Monografia Dioni O. Brumatti

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  • 8/6/2019 Monografia Dioni O. Brumatti

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DEMINAS GERAIS

    DIONI O. BRUMATTI

    USO DE PRUSO DE PRUSO DE PRUSO DE PR----MOLDADOSMOLDADOSMOLDADOSMOLDADOS ---- ESTUDO EESTUDO EESTUDO EESTUDO E

    VIABILIDADEVIABILIDADEVIABILIDADEVIABILIDADE

    Monografia apresentada UniversidadeFederal de Minas Gerais como parte dos

    requisitos para obteno do ttulo deEspecialista na Construo Civil

    ORIENTADOR:Prof. Dalmo Lcio M. Figueiredo

    VITRIA,

    2008

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    Em engenharia no existem solues prontas para vencer a batalhaentre custos e benefcios. Somente um bom planejamento, baseado nasnecessidades especficas de cada obra, na sua localizao e nos recursosdisponveis para sua execuo que podem definir a melhor alternativa.

    (Portal do Concreto - por DinamicSite 2005-2006)

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    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS 5

    1 RESUMO 7

    2 - INTRODUO 8

    3 OBJETIVO 10

    3.1.1 - Objetivo Geral.......................................................................................................10

    3.1.2 Objetivo Especfico..............................................................................................10

    3.2 Justificativa.............................................................................................................11

    4 ASPECTOS GERAIS 12

    4.1 Racionalizao........................................................................................................13

    4.2 Os Pr-moldados e o aumento de produtividade...................................................14

    4.3 Padronizao..........................................................................................................15

    4.4 Organizao do Canteiro........................................................................................16

    4.5 Tipos de concretos pr-fabricados..........................................................................18

    5 ESTUDOS PROPOSTOS 20

    5.1 Escadas Pr-moldadas...........................................................................................20

    5.1.1 Escadas pr-moldadas de peas gandes................................................21

    5.1.2 Escadas pr-moldadas compostas por vrios elementos........................23

    5.1.2.1 Escada Jacar...........................................................................24

    5.2 Lajes Pr-moldadas................................................................................................26

    5.2.1 Lajes semi pr-fabricadas........................................................................27

    5.2.2 Lajes completamente pr-fabricadas.......................................................29

    5.2.2.1 Laje pr-fabricada alveolar........................................................30

    5.2.2.2 Lajes pr-fabricadas planas macias........................................32

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    6 PRODUO DE PR-FABRICADOS 33

    6.1 Sistema produtivo Tilt-up........................................................................................33

    6.1.1 Vantagens do Sistema.............................................................................35

    6.1.2 Descrio do sistema produtivo...............................................................37

    6.1.3 Fabricao da placa................................................................................38.

    6.1.4 Processo de iamento de placas.............................................................39

    7 ESTUDO DE CASO 41

    7.1 Processo executivo.................................................................................................41

    7.1.1 Pista de preparo.......................................................................................42

    7.1.2 Frma, armao e concretagem..............................................................43

    7.1.3 Iamento e montagem dos paoinis........................................................45

    7.1.4 Finalizao...............................................................................................46

    7.1.5 Anlise da viabilidade econmica............................................................47

    8 CONCLUSO 51

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 52

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Lance de escada pr-moldado........................................................................21

    Figura 2: Frma metlica da escada pr-moldada.........................................................22

    Figura 3: Projeto esquemtico da escada pr-moldada.................................................22

    Figura 4: Transporte e iamento do lance da escada pr-moldada...............................23

    Figura 5: Escada pr-moldad espiral (FIP, 1994)...........................................................24

    Figura 6: Elementos constituintes da escada jacar: degrau (a), patamar (b), viga

    dentada ou jacar (c)......................................................................................................25

    Figura 7: Laje treliada com enchimento cermico........................................................28

    Figura 8: Laje treliada com enchimento de isopor........................................................28

    Figura 9: Laje mista pr-fabricada convencional (Jos Carlos, Lajes mediterrnea,

    1991)...............................................................................................................................28

    Figura 10: Laje treliada com elemetos cermicos (Autor, 2006)..................................28

    Figura 11: Laje alveolar com enchimento de isopor.......................................................30

    Figura 12: Laje alveolar se aproximando da montagem.................................................30

    Figura 13: Processo de fabricao e concretagem da laje.............................................32

    Figura 14: Frma metlica e dimenso da laje pr-moldada.........................................32

    Figura 15: Frontal da Igreja Metodista de Zion Illinois USA Robert Aiken 1908....34

    Figura 16: Mapa de uso do Tilt-up no mundo.................................................................34

    Figura 17: Preparo da frma metlica e inicio da concretagem da mesma...................37

    Figura 18: Polimento da laje pr-moldada e vista area do pr-moldado......................37

    Figura 19: Inicio do processo de iamento da placa pr-moldada.................................37

    Figura 20: Escoramento das placas pr-moldadas........................................................38

    Figura 21: Fluxograma de produo de elementos em concreto armado (MELHADO,

    1998)...............................................................................................................................39

    Figura 22: Projeto esquemtico das lajes pr-moldadas................................................39

    Figura 23: Processo de montagem com guindaste........................................................40

    Figura 24: Vista panormica do condomnio..................................................................41

    Figura 25: Vista do modelo de casa do condomnio.......................................................41

    Figura 26: Vista da produo mxima das lajes pr-moldadas......................................42Figura 27: Vista do bero de produo das lajes pr-moldadas....................................42

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    Figura 28: Confeco da escada pr-moldada...............................................................42

    Figura 29: Vista da montagem das frmas pr-moldadas..............................................42

    Figura 30: Vista dos perfis metlicos da frma...............................................................43

    Figura 31: Travamento da frma metlica com tirante...................................................43

    Figura 32: Vista da instalao dos rebaixos metlicos...................................................43

    Figura 33: Vista da instalao eltrica da laje................................................................43

    Figura 34: Vista esquemtica do projeto executivo de produo da laje pr-moldada

    com o rebaixos e posicionamento dos ganchos.............................................................44

    Figura 35: Concretagem da laje pr-moldada................................................................44

    Figura 36: Iamento e transporte das placas.................................................................44

    Figura 37: Rigging de um guindaste utilizado para montagem das placas (Catlogo

    Liebherr, 2006)...............................................................................................................45

    Figura 38: Problema ocasionado pelo mau iamento da placa......................................46

    Figura 39: Trinca de iamento........................................................................................46

    Figura 40: Trinca causada pela no excentricidade dos cabos......................................46

    Figura 41: Desplacamento mau sucedido......................................................................46

    Figura 42: Pavimento com lajes instaladas....................................................................47

    Figura 43: Tratamento das juntas entre as lajes............................................................47

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    1111 RESUMO

    Uma estrutura feita em concreto pr-moldado aquela em que os elementosestruturais, como pilares, vigas, lajes e outros, so moldados e adquirem certo grau de

    resistncia, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, este

    conjunto de peas tambm conhecido pelo nome de estrutura pr-fabricada.

    Elementos pr-moldados so uma opo para aumentar a racionalizao no

    processo construtivo em alvenaria estrutural. Eles associam-se a particularidades

    desse processo com relao rapidez de execuo, rgido controle de qualidade,

    coordenao modular e alto nvel organizacional da produo.

    Neste trabalho pesquisaram-se os pr-moldados utilizados em edificaes

    residenciais independentes, ou seja, casas, compostas de um sistema misto de

    alvenaria estrutural e peas estruturais pr-moldadas, tais como: lajes e escadas pr-moldadas.

    Os pr-moldados foram analisados em seus aspectos estruturais, dimensionais

    e geomtricos, respeitando-se as caractersticas que os tornam viveis no aspecto

    construtivo, como a facilidade de produo, de manuseio e de transporte. Considerou-

    se, sempre a coordenao modular e a compatibilizao dimensional entre os

    componentes e subsistemas.

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    2222 INTRODUO

    O processo construtivo em alvenaria estrutural foi introduzido no Brasil nadcada de 60 e consolidou-se nos anos procedentes com a evoluo tcnica e o

    desenvolvimento de normas brasileiras.

    Este processo construtivo atendeu, e ainda atende, com sucesso, ao desafio de

    construrem-se no prazo, com qualidade e com baixo custo, as casas e os edifcios

    habitacionais. O aperfeioamento dos mtodos de clculo, ao longo dos anos, tornou

    possvel desenvolver edifcios de diversos padres e estruturas cada vez mais altas.

    A grande vantagem do uso da alvenaria estrutural est no alto potencial de

    racionalizao dos materiais e dos mtodos construtivos utilizados na construo de

    edifcios.

    A racionalizao e a industrializao caminham juntas. A aplicao de medidas

    racionalizadas aumenta o nvel organizacional dos processos, que base da

    industrializao. Entende-se por industrializao da construo o processo evolutivo

    que, atravs de aes organizacionais e da implementao de inovaes tecnolgicas,

    mtodos de trabalho, tcnicas de planejamento e controle objetiva incrementar a

    produtividade e o nvel de produo e aprimorar o desempenho da atividade

    construtiva (FRANCO, 1992).

    A industrializao apresenta carter repetitivo; bem representado pela pr-

    moldagem que reduz os desperdcios e reflete diretamente na produtividade da mo-

    de-obra. No entanto, antes de se tornarem muito repetitivas, os procedimentos e os

    processos devem ser altamente coerentes, para no se correr o risco de reproduzirem

    em larga escala, tambm os erros.

    Os elementos pr-moldados so inseridos no processo construtivo sem que hajamudanas bruscas da base produtiva que caracteriza o setor. Notadamente na

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    alvenaria estrutural, eles iro associar-se s particularidades deste processo

    construtivo, com relao rapidez de execuo, ao controle de qualidade,

    coordenao modular e diminuio das improvisaes e dos desperdcios sendo

    capaz de levarmos em considerao reduo da ociosidade e risco de desvios de

    compra, reduo das horas do pessoal exposto ao risco, obra limpa e menor dano

    possvel ao meio ambiente, rotatividade menor da mo-de-obra e maior organizao do

    canteiro de obras.

    A Construo Civil tem sido considerada uma indstria atrasada quando

    comparada a outros ramos industriais. A razo disso est no fato de ela apresentar, de

    uma maneira geral, baixa produtividade, grande desperdcio de materiais, morosidade

    e baixo controle de qualidade.

    Uma das formas de buscar a reduo desse atraso com tcnicas associadas

    utilizao de elementos pr-fabricados de concreto. O emprego dessas tcnicas recebe

    a denominao de concreto-pr-moldado ou de pr-moldagem e as estruturas

    formadas pelos elementos pr-fabricados recebem a denominao de estruturas de

    concreto pr-fabricado. Com a utilizao do concreto pr-fabricado pode-se atuar no

    sentido de reduzir o custo dos materiais das estruturas de concreto, basicamente o

    concreto e a armadura. Entretanto, na parcela relativa s frmas e ao cimbramento,

    normalmente de maior peso no custo do concreto armado, que ela mais significativa.

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    3333 OBJETIVOS

    3.1.1- OBJETIVO GERAL

    O objetivo da presente pesquisa estudar os tipos de pr-moldados pesadosque possam ser utilizados em edificaes de alvenaria estrutural. Pretende-se analisar,

    sob o ponto de vista estrutural, tais elementos como lajes macias e escadas,

    respeitando-se sempre as caractersticas que os tornam viveis no aspecto construtivo,

    tais como: facilidade de produo, de manuseio e de transporte; compatibilidade com

    os outros subsistemas; e respeito s modulaes planimtrica e altimtrica da

    edificao.

    3.1.2- OBJETIVO ESPECIFICO

    Os objetivos especficos da pesquisa so:

    Formao de base terica sobre conceitos de racionalizao, produtividade,

    padronizao, organizao da produo e coordenao dimensional, que serviro de

    respaldo terico para a concepo dos pr-moldados.

    Obteno de experincias prticas com visitas s obras para auxiliar a anlise e a

    seleo dos pr-moldados mencionados anteriormente, viveis de serem empregados

    nas edificaes residenciais de alvenaria estrutural.

    Anlise dos elementos pr-moldados sob aspectos executivos, como facilidade de

    produo e de transporte e interferncias com outros subsistemas, listando-se

    vantagens e desvantagens em comparao com outros procedimentos executivos.

    Caracterizao da produo dos pr-moldados, baseada na redao de diversos

    autores especialistas no tema.

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    3.2 JUSTIFICATIVA

    Atualmente, tem havido uma progressiva busca de racionalizao dos processos

    construtivos, visando ao aumento da produtividade e reduo dos custos deconstruo, resultando em uma demanda crescente por projetos de edifcios em

    alvenaria estrutural racionalizada.

    A grande competitividade do mercado atual, no entanto, demanda solues que,

    associadas ao processo construtivo em alvenaria estrutural, melhorem a eficincia do

    processo, eliminando etapas construtivas, minimizando interferncias entre os

    subsistemas e elevando a qualidade do produto final. Adotar solues voltadas

    industrializao, principalmente com a pr-moldagem, pode ser um caminho para

    melhorar a eficincia do processo.

    A presente pesquisa pretende estudar os pr-moldados compatveis com os

    edifcios de alvenaria estrutural, para favorecer a industrializao e a racionalizao do

    processo, bem como a reduo do prazo de execuo da obra e com isso, elevar a

    produtividade e os lucros da empresa construtora.

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    4444 ASPECTOS GERAIS

    Atualmente, torna-se cada vez mais importante a Construo Civil seranalisada sob aspectos referentes industrializao por emprego racionalizado de

    tcnicas construtivas que viabilizem o aumento da produtividade e a reduo de custos.

    A Construo Civil tem sido considerada uma indstria atrasada quando

    comparada a outros ramos industriais, por apresentar, de maneira geral, baixa

    produtividade, grande desperdcio de materiais, morosidade e baixo controle de

    qualidade (EL DEBS, 2000).

    Segundo Sabbatini (1989), evoluir no sentido de aperfeioar-se como indstria

    o caminho natural da construo civil, portanto, industrializar-se para a construo

    sinnimo de evoluir.

    Conforme Ciribini (apud ROSSO, 1980), a industrializao um mtodo

    baseado essencialmente em processos organizados de naturezas repetitivas, nos

    quais a variabilidade incontrolvel e casual de cada fase de trabalho, que caracteriza

    as aes artesanais, substituda, por graus pr-determinados de uniformidade e

    continuidade executiva, caractersticas das modalidades operacionais parcial ou

    totalmente mecanizadas.

    Uma das formas de reduzir esse atraso empregar tcnicas associadas

    utilizao de elementos pr-moldados de concreto.

    A pr-fabricao, segundo Ordonez (1974), uma fabricao fora do canteiro,

    de partes da construo, capazes de serem utilizadas mediante aes posteriores de

    montagem.

    Portanto, pode-se dizer que a pr-fabricao um instrumento de grande

    potencial para incrementar os nveis de industrializao dos processos construtivos,mas de forma algum nico.

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    A aplicao de pr-fabricados nos processos construtivos tem como objetivo

    proporcionar um aumento da racionalizao construtiva e com isso, elevar a

    produtividade e reduzir desperdcios e custos.

    Nas edificaes em que o processo construtivo em alvenaria estrutural, ou seja

    mais racionalizado, os pr-moldados desempenham papel fundamental, associando-

    se a particularidades deste processo, em relao rapidez de execuo, rgido

    controle de qualidade e coordenao modular.

    FRANCO & AGOPYAN (1994) afirmam que na alvenaria estrutural em

    particular, encontram-se boas condies de implementao de uma ao

    organizacional em obra. Isto se explica pelo maior detalhamento do projeto em relao

    s obras convencionais, pela maior padronizao na execuo dos procedimentos

    construtivos, bem como pela maior simplicidade inerente ao processo. Assim, pode-se

    utilizar a organizao da produo como ferramenta para se atingir um grau mais

    elevado de industrializao do processo, aumentando a sua produtividade, o controle

    na execuo dos procedimentos e conseqentemente a qualidade.

    4.1 RACIONALIZAO

    A nova mentalidade voltada para a produo racionalizada com qualidade,

    muito mais que um modismo; uma questo de sobrevivncia para as empresas. A

    abertura do Brasil para o mercado competitivo mundial, exige da indstria nacional uma

    rpida adaptao s rigorosas exigncias de um consumidor consciente de seusdireitos.

    O Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So Paulo (IPT) concluiu

    durante suas pesquisas que atravs do processo de racionalizao, as empresas

    procuram obter ganhos de produtividade e minimizar os custos e os prazos, sem uma

    ruptura da base produtiva que caracteriza o setor (IPT apud FRANCO, 1992).

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    Vrios autores definem a racionalizao da construo; porm, todos concordam

    em ser este um instrumento para melhorar a qualidade e a produtividade e reduzir os

    custos.

    Segundo TRIGO (1978), a racionalizao pressupe a organizao, a

    planificao, a verificao e as tcnicas adequadas melhoria da qualidade e ao

    acrscimo de produtividade.

    Para ROSSO (1980), racionalizar a Construo Civil significa agir contra os

    desperdcios de materiais e mo-de-obra e utilizar mais eficientemente o capital e

    completa explicando que isso se faz por meio da aplicao de princpios de

    planejamento e gerenciamento, com objetivo de eliminar a casualidade das decises.

    SABBATINI (1989) prope sua definio sobre o tema, a qual foi aceita e

    adotada por vrios autores, inclusive neste trabalho. Esta definio prescreve que a

    racionalizao da construo o processo dinmico que torna possvel a otimizao

    do uso dos recursos humanos, materiais, organizacionais, tecnolgicos e financeiros,

    visando atingir objetivos fixados nos planos de desenvolvimento de cada pas e de

    acordo com a realidade scio-econmica prpria.

    A racionalizao deve estar presente em todas as fases do processo, desde as

    concepes iniciais, passando pelo desenvolvimento do projeto, at atingir a etapa de

    produo.

    4.2 OS PR-MOLDADOS E O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

    A racionalizao construtiva caracteriza-se pela introduo de alteraes que

    tm por objetivo um melhor aproveitamento dos recursos disponveis em todas as fases

    dos empreendimentos, sem uma mudana radical na base tecnolgica. Embora

    apresente uma definio clara, torna-se difcil encontrar um parmetro para quantificar

    o grau ou nvel de racionalizao. primeira vista, uma possibilidade a utilizao do

    conceito de produtividade como proposto por FRANCO (1992).

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    Estudos sobre aumento de produtividade concluem que o efeito aprendizagem,

    efeito continuidade e efeito concentrao elevam consideravelmente a produtividade da

    mo-de-obra de um servio. Estes efeitos partem do princpio de que um trabalho

    executado repetidas vezes, sem interrupes e em grandes quantidades resulta na

    experincia da mo-de-obra e conseqentemente na melhoria do seu desempenho.

    Segundo HEINECK (1991), no basta que o canteiro seja repetitivo, h

    necessidade de que os operrios desloquem-se sem interrupo de uma tarefa para

    outra; ainda mais, dentro da prpria tarefa, no pode haver paradas devido falta de

    materiais, falta de detalhamento construtivo, interferncia com outras tarefas,

    desbalanceamento e falta de elementos na equipe de trabalho, ou ingerncia de

    causas naturais como chuvas, etc.

    Em concordncia com estes princpios, os pr-moldados preenchem os

    requisitos para serem considerados instrumentos de melhoria da produtividade na

    execuo da alvenaria estrutural.

    Dados extrados de MEDEIROS & SABBATINI (1994) apontam que a adoo de

    alguns pr-moldados tem permitido incrementos significativos na produtividade dos

    pedreiros assentadores de blocos, representando um aumento de aproximadamente

    30% na produtividade de execuo das paredes estruturais.

    Os elementos pr-fabricados apresentam, segundo os autores, diversas

    vantagens tcnico-econmicas que permitem otimizar tanto a execuo da obra, como

    a qualidade do produto final, principalmente com a diminuio de desperdcio de

    material na execuo de detalhes de obra, anteriormente resolvidos de modo artesanal.

    4.3 PADRONIZAO

    Uma das maneiras de se obterem ganhos de produtividade atravs da

    padronizao.

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    Padronizao definida por ROSSO (1966) como a aplicao de normas a um

    ciclo de produo ou a um setor industrial completo com objetivo de estabilizar o

    produto ou o processo de produo.

    Segundo o mesmo autor, ela assume os critrios de simplificao, tipificao,

    unificao e permutao. estabelecida para os componentes em concordncia com

    fabricantes e consumidores, de forma a permitir a substituio de um produto por outro

    de procedncia diferente, mas com caractersticas idnticas, e nos ciclos produtivos

    estabelecida por equipes tcnicas aptas a determinarem a melhor maneira de se

    executar uma tarefa.

    4.4 ORGANIZAO DO CANTEIRO DE OBRA

    Atualmente, o maior desafio da economia produzir mais com menor custo e em

    menos tempo, sempre visando qualidade e um dos pontos crticos que afeta a

    produo o ambiente de trabalho.

    Na Construo Civil, a problemtica do ambiente de trabalho torna-se mais

    acentuada, pois a fbrica se movimenta e no o produto, o edifcio; sem contar com a

    elevada rotatividade da mo-de-obra que dificulta o planejamento das reas de

    vivncia.

    Na opinio de SOUZA (2000), no h sentido em se falar em qualidade na obra

    ou produtividade no processo construtivo quando no se tem planejado o local onde osservios da construo acontecem.

    Portanto, o canteiro de obra deve ser organizado de forma a otimizar, com

    segurana, o fluxo de suprimentos e de pessoas e, conseqentemente, o fluxograma

    da produo.

    O investimento no planejamento e elaborao de um canteiro de obra trarresultados positivos para a empresa, tanto no sentido quantitativo, como qualitativo. A

    correta estocagem de materiais e componentes reduzir as perdas, a determinao de

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    linhas de fluxo afetar a produtividade e a melhoria das condies das reas de

    vivncia dos trabalhadores ser absorvida como forma de motivao. Todos estes

    fatores levam a uma economia.

    Os elementos pr-moldados podem ser industrializados ou produzidos no

    prprio canteiro. Nas duas situaes, necessrio que haja um canteiro organizado,

    com definies de espaos previamente destinados a estes elementos.

    No primeiro caso, necessrio espao suficiente para estocagem do elemento

    at a sua utilizao definitiva, com definies de fluxos de transporte otimizados.

    A forma de transporte dos pr-moldados j deve estar definida previamente ao

    planejamento do canteiro, permitindo melhor interao entre o local de armazenamento

    e equipamentos de iamento. Caso o transporte dos pr-moldados seja feito

    manualmente pelos prprios operrios da obra, a distncia entre o estoque e o local de

    utilizao dever ser a mnima possvel, com o que se reduz o risco de avarias nas

    peas e o risco de acidentes, assim como se diminui o esforo fsico do operrio.

    interessante tambm que o cronograma fsico da obra esteja pronto,

    proporcionando a previso dos quantitativos de materiais e de operrios, bem como a

    previso do incio e durao do servio. Pela anlise do cronograma fsico,

    conseguem-se melhores dados sobre o espao destinado no canteiro, ao

    armazenamento dos pr-moldados, assim como o tempo necessrio para a estocagem.

    J no caso da produo do elemento ocorrer no prprio canteiro, alm da regio

    de armazenamento e transporte citados anteriormente, necessrio o planejamento darea destinada s unidades produtivas.

    Elementos pr-moldados leves podem ser produzidos em instalaes mais

    simples e mais baratas, com pouca ou nenhuma mecanizao, evitando-se grandes

    investimentos de capital.

    Em muitas situaes, na viso de HANAI & EL DEBS (1993), possvelempregar mo-de-obra no especializada. Entretanto, conveniente introduzir o

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    PLANILHA 1 - QUADRO DE CLASSIFICAO DE PR-MOLDADOS

    treinamento do pessoal, o controle de qualidade rigoroso e o incentivo maior

    produtividade.

    4.5 TIPOS DE CONCRETOS PR-FABRICADOS

    Os elementos pr-fabricados podem ser classificados de diversas formas, como

    por exemplo, quanto seo transversal, quanto ao processo de execuo, e quanto a

    sua funo estrutural. Uma classificao de grande interesse em relao

    concepo, em nvel geral, do concreto pr-fabricado, originando ao que est sendo

    aqui denominado de tipos de concreto pr-moldado, conforme tabela abaixo.

    Quanto ao local de

    produo dos elementos Pr-fabricado de fbrica Pr-moldado de canteiro

    Quanto incorporao de

    material para ampliar a seo

    resistente no local de utilizaodefinitivo

    Estrutura de seo

    completa Estrutura de seo parcial

    Quanto categoria do peso

    dos elementos Estrutura pesada Estrutura leve

    Quanto ao papel

    Desempenhado pela aparncia Concepo normal Concepo arquitetnica

    O pr-fabricado de fbrica aquele executado em instalaes permanentes

    distantes da obra. Esse tipo de pr-fabricado pode ou no atingir o nvel de pr-

    fabricado, segundo o critrio da NBR-9062/85. A capacidade de produo da fbrica e

    a produtividade do processo, que dependem principalmente dos investimentos em

    frmas e equipamentos, podem ser pequenas ou grandes, com tendncia maior ao

    ltimo caso. Nesse caso, deve-se considerar a questo do transporte da fbrica at a

    obra, tanto no que se refere ao custo dessa atividade como no que diz respeito

    obedincia aos gabaritos de transporte e s facilidades de transporte.

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    Em contrapartida ao tipo anterior, o pr-moldado de canteiro executado em

    instalaes temporrias nas proximidades da obra. Essas instalaes podem ser mais

    ou menos sofisticadas, dependendo da produo e da produtividade que se deseja. Em

    geral, h certa propenso a ter baixa capacidade de produo e, conseqentemente,

    pequena produtividade. Para este tipo de elemento no se tem o transporte longa

    distncia e, portanto, as facilidades de transporte e a obedincia a gabaritos de

    transporte no so condicionantes para seu emprego. Alm disso, esse tipo de

    elemento no est sujeito a impostos referente produo industrial e circulao de

    mercadorias.

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    5555 ESTUDOS PROPOSTOS

    Por meio de anlise de projetos e de visita a obras de edifcios de alvenariaestrutural, fez-se um levantamento dos elementos pr-moldados no muito comuns a

    serem utilizados, mas que mereceriam ser objeto de estudo deste trabalho.

    Os aspectos considerados nesta anlise referem-se facilidade de produo e

    montagem, viabilidade econmica e compatibilidade com o processo construtivo, que

    sero discutidos e comentados com mais afinco no desenvolvimento do trabalho.

    Os pr-moldados podem ser classificados em duas classes: os leves e os

    pesados. Os leves servem mais como composio do conjunto estrutural da alvenaria

    enquanto que os pesados fazem parte integral do sistema estrutural em questo.

    Os elementos pr-moldados selecionados foram: lajes macias planas e

    escadas pr-moldadas no qual se adequassem ao projeto de alvenaria estrutural de

    forma nica a formarem um conjunto de sistemas estruturais integrados.

    A pr-moldagem, de modo geral, implica em linhas de produo mais

    organizadas, com a repetio das atividades e os elementos pr-moldados acabam por

    simplificar a execuo, eliminar retrabalhos e reduzir o nmero de etapas construtivas

    sem interferir na realizao de outros servios ou interromp-los.

    5.1 ESCADAS PR-MOLDADAS

    Escadas so elementos da edificao projetados para que o ser humano, com

    pequeno dispndio de energia, consiga ir andando de um nvel a outro.

    A sua geometria irregular, caracterizada por planos inclinados e dentes, traz

    transtornos de montagem das formas e da armao e complicaes para a

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    21FIG. 1 Lance de escada pr-moldado

    concretagem. Por todas as dificuldades que a geometria irregular proporciona, a

    escada requer um tempo considervel de execuo em obra.

    Visando minimizar os transtornos provenientes da moldagem das escadas no

    local, surgem, como alternativa, as escadas pr-moldadas.

    O uso de escadas pr-moldadas muito comum quando a estrutura tambm

    pr-moldada; porm, as vantagens deste componente j se faz sentir em outros

    sistemas construtivos e, mesmo quando a laje do pavimento for moldada no local, elas

    no deixam de ser uma soluo a se considerar.

    Uma das principais vantagens dessas escadas que, aps a sua montagem, os

    acessos definitivos para o transporte vertical so liberados.

    As solues construtivas ideais para a racionalizao do processo so aquelas

    em que determinados servios no interferem no andamento dos outros, buscando-se

    sempre minimizar as operaes de grande durao. Baseando-se nesta afirmao,

    pode-se dizer que a escada pr-moldada ajuda racionalizao do processo.

    5.1.1 ESCADAS PR-MOLDADAS DE PEAS GRANDES

    A escada pr-moldada a ser estudada a

    monoltica de grandes dimenses, onde esse tipo

    composto por elemento nico, apoiado diretamente

    em vigas ou lajes, podendo ter ou no o patamarincorporado.

    O peso dos elementos impossibilita-os de

    serem transportados manualmente, impondo o uso

    de equipamentos especiais de iamento. Portanto, a

    adoo deste tipo de escada depende basicamente

    do equipamento de montagem disponvel na obra.

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    FIG. 2 Frma Metlica da Escada Pr-moldada

    FIG. 3 Projeto Esquemtico da Escada Pr-moldada

    A produo industrial feita por formas especais metlicas, s quais permitida

    alguma liberdade para a regulagem da inclinao, da largura (passo) e da altura

    (espelho) dos degraus, do comprimento dos patamares e da largura total da escada,

    possibilitando a uma mesma forma a produo de escadas com vrias dimenses.

    As formas metlicas permitem

    alguma flexibilidade de dimenso; porm,

    apenas de alguns centmetros,

    significando que, ao se adquirirem

    escadas pr-moldadas industrializadas,

    ainda se est sujeito s condies

    impostas pelos fabricantes quanto s

    variaes dimensionais e sobrecargas

    mximas.

    A norma sobre espao modular

    para escadas da ABNT (1982), NBR

    5717, prescreve que o passo e o espelho

    dos degraus devem ser escolhidos de

    acordo com as exigncias do projeto e

    no so, necessariamente, modulares.

    No entanto, recomenda que os

    comprimentos dos degraus sejam.

    Atualmente, no h conhecimento de

    indstrias brasileiras de pr-moldados queatuem no mercado fornecendo escadas

    compostas por grandes dimenses pelo

    sistema de industrializao de ciclo aberto;

    portanto, este tipo de escada fica restrito

    industrializao de ciclo fechado, onde no

    h intercambialidade dos elementos, ou

    produo no prprio canteiro de obra.

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    FIG. 4 Transporte e Iamento do lance da escada pr-moldada

    O dimensionamento destes elementos segue o mesmo procedimento usado

    para as escadas de concreto armado moldadas no local, com o acrscimo das

    consideraes referentes s situaes transitrias, em que so freqentes ocorrerem

    solicitaes diferentes das que ocorrem na situao final.

    O transporte por iamento das escadas compostas por elementos de grandes

    dimenses um exemplo de situao transitria com solicitaes diferentes das que

    ocorrem na situao final e que devem ser previstas em projeto.

    5.1.2 ESCADAS PR-MOLDADAS COMPOSTAS POR VRIOS ELEMENTOS

    Este tipo de escada constitudo por vrios elementos pr-moldados de

    concreto armado, de tal forma que cada elemento possa ser manuseado sem o auxlio

    de equipamentos especiais de iamento.

    Usualmente, emprega-se a escada jacar ou a nervurada, mas h o

    conhecimento de escadas pr-moldadas espirais.

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    FIG. 5 Escada Pr-moldada Espiral (FIP, 1994)

    As vantagens quanto ao manuseio, rapidez de execuo, simplificao e aeconomia so particulares s escadas pr-moldadas compostas por vrios elementos:

    o transporte, como anteriormente apresentado, pode ser manual, pois o peso dos

    componentes o permite, eliminando gastos com equipamentos especiais de iamento;

    a execuo em obra resume-se em fixar os componentes no local previsto,

    favorecendo a rapidez e a simplificao, sendo estas duas caractersticas compatveiscom edifcios em alvenaria estrutural, e

    a reduo do peso proporcionada pela espessura reduzida traz economia de

    armadura

    5.1.2.1 ESCADA JACAR

    A escada jacar um expressivo exemplo do uso de elementos pr-moldados

    de pequena espessura compatveis com o manuseio do operrio da construo e

    plenamente aplicveis em edifcios de alvenaria estrutural.

    A afinidade entre o processo construtivo em alvenaria estrutural e as escadas

    jacar est na presena de paredes portantes capazes de suportarem as cargas

    provenientes do chumbamento de peas pr-moldadas e pelo fato de os elementos

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    FIG. 6 Elementos constituintes da escada jacar: degrau (a), patamar (b) e viga dentadaou viga jacar (c)

    pr-moldados da escada chegarem ao local de execuo j prontos, restando apenas a

    montagem no devido local.

    Em geral, a escada jacar composta por:

    duas vigas denteadas ou vigas jacar;

    degraus em L;

    patamares pr-moldados;

    peas de apoio do patamar, e

    peas complementares de ajuste.

    A escada jacar assim denominada pois os dentes da viga de sustentao

    assemelham-se cauda de um jacar.

    O peso mximo dos elementos pr-moldados de 50 kg por operrio

    (GRANDJEAN, 1991), o que leva o projetista reduo das dimenses das peas. H

    a possibilidade das peas serem manuseadas por dois operrios, elevando-se o limite

    de peso para 100 kg.

    Uma opo para trabalhar-se com pequenas espessuras o uso de concretos

    de granulometria fina, cobrimento da armadura de 1 cm e dimetro das barras de ao

    de, no mximo, 6,3 mm.

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    Para garantir o comportamento eficaz dos elementos, cuidados devem ser

    tomados na fase de execuo, principalmente com relao s dimenses, ao

    cobrimento da armadura e ao acabamento final. As pequenas espessuras e o

    cobrimento mnimo exigem tcnicas apuradas de execuo. So bem aceitas as

    tcnicas aplicadas argamassa armada, juntamente com um controle de execuo.

    Os ajustes dimensionais precisam ser rigorosamente respeitados e o

    acabamento final da superfcie das peas deve apresentar boa aparncia, pois, muitas

    vezes, no se far uso de revestimentos.

    Sugere-se o uso de formas metlicas para atender aos cuidados propostos,

    porm, esta uma deciso a ser tomada pelo construtor, que analisar a relao

    custo/benefcio que o investimento trar para seu empreendimento.

    A conformao da escada comea pelo chumbamento das vigas denteadas na

    alvenaria. O chumbamento feito com buchas e parafusos ou com chumbadores; para

    tanto, recomendvel preestabelecer os furos nas vigas e preferencialmente,

    preencher os blocos que recebero os parafusos com graute.

    5.2 LAJES PR-MOLDADAS

    Uma laje o elemento estrutural de uma edificao responsvel por transmitir as

    aes que nela chegam para as vigas (ou diretamente para os pilares no caso de lajes

    fungiformes) que a sustentam, e destas para os pilares, sendo elementos estruturais

    bidimensionais, caracterizadas por ter a espessura muito menor do que as outras duas

    dimenses e o carregamento que nelas atuam serem perpendiculares ao seu plano

    mdio.

    As lajes pr-moldadas surgiram atravs de muita pesquisa em busca de vencer

    grandes vos com a quantidade minima de possvel de altura, mais gil para ser

    montadas e no precisando de escoramentos e formas. Isso s possivel com o

    trabalho geomtrico bem definido onde se constitui de placas de lajes que ao serem

    submetidas a esforos de trao e compresso, diminuindo-se o seu peso prprio,

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    podendo ser dimensionada com armao CA50 e CA60, cordoalhas de protenso e

    cabos de protenso.

    Baud (1981), distingue dois tipos caractersticos de lajes pr-moldadas, a base

    de concreto armado:

    a) lajes semi-pr-fabricadas, nas quais o elemento resistente a trao

    executado em fbricas e o concreto, que ir resistir a compresso, lanado no prprio

    local;

    b) lajes completamente pr-fabricadas, onde todo o elemento estrutural

    confeccionado na indstria e colocado, posteriormente, na obra.

    Cada um destes tipos tm caractersticas diferentes, as quais acarretam

    vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas em cada caso em particular.

    Segundo SOUZA (1988), a grande maioria das tecnologias utilizadas na

    construo, constitui-se de processos e produtos convencionais, observando-se em

    algumas regies do pas a utilizao de processos racionalizados e semi-

    industrializados" (Souza, 1988).

    5.2.1 LAJES SEMI-PR-FABRICADAS

    Visando um menor custo/ benefcio comeou-se analisar vrias formas na

    concepo e fabricao de lajes, como as lajes nervuradas in loco, onde o consumo

    de concreto reduzido e o peso prprio aliviado, por meio de introduzir elementos

    como: tijolo furado, tubo de papelo reforado, bloco de concreto leve, isopor, lajotas

    cermicas entre outras.

    Dentro desse sistema existem variaes das nervuras tais como:

    - Nervurada treliada, onde as lajes treliadas pr-moldadas tm como vantagem a

    reduo da quantidade de frmas. Hoje, utiliza-se o sistema treliado com nervuras

    pr-moldadas, executadas com armaduras treliadas. A laje treliada composta de

    uma estrutura espacial com vigas e elementos de enchimento que podem ser

    cermicas, EPS (isopor), concreto, concreto celular e outros.

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    FIG. 7 Laje treliada com enchimento cermico FIG. 8 Laje treliada com enchimento de isopor

    FIG. 9 Laje mista Pr-fabricada convencional (JosCarlos, Lajes Mediterrnea 1991)

    FIG. 10 Laje trelia com elementos cermicos, (Autor 2006)

    - Nervurada protendida, onde as lajes nervuradas podem ser executadas com vigas

    ou vigotas protendidas de fbrica, quando necessrio resistir a vos maiores.

    Mesmo com tantas vantagens em relao a reduo de concreto e peso prprio

    apontado como desvantagem desse sistema o custo excessivo dos elementos de

    madeira utilizados como frmas para receber e moldar o concreto. Em busca de

    minimizar esse custo, surgiro ento as vigotas pr-fabricadas de concreto armada

    utilizadas em conjunto com lajotas cermicas, reduzindo assim significativamente o

    custo de frmas e aumento a praticidade do sistema construtivo economizando-se em

    mo-de-obra e tempo.

    Com este sistema consegui-se uma reduo considervel no custo final da laje,

    gerando benefcios razoveis dentro da estrutura como um todo. Por outro lado, este

    sistema bastante limitado no podendo com ele atender e grandes cargas acidentais.

    Isso se deve a alguns fatores principais, tais como a falta de aderncia entre a

    superfcie das vigotas e o concreto de cobertura, no garantindo a monoliticidade a

    estrutura.

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    Vantagens - O mercado oferece uma srie de alternativas para execuo de

    lajes pr-moldadas com nervuras. Os elementos pr-moldados empregados na

    laje nervurada apresentam boa capacidade portante no momento da moldagem

    do restante da laje, reduzindo assim a quantidade de frmas e escoramentos em

    relao ao sistema convencional. Quando as lajes treliadas so executadas de

    forma nervurada, apresentam reduo do volume de concreto e armaduras.

    Desvantagens - A execuo da laje nervurada deve ser cuidadosa, pois pode

    apresentar trincas depois de pronta em razo da falta de aderncia da capa de

    concreto. Quando executada sem os elementos pr-fabricados, a laje treliada

    tem como desvantagem a baixa produtividade e a utilizao intensiva de mo-

    de-obra. O trabalho de armao demorado e h dificuldade de concretagem.

    5.2.2 LAJES COMPLETAMENTE PR-FABRICADAS

    As lajes pr-fabricadas de concreto de grande porte podem servir de pr-lajes ou

    de lajes acabadas. As lajes pr-fabricadas so empregadas em edificaes em que

    pilares e vigas so moldados in loco, recebendo depois capa de solidarizao de

    concreto armado com tela soldada, que varia de 5 cm a 10 cm. Em outro tipo de

    aplicao, tais como plantas industriais, grandes supermercados, mezaninos de reas

    comerciais etc., so utilizadas como laje acabada, junto com vigas, pilares e at

    fechamentos pr-moldados.

    Vantagens - As peas chegam prontas na obra e so iadas at os pavimentos.

    Esse processo de montagem industrial aumenta a rapidez de execuo da obra,

    libera espao no canteiro, pois dispensa estocagem de material, elimina

    desperdcios e oferece boa produtividade. As lajes pr-fabricadas contam com

    controle de qualidade no processo industrial. Durante a produo, so

    controladas a umidade, cura, temperatura, adies ou tenso das cordoalhas, o

    que resulta em peas sem deformaes e com textura e colorao uniformes.

    Atualmente, as lajes pr-fabricadas mais usadas so alveolares (mais leves) e jvm protendidas de fbrica.

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    FIG. 11 Laje Alveolar com enchimento de isopor FIG. 12 Laje Alveolar se aproximando da montagem

    Desvantagens - A modulao das peas pr-fabricadas ainda no foi adotada

    pelo mercado como um todo. Por isso, importante o construtor administrar os

    elementos a serem utilizados em cada tipo de obra. A estrutura pr-fabricada

    tambm tem movimentao diferente da tradicional entre os seus vrios

    componentes. Se os elementos no forem utilizados de modo compatvel,

    podem gerar patologias inesperadas. Os custos iniciais dos pr-fabricados

    tambm so mais altos, e a escolha depende das necessidades especficas de

    cada obra ou da conjuntura econmica.

    5.2.2.1 LAJE PR-FABRICADA ALVEOLAR

    A laje Alveolar tem sua altura estabelecidas em H16, H20, H30, H40 e H50, so

    indicadas para vo maiores que 5 metros e obras acima de 100m , podendo resistir

    sobrecargas de 1,5KN/m sendo peas de lajes sem a utilizao do concreto

    protendido e sim apenas armaduras CA60 em sua parte inferior para resistir aos

    esforos de trao at 2,5KN/m com o uso do concreto protendido.

    As lajes alveolares protendidas so produzidas por extrusoras que se movem

    devido a alta compactao do sistema de extruso formando um bloco nico. As vigas

    apresentam contra flechas devido a esforos de protenso a que so submetidas. Esse

    processo assegura perfeita aderncia aos cabos evitando segregao entre camadas,

    permite produzir lajes com at 50cm de altura para vos de 20 metros

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    Aps o corte, ao serem retiradas da pista, as lajes passam por um inspeo final

    e so encaminhadas para o setor de estocagem ou diretamente carregadas. As lajes

    so transportadas em carreta padro e colocadas sobre suporte de madeira,

    empilhadas de forma a no exceder 6 lajes por pilhas, podendo-se acomodar at duas

    lajes entre pilhas de uma mesma carga, desde que no exceda 28t.

    As lajes alveolares, por serem executadas em pistas metlicas, apresentam a

    superfcie inferior lisa, eliminando a necessidade de revestimento. Na face superior se

    necessrio especificado capeamento com tela soldada para melhor distribuir as

    sobrecargas.

    A resistncia ao cisalhamento de lajes alveolares pode ser governada por doismecanismos bsicos: a) quando a fora de cisalhamento prxima ao apoio produz uma

    tenso principal de trao em um ponto crtico da nervura entre os alvolos, excedendo

    a resistncia de trao do concreto; b) quando a tenso de trao produzida por

    cisalhamento combinada com outras tenses de trao no concreto, como, por

    exemplo, as tenses de trao causadas pela introduo da fora de protenso na

    regio de transferncia e/ou por tenses de trao causadas pela presena combinada

    de flexo.

    A eficincia do projeto de lajes alveolares pr-moldadas de concreto pode ser

    avaliada por meio de ensaios de elementos de lajes (ensaios para controle da

    qualidade, ensaios de prova de carga para verificao de projeto e ensaios de pesquisa

    e desenvolvimento). O ensaio de cisalhamento permite, alm de avaliar a resistncia

    ao cisalhamento da laje alveolar, avaliar indiretamente a resistncia trao do

    concreto e a ancoragem.

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    FIG. 13 Processo de fabricao e concretagem da laje. FIG. 14 Frma Metlica e dimenso da laje pr-moldada.

    5.2.2.2 LAJES PR-FABRICADAS PLANAS MACIAS

    As lajes pr-fabricadas planas e macias so consideradas completamente pr-

    fabricadas porque so produzidas totalmente pelo processo industrializado, ou seja,

    numa fbrica produtora ou em uma central implantada dentro do prprio canteiro de

    obras, no qual necessrio a utilizao de apoio mecanizado para o transporte e para

    a montagem.

    Tratam-se de lajes que variam de espessura de 10cm a 12cm e dimenses de

    vos de 2,5 metros de largura a 8,00 metros de comprimento, portanto vencem

    pequenos vos dependendo do dimensionamento dado pelo calculista, sendo

    necessrio o apoio por completo na alvenaria estrutural. Elas so produzidas por um

    processo semelhante ao de placas de vedao vertical, chamado Tilt-up, onde ser

    descrito mais detalhadamente no captulo seguinte.

    O dimensionamento feito para que suportem os vos com apenas malhas de

    tela soldada tipo Q e reforos pontuais nos ganchos de iamento para montagem e

    desplacamento das mesmas.

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    6666 PRODUO DE PR-MOLDADOS

    A produo dos pr-moldados merece ateno especial, pois se realizada sem

    controle pode pr a perder todo um projeto bem elaborado, trazer patologias edificao e at comprometer a segurana estrutural do elemento.

    6.1 SISTEMA PRODUTIVO TILT-UP

    O processo Tilt-up consiste na tcnica de produzir elementos em concretoarmado na posio horizontal, no prprio canteiro de obras, e posteriormente bascul-

    los, iando-os para a posio vertical e definitiva.

    O Tilt-up foi proposto, pela primeira vez, em 1904, num concurso de Novos

    Mtodos Construtivos para habitaes com dois pavimentos nos EUA, nada mais,

    nada menos que por Thomas Edson aonde concorreu apresentando um sistema de

    execuo da fachada em um nico painel, com as aberturas para as janelas e portas.

    Pode-se definir o sistema construtivo estrutural baseado na execuo de

    paredes pr-moldadas em concreto armado, moldadas na prpria obra utilizando uma

    laje (Rivera) et al, p5, 2005 piso ou outra superficie extremamente plana e sem

    imperfees designada para esses, como forma. Aps preparada a superfcie e

    ultrapassado o perodo estabelecido para a cura do concreto, o elemento iado e

    pocisionado. Essas peas podem ter somente funo de vedao como painis j

    utilizados em grande escala no mercado, ou ento, funo estrutural permitindo odimensionamento ou at o mesmo a eliminao de alguns elementos estruturais.

    A origem do sistema Tilt-up no claramente definida entre os pesquisadores.

    Uma das primeiras citaes que encontramos ocorre no livro A survery of the Turkish

    Empire de 1799, escrito pelo historiador Willian Eton. No livro o historiador cita u

    exemplo de construo onde um pedreiro com pregos e cordas marcavam um

    semicrculo no cho, posicionava os blocos, fixava-os com um tipo de gipsita formando

    um arco e ento erguia o arco em sua posio final (Rivera et al., p.5, 2005).

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    FIG. 15 Frontal da Igreja Metodista de Zion, Illinois - USA - Robert Aiken - 1908

    FIG. 16 Mapa de Uso do Tilt-up no mundo

    No incio do sculo XX, para a realizao da obra do Camp Logan Rifle Range,

    em Ilinois nos EUA, o americano Robert Aiken projetou e executou paredes de

    sustentao armadas e escoradas. As paredes foram construdas no cho e ento,

    posteriormente, foram erguidas e colocadas na fundao j prontas. Aiken j aplicou

    essa tcnica em diversos projetos dentre os quais se destaca o projeto para a

    construo de uma Igreja Metodista em Zion, Ilinois/ EUA, em 1910, (Rivera et al., p.5,

    2005).

    As paredes foram moldadas in-loco em uma base lisa composta de areia, com oconcreto lanado envolta das armaes das portas e janelas. Com as paredes

    finalizadas e com o auxilio de uma talha e um primitivo guindaste, as paredes eram

    ento iadas na posio final. (Rivera et al, 2005).

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    6.1.1 VANTAGENS DOS SISTEMA

    Dentre inmeras vantagens que encontramos no sistema podemos destacar:

    Rapidez Com a construo horizontal das paredes, a ausncia de colunas e

    fundaes simplificadas, fcil observarmos o benefcio financeiro que

    representa uma obra entregue em tempo muito menor. Em alguns casos, este

    fator significa a soluo para uma aparente inviabilidade, graas eficcia de

    custos.

    Qualidade Concreto armado, construdo em condies que permitem maior

    controle e homogeneidade, acabamento e tratamentos especficos para cada

    indstria, piso padro superior, coberturas em sistemas avanados. Do primeiro

    dia de terraplanagem, ltima mo de pintura, qualidade no apenas uma

    vantagem, mas uma regra.

    Economia No necessrio o uso de calculadora para saber o significado de

    custo zero em pilares e vigas laterais, alm da significativa economia em

    fundaes e maior velocidade de construo.

    Segurana As paredes so moldadas no nvel do piso, eliminando formasverticais, significando maior segurana para a equipe de construo, e maior

    segurana de qualidade homognea.

    Versatilidade Na confeco de paredes, na incluso de sistemas especiais,

    na aplicao de coberturas sofisticadas.

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    Beleza - Com Tilt-up a estrutura do edifcio pode ser muito atrativa. Grandes

    painis Tilt-up podero receber uma enorme variedade de tratamentos

    decorativos, tais como coloraes ilimitadas, que podem ser adicionadas a

    misturas do concreto ou as pinturas texturizadas, ou moldes superficiais em

    diversos tipos, com haletas, pedras, tijolos, alm de muitos outros efeitos

    decorativos.

    Durabilidade Muitos edifcios construdos na dcada de 50, mostram poucos

    sinais de idade, mesmo aps meio sculo de vida. De fato, edifcios construdos

    em 1908 ainda se encontram em servio.

    Conforto Acstico e Trmico Se o edifcio estiver em rea ruidosa, ou

    abrigar um processo industrial ruidoso, voc contar com todas as vantagens

    das propriedades acsticas do concreto. A massa absorve com mais eficcia

    que qualquer edifcio de fechamento metlico. a massa trmica inerente aos

    painis reduzir os picos e cargas trmicas do sistema de refrigerao.Indstrias que exigem controle de temperatura interna prxima de zero, podem,

    contar com painis tipo sanduche, com isolamento trmico entre duas camadas

    de concreto.

    Expanso Um edifcioem Tilt-up pode ser projetado e construdo permitindo

    fcil expanso, simples destacando e re-locando os painis ou corando novasaberturas sobre os mesmos.

    Custos com seguro menores O concreto fornece maior resistncia ao fogo

    que outras estruturas convencionais, principalmente estruturas metlicas.

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    FIG. 17 Preparo da Frma metlica e inicio da concretagem da mesma

    FIG. 18 Polimento da laje pr-moldado e vista rea do pr-moldado

    FIG. 19 Inicio do processo de iamento da placa pr-moldada

    6.1.2 DESCRIO DO SISTEMA PRODUTIVO

    A idia bsica do sistema consiste na construo de paredes e lajes de concreto

    armado sobre o piso nivelado que funciona como uma frma. Portanto, o piso grande

    importncia para o sistema Tilt-up e, ao contrrio dos outros tipos de sistemas onde o

    piso executado no final da obra, no sistema Tilt-up o marco inicial da obra.

    Aps a confeco do piso, as frmas e armaes dos painis so montados

    sobre o piso. Deve-se utilizar um desmoldante adequado que seja suficientemente

    eficaz. Ainda, nesta etapa so includas as aberturas de portas e janelas, bem comofrisos e texturas decorativas.

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    FIG. 20 Escoramento das placas pr-moldadas

    Aps a execuo dos painis e a cura, os mesmos so iados por um guindaste

    e posicionados sobre as fundaes e, escorados. Mais tarde as escoras so retiradas

    quando a execuo das lajes de coberturas que fornecero aos painis o travamento e

    estabilizaes necessrias.

    6.1.3 FABRICAO DA PLACA

    O processo de fabricao assemelha-se muito ao de execuo de um piso de

    concreto, mais com outras peculiaridades.

    A primeira etapa do processo consiste na preparao da base que servir como

    frma para a placa. Definidas as dimenses, prepara-se uma pista de produo, essas

    pistas so geralmente construdas por pisos de concreto concludos e, que devido a

    sua planicidade, apresentam caractersticas prprias para a realizao do processo.

    Caso no haja nenhum piso executado ou no haja possibilidade executiva de

    realizao, executa-se uma pista, que nada mais do que um piso de concreto magro

    de espessura varivel de 5 a 7cm com um acabamento liso.

    Na maioria dos casos, no necessrio o aumento de rea para a montagem,

    uma vez que os painis podem ser executados e montados no interior da obra", afirma

    Vendramini. Conforme o nmero de placas, possvel otimizar o uso das frmas,

    planejando o reso assim que completado o permetro da obra. Quando no h espao

    suficiente, possvel empilhar at seis painis. Thomaz lembra que "as primeiras

    peas fundidas sero as ltimas a serem montadas". Segundo ele, a seqncia de

    montagem deve fazer parte de um plano bem elaborado, a fim de economizar com oaluguel de guindastes e principalmente acelerar a solidarizao do conjunto.

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    FIG. 21 Fluxograma de produo de elementos em concreto armado (MELHADO, 1998)

    FIG. 22 Projeto esquemtico das lajes pr-moldadas

    Na concretagem inserimos em determinadas posies inserts na frma. Um dos

    inserts que existem o lift, porm h outros tipos que por serem metlicos atuam

    como ponte de ligao atravs de solda entre a cobertura e o painel entre pilares e

    painis e at mesmos entre duas placas.

    Aplica-se o desmoldante no piso para evitar que o painel seja aderido, facilitando

    desta forma, o iamento do painel quando concludo. O concreto especificado combase no dimensionamento do painel lanado, adensado, nivelado e a sua superfcie

    regularizada.

    6.1.4 PROCESSO DE IAMENTO DAS PLACAS

    Durante a cura do painel, geralmente

    no perodo de 5 a 7 dias, as formas soretiradas, juntamente com todas as

    aberturas. Itens e pontos de conexo so

    expostos para a fixao de elementos de

    iamento.

    A quantidade e o posicionamento das

    pegas so determinados em funo da

    geometria e do peso das paredes. SegundoVendramini, o mais costumeiro o emprego

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    FIG. 23 Processo de montagem com o guindaste.

    de dois pares de quatro pegas com

    duas linhas. No entanto, se as placas

    forem irregulares, planeja-se mais

    cabos. Oggi diz que em uma mesma

    obra possvel ter diferentes

    configuraes de cabos.Utilizam-se grandes guindastes

    para essa operao. A preparao para

    o iamento tambm inclui o trabalho de

    fundao, marcao, nivelamento de

    juntas e qualquer pino de conexo.

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    7777 ESTUDO DE CASO

    O objetivo do estudo de caso desse trabalho a obra do Aldeia Parque Igarapda Construtora e Incorporadora Morar em parceria com a Cyrela Brazil Reality. A obra

    est sendo executada na cidade de Laranjeiras-ES. Trata-se de um condomnio

    residencial de casas no Alto da Colina do qual composto de 191 casas com um prazo

    de execuo de obra de 20 meses.

    Para que o prazo de entrega do condomnio fosse garantido, rapidez naexecuo era imprescindvel sem que gerassem maiores transtornos. Por esse motivo

    os mtodos tradicionais no atendiam plenamente essa condio, ento a soluo foi

    adoo de sistemas construtivos baseados em pr-moldados, portanto diante desses

    critrios foi estabelecido que as casas fossem construdas atravs de um sistema misto

    de alvenaria estrutural e lajes pr-moldadas baseados numa sistemtica, bem parecido

    de produo, de placas Tilt-up, no entanto com uma variao de tipologia executiva e

    processual, sendo o mtodo construtivo produzido em grande escala, onde teria umresultado satisfatrio para esse tipo de negcio.

    7.1 PROCESSO EXECUTIVO

    As lajes pr-moldadas foram dimensionadas em funo da variao de modelos

    de casas, logstica do canteiro e logstica de transporte, sendo cada modelo compostopor at 7 tipos de lajes com medidas diferentes.

    Fig. 24 Vista Panormica do condomnio Fig. 25 Vista do modelo de casa do condomnio.

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    7.1.1 PISTA DE PREPARO

    Normalmente, utiliza-se o prprio piso de concreto do prdio como frma para

    execuo das placas. Na obra do Aldeia Parque, no foi possvel esse formato devido

    a restrio de espaos para a confeco das placas prximo as casas. Por isso, foi

    criada, em uma rea do condomnio, uma central de pr-moldados no qual conforme o

    nmero de placas foi possvel otimizar o uso de frmas e seus reusos atravs da

    confeco de at 10 lajes uma sobre a outra apartir de uma pista ou bero especifico

    em funo do modelo de laje de cada casa, sendo a superfcie das placas polidas para

    que a placa de baixo sirva de frma de fundo da de cima. Dessa forma, foi capaz de

    concentrar a mo-de-obra em apenas uma rea facilitando a otimizao do processo e

    produtividade da equipe.

    As pistas ou beros no possuem qualquer funo estrutural, para tanto, no

    houve necessidade de nenhum projeto especifico. O concreto utilizado para afabricao foi de Fck 30Mpa. Como as placas so fabricadas uma sobre as outras o

    Fig. 26 Vista da produo mxima de lajes pr-moldadas. Fig. 27 Vista do bero de produo das lajes pr-moldadas.

    Fig. 28 Confeco de escadas pr-moldadas Fig. 29 Vista da montagem das frmas pr-moldadas.

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    tempo de cura entre elas diferenciado sendo necessrio que a ltima laje da pilha

    tenha no mnimo 8 dias de cura para que seja feito o processo de iamento. Mesmo

    assim, aps a instalao da laje no local recomendado que se coloque algumas

    escoras pontuais nos panos para que se evitem parte da deformao gradativa da

    estrutura.

    7.1.2 FRMA, ARMAO E CONCRETAGEM

    A produo das frmas baseia-se nas tcnicas utilizadas para execuo de

    pisos de concreto. As placas possuem uma espessura mdia de 12cm, sustentadas

    atravs de cantoneiras metlicas e tirantes. Para execuo de diversos rebaixos, frisos

    e acabamentos nas bordas foram determinados que se utilizassem cantoneiras de

    alumnio, quadros de metalon e frisos trapezoidais de madeiras de 5cm de altura para a

    previso das futuras ligaes das instalaes eltricas e hidrulicas entre uma placa e

    outra ou entre um pavimento e outro.

    Fig. 30 Vista dos perfis metlicos da frma. Fig. 31 Travamento da frma metlica com tirante.

    Fig. 32 Vista da instalao dos rebaixos metlicos. Fig. 33 Vista da instalao eltrica da laje.

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    A armao obedeceu a um projeto especifico para cada placa em funo de seu

    modelo sendo composta por duas camadas de telas soldadas e com reforos nos

    ganchos para o iamento das mesmas.

    O lanamento e o adensamento do concreto obedecem aos padres estabelecidos,

    sendo determinados para as placas o Fck 30Mpa, conseguindo assim, alcanar valores

    mnimos de resistncia da pea e realizar a desforma e o iamento dos painis com

    segurana e num tempo bem menor que o convencional realizado.

    Fig. 34 Vista esquemtica do projeto executivo de produo da laje pr-moldada com os rebaixos e posicionamento dos ganchos.

    Fig. 35 Concretagem da laje pr-moldada Fig. 36 Iamento e transporte das placas.

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    7.1.3 IAMENTO E MONTAGEM DOS PAINIS

    As placas so

    dimensionadas conforme sua

    disposio e esforos

    recebidos. Porm, como na

    maioria dos pr-moldados, um

    dos momentos de maior

    esforo localizado e de

    importante considerao nos

    clculos estruturais, o do

    iamento da placa de concreto,

    assim uma atuao

    concentrada de esforos. Como

    dito anteriormente, esse fator

    contribui decisivamente para a

    alterao na especificao do

    concreto dos painis.

    A montagem das placas , normalmente, realizada por guindastes com

    capacidade de carga de 30 toneladas. Esse guindaste devido ao seu plano de rigging,

    suporta na situao oferecida pela obra placas de no mximo 10 toneladas.

    Devido a isso, quando o iamento no bem sucedido ou a placa no bem

    equilibrada na hora do erguimento, o no atingimento do fck de cura ou desequilbrionos cabos de iamento gera provenientes fissuras e trincas que podem acarretar at a

    perda da funo estrutural da pea, condenando-a.

    Fig. 37 Rigging de um guindaste utilizado para a montagem das placas(Catlogo Liebherr, 2006)

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    7.1.4 FINALIZAO

    No dia seguinte ao iamento so realizadas as interligaes eltricas entre as

    placas e as juntas entre as lajes so seladas atravs do grouteamento e protegidas

    contra as intempries. No encontro entre a alvenaria e a laje pr-moldada realizado o

    aperto a fim de evitar possveis trincas ou ao das chuvas.

    Fig. 38 Problema ocasionado pelo mau iamento da placa. Fig. 39 Trinca de iamento.

    Fig. 40 Trinca causada pela no excentricidade dos cabos. Fig. 41 Desplacamento mau sucedido..

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    7.1.5 ANLISE DA VIABILIDADE ECONMICA

    Com o objetivo de fazer uma primeira avaliao da viabilidade econmica da

    proposta construtiva, foi desenvolvida uma comparao de custos para um caso tpico

    entre uma casa, de dois pavimentos com as mesmas dimenses e tamanhos, com uma

    sistemtica construtiva convencional e uma no sistema misto de alvenaria estrutural e

    laje pr-moldada.

    A alternativa construtiva convencional remete a uma edificao na qual a sua

    alvenaria uma alvenaria de vedao, portanto sem funo estrutural, com um

    conjunto de pilares e laje macia plana executada in-loco enquanto que a alternativa

    mista de alvenaria estrutural e laje pr-moldada foi necessria criao de uma central

    de pr-moldados para que fosse possvel produzir e armazenar um volume maior de

    lajes pr-moldadas macias e planas para assim dar vazo para a execuo da

    alvenaria estrutural.

    Fig. 42 Pavimento com lajes instaladas Fig. 43 Tratamento das juntas entre as lajes.

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    ESTRUTURA CONVENCIONAL X PR-MOLDADO - CASA A

    PR-MOLDADO CONVENCIONALITEM DESCRIO

    UNID. QUANT.TOTALPREOUNIT R$

    PREOTOTAL R$

    QUANT.TOTAL

    PREOUNIT R$

    PREOTOTAL R$

    1 INFRA-ESTRUTURA5.631,90 5.587,17

    1.1 GABARITO CASA 1,00 284,29 284,29 1,00 284,29 284,29

    1.2 FRMA E DESFORMA

    1.2.1 FORMA RADIER M7,30 13,87

    101,25

    1.2.2 FORMA EXTRA RADIER M 6,89 13,87 95,56 6,89 13,87 95,56

    1.2.3 FORMA METLICA DO RADIE CASA 0,01 7.500,00 82,50

    1.2.4 MO-DE-OBRA PARA FORMAMETLICA RADI CASA 1,00 63,48 63,48

    1.2.5 DESFORMA M 14,19 4,88 69,25 14,19 4,88 69,25

    1.3 ARMAO

    1.3.1 TELA LAJE PISO TRREO kg 288,00 3,64 1.048,32 288,00 3,64 1.048,32

    1.3.2 TELA EXTRA RADIER kg 35,00 3,64 127,40 35,00 3,64 127,40

    1.4 CONCRETO

    1.4.1 CONCRETO MAGRO LAJEPISO TRREO = 5CM M 3,35 154,73 518,35 3,35 154,73 518,35

    1.4.2 CONCRETO MAGRO EXTRARADIER E=5CM M 1,40 154,73 216,62 1,40 154,73 216,62

    1.4.3 CONCRETO BOMBEADO30MPa RADIER M 13,96 193,09 2.695,54 13,96 193,09 2.695,54

    1.4.4 CONCRETO BOMBEADO30MPa EXTRA LAJE PISO M 2,23 193,09 430,59 2,23 193,09 430,59

    2 SUPER ESTRUTURA 14.592,20 17.406,39

    2.1 FRMA E DESFORMA

    2.1.1 FRMA PILAR TRREO ESUPERIOR METLICO M 13,44 12,27164,91

    48,93 12,27600,37

    2.1.2 FRMA LAJE TRREO ESUPERIOR M - 22,13-

    126,00 22,132.788,38

    2.1.3 FRMA ESCADA E VIGA M - 28,58-

    55,00 28,581.571,90

    2.1.4 PASTA DESMOLDANTES M 126,00 1,60201,60

    2.1.5 DESFRMA M139,44 3,22

    449,00229,93 3,22

    740,37

    2.1.6

    FRMA ENCARREGADO ECONSULTORIA DA STONEESTRUTURA PR-MOLDAD0 -LAJES E VIGAS

    M 13,48 150,002.022,00

    2.1.7

    FRMA ENCARREGADO ECONSULTORIA DA STONEESTRUTURA PR-MOLDADO- ESCADA

    M 1,00 250,00250,00

    2.1.8 SINAL PARA TRANSPORTEDE MOLDE M 14,48 4,3562,99

    2.2 ESCORAMENTO CASA 1,00 2.000,002.000,00

    2.3 ARMAO

    2.3.1 TELA LAJA TRREO ESUPERIOR kg 610,00 3,64 2.220,40 517,00 3,64 1.881,88

    2.3.2ARMAO CORTADA EDOBRADA

    kg1.015,00 3,41

    3.461,151.038,00 3,41

    3.539,58

    2.4 CONCRETO

    2.4.1 CONCRETO BOMBEADO 30Mpa M 14,48 193,09 2.795,94 19,74 193,09 3.811,60

    2.4.2 CONCRETO CONVENCIONALPILARES 30 Mpa M 0,75 221,79 166,34 1,56 221,79 345,99

    2.4.3 GROUTEAMENTO DEALVENARIA ESTRUTURAL M 2,24 207,76 465,38 -

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    2.4.4 CONTROLE TECNOLGICODOS MATERIAIS VB 1,00 126,32 126,32 1,00 126,32 126,32

    2.4.5

    GROUTEAMENTO DOSPILARES, ENCONTRO DELAJES E FUROS DEINSTALAO

    CASA 1,00 652,90 652,90

    2.4.6 PLATAFORMA PARAMOLDAGEM DAS LAJES VB 1,00 79,00 79,00

    2.4.7 POLIMENTO PARAACABAMENTO DAS LAJESPR-MOLDADAS

    M 116,53 4,00 466,12

    2.5 OUTROS

    2.5.1

    OUTROS ITENS ESPECIAISLAJES PR-MOLDADAS,MATERIAIS PARA IAMENTODAS LAJES PR-MOLDADAS

    M 14,48 17,55 254,12

    2.6 EQUIPAMENTOS

    2.6.1

    EQUIPAMENTOS PARAMONTAGEM DAS LAJES PR-MOLDADAS (MUCK EGUINDASTE)

    CASA 1,00 754,02 754,02

    2.7ALVENARIA

    5.924,80 4.889,94

    2.7.1 ALVENARIA ESTRUTURAL DE14CM M 142,74 28,47 4.063,81

    2.7.2 ALVENARIA ESTRUTURAL DE9CM M 87,7 21,22 1.860,99 230,44 21,22 4.889,94

    2.8REVESTIMENTOS

    2.374,53 2.806,42

    2.8.1 GESSO LISO NO TETO PARACORREES M 199,00 2,50 497,50 199,00 7,50 1.492,50

    2.8.2QUADROS DE GRANITO -DIFERENA ENTRE PAREDEDE 14CM E 9CM

    VB 1,00 1.877,03 1.877,03 1,00 1.313,92 1.313,92

    PR-MOLDADO28.523,42

    CONVENCIONAL30.689,92

    Diante dos custos apresentados na planilha acima percebemos que existem

    pontos relevantes a serem considerados quando comparado os dois sistemas

    (Convencional In-loco x Alvenaria estrutural e Laje Pr-moldada), tais como:

    - Frma No sistema pr-moldado h a utilizao de frmas metlicas para a

    confeco das lajes e diante disso por ser um sistema no muito comum existe a

    necessidade do acompanhamento de uma empresa terceirizada detentora doconhecimento para a produo dos pr-moldados sendo essa assistncia baseada no

    valor do metro cbico produzido. J no sistema convencional existe a utilizao de

    frmas de madeira na qual alm do custo elevado, desperdcio de materiais se

    comparado com a metlica ainda tem o baixo nmero de repeties nas suas

    reutilizaes, devido a isso o uso da frma metlica se torna mais vantajosa quando o

    volume a ser produzido de peas elevado.

    - Escoramento No sistema pr-moldado essa etapa no considerada enquanto

    que no convencional deve-se levar muito em considerao devido ao elevado custo.

    Planilha 2 Estudo comparativo entre estrutura convencional e sistema misto de alvenaria estrutural e lajes pr-moldadas

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    - Equipamentos de Montagem Essa uma etapa peculiar somente ao pr-moldado

    que deve ser observar pelo fato de ser necessrio ter toda uma logstica de transporte

    e risco no processo de iamento e instalao no seu destino, sendo um equipamento

    no muito comum, portanto com custo elevado no conjunto.

    - Alvenaria No sistema convencional a alvenaria tem apenas a funo de vedao

    enquanto que a estrutural tem a funo de suporte aos esforos, sendo assim os

    custos de confeco dos blocos mais elevados, no entanto se analisarmos todo o

    sistema perceberemos que isso se dilui.

    - Concreto No sistema convencional pela estrutura ser executada antes da alvenaria

    necessrio que a mesma seja autoportante e resista aos esforos solicitados emfuno dos vos variando assim a seo da laje para mais ou para menos. J no

    sistema pr-moldado por j existir a alvenaria estrutural que capaz de distribuir

    melhor os esforos consegue-se reduzir a espessura das lajes, reduzindo-se assim o

    volume de concreto utilizado.

    Os valores encontrados na planilha acima mostram que entre os dois sistemas,

    diante das mesmas condies, a variao de custos reduzida podendo ser

    considerado quase o mesmo e desprezvel.

    A diferena e a vantagem do sistema pr-moldado diante dos custos

    considerados pelas as frmas, mo de obra, instalao de canteiro e, para a alternativa

    em concreto pr-moldado, transporte e montagem h os benefcios da racionalizao

    da construo com o emprego do concreto pr-moldado, agilidade do processo

    construtivo j que no h a necessidade do escoramento e cura in loco, aumento do

    nvel de qualidade dos servios, possibilidade de capacitao da mo-de-obra eespecializao e reduo dos erros executivos. Diante disso, ainda pode-se

    desconsiderar a necessidade de regularizao do piso (contrapiso) e da laje de teto

    (gesso liso e reboco) alm do acabamento das superfcies ficarem muito melhor.

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    8888 CONCLUSO

    Devido a grande necessidade por prazos que o mercado nos impe, devemoscada vez mais estar procura de novos e prticos mtodos construtivos que nos

    atendam tanto financeiramente, quanto em rapidez.

    Os sistemas construtivos pr-moldado, em geral, apresentam um custo muito

    parecido com o sistema convencional. Em termos de planejamento, controle e agilidade

    no h a menor dvida sobre a adoo de pr-moldados, pois eles tero um resultado

    bem mais satisfatrio que outro mtodo.

    Por outro lado, vemos cada vez mais, a construo civil partindo para a

    modulao e pr-fabricao dos mais variados elementos, nos levando a crer que

    dentro de alguns anos conseguiremos valores razoveis para a execuo desses

    mtodos, tambm em construes de pequeno e mdio porte.

    necessrio antes da definio dos mtodos construtivos a serem adotados,

    que analisemos o objetivo do empreendimento e o valor disponvel para a realizao do

    mesmo, chegando assim, a um meio termo que atenda todas as necessidades da obra.

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