76
Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

Monitora Renata Pires Goulart

Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular

OBESIDADE

Page 2: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE

OBESIDADE

Fatores Genéticos

Fatores Endócrinos

Sedentarismo

Distúrbios Psicológicos

Maus hábitos

alimentares

Page 3: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

DEFINIÇÃO

Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, trazendo prejuízos à saúde do indivíduo.

Page 4: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE - FENÓTIPO

• No fenótipo da obesidade, se destacam dois tipos em função da distribuição anatômica da gordura corporal:• ginecóide• andróide

é influenciado pela base genética e por fatores ambientais

Page 5: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE- FENÓTIPO

Page 6: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE- FENÓTIPO

• Obesidade Ginecóide: deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.

• Obesidade Andróide: paciente apresenta forma corporal tendendo à maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares.

Page 7: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE - FENÓTIPO

• Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril (RCQ), que é obtido pela divisão:circunferência da cintura abdominal

circunferência do quadril • Em centímetros.

Page 8: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE- FENÓTIPO

• De uma forma geral, aceita-se que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril for maior do que:• 0,9 no homem • 0,8 na mulher

Page 9: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE- FENÓTIPO

• A simples medida da circunferência abdominal também é considerada um indicador de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:

Risco aumentado

Risco muito aumentado

Homem 94 cm 102 cm

Mulher 80 cm 88 cm

Page 10: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE - SINTOMAS

• O excesso de gordura corporal não provoca sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos.

• Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que algumas vezes exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal. (Espanha)

Page 11: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE- SINTOMAS

• Pacientes obesos apresentam:• limitações de movimento,• tendem a ser contaminados com fungos e

outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves,

• sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando, a longo prazo, degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos,

Page 12: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE- SINTOMAS

• além de varizes superficiais e profundas, com úlceras de repetição,

• severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida.

Page 13: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

Co-morbidades associadas

Derrame cerebral

Dislipidemia

Hipertensão arterial

Infarto do coração

VarizesGotaosteoporose

Diabetes

Cálculo biliar

Apnéia do sono

Page 14: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

DIAGNÓSTICO

• A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (Índice de Massa Corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se:

peso em quilogramas (kg) altura em metros2

Page 15: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

DIAGNÓSTICO

•O valor obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados:

IMC Grau de risco Tipo de obesidade

18 - 24,9 Peso saudável Ausente

25 - 29,9 Moderado Sobrepeso

30 - 34,9 Alto Obesidade I

35 - 39,9 Muito alto Obesidade II

40 ou mais Extremo Obesidade III

Page 16: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

DIAGNÓSTICO

• A gordura corporal pode ser estimada também a partir de:

• medida de pregas cutâneas• bioimpedância, • tomografia Computadorizada, • ultrassom e a • ressonância Magnética.

técnicas úteis apenas em casos em que se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.

Page 17: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

DIAGNÓSTICO

• Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.

Page 18: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - ENDÓCRINAS

• Existem doenças da tireóide, como o seu mau funcionamento, que levam o paciente a aumentar seu peso e ficar apático (hipotireoidismo).

• O diagnóstico é feito a partir de exames da função da glândula tireóide, tais como T3, T4, TSH entre outros.

Page 19: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - ENDÓCRINAS

• Outra situação é o ganho de peso pela doença das glândulas supra-renais.

• Outras doenças como hipogonadismo (diminuição dos hormônios sexuais) poderão causar ganho de peso.

Page 20: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - LEPTINA

• O hormônio leptina é produzido no tecido adiposo branco e seu receptor se expressa em vários tecidos, mas seus efeitos sobre o peso corpóreo se manifestam via hipotalâmica.

Page 21: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - LEPTINA

• A leptina é um marcador da quantidade de tecido adiposo de modo que:

da massa adiposa, a produção de leptina a ingestão alimentar (via inibição do

neuropeptídeo Y) • e o gasto energético

• o que tende a fazer a massa adiposa retornar ao seu ponto inicial.

Page 22: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - LEPTINA

Page 23: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - LEPTINA

• Nas pessoas obesas há resistência à ação da leptina: elas nascem com peso normal, mas devido a um apetite voraz, rapidamente se tornam obesas.

Page 24: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - LEPTINA

• Há uma teoria que afirma que, assim como os ratos Ob, os obesos também podem ter uma deficiência na produção da leptina.

Os dois camundongos apresentam a mesma idade, sendo que o da esquerda apresenta deficiência na produção do hormônio leptina.

Page 25: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - LEPTINA

• A maioria dos obesos apresenta excesso e não falta de leptina, sugerindo que o mecanismo seja mais uma resistência a este hormônio do que sua falta, talvez devido à dificuldade em atravessar a barreira hemato-encefálica.

Page 26: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• A grelina é um hormônio gastrointestinal e uma das principais funções desse peptídeo é o aumento da secreção do hormônio do crescimento (GH).

Page 27: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Primeiramente isolada da mucosa oxíntica do estômago.

• Produzida, predominantemente, pelas células Gr do trato gastrointestinal.

• Também produzida, em menores quantidades, no sistema nervoso central, rins, placenta e coração.

Page 28: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Estudos em modelos animais indicam que esse hormônio desempenha importante papel na sinalização dos centros hipotalâmicos que regulam a ingestão alimentar e o balanço energético.

Page 29: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Em roedores é sugerido que a grelina, diminui a oxidação das gorduras e aumenta a ingestão alimentar e a adiposidade.

• Parece estar envolvida no estímulo para iniciar uma refeição.

Page 30: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Níveis de grelina são influenciados por mudanças agudas e crônicas no estado nutricional, encontrando-se elevados em estado de anorexia nervosa e reduzidos na obesidade.

• A grelina está diretamente envolvida na regulação a curto prazo do balanço energético.

Page 31: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Níveis circulantes de grelina encontram-se• Aumentados

• jejum prolongado• estados de hipoglicemia

• Diminuídos• após a refeição• após administração intravenosa de

glicose

Page 32: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• O aumento ou decréscimo pós-prandial dos níveis plasmáticos de grelina são regulados pelos tipos de nutrientes contidos na refeição, e não pelo seu volume.

contribuição da grelina na regulação pós-prandial pode diferir dependendo do macronutriente predominante no conteúdo alimentar

Page 33: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Concentração plasmática é:• Diminuída

• após refeições ricas em carboidratos, concomitantemente à elevação de insulina plasmática.

• Aumentada• após refeições ricas em proteína

animal e lipídeos, associados ao pequeno aumento da insulina plasmática.

Page 34: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Um grupo formado por cientistas japoneses e norte-americanos anunciou ter obtido sucesso em testes com uma vacina focada no controle de peso.

• Foram desenvolvidas vacinas dirigidas para atuar diretamente no hormônio grelina.

Page 35: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• No trabalho, ratos imunizados com a vacina continuaram se alimentando normalmente, mas ganharam menos peso e gordura corporal do que os animais do grupo controle, que comeram quantidades iguais.

• Segundo os autores, os resultados mostram que as soluções testadas afetaram diretamente o metabolismo e o uso de energia dos animais.

Page 36: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• A descoberta pode ser importante especialmente para o desenvolvimento de alternativas para enfrentar o problema conhecido como dieta da sanfona, o ciclo de repetidas perdas e ganhos de peso enfrentado por muitos indivíduos obesos que querem emagrecer.

Page 37: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - GRELINA

• Mas os pesquisadores ressaltam que, apesar dos resultados positivos obtidos, uma vacina contra a obesidade para uso humano ainda está longe de ser conseguida.

Page 38: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• Uma complexa mistura de fatores ambientais e genéticos acaba por influenciar o peso de um indivíduo.

Page 39: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

Se os estudos de gêmeos têm enfatizado o aspecto genético da obesidade,

os aumentos recentes dos IMC em níveis verdadeiramente epidêmicos têm apontado para fortes influências ambientais de ganho

de peso.

XA maior parte das estimativas aponta para efeitos ambientais contribuindo em um terço das variações no tamanho corpóreo

Page 40: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• O efeito da genética na obesidade pode ser indireto:

• Estudo com um par de gêmeos adotados que, devido a uma influência genética, apresenta apetite excessivo. A partir do momento em que as diferentes mães adotivas percebem que uma oferta de alimento mais freqüente é capaz de “acalmar” a criança (induzindo ao ganho de peso), pode-se dizer que a resposta ambiental está vinculada a um efeito genético.

Page 41: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• Se uma das mães controlar o consumo alimentar da criança, apesar da manutenção da irritabilidade provocada pelo apetite, poderá não haver um excesso de peso.

• É importante salientar que este controle somente é possível enquanto a criança não consegue adquirir alimentos por si própria, o que é bastante comum na atualidade, com a grande oferta de alimentos de baixo custo e excelente palatabilidade (mídia)

Page 42: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• Outro estudo avaliou o papel materno no estímulo aos filhos na hora das refeições, as respostas das crianças e a contribuição potencial desses fatores ao risco de obesidade.

Page 43: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• As pesquisadoras analisaram o comportamento de 71 duplas de mães e filhos – de 3 a 6 anos – diante de quatro tipos diferentes de alimentos, dois “familiares” (torta e batata frita) e dois “não familiares” (um doce chinês e vegetais fritos).

Page 44: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• As mães obesas não obrigaram os filhos a comer mais em relação às mães não obesas. Mas os filhos de mães obesas reclamaram das ofertas de alimentos não familiares em 67% dos casos, enquanto que as demais crianças reclamaram em 52% das vezes.

• No geral, os filhos reclamaram em 66% das vezes diante dos pedidos das mães para que comessem mais. Segundo os pesquisadores, esse hábito pode levar a criança a comer mais do que precisaria, ignorando os próprios sinais de fome e de satisfação do organismo.

Page 45: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• Segundo as autoras, “é cada vez maior a quantidade de evidências sugerindo a ligação do comportamento materno com o risco de obesidade infantil”.

• Elas destacam que mais estudos são necessários para determinar a extensão dessa influências, mas afirmam que as mães, particularmente as obesas, deveriam ter mais cuidado na formação do comportamento alimentar de seus filhos.

Page 46: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FATORES AMBIENTAIS X GENÉTICOS

• A interação entre fatores genéticos e ambientais pode também existir no campo do comportamento.

• Variações genéticas podem predispor um indivíduo à • inatividade física • escolha de alimentos ricos em

gorduras.

Page 47: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - FATORES GENÉTICOS

• Alterações genéticas podem modificar o controle da ingestão, do gasto e armazenamento energético.

• A procura do “gene da obesidade” tem resultado na descoberta de fortes candidatos.

Page 48: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - FATORES GENÉTICOS

• Cerca de 58 genes já foram relacionados à obesidade em humanos.

• Todos os cromossomos, exceto o Y, já mostraram alguma evidência de relação com esta doença.

Page 49: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - FATORES GENÉTICOS

• Pelo menos 26 loci cromossômicos relacionados ao peso foram detectados em seres humanos.

• 98 em modelos animais.

os genes envolvidos na maior parte desses loci ainda não foram identificados.

Page 50: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - FATORES GENÉTICOS

Polimorfismo ou mutações em:

Receptor beta adrenérgico

Leptina

Receptor Ob

Fator de necrose tumoral (TNF)

Pró-ópio melanocortina 4 (MC4R)

Neuropeptídeo Y (NPY)

Receptor de NPY

Page 51: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS - FATORES GENÉTICOS

• Estudos concluem que é altamente provável uma herança poligênica na determinação da obesidade.

Pais obesos Risco

Nenhum 9%

Um 50%

Ambos 80%

Page 52: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

CAUSAS OBESIDADE

INGESTA ALIMENTAR E GASTO ENERGÉTICO

• Independentemente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta.

Page 53: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

EPIDEMIOLOGIA

• Entre 1975 e 1997 a prevalência de obesidade no país aumentou:

• em mulheres de 8 para 13%,• em homens de 3 para 7%, • sendo o maior aumento foi encontrado nas

crianças que passou de 3 para 15% .

Page 54: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

EPIDEMIOLOGIA

• Isso tem preocupado os especialistas, pois a probabilidade delas chegarem a idade adulta obesas e com problemas de saúde é de 50 a 70%.

Page 55: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

EPIDEMIOLOGIA

• País emerge da pobreza: tem-se notado uma tendência crescente na obesidade conforme o, especialmente em áreas urbanas.

• Países com renda per capita média: a obesidade tende a declinar conforme a renda aumenta, especialmente em mulheres.

Page 56: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

EPIDEMIOLOGIA

• Ao se analisarem as tendências observadas no Brasil nas últimas duas décadas, tem sido observada uma relação entre nível educacional, local de residência (rural ou urbana) e nível sócio-econômico.

Page 57: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

EPIDEMIOLOGIA

• O aumento mundial da prevalência da obesidade atribui-se principalmente às mudanças nos estilos de vida que incidem sobre uma certa susceptibilidade ou predisposição genética para ser obeso.

Page 58: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO

• O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo psicólogos.

Equipe Multidisciplinar

Page 59: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

• Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, se reduz a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente.

Nutricionista

Page 60: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

• Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar).

• Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.

Page 61: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

• Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física,

Page 62: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

•Alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% lípidios e 15 a 20% de proteínas.

Page 63: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

• Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que:

• apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas,

• Acidose,• arritmias cardíacas.• dietas com excesso de gordura e proteína

também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.

Page 64: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

• No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo indefinidamente. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente.

Page 65: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTOCirurgia para Obesidade Mórbida

Page 66: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTOCirurgia para Obesidade Mórbida

• Basicamente são três técnicas:

• Restritiva• Disabsortiva• Mista

Page 67: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO - RESTRITIVA

• São técnicas que limitam o volume de alimento sólido que o paciente ingere nas refeições.

• De uma forma geral, com estas técnicas o paciente come menos sólidos e pastosos e consequentemente emagrece.

• O resultado, no entanto, depende da colaboração do paciente pois alimentos líquidos podem ser ingeridos quase no mesmo volume que eram antes da operação e se forem muito calóricos irão atrapalhar ou até impedir a perda de peso.

Page 68: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO - RESTRITIVA

• a cerclagem dentária, • o balão intragástrico,• a gastroplastia vertical restritiva de

Mason, • a banda gástrica ajustável por

laparoscopia.

Page 69: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO -DISABSORTIVAS

• São técnicas que permitem ao paciente comer, no entanto atrapalham a absorção dos nutrientes e com isto levam o obeso ao emagrecimento.

• São, em geral muito bem sucedidas quanto ao emagrecimento que pode chegar a 40% do peso original, no entanto tem necessidade de controle mais rígido quanto a distúrbios nutricionais, de elementos minerais e vitaminas.

• Vem se tornando cada vez mais popular devido à qualidade de vida que traz ao paciente.

Page 70: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO - DISABSORTIVAS

• Desviam uma boa parte do caminho que os alimentos tem que passar, desta forma fazendo um curto circuito levando a uma absorção menor dos nutrientes.

• Dentre as várias técnicas propostas, três são as mais conhecidas e, o mais importante, reconhecidas:

Page 71: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO - DISABSORTIVAS

• Cirurgia de Payne

• Derivação biliopancreática ou Cirurgia de Scopinaro

• Derivação Biliopancreática com Duodenal Switch ou Cirurgia de Hess

Page 72: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

TRATAMENTO -MISTAS

• São técnicas que associam um pouco de restrição à ingesta do bolo alimentar com um pouco de disabsorção, ou seja um desvio intestinal menor. Podem ser:• By-pass gástrico com anel ou cirurgia de

Fobi-Capella

• Bypass gástrico sem banda ou cirurgia de Wittgrove

Page 73: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

OBESIDADE - EVOLUÇÃO

• Do ponto de vista evolutivo, os indivíduos com genes “poupadores” podem ter sido favorecidos, já que a função reprodutora está dependente das reservas energéticas e os indivíduos mais resistentes à desnutrição podem ter sobrevivido em maior proporção, durante as épocas de falta de alimentos.

Page 74: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

PREVENÇÃO

• Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal.

Page 75: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

PREVENÇÃO

• A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada.

Page 76: Monitora Renata Pires Goulart Disciplina de Genética, Evolução e Biologia Molecular OBESIDADE

FIM

OBRIGADA