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Universidade Federal de Ouro Preto
Escola de Minas
Departamento Engenharia de Produção, Administração e Economia
Especialização em Processos Minero Metalúrgicos
Monografia de Final de Curso
Prática da Educação Ambiental aos visitantes do Núcleo Urbano de Carajás – PA,
e a importância na aplicação da Política Nacional de Educação Ambiental através
do Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA
Thiago Roberto Feitosa Zampiva
Orientador: Prof. M. Sc.; Dr. Danton Heleno Gameiro
Ouro Preto – 2009
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Agradecimentos
Fizeram-se valer de agradecimentos, o Espírito de luz que por várias vezes
me ilumina para trilhar pela companhia da justiça, me ajudando a amar o que faço.
Agradeço a minha mãe, Domingas de Salete, pois sua perseverança sempre que
continuamente me ergueu. À minha avó que paralelamente a essa serve de alicerce ao
auxílio mútuo. Insiro nos agradecimentos, indivíduos que surgem nas caminhadas de
nossas vidas e que se tornam um dos co-responsáveis no positivismo, voto, fé e
principalmente num estonteante companheirismo, se tornando um de nossos pilares. E
por todos os pesares e infortúnios, foram e serão seres marcantes e irradiantes por fazer
valer nossa energia para que nos encontremos. Sr. Emanuel Nogueira de Souza.
Agradeço aos amigos inseparáveis e inesquecíveis, aos que me aceitaram e
aos que me receberam, aos amigos de próprio curso: Tatiana, Angélica, Marizete, Isaac,
Rita, Anirrose, Adenílson, Jorge, Eduardo Veloso, Thaís e Alessandro. Indivíduos mais
do que inesquecíveis.
Agradeço ao ensino oferecido, a proposta dada, ao tempo, a oportunidade
concedida, a força de trabalho, a inteligência, as ideias, e principalmente aqueles que
conseguem formar e mudar os pensamentos cartesianos e limitados dos indivíduos que
pouco consegue perceber que são responsáveis pelas mudanças no meio. E ao esforço
que só aqueles que se fazem presentes podem sentir e poucos conseguem explicar. E
que tenho certeza que fariam novamente pelo humanismo e auxílio mútuo ao próximo.
Agradeço a Universidade Federal de Ouro Preto pelos exemplares educadores que a
representa e as instituições responsáveis pelo investimento e compromisso social.
Enfim... Agradeço e dedico este trabalho àqueles que sempre votaram contra
a exclusão, omissão, negligência, ignorância, a discriminação. Agradeço aos que dão da
percepção o respeito de que muitos são vitimados por tais atitudes nefastas de pessoas
inescrupulosas e resistentes, e percebem que felizmente o mundo não está em prol
destas ações. Agradeço a natureza que sempre faz valer a semelhança entre todos nós e
aos acontecimentos, que por resistência são imperceptíveis, para que se entenda que
todos os nossos atos convergem a nós mesmo. Agradeço ao destino que atua em mostrar
que algumas coisas não são escolhas, e sim fatos e que cabe a cada ser viver a
diversidade para o crescimento como humano. Agradeço o meu Eu à educação dada
por todos que a aceitam e a fazem valer em prol da sociedade e do meio ambiente e que
sentem ela, como sendo o único meio para as melhorias das relações humanas.
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Índice de Siglas
EA – Educação Ambiental
MEC – Ministério da Educação
MMA – Ministério do Meio Ambiente
ONU – Organização das Nações Unidas (UNO – United Nation Organization)
PA – Pará (Estado do Pará – Brasil)
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais
PEAM – Programa Estadual de Educação Ambiental do Estado do Pará
PNEA – Política Nacional de Meio Ambiente
ProNEA – Programa Nacional de Educação Ambiente
3R‟s – Redução, Reutilização e Reciclagem
4
Índice
1. Introdução..................................................................................................................10
2. Objetivos.....................................................................................................................12
2.1. Objetivos Gerais.......................................................................................................12
2.2.Objetivos Específicos ............................................................. ..................................12
3.Justificativas................................................................................................................13
4. Revisão de Literatura................................................................................................15
4.1. O meio ambiente e a educação ................................................................................ 15
4.2. A crise ecológica atual ............................................................................................. 17
4.3. A Educação...............................................................................................................18
4.3.1.A Necessidade da Educação...................................................................................18
4.4. Educação Ambiental.................................................................................................19
4.4.1. Breve Histórico......................................................................................................19
4.5. Educação Ambiental como Entendimento Educacional...........................................20
4.6. Políticas e Diretrizes.................................................................................................22
4.7. Finalidades da Educação Ambiental.........................................................................24
4.8. Conteúdos para a Educação Ambiental....................................................................25
5. Metodologia................................................................................................................27
5.1.Materiais e Métodos..................................................................................................27
5.2. Projetos.....................................................................................................................28
5.3.Pratica da Educação Ambiental aos Visitantes do Núcleo Urbano de Carajás –
PA....................................................................................................................................30
5.3.1. A Prática ............................................................................................................... 33
5.3.2. As Metas ............................................................................................................... 33
5.3.3. O Público Alvo ..................................................................................................... 34
5.4. As Atividades...........................................................................................................35
5.5. A Formação dos Educadores ................................................................................... 36
5.6. O Plano de Ação .................................................................................................... 388
5.8. A Avaliação..............................................................................................................38
6. Considerações Finais.................................................................................................40
7. Referências Bibliográficas ....................................................................................... 42
gutiérrez, f. Ecopedagogia e cidadania planetária. São paulo: cortez, 2002. ............... 42
machado, nilson. Cidadania e educação. São paulo: escrituras editora, 1997............... 42
5
Título
O presente trabalho tem por finalidade a apresentação de uma proposta de
implementação da Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA aos visitantes do
Núcleo Urbano de Carajás – PA, e importância desta Política na implementação do
Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA, por se fazer de um Tratado de
Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global
tratando das ideias e propostas pedagógicas educativas e convergindo ao entendimento
para o meio ambiente.
A proposta em Educação Ambiental vem a compartilhar a missão governamental
e suas políticas públicas, em Educação Não Formal, compartilhando a missão de
aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente e outros que
tenham interface com a educação ambiental, por intermédio dos quais a PNEA deve ser
executada, com o auxílio das entidades de cunho privado e corporativo, para alcançar os
mais variados públicos na conscientização para com o meio ambiente.
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Resumo
A partir do entendimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente
– PNEA, e a necessidade de multiplicação das ideias da mesma, vai ser surgindo as
propostas educativas de implementação dessa Política nos diversos âmbitos sociais. A
PNEA dita que cabe às instituições privadas a inserção do indivíduo ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, e que é necessário uma melhoria na qualidade do meio de
trabalho desse indivíduo para a própria boa relação produtiva desse trabalhador com o
convívio social. Tratando assim da Educação Não Formal, são procuradas ações e
práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões
ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
E em que as entidades privadas buscam o controle efetivo do trabalhador e sua
respectiva produtividade sobre o meio ambiente, e como tal, é a percepção da sociedade
diante das atividades produtivas realizadas.
A proposta de implementação da PNEA aos visitantes do Núcleo Urbano de
Carajás – PA é mostrar a tais visitantes que independentemente das atividades
ambientalmente impactes há outras ações compensatórias e principalmente educativas
do sentido de acionar o senso critico de todos da necessidade de inserção coletiva ao
meio ambiente, deixando claro que todos são beneficiados direta e indiretamente do
produto, mas que há possibilidades de sustentabilidade ambiental, indo desde um
ambiente de trabalho favorável até a boa relação do individuo no meio ativando a
percepção do que se pode e que não se pode impactar.
A proposta de Educação Ambiental aos visitantes visa a prática educativa
postada para o presente e o futuro para a compreensão da problemática ambiental e a
importância da aquisição de novos comportamentos, atitudes e ações da relação do ser
humano no meio e são palestradas pelos professores/instrutores nas diversas atividade
desenvolvidas dentro do Núcleo Urbano. As propostas ambientalmente educativas são
uma das mais variadas formas de compensação ambiental, em que propõe a inserção de
todos focalizando o entendimento das ações da sociedade no meio nas maneiras
possíveis de sustentabilidade e harmonia ambiental..
Os resultados mostrarão que a Educação Ambiental faz-se necessária de forma
contínua e organizada e resultará em um aumento progressivo do entendimento e
sensibilização da necessidade de produção para sustentação das atividades mundiais e
7
dos usos da mesma, e paralelamente a melhoria da relação indivíduo X meio e das
múltiplas ações de sustentabilidade ambiental, em que busca a interação, o
envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições
ambientais e de qualidade de vida, pois isso se transforma uma garantia da qualidade
ambiental e no combate a visão fragmentada de que as atividades produtivas impostas
pelo modelo de civilização atual tornarão o bem estar da sociedade o caos para as
gerações posteriores, se e somente se, não haja uma mudança no modelo de
consumismo mundial. A Educação Ambiental vem a disseminar uma mudança de
pensamento e consequentemente uma mudança de comportamento, para assim ter a
sustentabilidade. Artifício este, sendo possível com as diretrizes participativas com a
criação de projetos educacionais para tornar o conhecimento amplo e não mais
cartesiano e pluralista.
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Abstract
From knowing of objectives of Environment National Politic – PNEA, and the
necessity of to multiply the same ideias, grow the proposition of education the creation
this Politic on the around social places. The PNEA say that the private institutions
involve the people on the equilibrated ecologically environment, and it is necessary
improve the quality of place work to good relationship of this worker to social life of
own. Analyzing this way of Non Formal Education, are being look for action and
education practices with destination to touch the collectivity about the environmental
questions to the organization and participation to protect the quality of environment. To
the corporation wants effective control of workers and his productive on the
environment, the way, the percussion the society in the face of productive activities
realized.
The proposal of introduction of PNEA to the visitors in the Urban of Carajás
Center – PA is to show the visitors the compensative action and activities, in spite of the
action environmentally causes impact, and educative mainly to insert everyone the critic
mind of collective necessity on the environment, showing that the people win, direct or
indirectly, of the product but there are possibilities of environment sustainable. Since a
good places work till a good relation above the environment and what can and what can
not cause environment impact.
The proposal of introduction of PNEA to the visitors in the Urban of Carajás
Center – PA aim to do the practice education posted in present to the future to
understand the environmental troubles and the importance of the do news habits and
action of the human relationship on the environment and, these are showing by teachers
or instructors at various works and activities created into the Urban Center. The
environmentally educative proposal is the more varieties to make the environmental
compensative proposing the inserting for everyone to understand the society action in
the possible ways of environmental harmony and sustainable.
The result will show that the Environmental Education do it necessary of it own
if continuous and organizated way and will result in increase of knowing and feeling
that is necessary to product to attend the world activities and the respective uses and,
parallel the turn best way the relation of Human X Environment and the multiples action
of sustainable, and looks for a interaction, the involving and the social participation in
the protect, the recuperation and the improvement of environmental conditions and the
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live quality, because will transform in guarantee of environmental quality and can
change the fragmented vision that the model of actual civilization will be the chaos to
futures generations, if and only if, non change the model of world consumes. The
Environmental Education comes to change the way to thinking of the people and later a
change the way of habits, and it will find the sustainable. Way possible with the
participative directresses to creation the education projects on the wide knowing and no
more cartesian and pluralist.
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1. INTRODUÇÃO
Predomina, na cultura brasileira, a idéia de que a função maior da educação
ambiental é despertar a consciência ecológica na sociedade, sensibilizando as crianças e
os jovens - as futuras gerações - para a compreensão da problemática ambiental e a
importância da aquisição de novos comportamentos e atitudes. Um trabalho cujo
produto estaria sempre postado no futuro. O adjetivo ambiental designa uma classe de
características que qualificam essa prática educativa, diante desta crise ambiental que
ora o mundo vivencia. Entre essas características, está o reconhecimento de que a
Educação tradicionalmente tem sido não sustentável, tal quais os demais sistemas
sociais, e que para permitir a transição societária rumo à sustentabilidade, precisa ser
reformulado.
Educação Ambiental, portanto é o nome que historicamente se convencionou dar às
práticas educativas relacionadas à questão ambiental. Assim, “Educação Ambiental”
designa uma qualidade especial que define uma classe de características que juntas,
permitem o reconhecimento de sua identidade, diante de uma Educação que antes não
era ambiental.
O fato é que designar diferentemente esse fazer educativo voltado à questão
ambiental, convencionalmente intitulado de “Educação Ambiental”, também estabelece
outras identidades, enunciadas no próprio nome, carregadas de significados, embora não
sejam completamente autoevidente. Dado a novidade do fenômeno, elas, por si só, tem
pouco a dizer. Seus sentidos só aparecem por inteiro na oportunidade do seu
reconhecimento proporcionado por uma apresentação formal.
E através dessa formalidade que, se impõe os atores sociais, com suas ações de
cunho moral e legal. Daí intitula as políticas, leis e diretrizes para servir de base as
definições do conceito e contexto de Educação Ambiental. Assim, o Governo Brasileiro,
criou e assegurou a definição deste ramo da educação, através da Lei nº 9.795, de 27 de
ABRIL de 1999, a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, em que dita em
seus primeiros artigos:
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso
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comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2o A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
Fazendo com todos tenham direito a Educação, incumbindo:
Art. 3o - V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas,
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e
ao controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do
processo produtivo no meio ambiente;
Através disso, viu-se a necessidade de se propor e implantar tal política a Núcleo
Urbano de Carajás – PA, as mais variadas personalidades que visitam as instalações
urbanísticas da cidade e aos moradores de modo geral, em auxilio do Programa
Nacional de Educação Ambiental – ProNEA.
Consequentemente e paralelamente a isso se apresentam propostas para a
aplicação da Política Nacional de Educação Ambiental, que ora são realizadas pelo
poder público em escolas públicas e repartições públicas e ora pelas empresas privadas
conforme suas necessidades aplicativas aos seus negócios corporativistas para atender
as delimitações da Política Nacional, onde tais necessidades incubem a realização de
atividades voltadas a mudanças de paradigmas e dogmas individuais para se
transformarem em conteúdos humanistas voltados a toda a sociedade seguindo a ideia
de educação.
12
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Os Objetivos Gerais propõem a implementação Política Nacional de Educação
Ambiental – PNEA, através do Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA,
interagindo entre o corpo de administração da cidade as relações do ser humano para
com os visitantes do Núcleo Urbano de Carajás entre o meio e o meio ambiente, as
ações sociais e o próprio entendimento e interesse das questões voltadas à conservação e
melhor utilização do ser humano com o meio ambiente, suas ações de compensação
ambiental, mostra de ações já voltadas à conservação, preservação, mitigação e
minimização ambiental.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Objetivos Específicos
Monitorar e instruir os visitantes do Núcleo
Urbano de Carajás-PA, quanto às questões ambientais, interagir os visitantes
para com o meio ambiente e as relações do ser humano com o meio natural e
também a participação do corpo funcional e administrativo da cidade para com
os visitantes.
Criar projetos ativos/participativos de interação
educacional para os moradores do Núcleo Urbano de Carajás, agregando assim,
a consciência ambiental para com os visitantes, fazendo com que esses auxiliem
no processo de educação ambiental proposto ao Núcleo Urbano de Carajás-PA
implementando as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental
13
3. JUSTIFICATIVAS
A Política Nacional de Educação Ambiental tem por finalidade, descrita em seu
Art. 1º, o “entendimento da educação ambiental para os processos dos quais os
indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente, sendo este um bem
de uso comum do povo, e essencial a sadia qualidade de vida e a sua sustentabilidade”.
E em detrimento a esse artigo, subtende-se corresponder a uma necessidade, aplicada a
um núcleo urbano social salientando a interatividade com os indivíduos visitantes a com
tal núcleo urbano. Entre as ações da PNEA está em assegurar, no âmbito educativo, a
interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade
ambiental – ecológica, social, ética, cultural, econômica, espacial e política – ao
desenvolvimento das relações e quebra de preconceitos derivados da visão de
degradação das atividades diretamente relacionadas à criação do Núcleo Urbano de
Carajás, buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e
melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida, além de se mostrar como um
das disposições da Educação Não Formal. Sendo esta, caracterizada umas das ações e
práticas educativas voltadas a sensibilização da coletividade sobre as questões
ambientais.
Nesse sentido, a proposta de Educação Ambiental aplicada aos visitantes de
Carajás e também a população em geral, assume tais seguintes diretrizes;
• Transversalidade e Interdisciplinaridade;
• Descentralização Espacial e Institucional;
• Sustentabilidade Socioambiental;
• Democracia e Participação Social;
• Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Ambiente e outros
que tenham interface com a educação ambiental; além de andar na mesma mão da
proposta educativa instituída pela própria política e a pedagogia de ensino-
aprendizagem.
A explicativa das propostas educativas se faz necessárias para difusão dos
conhecimentos adquiridos pelos indivíduos que os detém, para a disseminação de idéias
e a formação de opiniões e também para a mudança de preconceitos, oriundos de
informações adversas a determinados conteúdos, principalmente pelo entendimento do
14
papel do ser humano no meio e a dinâmica deste no ecossistema, partindo do princípio
da ligação que a ação individual repercute em todo o coletivo. Assim, cada proposta
tem por finalidade a multiplicação da cadeia do conhecimento a todos os indivíduos, e
sendo este defendido pelo Art. 5°, ll, “a garantia da democratização das informações
ambientais”.
Então, somente através da implantação da Política Nacional de Educação
Ambiental - PNEA, com o auxílio do Programa Nacional de Educação Ambiental –
ProNEA que todos esses direitos individuais e coletivos podem ser aplicados.
E na partida desse o ProNEA surge como ferramenta auxiliadora para propor um
constante exercício de transversalidade para internalizar, por meio de espaços de
interlocução bilateral e múltipla, a educação ambiental no conjunto do governo, nas
entidades privadas e no terceiro setor; enfim, na sociedade como um todo. Estimula o
diálogo interdisciplinar entre as políticas setoriais e a participação qualificada nas
decisões sobre investimentos, monitoramento e avaliação do impacto de tais políticas. E
a internacionalização da PNEA através do ProNEA, advém da necessidade da
interatividade dentre as ações de compensação de impactos ambientais oriundos dos
processos de exploração mineral, para o Núcleo Urbano de Carajás, aos visitantes da
cidade.
15
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1. O MEIO AMBIENTE E A EDUCAÇÃO
A questão ambiental está cada vez mais presente no cotidiano da sociedade
contemporânea, e principalmente no desafio da preservação da qualidade de vida da
população das cidades.
Com efeito, diante da constatação da necessidade de edificação dos pilares das
sociedades sustentáveis, os sistemas sociais atualizam-se para incorporar a dimensão
ambiental em suas respectivas especificidades, fornecendo os meios adequados para
efetuar a transição societária em direção à sustentabilidade. Assim, o sistema jurídico
cria um “direito ambiental”, o sistema científico desenvolve uma “ciência complexa”, o
sistema tecnológico cria uma “tecnologia eco eficiente”, o sistema econômico
potencializa uma “economia ecológica”, o sistema político oferece uma “política verde”
e o sistema educativo fornece uma “educação ambiental”, ProNEA (2005).
Nesse contexto, o processo educativo pode conduzir à formação de atores sociais
que conduzirão uma transição em direção à sustentabilidade socioambiental. A
Educação Ambiental desponta como responsabilidade de reencantamento, abrindo
possibilidades de novos conhecimentos, metodologias e habilidades numa perspectiva
interdisciplinar. Assim representa um instrumento essencial para a transformação do
padrão existente de degradação socioambiental.
E nessa responsabilidade, a relação entre meio ambiente e educação para a
cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de
novos saberes para aprender processos sociais que se exemplificam e riscos ambientais
que se intensificam.
As políticas ambientais e os programas educativos relacionados à
conscientização sobre a crise ambiental demandam crescentemente novos enfoques
integradores de uma realidade contraditória e geradora de desigualdades que
transcendem a mera aplicação de conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis.
Isso implica em estimular um processo de reflexão e tomada de consciência dos
processos socioambientais emergentes que priorizam a participação social nos processos
de tomada de decisões visando à prevenção e a busca de soluções de problemas
ambientais.
O desafio que se coloca é de formular uma educação ambiental que seja crítica e
formadora em dois níveis – formal e não-formal – devendo ser acima de tudo um ato
16
político voltado à transformação social. Seu enfoque deve buscar uma perspectiva de
ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo tomando como referencia
o esgotamento dos recursos naturais conscientizando-se de que o principal responsável
pela sua degradação é o homem.
A educação ambiental deve buscar, acima de tudo, a solidariedade, a igualdade e
o respeito à diferença como formas democráticas de atuação baseadas em práticas
interativas e dialógicas. Isso se consubstancia na atitude de criar novas atitudes e
comportamentos através da mudança de pensamento ante o consumo da nova sociedade
e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos. (JACOBI, 1996).
E tal fato, como tantas outras questões, é que a questão ambiental diferencia e
traça sua força justamente pelo poder de ampliar e aprofundar questionamentos em
vários segmentos: na ciência, na política, economia, no direito, na educação e até na
esfera pessoal. Os dilemas socioambientais reviraram um baú de verdades absolutas e
fizeram surgir novos nexos explicativos das relações humanas e também da relação
natureza e cultura (Segura, 2001).
Assim, entende-se que os atores educacionais procuram construir uma nova
sociedade que articulem ações no campo político e cultural em torno do princípio de
sustentabilidade, ampliando os laços de sociabilidade e democratizando a vida pública
através de uma nova vertente da educação.
Segundo Sorrentino (1997), a novidade da questão ambiental à educação, faz-se
refletir sobre suas especificidades, no sentido que busca a interação dos diferentes
saberes, por meio de várias portas para a apreensão dos significados e conhecimentos.
Além de lidar com o conhecimento, matéria-prima da educação, a questão
ambiental motiva a postura participativa, a cidadania. Dessa forma, a Educação
Ambiental, vem somar esforços, ao lado de instrumento como o licenciamento e
planejamento ambiental, tecnologias de conservação, estudos e relatórios de impacto
ambiental, legislação, etc., para construção de uma nova sociedade orientada pela ética
baseada na solidariedade planetária, na sustentabilidade socioambiental e no direito de
todos a um ambiente saudável.
17
E tudo é o desafio de implementar todos os paradigmas a uma sociedade, que
tem como pensamento os desejos do seres humanos sendo ilimitados que seus objetivos
necessitam ser alcançados, fazendo do meio a utilização para seus respectivos fins.
Dessa forma a Educação Ambiental, vem em contrapartida. Atuando sobre o
pensamento crítico do indivíduo para o que este realmente tem carência. A
sustentabilidade e a conveniência são atuações inerentes.
4.2. A CRISE ECOLÓGICA ATUAL
A maior parte dos problemas atuais é decorrente do modelo de desenvolvimento,
economia e sociedade e segundo Soffiati (1987), não podem ser encaradas como mais
uma crise que passa a humanidade, mas como uma situação limite para a sobrevivência
sadia do planeta e está enraizada e esboçada nos fundamentos da relação natureza-
cultura, há muitos séculos quando os seres humanos se viam e agiam como superiores.
O pensamento moderno, por sua vez, alicerçou o modelo técnico industrial, no
qual aparece à separação ser humano e natureza, sendo esta considerada fonte
inesgotável de recurso para sustentar a riqueza de uma sociedade em que o ator
principal acredita que seus desejos e necessidades são inesgotáveis.
A revolução industrial foi o marco central no processo de agravamento
ambiental e representa a hegemonia humana na natureza e reduzida à natureza humana,
pelo desenvolvimento.
O mito de desenvolvimento fortaleceu o sucesso irrestrito da capacidade humana
de produzir e ocultou as barbáries utilizadas para atingi-lo. Ao mesmo tempo em que
dominava a natureza, os seres humanos dominavam outros seres humanos, os quais
foram transformando-se em coisas, e educando os outros a mesma semelhança. Essas
desigualdades determinam o perfil excludente e destruidor da sociedade moderna. E
toda essa teia criada por anos e anos foi e ainda é transmitida pela transferência de
informações e conhecimentos uns aos outros, uns pelos outro, dando frutos à educação.
Isso faz com que tal pensamento seja representado pela forma e meio de educação em
que a sociedade se representa.
Segundo Mazzotti (1997) a crise ambiental é vista como um desequilíbrio
produzido pelo estilo de vida da sociedade moderna, e as razões para o desequilíbrio
seria de duas ordens gerais: o tipo de desenvolvimento econômico e o tipo de
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racionalidade envolvida – cartesiana particularista. Dessa maneira seria necessário um
novo estilo de vida e racionalidade, que seria holística e implicaria em uma nova ética
de respeito à diversidade biológica e cultural que estaria na base de uma sociedade
sustentável, através de novas ações educacionais para a formação de um novo indivíduo.
Esse panorama complexo mostra que não é suficiente apenas mudanças na
estrutura econômica e política, mas também nos fundamentos socioculturais que
sustentam essas relações dominantes.
O desnível econômico entre grupos sociais e entre os países, tanto em grupos de
riqueza como de poder, criam vetores importantes de pressão sobre políticas ambientais
em cada parte do mundo. O poderio dos grandes empreendimentos transnacionais torna-
os capazes de influir fortemente nas decisões ambientais que os governos e
comunidades deveriam tomar, especialmente quando envolvem os usos dos recursos
naturais, acarretando também, a interdependência mundial, que também ocorre sobre o
ponto de vista ecológico. O que se faz em um local, um país, pode afetar amplas regiões
ultrapassando várias fronteiras. (PCN, 2001). Entendendo isso, percebe-se que a ação
individual repercute em todo o coletivo, o meio ambiental atual é fruto do indivíduo em
que nele vive.
4.3. - A EDUCAÇÃO
4.3.1. - A NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO
A palavra “educação” sugere que se trata de uma troca de saberes, de uma
relação do indivíduo com o mundo que o cerca e com os outros indivíduos. E tudo isso
só é permitido através do conhecimento.
E conhecimento é essencial tanto para embasar uma leitura crítica da realidade,
quanto para buscar instrumentos para solucionar problemas ambientais concretos. E
primeiro passo, nas discussões pedagógicas é a inserção do diálogo. Este, então, coloca-
se como estratégia para manter e respeitar as diferenças e, assim, alimentar a interação
do mundo num processo aberto, que estimule a criatividade e não se preocupe em
cristalizar certeza.
Segundo SENE (1998), o trabalho educativo, apenas calçado no conhecimento
científico apresenta limitações na compreensão do ambiente.
19
Najmanovich (1995) destaca que ao trabalhar com a noção de sujeito complexo,
reúnem-se a objetividade e a subjetividade; e destaca a subjetividade como um campo
onde se desenvolve a liberdade, a ética e a criatividade. E ainda, SENE (1998), destaca
que o conhecimento estético tem que ser afirmando como um novo enfoque que pode
ampliar as fronteiras do conhecimento ambiental.
Assim, com essa linguagem, pretende-se entender que o conhecimento é
essencial à melhoria na educação de um grupo de indivíduos e que através disso, rompe
as fronteiras ao conhecimento ambiental. Nisso, não fica somente inclusa a
cientificidade ao meio, porém a socialização de todos os conhecimentos humanos à
compreensão da educação. Ao passo disso, o entendimento do meio ambiente, coloca-se
a todos, na mesma linha da educação, sendo necessária para a melhoria da relação
humano e meio ambiente.
4.4. - A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
4.4.1. – BREVE HISTÓRICO
Em 1968, foi realizada na cidade de Roma uma reunião de cientistas dos países
desenvolvidos para se discutir o consumo e as reversas naturais não renováveis e o
crescimento da população mundial até meados do século XXI. As conclusões desse
encontro, conhecido como “Clube de Roma” deixaram clara a necessidade de controle
do crescimento da população mundial e urgente busca de mecanismos para a
conservação dos recursos naturais e o crescente consumo de produtos para suprir tais
necessidades humanas.
Seus participantes observaram que o homem deve examinar a si próprio, seus
objetivos e valores. E um dos méritos dos debates, foi colocar os problemas ambientais
a níveis planetários. Como conseqüência disso, a ONU (United Nation Organization),
realizou em 1972, em Estocolmo – Suécia, a primeira Conferência Mundial do Meio
Ambiente Humano. E uma das resoluções da conferência foi a de que se deve educar o
cidadão para a solução dos problemas ambientais. Então, segundo ONU (1972), surge o
que se convencionou a chamar Educação Ambiental.
20
E segundo a “Carta de Belgrado”, na então Iugoslávia, em 1975, uma reunião de
especialistas nas áreas de educação, biologia, geografia e história, entre outros definiram
objetivos da educação ambiental, publicados nesta carta convencionada.
Deve-se mencionar que a educação ambiental surge no Brasil muito antes da sua
institucionalização no governo federal. Além de artigos de brasileiros ilustres e de uma
primeira legislação conservacionista já no século XIX e início do século XX, temos a
existência de um persistente movimento conservacionista e, no início dos anos 70, do
século XX, ocorre à emergência de um ambientalismo que se une às lutas pelas
liberdades democráticas, que se manifesta através da ação isolada de professores,
estudantes e escolas, por meio de pequenas ações de organizações da sociedade civil ou
mesmo de prefeituras municipais e governos estaduais com atividades educacionais
relacionadas às ações voltadas à recuperação, conservação e melhoria do meio
ambiente. (ProNEA, 2005).
4.5. -A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ENTENDIMENTO EDUCACIONAL
A complexidade das interfaces entre as diversas problemáticas enseja em se
utilizar a contribuição das variáveis do conhecimento, superando a fragmentação dos
diferentes campos disciplinares. Implica, também, em considerar que a construção do
conhecimento leve em conta as contribuições advinhas do saber popular, tendo em vista
o contexto cultural em que são produzidos, para construir a base comum da
compreensão, explicação e superação do problema tratado, provado pela especialização
do trabalho científico.
Fundamento a concepção holística, apela à superação do racionalismo cartesiano
e visam trabalhar as relações complexas entre o humano-ambiente, com os elementos de
uma totalidade visando uma formação de um sujeito integral, desafios que se coloca
para a educação ambiental enquanto prática dialógica, instrumento que visa aproximar
Ser humano-Meio Ambiente a partir de um novo paradigma conceitual, metodológico e
ético.
Assim, segundo Reigota (1994), a educação Ambiental deve ser entendida como
educação no sentido de que ela reivindica e prepara os cidadãos para exigir justiça
social, cidadania nacional planetária, autogestão e ética nas relações sociais e com a
natureza.
21
MMA (2004) dita que a Educação Ambiental é o nome que historicamente se
convencionou dar às práticas educativas relacionadas à questão ambiental. Assim,
“Educação Ambiental” designa uma qualidade especial que define uma classe de
características que juntas, permitem o reconhecimento de sua identidade, diante de uma
Educação que antes não era ambiental.
Em adição a isso, LOUREIRO (2004) diz de uma simplificação recorrente entre
aqueles que não atuam diretamente ou não se identificam como educadores ambientais,
que está em pensar a educação ambiental enquanto processo linear de desenvolvimento
na história, um desdobramento direto de modalidades educacionais focadas na
conservação da natureza, já existentes nos anos de 1950, para uma educação que pensa
o ambiente em sua integralidade.
E assim sendo, pode-se entender que a Educação Ambiental fortaleceu-se no
contexto de multiplicação de problemas ecológicos, tendo como missão conscientizar a
população sobre os problemas da poluição e forma de preveni-los, mudando, assim, o
curso histórico de degradação socioambiental provocada pela ação humana. Os
problemas ambientais foram criados por homens e mulheres e deles virão às soluções.
Estas, não serão obras e gênios, de políticos os de tecnocratas, mas de cidadãos e
cidadãs.
E nisso tudo, entra a funcionalidade da escola, que corresponde ao melhor
ambiente para implementar a consciência de que o futuro da humanidade depende da
relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais
disponíveis. Para isso, é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola
se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, habilidades e
procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação. Comportamentos
“ambientalmente corretos” serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de
solidariedade, hábitos de higiene dos diversos ambientes. (MEC, 2000).
Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma
cultura que é predatória ao ambiente. Nesse caso, as reflexões que dão início à
implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que invertam esse
quadro, produzindo conseqüências benéficas, como a compreensão da importância
fundamental de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta e do meio em
que estão inseridas e, ainda, o desenvolvimento do respeito mútuo entre os membros de
nossa espécie. (CURRIE et al., 1998).
22
4.6. - DIRETRIZES E POLÍTICAS
PEAM (2000) assegura a preocupação sobre o futuro sustentável da Amazônia
que vem gradativamente ganhando esforços no cenário político, econômico e social em
nível nacional e internacional.
E ProNEA (2005), cujo caráter prioritário e permanente é o dever do
reconhecimento por todos os governos, de ter como eixo orientador a perspectiva da
sustentabilidade ambiental na construção de um país de todos e assume as seguintes
diretrizes:
• Transversalidade e Interdisciplinaridade;
• Descentralização Espacial e Institucional;
• Sustentabilidade Socioambiental;
• Democracia e Participação Social;
• Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Ensino, Meio Ambiente.
e outros que tenham interface com a educação ambiental.
A ampliação dessas preocupações origina-se na percepção da ampla crise
ambiental vivenciada que vêm se traduzindo numa série de problemas socioambientais
ocasionados pelas modalidades de intervenções adotadas pelas sociedades da natureza,
que destacam somente a obtenção de lucros imediatos sem considerar os impactos
sociais e naturais no meio em longo prazo.
Assim, a efetivação da Educação Ambiental, impõe, portanto, como um desafio
a ser enfrentado pelos governos estaduais e a sociedade de um modo em geral, um
desafio que aponte para um compromisso, com a melhoria das condições de existência
das presentes e futuras gerações, de acordo com a Constituição Brasileira de 1988 em
seu art. 225:
“Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem como o uso comum do povo à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade o dever de
defendê-lo às presentes a futuras gerações”.
Parágrafo 1° - Para assegurar efetivamente desse direito, incube
ao Poder Público:
(...)
23
“VI – Promover a Educação Ambiental em todos os níveis de
ensino e a conscientização pública para a preservação do meio
ambiente...”.
O governo instituiu através dos Planos Nacionais em Educação, e em
seguimento as necessidades e às exigências sociais, programas de Educação Ambiental
definindo faces às suas diretrizes básicas que norteiam quaisquer intervenções públicas
e privadas em relação às atividades que se desenvolvam, sendo tais constituem em plano
de fundo para a sua consecução.
A eficácia das ações se efetiva através da descentralização da Gestão Ambiental,
por outro lado, impõe efetivar ações educativas no sentido da descentralização da
política estadual e do aparato institucional, bem como consolidar mecanismos de
fortalecimento de participação social no controle do processo de exploração econômica
de recursos naturais e da melhoria da qualidade de vida das populações urbanas e rurais.
É dentro desse contexto que se inscreve a política norteada para
operacionalização das ações no âmbito da Educação Ambiental, através da à Lei n°
10.172 de 2001, que institui o Plano Nacional de Educação e trata a Educação
Ambiental de forma transversal, ou seja, como tema que deve ser desenvolvido a partir
de uma prática educativa integrada, contínua e permanente, conforme proposto pelos
Parâmetros e Diretrizes Curriculares Nacionais e enquanto componente essencial e
permanente na educação nacional, entendida como:
“Processos por meio dos quais o individuo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem como o uso comum do povo essencial à sadia qualidade de
vida e sua sustentabilidade. Lei N° 9.795/99 Art. 4°”.
Assim, como a própria legislação nos assegura através de suas diretrizes a criação que
considere a clarificação conceitual e metodológica, a construção de eixos didáticos, o
enunciado de estratégias pedagógicas para a própria melhoria da qualidade do ensino
nas instituições e a percepção nos indivíduos ao meio ambiente.
24
4.7.- FINALIDADES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Há várias finalidades para este novo ramo da educação, e têm-se como
indicativos, segundo Reigota (1994).
1. A Conscientização: Fazer com que os indivíduos tomem consciência do meio
ambiente global e local de problemas conexos e de se mostrarem sensíveis aos
mesmos;
2. O Conhecimento: Fazer com que os indivíduos compreendam essencialmente o
meio ambiente, os problemas que nele estão interligados, o papel e lugar da
responsabilidade crítica de ser humano;
3. O Comportamento: Fazer com que os indivíduos adquiram o sentido dos valores
sociais, um sentimento profundo de interesse pelo meio ambiente a vontade de
contribuir para a qualidade, que não só discuta o meio, mas também a mudança
de comportamentos individuais e sociais;
4. A Competência: Fazer com que os indivíduos adquiram o savoir-faire, isto é, o
reconhecimento as incapacidade de solucionar problemas, pois nem todos tem
capacidade técnica para isso. O primeiro passo é reconhecer a deficiência para
superá-la. O auxílio advém do meio técnico;
5. A Capacidade de Avaliação: Fazer com que o indivíduo avalie medidas e
programas relacionados ao meio ambiente em função de fatores de ordem
ecológica, política, econômica, social, estética e principalmente educativa. A
educação ambiental deve procurar as linguagens de tradução para a compreensão
de todos.
6. A Participação: Fazer com que os indivíduos percebam suas respectivas
responsabilidades e necessidades de ações imediatas para a solução da
problemática ambiental e a conveniência ao meio social.
SOMMER (1991) destaca que os estudos dos problemas ambientais provam de
maneira bastante clara que a falha não está na falta de informação ou no
desconhecimento dos problemas, mas da sensação de distância entre a ação individual e
coletiva.
A educação ambiental estaria voltada à formação do cidadão ativo, capaz de
julgar, escolher e tomar decisões. A verdadeira participação do indivíduo vem a se
25
iniciar dentro da própria escola pela interação do aluno com os outros, desvinculando
valores como desigualdade, privilégio, servilismo e resignação, aos quais se
fundamentam a educação elitista. Fundamento nos quais, uns mandam e outros
obedecem.
PEAM (2000) dita que como finalidade da educação ambiental, é promover a
formação de massa crítica dos sujeitos que possibilitem à sociedade a aquisição de
conhecimentos, valores e atitudes éticos que possibilitem o exercício da cidadania no
processo.
As finalidades de educação ambiental fazem jus à política em conjuntura de que
esta é feita e realizada pela educação e por todo o corpo social.
4.8. - CONTEÚDOS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental não deve ser baseada na transmissão de conteúdos e
assuntos específicos, já que não há conteúdos únicos, e sim vários, dependendo da faixa
etária a que se destinam e dos contextos educativos em que se processam as atividades,
mas o ideal é tornar os contextos “ambientalizados”, para a percepção da dinâmica das
relações do Ser Humano X Meio.
Segundo PCN (2001) é a originalidade do levantamento do problema ambiental
vivida cotidianamente pelos alunos (visitantes) e o que se queira resolver a inserção dos
professores (instrutores) e alunos (visitantes) ao debate ambiental e o levantamento de
alguns conceitos básicos. Assim, percebem-se os argumentos e entendem-se as questões
distorcidas sobre a questão ambiental.
O professor e/ou instrutor deve compreender que as distorções não são frutos da
falta de conhecimento e sim, da forma de perceber e entender a sociedade.
Assim, o debate, estimula o professor / instrutor (a) a argumentar com mais
propriedade com aqueles que ainda acham que o tema ambiental é de importância
secundária em um país como o Brasil, onde a maioria da população ressente-se do
padrão de vida desigual de distribuição de renda e condições dignas de vida. Dessa
forma, com a interação, a discussão somente abrangerá o meio ambiente, mas também a
sociedade.
PCN (2001) interpreta isso em ações cotidianas, assim como orientar estratégias
didáticas para atingir esse objetivo: “(...) comportamentos „ambientalmente corretos‟
26
serão aprendidos na prática do dia-a-dia na escola: gestos de solidariedade, hábitos de
higiene pessoal e dos diversos ambientes, a participação em pequenas negociações
podem ser exemplos” (Brasil, 1997b: 29 – grifo meu).
Reigota (1994), também exemplifica que o levantamento é essencial para a
interpretação, e que este pode ser feito conjuntamente pelos alunos (visitantes) e
professores (instrutores).
Os conteúdos são inseridos em todas as disciplinas (áreas e/ou campos de
trabalho, departamentos técnicos, zonas de urbanas, áreas de preservação) e assim,
trabalham-se temas bem diversos tais como: saneamento básico, extinção de espécies,
poluição, contaminação, efeito estufa, biodiversidade, 3Rs (Redução, Reutilização e
Reciclagem), resíduos, energia, etc.
Os conteúdos têm como função entre a ciência e os problemas ambientais. Dessa
forma, cada palestra (atividades) tem sua contribuição a dar nas atividades de educação
do conhecimento fazendo, conseqüentemente, o aumento do conhecimento e dessa
forma sensibilização para a mudança de hábitos comportamentais. Ação principal da
educação ambiental.
27
5. - METODOLOGIA
5.1. - MATERIAIS E MÉTODOS
Muitos são os métodos possíveis para a realização da educação ambiental. O
mais adequado é que o método interdisciplinar em que estabelece as diretrizes da
Política Nacional de Educação Ambiental.
Na metodologia utilizada reside um aspecto que caracteriza a criatividade dos
instrutores diante dos desafios que encontra cotidianamente.
Reigota (1994) afirma que as aulas expositivas dos instrutores são muito
recomendadas na educação ambiental; mas elas podem ser muito importantes quando
preparadas e quando deixam espaços para o questionamento dos alunos. Entretanto, o
próprio Reigota (1994) exemplifica que uma aula expositiva bem dada, mesmo sendo de
forma tradicional, é mais eficaz do que os métodos mordenosos. Pois o instrutor se
“fantasia” de turista para conquistar sua simpatia, impedindo que o aluno entre em
contato com as idéias, conhecimentos, experiências e comportamentos de uma geração
que não é a sua.
Segura (2001) nos diz que metodologia deve buscar integrar diferentes
estratégias para estimular e envolver os instrutores em uma reflexão sobre as
possibilidades de trabalho sobre a temática ambiental na cidade, escola, locais de
visitação, etc. E utiliza-se o método de estudo do meio para levantamento e a
problemática ambiental sob ótica interdisciplinar.
Normalmente, esse método é empregado quando instrutores de diferentes áreas
de conhecimento e experiências de vida realizam atividades comuns, sobre o mesmo
tema. Assim, temos diferentes interpretações sobre o assunto em pauta, e as possíveis
contribuições específicas de cada disciplina.
Segura (2001) defende outra metodologia, na qual, haja o registro, feito pelos
instrutores, em que constem os aspectos mais significativos das atividades e com estas
contribuem para os trabalhos realizados (seja nas escolas, escritórios e no campo),
assim, permitirá avaliar os indícios dos trabalhos, diagnosticando pontos fortes e
aqueles devam ser aprofundados no desdobramento das ações educativas.
Dessa forma, compreende-se que todos os resultados comporão uma produção
coletiva – umas das propostas da educação, a coletividade, a participação – cujo
28
objetivo é valorizar a reflexão dos professores servindo como fonte de informação e
inspiração para novos trabalhos.
Reigota (1994) ainda descreve que para a realização da educação ambiental poder-se
emprega como método:
1. Passivo: Em que só o instrutor fala;
2. Ativo: Em que os alunos fazem experiências sobre o tema;
3. Descritivo: Em que os receptores fazem aprender a definição sobre os conceitos
e descrevem o que eles puderam observar;
4. Analítico: Em que os receptores completam sua descrição com as informações e
respondem a uma série de questionamentos sobre o tema.
Reigota (1994) descreve-nos essas quatro metodologias para aplicação da educação
ambiental. Entretanto, em se tratando da própria educação, não é muito viável os
métodos passivos, descritivo e analítico, pois vão de encontro a todas as filosofias da
educação e da própria pedagogia, em que PCN (2001) emprega como a melhor forma
de aprendizagem a interdisciplinaridade.
Onde o método ativo visa à participação do cidadão com a solução dos
problemas. O aluno desenvolve progressivamente o seu conhecimento.
O método ativo pressupõe que o processo pedagógico seja aberto, democrático e
dialógico entre os alunos, entres eles e os professores e com a administração da escola,
com a comunidade que vive e com a sociedade civil em geral.
5.2. - PROJETOS
A discussão a respeito de se adotar projetos educacionais como forma de
organização de trabalho na escola, poder ser um caminho para interagir conteúdos numa
leitura interdisciplinar da realidade como para conjuminar interesses pessoais e
coletivos.
Segundo, BOUTINET (1990) a construção de projetos permite que o educador
fuja da repetição, procurando realizar-se a si coletividade onde atua.
Machado (1997) vê na capacidade de elaborar projetos pedagógicos a
possibilidade de aliar a criação individual e a imersão no imaginário coletivo. Sob sua
29
ótica, o projeto representa uma arquitetura de valores em busca da transformação da
realidade.
Segura (2001) diz que a natureza do projeto, como forma de organização do
trabalho, é sob todo ângulo enriquecedor, pois, além de ter como premissa a valorização
dos recursos humanos envolvidos, articula metas, propõe estratégias, cria possibilidades
e inserção da escola na comunidade e de cruzamento com a realidade de uma dinâmica
criativa.
Entretanto, Boutinet (1990) faz a crítica ao uso metodológico dos projetos, em
que se dita a possibilidade de sucesso e insucessos, já que o desenrolar acaba por se
esbarrar ás vezes em outros aspectos não considerados na proposta inicial. Mas, para
Freire (1996) é a autonomia que faz a capacidade de influência e de ação pessoal,
participação, ação em uma realidade, assumindo uma presença consciente, ou seja,
sendo responsável.
A responsabilidade para como o projeto, dos instrutores e dos turistas (do
educador e os educandos) faz com que haja a eficácia do projeto. Agregando assim a
confiança construída pelo corpo escolar, fazendo necessário o diálogo e a comunicação
para a explicação supostos conflitos.
Ainda, para Reigota (1994), a Pedagogia do Projeto, é uma metodologia que de
uma forma geral sintetiza muitas das metodologias de aplicabilidade dos projetos em
educação, pois conta com os receptores (turistas e todos os moradores envolvidos, nesse
caso) através de seu envolvimento nas decisões, promove a solução dos problemas
através do processo de aprendizagem, utiliza o conhecimento coletivo e individual,
emprega a interdisciplinaridade e utiliza a comunidade como tema de aprendizagem.
Através dessa metodologia, faz-se possível o sucesso de um projeto pedagógico
em educação ambiental, pois envolve o diálogo e a participação.
Nisso, a educação ambiental, faz com que os projetos pedagógicos obriguem o
confronto com situações nas quais interligam a necessidade da discussão, inserindo a
construção de estratégias voltadas ao meio.
Portanto, uma questão, de que forma trabalhar o tema em educação ambiental, é
verificar quais são os referenciais para a prática da mesma, isto é, como o educador
30
pensa metodologicamente ao inserir esse conteúdo no cotidiano, e assim, levantar
questionamentos referentes a fim de considerar os aspectos pertinentes à importância de
se trabalhar em grupo (inclusive de instrutores), a organização de projetos como forma
de organização das atividades, a restrição da educação ambiental à aprendizagem do
conteúdo de trabalho e ao espaço da sala de estudo, e a possibilidade da educação
ambiental envolver aprendizagem com os interesses da comunidade onde ela está
inserida.
Embora a questão remita a aspectos mais ligados à metodologia, Segura (2001),
diz que vários recursos poder ser utilizados: Textos, trabalhos com grupos de
estudiosos, palestras seminários, cartazes, aula expositiva, fotografia e teatro.
Entretanto, aspectos metodológicos são concernentes à educação ambiental, como a
interdisciplinaridade, envolvimento coletivo, escolha de um tema gerador, integração
com a comunidade e principalmente o levantamento de dados, que pode ser tanto um
procedimento de construção de conhecimentos a partir da investigação da realidade,
assim como uma atividade de busca de informação.
5.3. – PRATICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL AOS VISITANTES DO
NÚCLEO URBANO DE CARAJÁS – PA
PCN (2001) dita que o desenvolvimento de uma proposta com o tema Meio
Ambiente exige clareza das prioridades a serem feitas. Para tanto deve ser necessário
contar com o contexto social, cultural, econômico e ambiental no qual se insere o
público alvo (no caso os visitantes). Um grupo de visitantes de uma situada na área
urbana, no centro da cidade, por exemplo, implica exigências diferenciadas daquelas
situadas na zona rural.
PCN (2001) ainda completa, enfatizando que as escolas inseridas em ambientes
mais saudáveis, sob o ponto de vista ambiental, ou em ambientes muito poluídos
deverão eleger objetivos e conteúdos que permitam abordar esses diferentes aspectos,
inserindo os elementos da cultura local, sua história e seus costumes que determinarão
diferenças no trabalho.
Em seguimento a essa idéia, a COM-VIDA (2004) propõe a criação, se for o
caso, - através de parcerias com as instituições deliberativas - de conselhos jovens,
Grêmios Estudantis e Agendas 21 nas escolas como espaços de participação em defesa
do meio ambiente. E tem como principal papel a contribuição para um dia-a-dia
31
participativo, democrático, para promover o intercâmbio entre a escola, a comunidade, e
os visitantes.
Por isso, a proposta chega para somar esforços com outras organizações da
administração do Núcleo Urbano de Carajás – PA.
PEAM (2000), diz que a pratica da educação ambiental, para ser conseqüente,
exige a participação dos diferentes atores sociais intervenientes, assim como as ações de
seus empreendimentos no âmbito da educação, deverá ser executado sob a perspectiva
da Descentralização. Onde se estabelece o controle das ações do poder público pela
sociedade.
A proposta de educação ambiental descrita pela COM-VIDA (2004) está ligada
às linhas de ações do ProNEA (2005), em que discute as mais variadas formas de
comunicação e acessibilidade do conhecimento da questão ambiental à sociedade
através, também, das instituições de ensino. Procurando realizar palestras e conferências
em linguagem acessível à comunidade.
ProNEA (2005), ainda discute em seu item 1.4: Articulação e mobilização social
como instrumentos de educação ambiental.
- Apoio à realização periódica de eventos sobre educação ambiental, a exemplo de
fóruns, seminários, festejos populares, congregando representantes de órgãos públicos,
da sociedade civil, técnicos e especialistas nacionais e internacionais, entre outros.
E para o melhor entendimento de como fazer uso para a implementação das
estratégias que a Educação Ambiental, deve-se entende que esta, seja um método Inter e
Transdisciplinar1, que segundo ZABALA (1998) tais métodos buscam a interação de
uma com outras disciplinas, que vai desde simples comunicação de idéias até a
interação recíproca dos conceitos fundamentais e da teoria do conhecimento, da
metodologia e dos dados de uma pesquisa, e também integrar todas as disciplinas, daí se
supõe uma ligação global dentro de um sistema totalizador, construindo uma ciência
que explique a realidade sem parcelamento.
______________
1. Como diz MORIN, em Educação e Complexidade: Os Sete Saberes e outros ensaios, pág. 21: “A
transdisciplinaridade só representa um solução quanto se liga a uma reforma de pensamento. Faz-se necessário
substituir um pensamento que está separado por outro que está ligado”.
32
E para a construção de uma proposta de Educação Ambiental e de projetos
pedagógicos em educação ambiental, Segura (2001) sugere que se produzam
levantamentos socioambientais.
Perfis socioeconômicos, demográficos e ambientais, permitem um conhecimento
preliminar do espaço a ser estudado. O objetivo é configurar o cenário em que essas
escolas estão inseridas, daí para se pensar nos temas/possibilidades de trabalho dento da
proposta.
São verificados nesse levantamento as desigualdades ambientais (comunidades
que residem em áreas quanto sua acessibilidade, proteção por fatores ambientais e
industriais), riscos de enfermidades da comunidade, crescimentos populacionais e
mapas de inclusão e exclusão social.
Torres (1997) afirma que a localização de unidades de tratamento de resíduos em
áreas ocupadas por grupos de menos renda é um dos indicadores de desigualdades
ambiental, assim como o acesso a áreas verdes.
Com os dados pode-se compreender a característica social e cultural de um
grupo de indivíduos e assim, realizar um prognóstico da cultura ambiental desta
comunidade como, por exemplo: o comportamento de jogar lixo nas ruas, a atitude de
despejar resíduos nos canais pluviais, etc.
Dessa forma, entende-se como proposta: questionário, entrevista, observação
participante (oficina pedagógica) e intervenção (curso), e em seguida, identificar as
contribuições diretas da prática pedagógica dos docentes que o fizeram.
Segundo Segura (2001), o questionário objetiva metas a ser realizada em um
diagnóstico de ações/projetos em educação ambiental reunindo diversas ferramentas
conceituais a práticas para subsidiar um plano de trabalho, como forma de integrar as
diversas áreas do conhecimento, numa dinâmica criativa e orientada pelos interesses e
necessidades da comunidade.
33
5.3.1. A Prática
A proposta tem como metodologia:
O Planejamento Detalhado das Atividades Pedagógicas, partindo da
transparência da Administração do Núcleo Urbano de Carajás-PA, para que haja
transparência dos atos praticados e dos gastos realizados e a serem realizados, exigindo
a identificação unitária das ações e correspondente detalhamento das atividades, para
qualquer tipo de projeto a ser financiado com os recursos oriundos das entidades
financeiras.
Dessa forma tem-se como finalidade o melhor planejamento das ações
pedagógicas.
O Porquê: Fundamenta-se para essa justificativa de transparência da
Administração Urbana, a necessidade de conscientização dos moradores e dos
instrutores em Educação Ambiental do Núcleo Urbano, para difusão de informações, da
sensibilização, da formação dos hábitos, atitudes e comportamentos individuais e
coletivos possibilitando assim uma visão sistêmica das atividades a serem realizadas, e
seus respectivos impactos, tendo como resultado assegurar a sustentabilidade regional.
5.3.2. Metas
As metas devem ser alcançadas em seu tempo pré delimitado.
Executando e levantando a partir da quantidade que o Núcleo Urbano de Carajás recebe
de visitantes e através disso realizar o diagnóstico dos grupos recebidos e
consequentemente perceberem os níveis de instruções dos grupos (se for o caso) e
vivenciar a experiência do local de origem desse determinado grupo para assim, ser
adotados e os respectivos instrutores.
Dessa forma, buscar uma comunicação equitativa, não deixando de interagir com
todos os visitantes no meio e com os programas de educação ambiental já realizados
comunicando-os através das várias linguagens, mas com a mesma ideia educativa e
atingindo todos conforme suas especificidades instrutivas.
34
A prática da Educação Ambiental tem como meta atingir todos os níveis
administrativos e educacionais no Núcleo Urbano de Carajás – PA, e o que acaba por
transparecer essa interatividade aos visitantes acarretando além da disseminação da
prática da Educação Ambiental alcance afora dos limites territoriais do Núcleo Urbano,
torne uma atividade intrínseca dos moradores e funcionários para suas rotineiras
atividades, atingindo o numero maior de indivíduos e continuamente aos instrutores
para perceber possíveis potencialidades.
O Porquê do aproveitamento das potencialidades se mostra em que cada
instrutor está inserido na visão “viável” sentindo-se como o próprio visitante dentro a
temática ambiental.
Procurar o problema e fazer um diagnóstico das necessidades do Núcleo Urbano
perante esse problema, extraindo do seu contexto os elementos que podem ser utilizados
e avaliar os que permitam uma ação de melhoria do ambiente geral.
Assim, diminuem-se as dificuldades os instrutores em definir uma linha
pedagógica de atuação com a temática. Continuamente, proporciona uma intervenção,
um curso objetivando a pesquisa-ação em que os pesquisadores desempenham um
papel ativo no equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na
avaliação das ações desencadeadas. (THIOLLENT, 1985: 15 apud VASCONCELLOS,
1997: 262), citada por Reigota (2001).
5.3.3. O Público Alvo
O público Alvo da Prática de Educação Ambiental varia, desde
preferencialmente, os visitantes como um todo, indo aos moradores e funcionários do
Núcleo Urbano e das Minas, atingindo os instrutores dos visitantes na interação do
processo. Continuamente tem-se com alvo direto todas as atividades ecológicas e
levantamentos ambientais e educativos, e indiretos a população em geral, por ser
atingida pela discriminação das informações para fora do Núcleo Urbano.
35
5.4. AS ATIVIDADES
As Atividades necessitam ser constantes e podem compreender: A Formação e
Treinamento dos Instrutores/Educadores, Produção de Material Didático, Estudo do
Meio, Campanhas de Sensibilização, e o Plano de Ação.
As atividades desenvolvem uma prática em Educação Ambiental emancipatória
e transformadora, pois a função da Educação Ambiental é a conscientização dos
impactos que cada indivíduo atua sobre o meio e a partir desse pressuposto, a superação
desses problemas criados. Então, a política de que “cada um fazer sua parte”, por si só,
não garante, necessariamente a prevenção e a superação dos problemas ambientais. Pelo
fato das ações individuais estarem além das possibilidades da conduta da maioria das
pessoas.
E segundo, (Quintas & Gualda, 1995; Quintas, 2000) a Educação Ambiental
emancipatória e transformadora deve ser comprometida com a construção de um futuro
sustentável, deve se fundamentar nos seguintes pressupostos:
1. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é:
Direito de todos;
Bem de uso comum;
Essencial à sadia qualidade de vida.
2. Preservar e defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado
Para presentes e futuras gerações é dever:
Do poder público;
Da coletividade.
As atividades em Educação Ambiental terão uma finalidade de cunho EDUCATIVO
estruturando-se no sentido de:
Superar a visão fragmentada da realidade através da construção e reconstrução
do conhecimento sobre ela, num processo de ação e reflexão, de modo dialógico
com os sujeitos envolvidos;
36
E de respeitar a pluralidade e diversidade cultural, fortalecer a ação coletiva e
organizada, articular os aportes de diferentes saberes e fazeres e proporcionar a
compreensão da problemática ambiental em toda a sua complexidade;
São atividades que constroem uma educação ambiental crítica transformadora e
emancipatória, como propõe (Quintas & Gualda, 1995; Quintas, 2000).
Sintetizando: A Educação Ambiental será crítica na medida em que discute e
explicita aos visitantes as contradições do atual modelo de civilização, e para qual o
motivo de necessidade do mesmo. Será transformadora, porque ao pôr em discussão o
caráter do processo civilizatório em curso, mostrando as características dos impactos
ambientais causados pela abertura de uma mina, mas mostrando a capacidade da
humanidade construir outro futuro a partir da construção de outro presente, com a ação
de investimentos e incentivos variados às populações envolvidas e, assim, instituindo,
pela educação ambiental, novas relações dos seres humanos entre si e com a natureza,
exemplificando que através do caso do Núcleo Urbano de Carajás, pôde se conhecer
sobre o meio e as possibilidades de relação harmoniosa com o ambiente, pelas
atividades mitigadoras e compensatórias. É também emancipatória, por tomar a
liberdade como valor fundamental e buscar a produção da autonomia dos grupos
subalternos, oprimidos e excluídos, pois todos são beneficiados direta e indiretamente
pelas atividades produtivas, e compensatórias que a indústria venha a trazer.
A Educação Ambiental surge desmistificar a visão fragmentada de que as
atividades produtivas impostas pelo modelo de civilização atual tornarão o bem estar da
sociedade o caos para as gerações posteriores, se e somente se, haja uma mudança no
modelo de consumismo mundial. A Educação Ambiental vem a disseminar uma
mudança de pensamento e consequentemente uma mudança de comportamento.
5.5. A FORMAÇÃO DOS EDUCADORES
A formação dos educadores está explícita em ProNEA (2005), que descreve as
Linhas de Ações Estratégicas, onde está subscrita a formação de Educadores e
Educadoras Ambientais.
37
Em seu subitem 2.1. é assegurada a formação continuada de educadores,
educadoras, gestores e gestoras ambientais, no âmbito formal e não-formal através
construção de planos de formação continuada a serem implementados a partir de
parcerias com associações, universidades, escolas, empresas, entre outros. Assim:
O apoio à criação de redes de formação de educadores e educadoras, com a
participação de universidades, empresas, organizações de terceiro setor e
escolas.
Produção de material técnico-pedagógico e instrucional de apoio aos processos
formativos.
Implementação de metodologias de educação a distância mediante o uso de
novas tecnologias de informação e comunicação, como videoconferências, tele-
aulas, e-learning, entre outras.
Realização de parcerias entre escolas públicas e universidades, facilitando o
acesso dos professores da rede pública de ensino básico aos cursos de pós-
graduação lato sensu e stricto sensu em educação ambiental.
Disponibilização de cursos de especialização, mestrado e doutorado em
educação ambiental.
Criação de um programa de formação em educação ambiental voltado aos
profissionais da educação especial, abordando a importância da inclusão dos
portadores de necessidades especiais na capacitação dos educadores ambientais
em geral.
Elaboração, junto a coordenação de Educação do Núcleo Urbano de Carajás-PA,
de um banco de dados com o cadastro de formadores de educadores ambientais.
O ProNEA intitula isso em linhas de ação. Contudo, os professores necessitam
ser educados por especialistas nas questões ambientais e profissionais, para que estes
lhes façam alcançar as conformes multidisciplinaridades, agregando a cada disciplina as
questões pertinentes ao meio ambiente.
Entretanto, é preciso entender também, como diz MORIN (2005), que a mais
eficiente educação dada aos educadores só se faz necessária, se e somente se, estes se
autoeduquem e eduquem escutando as necessidades – assim, se insere as necessidade
ambientais e as relações da humanidade com o meio ambiente - que o século exige, das
quais os estudantes são portadores.
38
5.6. O PLANO DE AÇÃO
O Plano de Ação respeita os objetivos específicos levando em consideração os
respectivos projetos já elaborados e também as especificidades de cada grupo de
trabalho e grupo de visitantes.
Dessa forma o plano de ação formará o conhecimento inerente as
particularidades de cada grupo (seja um grupo escolar, um grupo de turistas, um grupo
de empresários, um grupo de pesquisa universitária, um grupo de moradores, um grupo
trabalhadores e/ou operários, etc.) juntamente com o diagnóstico de perspectivas que os
visitantes gostariam de encontrar no Núcleo Urbano.
Pode-se através disso, os educadores/instrutores tem a dimensão do tipo de
grupo de visitantes em que coordena realizando a Reflexão Crítica, a Curiosidade
Científica, a Investigação e a Criatividade, principalmente o aspecto lúdico, no
momento da visita.
5.7. A AVALIAÇÃO
A avaliação é realizada tanto para a formação dos instrutores quanto para
atividades através de um processo de diagnóstico a ser feito no inicio para registrar a
situação tal como se encontra no início das ações, com um monitoramento a ser
realizado no desenvolvimento do projeto e as rotas a serem seguidas, e conseguidas com
a percepção dos instrutores nas realizações do cotidiano e que acaba por indicar avanços
e pistas para novas atividades.
Faz-se necessário perceber que a avaliação é um processo de aprendizagem e
tem uma finalidade profícua para com os instrutores em perceber suas respectivas
dificuldades e possíveis fracassos.
Assim propõe percepções simuladoras aos vários instrutores com os seus
respectivos públicos alvo. Os diferentes instrutores percebem-se como suas palestras
são assimiladas pelos visitantes através de suas exemplificações com os outros
instrutores no dias formação em grupo coincidindo com as informações do grupo
possibilitando melhor a percepção de erros.
A prática da Avaliação pressupõe o estabelecimento de indicadores de
desempenho e vai quantificar a situação de cada atividade educativa tem por finalidade
39
modificar. E vai explicitar os resultados com o público alvo, propondo o maior número
de recebimento possível de ideias oriundas desse público e dessa forma comparadas
com as metas do tempo pré determinado.
Tem-se a auto avaliação realizada pelos próprios instrutores onde são abordados
os questionamentos “do quanto a formação tem de importância para com seu trabalho
realizado? (...) Em que esse trabalho se faz eficiente na formação pessoal e ambiental?
(...) Em que suas atividades podem ser percebidas e melhoradas na conjuntura do
desenvolvimento sustentável?
40
6. - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para se implementar a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA – aos
visitantes do Núcleo Urbano de Carajás é necessário a participação de todos o atores do
grupo funcional do próprio núcleo (o comércio, os operários, os estudantes, a
administração publica). E as possibilidades de aproximar das contradições inerentes as
ideias descritas e fomentadas por anos de atividade exploratória sobre as praticas e
relação social travadas com as populações relacionadas será travar a prática de forma
contínua e participativa, embora já seja verificada e discutida pelos meios de
comunicação e logística da administração.
Os interessados em compreender o processo de entendimento, as divergências e
convergências dos atores envolvidos e a reflexão em torno dos objetivos que norteiam a
Política Nacional de Educação Ambiental e a própria pedagogia educativa da educação,
ou seja, decodificar sua práxis, configuram as venturas e desventuras da Educação
Ambiental em um sistema tido como exploratório e não envolvente sendo refletido na
postura de muitos que visitam o Núcleo Urbano. O hiato existente entre o que a
Educação Ambiental suscita em termos de mudança socioambiental e o que é praticado
pela política administrativa que envolve o Núcleo Urbano de Carajás e seus atores será
talvez o empecilho para desconfigurar o cartesianismo dos grupos que visitarão o
Núcleo. A ação educativa deve considerar os visitantes como pessoas e realidade
diferente da dinâmica do Núcleo Urbano de Carajás e o modo de vida que os habitantes
desse núcleo urbano vivem e a realidade como um campo de ação-reflexão-ação.
O ProNEA principia em estimular as empresas a desenvolverem programas e
atividades destinas a capacitação de seus trabalhadores visando à melhoria contínua de
seu meio ambiente de trabalho, nisso a importância de se aplicar a PNEA torna-se mais
ágil com funcionalidade do Programa em que a inserção de todos os atores (visitantes e
administração) na realidade é fundamental para gerar responsabilidade coletiva às
questões socioambientais para dar convergência do reflexo e da reflexão é que
desencadeia uma ação transformadora, encontrando cada um no coletivo.
É necessário que as empresas promovam programas que capacitem seus
funcionários tornando-os seres ambientalizados nos diversos ramos de suas
determinadas atividades e que a própria administração faça da educação ambiental o
instrumento para seu crescimento incorporando a pedagogia às atividades produtivas, o
41
que acabará por ser a própria imagem que as corporações almejam: o selo verde. E
principalmente a divulgações que as atividades corporativas possuem o compromisso
socioambiental, respeitando e incorporando as políticas públicas ao cotidiano.
Atividades elaboradas com o cunho educativo aumentam o alcance passional dos
grupos envolvidos e trata-se de um trabalho lento e um leve descuido coloca o
planejamento à perder. É um processo lento, que depende de um conjunto de fatores,
mas que tem como missão a transformação: Isso que importa. Para além da mudança de
hábitos e comprometimentos, é imprescindível sustentar um significado político à
Educação Ambiental. A formação de uma nova mentalidade para a construção da
sociedade sustentável.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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