecificações.
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Após o levantamento patrimonial será necessário acrescentar valor em todos os bens
inscritos. De posse desses números obtêm-se o valor patrimonial imobilizado na propriedade.
Por meio dos valores apurados inicia-se a apuração da depreciação dos bens.
2.5. Variação do inventário animal
A maioria das propriedades leiteiras não produz apenas leite, pois o valor da venda de
animais tem grande influência no custo do leite devido à venda e à reposição de animais. Se
no período analisado foram vendidos muitos animais, o custo do leite será baixo, em
contrapartida, se não houver vendas (ou poucas vendas) o custo será alto (ALMEIDA;
AGUIAR, 2008).
Ao analisar o custo de produção de uma empresa rural, a variação do inventário animal
deverá compor a renda bruta da atividade, pois o pecuarista pode, rapidamente, transformar
seu rebanho em dinheiro com a venda de animais, porque o bovino tem elevada liquidez de
mercado. Se o valor do rebanho é menor no final do período de avaliação comparado ao
início, haverá queima de patrimônio e essa diferença negativa deverá ser somada a receita
total do período avaliado (AGUIAR; RESENDE, 2007)
Para Gomes (2000b), o procedimento utilizado no ajuste dos dados de rebanhos não-
estabilizados é o de incluir na renda bruta a variação de inventário animal. Tal variação é
igual ao valor do rebanho no final do ano menos o valor do rebanho no início do ano e menos
compras de animais feitos no ano, com os preços unitários constantes. Em rebanhos
estabilizados, a variação do inventário animal é igual a zero.
Segundo Gomes (1989) citado por Aguiar e Resende (2007), para calcular a variação do
inventário animal é necessário utilizar a seguinte fórmula:
Variação do Inventário Animal = Valor do rebanho no final do período – Valor do
rebanho no início do período – valor de compras de animais durante o período
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Exemplo:
Valor do rebanho no final do ano = R$ 450.000,00
Valor do rebanho no início do ano = R$ 340.000,00
Compras de animais feitas no ano = R$ 35.000,00
Variação do inventário animal = R$ 450.000,00 – R$ 340.000,00 – R$ 35.000,00
Variação do inventário animal = R$ 75.000,00
2.6. Estruturas dos custos de produção de leite
Entre todos os custos de produção, pode-se dividir em custo fixo, custo variável, despesas
administrativas, custo operacional e por fim custo total ou custo econômico.
De acordo com Reis (2002) o custo operacional é todo aquele exigido para que as
operações produtivas ocorram, sendo imprescindíveis para a execução das operações e dos
processos produtivos. Os custos operacionais totais (COT) são calculados, somando-se os
custos fixos e os custos variáveis.
Segundo Barbosa e Souza (2009) os custos totais ou custos econômicos são calculados
somando-se os custos operacionais totais (COT) com os custos de oportunidade do capital.
2.7. Custos fixos
Para Abrantes (2009), custos fixos são aqueles cujo valor total não varia
proporcionalmente ao volume de produção, tendo duração superior ao curto prazo, com
renovação ocorrendo em longo prazo. Dentre os custos fixos os de principal representação são
as depreciações. A depreciação é um custo não monetário, onde não há desembolso efetivo de
dinheiro, mas que representa uma reserva que deve ser realizada para posterior substituição do
bem por se tornar inútil pelo desgaste físico.
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Segundo Nogueira (2007) os bens ou capital imobilizado são contabilizados, nos custos de
produção, pelas depreciações. Quando se fala em custos fixos, automaticamente se faz
associação com as depreciações.
Muitos pesquisadores preferem considerar os custos administrativos como custos
variáveis. Geralmente essa abordagem proporciona melhor entendimento por parte do
produtor. Impostos e contribuições sindicais também são custos fixos, muitas vezes
contabilizados dentro dos custos administrativos. Em alguns casos a mão-de-obra pode ser
considerada custos fixos (NOGUEIRA, 2007).
2.8. Depreciação
A depreciação, por definição, pode-se dizer que é o próprio significado do conceito de
custos fixos: mesmo sem produzir, os bens continuam gerando custos (NOGUEIRA, 2007).
Segundo Abrantes (2009) a depreciação é o desgaste físico e a possibilidade que os bens
sofrem de ficarem ultrapassados com o passar do tempo. Ela representa a parcela que a
empresa deverá reservar no período para substituir o bem em questão ao final de sua vida útil.
Trata-se de um encargo acrescido no custo de produção. A depreciação é um custo não
monetário, onde não há desembolso efetivo de dinheiro, mas que representa uma reserva que
deve ser realizada para posterior substituição do bem por se tornar inútil pelo desgaste físico
ou obsolescência.
Para Nogueira (2007) são depreciados apenas os bens que perdem valor ao longo dos
anos. Essa perda de valor é uma perda real (considerando a inflação) e não nominal. Em
ambientes inflacionários, todos os bens aumentam de preços, dando a impressão de que estão
valendo mais. No entanto estão apenas aumentando de acordo com a inflação, uma vez que,
em relação ao valor inicial (novo), os bens estão valendo cada vez menos.
São várias as metodologias de cálculos das depreciações, porém, a mais utilizada é pelo
método linear ou método da linha reta. Sua denominação é devido ao fato de que o valor da
depreciação anual é sempre constante em relação ao valor de compra ou valor de mercado do
bem de produção (NOGUEIRA, 2007).
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Depreciação = (valor inicial do bem1) – (valor final do bem2)
Vida útil estimada do bem (anos)
De acordo com Nogueira (2007) a depreciação relaciona-se com o valor de compra do
bem de produção, com a vida útil e com o valor de sucata. Dependendo do critério adotado e
da particularidade do bem de produção, o valor de sucata de alguns itens pode ser considerado
igual a zero. Porém, geralmente, recomendam-se valores residuais para o cálculo das
depreciações conforme a TAB. 1.
TABELA 1 - Valor de sucata de alguns bens de capitalItem ativo Valor residual em % do valor inicial
Veículos 10Máquinas 10Implementos 5Benfeitorias e edificações 5Animais de trabalho 0Touros Venda com 20 arrobasVacas Venda com 13 arrobasFonte: NOGUEIRA, 2007.
A depreciação é usada para estimar a perda de valor de todo bem com vida útil superior a
um ciclo produtivo. Somente têm depreciação os bens que possuem vida útil limitada;
portanto, a terra não tem depreciação (LOPES; CARVALHO, 2000).
Para Marion (2007) gados reprodutores (vacas e touros) e animais de trabalho são bens de
capital com vida útil limitada, pois perde a capacidade de trabalho, devendo assim ser
calculada a depreciação (TAB. 2). No período de crescimento do gado destinado a
reprodução, não haverá, evidentemente, depreciação.
1 Valor de compra2 Valor residual ou de sucata
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TABELA 2 – Vida média produtiva de alguns animais
Animais Vida média produtiva (anos)Taxa de depreciação
(ano)Bovinos – Reprodutores 8 12,5 %
Bovinos – Matrizes 10 10 %Suínos 4 25 %Burro de tração 12 8,33 %Cavalo de sela 8 12,5 %Boi de carro 5 20 %
Fonte: MARION, 2007.
Para os animais reprodutores, o valor residual deverá ser considerado caso ocorra venda
para o frigorífico, ou seja, quando o animal não for mais útil. O cálculo é obtido pelo peso do
animal multiplicado ao preço pago em arrobas (AGUIAR; RESENDE, 2007). Em rebanhos
leiteiros, vacas velhas têm baixo valor no frigorífico, mas quando vendidas, o valor deverá
compor o valor final ou de sucata.
Segundo Aguiar e Almeida (2004) não se depreciam vacas quando o rebanho leiteiro
estiver estabilizado, pois as novilhas substituem as vacas e o custo da recria destas novilhas
entram na composição do custo de produção. Quando for considerar apenas a categoria de
vacas, elas devem ser depreciadas.
Para a depreciação das benfeitorias, tabelas de referencia (TAB. 3) poderão ser usadas
para determinar a vida útil do bem ou mesmo o produtor atribuir um valor de acordo com a
propriedade.
TABELA 3 - Estimativa de duração de algumas benfeitoriasConstruções e Melhoramentos
ConstruçõesDuraçãoem anos
Taxa dedepreciação
Parede de tijolos, cobertura de telha 25 4 %Parede de madeira, cobertura de telha 15 6,67 %Parede de barro, cobertura de telha 10 10 %Parede de barro, cobertura de sapé 5 20 %Piso de tijolo, cimentado 25 4 %
MelhoramentosDuraçãoem anos
Taxa dedepreciação
Linha de força e luz, telefone com postes de madeira 30 3,33 %Linha de força e luz, telefone com postes de ferro ou concreto 50 2 %Cercas de pau-a-pique 10 10 %Cercas de arame 10 10 %Rede de água (encanamentos) 10 10 %Cerca elétrica 10 10%
Fonte: MARION, 2007.
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Segundo Coelho e Souza (2009) a vida útil média do equipamento de ordenha mecânica é
de 10 anos e para sala de ordenha (construção/alvenaria) está em torno de 20 a 30 anos, ou
seja, as instalações têm vida útil acima de 20 anos e equipamentos têm vida útil entre 5 a 15
anos. De acordo com Nogueira (2007), para máquinas e veículos, o valor residual será 10%
do valor de um novo.
Marion (2007) afirmou que implementos agrícolas como tratores, colhedeiras, aparelhos
agrícolas dentre outros, não são utilizados ininterruptamente durante o ano (como
normalmente são os equipamentos industriais) em virtude de entressafra, chuvas, geadas,
ociosidades. Dessa forma, recomenda-se a apropriação da depreciação em decorrência do uso
às respectivas culturas ou projetos. Daí a necessidade de se calcular a depreciação por hora,
estimando-se um número de horas de trabalho por equipamento, em vez da quantidade de
anos de vida útil. Há quem rejeite essa proposição pela dificuldade de estimativa da vida útil
em horas, neste caso é necessário consultar o fabricante do equipamento, que normalmente
tem condições de estimar a vida útil em horas (TAB. 4).
TABELA 4 – Estimativa da vida útil em horas máquina e equipamentosDescrição Vida útil em horas
Trator de rodas 12.000
Arados 2.000Grade de discos 2.000Grade de dentes 2.500Grade de molas 2.500Rolo 1.500Semeadeira a lanço 800Semeadeira em linha 1.200Plantadeira de milho 1.500Pulverizador 1.500Enxada rotativa 1.500Capinadeira a trator 2.500Ceifadeira rotativa 2.000Ancinho mecânico 1.500Enfardadeira 2.500Ceifa-trilha 2.000Ensiladeira 1.200Colhedeira de milho 1.500Carregador de estrume 2.000Espalhador de estrume 2.500Moinho de forragem 1.500Elevador portátil 1.500
Carroção 5.000Adubadeira 1.000Fonte: MARION, 2007.
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Outro bem que quase sempre é esquecido nas depreciações é a pastagem. A maioria das
gramíneas são perenes, porém por ausência de manejo e manutenção acabam tendo vida útil.
Aguiar e Resende (2007) afirmaram ter acompanhado propriedades com pastagens de
capim colonião com mais de 60 anos de formação sem sinais de degradação, ou seja, trata-se
de uma cultura perene e a amortização deve ser determinada de acordo com a região e por um
técnico capacitado embasado em informações históricas das pastagens já implantadas e sobre
avaliação visual da situação das mesmas. Em regiões de baixo índice pluviométrico, é comum
o re-plentio em períodos inferiores há 10 anos.
Segundo Nogueira (2007) para um pasto perene, bem formado e bem manejado com
programa de reposição de nutrientes, consegue-se evitar sua degradação, favorecendo sua
durabilidade, neste caso pode-se dizer que a depreciação da pastagem tende a zero. Para a
cultura da cana, usa-se de 3 a 4 anos a depender da manutenção e forma de corte da mesma.
Por convenção, o valor da terra não se deprecia. É consenso entre os especialistas que a
terra não é um item a ser depreciado. O Motivo da não-depreciação da terra é o fato de que ela
não perde valor de mercado ou tende a não perder. As oscilações de preços são esporádicas,
ora tendendo a se elevar, ora tendendo a cair, sofrendo influência da conjuntura econômica
(NOGUEIRA, 2007).
2.9. Custos variáveis
Custos variáveis são aqueles referentes aos insumos que se incorporam totalmente ao
produto no curto prazo, não podendo ser aproveitados ou claramente aproveitados para outro
ciclo. Aqueles que são alteráveis no curto prazo, ou seja, durante a safra, podem ser
modificados. Também os recursos que exigem dispêndios monetários de custeio durante a
safra enquadram-se nesta categoria: fertilizantes, agrotóxicos, combustíveis, alimentação,
medicamentos, manutenção, mão-de-obra, serviços de máquinas e equipamentos, entre outros
(BARBOSA; SOUZA, 2009).
Para Nogueira (2007) os custos variáveis incluem qualquer item cuja incidência
acompanhe proporcionalmente a redução ou aumento da escala de produção.
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2.10. Despesas gerais administrativas
Ligados a estes custos estão os setores que executam atividades de caráter gerencial ou
administrativo da empresa. Nas despesas gerais administrativas podem ser lançadas despesas
com: mão-de-obra (gerente da fazenda e pessoal de escritório); telefone; material de
escritório, pró-labore, consultorias, dentre outras.
2.11. Custos operacionais totais
Nogueira (2007) afirmou que os custos operacionais são todos aqueles exigidos para que
as operações produtivas aconteçam, ou seja, são indispensáveis para o andamento das
operações dos processos de produção de leite. Pode-se afirmar que custo operacional total é a
soma dos custos variáveis e custos fixos, de acordo com a fórmula que segue:
Custo operacional total = Custos totais fixos + Custos totais variáveis + Despesas
Administrativas
2.12. Custo de oportunidade
Para Barbosa e Souza (2009) o custo de oportunidade ou custo alternativo representa oretorno que o capital utilizado na atividade agropecuária proporcionaria, se fosse aplicado em
alternativas. É possível, dessa forma, verificar a viabilidade econômica do empreendimento,
comparando o retorno financeiro desta com a de outras alternativas de uso do capital, como,
por exemplo, a taxa de juros da caderneta de poupança, ou rentabilidade de outras atividades.
O custo de oportunidade é calculado em função de um possível investimento do dinheiro
em outra atividade, que tanto pode ser produtiva ou financeira, e é utilizado para realizar
comparações sobre qual atividade vai dar melhor retorno do dinheiro aplicado (UOV, 2009).
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Segundo Nogueira (2007) a recomendação é que seja usada a taxa de 6% ao ano para a
remuneração do capital investido na atividade. Se o valor da terra seja incluído no cálculo,
essa taxa deve ser de 3% ao ano para o total imobilizado.
2.13. Custo econômico
De acordo com Aguiar e Resende (2007) o custo econômico dá-se pela soma do custo
operacional total ao custo de oportunidade.
Segundo Nogueira (2007) a denominação de custos totais refere-se a todos os custos
envolvidos na produção de determinado ciclo. A relação entre os custos totais e o volume
produzido na safra, ou ciclo de produção, consiste no custo médio ou custo por unidade de
produção.
Custos econômicos ou totais = Custos operacionais totais + Custos de oportunidade
2.14. O cálculo correto do custo de produção do leite (rateio com base nas receitas)
Na maioria das vezes, os produtores acreditam que a atividade leiteira consista em apenas
uma atividade que seria a produção de leite. Porém, uma empresa de leite possui, no mínimo,
duas atividades de fonte de renda: a produção de leite e a produção de animais (NOGUEIRA,
2007).
De acordo com Gomes (1999), é muito difícil mensurar corretamente os custos da
atividade leiteira devido a características peculiares da mesma, pois quando se cuida do
rebanho tem-se como resultado a produção de leite e de animais, neste contexto é muito difícil
separar o que vai para produção de leite e o que vai para a produção de animais. Sendo assim,
quando são levantados os custos de uma empresa, eles correspondem aos custos da atividade
leiteira, e não apenas aos do leite. Contudo, a comparação deve ser feita entre o preço do leite
e o custo do leite e não entre o preço do leite e o custo da atividade leiteira.
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Aguiar e Rezende (2007) e Gomes (1999) afirmaram que um dos métodos mais utilizados
na divisão dos custos da atividade leiteira em custo de produzir leite e custos de produzir
animais é a distribuição dos custos da atividade na mesma proporção da renda bruta,
conforme o exemplo que segue:
Dados:
1. Renda bruta anual da atividade leiteira:
Venda de leite = 481.800 litros x R$ 0,54/litro = R$ 260.172,00
Venda de animais = R$ 64.000,00
Total = R$ 324.172,00
2. Custo anual da atividade = 293.407,00
3. Composição percentual da renda bruta anual da atividade leiteira:
Leite = R$ 260.172,00 / R$ 324.172 = 80%
Animais = R$ 61.000 / R$ 324.172,00 = 20%
4. Renda bruta anual da atividade leiteira/litro:
R$ 324.172,00 / 481.800 litros = R$ 0,67/litro
5. Custo da atividade leiteira/litro = R$ 293.407,00 / 481.800 = R$ 0,61
6. Custo do litro de leite = R$ 0,61 x 80% = R$ 0,49
De acordo com Gomes (1999) e Aguiar e Resende (2007), o preço do leite (R$ 0,54/litro)é comparável com o custo do leite (R$ 0,49/litro), e não com o custo da atividade leiteira (R$
0,61/litro). O custo da atividade leiteira (R$ 0,61/litro) é comparável com a renda bruta da
atividade leiteira (R$ 0,67/litro). Quando comparado o custo do leite com o preço recebido
observa-se lucro, e quando a comparação é feita com o custo da atividade/litro percebe-se
prejuízo.
É de suma importância, durante a análise, considerar que o preço do litro de leite pago ao
produtor é sempre comparado com o custo do leite e não da atividade leiteira, assim como o
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custo da atividade leiteira é comparado com a renda bruta da atividade por litro (AGUIAR;
RESENDE, 2007).
2.15. Avaliação financeira e econômica
Com números seguros e confiáveis, começará a análise financeira da propriedade,
mostrando possíveis flutuações de caixa, possibilitando o desenvolvimento de estratégias que
não prejudiquem o saldo financeiro da propriedade e o orçamento previsto para o ano. Outro
ponto de análise consiste em estrito acompanhamento dos custos de produção, identificando e
permitindo atacar os pontos que estiverem com os números acima dos tomados como padrão.
Desta maneira, observa-se que a utilização da análise financeira e de custo pode-se tomar
decisões gerenciais de suma importância para a empresa (ABRANTES, 2009).
A análise econômica mostra alguns números como lucro da empresa, a remuneração do
capital investido, a margem líquida e bruta da propriedade, e outros fatores. Desta maneira
pode-se verificar se a empresa está tendo lucros ou prejuízos, permitindo que o empresário
possa tomar decisões referentes ao resultado da sua propriedade. Outra possibilidade é a
comparação do resultado obtido na propriedade com outras atividades e aplicações financeiras
(ABRANTES, 2009)
2.16. Fluxo de caixa
O fluxo de caixa consiste na relação entre as entradas e saídas de recursos financeiros na
empresa. Se as entradas forem menores que as saídas (fluxo de caixa negativo) e se essas
condições permanecerem assim por longos períodos, a empresa entra em colapso
(NOGUEIRA, 2007).
Para o mesmo autor supracitado as possíveis situações do fluxo de caixa podem ser
diagnosticadas conforme descritas a seguir:
a) Fluxo de caixa permite saldar despesas e investimentos: Empresa saudável.
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b) Fluxo de caixa salda apenas as despesas e parte dos investimentos: A empresa está
consumindo seus recursos, tende a se endividar e parar a atividade.
c) Fluxo de caixa não salda as despesas: Encerramento da atividade ou subsídio.
Segundo Aguiar e Resende (2007) o diagnóstico pelo fluxo de caixa apenas permite
identificar se o negócio está indo bem ou mal.
2.17. Receita e custo de produção
Segundo Buarque (1984), a rentabilidade é o que determina a viabilidade do projeto,
portanto o cálculo das receitas dos custos é o principal ponto de estudo do projeto. O cálculo
das receitas é diretamente ligado ao programa de produção, isto é da previsão de quanto será
produzido e vendido pela unidade de produção, bem como dos preços que o produto terá no
mercado. A receita é determinada de acordo com a fórmula que segue:
R = P X Q
Onde:
R = Receita
P = Preço de venda
Q = Quantidade
Nogueira (2007) afirmou que os itens desembolsáveis (custos variáveis) são classificados
em diretos (destinados apenas a atividade) e indiretos (que precisam ser rateados). De acordo
com esses conceitos segue as análises financeiras citadas pelo mesmo autor:
a) Receitas inferiores aos custos variáveis diretos – Quando as receitas não são
suficientes para saldar os custos variáveis diretos (custos com: alimentos; fertilizantes;
defensivos; combustíveis; produtos veterinários; mão-de-obra e outros), a atividade já
entrou em colapso. Nesta situação continuar produzindo só aumentará o prejuízo. O
aumento da escala não altera positivamente o resultado. O produtor, nessas condições,certamente irá parar a atividade, o que inclusive é recomendável.
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b) Receitas superiores aos custos variáveis diretos, porém inferiores ao custo
variável total – A receita cobre os custos variáveis diretos, porém não cobre os custos
variáveis totais, ou seja, empresa entrando em colapso, como o item anterior, pois a
receita acaba não sendo suficiente para cobrir as despesas para manter a atividade
funcionando. Para que a atividade se mantenha nestas condições é necessário que haja
subsídio, que poderá ser de outra atividade em produção dentro da própria empresa ou
de recursos externos. A situação poderá ser revertida com o aumento da escala de
produção.
c) Receitas cobrem os custos variáveis totais e não cobrem os custos operacionais –
As receitas cobrem os custos variáveis totais, mas não é suficiente para cobrir os
custos operacionais (custos fixos + custos variáveis). O diagnóstico prático para essa
situação é o sucateamento dos bens de produção, que acabam levando a empresa a
tomar financiamentos no mercado. Em condições em que as receitas não cobrem os
custos operacionais, a saída da atividade é uma questão de tempo. Geralmente a
melhor solução neste caso é o aumento da escala de produção.
d) Receitas cobrem os custos operacionais, mas não cobrem os custos econômicos ou
totais – Neste caso pode-se dizer que está ocorrendo lucro, pois a receita da empresa
cobre os custos operacionais de produção. Lucro é o rendimento gerado a partir dedeterminado capital empregado numa atividade, ou seja, o valor que sobra, depois de
descontar os custos operacionais, representa lucro. A denominação “lucro
operacional” refere-se ao resultado positivo depois de coberto os custos operacionais.
A tendência, quando a empresa opera com lucro operacional, é permanecer na
atividade. Esta situação não é possível cobrir os custos totais ou econômicos,
significando que a atividade não rende o que o recurso poderia estar rendendo em
outras oportunidades de investimento. O lucro operacional, embora gere rendimentos,ainda é considerado prejuízo econômico.
e) Receitas cobrem o custo econômico ou total – Quando a receita é igual ao custo total
ou econômico (custos operacionais totais + custos de oportunidade) o resultado é
classificado como lucro normal, pois representa o mesmo rendimento que o
empresário receberia se aplicasse os recursos nas melhores opções de investimentos.
Quando a receita supera o custo total, a denominação passa a ser lucro supernormal ou
lucro econômico. Os rendimentos superam as melhores opções de investimentos
disponíveis aos produtores. Nesta situação a tendência é o crescimento da atividade e
expansão da empresa.
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2.18. Lucratividade
Segundo Nogueira (2007) a análise da lucratividade consiste em estabelecer um índiceporcentual para representar o lucro obtido comparado à receita da atividade. A definição
matemática de lucratividade é a porcentagem da receita que representa o lucro, ou seja:
Lucratividade (%) = (Lucro3 / Receita total) X 100
2.19. Rentabilidade ou retorno do investimento
A rentabilidade mede a capacidade da atividade de gerar rendimentos em relação ao
capital total disponível. É uma relação porcentual entre o lucro e o patrimônio ou capital
imobilizado (NOGUEIRA, 2007).
Rentabilidade (%) = (Lucro operacional / Capital total médio investido) X 100
Segundo Nogueira (2007) a rentabilidade da atividade será o índice que permitirá
comparar o rendimento da atividade com as melhores opções de mercado. Parece mais
coerente usar o lucro operacional ao invés de usar o lucro econômico, pois este já considera
outras opções de investimento no mercado.
2.20. Tempo de retorno do investimento (“Pay Back”)
3 Segundo Nogueira (2007) a polêmica em torno da lucratividade aparece em qual lucro utilizar. O operacionalou econômico? A Scot Consultoria adota o critério de utilizar o lucro econômico (supernormal) para calcular oíndice de lucratividade.
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O tempo de retorno do investimento (“Pay Back”) consiste em determinar o número de
períodos, em anos, necessários para recuperar o capital investido (BARBOSA; SOUZA,
2009).
Como as depreciações consideram o provisionamento para o reinvestimento, o “Pay
Back” deve ser calculado incluindo seus valores. Portanto não se us a o lucro operacional, e
sim os resultados de caixa, que são representados pela receita total menos os custos variáveis
(NOGUEIRA, 2007).
“Pay Back” = Valor inicial do capital4 / Resultado caixa
2.21. Valor presente líquido (VPL)
Este método consiste em transferir para o momento atual todas as variações de caixa
esperadas para o projeto, descontando uma taxa de juros. Esta, também chamada de taxa de
desconto (ou custo de oportunidade), deve ser definida pelo administrador em função das
alternativas de investimentos do mercado. O investimento deverá ser aprovado se o VPL for
positivo e abandonado se for negativo (BARBOSA; SOUZA, 2009).
Segundo Nogueira (2007) o valor presente líquido é definido pela diferença entre a soma
dos resultados de caixa (receitas - custos variáveis totais – despesas administrativas) e o
investimento líquido necessário para dar andamento ao projeto. A fórmula do VPL é:
VPL = Soma dos resultados de caixa (durante o período t) – investimento / (1-r)t
Onde:
VPL = Valor presente líquido
r = taxa de remuneração ou custo de capital
t = tempo mínimo esperado de duração do projeto
Investimento = Investimento líquido, o que será investido para dar andamento ao projeto
4 O “Pay Back” deve considerar o valor de mercado do capital inicial (Nogueira, 2007).
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2.22. Taxa interna de retorno (TIR)
A taxa interna de retorno é o valor da remuneração do capital (r na fórmula do VPL) que
zera o valor presente líquido. A TIR indicará a taxa de pagamento de retorno anual do projeto.
Quanto que o projeto se paga ao ano (NOGUEIRA, 2007).
Nos casos em que a TIR da alternativa estudada for maior que o custo do capital, o
investimento deverá ser aprovado, caso contrário, o investimento deverá ser rejeitado
(BARBOSA; SOUZA, 2009).
Segundo Barbosa e Souza (2009) o cálculo da TIR é feito pelo método de tentativa e erro,
estimando-se um valor para a taxa de desconto e calculando-se o VPL. Se o VPL for positivo,
significa que a TIR é maior que o valor estimado.
2.23. Relação benefício/custo
Para Nogueira (2007) o método mais apropriado para calcular o benefício/custo é a
divisão do somatório dos resultados de caixa pelo montante inicial do investimento, de acordo
com a fórmula que segue:
Relação benefício/custo (B/C) = Soma dos resultados de caixa (durante o período t) /
investimento líquido
2.24. Ponto de equilíbrio
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Segundo Lopes e Carvalho (2000) ponto de equilíbrio é o ponto onde as receitas e custos
se igualam, ou seja, é a quantidade física de produção de leite que deveria ser produzida para
que este valor fosse igual ao total de custos.
Quando uma empresa opera no ponto de equilíbrio, o valor presente líquido é igual a zero.
Esse ponto serve de orientação para os administradores quanto às metas de vendas mínima. É
utilizado para tomada de decisões estratégicas, bem como o lançamento de novos produtos de
linha de produção ou dimensionamento da capacidade mínima que se deve instalar para
viabilizar um projeto (SOUZA, 2003).
Para apurar o ponto de equilíbrio de uma atividade é necessário conhecer a remuneração
do capital, o custo variável unitário e o preço médio do produto no mercado. O custo variável
unitário é obtido pela relação entre o respectivo custo e a quantidade produzida. De acordo
com Lopes e Carvalho (2000), o ponto de equilíbrio pode ser calculado pela seguinte fórmula:
Q = CF / (P – CVu)
Onde:
Q = Quantidade de leite, em kg
CF = Custo fixo totalCVu = Custo variável unitário
P = Preço médio de mercado do produto
Para o cálculo do ponto de equilíbrio, Abrantes (2009) denominou o preço de venda
menos o custo variável unitário de margem de contribuição unitária, chegando na seguinte
fórmula:
Quantidade Litros/Mês = Custos fixos totais / Margem de contribuição unitária
Exemplo:
Dados:
Custos fixos totais de R$ 19.853,10
Preço de venda do leite – R$ 0,62/kg
Custo variável unitário de R$ 0,35/kg
Quantidade Litros/Mês = R$ 19.853,10 / (R$ 0,62 – R$ 0,35)
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Quantidade Litros/Mês = 73.530 Litros/Mês
Resultado:
Receita Total: 73.530 litros X R$ 0,62/litro:--------------------------------R$ 45.588,60
(-) Custo variável total: 73.530,00 litros X R$ 0,35/litro:-----------------R$ (25.735,50)
(=) Margem de contribuição total:--------------------------------------------R$ 19.853,10
(-) Custos fixos:-----------------------------------------------------------------R$ (19.853,10)
(=) Resultado do período (remuneração capital próprio)------------------R$ 0,00
2.25. Alimentação e custos de produção
A alimentação é o principal componente do custo de produção de leite, variando de 45 a
60% do custo de produção. Discordando de muitos, manter os custos baixos não é a principal
meta, no entanto aumentar o lucro deve ser o principal objetivo. Quando uma vaca produz
mais leite ela dilui o “custo fixo” chamado mantença, pois quando uma vaca aumenta a
produção de leite, a quantidade de nutrientes e energia necessária para mantença fica diluída
em meio à grande quantidade de energia relativa ingerida para maior produção. Ela se torna
mais eficiente, pois a maior parte da energia consumida vai para a produção de leite, diluindo
seu “custo fixo”. Dentro de uma fazenda de leite uma maior produção (TAB. 5), geralmente,
resulta em aumento de lucros, neste caso as decisões não devem ser tomadas somente na
pretensão de diminuição de custos. A sobrevivência de uma fazenda não está pautada em
custo mínino, mas sim em lucro máximo (RABELO, 2005).
TABELA 5 – Custo alimentar X produçãoProdução (litros) 8 15 25 35
Custo alimentar total dia (R$) 3,11 4,08 5,66 7,07Custo alimentar por litro (R$/l) 0,39 0,25 0,23 020Receita em leite (R$)* 4,32 8,1 13,5 18,9Receita sobre o custo alimentar (R$) 1,21 4,02 7,84 11,83
*Valor do litro de leite R$ 0,54 (Fonte: RABELO, 2005)
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3. METODOLOGIA
Este estudo foi realizado em uma empresa rural localizada em Luziânia estado do Goiás,
no período de janeiro a dezembro de 2008. A propriedade possuía uma área total para a
atividade leiteira de 200 ha, sendo 40 ha de reserva legal e preservação permanente e 70 ha de
pastagem formada.
O produtor e os funcionários, da propriedade estudada, foram orientados e treinados para
executar o trabalho de levantamento de dados iniciais (inventário geral), por meio de planilhas
impressas e planilhas em programa Excel, realizado assim o primeiro passo para anáilise de
custos de produção. Foi realizado acompanhamento mensal para a coleta de informações e,
posteriormente, foram inseridos os dados em planilhas de Excel para avaliação.
Para melhor entendimento sobre os cálculos dos custos de produção de uma atividade
leiteira, foram demonstrados os principais passos para iniciar um trabalho de gestão de custos,
detalhando cada item. Após a apuração dos custos de produção foi apresentada as análises
financeiras e econômicas. Os cálculos dos custos da pecuária leiteira, assim como as análises
de resultados, seguem a mesma metodologia que foi apresentada por Nogueira (2007) e
Aguiar e Resende (2007).
3.1.
Inventário
O inventário é o levantamento dos bens de uma empresa realizando a valorização de cada
item. O ideal é que seja feito de forma detalhada, porém muitas vezes não é possível mensurar
de forma precisa. De acordo com Nogueira (2007) o inventário, neste caso, na verdade é uma
estimativa do mesmo. É necessário realizar uma lista de todos os bens de capital presente na
propriedade, devendo ser organizado de acordo com o critério de classificação e categoria.
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3.1.1. Inventário da terra
Segundo Nogueira (2007) para levantar o valor inicial da terra será considerado o preço daterra nua na região. Para o cálculo do valor total da terra foi multiplicado o valor (R$) da terra
bruta com a área da fazenda (há), ou seja: Valor total da terra = 200 há X R$ 3.000,00,
totalizando R$ 600.000,00.
3.1.2. Inventário das pastagens
Para levantar o valor inicial de uma pastagem formada, é necessário saber quanto custaria à
formação atualmente, considerando a mesma técnica da época, preços de insumos e serviços
atuais (NOGUEIRA, 2007). Foi considerado um valor de R$ 1.100,00 para a formação de
uma pastagem.
Segue, na TAB. 6, o inventário das pastagens da fazenda citada citado.
TABELA 6 – Pastagem formadaBens de Capital Hectares Quantidade Custo/Unidade Total
Pastagem formada Há 70 R$ 1.100,00 R$ 77.000,00Total R$ 77.000,00Fonte: SIQUEIRA, 2009.
3.1.3. Inventário das benfeitorias e edificações
Para realizar o inventário das edificações e benfeitorias é necessário calcular quanto
custaria atualmente para construir toda a infra-estrutura disponível na propriedade estudada
(NOGUEIRA, 2007).
Segue, na TAB. 7, o inventário das benfeitorias e edificações, da qual foi utilizado o valor
real de mercado (valor aproximado) referente às construções descritas no exemplo.
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TABELA 7 – Inventário das benfeitorias e edificaçõesBens de Capital Unidade Quantidade Custo/Unidade Total
Casa Sede Unidade 1 R$ 60.000,00 R$ 60.000,00Casa Colono Unidade 2 R$ 28.000,00 R$ 56.000,00
Depósito Unidade 1 R$ 9.000,00 R$ 9.000,00Galpão de máquinas Unidade 1 R$ 7.000,00 R$ 7.000,00Cercas elétricas km 14 R$ 800,00 R$ 11.200,00Cerca convencional km 5 R$ 4.500,00 R$ 22.500,00Bezerreiro Unidade 40 R$ 150,00 R$ 6.000,00Cocheiras Metros 160 R$ 38,00 R$ 6.080,00Bebedouros Unidade 10 R$ 800,00 R$ 8.000,00Saleiros Unidade 10 R$ 480,00 R$ 4.800,00Curral de manejo/espera Unidade 1 R$ 48.000,00 R$ 48.000,00Sala de ordenha Unidade 1 R$ 35.000,00 R$ 35.000,00Total R$ 273.580,00Fonte: SIQUEIRA, 2009.
3.1.4. Inventário das máquinas e equipamentos
Para realizar o inventário das máquinas e equipamentos é de suma importância pesquisar
os preços de compra atual dos equivalentes maquinários no mercado (NOGUEIRA, 2007).
Devem ser listados todas as máquinas e implementos existentes na propriedade. Os
equipamentos de menor valor como martelo e foice, podem ser agrupados em um único item e
não é necessário fazer o cálculo de depreciação desses equipamentos (UOV, 2009).
Na TAB. 8, estão listada os bens de capital denominado máquinas e equipamentos, neste
caso foi realizada uma pesquisa de mercado para achar o valor real dos bens descritos.
TABELA 8 – Inventário das máquinas e equipamentos
Bens de Capital Unidade Quantidade Custo/Unidade TotalTanque de expansão Unidade 1 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00Ordenhadeira Unidade 1 R$ 32.000,00 R$ 32.000,00Trator Unidade 1 R$ 56.000,00 R$ 56.000,00Distribuidos de corretivos Unidade 1 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00Vagão forrageiro Unidade 1 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00Balança Unidade 1 R$ 3.500,00 R$ 3.500,00Misturador Unidade 1 R$ 4.500,00 R$ 4.500,00Triturador Unidade 1 R$ 3.700,00 R$ 3.700,00Computador Unidade 1 R$ 2.100,00 R$ 2.100,00
Botijão de sêmen Unidade 1 R$ 2.700,00 R$ 2.700,00Total R$ 162.000,00Fonte: SIQUEIRA, 2009.
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3.1.5. Inventário animal
O último passo do inventário é realizar a contagem de todo rebanho, que são as vacas deprodução, bezerras de recria, reprodutores, animais de trabalho e machos para engorda
(ABRANTES, 2009).
Segundo Gomes (1999), o valor da venda de animais tem grande influência no custo do
leite. Se no período avaliado o produtor vendeu muitos animais, o custo do leite será baixo; ao
contrário, se ele vendeu animais ou vendeu pouco, o custo será alto. O ideal seria que o
rebanho estivesse estabilizado, e as vendas de machos, de fêmeas excedentes e de vacas
descartadas fossem normais (mesmo com as vendas de animais o rebanho seria do mesmotamanho no início e no fim do período analisado em razão do nascimento e da própria
evolução do rebanho). Na maioria das propriedades as vendas não mantêm o rebanho
estabilizado, complicando assim o cálculo do custo do leite.
O cálculo da variação do inventário animal pode contornar o problema de rebanhos não
estabilizados, devendo colocar tal variação na composição da renda bruta da propriedade
analisada. Para Gomes (1999) a variação do inventário animal não deveria ser colocada como
renda bruta e sim como riqueza, pois o procedimento sugerido é mais um artifício de cálculopara amenizar os problemas decorrentes de significativas variações do inventário animal.
Na TAB. 9 temos o inventário animal no início do período analisado (janeiro de 2008). Na
TAB. 10 temos o inventário animal no fim do período avaliado (dezembro de 2008). Com
isso percebe-se se houve aumento ou redução do patrimônio animal e quanto.
TABELA 9 – Inventário animal no início do período avaliado1. BOVINOS
Bens de Capital Unidade Quantidade Custo/Unidade TotalVacas em Lactação Animal 110 R$ 2.500,00 R$ 275.000,00
Vacas secas Animal 24 R$ 2.500,00 R$ 60.000,00Novilhas 18 a 24 meses Animal 28 R$ 1.500,00 R$ 42.000,00Novilhas 12 a 18 meses Animal 21 R$ 1.500,00 R$ 31.500,00Bezerras 06 a 12 meses Animal 23 R$ 500,00 R$ 11.500,00Bezerras 02 a 06 meses Animal 16 R$ 500,00 R$ 8.000,00Bezerras 0 a 02 meses Animal 18 R$ 500,00 R$ 9.000,00
2. ANIMAIS DE TRABALHOBens de Capital Unidade Quantidade Custo/Unidade TotalCavalo de tração Animal 02 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00
Total Geral R$ 439.000,00Fonte: SIQUEIRA,2009.
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A TAB. 10 apresenta o inventário animal no final do período analisado, ou seja, em
dezembro de 2008.
TABELA 10 – Inventário animal no fim do período avaliado1. BOVINOS
Bens de Capital Unidade Quantidade Custo/Unidade TotalVacas em Lactação Animal 123 R$ 2.500,00 R$ 307.500,00
Vacas secas Animal 25 R$ 2.500,00 R$ 62.500,00Novilhas 18 a 24 meses Animal 28 R$ 1.500,00 R$ 42.000,00Novilhas 12 a 18 meses Animal 26 R$ 1.500,00 R$ 31.500,00Bezerras 06 a 12 meses Animal 20 R$ 500,00 R$ 10.000,00Bezerras 02 a 06 meses Animal 18 R$ 500,00 R$ 9.000,00Bezerras 0 a 02 meses Animal 24 R$ 500,00 R$ 12.000,00
2. ANIMAIS DE TRABALHOBens de Capital Unidade Quantidade Custo/Unidade TotalCavalo de tração Animal 02 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00
Total Geral R$ 476.500,00Fonte: SIQUEIRA,2009.
Neste exemplo citado a variação do inventário animal foi de R$ 37.000,00, da qual será
lançada na renda bruta.
3.1.6. Inventário geral da propriedade avaliada (resumo)
Para o levantamento do inventário (TAB. 11) utilizou o valor atual de mercado.
TABELA 11 – Inventário da propriedade
BENS DE CAPITALVALOR INICIAL
ATUALDE MERCADO (R$)
% DOPATRIMÔNIO
PASTAGEM 77.000,00 4,96%BENFEITORIAS E EDIFICAÇÕES 273.580,00 17,63%MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 162.000,00 10,44%
VACAS 335.000,00 21,59%NOVILHAS 73.500,00 4,74%BEZERRAS 28.500,00 1,84%
ANIMAIS DE TRABALHO 2.000,00 0,13%
TERRA 600.000,00 38,67%TOTAL R$ 1.551.580,00 100%
Fonte: SIQUEIRA,2009.
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Neste caso a maior porcentagem do capital imobilizado na atividade leiteira foi referente à
terra (38,67%) a segunda maior participação no capital imobilizado foi os animais (28,30%).
3.1.7. Valor final (valor de sucata) e capital médio
Para realizar o cálculo do capital médio é necessário achar o valor residual dos bens de
capital. O cálculo do capital médio será necessário para calcular a depreciação dos bens (custo
fixo). Segundo Nogueira (2007), para máquinas e veículos, o valor residual será 10% do valor
de um novo e para benfeitorias e edificações o valor residual será de 5% sobre o valor inicial.
Sabe-se, segundo Marion (2007) que para máquinas e equipamentos recomenda-se a
apropriação da depreciação em decorrência do uso às respectivas culturas ou projetos. Daí a
necessidade de se calcular a depreciação por hora, estimando-se um número de horas de
trabalho por equipamento, em vez da quantidade de anos de vida útil.
Para o cálculo do capital médio foi utilizado à fórmula proposta por Nogueira (2007), da
qual o capital média é igual ao valor inicial somado ao valor final dividido por 2, conformedescrito na TAB. 12.
TABELA 12 – Estimativa de inventário, capital médio e valor final de sucata
Fonte: SIQUEIRA,2009.
Pastagem não tem valor de sucata, pois uma pastagem degradada deverá ser replantada,
por esse motivo o valor final será zero. Para as vacas, foi utilizado um valor final ou de sucata
de R$ 980,00/vaca referente a preço médio recebido pelo frigorífico (134 vacas X R$ 980,00).
BENS DE CAPITALVALOR
ATUAL (R$)CAPITAL
MÉDIO (R$)VALOR
FINAL (R$)
PASTAGEM 77.000,00 38.500,00 0,00BENFEITORIAS E EDIFICAÇÕES 273.580,00 143.629,50 13.679,00
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 162.000,00 89.100,00 16.200,00VACAS 335.000,00 233.160,00 131.320,00NOVILHAS 73.500,00 73.500,00 73.500,00BEZERRAS 28.500,00 28.500,00 28.500,00
ANIMAIS DE TRABALHO 2.000,00 1.000,00 0,00TERRA 600.000,00 600.000,00 600.000,00TOTAL 1.551.580,00 1.207.389,50 863.199,00
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3.1.8. Depreciação
Para Nogueira (2007) os métodos para o cálculo de depreciação podem ser divididos emtrês: linear, exponencial e soma dos dígitos. Será utilizado o método linear para o cálculo das
depreciações conforme citado no capítulo 7. Na TAB. 13 consta o valor dos bens de capital,
capital médio, valor de sucata e depreciação dos bens de capital.
TABELA 13 – Bens de capital, capital médio, valor de sucata e depreciação anual
BENS DE CAPITALVALORATUAL
(R$)
CAPITALMÉDIO
(R$)
VALORFINAL
(R$)
DEPRECIAÇÃO
ANUAL (R$)PASTAGEM 77.000,00 38.500,00 00.000,00 3.850,00
BENF. E EDIFICAÇÕES 273.580,00 143.629,50 13.679,00 8.663,37MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS 162.000,00 89.100,00 16.200,00 R$ 14.580,00VACAS 335.000,00 233.160,00 131.320,00 33.308,57
NOVILHAS 73.500,00 73.500,00 73.500,00BEZERRAS 28.500,00 28.500,00 28.500,00
ANIMAIS DE TRABALHO 2.000,00 1.000,00 0,00 200,00TERRA 600.000,00 600.000,00 600.000,00
TOTAL 1.551.580,00 1.207.389,50 863.199,00 R$ 60.601,94Fonte: SIQUEIRA,2009.
Foi utilizado, para depreciar a pastagem, uma vida útil de 20 anos, conforme descrito por
Nogueira (2007), pois considerou um manejo que permita a sua perenização. Neste caso o
custo de formação da pastagem é R$ 1.100,00 por hectare, a depreciação anual será de R$
55,00/ha.
Para fins didáticos, foi utilizada, para calcular a depreciação das benfeitorias e edificações,
uma vida útil de 30 anos e para máquinas e equipamentos utilizou-se uma vida útil de 10
anos, concordando com Coelho e Souza (2009). Sabe-se, segundo Marion (2007) que para
máquinas e equipamentos recomenda-se a apropriação da depreciação em decorrência do uso
às respectivas culturas ou projetos. Daí a necessidade de se calcular a depreciação por hora,
estimando-se um número de horas de trabalho por equipamento, em vez da quantidade de
anos de vida útil.
A terra não foi depreciada, concordando com a metodologia utilizada por Nogueira (2007).
O mesmo ocorreu com os animais de produção (vacas leiteiras), pois segundo Aguiar e
Resende (2007) em rebanho estabilizado não se depreciam os mesmos.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Custos fixos
As depreciações das pastagens, benfeitorias e edificações, máquinas e equipamentos,
vacas e animais de trabalho entraram nos custos fixos, assim como as despesas
administrativas (energia elétrica, combustível, impostos e taxas, telefone, cozinha e
alimentação e outros gastos) conforme a TAB. 14.
TABELA 14 – Custos fixos da propriedade leiteira
BENS DE CAPITAL CUSTO(R$/ANO)
% CUSTO FIXO
Depreciação da pastagem R$ 3.850,00 4,77%Deprecição das benfeitorias e edificações R$ 8.663,37 10,73%Depreciação das máquinas e equipamentos R$ 14.580,00 18,06%Depreciação das vacas R$ 33.308,57 41,27%Depreciação dos animais de trabalho R$ 200,00 0,25%Energia elétrica R$ 6.430,00 7,97%Combustível R$ 5.299,00 6,56%Impostos e taxas R$ 1.456,00 1,80%Telefone R$ 984,00 1,22%Cozinha e alimentação R$ 4.652,00 5,76%
Outros gastos R$ 1.293,00 1,60%TOTAL R$ 80.715,94 100,00%Fonte: SIQUEIRA,2009.
4.2. Custos variáveis
Os custos variáveis foram compostos pelos recursos que são consumidos durante o ciclo
de produção incorporando totalmente ao produto no custo prazo, ou seja, os itens cuja
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incidência acompanhe proporcionalmente a redução ou aumento da escala de produção
(NOGUEIRA, 2007). Na TAB. 15 está descritos os custos variáveis de uma propriedade
leiteira.
TABELA 15 – Custos variáveis da propriedade leiteira
BENS DE CAPITALCUSTO
(R$/ANO)% CUSTO
VARIÁVELMão de obra contratada para o manejo do rebanho R$ 42.000,00 11,15%Silagem R$ 81.900,00 21,74%Concentrado R$ 208.675,00 55,40%Minerais R$ 7.600,00 2,02%Medicamentos R$ 16.000,00 4,25%Hormônios R$ 2.400,00 0,64%
Material de ordenha R$ 6.480,00 1,72%Reparos de benfeitorias R$ 1.400,00 0,37%Reparos de máquinas R$ 2.354,00 0,62%Inseminação artificial R$ 5.700,00 1,51%Outros gastos R$ 2.175,00 0,58%TOTAL R$ 376.684,00 100,00% Fonte: SIQUEIRA,2009.
Dentre os custos variáveis, o item que obteve maior gasto foi com alimentação (79,16%)
somando gasto com silagem, concentrado e sal mineral.
4.3. Custo operacional
Para Lopes e Carvalho (2009) o custo operacional são todos os custos que necessita de
desembolso por parte do produtor (empresa rural). Segundo Nogueira (2007) o custo
operacional são os recursos demandados para manter a linha de produção. Neste caso o custo
operacional do exemplo citado é de R$ 457.399,94 (custos totais fixos + custos totais
variáveis) conforme demonstrado na TAB. 16.
TABELA 16 – Custo operacional da atividade leiteira
ITENS DE CUSTOS TOTAL (R$/ANO) COMPOSIÇÃO
CUSTOS FIXOS TOTAIS R$ 80.715,94 17,65CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS R$ 376.684,00 82,35
CUSTO OPERACIONAL TOTAIS R$ 457.399,94 100,00%Fonte: SIQUEIRA,2009.
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Dentre o custo operacional, o item que mais onera o custo de produção é o da
alimentação, colaborando com 65,19% do total dos custos operacionais (TAB. 17).
TABELA 17 – Custo operacional (detalhada)Custo Operacional (Custos Fixos + Custos variáveis)
Itens R$ %Depreciação da pastagem R$ 3.850,00 0,84%Deprecição das benfeitorias e edificações R$ 8.663,37 1,89%Depreciação das máquinas e equipamentos R$ 14.580,00 3,19%Depreciação das vacas R$ 33.308,57 7,28%Depreciação dos animais de trabalho R$ 200,00 0,04%Energia elétrica R$ 6.430,00 1,41%Combustível R$ 5.299,00 1,16%
Impostos e taxas R$ 1.456,00 0,32%Telefone R$ 984,00 0,22%Cozinha e alimentação R$ 4.652,00 1,02%Outros gastos R$ 1.293,00 0,28%Mão de obra contratada para o manejo do rebanho R$ 42.000,00 9,18%Silagem R$ 81.900,00 17,91%Concentrado R$ 208.675,00 45,62%Minerais R$ 7.600,00 1,66%Medicamentos R$ 16.000,00 3,50%Hormônios R$ 2.400,00 0,52%Material de ordenha R$ 6.480,00 1,42%
Reparos de benfeitorias R$ 1.400,00 0,31%Reparos de máquinas R$ 2.354,00 0,51%Inseminação artificial R$ 5.700,00 1,25%Outros gastos R$ 2.175,00 0,48%TOTAL R$ 457.399,94 100,00%Fonte: SIQUEIRA,2009.
4.4. Custo de oportunidade
O custo de oportunidade é o retorno que o capital utilizado na atividade estaria
proporcionando caso fosse aplicada em outras alternativas de investimentos, permitindo
verificar se é viável economicamente o empreendimento em questão, desde que seu retorno
financeiro seja igual ou superior às outras alternativas de uso do capital (REIS, 2002).
Segundo Nogueira (2007) recomenda-se que seja usada a taxa de 6% ao ano para a
remuneração do capital investido na atividade. Caso o valor da terra seja incluído no cálculo,
essa taxa deve ser de 3% ao ano para o total imobilizado. Porém essas taxas fixas e arbitrárias
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não contemplam as melhores oportunidades de uso do capital, pois possui outras opções mais
atrativas para analisar o rendimento do capital imobilizado aplicado em outras atividades,
como o arrendamento de terras.
Neste exemplo foi utilizada, uma taxa de 6% (referente à taxa de juros da caderneta de
popança) para calcular o custo de oportunidade dos bens de capital imobilizado (TAB. 18).
TABELA 18 – Custo de oportunidade do capital na atividade leiteira
Bens de capitalValor inicial
atual demercado (R$)
Capital médio(R$)
Valor finalou de sucata
(R$)
Custo deoportunidade(taxa de 6%)
Pastagem 77.000,00 38.500,00 0,00 2.310,00Benf. e edificações 273.580,00 143.629,50 13.679,00 8.617,77Máq. e equipamentos 162.000,00 89.100,00 16.200,00 5.346,00Vacas 335.000,00 233.160,00 131.320,00 13.989,60Novilhas 73.500,00 73.500,00 73.500,00 4.410,00Bezerras 28.500,00 28.500,00 28.500,00 1.710,00Animais de trabalho 2.000,00 1.000,00 0,00 60,00Terra 600.000,00 600.000,00 600.000,00 36.000,00Total 1.551.580,00 1.207.389,50 863.199,00 72.443,37Fonte: SIQUEIRA,2009.
No exemplo citado, o custo de oportunidade do total do capital imobilizado representouuma renda líquida de R$ 72.443,37.
4.5. Custo econômico
O custo econômico, ou custo total, é a soma do custo operacional com o custo de
oportunidade, conforme a TAB. 19.
TABELA 19 – Custo econômico da atividade leiteira
ITENS DE CUSTOS TOTAL (R$/ANO) COMPOSIÇÃO
Custo Operacional Total R$ 457.399,94 86,33%Custo de Oportunidade R$ 72.443,37 13,67%Custo Econômico R$ 529.843,31 100,00%
Fonte: SIQUEIRA,2009.
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4.6. Receita e custo de produção
A receita total do leite foi obtida através do volume anual vendido multiplicado pelo preçounitário do leite (kg) conforme apresentado na TAB. 20.
TABELA 20 – Produção e receita do leite
Fonte: SIQUEIRA,2009.
A renda bruta foi obtida pela soma da renda total do leite com a receita de vendas de
animais mais a variação do inventário animal (TAB. 21).
TABELA 21 – Renda BrutaEspecificação R$/Ano
Valor da produção de leite R$ 433.134,00Venda de animais R$ 23.000,00Variação do inventário animal R$ 37.000,00Outras rendas R$ 6.000,00Total R$ 499.134,00Fonte: SIQUEIRA,2009.
MêsProdução emlitros de leite
Litros de leite Valorunitário
(R$)Receita mensal
vaca/mês vaca/diaJaneiro 51.400 414,52 13,82 0,60 R$ 30.840,00Fevereiro 50.800 423,33 14,11 0,58 R$ 29.464,00Março 51.600 422,95 14,10 0,60 R$ 30.960,00Abril 56.000 470,59 15,69 0,62 R$ 34.720,00Maio 56.700 472,50 15,75 0,64 R$ 36.288,00Junho 57.900 466,94 15,56 0,68 R$ 39.372,00Julho 57.600 457,14 15,24 0,70 R$ 40.320,00Agosto 61.000 476,56 15,89 0,70 R$ 42.700,00Setembro 60.600 466,15 15,54 0,70 R$ 42.420,00Outubro 58.600 488,33 16,28 0,67 R$ 39.262,00Novembro 57.300 469,67 15,66 0,62 R$ 35.526,00Dezembro 53.900 445,45 14,85 0,58 R$ 31.262,00
Total 673.400 5474,14 15,21 0,64 R$ 433.134,00
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4.7. Resultados econômicos (lucro x prejuízo)
Na TAB. 22 foi descrito o resultado econômico da propriedade avaliada.
TABELA 22 – Receita e custos de produção (receitas e despesas)ESPECIFICAÇÕES R$/ANO1 - RENDA BRUTAValor da produção de leite R$ 433.134,00Venda de animais R$ 23.000,00Variação do inventário animal R$ 37.000,00Outras rendas R$ 6.000,00Receita total R$ 499.134,002 - CUSTOS OPERACIONAIS DE PRODUÇÃO
2.1 - CUSTOS FIXOSDepreciação da pastagem R$ 3.850,00Deprecição das benfeitorias e edificações R$ 8.663,37Depreciação das máquinas e equipamentos R$ 14.580,00Depreciação das vacas R$ 33.308,57Depreciação dos animais de trabalho R$ 200,00Energia elétrica R$ 6.430,00Combustível R$ 5.299,00Impostos e taxas R$ 1.456,00Telefone R$ 984,00Cozinha e alimentação R$ 4.652,00Outros gastos R$ 1.293,00Custos fixos totais R$ 80.715,942.2. CUSTOS VARIÁVEISMão de obra contratada para o manejo do rebanho R$ 42.000,00Silagem R$ 81.900,00Concnetrado R$ 208.675,00Minerais R$ 7.600,00Medicamentos R$ 16.000,00Hormônios R$ 2.400,00Material de ordenha R$ 6.480,00
Reparos de benfeitorias R$ 1.400,00Reparos de máquinas R$ 2.354,00Inseminação artificial R$ 5.700,00Outros gastos R$ 2.175,00Custos variáveis totais R$ 376.684,003. CUSTO OPERACIONAL TOTAL (2.1 + 2.2) R$ 457.399,944. CUSTO DE OPORTUNIDADE R$ 72.443,375. CUSTO TOTAL OU ECONÔMICO (3 + 4) R$ 529.843,316. RESULTADOS6.1. RESULTADO CAIXA (receita - despesas variáveis) R$ 122.450,006.2. LUCRO OPERACIONAL (receitas - custos
operacionais) R$ 41.734,066.3. LUCRO ECONÔMICO (receita - custos totais) - R$ 30.709,31Fonte: SIQUEIRA,2009.
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Quando a receita cobre os custos variáveis totais e fixos totais, temos um lucro
operacional positivo (TAB.22). É fundamental, para uma atividade permanecer no mercado,
que a receita seja igual ou superior ao custo operacional (RESENDE, 2006).
A atividade avaliada obteve lucro operacional positivo, indicando que a receita foi
suficiente para cobrir os custos variáveis totais, custos fixos totais e depreciações.
O lucro operacional é o valor que sobra da receita bruta descontando os custos
operacionais. A tendência de uma empresa que opera com lucro operacional é permanecer na
atividade. Segundo Nogueira (2007) O lucro operacional, embora gere rendimentos, ainda é
considerado prejuízo econômico.
Quando as receitas cobrem o custo econômico (custo fixo + custo variável + custo de
oportunidade), significa está operando com lucro econômico (lucro supernormal). Foi
observado, na atividade avaliada, um prejuízo econômico, pois a receita não foi capaz de
cobrir o custo econômico, ou seja, há melhores opções de investimento.
4.8. Lucratividade
Para o cálculo da lucratividade foi utilizado o lucro econômico conforme a metodologia
apontada por Nogueira (2007) de acordo com a fórmula que segue:
Lucratividade (%) = (Lucro operacional/Receita Total) X 100
Lucratividade da atividade = (41.734,06/ 499.134,00) X 100
Lucratividade da atividade = 8,36
Essa lucratividade de 8,36% significa que para cada R$ 100,00 investidos no ano
analisado houve um ganho de R$ 8,36. Esse indicador permite comparar se o sistema de
produção de leite analisado foi lucrativo ou não e ao mesmo tempo tomar decisões que
possam melhorar a viabilidade econômica. Neste estudo de caso o sistema de produção foi
lucrativo.
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4.9. Rentabilidade
A rentabilidade (lucro operacional sobre o capital investido) no exemplo estudado foipositiva de 3,46% para o ano avaliado, ao comparar com outras alternativas de emprego do
capital como por exemplo a caderneta de poupança, que no exemplo citado foi de 6%,
percebemos que, caso fosse aplicado na poupança o capital investido de R$ 1.207.389,50 a
renda anual seria de R$ 72.443,37. Neste caso a aplicação na caderneta de poupança teria sido
melhor negócio para o produtor.
4.10. Tempo de retorno do investimento (“Pay Back”)
O Pay Back no exemplo citado é de 9,86 anos (considerando o valor da terra), isto
significa que, neste caso, o tempo necessário para recuperar o capital investido foi de 9,86
anos. Segue o cálculo do “Pay Back”:
“Pay Back” = Valor do capital médio / Resultado caixa = R$ 1.207.389,50 / R$ 122.450,00
“Pay Back” do exemplo citado = 9,86 anos
4.11. Taxa interna de retorno (TIR)
A taxa interna de retorno (TIR) está relacionada com o “Pay Back” da atividade,
indicando a taxa de pagamento anual expressa em porcentagem que a atividade gera em
relação ao investimento.
Para encontrar a TIR é necessário dividir o capital investido pelo “Pay Back” e em
seguida dividir o resultado pelo capital investido com o intuito de achar (em valor absoluto) a
TIR. Neste caso foi encontrada uma TIR de 10,14% ao ano, ou seja, do total imobilizado na
atividade a taxa de pagamento anual foi de 10,14%.
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4.12. Relação benefício/custo na atividade leiteira
Resende (2007) indicou o retorno do investimento líquido com relação ao resultado caixada atividade conforme a TAB. 23.
TABELA 23 – Relação benefício/custo da atividadeITENS R$
Resultado caixa R$ 102.4336,00Custo Econômico R$ 529.843,31Relação Benfício/Custo 0,19
Para cada R$ 100,00 gasto com custo total de produção no exemplo citado, obteve-se
retorno anual de R$ 19,00.
4.13. Custo total médio
De acordo com Almeida e Aguiar (2008) o custo total médio é o custo unitário de uma
unidade produzida. Este custo é obtido pela relação entre o custo total e a quantidade
produzida, sendo uma ferramenta importante para comparar o preço da unidade do produto
pago ao produtor (TAB. 24).
TABELA 24 – Custo total médioCusto Total (Custo econômico) R$ 529.843,31Quantidade produzida no ano R$ 673.400,00Custo total Médio R$ 0,79Fonte: SIQUEIRA,2009.
4.14. Rateio dos custos com base nas receitas
De acordo com Gomes (1999), o correto cálculo do custo de produção do leite é através do
rateio de custos com base nas receitas conforme descrito no capítulo7.
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Segue, na TAB. 25, a discriminação da renda bruta na atividade leiteira exemplificada com
a composição, em percentual, de cada receita.
TABELA 25 – Renda bruta da atividade leiteiraRenda Bruta da Atividade Leiteira (R$) Composição
Valor da produção de leite R$ 433.134,00 86,78%Venda de animais R$ 23.000,00 4,61%Variação do inventário animal R$ 37.000,00 7,41%Outras rendas R$ 6.000,00 1,20%Receita total R$ 499.134,00 100,00%
Fonte: SIQUEIRA,2009.
A renda bruta anual da atividade foi de R$ 499.134,00 ao ano e a produção total em litrosfoi de 673.400 litros/ano, neste caso a renda bruta anual (em litros) da atividade leiteira foi R$
0,74 (499.134 / 673.400).
O custo anual da atividade leiteira foi de R$ 457.399,94, neste caso o custo da atividade
leiteira (em litros) foi R$ 0,68 (457399,94 / 673.400).
O custo do litro de leite foi R$ 0,59 (0,68 x 86,78%), concordando com a metodologia
aplicada por Gomes (1999); Aguiar e Almeida (2002) e Aguiar e Resende (2007), pois o
preço do leite foi comparável com o custo do leite e não com o custo da atividade. Neste caso
o preço do leite foi de R$ 0,64 (TAB. 18) e seu custo de produção de R$ 0,59. Se
compararmos o preço do leite com o custo da atividade leiteira observa-se prejuízo e ao
compararmos com o custo do leite percebe-se lucro.
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5. CONCLUSÃO
Considerando os resultados obtidos neste estudo, pode-se concluir que as despesas que
mais oneram no sistema foram os custos variáveis. Dentre os custos variáveis o item que mais
ofereceu dispêndio financeiro foi com alimentação e na seqüência a mão-de-obra.
Na propriedade avaliada as receitas cobriram os custos operacionais, porém não foram
capazes de cobrir os custos econômicos, concluindo que ocorreu lucro normal ou lucro
operacional, tendendo, a empresa avaliada, em permanecer na atividade. Esta situação não é
possível cobrir os custos totais, significando que a atividade não rende o que o recurso poderia
estar rendendo em outras oportunidades de investimento, gerando assim prejuízo econômico.
A rentabilidade foi positiva de 3,46%, porém baixa quando comparada a outras
alternativas de investimento, neste caso a aplicação na caderneta de poupança teria sido
melhor negócio para o produtor considerando uma taxa de juros de 6% ao ano.
A realização da análise econômica da atividade leiteira é muito importante, pois, com ela,
o produtor consegue conhecer e utilizar, de forma eficiente e mais econômica, todos os fatores
de produção, com isso é mais fácil encontrar os pontos de estrangulamento, auxiliando no
sucesso da atividade em questão.
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