Upload
silvio
View
34
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Módulo 1: Introdução à Gestão do Conhecimento (11/08/14). 1ª Parte. Conteúdo do Módulo. O que é Gestão do Conhecimento (GC)? Por que a GC é importante hoje na Economia do Conhecimento (knowledge-based Economy)? Quais são os marcos, principais contribuições de autores e eras da GC? - PowerPoint PPT Presentation
Citation preview
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 1
Módulo 1:Introdução à Gestão do
Conhecimento
(11/08/14)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 2
1ª Parte
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 3
1. O que é Gestão do Conhecimento (GC)?
2. Por que a GC é importante hoje na Economia do Conhecimento (knowledge-based Economy)?
3. Quais são os marcos, principais contribuições de autores e eras da GC?
4. Quais são as principais formas de conhecimento?
5. Quais são os principais benefícios da GC?
Conteúdo do Módulo
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 4
1. O que é Gestão do Conhecimento?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 5
1.1. Dado, informação e conhecimento
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 6
Dado = fato objetivo e distinto relativo a um fenômeno (DAVENPORT e PRUSAK, 1998)
Exemplo: Brasil teve crescimento econômico de 0,9% em 2012
Informação: mensagem com dados para influenciar a opinião do receptor (DAVENPORT e PRUSAK, 1998)
Exemplo: Brasil teve o menor crescimento entre os Brics em 2012 (China = 7,8% / India = 5% / Rússia = 3,4% / África do Sul = 2,5% / Brasil = 0,9%)
Conhecimento = experiência condensada, informação contextualizada, insight, crenças e valores (DAVENPORT e PRUSAK, 1998)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 7
Thomas Davenport
• Professor e diretor do Programa de Gestão de Sistemas de Informação da Universidade do Texas, Austin (EUA)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 8
Laurence Prusak
• Larry Prusak é professor do Programa em Informação e Conhecimento da Columbia University. Tem 20 anos de experiência como pesquisador e consultor em GC e aprendizagem organizacional
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 9
1.2. Definições de GC. Perspectivas
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 10
1.2.1 Perspectiva do Negócio (Business Perspective)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 11
“Gestão do conhecimento é o processo pelo qual nós gerenciamos ativos centrados no ser humano ...a função da gestão do conhecimento é preservar e promover o crescimento do conhecimento dos indivíduos, e quando possível, transformar esse ativo em uma forma que pode ser compartilhada com outros funcionários da empresa” (BROOKING, 1999)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 12
1.2.2 Perspectiva do Capital Intelectual
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 13
“A gestão do conhecimento desenvolve sistemas e processos para adquirir e compartilhar capital intelectual. GC aumenta a geração de informação útil, passível de ser colocada em prática e significativa e busca aumentar a aprendizagem individual e da equipe. Além disso, a GC pode maximizar o valor da base intelectual da organização por meio de funções e em vários locais. Negócios bem sucedidos – na perspectiva da GC – são uma coleção não de produtos, mas de bases de conhecimento distintas. Este capital intelectual é a chave que irá dar a empresa vantagem competitiva junto a seus clientes alvo. GC busca acumular capital intelectual que irá criar competências essenciais únicas que conduzirá a empresa a alcançar resultados superiores” (RIGBY, 2009)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 14
1.2.3 Perspectiva da Ciência Cognitiva
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 15
“Conhecimento – os insights, entendimentos e know-how prático que todos nós possuímos é o recurso fundamental que nos permite trabalhar de maneira inteligente. Ao longo do tempo, parte considerável do conhecimento assume outras formas: livros, tecnologias, práticas e tradições – em todo tipo de organização e na sociedade em geral. Essas transformações resultam em especialização acumulada e, quando usada adequadamente aumenta a efetividade. O conhecimento é um, se não O, principal fator que torna possível o comportamento inteligente do indivíduo, da organização e da sociedade (WIIG, 1993)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 16
Karl Wiig• Consultor sênior da Cutter
Consortium's Bussiness Inteligence Practice (EUA)
• Colaborador do Business Intelligence Advisory Service
• Chairman do Knowledge Research Institute, Inc. (presta consultoria a empresas na área de gestão do conhecimento)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 17
1.2.4 Perspectiva da Ciência da Informação – 1ª Escola
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 18
“GC é predominantemente visto como gestão da informação com outro nome (derivação semântica)” (DAVENPORT e CRONIN, 2000)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 19
1.2.5 Perspectiva da Ciência da Informação – 2ª Escola
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 20
Gestão do conhecimento “é entendida como os fluxos de informação organizacional e a implementação de práticas de aprendizagem organizacional quer tornam explícitos aspectos chave da base de conhecimento ... Diz respeito a aumentar o uso do conhecimento organizacional por meio de práticas de gestão da informação e aprendizagem organizacional” (BROADBENT, 1997. 8-9).
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 21
1.2.6 Perspectiva do Processo/Tecnologia
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 22
“As ferramentas, as técnicas e as estratégias para reter, analisar, organizar, melhorar e compartilhar a expertise da empresa” (GROFF e JONES, 2003, P.2)
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 23
1.3. Técnica de Análise Conceitual
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 24
Técnica utilizada nas ciências sociais (ex.: Educação e Filosofia) para gerar definições de termos complexos
Pode ser útil para lidar com a falta de consenso sobre termo Gestão do Conhecimento (GC)
Razão da falta de consenso sobre a definição de GC: subjetividade da palavra conhecimento
Recomenda-se utilizar a técnica para clarear o que GC significa para a organização
Técnica de Análise Conceitual busca obter consenso sobre três dimensões de um conceito:1. Lista de atributos chave que devem estar presentes na
definição
2. Lista de exemplos ilustrativos
3. Lista de contraexemplos
Definição
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 25
Atributos Chave Exemplos Contraexemplos
1. _______________2. _______________3. _______________4. _______________5. _______________6. _______________7. _______________
1. _______________2. _______________3. _______________4. _______________5. _______________6. _______________7. _______________
1. _______________2. _______________3. _______________4. _______________5. _______________6. _______________7. _______________
Conceito: _________________
Técnica de Análise Conceitual
Trabalho para a próxima aula (18/08/14):
Aplicar a Técnica de Análise Conceitual para esclarecer os seguintes termos: 1) capital intelectual versus ativos físicos; e 2) conhecimento
tácito versus conhecimento explícito
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 26
Gera conhecimento novo Acessa conhecimento valioso de fontes externas Usa conhecimento disponível no processo de tomada
de decisões Adiciona conhecimento a processos, produtos e
serviços Facilita a geração de conhecimento por meio de sistema
de reconhecimento e recompensa Transfere conhecimento disponível para outras áreas da
organização Mede o valor dos ativos de conhecimento e o impacto
da GC
Atributos de GC – Exemplo 01
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 27
Gestão do Conhecimento
“É um método integrado de criar, compartilhar e aplicar o conhecimento para aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e a efetividade social; e contribuir para a
legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade na administração pública e para o desenvolvimento brasileiro”
(BATISTA, 2012, p. 49)
Atributos de GC – Exemplo 02
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 28
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Método integrado
As atividades de GC (criar, compartilhar e aplicar conhecimento) são integradas e visam alcançar resultados (aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e a efetividade social; e contribuir para a legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade na administração pública e para o desenvolvimento brasileiro)
As atividades de GC (criar, compartilhar e aplicar conhecimento) são executadas de forma independente (sem vínculo entre elas) e não visam alcançar resultados
Ciclo de GC: No Ciclo de GC, identifica-se o conhecimento necessário para alcançar determinado resultado, capta-se ou cria-se esse conhecimento, compartilha-se o conhecimento entre as pessoas na organização, armazena-se tal conhecimento para retê-lo; e aplica-se o conhecimento para agregar valor a processos, produtos e serviços.
Não há ciclo de GC. As atividades (criar, compartilhar e aplicar conhecimento) e práticas de GC são executadas como um fim em si mesmas.
Conceito: Gestão do Conhecimento
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 29
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Foco em resultado
GC tem foco em resultados. Assim, a execução das atividades do Ciclo de GC devem gerar resultados: aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e a efetividade social; e contribuir para a legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade na administração pública e para o desenvolvimento brasileiro
GC não tem foco em resultado. Visa apenas criar, compartilhar, armazenar e aplicar conhecimento
Conceito: Gestão do Conhecimento
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 30
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Alinhamento estratégico
O modelo de GC tem como componente o alinhamento da gestão do conhecimento com a missão, visão, objetivos estratégicos e metas da organização. Dessa forma, a GC contribui para o alcance dos resultados esperados do planejamento estratégico da organização
O modelo de GC não está alinhado aos direcionadores estratégicos. O foco é apenas na execução de atividades e práticas voltadas para melhorar a criação e compartilhamento do conhecimento na organização
Viablizadores O modelo de GC destaca quatro viabilizadores (ou fatores críticos de sucesso) para a implementação bem-sucedida de GC : liderança, tecnologia, pessoas e processos
O modelo de GC não destaca viabilizadores (ou fatores críticos de sucesso). Apenas descreve as principais atividades do Ciclo de GC
Conceito: Modelo de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 31
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Ciclo de GC O modelo de GC prevê o Ciclo de GC com as seguintes atividades: identificar, criar, armazenar, compartilhar e aplicar conhecimento
O modelo não prevê Ciclo de GC. As atividades de GC (identificar, criar, armazenar, compartilhar e aplicar conhecimento) são executadas como um fim em si mesmas.
Ciclo KDCA Nesse ciclo, identifica-se o conhecimento necessário para alcançar determinado resultado, capta-se ou cria-se esse conhecimento, compartilha-se o conhecimento entre as pessoas na organização, armazena-se tal conhecimento para retê-lo; e aplica-se o conhecimento para agregar valor a processos, produtos e serviços.
O modelo de GC não visa melhorar processos, produtos e serviços. Por isso, não há ciclo para alcançar tais resultados
Conceito: Modelo de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 32
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Foco nas partes
interessadas
O modelo de GC tem foco no atendimento às necessidades das partes interessadas (cidadãos-usuários e sociedade)
O modelo de GC enfatiza apenas as atividades do Ciclo de GC (criar, compartilhar e aplicar conhecimento) sem identificar e procurar atender as necessidades e expectativas das partes interessadas.
Foco em resultados
GC tem foco em resultados. Assim, a execução das atividades do Ciclo de GC devem gerar resultados intermediários (aprendizagem, inovação e aumento da capacidade de realização e finais (melhorias de processos, produtos e serviços)
As atividades de GC tem foco apenas na criação e compartilhamento do conhecimento organizacional
Conceito: Modelo de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 33
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Identificar conhecimento
A organização identifica suas competências essenciais e as lacunas do conhecimento para alcançar seus objetivos estratégicos
A organização não se preocupa com a identificação das competências individuais. Apenas identifica conhecimento necessário para melhorar processos de trabalho
Criar conhecimento
A organização elimina as lacunas do conhecimento por meio da conversão do conhecimento e a criação de novo conhecimento
A organização não cria conhecimento para eliminar as lacunas do conhecimento. A criação do novo conhecimento – quando ocorre – destina-se à melhoria de processos
Conceito: Ciclo de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 34
Atributos Chave
Exemplos Contraexemplos
Armazenar conhecimento
A organização armazena o conhecimento para preservá-lo por meio de uma base de conhecimento. O armazenamento deve ser feito de tal forma que sua recuperação seja fácil para as pessoas que precisam dele
A organização não conta com uma base de conhecimento. Cada funcionário se encarrega de armazenar suas informações e conhecimentos.
Conceito: Ciclo de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 35
Atributos Chave Exemplos ContraexemplosCompartilhar conhecimento
A organização promove o compartilhamento do conhecimento visando a aprendizagem contínua e a inovação e, consequentemente, o atingimento dos objetivos organizacionais
Não há um esforço organizacional de promover o compartilhamento do conhecimento. O compartilhamento ocorre por iniciativa de alguns funcionários preocupados com aprendizagem e melhoria contínua
Aplicar conhecimento
A organização aplica conhecimento nos processos de apoio e finalísticos para agregar valor e melhorar produtos e serviços
O conhecimento existente na organização é aplicado apenas esporadicamente na melhoria de processos, produtos e serviços. Não há um trabalho sistemático nesse sentido.
Conceito: Ciclo de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 36
BATISTA, F. F. Modelo de gestão do conhecimento para a administração pública brasileira. Brasília: Ipea, 2012.
BROADBENT, M. The emerging phenomenon of knowledge management. Australian Library Journal, 1997, 46 (1), pp. 6 – 24.
BROOKING, A. Corporate memory: Strategies for knowledge management. London: International Thomson Business Press
DAVENPORT, E., e CRONIN, B. Knowledge management: Semantic drift or conceptual shift? Journal of Education for Library and Information Science, 2000, 41 (4): pp. 294 – 306.
DAVENPORT, T. H. e PRUSAK, Laurence. Working Knowledge. How organizations manage what they know. Boston: Harvard Business Review, 1998.
GROFF, T. e JONES, T. Introduction to knowledge management: KM in business. Burlington, MA: Butterworth-Heineman, 2003.
Referências
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 37
RIGBY, D. Management tools 2009: A n executive´s guide. Disponível
em: http://www.bain.com/Images/Management_Tools_2009_Executive_Guide.pdf. Acessado em 23 de fevereiro de 2014.
WIIG, K. Knowledge management foundations. . Arlington, Texas: Schema Press, 1993
Referências
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 38
2. Por que a GC é importante hoje na Economia do
Conhecimento (knowledge-based Economy)?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 39
Conhecimento = principal fator de geração de riqueza na Economia do Conhecimento
Conhecimento = commodity (mercadoria) ou ativo intelectual valioso. Agregada a produtos (de alta tecnologia). Agregada ao conhecimento tácito de funcionários (alta rotatividade)
A capacidade de gerenciar o conhecimento é, portanto, decisiva
A criação e disseminação do conhecimento tornaram-se fundamentais para a competitividade
GC = ferramenta para a inovação
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 40
2.1. Características do conhecimento
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 41
Conhecimento não acaba quando utilizado
É possível transferir conhecimento e não perdê-lo
O conhecimento é abundante. A capacidade das organizações em utilizá-lo é limitada
A maior parte do conhecimento valioso da organização se retira do ambiente de trabalho no final dia
Paradoxo
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 42
2.2. A “armadilha da renda média”, a inovação e a GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 43
Países que entram na faixa de renda média com PIB que varia de 3 000 a 16 000 dólares por habitante têm maior propensão a passar por um período de estagnação econômica (Renda per capital do Brasil em 2012 = 11 303 dólares)
O fenômeno ocorre sobretudo em nações que estão nas faixas de 11 000 e 15 000 dólares per capita.
Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Armadilha da Renda Média
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 44
As nações de renda média têm sérias dificuldades competitivas
Na exportação de commodities, concorrem com países pobres, que muitas vezes levam vantagem por ter custo mais baixo de produção.
Na indústria, não conseguem oferecer serviços e produtos sofisticados e inovadores como os países de renda alta.
Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Por que isso ocorre?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 45
Quem está preso na armadilha? Alguns dos principais exemplos são Brasil, Peru, México, China e Malásia
Quem já saiu?
Ao longo das últimas cinco décadas apenas 13 países de renda média atingiram a faixa de renda elevada. Entre eles, Japão e Correia do Sul
Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Os exemplos
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 46
Os países que superaram a armadilha deixaram de ter uma economia baseada na imitação de produtos e serviços dos países ricos e passaram a inovar. Para isso, investiram em áreas como infraestrutura tecnológica, empreendedorismo e educação superior. Em paralelo incentivaram a internacionalização de suas empresas
Fonte: Revista EXAME – 07/08/13 (Edição 1046 Ano 47 No 14)
Como Escapar?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 47
1. Abertura comercial2. Infraestrutura tecnológica3. Inovação e Empreendedorismo4. Educação superior5. Instituições sólidas
Plano para Sair da Armadilha
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 48
Fôlego para a Inovação
O investimento em pesquisa torna os países mais competitivos no mercado global
(Gastos com pesquisa e desenvolvimento em % do PIB)
Israel 4,4%
Coréia do Sul 3,7%
Japão 3,6%
Estados Unidos 2,7%
1%Brasil
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 49
Fôlego para a InovaçãoO investimento em pesquisa torna os países mais
competitivos no mercado global
Exportações de produto com alto valor agregado, em % das exportações totais (1)
22%
COREIA DO SUL
16%
JAPÃO
14,3%
ISRAEL EUA BRASIL
9,7% 3,3%
(1) Em 2011. Fontes: Banco Mundial, MDIC e CIA
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 50
É colocar uma ideia em prática (produzir e aplicar conhecimento novo) e obter resultados.
Exemplos:
Produção de carros movido a álcoolMétodo de torcer a massa da Matsushita (Ikuko Nanaka)Carro “Menino Alto” da Honda (Hiroo Watanabe)
O que é inovar?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 51
A GC dedica-se à transformação do conhecimento individual em conhecimento organizacional.
Os processos de GC ao tornar o conhecimento pessoal disponível para os outros é a atividade central da empresa criadora de conhecimento (ou inovadora)
Na empresa criadora de conhecimento, inventar o novo conhecimento é uma forma de comportamento (todos são trabalhadores do conhecimento ou empreendedores)
Qual a contribuição da GC?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 52
3. Quais são os marcos, principais contribuições de
autores e eras da GC?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 53
3.1. Marcos de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 54
Ano Indivíduo / Organização
Evento
1986 Dr. Karl Wiig Criou o termo GC em evento na Organização das Nações
Unidas (ONU)
1989 Empresas de consultoria Início de projetos internos de GC
1991 Artigo na Harvard Business Review (HBR)
Nonaka e Takeuchi
1993 Dr. Karl Wiig Primeiro livro de GC publicado
1994 Rede de GC Primeira Conferência de GC
Marcos da GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 55
Ano Indivíduo / Organização
Evento
Meados da década de
1990
Empresas de consultoria
Início da prestação de serviços de consultoria em
GC
Final da década de
1990
Empresas na área industrial
Implementam GC e começam a ver seus
benefícios
2000 – 2003 Meio Acadêmico Programas e disciplinas de GC com textos de GC
Marcos da GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 56
3.2. Contribuições de autores
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 57
Ano Autor Contribuição
Início da década de 1960
Peter Drucker
Cunhou a expressão “trabalhador do conhecimento”
1990 Peter Senge
Destacou que organizações de aprendizagem são aquelas que aprendem de experiências
passadas armazenadas em sistemas de memória organizacional
1991 Thomas Stewart
Utiliza o termo capital intelectual pela primeira vez (Revista Fortune)
1995 Barton-Leonard
Documentou o caso da empresa “Chapparal Steel” como um caso de sucesso em GC
Contribuições de autores
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 58
Ano Autor Contribuição
1995 Nonaka e Takeuchi
Estudaram como o conhecimento é produzido, utilizado e disseminado nas organizações e como
esse tipo de conhecimento contribui para a inovaçãoDécada de
1990Alguns autores
Alguns autores percebem o valor de medir os ativos intelectuais e reconhecem a importância crescente do conhecimento organizacional como um ativo competitivo (Sveiby, 1996; Norton e Kaplan, 1996; APQC, 1996; Edvinson e Malone, 1997)
1996 Carla O´Dell A American Productivity and Quality Center (APQC)realizou um estudo de benchmarking que identificou as seguintes necessidades de GC: 1) gestão do conhecimento como estratégia de negócio; 2) transferência do conhecimento e melhores práticas; 3) conhecimento com foco no cliente; 4) responsabilidade pessoal pelo conhecimento; 5) gestão do capital intelectual; e 6) inovação e criação do conhecimento
Contribuições de autores
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 59
3.3. Eras de GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 60
Gestão do Conhecimento. Eras
Gestão da Experiência
Gestão da Informação
Gestão de Idéias
1995
2000WWW
2005Web 2.0
Repositórios DigitaisConhecimento Explícito (Foco no conhecimento
explícito contido em documentos)
Comunidades de Prática (COPs)
NarrativasConhecimento Tácito (Foco na experiência das pessoas)
Compartilhamento entre pares nos níveis
hierárquicos inferiores
NetworksConhecimento Coletivo
(Foco na sabedoria coletiva para resolver problemas e
inovar)
Fonte: Nancy Dixon - 24/07/2012
Etienne Wenger
Começamos a aprender a usar o conhecimento coletivo
Aumenta a importância da cultura organizacional e do clima colaborativo
BP Framework
Exemplo: Projeto Eureka - Xerox
Ferramentas de busca melhoraram ao longo dos anos
Conhecimento dos especialistas
Conhecimento dos pares Conhecimento coletivo
https://www.youtube.com/watch?v=_YC8jYeKpBw
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 61
4. Quais são as principais formas de conhecimento?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 62
“We know more than we can tell” Polany, 1966
Conhecimento Tácito vs. Explicito
Conhecimento TácitoCaracterísticas
Conhecimento ExplícitoCaracterísticas
Difícil de verbalizar , de escrever e de desenhar. Está na cabeça das pessoas
Conteúdo capturado de forma tangível (palavras, áudio e imagens)
Conhecimento se adapta para tratar de situações novas e excepcionais
Pode ser disseminado, reproduzido, acessado e reutilizado por toda a organização
Especialidade, “know how”, “know why”
Pode ser ensinado mediante eventos de capacitação
É utilizado para colaborar, compartilhar visão, para transmitir cultura
Pode ser organizado, sistematizado e utilizado para compartilhar a visão e missão da organização, assim como procedimentos operacionais
É passível de ser transmitido de uma pessoa para outra (coaching, mentoring)
Transfere conhecimento via produtos, serviços e processos documentados
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 63
Conhecimento explícito está presente no produto final Conhecimento tácito é o know-how do processo de
produção Visão equivocada de GC
“GC é transformar conhecimento tácito em explícito e, depois, armazená-lo de alguma forma (intranet, portal, repositório) para disponibilizá-lo à força de trabalho”
Visão mais adequada GC é mais ampla. É um método holístico com foco no usuário.
Começa não com o levantamento de documentos, mas uma análise da necessidade para entender como a melhoria no compartilhamento do conhecimento pode beneficiar o indivíduo, a equipe, a organização e a sociedade.
Conhecimento Tácito vs. Explícito
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 64
5. Quais são os principais benefícios da GC?
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 65
Melhoria do desempenho (tomada de decisões, soluções de problemas, capacidade de realização)
Estreitamento dos laços com a organização Atualização na área de atuação Oportunidades para contribuição
Benefícios para o Indivíduo
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 66
Desenvolvimento de habilidades profissionais Mentoring entre pares Colaboração e trabalho em rede mais efetivo Código de ética profissional para adesão dos
membros das comunidades de prática Linguagem comum
Benefícios para comunidades
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 67
Contribui para alcançar os objetivos estratégicos
Resolve problemas rapidamente Dissemina melhores práticas Aumenta a agregação de conhecimento em
produtos e serviços Estimula a criação de ideias e aumenta as
oportunidades de inovação Capacita as organizações a se manterem à
frente da concorrência Constrói memória organizacional
Benefícios para a organização
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 68
Conteúdo
Pessoas Comunidades
Os Principais Componentes da Gestão do Conhecimento
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 69
Gerenciar conteúdo de maneira efetiva Promover a colaboração entre as pessoas Ajudar os trabalhadores do conhecimento a
entrar em contato entre si Encontrar os especialistas Ajudar a organização a tomar decisões com
base em dados, informações e conhecimento completos, válidos e bem interpretados
Desafios da GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 70
O êxito da GC depende da capacidade de atender as necessidades dos trabalhadores do conhecimento agregando valor a sua prática profissional e tornando-os mais efetivos
Êxito da GC
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 71
“A contribuição mais importante e, de fato, verdadeiramente única, da Administração no século 20 foi o aumento de 50 vezes na produtividade do trabalhador manual na indústria.
A contribuição mais importante que a Administração precisa dar no século 21 é, de maneira semelhante, aumentar a produtividade do trabalho de conhecimento e do trabalhador do conhecimento.”
Peter F. Drucker
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 72
“A principal contribuição da gestão do conhecimento na administração pública é aumentar a efetividade do
trabalhador do conhecimento que atua na esfera pública, isto é, o servidor público e, assim, melhorar o
desempenho das organizações públicas e, consequentemente, a qualidade dos serviços prestados à
população”
Fábio Ferreira Batista
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 73
2ª Parte
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 74
Apresentação do Capítulo do livro Gestão do Conhecimento (Nonaka e Takeuchi)
Questões para o debate:1. Como Nonaka define a empresa “criadora de conhecimento”. Cite um
exemplo desse tipo de empresa que vocês conhecem. Justifique.2. Explique a diferença entre “processar” a informação objetiva (tradição
ocidental e exploração dos “insights tácitos” (experiência japonesa)3. Quem é responsável pelo novo conhecimento nas empresas japonesas?4. Qual é a atividade central da empresa criadora de conhecimento? Por
que?5. Qual foi a inovação produzida pela: i) Matsushita; ii) Honda e iii) Canon6. Qual é o papel dos gerentes intermediários na empresa criadora de
conhecimento.
Participação da turma
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 75
Módulo 2: O Ciclo de GC. Referências
• BATISTA, F. F. O Ciclo e os Modelos de GC in Proposta de um modelo de gestão do conhecimento com foco na qualidade. Brasília: Universidade de Brasília, 2008 (Tese de Doutorado)
• DALKIR, Kimiz. The Knowledge Cycle in Knowledge management in theory and practice. The MIT Press, 2011.
Módulo 2: O Ciclo de GC
Texto para leitura e resumo
• BUKOWITZ, Wendi R. e WILLIAMS, Ruth L. Como utilizar o manual de gestão do conhecimento in Manual de Gestão do Conhecimento
Módulo 1
Versão: Agosto de 2014 © Prof. Dr. Fábio Ferreira Batista 76
FIM DO MÓDULO [email protected]