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1 Módulo 3 - Revisão Gramatical Apresentação do módulo Nesta aula, você terá a oportunidade de ampliar os conhecimentos sobre as questões gramaticais que mais provocam dúvidas em redações técnicas, de maneira a reconhecer a importância do uso da norma culta em textos oficiais. Inicialmente, estudará questões gerais e em seguida aspectos pontuais muito importantes para a elaboração de textos técnicos. Antes do iniciar seus estudos leia o texto Pecados da Língua 1 Objetivos do módulo Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de: Utilizar abreviaturas e siglas; Utilizar, de acordo com as normas e acordos ortográficos, a acentuação gráfica; Empregar pronomes de tratamento e fechos de correspondência de acordo com tratamento dado ao indivíduo a quem se dirige; Empregar iniciais maiúsculas e minúsculas, itálico e negrito de acordo com a situação; Utilizar, de acordo com regras gramaticais, os sinais de pontuação. 1 Vide texto nos anexos do curso.

Módulo 3 - Revisão Gramatical Apresentação do módulo · Sigla é a abreviatura formada de iniciais ou primeiras sílabas de expressões que representam instituição, órgão,

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Módulo 3 - Revisão Gramatical Apresentação do módulo Nesta aula, você terá a oportunidade de ampliar os conhecimentos sobre as questões gramaticais que mais provocam dúvidas em redações técnicas, de maneira a reconhecer a importância do uso da norma culta em textos oficiais. Inicialmente, estudará questões gerais e em seguida aspectos pontuais muito importantes para a elaboração de textos técnicos.

Antes do iniciar seus estudos leia o texto Pecados da Língua1

Objetivos do módulo Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de:

Utilizar abreviaturas e siglas;

Utilizar, de acordo com as normas e acordos ortográficos, a acentuação gráfica;

Empregar pronomes de tratamento e fechos de correspondência de acordo com tratamento dado ao indivíduo a quem se dirige;

Empregar iniciais maiúsculas e minúsculas, itálico e negrito de acordo com a situação;

Utilizar, de acordo com regras gramaticais, os sinais de pontuação.

1 Vide texto nos anexos do curso.

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Estrutura do módulo Este módulo compreende as seguintes aulas:

Aula 1 – Abreviaturas e Siglas

Aula 2 – Acentuação Gráfica

Aula 3 – Utilização da Crase

Aula 4 – Emprego dos Pronomes e Fechos das Correspondências

Aula 5 – Emprego de Iniciais Maiúsculas e Minúsculas

Aula 6 – Destaques Gráficos: o uso de itálico e do negrito

Aula 7 – Pontuação

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Aula 1 - Abreviaturas e Siglas 1.1 Abreviaturas As abreviaturas são formas reduzidas de apresentação de palavras. Ao contrário do que muitos pensam, o uso de abreviaturas segue a uma organização que merece ser observada. Observe que, na maior parte das vezes, as abreviaturas são apresentadas com letras maiúsculas, mas isso não ocorre sempre. Eis alguns pontos importantes:

As abreviaturas são finalizadas com ponto final. Exemplos: p. (página); pp. (páginas); Exmo. (Excelentíssimo)

No geral, abreviamos as palavras, retirando a sílaba inicial e a primeira letra da segunda sílaba. Exemplos: dic. (dicionário); lit. (liturgia)

Quando a segunda sílaba iniciar por duas consoantes, escrevem-se as duas. Exemplos: carr. (carroceria); restr. (restrição)

Os acentos e hífens são mantidos quando, na abreviatura, são usadas as sílabas em que estão. Exemplos: Clín. (Clínica); m.-q.-perf.(mais-que-perfeito)

Símbolos científicos dispensam o ponto final e não admitem s indicativo de plural, pois não são considerados abreviaturas. Exemplos: C (Carbono); h (hora ou horas)

IMPORTANTE! 1) Em documentos oficiais, não se abrevia quando se dirige ao Presidente da República. 2) Os nomes geográficos de estados e países, quando abreviados, não vêm acompanhados por ponto e trazem todas as letras maiúsculas. 3) Os nomes dos meses são abreviados com as três letras iniciais, à exceção de maio que não é abreviado. Para saber mais, acesse http://www.revisoeserevisoes.pro.br/gramatica/abreviaturas/.

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1.2 Siglas Sigla é a abreviatura formada de iniciais ou primeiras sílabas de expressões que representam instituição, órgão, departamento, setor, associação, etc. Muitas siglas são tão usadas no cotidiano que substituem de fato o próprio nome da instituição que representam:

STF (Supremo Tribunal Federal) OIT (Organização Internacional do Trabalho) IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)

No tocante à incorporação das siglas ao cotidiano comunicativo, é curioso observar que já são tratadas como palavras capazes de sofrer flexões de número e grau (na linguagem popular), bem como permite o surgimento de palavras novas, delas derivadas. Veja:

APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais): APAEs (plural) CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito): CPIzinha (diminutivo pejorativo) PT (Partido dos trabalhadores): petista (palavra derivada).

Em geral, ao utilizar uma sigla em um texto qualquer, inclusive no gênero epistolar, como a redação oficial que você estudou aqui, escreve-se inicialmente a expressão por inteiro e, entre parênteses ou após hífen, apresentamos a sigla. A partir da primeira apresentação da sigla no texto, antecedida pela palavra escrita por extenso, pode-se, na sequência, ser utilizada somente a sigla. As siglas são grafadas da seguinte maneira: Siglas com até três letras = todas as letras maiúsculas. MJ - Ministério da Justiça

UCB - Universidade Católica de Brasília Siglas com quatro letras ou mais, quando cada uma de suas letras puder ser pronunciada separadamente = todas as letras maiúsculas. BNDE - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

PCDF - Policia Civil do Distrito Federal

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Siglas com quatro letras ou mais, quando formarem uma palavra pronunciável

= inicial maiúscula e demais letras minúsculas.

Senasp - Secretaria Nacional de Segurança Pública

Masp - Museu de Arte de São Paulo

Atenção: Deve-se manter com letras maiúsculas e minúsculas as siglas que originalmente foram assim criadas para diferenciarem-se de outras.

CNPq - Conselho Nacional de Pesquisa (para diferenciar de CNP – Conselho Nacional de Petróleo).

Deve-se adicionar a letra s (sempre minúscula) para indicar o plural das siglas, quando a concordância gramatical assim o exigir. As ONGs vêm se destacando na sociedade. Saiba Mais... Quando não souber o significado de determinada sigla, não se preocupe! Há inúmeros dicionários disponíveis para pesquisa de siglas, tamanha é sua utilidade na comunicação atual.

Acesse http://www.siglas.com.br/?t=s&s e veja um exemplo!

Aula 2 - Acentuação Gráfica O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Atualmente, usamos apenas o acento agudo ( ´ ) e o circunflexo ( ^ ). O acento grave ( ` ) restringe-se a marcar a ocorrência de crase. O maior critério utilizado para definir as regras de acentuação é a tonicidade.

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Lembre-se de que há cinco classificações para as palavras segundo sua sílaba tônica:

• Proparoxítonas; • Paroxítonas; • Oxítonas; • Monossílabas tônicas; • Monossílabas átonas.

Acento tônico não implica, necessariamente, em acento gráfico. Para aprender a acentuar não é necessário decorar qual o acento correto em cada palavra, mas refletir sobre o uso do acento e quando esse se faz necessário. O que vale de regra para um, muitas vezes serve de contrarregra para o outro. Exemplo: acentuam-se oxítonas terminadas na vogal a (cajá), mas não se acentuam as paroxítonas terminadas em a (menina).

Você sabe identificar a sílaba tônica das palavras?

Sem dúvida, esse é o primeiro passo para acentuar bem.

Como você pronuncia pernicioso? Não decore! Pense!

PERnicioso; perNIcioso; perniCIoso; perniciOso; pernicioSO. A partir da identificação da sílaba tônica, observe as regras a seguir: Oxítonas (a sílaba tônica é a última) De forma geral, acentuam-se as oxítonas que terminam em a, e, o, seguidas ou não de s, bem como as terminadas em em e ens. Exemplos: maracujá(s), café(s), você(s), forró(s), paletó(s), armazém, armazéns. Não se acentuam as oxítonas terminadas em i e u, e em consoante. Exemplos: urubu, buriti, parar. São acentuados ainda os ditongos abertos eu, ei e oi das palavras oxítonas: troféu; papéis; herói.

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Paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: i (s), u (s): biquíni, tênis, bônus. l, n, r, x, ps: notável, hífen, fêmur, tórax, bíceps, fórceps. um, uns: fórum, álbuns. ão (s), ã (s): órfão; órfã, ímã, ímãs ditongo (s): falência, órfãos, pônei, áreas Não se acentuam: As paroxítonas terminadas nas vogais a, e, o, seguidas ou não de s. Exemplos: carroça; grave; perfeito. Os ditongos ei e oi da sílaba tônica das paroxítonas. Exemplos: ideia, assembleia e jiboia. As palavras paroxítonas que são homógrafas (palavras que apresentam grafia idêntica). Exemplos: para (verbo ou preposição); pela (preposição ou verbo); pelo (substantivo ou verbo); polo (substantivos). Os hiatos ee e oo. Exemplos: creem; leem; enjoo e voo. Importante! Os prefixos anti-, inter-, semi- e super-, embora paroxítonos, não são acentuados graficamente. Exemplo: anti-ibérico, inter-racial, semi-interno, super-requintado.

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Proparoxítonas (a sílaba tônica é a antepenúltima) Acentuam-se todas as proparoxítonas. Exemplos: lírico, máquinas, tônicas, fôlego, perdêssemos, etc. Monossílabas Tônicas Acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas em a, e, o, seguidos ou não de s. Outras regras:

Acentuam-se o i e o u tônicos dos hiatos, quando sozinhos ou seguidos de s: saída, miúdo, faísca. Nas palavras paroxítonas, não são acentuados o i e o u tônicos quando vierem depois de um ditongo: feiura; cheiinho. No entanto, se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final, seguidos ou não de s, tal vogal é acentuada. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

Utiliza-se o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Da mesma forma ocorre com o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplos:

Marcos pôde contribuir de uma forma que hoje não pode mais.

Ele pode brincar agora.

Ele deve pôr seu material no local indicado por mim.

Ele passou por aqui.

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Atenção!

Os verbos ter e vir recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele tem/ eles têm, ele vem/eles vêm.

Os verbos derivados de ter e vir levam acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo: ele detém/ eles detêm, ele intervém /eles intervêm.

Saiba mais... Você poderá consultar as regras de acentuação previstas no novo acordo ortográfico acessando http://veja.abril.com.br/educacao/reforma-ortografica/index.html.

Aula 3 - Utilização da Crase Crase é a fusão ou contração de duas vogais idênticas numa só. A crase não aparece na linguagem oral, tendo em vista que apenas uma vogal é pronunciada, mas na linguagem escrita, é indicada pelo acento grave. Aqui, você se dedicará a estudar os casos de crase assinalados na escrita com acento grave que acontecem como nos exemplos a seguir:

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Vamos à loja?

a

|

prep.

+ a

|

art.

Vamos àquela loja?

a

|

prep.

+ aquela

|

pronome

Esta é a loja à qual vamos?

a

|

prep.

+ qual

|

pronome

Esta loja é próxima

à lavanderia da

avenida ?

a

|

prep.

+ a (=aquela)

|

pronome

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Em síntese, a crase acontece nos seguintes casos:

• Preposição a + artigo feminino a (s);

• Preposição a + a do pronome demonstrativo aquele (s), aquela (s) e aquilo;

• Preposição a + a (s) de a (s) qual (is);

• Preposição a + a (s).

A utilização correta do acento grave depende, portanto, de se reconhecer quando é necessário o emprego de tais elementos (preposição e artigo, principalmente). Analise o enunciado a seguir: Dirigi-me à capital da república. A forma verbal dirigir exige preposição, pois quem se dirige o faz a algum lugar. Nesse caso, a capital da república, termo que exige o artigo a. Como regra geral, portanto, devemos utilizar o acento grave diante de palavras femininas determinadas pelo artigo definido a ou as e subordinadas a termos que exigem a preposição a. Uma dica é verificar se os nomes femininos podem ser substituídos por nomes masculinos, que admitam ao antes deles. Nesse caso, usa-se a crase. Exemplo: Vou à sala (usa-se a crase, uma vez que caberia substituição por vou ao quarto).

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Veja alguns casos específicos de uso do acento grave:

Na indicação de horas:

Estarei lá às nove horas. O relógio deverá ser adiantado à meia-noite.

Quando a palavra moda (ou maneira) estiver implícita:

Interpretava à Paulo Autran. Vestia-se à Michel Saviani.

Em locuções adverbiais constituídas de substantivo feminino plural:

Às vezes não sei o que lhe dizer. Disse-lhe às claras que não gostei de sua atitude.

Em locuções prepositivas e conjuntivas constituídas de substantivo feminino:

Estamos todos à mercê de sua decisão. Aprendemos à proporção que nos dedicamos à leitura. À medida que nos aproximávamos do local, mais impressionada ficava.

Não se usa acento grave no a que precede:

Substantivos masculinos:

Este suco cheira a vinho.

Palavras no plural, precedidas apenas de preposição, inclusive numerais cardinais:

Assisti a duas sessões. Não me referia a crianças com estes problemas.

Verbos no infinitivo:

Pôs-se a defender o amigo tão logo iniciaram as acusações.

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Nome de lugar que não admite artigo:

Vou a Roma concluir meu curso. Atenção! Quando houver um modificador do nome, haverá crase: Vou à Roma dos grandes imperadores.

Pronomes que não admitem artigo (pessoal, de tratamento, demonstrativo, indefinido e relativo):

Entreguei a ela o material solicitado. Direi a Vossa Excelência quais são as necessidades da comunidade. Dediquei a esta obra meus melhores dias. Dirija-se a qualquer pessoa que esteja naquele balcão. Rezei a Nossa Senhora, a quem tenho devoção. A empresa a cujo diretor me referi faliu.

Artigos indefinidos:

Dirigiu-se a uma aluna sentada à direita do palco.

A palavra casa, quando esta não apresenta adjunto adnominal:

Retornei a casa para apanhar um agasalho. Atenção! Quando houver um modificador (adjunto adnominal), haverá crase: Vou à casa de meus avós.

O substantivo quando houver outro repetido:

Estiveram frente a frente e nada resolveram. Revisaram o texto de ponta a ponta.

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A palavra terra, como antônimo de a bordo:

Os navegantes foram informados de que estavam quase chegando a terra.

Atenção! Em relação à palavra terra haverá crase em qualquer outro caso: Vou à terra natal de meus pais. É facultativo o uso de acento grave no a que precede:

Nome próprio feminino não modificado por adjunto adnominal:

Entregue o envelope à Cecília. Entregue o envelope a Cecília.

Pronome possessivo feminino:

Ele se referiu à sua redação. Ele se referiu a sua redação.

Palavra feminina antecedida da preposição até:

Fui até à secretaria. Fui até a secretaria.

Saiba mais... Além do que você aprendeu até agora, tendo em vista sua recorrência nas redações técnicas, é importante que você observe, ainda, o uso do há, forma verbal do verbo haver. Afora a conjugação comum no sentido de existir, é largamente utilizado para se referir a tempo passado: Há dias enviei tal relatório... Não o recebeste?

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Hora da Prática

Exercício 8 – Preencha as lacunas a seguir com a(s), à(s) ou há.

a) Entregou a carta _______ dias e não obteve êxito em sua solicitação.

b) Interpretava _______ Bibi Ferreira.

c) _______ cerca de dez memorandos aguardando seu despacho.

d) Enviou oficio _______ alguém muito especial.

e) Referia-me _______ uma questão específica, não foi minha intenção

generalizar.

f) Tal decisão cheira _______ tolice.

Aula 4 - Emprego de Pronomes e Fechos das Correspondências 4.1 Pronomes de tratamento Entre os pronomes pessoais, encontram-se os pronomes de tratamento, os quais devem ser rigorosamente observados ao se redigir correspondências oficiais. Tais pronomes são escolhidos de acordo com tratamento dado ao indivíduo a quem se dirige que, de forma geral, pode ser íntimo, respeitoso ou cerimonioso. A formalidade das redações oficiais requer o tratamento cerimonioso, o que não significa dizer rebuscado, erudito. Ao contrário, a tendência atual é a simplicidade. Nesse sentido, por exemplo, é que se dispensa o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e, para particulares, é suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. Da mesma forma, não se deve utilizar indiscriminadamente o título de doutor. Deve-se ter o cuidado de usá-lo apenas para aqueles que tenham tal titulação ou, por uma questão cultural, para bacharéis em Medicina e Direito. Os pronomes de tratamento são considerados pronomes de segunda pessoa, mas a concordância com eles se faz na terceira pessoa:

Vossa Excelência comunicou...

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Já no que diz respeito à concordância de gênero, considera-se o sexo da pessoa a que o pronome se refere:

Vossa Excelência foi designada... (feminino)

ou

Vossa Excelência foi designado... (masculino). Nos pronomes de tratamento, vossa deve ser usado ao nos dirigirmos diretamente à pessoa: "Vossa Excelência virá à reunião?"; e sua deve ser usado quando falamos a respeito da pessoa: "Sua Excelência estará conosco em breve‖. Os pronomes de tratamento podem ser escritos por extenso ou de forma abreviada. Apesar disso, a forma por extenso indica maior deferência, sendo obrigatória no caso de correspondência dirigida ao Presidente da República. Cabe ressaltar, no entanto, que qualquer forma de tratamento pode ser escrita por extenso, independentemente do cargo ocupado pelo destinatário.

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Veja a seguir a lista de pronomes de tratamento:

Lista de Pronomes de Tratamento 1. Autoridades de Estado

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa Excelência V. Exa Presidente e Vice-Presidente da

República, Senadores da

República, Ministros de Estado,

Governadores e Vice-

Governadores de Estado e do

Distrito Federal, Prefeitos

Municipais, Embaixadores,

Secretários de Estado, Oficiais-

Generais das Forças Armadas,

Deputados Federais, Estaduais e

Distritais, Conselheiros dos

Tribunais de Contas Estaduais,

Ministros dos Tribunais Superiores,

Membros dos Tribunais,

Desembargadores, Juizes,

Auditores da Justiça Militar

Vossa Senhoria V. S.ª Para as demais autoridades e

particulares

Fonte: Manual de Redação da Presidência da República

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2. Reitores de Universidade

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para

Vossa Magnificência V. Mag.ª Reitores de Universidade

Fonte: Manual de Redação da Presidência da República

3. Autoridades Eclesiásticas

Pronome de

tratamento

Abreviatura Usado para

Vossa Santidade V. S. Papa

Vossa Eminência ou

Vossa Eminência

Reverendíssima

V. Em.ª ou V. Em.ª

Revm.ª

Cardeais

Vossa Excelência

Reverendíssima

V. Ex.ª Revm.ª Arcebispos e Bispos

Vossa Reverendíssima

ou Vossa Senhoria

Reverendíssima

V. Revm.ª ou V.Sª

Revmª

Monsenhores, Cônegos e

superiores religiosos

Vossa

Reverência

V. Revª Sacerdotes, Clérigos e demais

religiosos

Fonte: Manual de Redação da Presidência da República

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4.2 Pronomes demonstrativos Entre as principais funções dos pronomes demonstrativos, está a de indicar a:

• Posição no espaço:

Esta pulseira é minha. Esta indica que a pulseira está próxima do emissor. Esse relógio foi adiantado? Esse indica que o relógio está próximo do receptor. Aquele carro é demais! Aquele indica que o carro está distante do emissor e do receptor.

• Posição no tempo:

Esta semana foi muito especial. Esta se refere à semana presente, atual. Esse semestre foi produtivo. Esse se refere a um passado próximo. Aquele ano foi catastrófico. Aquele se refere a um passado mais distante.

Importante! A hierarquia também deve ser observada no fechamento das correspondências oficiais. O fecho das comunicações oficiais possui como finalidade encerrar o texto e saudar o destinatário. Atualmente, a fim de simplificar e uniformizar a comunicação oficial são usados apenas dois fechos:

• para autoridades superiores, usa-se Respeitosamente;

• para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, usa-

se Atenciosamente.

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• Posição no discurso:

Veja o trecho: Há três tipos de donos de livros, uns se sentem orgulhosos por seus livros, outros sonham em ler os livros que têm e alguns os leem de fato. Aqueles nada aprendem, esses talvez aprendam um dia e estes enriquecem a cada leitura. Aqueles indica o que se mencionou em primeiro lugar (uns se sentem orgulhosos por seus livros). Esses indica que se referiu ao penúltimo (outros sonham em ler os livros que têm). Estes indica que se referiu ao último (alguns leem de fato).

4.3 Pronomes relativos O pronome relativo substitui um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações. Nesse sentido, é elemento de coesão de suma importância na medida em que nos permite evitar repetições. Veja os exemplos: Não entreguei o caderno. O caderno sumiu. Não entreguei o caderno que sumiu. No exemplo acima, o que substitui caderno e relaciona a segunda oração à primeira. Os pronomes relativos podem ser:

• Variáveis: o qual, a qual; os quais, as quais; cujo, cuja, cujos, cujas;

quanto, quanta, quantos, quantas;

• Invariáveis: que; quem; onde.

São inúmeras as dúvidas em relação ao emprego dos pronomes relativos. O mau uso desse pronome traz graves implicações no que diz respeito à clareza do texto. Dessa forma, é fundamental observar os seguintes aspectos para empregá-los bem:

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• O antecedente:

- O pronome onde deve ser usado se o antecedente referir-se a lugar: As estradas por onde caminho não me levam a lugar algum.; - O relativo quem retoma pessoa: A moça por quem fui atendido foi muito atenciosa.

• A função dentro da oração:

O relativo virá precedido de preposição se a regência assim determinar, como mostra o exemplo: O senhor a quem me referi saiu apressado. Veja outros exemplos a seguir: Eis as questões que resolvi. (resolver ...) Eis as questões a que me referi. (referir-se a) Eis as questões com que não concordei. (concordar com) Eis as questões de que desconfiava. (desconfiar de) Eis as questões por que me interessei. (interessar-se por)

• A preposição que antecede o pronome relativo:

Emprega-se o que quando precedido de preposição monossilábica; e o qual (e flexões) com preposições de mais de uma sílaba. Este é o editor de que lhe falei. Este é o editor para o qual trabalhei.

Importante! Essa regra vale para todos os pronomes relativos.

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• A concordância de cujo (e flexões) é feita com a coisa possuída:

Encontrei a menina cujo pai era escritor (cujo concorda com pai: é o mesmo que dizer: encontrei a menina. O pai da menina era escritor).

• Onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento:

Nunca mais morei na cidade onde nasci.

Hora da Prática

Exercício 9 – Complete as lacunas, utilizando as preposições (a, de, em, por)

de acordo com a regência dos verbos e utilize os pronomes (quem ou quem),

conforme o caso:

a) Reconheci o homem _____ tanto falavas.

b) Reconheci o homem _____ tanto admiravas.

c) Reconheci o homem _____ tanto confiavas.

d) Reconheci o homem _____ tanto lutavas.

e) Reconheci o homem _____ tanto gostavas.

f) Já li o texto _____ me recomendou.

g) Já li o texto _____ se referiu.

h) Já li o texto _____ gostou.

Atenção! Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento, sendo resultado da combinação da preposição a + onde: Ex: Faz dois dias que saiu da cidade aonde retornará para prestar esclarecimentos. Observação: O verbo fazer indicando tempo não é flexionado.

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Aula 5 - Emprego de Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 5.1 Iniciais maiúsculas Em termos gerais, devem ser usadas na abertura de frases, em nomes próprios, nos títulos de obras artísticas, técnicas e científicas. E de modo particular, a letra maiúscula é também usada na grafia de nomes de:

• Corpo celeste (Terra);

• Designação de altos cargos (Ministro da Educação);

• Divisão e de subdivisão das Forças Armadas ou policiais (Marinha;

Polícia Militar);

• Documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Maria da Penha);

• Edifício, monumento e estabelecimento público (Edifício Araucárias;

Estátua da Liberdade; Estádio Nacional);

• Festividade ou de comemoração cívica (Natal; Sete de Setembro);

• Imposto ou taxa (Imposto de Renda);

• Instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação Victor

Civita; Associação Brasileira de Letras; Lojas Americanas);

• Logradouros e de endereço (Avenida Castanheiras; Rua Davi

Bernardes);

• Nação e de unidades da Federação (Brasil; Estado de Santa Catarina);

• Período e de episódio histórico (Idade Moderna; Estado Novo);

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• Pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste);

• Próprios e de sobrenomes (Sandra Mara); de cognomes (Ronaldo, o

Fenômeno); de pseudônimos (Tia Surica); de nomes dinásticos (os

Batistas);

• Regiões (Nordeste, Sudeste);

• Topônimos (São Paulo; Londres);

• Zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou político-

administrativa (Sertão; Zona Franca de Manaus; Triângulo Mineiro).

5.2 Iniciais minúsculas A letra minúscula é usada na grafia de nomes comuns que designam:

• Cargos e títulos nobiliárquicos (rei; dom);

• Doutrina e religiões (catolicismo; protestantismo);

• Eclesiásticos (pastor; padre);

• Espaços geográficos que acompanham nomes próprios (região Centro-

Oeste; oceano Pacífico);

• Estações do ano (verão);

• Gentílicos e nomes étnicos (ingleses; angolanos);

• Governo (governo Dilma; governo do Rio de Janeiro);

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• Grupo ou de movimento político e religioso (petistas; católicos);

• Meses ou dias da semana (maio; quinta-feira);

• Profissionais (advogado; delegado).

Aula 6 - Destaques Gráficos: o uso de itálico e do negrito

O destaque configura-se como recurso tipográfico que visa estabelecer contrastes com o restante do texto. Você estudará aqui dos dois mais comuns na correspondência oficial: o itálico e o negrito. Itálico – recorremos ao itálico quando queremos destacar títulos de livros, de periódicos, de peças, de óperas, de música, de pintura e de escultura. Nomes de espécies, animais e vegetais em outros idiomas e palavras ou expressões latinas também devem vir em itálico. Pode-se adotar também, desde que sem exageros, o destaque do itálico na grafia de palavras e/ou de expressões às quais se deseje apenas dar ênfase. Negrito – O destaque do negrito é mais comumente usado na transcrição de entrevistas, para separar perguntas de respostas; assim como, conforme antes mencionado, na indicação de títulos e de subtítulos. Assim como no caso do itálico, pode-se adotar também, desde que sem exageros, o destaque do negrito na grafia de palavras e/ou de expressões às quais se deseje apenas dar ênfase.

Aula 7 – Pontuação Os sinais de pontuação nos auxiliam a organizar o discurso escrito. Muitos autores indicam, entre as suas funções, a de reproduzir as possibilidades emotivas e de entonação presentes na fala. O mau uso da pontuação pode gerar interpretações diversas da que gostaríamos. Veja a piada a seguir, cujo autor desconhecido nos brinda com um belo exemplo do valor da pontuação: Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e pena, e escreveu assim: "Deixo os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres".

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Não teve tempo de pontuar - e morreu. A quem deixava ele a fortuna que tinha? Eram quatro os concorrentes. Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete: "Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do escrito; e pontuou-o deste modo: "Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". Surgiu o alfaiate que, pedindo cópia do original, fez estas pontuações: "Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade; e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim: "Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres." Seguem regras básicas que poderão ajudar você a desenvolver seus textos:

1. O ponto final deve ser usado para:

• Indicar o final de uma frase declarativa:

A criminalidade no Brasil é elevada.

• Separar períodos entre si:

Não conseguimos diminuir a violência sozinhos. As ações do

Estado são fundamentais na busca de soluções.

• Nas abreviaturas:

V. S.ª

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2. A vírgula deve, em termos gerais, ser usada para separar:

• Elementos que poderiam ser listados:

Preciso apresentar atas, relatórios e memorandos.

• Explicações ou termos de caráter corretivo ou apositivo que estão

no meio da frase:

O comandante, recém empossado, marcou inúmeras reuniões.

• O lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase:

Em São Paulo, a violência chegou a níveis insustentáveis.

• Orações independentes:

Temos ciência da gravidade do problema, mas pouco podemos

fazer.

• O vocativo:

Prezado Senhor, enviei a proposta requisitada.

• Expressões de caráter explicativo ou corretivo:

Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar

para acertar a viagem.

• O nome de lugar na indicação de datas:

Brasília, 10 de dezembro de 2012.

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3. Os dois pontos devem ser usados antes de:

• Apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de

palavras que explicam, resumem ideias anteriores:

Digamos de maneira simples: não houve violação dos direitos

humanos naquela situação.

• Citação:

De acordo com Gilson Dipp: "toda violação dos direitos humanos

será investigada."

Importante! Não se utiliza a vírgula para separar termos que, do ponto de vista sintático, estabelecem diretamente uma ligação entre si. Assim, não se separa: sujeito de predicado; sujeito de verbo; verbo de seu objeto; um termo de seu complemento nominal; um termo de seu adjunto adnominal. Analise a relação entre alguns termos da oração ―O delegado enviou orientações aos policiais da equipe de inteligência‖ e perceba a razão da não utilização da vírgula. O delegado (sujeito) ↔ enviou orientações aos policiais da equipe de inteligência (predicado); enviou (verbo) ↔ orientações (objeto); equipe (substantivo) ↔ de inteligência (adjunto adnominal).

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4. Os parênteses são utilizados para isolar palavras, frases

intercaladas de caráter explicativo e datas. Os parênteses muitas

vezes podem substituir a vírgula ou o travessão:

O objetivo é reduzir os índices de letalidade nas ações envolvendo

policiais federais, rodoviários federais e policiais estaduais (civis e

militares).

5. O ponto e vírgula é usado para:

• Separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de

uma sequência etc, como no exemplo abaixo retirado do Código

Penal:

"Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito".

• Separar orações coordenadas muito extensas ou orações

coordenadas nas quais já tenha sido utilizado à vírgula:

Quando o uso da força causar lesão ou morte de pessoa(s), o agente de segurança pública envolvido deverá facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos feridos; promover a correta preservação do local da ocorrência; comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade competente; e preencher o relatório individual correspondente.

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Hora da Prática Exercício 10 - Leia o texto a seguir e corrija todos os problemas de acentuação, pontuação e crase que, porventura, apresente: Da arte brasileira de ler o que não esta escrito

Cláudio de Moura Castro

Terminando os poucos anos de escola oferecidos em seu vilarejo nas montanhas do Libano, o jovem Wadi Haddad foi mandado para Beirute para continuar sua educação. Ao ve-lo ausente de casa por um par de anos, a vizinha aproximou-se cautelosa de sua mãe, jurou sua amizade a família e perguntou se havia algum problema com o rapaz. Se todos os seus coleguinhas aprenderam a ler, por que ele continuava na escola? Anos depois, Wadi organizou a famosa Conferência de Jontiem, ―Educação para Todos‖ mas isso é outro assunto.

Para a vizinha libanesa, há os que sabem ler e há os que não sabem. Não lhe ocorre que há niveis diferentes de compreensão. Mas infelizmente temos todos o vicio de subestimar as dificuldades na arte de ler, ou, melhor dito, na arte de entender o que foi lido. Saiu da escola, sabe ler.

O ensaio de hoje e sobre cartas que recebi dos leitores de VEJA, algumas generosas, outras iradas. Não tento rebater criticas, pois minhas farpas atingem tambem cartas elogiosas. Falo da arte da leitura.

Saiba mais... Para solucionar dúvidas gramaticais, seguem indicações úteis:

1) Dicionário =

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?typePa

g=sobre&languageText=portugues-portugues

2) Gramática =

http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?typePa

g=gramatica&languageText=portugues-portugues

3) Nova Ortografia = http://veja.abril.com.br/educacao/reforma-

ortografica/index.html

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E preocupante ver a liberdade com que alguns leitores interpretam os textos. Muitos se rebelam com o que eu não disse (jamais defendi o sistema de saude americano). Outros comentam opiniões que não expressei e nem tenho (não sou contra a universidade publica ou a pesquisa).

Há os que adivinham as entrelinhas, ignorando as linhas. Indignam-se com o que acham que eu quis dizer, e não com o que eu disse. Alguns decretam que o autor e um horrendo neoliberal e decidem que ele pensa assim ou assado sobre o assunto, mesmo que o texto diga o contrario.

Não generalizo sobre as epistolas recebidas — algumas de logica mode1ar. Tampouco e errado ou condenavel passar a ilações sobre o autor ou sobre as conseqüencias do que esta dizendo. Mas nada disso pode passar por cima do que esta escrito e da sua logica. Meus ensaios, tem colimado assuntos candentes e controvertidos. Sem uma correta participação da opinião publica educada, dificilmente nos encaminharemos para uma solução. Mas a discussão só avança se a logica não for afogada pela indignação.

Vale a pena ilustrar esse tipo de leitura com os comentarios a um ensaio sobre nosso sistema de saude (abril de 1997). A essencia do ensaio era a inviabilidade economica e fiscal do sistema preconizado pela Constituição. Lantejoulas e meandros a parte, o ensaio afirmava que a operação de um sistema de saude gratuito, integral e universal consumiria uma fração do PIB que, de tão alta (até 40%), seria de implantação inverossímil.

Ninguem, e obrigado a aceitar essa afirmativa. Mas a logica impõe quais são as possibilidades de discordar. Para destruir os argumentos, ou se mostra que e viavel gastar 40% do PIB com saude ou e necessario demonstrar que as contas que fiz com André Medici estão erradas. Numeros equivocados, erros de conta, hipoteses falsas, há muitas fontes possiveis de erro. Mas a logica do ensaio faz com que so se possa rebate-lo nos seus proprios termos, isto e, nas contas.

Curiosamente grande parte das cartas recebidas passou por cima desse imperativo logico. Fui xingado de malvado e desalmado por uns. Outros fuzilaram o que inferem ser minha ideologia. Os que gostaram crucificaram as autoridades por negar aos necessitados acesso a saude (igualmente equivocados, pois o ensaio critica as regras e não as inevitaveis conseqüencias de sua aplicação).

Meus comentaristas escrevem corretamente, não pecam contra a ortografia, as crases comparecem assiduamente e a sintaxe não e imolada. Contudo, alguns não sabem ler. Sua imaginação criativa não se detem sobre a aborrecida logica do texto. E a vitoria da semiotica sobre a semantica.

Para visualizar a resposta, verificar anexos do curso.

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Finalizando...

• As abreviaturas são formas reduzidas de apresentação de

palavras. Ao contrário do que muitos pensam, o uso de

abreviaturas segue a uma organização que merece ser

observada.

• Sigla é a abreviatura formada de iniciais ou primeiras sílabas de

expressões que representam instituição, órgão, departamento,

setor, associação, etc.

• O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta

acento gráfico. Atualmente, usamos apenas o acento agudo ( ´ ) e

o circunflexo ( ^ ). O acento grave ( ` ) restringe-se a marcar a

ocorrência de crase. O maior critério utilizado para definir as

regras de acentuação é a tonicidade.

• A crase não aparece na linguagem oral, tendo em vista que

apenas uma vogal é pronunciada, mas na linguagem escrita, é

indicada pelo acento grave.

• Entre os pronomes pessoais, encontram-se os pronomes de

tratamento, os quais devem ser rigorosamente observados ao se

redigir correspondências oficiais. Tais pronomes são escolhidos

de acordo com tratamento dado ao indivíduo a quem se dirige

que, de forma geral, pode ser íntimo, respeitoso ou cerimonioso.

• A formalidade das redações oficiais requer o tratamento

cerimonioso, o que não significa dizer rebuscado, erudito. Ao

contrário, a tendência atual é a simplicidade.

• As iniciais maiúsculas, em termos gerais, devem ser usadas na

abertura de frases, em nomes próprios, nos títulos de obras

artísticas, técnicas e científicas.

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• A letra minúscula é usada na grafia de nomes comuns.

• O destaque configura-se como recurso tipográfico que visa

estabelecer contrastes com o restante do texto. No curso foram

estudados o itálico e o negrito.

• Os sinais de pontuação nos auxiliam a organizar o discurso

escrito. Muitos autores indicam, entre as suas funções, a de

reproduzir as possibilidades emotivas e de entonação presentes

na fala. O mau uso da pontuação pode gerar interpretações

diversas da que gostaríamos.