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Semana Missionária - Igreja em saída1ª Edição - 2018

Diretor Geral: Mons. Jamil Alves de Souza

Diretor Editorial: Pe. Luis Fernando da Silva

Organizadores: Comissão Especial para o Ano Nacional do Laicato

Revisão: Renato Thiel

Capa:Glaucy Almeida

Projeto Gráfi co e Diagramação:Júlia Costa Fonseca

Impressão e acabamento:Ipiranga Gráfi ca Editora

C748i Conferência Nacional dos Bispos do Brasil / Semana Missionária - Igreja em saída. Brasília, Edições CNBB. 2018.

64p.: 14 x 21 cmISBN: 978-85-7972-634-7

1. Semana missionária;2. Ano do Laicato;3. Missiologia;4. Círculos bíblicos.

CDU: 253.755

Edições CNBBSE/Sul Quadra 801 - Cj. B - CEP 70200-014Fone: 0800 940 3019 – (61) 2193-3019E-mail: [email protected]


Sumário

APRESENTAÇÃO ..........................................................................5

INTRODUÇÃO ..............................................................................7

1. IDENTIDADE E OBJETIVOS DA SEMANA MISSIONÁRIA ........................................... 14

2. METODOLOGIA DA SEMANA MISSIONÁRIA “IGREJA EM SAÍDA” ....................................................... 16

3. PREPARAÇÃO .................................................................. 19

4. REALIZAÇÃO DA SEMANA MISSIONÁRIA “IGREJA EM SAÍDA”........................................................ 23

5. CONTEÚDOS DE CADA DIA DA SEMANA .................. 26

6. A MISSÃO CONTINUA COM “EQUIPES DE DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS” .............. 48

7. NÃO HÁ MISSÃO SEM MISSIONÁRIOS! ..................... 52

8. LEMBRETES .................................................................... 55

Oração do Ano Nacional do Laicato ................................... 60

Hino do Ano Nacional do Laicato ........................................ 61



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APRESENTAÇÃO

“Há uma multidão de pessoas que desejam conhecer Jesus Cristo”.

Ao proclamar o Ano Nacional do Laicato, os cristãos leigos e leigas são convocados a testemunhar, pela vida e ação concreta, Jesus Cristo em outros ambientes, fora dos espaços de nossas igrejas.

O Papa Francisco nos incentiva para sermos uma “Igreja em saída” e assumir um novo jeito de anunciar Jesus Cristo na sociedade. Somos acostumados a receber dentro de nossos templos os que já são nossos, mais perdemos do que agregamos. Lá fora estão nos esperando enquanto estamos dentro esperando os que não conhecem Jesus Cristo.

Como atividade de destaque no Ano do Laicato, sugerimos a Semana Missionária, “Igreja em saída”. Precisamos levar através de nossa fé e testemunho cristão, em outros ambientes em que as pessoas não conhecem o Evangelho. Temos ambientes importan-tes como a família, o mundo do trabalho, da política, dos meios de comunicação, da cultura da educação e a nossa ‘casa comum’. Precisamos tomar iniciativas e arregaçar as mangas, pés no cami-nho e coração generoso para acolher todas as pessoas sem distinção e sem discriminação. Todos são fi lhos e fi lhas de Deus. Temos que partir ao encontro do ser humano que carrega dentro de si um so-nho de ser reconhecido, amado, acolhido e recolhido no âmago de uma comunidade acolhedora. Os cristãos e cristãs devem revelar o amor fraterno enxugando as lágrimas provocadas pela exclusão, abandono e sem oportunidade para conhecer Jesus Cristo. Ele dá novo sentido à vida.

A Semana Missionária quer ser o termômetro para testemunhar a quantas anda a nossa fé e o nosso compromisso como irmãos.


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É hora de olhar ao nosso redor e perceber quantos passam fome de pão, de carinho, de moradia, de justiça e dignidade. Missão é sair e levar algo melhor e que resolve. Jesus Cristo é a solução.

É dever de todo o cristão anunciar Jesus Cristo, “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20).

O Papa Francisco incentiva a todos nós a nos lançarmos em mis-são, “que a história da primeira comunidade cristã nos diz uma coisa muito importante, que vale para a Igreja de todos os tempos, até para nós: quando uma pessoa conhece verdadeiramente Jesus Cristo e crê nele, experimenta a sua presença na vida e na força da sua Ressurreição, e não pode fi car sem comunicar esta experiência. E, se essa pessoa encontra incompreensões ou adversidades, comporta-se como Jesus na sua Paixão: responde com o amor e com a força da verdade” (Regina Coeli, Praça de São Pedro, 14/04/2013).

Incentivamos a todas as pessoas de boa vontade que partici-pem da semana missionária, sobretudo, nos momentos de oração, refl exão e visita nos ambientes, onde Jesus Cristo deve ser conhe-cido, amado e seguido. Temos a certeza que Deus Pai, com a força do Espírito Santo, inspira ações para que a Boa-Nova chegue ao coração das pessoas sofridas e ignoradas da sociedade.

A Comissão Especial para o Ano Nacional do Laicato agrade-ce ao Padre Luís Mosconi e à Associação Santas Missões Populares – ASMP, pela contribuição no Seminário preparatório da Semana Missionária e na elaboração deste subsídio.

Em Jesus de Nazaré encontramos a paz, a justiça, o sentido da vida e o amor.

Dom Severino Clasen, OFM Bispo Diocesano de Caçador

Presidente da Comissão Especial para o Ano Nacional do Laicato


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INTRODUÇÃO

A Semana Missionária “Igreja em saída” quer ser um belo retiro espiritual popular missionário, que nos ajude a crescer na espiritualidade do seguimento de Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor no meio do povo sendo, assim, os cristãos leigos e lei-gas “Sal da terra e Luz do mundo”, a serviço do Reino, em uma Igreja decididamente “em saída”, missionária, solidária, partici-pativa, despojada, sem “mundanismo espiritual”,1 discípula de Jesus, sua única razão de existir.

Durante a Semana Missionária, vamos refl etir sobre o “ser-viço cristão ao mundo”. A cada dia veremos um espaço de ação dos cristãos leigos e leigas: família e mundo do trabalho; política e políticas públicas; comunicação e educação; cultura e casa comum; superação da violência e cultura da paz.

Nossos bispos nos ensinam e animam:

“É missão do povo de Deus assumir o compromisso so-ciopolítico transformador, que nasce do amor apaixona-do por Cristo. Desse modo, se incultura o Evangelho (...) A atuação cristã no social e no político não deve ser con-siderada ‘ministério’, mas ‘serviço cristão ao mundo’, na perspectiva do Reino (...) Assim, a participação consciente e decisiva dos cristãos em movimentos sociais, entidades de classe, partidos políticos, conselhos de políticas públi-cas e outros, sempre à luz da Doutrina Social da Igreja, constitui-se num inestimável serviço à humanidade e é parte integrante da missão de todo o povo de Deus”.2

1 FRANCISCO. Carta Encíclica Evangelii Gaudium (EG), Documentos Pontifícios 17. Brasília: Edições CNBB, 2013, n. 93-95.

2 CNBB. Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade: Sal da Terra e Luz do Mundo. Documentos da CNBB 105. Brasília: Edições CNBB, 2016, n. 161; 162.


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MOTIVAÇÕES

1. De vez em quando, precisamos de uma ‘sacudida’, de um tem-po especial, forte, criativo, fecundo. O perigo da ‘mesmice’, de uma vida rasteira e sem asas, está sempre aí, na esquina da estrada da vida, ameaçando e esvaziando o gosto de viver.

2. A Semana Missionária parte da vida e à vida quer servir. Consideramos a abordagem existencial.

3. Nunca houve tanta busca de felicidade, de prazer, como hoje e, ao mesmo tempo, nunca houve tanta tristeza, decepção, de-pressão, até suicídio. Isso não pode ser por acaso. Apesar de tanto progresso econômico, científi co, social, há muitíssimas mesas vazias e incontáveis vazios existenciais. Por que tanto contraste? Por que tanta violência?

4. O individualismo e o indiferentismo crescem assustadora-mente. Parecemos uma sociedade de seres anônimos, mani-pulados por potentes forças ocultas, gerando medo e síndro-me de pânico. Que vida é essa?

5. As instituições tradicionais – Família, Igrejas, Escolas – estão desacreditadas e marginalizadas. O que vale é o grupo fechado ao qual se pertence e não a comunidade. Vale mais o parecer que o ser, a estética que a ética, mais a emoção que a busca de sentido. A hipocrisia campeia em muitos lugares.

6. Vivemos em uma economia de mercado, em que tudo é merca-doria. A especulação fi nanceira manda e desmanda, destruindo, matando povos e países frágeis, sem dó, cinicamente.

7. Neste tipo de sociedade, Deus acabou sobrando, cada vez mais sem voz e sem vez. Ele não pode entrar nos condomínios fechados, nos seletos grupos do poder econômico, político, so-cial. O crucifi xo pode fi car pendurado nas paredes das casas, nas salas de aula, nas repartições públicas, nos bancos, nos


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escritórios de executivos empresariais, de políticos, contanto que fi que bem quietinho e caladinho, sem incomodar.

8. Imaginemos Jesus, o de Nazaré da Galileia, andando no bairro ou no povoado onde moramos, sem ser reconhecido. Ele vê um monte de Igrejas cristãs, tendo ele como referência principal. Visita todas elas, percebe que todas falam dele, mas cada uma do seu jeito; no fi nal, qual poderá ser seu comentário? Andando pela rua, ele vê lojas levando o seu nome. Entra em alguma casa para pedir um copo de água ou para saudar os de casa e vê na parede um crucifi xo ou uma sua foto meio esquisita, com olhos azuis. Passando numa esquina de rua, ele vê alguém falando alto seu nome. Jesus para, vê e escuta. O que se estará passando no seu coração?

9. Continuemos a imaginar Jesus entrando nos ambientes de nossas paróquias. Entra na secretaria, observa com atenção as pessoas que aparecem; senta em alguma sala onde há reunião pastoral acontecendo. Na hora da missa, ele entra na igreja, senta no meio do povo, participa da missa como um fi el. Escuta a pregação, du-rante a qual se cita seu nome com frequência.

10. Agora, se Jesus pudesse falar suas impressões em viva voz, o que ele diria? Sem dúvida, ele valorizaria as coisas boas que vê, mas diria também, com amargura: “Muitos falam de mim, mas, que pena! Não me conhecem”.

11. Reparemos as agendas paroquiais. Elas estão lotadas de missas, celebrações, devoções, festejos de padroeiros e de padroeiras, de reuniões e mais reuniões. As celebrações dos Sacramentos comandam o dia a dia das paróquias. Louvores em honra a Jesus não faltam. Defi ne-se a beleza de uma paró-quia pela quantidade de pastorais existentes. Pelo que se vê, há pastorais tarefeiras, repetitivas e fragmentadas, sem o fi o condutor do seguimento de Jesus.


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12. Párocos e agentes pastorais, às vezes sem perceber, tor-nam-se simples funcionários atarefados de uma instituição, Secretarias paroquiais correm o perigo de tornarem-se iguais a escritórios comerciais. São efi cientes e organizadas do pon-to de vista administrativo. Ao mesmo tempo, respira-se algo parecido a um vazio existencial, que deixa marcas negativas: cansaços, rotinas, insatisfação, acomodação, insegurança, tristeza, pavor, indiferença, grupinhos fechados, panelinhas e panelonas. Por que tudo isso? De onde vem? O que pode ser? Sente-se no ar, nos gestos, nas conversas, que está faltando algo importante... O que pode ser?

13. Deixemo-nos iluminar pelo testemunho e o magistério de Papa Francisco. Ele afi rma que em nossas igrejas, com fre-quência, escutamos “uma imensidade de doutrinas que se tentam impor à força de insistir”;3 mas, não satisfazem. Nas missas ouvimos pregações que não revelam “o coração da mensagem de Jesus Cristo”.4 Escutamos sermões que não espalham “o perfume do Evangelho”.5 Nem sempre sabore-amos a beleza do Evangelho, que “dá resposta às necessida-des mais profundas das pessoas”.6 Por causa disso, muitos se aborrecem e abandonam Igrejas e templos.

14. Papa Francisco denuncia com impressionante clareza um mal grave, que ele chama ‘mundanismo espiritual’. Consiste em “buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal”.7 Manifesta-se em muitas atitudes e ges-tos concretos. “Em alguns, há um cuidado exibicionista da

3 EG, n. 35.4 Ibidem, n. 34.5 Ibidem, n. 39.6 Ibidem, n. 265.7 Ibidem, n. 93.


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liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, mas não se pre-ocupam que o Evangelho adquira uma real inserção no povo fi el de Deus e nas necessidades concretas da história”.8 O Papa alerta: “Até aqueles que aparentemente dispõem de sóli-das convicções doutrinais e espirituais acabam, muitas vezes, por cair num estilo de vida que os leva a agarrarem-se a segu-ranças econômicas ou a espaços de poder e de glória humana que se buscam por qualquer meio, em vez de dar a vida pelos outros na missão”.9 “Deus nos livre de uma Igreja mundana sob vestes espirituais ou pastorais!”.10 Karl Rahner, o grande teólogo do século passado (1904-1984), chamava este mal de “mediocridade espiritual”.

15. Precisamos superar o “medíocre pragmatismo da vida cotidia-na da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com nor-malidade, mas, na verdade, a fé vai se desgastando e degene-rando em mesquinhez”.11 A constatação é triste e amarga: há muitas caricaturas de Jesus. A dicotomia entre o seguimento de Jesus e o modo de ser Igreja é algo muito grave. Uma tragédia.

16. O que fazer diante disso? Assim não dá. Precisamos eliminar todas as ideias distorcidas que temos de Jesus. Precisamos voltar ao Jesus verdadeiro, o de Nazaré da Galileia; o Cristo, que foi pregado com ardor por seus apóstolos. E temos que fazer isso com urgência e com fi delidade! Precisamos redes-cobrir Jesus como sentido último, defi nitivo e verdadeiro de nossa vida, ao estilo de Paulo de Tarso: “Para mim, de fato, o viver é Cristo” (Fl 1,21).

8 Ibidem, n. 95.9 Ibidem, n. 80.10 Ibidem, n. 97.11 CNBB. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015

(DGAE). Documentos da CNBB 94. Brasília: Edições CNBB, 2011, n. 3, citando o Documento de Aparecida (DAp), n. 12.


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17. O reencontro com Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor, Missionário da imensa e insondável misericórdia do Pai, Profeta itinerante do Reino, Curador das feridas, Libertador de todo tipo de mal, deve ser o grande sonho – projeto das pastorais de hoje. Ele é o Poeta da ternura, a Testemunha fi el da verdade, o Defensor inquebrantável dos pobres e excluídos, o Libertador dos opri-midos pelos demônios, o Mestre de vida, o Mártir do Reino.

18. Realmente, Jesus de Nazaré é uma pessoa que encanta e atrai; que surpreende a toda hora. Nele encontramos “o homem perfeito”, conforme o autor da Carta aos Hebreus (Hb 4,15). Ele desperta sentimentos e valores profundamente humanos, autênticos, acordando também a vontade de segui-lo. Jesus de Nazaré é alguém incrível, que encanta, apaixona e seduz. Nenhuma mente humana, em busca sincera da verdade, mes-mo sem fé, pode fi car indiferente ao encontrá-lo. Nunca nin-guém teria imaginado uma pessoa tão perfeita e tão verdadei-ra. Somente podia vir da imensa misericórdia trinitária. Ele é, realmente, Filho de Deus.

19. O desconhecimento de Jesus de Nazaré é uma tragédia para a humanidade, pois as Igrejas surgiram para testemunhar, no tempo e no espaço, a Jesus de Nazaré (At 1,8) e seu projeto: o Reino de Deus.

20. Vai construir maior comunhão eclesial na diversidade dos ministérios, e transformando-nos em discípulos de Jesus nas várias realidades em que estamos inseridos

21. Papa Francisco, falando aos 114 cardeais que o haveriam de eleger Papa, no dia anterior, disse claramente: “Se nós não tes-temunhamos Jesus Cristo, nos converteremos em uma ONG piedosa” (14/03/2013). E aos seis mil jornalistas, presentes no evento histórico, disse: “O centro é Cristo, não o sucessor de Pedro” (15/03/2013).


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22. Por tudo isso, o reencontro e a espiritualidade do seguimento de Jesus é o eixo da Semana Missionária “Igreja em saída”. Do discipulado de Jesus vai brotar necessariamente a mis-são, a militância: testemunhar Jesus de Nazaré e seu proje-to, o Reino de Deus, nos caminhos da história. Ele realmente dá sentido pleno e verdadeiro ao nosso peregrinar terreno. O discipulado de Jesus nos lançará, como cristãos leigos(as) em uma “Igreja em saída”, nos porões da humanidade, no co-ração dos grandes desafi os sociais, políticos e econômicos de hoje, com coragem e fi delidade. Para reencontrar caminhos verdadeiros, para dar sentido pleno à vida e à história da hu-manidade. Como afi rmam nossos bispos: “É missão do povo de Deus assumir o compromisso sociopolítico transformador, que nasce do amor apaixonado por Cristo”.12

12 CNBB. Doc. 105, n. 161.


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1. IDENTIDADE E OBJETIVOS DA SEMANA MISSIONÁRIA

a) Ajudar na busca do sentido verdadeiro da vida;

b) Convidar ao seguimento de Jesus de Nazaré, enviado do Pai, pois ele responde às verdadeiras aspirações plantadas no coração do ser humano;

c) Incentivar a militância dos cristãos no meio do povo, a serviço da revelação e expansão do Reino de Deus. Esse é o grande projeto de Jesus; a expressão ‘Reino de Deus’ aparece 120 ve-zes nos Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos, Lucas);

d) Convidar a fazer parte do povo das bem-aventuranças vividas e proclamadas por Jesus, fonte inesgotável da verdadeira alegria;

e) Propor a todos um estilo de vida simples, sóbria, solidária, participativa, ecológica, profética, lutando pela paz e pela jus-tiça para todos, sendo assim “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14);

f) Ajudar a descobrir que vida verdadeira é vida feita missão, pois a vida é missão e a missão dá sentido à vida;

g) Prestar atenção especial aos assuntos propostos pelo Ano Nacional do Laicato; aos problemas urgentes do lugar: de-semprego, agrotóxicos, drogas, os rios agonizando, violência (ver Campanha da Fraternidade 2018).

Portanto, a Semana Missionária “Igreja em saída” vai ser um tempo especial de renovado ardor missionário. De vez em quando, precisamos de tempos intensivos e especiais assim, para viver me-lhor a cotidianidade de nossa vida. Vai ser uma referência preciosa para o tempo que virá depois. Entenderemos melhor que a vida


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é processo, é conversão permanente: “Quem perseverar até o fi m, esse será salvo” (Mt 10,22).

O formador/orientador da Semana Missionária “Igreja em saída” será o mesmo Jesus de Nazaré. Estaremos sentados aos seus pés, ouvindo, aprendendo dos seus ensinamentos e da sua prática. E o testemunharemos mundo afora, com alegria e gratidão, na es-cuta e no compromisso.

Pede aos participantes um coração aberto, sincero, humilde; uma mente capaz de sonhar alto; uma consciência crítica, ativa, vigi-lante sobre os grandes desafi os sociais de hoje; e pés fi rmes na estra-da da vida, rumo a uma sociedade justa, honesta, humana, de todos.

A Semana Missionária “Igreja em saída” convida a entrar em um processo de conversão permanente, proporcionando imensa alegria interior e compromisso consciente e fi el. Pede adesão afetiva e efetiva. O processo de conversão não é luxo, não é para quem tem tempo sobrando; é necessidade existencial, inadiável, para todo ser humano em busca de sentido verdadeiro. A conversão deve con-cretizar-se nas várias dimensões: pessoal, social, pastoral, eclesial, ecológica, visando sempre o resgate da dignidade dos mais pobres, dos feridos e dos machucados. Nunca haverá nova humanidade sem esse processo exigente e saudável.


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2. METODOLOGIA DA SEMANA MISSIONÁRIA “IGREJA EM SAÍDA”

1. Metodologia é palavra da língua grega, que signifi ca: caminho seguro para alcançar um determinado objetivo. Não se vive sem metodologia, daria confusão. Mas os objetivos são mais importantes. É o projeto que diz de qual metodologia precisa e essa se põe a serviço do projeto. Tal projeto, tal metodologia; é coerência entre meios e fi ns.

2. O projeto da Semana Missionária “Igreja em saída” exige uma metodologia popular, para chegar a muita gente. Deve ser en-volvente, capaz de responsabilizar, tirando as pessoas do anoni-mato. É uma metodologia que descentraliza para personalizar relações saudáveis interpessoais.

3. Essa metodologia quer ajudar cada pessoa a não ser simples executora de tarefas, gente empurrada para cá e para lá, mas a ser sujeito histórico, atento, protagonista de um novo ama-nhecer da própria vida pessoal e da humanidade.

4. A metodologia da Semana Missionária “Igreja em saída” tem a ver com o lugar, com os destinatários, exige crono-grama, planejamento, presença de lideranças capacitadas. Projeto e metodologia pedem uma alta dose de espirituali-dade militante, missionária.

Algumas sugestões metodológicas:

a) Lugar: Onde realizar a SM? Depende de cada diocese. Podem-se envolver várias paróquias ou até todas, com grande benefí-cio para a diocese; isso exige dedicação, tempo, organização,


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muitos missionários disponíveis. E isso não se improvisa da noite para o dia. Pede tempo. Outra possibilidade é concen-trar todas as forças vivas da diocese em duas ou três áreas da diocese, particularmente necessitadas. Sem dúvida isso vai fortalecer e apreciar a beleza da comunhão eclesial na vida da diocese. Portanto, é preciso verifi car e decidir, após ter ouvi-do parecer de muitos cristãos leigos(as) e párocos da diocese, sem medo de sonhar alto, pés no chão.

b) Destinatários: destina-se a todas as pessoas que moram no lugar a ser missionado. A Semana Missionária “Igreja em saída” é uma iniciativa da Igreja Católica, mas em estilo ecu-mênico, aberto aos grandes desafi os da sociedade, do povo, da humanidade. Exige muitas e belas visitas e visitas. Mas não de modo genérico. É importante dar atenção especial a cada pessoa. É importante priorizar as camadas mais so-fridas e necessitadas, fi sicamente, economicamente, existen-cialmente, espiritualmente

c) Duração: A Semana Missionária “Igreja em saída” acontece-rá de domingo a domingo. Cada dia terá uma mensagem de Jesus, tirada do seu Evangelho. Terá também uma referência explícita a um assunto indicado pela Comissão do Ano do Laicato nas orações, nas visitas, nas celebrações, deixando o aprofundamento dos assuntos para o dia do sábado, através de ofi cinas de trabalho. Haverá um fi o condutor que ligará todos os dias da Semana Missionária, que não podemos igno-rar. A atualização para hoje é por nossa conta.

d) Uma boa metodologia da Semana Missionária “Igreja em sa-ída” pede preparação, realização e continuidade. Tudo isso tem a ver com CRONOGRAMA e PLANEJAMENTO. É muito


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importante. Propostas corajosas precisam ser sonhadas, pla-nejadas, rezadas, vivenciadas e avaliadas.

e) Sugere-se que o planejamento passe pelo seguinte cronogra-ma ao longo do ano 2018:

PREPARAÇÃO: fevereiro – junho

REALIZAÇÃO: julho – novembro (Proposta: 22 a 29 de julho de 2018).

CONTINUIDADE (como continuar as luzes, os apelos e as decisões; trata-se de organizar a continuidade): dezembro.


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3. PREPARAÇÃO

Preparação remota

A proposta da Semana Missionária “Igreja em saída” deve ser deslanchada logo, pois o tempo corre. Um bom retiro espiritual popular não se improvisa. Abraça os meses de fevereiro a maio. O que fazer nesse prazo:

1. Antes de tudo, ir criando um clima favorável, de expectativa positiva, de sintonia com a Semana Missionária “Igreja em sa-ída”, em toda a diocese, sobretudo lá onde ela vai acontecer. Isso é fundamental. Através de conversas pessoais, de escu-ta; nas reuniões, nas celebrações, nas orações comunitárias. Tomar consciência de que uma iniciativa como a Semana Missionária “Igreja em saída” não é luxo, mas um tempo sau-dável, que faz bem às pessoas e à comunidade. É por uma questão de sentido; é fundamental a abordagem existencial, como vimos acima.

2. Pensar primeiro na beleza da proposta; difi culdades fazem parte da vida, do processo, mas elas não são o assunto princi-pal. É negativo pensar logo nas difi culdades.

3. É importante começar já as visitas. Elas são uma maneira bo-nita e efi caz para criar relações fraternas, solidárias, para tirar as pessoas do anonimato. Movidas pela força do amor, elas fazem bem tanto aos que visitam como aos que são visitados. Não é somente visitar as pessoas nas casas, mas saber encon-trar as pessoas na rua, na comunidade, no trabalho, nas horas difíceis e nas horas alegres. Elas não são um peso, elas dão sabor e gosto à vida. As visitas não podem ser somente de vez em quando, mas algo permanente; elas criam laços.


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4. Criar, o quanto antes, uma comissão (Comidi, Comipa; ou a mesma coordenação pastoral paroquial ou diocesana) para assimilar a proposta com fi delidade e criatividade. É muito importante que essas equipes/comissões tomem logo conheci-mento da proposta global da Semana Missionária “Igreja em saída”, para conduzir bem todo o processo.

5. Não esquecer: o objetivo principal é fazer crescer a beleza e a atração ao seguimento de Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor.

6. Apresentar a proposta ao maior número possível de pessoas, com clareza, com grande alegria interior, como resposta aos grandes anseios da pessoa humana.

7. Começar a colocar em prática a sugestão levantada acima: descentralizar para personalizar. Ninguém gosta de ser tra-tado como ser anônimo, sem rosto, sem nome, sem história. Descentralizar signifi ca organizar a paróquia/área em tantos setores missionários, aproveitando do que já existe (comuni-dades). Mas se a extensão da comunidade é grande ou se há um número consistente de habitantes no território da comu-nidade, é bom setorizar também as comunidades. Sugestão: na área urbana, pequena cidade, o setor missionário poderá abranger uma população de cerca 1.500 pessoas; em cidades maiores cerca de 2.000 a 2.500, no máximo.

8. Pedir, motivar para que não haja outra atividade pastoral signifi cativa onde será realizada a SM. O ativismo pastoral (infelizmente, muito difuso) é perigoso: dá estresse, cansaço, panelinhas e dispersão. Não constrói; não serve.

9. Envolver todas as forças vivas da paróquia ou da área escolhi-da, onde irá acontecer a SM. Isso vai gerar uma belíssima co-munhão eclesial. Antes de ser deste ou daquele grupo, convi-dar as pessoas a serem todas discípulas de Jesus, missionárias


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do Reino de Deus. Essa comunhão eclesial é uma urgência urgentíssima.

10. É muito bonito ver jovens, adultos, idosos trabalhando jun-tos; cada geração colocando à disposição seus dons e valores. Claro que, em certos momentos e em certas atividades, cada geração poderá marcar presença mais signifi cativa.

11. Motivar muita gente a trabalhar na Semana Missionária “Igreja em saída” como missionário(a) voluntário(a). É uma experiência belíssima, uma oportunidade imperdível. Exige uma preparação atenta, competente, com alta dose de espiri-tualidade missionária. Ver mais adiante, no fi nal deste livri-nho, sugestões concretas para ser bom missionário.

12. Nas celebrações do Sábado Santo e do dia de Páscoa dar a boa notícia a todo o povo com uma bela mensagem, preparada pelo bispo junto com a coordenação diocesana, a ser lida em todas as missas e celebrações.

13. Sugerimos aprender e divulgar cantos missionários. São be-líssimos no ritmo e nos conteúdos. Há cantos para momentos de oração e partilha; muitos outros para animação.

14. Os missionários que coordenam e conduzem os dias da SM, procurem estar bem por dentro dos assuntos de cada dia para fazer ligação constante nas orações, visitas, celebrações.

15. Se a Semana Missionária acontece somente em dois, três, qua-tro lugares da diocese, é importante envolver pessoas dispo-níveis vindas de outros lugares, de outras paróquias.

Preparação próxima

1. Pode abranger os meses de junho-julho. É para cuidar dos últimos preparativos. Tem a ver com programação, divisão


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de serviços, datas... Evitar possíveis improvisações de última hora. Que todos os que moram na área fi quem sabendo da proposta. Querendo, no domingo anterior pode-se organizar uma carreata (bicicletada, motos...). Para despertar mais.

2. Proporcionar um ou dois encontros de estudo formativo (dois domingos entre abril/junho?) Para os que se inscreveram como missionários, com a fi nalidade de captar bem a propos-ta, o tipo de presença dos missionários locais e de fora, e os vários tipos de serviço.

3. Propor uma vigília de oração com celebração penitencial, para entrar de coração reconciliado na belíssima semana missionária.


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4. REALIZAÇÃO DA SEMANA MISSIONÁRIA “IGREJA EM SAÍDA”

1. Finalmente, vai começar a Semana Missionária “Igreja em saí-da”! Fazer todo o possível para que a Semana Missionária seja vivida como um retiro espiritual popular, combinando silên-cio, oração, animação, partilhas, visitas... Tudo isso, junto, cria o clima da SM. Já deve estar pronta a programação detalhada de cada dia da Semana Missionária “Igreja em saída” (ver, mais adiante, conteúdos e atividades).

2. Trata-se de viver o dia a dia da semana missionária ao esti-lo de Jesus, conforme seus ensinamentos e exemplos. É, so-bretudo, um estilo de vida: sentimentos, atitudes, posturas... E dedicar todo o tempo disponível às iniciativas da SM. Cada um vai se preparando e organizando bem o seu tempo, para estar disponível na medida do possível. É um ensaio de vida que irá marcar o tempo que virá depois.

3. Para cada dia é bom que haja uma equipe que prepare bem, que oriente e que anime. Escolher gestos bem signifi cativos. Visualizar a mensagem de cada dia em grandes tiras de papel, a serem penduradas, dia após dia, no lugar das celebrações. Saber adaptar a proposta, as mensagens, de acordo com a re-alidade do lugar. Mas adaptar não signifi ca reduzir, esvaziar, resumir. Trata-se de fazer chegar ao maior número possível de pessoas a beleza humana e divina da proposta. Haja fi de-lidade e criatividade.

4. Como já foi dito, para cada dia da semana haverá uma refe-rência explícita a um assunto, conforme programação do Ano Nacional do Laicato. O assunto deverá marcar os momen-tos de oração, as visitas, a celebração da manhã e da noite.


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Mas, sem demorar muito, pois os vários assuntos serão apro-fundados na jornada de estudo com ofi cinas, no sábado.

5. Cuidar bem das celebrações de cada dia. O texto bíblico lido e meditado na celebração da manhã deve motivar as atividades do dia inteiro e ser retomado na celebração à noite (possivel-mente dramatizado). É bom que as celebrações sejam dirigidas e presididas por cristãos leigos e por cristãs leigas. É muito bo-nito ver o pároco participando, no meio do povo. Precisamos dar passos, animando, confi ando, revisando sempre.

6. Evitar absolutamente falações compridas tanto nas partilhas como nas preces. Momentos de recolhimento, de silêncio, fa-zem bem. O lugar da celebração da manhã é bom que seja um lugar que ajude a entender melhor a mensagem de Jesus, de cada dia. Por exemplo, segunda-feira, dia das bem-aven-turanças. Escolher um lugar onde foi vivida de maneira sig-nifi cativa uma bem-aventurança, por alguém ou por toda a comunidade. Mas, pode ser também na capela.

Dois momentos celebrativos: pela manhã e à noite

As celebrações sejam simples, com gestos e símbolos signifi -cativos, que ajudem a saborear a beleza do mistério divino, a se en-cantar com a missão de Jesus e adorar. Está aí a força de uma nova prática transformadora, como leigo(a), sendo sal e luz, a serviço do Reino de Deus. É importante que as capelas dos bairros, a igreja matriz, estejam sempre abertas durante o dia, com uma pequena equipe de cristãos leigos(as), que acolha e seja disponível a escutar, aconselhar. Pode-se também motivar uns 30 minutos orantes no intervalo do almoço.


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7. Primeiro momento: de manhã, cedinho, antes das pessoas irem ao trabalho, às aulas, ou a outros afazeres. 5h30 da manhã? Onde? Na capela ou num lugar signifi cativo, que ajude a enten-der mais a mensagem do Evangelho daquele dia. Em clima me-ditativo partilhar a mensagem do Evangelho, com algum gesto signifi cativo. Silêncio meditativo. Lembrar o tema do assunto do dia, orações espontâneas. Pode ser também uma caminhada alegre. Que tal, por exemplo, jovens e adolescentes ir às para-das de ônibus, desejando bom dia, ajudando alguém que está precisando? Jovens e adolescentes sabem fazer isso muito bem. Cantos missionários animados. Avisos. Café comunitário?

8. Segundo momento: à noite, possivelmente na capela. Tudo bem preparado. É celebração presidida por cristãos leigos(as). O esquema pode ser o seguinte: Boas-Vindas – Cantos missio-nários – Canto abertura do Ofício Divino das Comunidades – Saudação do presidente – Recordação do dia (partilhas bre-ves) – algum breve depoimento signifi cativo sobre algum fato do dia ou depoimento ligado ao assunto do dia – Canto do Glória pelas coisas boas acontecidas durante o dia; e/ou de um salmo com o estribilho cantado por todo mundo – leitura do texto bíblico indicado, com breve comentário ligando com a vida de hoje (breve partilha) – melhor ainda se o Evangelho for bem dramatizado – uma coreografi a que ajude a interio-rizar - oferta da vida usando um braseiro fumegando incenso (o que oferecer no fi nal do dia ou pensando daqui para frente?) – Pai-Nosso – Comunhão eucarística – silêncio – lembrar a pro-gramação do dia seguinte – outros avisos necessários – bênção fi nal... Tudo deve ser conduzido pelo presidente da celebração com jeito, com gosto, com espiritualidade profunda, com mui-ta atenção às pessoas. Chazinho para alegrar a conversa.


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5. CONTEÚDOS DE CADA DIA DA SEMANA

DOMINGO DE ENVIO: A vida é missão Texto bíblico: Mc 1,14-39

Breve meditação sobre o texto bíblico:

Mais ou menos assim: Jesus de Nazaré tornou pública a mis-são recebida do Pai na pequena cidade de Cafarnaum, em Nazaré, pequena vila, sua terra de criação. Sem dúvida, devia ter algum motivo importante. Caminhando à beira do lago, partilhou com pescadores, gente desprezada, seu projeto bonito, convidando-os a participar. Duas duplas de irmãos aceitaram e o seguiram. Assim começou a missão de Jesus, para nunca mais parar. Jesus continua chamando hoje. Uma oportunidade única e inadiável. Dá sentido verdadeiro à vida da gente. Lança-nos numa bela missão de trans-formar e melhorar a sociedade em que vivemos.

Atividades:

a) Ver juntos com todos os(as) missionários(as) do setor a pro-gramação defi nitiva da Semana Missionária “Igreja em saída”. Dividir tarefas, esclarecer dúvidas. Aprofundar algum aspecto da SM ainda não claro. Com uma boa preparação e organi-zação efi ciente, a Semana Missionária “Igreja em saída” será fecunda e produzirá muitos frutos;

b) Se estiverem de acordo, dentro das possibilidades, pode--se fazer uma confraternização entre os moradores do local (almoço, café, convivência);


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c) Visitar os moradores da área, convidando, partilhando a pro-gramação, especialmente os familiares dos(as) missionários(as);

d) À noite, celebração bonita de abertura em cada setor missioná-rio da área/paróquia, com apresentação dos missionários locais e os que vieram de outros lugares. Celebração de envio, com a presença de todos os setores missionários paroquiais ou da área escolhida. Convidar o maior número possível de pessoas que moram no território em que haverá a SM.

Obs: se houver missa, fazer as devidas adaptações.

Nossos bispos, em unidade com o Papa Francisco, nos enviam:

“Não podemos fi car tranquilos no templo, nem dizer: ‘foi sempre assim’. A vida é uma missão. Motivados pe-las orientações do Papa Francisco que convoca para uma ‘Igreja em saída’, os cristãos leigos evangelizarão com ar-dor, dinamismo, ousadia, criatividade, coragem e alegria. Não terão medo de se sujar com a lama da estrada. Antes, terão medo de fi car fechados nas estruturas que criamos”.13

“Permanecendo Igreja, como ramo na videira (Jo 15,5), o cristão transita do ambiente eclesial ao mundo civil para, a modo de sal, luz (Mt 5,13-14) e fermento (Mt 13,33; Lc 20,21), somar com todos os cidadãos de boa vontade, na construção da cidadania plena para todos”.14

É o próprio Deus que nos chama e nos envia dando-nos as condições necessárias para a missão:

“Por meio dos carismas, serviços e ministérios, o Espírito Santo capacita a todos na Igreja para o bem comum, a

13 Ibidem, n. 173.14 Ibidem, n. 166.


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missão evangelizadora e a transformação social, em vista do Reino de Deus”.15

Nesta semana, vamos dar ênfase aos areópagos onde deve-mos atuar. “O areópago, que representava o centro da cultura do povo ateniense, é tomado como símbolo dos novos ambientes onde o Evangelho deve ser proclamado”. Observem que somos capacita-dos também para a transformação social. Vejamos o questionamen-to que nos faz o Papa Emérito e a CNBB:

“O Papa Bento XVI ofereceu-nos luzes e encorajamento para o profetismo dos leigos na missão junto a esses areó-pagos. ‘O sacramento da Eucaristia tem um caráter social. A união com Cristo é ao mesmo tempo união com todos os outros a quem ele se entrega. Eu não posso ter Cristo só para mim. É necessário explicitar a relação entre o mistério eucarístico e o compromisso social abrindo-nos ao diálogo e ao compromisso em prol da justiça, à vontade de trans-formar também as estruturas injustas. A Igreja não deve fi car à margem da luta pela justiça’. Também a CNBB en-sinou que a Eucaristia tem uma relevante dimensão social. ‘Pode-se dizer que a Eucaristia tem uma exigência funda-mental de transformação do homem. (...) Tanto o seu cora-ção egoísta e pecaminoso quanto as estruturas opressoras e exploradoras devem ser transformados pela Eucaristia, a fi m de que apareça o testemunho a que a liturgia deve levar a Igreja e cada cristão’”.16

15 Ibidem, n. 152.16 Ibidem, n. 252.


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SEGUNDA-FEIRA: Uma sede imensa de felicidade! Convocados a fazer parte do “povo das bem-aventuranças”Texto bíblico: Mt 5,1-12

Mensagem do Evangelho de Jesus:

Nascemos para viver felizes. A busca da felicidade é o motor da vida, da história da humanidade. O desafi o é encontrá-la na fon-te verdadeira. Há pessoas que a buscam, por exemplo, num fi nal de semana bem agitado; e amanhecem na segunda-feira com cara triste e enjoada. Jesus propõe um tipo de felicidade, que anda na linha do sentido, mais do que emoção. É a felicidade típica de quem quer gastar sua vida por uma causa justa, necessária, a serviço da humanidade, das pessoas, de todas as pessoas.

Assunto: Uma “Igreja em saída” que se faz luz na família e no mundo do trabalho

O Documento 105 da CNBB nos apresenta:

“Em todos os tempos, a família é o areópago primordial. Como âmbito inicial da vida e da ação dos cristãos leigos e leigas, é tesouro e patrimônio dos povos. A família, comu-nidade de vida e amor, escola de valores e Igreja domés-tica, é grande benfeitora da humanidade. Nela se apren-dem as orientações básicas da vida: o afeto, a convivência, a educação para o amor, a justiça e a experiência da fé. É missão da família abrir-se à transmissão da vida, à edu-cação dos fi lhos, ao acolhimento dos idosos, aos compro-missos sociais. Assim, o mundo se torna uma grande fa-mília onde os cristãos leigos e leigas são protagonistas da evangelização (...) Recomendamos aos leigos e leigas que assumam com alegria e dedicação o cuidado da família e


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a transmissão da fé aos fi lhos, em sintonia com o plano de Deus e os ensinamentos do Magistério da Igreja”.17

Com relação ao mundo do trabalho, nossos bispos afi rmam:

“No mundo do trabalho, convém recordar que a pessoa e o trabalho são elementos chaves no ensino social da Igreja. O trabalho é um direito fundamental da pessoa humana. Por meio dele, o cristão serve à sociedade e a organiza se-gundo os valores do Evangelho”.18

Neste campo, propõem:

a) “criar e/ou fortalecer as pastorais do Mundo do Trabalho urbano e rural (...)”;

b) “criar e motivar grupos de partilha e de refl exão para os di-ferentes profi ssionais e empresários, estimulando-os a serem discípulos missionários em sua atuação profi ssional”;

c) “promover a formação para uma autêntica espiritualidade do mundo do trabalho (...)”;

d) “animar e manifestar nossa solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras na conquista e preservação de seus direitos”;

e) “incentivar os cristãos das diferentes categorias profi ssionais a participarem dos sindicatos e outras organizações (...)”;

f) acolher os trabalhadores e trabalhadoras em nossas comuni-dades eclesiais”;

g) apoiar e participar de iniciativas de combate ao trabalho escravo e/ou infantil no campo e na cidade”.19

17 Ibidem, n. 255; 257.18 Ibidem, n. 267.19 Idem.


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Breve refl exão sobre o assunto do dia:

Ligar o assunto ao texto bíblico, tirando luzes, escutando chamados. Mantê-los presentes ao longo do dia nas orações, nas visitas, na celebração à noite. O aprofundamento do assunto será feito no sábado, em forma de ofi cinas. Divulgar e convidar a parti-cipar nas ofi cinas do sábado.

Manhã: celebração num lugar em que chama atenção a bele-za das bem-aventuranças. Onde mora ou morou alguém que viven-ciou uma bem-aventurança de maneira mais signifi cativa. Ligar ao assunto do dia. Ser sempre muito concreto, com poucas palavras. Café comunitário?

Durante o dia: quem pode vai visitando as pessoas nas casas, na rua, em todo lugar. Dar atenção especial às famílias e aos traba-lhadores, assunto do dia. Também aos idosos e doentes.

À noite: Celebração bonita, fazendo memória da mensagem bíblica e do assunto do dia. Dramatizar o texto bíblico. Imaginar Jesus aparecendo no meio do povo, transmitindo esperança e en-canto, proclamando as bem-aventuranças, uma por uma. Entre uma e outra bem-aventurança, um momento de silêncio para inte-riorizar, com refrão de um Salmo, como: ‘Demos graças ao Senhor, porque ele é bom. Eterna a sua misericórdia...’. Podemos imaginar a imensa alegria do povo pobre escutando Jesus, tão acostumado a receber mais humilhações que palavras de incentivo, de prota-gonismo. Seria bom alguém, ou em pequenos grupos, atualizar as bem-aventuranças para o mundo de hoje. Exemplo: Felizes os que construíram uma bela convivência em família; felizes os que lutam por um trabalho honesto, justo, solidário, valorizado e remunera-do; felizes os que sabem viver um estilo de vida simples, sóbria, so-lidária, vencendo as tentações do consumismo. E assim por diante. No fi nal, chazinho para animar a conversa.


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TERÇA-FEIRA: Indignação é preciso! Texto bíblico: Mc 3,1-6

Breve meditação sobre o Evangelho:

Num mundo dividido, oprimido, injusto, é preciso ter indig-nação ética, capaz de despertar o compromisso para um projeto de vida e de dignidade para todos, especialmente em favor dos mais machucados e feridos. O princípio motor da missão de Jesus foi revelar a imensa misericórdia do Pai e isso gerou nele um projeto de vida para todos, que chamou REINO DE DEUS. Jesus nunca abriu mão deste projeto tão humano e tão divino, em plena sintonia com a vontade do Pai. Ele fi cava profundamente indignado diante situações de violência, de exclusão, de dominação, de divisões so-ciais injustas; porém, nunca movido por raiva emocional que não constrói. Hoje precisamos ter indignação não movida pela raiva, pelo ódio, mas uma indignação ética movida por uma imensa mi-sericórdia, a mesma de Jesus; e cultivar uma corajosa opção fi rme por um mundo mais justo e mais honesto.

Assunto: Uma “Igreja em saída”, que se faz luz no mundo da política.

O Documento 105 nos apresenta:

“Deixemo-nos tocar pelo que nos ensina o Papa Francisco sobre os leigos e a política: ‘Peço a Deus que cresça o nú-mero de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente a sanar as raízes profundas e não a aparência dos males do nosso mundo(...)

Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos


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pobres(...) São muito atuais as orientações dadas por São João Paulo II a respeito dos leigos e a política: ‘Os fi éis leigos não podem abso-lutamente abdicar da participação na política destinada a promover o bem comum’. É missão da Igreja oferecer critérios éticos, educa-ção política, conscientização e formação de leigos para o exercício da política (...) Já ensinava o Concílio Vaticano II: ‘Os católicos ver-sados em política e devidamente fi rmes na fé e na doutrina cristã, não recusem cargos públicos, se puderem por uma digna adminis-tração prover o bem comum e ao mesmo tempo abrir caminho para o Evangelho’(...) Grande impulso foi dado pelo Papa Bento XVI a respeito da ação política dos leigos: ‘O leigo cristão é chamado a assumir diretamente a sua responsabilidade política e social”’.20

Bem concretamente, nossos bispos indicam:

“No mundo da política, sendo a missão do cristão leigo dire-cionada de modo especial para a participação na construção da sociedade, segundo os critérios do Reino, três elementos são fundamentais: formação, espiritualidade e acompanha-mento. Para isto, é urgente que as dioceses busquem:

a) estimular a participação dos cristãos leigos e leigas na políti-ca. Há necessidade de romper o preconceito comum de que a política é coisa suja, e conscientizar os leigos e as leigas de que ela é essencial para a transformação da sociedade;

b) impulsionar os cristãos a construírem mecanismos de partici-pação popular (...);

c) incentivar e preparar os cristãos leigos e leigas a participa-rem de partidos políticos e serem candidatos para o execu-tivo e o legislativo, contribuindo, deste modo, para a trans-formação social;

20 Ibidem, n. 258-272.


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d) mostrar aos membros das nossas comunidades e à população em geral, que há várias maneiras de tomar parte na política: nos Conselhos Paritários de Políticas Públicas, nos movimen-tos sociais, nos conselhos de escola, na coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular (...);

e) incentivar e animar a constituição de Cursos e/ou Escolas de Fé e Política ou Fé e Cidadania, ou com outras denominações, nas Dioceses e Regionais (...);

f) acompanhar os cristãos que estão com mandatos políticos (executivo e legislativo), no judiciário e no ministério públi-co e os que participam de Conselhos Paritários de Políticas Públicas, a fi m de que vivam também aí a missão profética, promovendo reuniões, encontros, momentos de oração e re-fl exão e retiros”.21

Obs: Para Cursos e Escolas de Fé e Política veja o site: <www.cefep.org.br>

No mundo das políticas públicas, nossos bispos nos estimulam:

“Nos Conselhos de Direitos há um grande espaço para os cristãos leigos e leigas se empenharem por políticas pú-blicas em favor da saúde e da educação, do emprego e da segurança, da mobilidade urbana e do lazer, entre outras urgências. São espaços para defender políticas públicas em favor das famílias, das crianças, dos jovens, das mu-lheres e dos idosos. São também o lugar para lutar corajo-samente contra a corrupção e o narcotráfi co, dois grandes males que afetam a vida de nosso povo. ‘Incentive-se, para tanto, a participação, ativa e consciente, nos Conselhos de Direitos e o empenho generoso na busca de políticas pú-blicas que ofereçam as condições necessárias ao bem-estar

21 Ibidem, n. 263.


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de pessoas, famílias e povos’. Esses Conselhos de Direitos, previstos pela lei para os níveis municipal, estadual e fe-deral, são um lugar privilegiado de participação dos cris-tãos leigos e leigas na vida política”.22

Uma breve colocação sobre o assunto do dia, ligando com a mensagem do Evangelho...

Pela manhã: ver onde celebrar, tendo presente os ‘ai’ de Jesus (Mt 23,13-36) e o assunto do dia.

Durante o dia: continuam as visitas, ligando sempre ao as-sunto do dia. Visitar e agradecer a pessoas que se meteram direta-mente no compromisso político, dando exemplo de honestidade e de luta por um Brasil melhor para todos.

Noite: Celebração ligada à mensagem bíblica e ao assunto do dia, com algum depoimento breve e signifi cativo. Que tal drama-tizar as advertências de Jesus e atualizá-las hoje, no mesmo estilo das Bem-Aventuranças de ontem, tendo presente especialmente o mundo da política? Caprichar. Rezar, fazer um bom discernimento, planejar algo concreto a respeito das eleições políticas, marcadas para o mês de outubro próximo. Chazinho para partilhar mais.

QUARTA-FEIRA: Sal da terra e Luz no mundo Texto bíblico: Mt 5,13-14

Meditação do Evangelho:

O texto faz parte dos três capítulos de Mateus que respon-dem à pergunta: quem vai poder testemunhar e construir o Reino de Deus? Responde Jesus nos três capítulos. Uma exigência é sentir

22 Ibidem, n. 265-266.


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o chamado a viver essa missão tão grande. É gostar de ser sabor e luz para outros através do próprio jeito de ser, de se relacionar. É questão de transparência e de gosto. Hoje também: nunca viver a missão como um peso pesado, mas com gosto, com alegria, por estar prestando um serviço tão precioso e tão saudável.

Assunto: Uma “Igreja em saída” que se faz luz no mundo da comunicação e da educação

O Documento 105 propõe:

“É necessário desenvolver a comunicação interpessoal e evangelizar com a ajuda dos maravilhosos recursos da mídia, para o Evangelho chegar até os confi ns da terra e sobre os telhados. É indispensável o empenho de to-dos para defender o direito à informação, à liberdade de imprensa segundo os critérios éticos, como também ga-rantir o acesso às tecnologias e implantar a Pastoral da Comunicação (PASCOM).

O comunicador cristão tem como primeiro objetivo anun-ciar Jesus Cristo e seu Reino, colaborar com o bem comum, com a comunidade em suas necessidades e com a superação dos pro-blemas sociais, éticos e religiosos. Para tanto, exige-se competên-cia técnica, zelo pela arte, coerência ética, vida espiritual e vivên-cia eclesial (...) Aquilo que não é comunicado, não é conhecido. As boas obras sejam comunicadas para a glória do Pai, o bem da sociedade, a divulgação do Evangelho e para o bom exemplo, in-centivo e alegria de todos”.23

Quanto à educação:

“O compromisso evangelizador de tantos fi éis leigos no mundo da educação contribui para a promoção do

23 Ibidem, n. 270-271.


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desenvolvimento integral da pessoa, combatendo também a pobreza e a escravidão, oferecendo às pessoas a possibi-lidade da formação da consciência e para a liberdade. Na ação evangelizadora, o empenho em transmitir a fé sem-pre foi acompanhado pelo serviço à educação, por meio da criação de escolas, universidades e de instituições afi ns”.24

Uma breve refl exão sobre o assunto do dia.

Manhã: Momento de oração, lembrando a missão bonita dos leigos e das leigas de ser sal e luz do mundo, hoje e aqui, na socie-dade, na comunidade eclesial, na vida familiar, na profi ssão, espe-cialmente no campo da educação e da comunicação.

Durante o dia: Nas visitas dar atenção especial a professores e professoras, especialmente aposentadas. Convidá-las para a cele-bração da noite, onde serão homenageados pelo grande bem que fi zeram, através do próprio serviço.

Que tal visitar um colégio com alguns pais para agradecer os profi ssionais do ensino que vivem a profi ssão com dedicação, exem-plo e competência? E para conversar sobre a situação do ensino e a missão educadora da escola?

Noite: Sendo o dia da comunicação e da educação, convidar muita gente, sobretudo estudantes e professores, para participar da celebração à noite. Pedir para levar cada um o seu celular, a fi m de refl etir sobre os valores e os riscos do uso do celular. E como usar de maneira educativa os meios de comunicação. Uma bênção especial dos celulares. Pode-se também dar espaço a testemunhos de cristãos leigos, que buscam ser sal e luz na escola e na mídia.

24 Ibidem, n. 269.


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QUINTA-FEIRA: Recomendações de Jesus aos Missionários Texto bíblico: Mt 10,5-15

Meditação sobre o texto bíblico:

Jesus passou a sua missão aos discípulos(as). Então deve ser algo possível para todos os discípulos dele, de todos os tem-pos. Como podemos fazer o que Jesus fez? É preciso entender a mensagem: É praticar a misericórdia com pessoas necessita-das, que não conseguem dar conta, sozinhas; é restaurar vidas machucadas, é desmascarar e derrubar as forças destruidoras de todo tipo de mal que oprime e marginaliza. É libertar vidas. É lutar pela cidadania de todos. É construir um Brasil para todos. Esta é a missão que Jesus confi a também aos seus discípulos de hoje. É discipulado e militância para valer.

Assunto: Uma “Igreja em saída”, que se faz luz no mundo da cultura e na ‘casa comum’.

O Documento 105 apresenta:

“No mundo da cultura, onde ‘crentes e não crentes podem dialogar sobre os temas fundamentais da ética, da arte e da ciência, e sobre a busca da transcendência’, e diante da contribuição da cultura popular que marca a nossa histó-ria, as dioceses e paróquias se esforcem para:

a) criar círculos de partilha e de refl exão entre os diversos cam-pos do saber e da ciência estimulando-os a serem aí discípu-los missionários;

b) implantar a Pastoral da Cultura onde não exista e divulgar a importância do ‘Átrio dos Gentios’, que é um espaço de en-contro entre crentes e não crentes em torno do tema de Deus;


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c) animar os comunicadores e os formadores de opinião a mani-festarem os valores do Reino através dos meios de comunicação;

d) incentivar e apoiar os cristãos leigos e leigas para que, nos di-ferentes campos das artes e da cultura popular, apontem para o sentido da vida e da sua transcendência, contribuindo para a obra evangelizadora”.25

Com relação ao cuidado com a nossa Casa Comum, nossos bispos incentivam:

“Atendendo ao grito da terra e à crise civilizatória que ameaça seriamente a integridade da vida do planeta, tor-na-se necessária uma ação inspirada na ecologia integral da Laudato Si’. Os cristãos leigos e leigas assumirão com coragem a busca de uma comunhão com a criação, a de-fesa da água, do clima, das fl orestas e dos mares, como bens públicos a serviço de todas as criaturas. Com ani-mada espiritualidade, educação e consciência responsá-vel, contribuirão para gerar uma civilização centrada na simplicidade, no cuidado da vida e na interdependência de todas as criaturas”.26

Breve refl exão sobre o assunto do dia...

Manhã: o lugar pode ser onde mora ou morou uma pessoa, uma família que fez muito bem ao povo da rua, do bairro, ajudan-do, socorrendo, visitando. Se for conveniente, pode-se partilhar um café comunitário.

Durante o dia: organizar um mutirão em favor de alguém ne-cessitado: conserto de casa, limpeza geral da capela e ao redor, lim-peza da rua, coleta seletiva, serviço de roça no interior... É a festa do

25 Ibidem, n. 268.26 Ibidem, n. 272.


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mutirão da vida. Lugar e tipo de mutirão devem ser decididos bem antes e preparar os instrumentos e material necessários.

Outros poderão visitar pessoas que muito bem fi zeram em favor dos outros; que enobreceram o lugar; que dedicaram ener-gias, tempo e capacidade em favor da paróquia, das comunida-des, da evangelização e missão, para agradecer. Convidar pessoas dedicadas a essa nobre causa, cantores e artistas populares, para a celebração da noite.

Celebração da noite: esteja cheia do espírito do mutirão do dia (testemunhos e apelos). Lembrar e rezar pelos desafi os do lugar e da nação. Após a comunhão, bênção dos pães que serão levados, um para cada família, a ser consumido no dia seguinte com toda a família reunida, na hora do almoço ou da janta, pedindo a bênção de Deus sobre a família.

SEXTA-FEIRA: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Texto bíblico: Mc 8,30-38

Meditação sobre o texto bíblico:

Quem não passou por difi culdades grandes na estrada da vida? Quem não sofreu para ser fi rme e fi el nos compromissos assumidos? Quem não arriscou? Tudo isso aconteceu com Jesus de Nazaré. Ao ver seus discípulos ainda agarrados à mentalidade fechada dos fariseus e à ganância dos poderosos, Jesus exige ruptura total e pede fi delidade à missão, sempre. Os primeiros discípulos custaram a entender tudo isso, hoje também. Façamos do dia de hoje o dia do perdão pelas trai-ções cometidas e renovemos nossa fi delidade à vontade do Pai nas horas difíceis e decisivas, ao mesmo estilo de Jesus.


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Assunto: Uma “Igreja em saída”, que se faz luz na superação da violência e na construção da cultura da paz.

O Documento 105, neste campo, ensina:

“Vivendo neste mundo, o cristão que não tem a consciência de ser sujeito corre o risco da alienação, da acomodação e da indiferença. A Mensagem do Papa Francisco para a ce-lebração do Dia Mundial da Paz, de 1º de janeiro de 2016, enfocou a temática da indiferença. Precisamos vencer a indiferença com as obras de misericórdia para conquistar a paz: ‘Vence a indiferença e conquista a paz’. Não pode-mos nos resignar à indiferença, nem fechar os olhos e o coração aos desafi os que nos envolvem, nem nos esquivar dos problemas da humanidade. Caim se mostrou indife-rente em relação ao irmão. O bom samaritano, pelo contrá-rio, deixou-se comover, aproximou-se, cuidou do próximo. Venceu a indiferença pela misericórdia. A globalização da indiferença, diz o Papa, nos tornou insensíveis. Corremos o risco de perder a capacidade de chorar com quem chora, mas também de nos alegrar com quem se alegra (Rm 12,15). A indiferença será vencida pelo poder da misericórdia e a revolução da ternura. O cristão, sujeito na Igreja e no mun-do, vence a indiferença à luz do Evangelho, do Reino de Deus e da Doutrina Social da Igreja”.27

Para superar a violência, os bispos nos propõem:

“Na cultura do encontro, todos contribuem e recebem (...) O diálogo, a partir de Cristo Jesus, se estende a todos os níveis: com a cultura popular, com a política, com o mundo das artes, com as tradições religiosas, entre as

27 Ibidem, n. 71.


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gerações etc.(...) Trata-se de um desafi o para toda a Igreja, passar de atitudes fechadas à formação de uma nova cul-tura, que constrói cidadania no diálogo e que não tem medo de acolher o que o outro, o diferente, tem a oferecer. Este é espaço aberto para os cristãos leigos e leigas, nesta sociedade dilacerada pelo desrespeito ao diferente, pela intolerância e pelo medo do outro”.28

Breve refl exão sobre o assunto do dia...

Manhã: Celebração numa casa, num lugar onde morou al-guém que dedicou sua vida à causa da justiça e da paz, sempre fi rme e fi el, passando por muitas difi culdades. Se for conveniente, pode-se promover um café comunitário.

Durante o dia: Continuam as visitas. Privilegiar casas e pes-soas em que há problemas de desunião, casos de inimizade, de en-crenca, de divisão, de gente que não se fala; ver se há alguma saída de reconciliação. Vida sem perdão, sem reconciliação, é um inferno. Quem pode e tem condição, seja disponível a escutar pessoas, ao aconselhamento dos que pedem.

Atenção: hoje preparar com cuidado a programação do dia de amanhã, sábado. Vai ser um dia muito importante. Dividir bem as tarefas. Indicar uma equipe responsável para deslanchar as ofi -cinas, como já falamos. Melhor ainda, se as ofi cinas forem durante o dia inteiro.

Celebração da noite: Dar espaço a breves depoimentos (dois ou três) de pessoas engajadas na superação da violência, na cons-trução da cultura do encontro, da paz e da justiça, e que, por causa disso, enfrentaram momentos difíceis e como venceram. Terminar com uma bela fogueira em frente à capela ou outro espaço ao ar

28 Ibidem, n. 183.


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livre. A celebração leva a marca do perdão com a queimação dos pecados, jogando na fogueira papel com o escrito dos males que prejudicam a si mesmo. Jogar também galhos secos, falando alto os males do lugar e do mundo. Dança ao redor da fogueira cantando perdão e esperança.

SÁBADO: Não tenhais medo! Jesus, o crucifi cado, ressuscitou!Texto bíblico: Mc 16,1-8

Breve meditação: Os discípulos de Jesus estavam com medo, como também os do lugar onde foi escrito o Evangelho segundo Marcos, quarenta anos após a ressurreição de Jesus, pelos anos 70, em Roma. Uma cruel e sanguinária perseguição, lançada pelo Imperador Nero, em Roma, estava martirizando as comunidades cristãs. Resistir era nada fácil. O medo vinha criando traidores. Hoje também. É preciso vencer, derrubar a arma do medo. É preci-so ir na contramão em um mundo dividido socialmente, desonesto politicamente, injusto economicamente. É preciso renovar a fé em Jesus morto e ressuscitado, com convicção inquebrantável. Somos discípulos de Jesus crucifi cado e ressuscitado. O crucifi cado ressus-citou, ele está vivo, não é fantasia.

Por isso, hoje estamos convidados a renovar nossas promes-sas batismais e a reavivar nossa fé na caminhada das comunidades.

Celebração da manhã: renovação das promessas batismais.

RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO (Pode-se usar outro rito litúrgico)

Animador(a): Como cristãos, queremos renovar as promes-sas de nosso batismo. Iluminados por sua luz, vamos testemunhar nossa vocação como povo sacerdotal, profético e pastoral.


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Presidente da Celebração: Irmãos e irmãs, pelo Mistério Pascal fomos, no batismo, sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso, renovamos as promessas do nos-so batismo, pelas quais renunciamos ao mal e prometemos servir a Deus em sua Igreja no mundo:

- Para viver na liberdade dos fi lhos e fi lhas de Deus, renun-ciais ao pecado?

Todos: Renuncio.

- Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo que possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós?

Todos: Renuncio.

- Para seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e prin-cípio do pecado?

Todos: Renuncio.

- Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?

Todos: Creio.

- Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu?

Todos: Creio.

- Credes no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comu-nhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?

Todos: Creio.

Oração conclusiva: O Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, nos confi rme na


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missão como sacerdotes, profetas e reis e guarde-nos em sua graça para a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Todos: Amém!

SÁBADO, o dia inteiro (ou, no mínimo, metade do dia)

Ofi cinas de trabalho sobre alguns grandes desafi os sociais de hoje, e a missão dos cristãos leigos e leigas diante destes desafi os.

Depois de uma semana intensa de bela convivência social e eclesial com o povo do lugar (bairro, sitio, vila), dedicar o sábado para aprofundar os grandes desafi os sociopolítico-ambientais de hoje, vistos ao longo da semana e qual a missão dos cristãos leigos e das cristãs leigas.

Lugar e local: no salão paroquial ou em outro local possível, que disponha de um salão para a plenária e, ao menos, de cinco salas para reuniões em grupos.

Os cinco encontros propostos durante a semana, possuem conteúdo vasto. A coordenação pode priorizar outros assuntos so-ciopolítico-ambientais mais urgentes na região. Agora é mergulhar mesmo nas realidades sociais. Durante a semana foi mais o tempo do discipulado, agora, sábado, temos que retomar os assuntos visando mais a militância do discipulado, como cristãos leigos e leigas.

A pauta do sábado fi ca a critério da equipe coordenadora dio-cesana e/ou local. É bom começar com todos os participantes reu-nidos num salão comum. Cantos animados, boas-vindas. Oração e hino do Ano Nacional do Laicato. Alguém apresenta as motivações da proposta do dia, as ofi cinas, e a maneira de trabalhar os assun-tos. Cada um escolhe o assunto que mais lhe interessa. Um assun-to para cada ofi cina. Pessoas capacitadas irão coordenar as ofi cinas, de maneira vivaz, profunda, envolvendo a participação de todos. Cada ofi cina prepare propostas concretas para apresentar no plenário,


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visando sempre a realidade local. Partilha das propostas de cada ofi -cina. Síntese conclusiva. Que tal alguém capacitado fazer uma análise conjuntural e estrutural da região onde moramos, do país e do mun-do inteiro? Levar em conta também as eleições políticas de outubro. Escolher propostas de ação.

Convidados: Todos os que participaram da Semana Missionária “Igreja em saída” e outros interessados que não pude-ram participar durante a semana.

(Noite: A comunidade que desejar pode fazer uma noite cul-tural, com partilha de alimentos).

DOMINGO: A Missão continua!Texto bíblico: Mc 16,15-20

Saber o horário da celebração, que poderá ser a missa, an-tecipadamente (um mês, no mínimo), para avisar e convidar em tempo todos os setores missionários da paróquia ou área. Será uma bela e grande concentração do povo.

Manhã: Após o café comunitário, um encontro de avaliação, em cada setor missionário paroquial, com a presença de todos os que participaram da Semana Missionária “Igreja em saída”. Perguntas que podem servir:

a) O que mais me tocou da Semana Missionária “Igreja em saída”? Por quê?

b) Quais chamados e apelos eu sinto para mim, como leigo(a), e para a comunidade?

c) Como viabilizar e concretizar estes chamados?

d) Como continuar o que aprendemos desta Semana Missionária “Igreja em saída”?


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É importante que os(as) missionários(as) preparem bem a celebração/missa, possivelmente campal. Missa simples e solene, sem muitos enfeites, capaz de falar ao coração do povo, com parti-cipação viva do povo nos cantos, com dois ou três breves testemu-nhos de quem participou ativamente da Semana Missionária, com algum gesto/ símbolo signifi cativo.

Uma mensagem do dia é: a Missão continua, porque a vida é missão e a missão dá sentido à vida; ligar com o texto bíblico (Mc 16,15-20). Dom Luciano Mendes, falecido arcebispo de Mariana (MG), argumentava: “Onde há povo, há missão; onde há missão, há mil razões de ser feliz”. Motivar para a continuidade. Não há missa verdadeira sem missão e não há missão que aguente sem o sustento da memória viva de Jesus (missa).

No início da celebração/missa, acolhida solene dos seguintes dois grandes painéis:

1. A MISSÃO CONTINUA, PORQUE A VIDA É MISSÃO.

2. “ONDE HÁ POVO, HÁ MISSÃO; ONDE HÁ MISSÃO, HÁ MIL RAZÕES DE SER FELIZ” (Dom Luciano Mendes de Almeida).

No fi nal da celebração / missa, uma mensagem fi nal linda e vibrante, cheia de esperança e compromisso, com crianças soltando pombas, símbolo da PAZ.


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6. A MISSÃO CONTINUA COM “EQUIPES DE DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS”

Uma Semana Missionária “Igreja em saída” é coisa boa, mas é pouco. Não é sufi ciente para provocar grandes mudanças. Já é muito se deixa aquela sensação positiva, que diz: “Gostei, mas quero mais”. E este ‘quero mais’ pode ser decisivo. A Igreja Católica no Brasil já deu passos importantes, mas é como se estivéssemos ainda no co-meço. A caminhada vai ser longa. Em meio a tantas atividades, a Igreja corre o perigo de esquecer o principal: fazer discípulos(as) de Jesus, entre todos os povos (Mt 28,16-20), sendo sal da terra e luz do mundo, testemunhas do Evangelho de Jesus, o Evangelho do Reino (Mc 16,15-20). Esta missão é a sua identidade. Papa Francisco lembra continuamente que quando a Igreja esquece isso, se torna uma ONG, nada mais. Perde sua razão de existir.

Ver também como levar adiante o compromisso mais urgente que apareceu nas ofi cinas de trabalho, no sábado da semana mis-sionária. Envolver muita gente, o mais possível. É trabalhar com multidões, mas sem massifi car.

Na missa de encerramento da Semana Missionária a mensa-gem a ser passada, com muita clareza e fi rmeza, é: A MISSÃO VAI CONTINUAR, NÃO VAI PARAR. Porque a Vida é Missão!

Para que essa missão, tão linda e tão exigente, pudesse conti-nuar ao longo da história, Jesus alertou seus discípulos com palavras fi rmes e claras. Já se tinham passado quase três anos de sua missão. Jesus e os discípulos estavam num barco, longe do aperto da multi-dão. Com a atitude de alguém querendo dar um recado importante, Jesus chamou os discípulos mais de perto, e disse: “Atenção! Cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes” (Mc 8,15). Provavelmente ele repetiu mais de uma vez, dada a importância.


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Pelo jeito, os discípulos não entenderam nada. Jesus fi cou triste e muito preocupado, pois percebeu que sua vida estava com os dias contados. Como iria ser o futuro? Com a atitude típica de quem está perdendo a paciência, Jesus reagiu duramente, debu-lhando várias perguntas, uma logo atrás da outra: “Por que dis-cutis sobre o fato de não terdes pães? Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua endurecido? Tendo olhos, não enxergais, e tendo ouvidos, não ouvis?” (Mc 8,17-18).

Jesus, com a cabeça entre as mãos, deve ter fi cado triste, amar-gurado, preocupado. Se perguntando: quem vai continuar a missão que o Pai me confi ou? Com discípulos assim, vai ser difícil... Tudo isso Jesus devia estar pensando; e deve ter pedido socorro ao Pai. E tomou uma decisão extremamente importante e corajosa: fi deli-dade irreversível à missão, até às últimas consequências. Então, dis-se aos discípulos que iria a Jerusalém para desmascarar o fermento podre, a mentalidade hipócrita e gananciosa dos poderes corrup-tos. Os discípulos, na pessoa de Simão Pedro, tentaram desviá-lo, lhe resistir, mas se deram mal (Mc 8,32-33). Impressiona a decisão, a clareza, a fi rmeza, a liberdade interior de Jesus neste momento decisivo. Se tivesse cedido à proposta de Simão Pedro (desistir da viagem a Jerusalém e fi car na Galileia), com muita probabilidade nós hoje não estaríamos aqui fazendo a memória viva dele.

Jesus convidava a arrancar o fermento, quer dizer, a mentali-dade mesquinha da religião podre dos fariseus que controlavam as sinagogas e o Templo de Jerusalém. Era uma religião hipócrita, do medo, de leis absurdas, de obrigações e proibições, que separavam as pessoas em puras e impuras. Eles se achavam os puros.

O fermento de Herodes era a ganância, a ambição, a fome diabólica do poder e do ter, custe o que custar. Para Jesus, enquanto houver esses fermentos podres, não haverá o fermento bom produ-zindo o pão saboroso do Reino, um novo estilo de vida, o mundo da partilha, da solidariedade, do perdão, da mesa para todos.


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Jesus de Nazaré deu a vida livremente e conscientemente por essa grande causa. Foi o mártir do Reino, mártir da missão. E a quem queria ser seu discípulo, pedia a mesma opção, pois é isso que dá sentido verdadeiro à vida. Os discípulos custaram a entender, chegando a duvidar até mesmo no dia da ressurreição (Mc 16,9-14); mas o fermento bom, o do Reino de Deus, vingou, espalhando bons frutos pelo mundo afora, até hoje.

Também hoje, precisamos arrancar o fermento podre dos fariseus e de Herodes em nossa vida (Mc 8,15), para enchê-la do fermento bom, o fermento do Reino de Deus (Mc 16,15-20). Papa Francisco, ao dirigir os votos natalinos aos membros da Cúria Vaticana, dia 21 de dezembro 2017, lembrou, com clareza e tristeza, a presença de traidores e de aproveitadores, que em lugar de facili-tar as reformas, traíram.

Na homilia do agradecimento do ano, 31 de dezembro 2017, Papa Francisco lembrou que Deus Pai nos havia presenteado o ano de 2017 para fazer obras de bem, mas o desperdiçamos com toda a degradação humana, social e ambiental que provocamos. Tudo isso indica quanto mal o fermento podre provoca.

Todos, cristãos leigos e leigas consagrados e consagradas, e clero, devem arrancar o fermento podre, para encher-nos do fermento bom. A mesma estrutura, de uns que decidem (clero) e de outros que obedecem (cristãos consagrados/as leigos e leigas), é doentia, re-duz a Igreja a uma instituição capenga, sem sabor, sem atração.

Ninguém está vacinado deste perigoso vírus. Fica bem claro que para os cristãos leigos e leigas poderem ser sal da terra e luz do mundo, de maneira corresponsável, também o clero deve arrancar o fermento podre que se instalou na vida deles. Sem essa conversão dos presbí-teros, é muito difícil os cristãos leigos e leigas cumprirem sua missão maravilhosa dentro das várias realidades.


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Por todos esses motivos, sugerimos a criação e formação de tantas e tantas “Equipes/grupos de discípulos de Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor”, espalhadas em todo o território da paróquia/diocese “em saída”, em missão. Não é novidade para muitas dioce-ses e paróquias, mas, quem sabe, uma boa sacudida, um despertar de novas energias e esperanças, poderia servir, e muito. Está em jogo o sentido de nossa existência e da mesma Igreja. É uma ma-neira efi caz para dar continuidade à Semana Missionária “Igreja em saída”. E ligar sempre com os compromissos assumidos nas ofi cinas do sábado da Semana Missionária.

Consideramos estas equipes como a base de todo trabalho pastoral; elas vêm antes de grupos, pastorais, movimentos, comu-nidades novas e antigas. Que bom se nas paróquias se escolhesse “o dia do discipulado de Jesus”, não havendo neste dia outra ati-vidade pastoral, salvo em casos extraordinários.

Assim, cada cristão leigo, cada cristã leiga, vai entrar nas vá-rias realidades sociais, políticas, ambientais, pastorais, com coragem e bom discernimento, sendo sal e luz, em uma “Igreja em saída”, a serviço do Reino de Deus.


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7. NÃO HÁ MISSÃO SEM MISSIONÁRIOS!

A realização de tudo o que falamos até agora vai depender da compreensão e do engajamento da fi gura indispensável da missio-nária e do missionário. O assunto já apareceu, aqui e acolá. A fi gu-ra dos missionários(as) é decisiva. Tais missionários(as), tal Semana Missionária “Igreja em saída”. Os missionários são a cara da SM. Portanto, merecem toda atenção. Então, que tipo de missionário? Qual o perfi l dele? A seguir, algumas indicações:

1. Os missionários não nascem por geração espontânea. Ser missionário é chamado, é vocação. Também não se for-mam da noite para o dia. Eles passam por um processo formativo permanente.

A inspiração básica para preparar bons missionários está no processo formativo que Jesus de Nazaré adotou com seus primei-ros missionários. E também do apóstolo Paulo de Tarso.

Uma segunda inspiração básica é a compreensão crítica e atenta do mundo em que vivemos. As duas são indispensáveis e inseparáveis. Um missionário ingênuo irá realizar uma missão ingênua, não con-forme ao estilo de Jesus de Nazaré.

O assunto merece ser aprofundado, pois está em jogo o sen-tido de nossa vida. Examinemos a palavra FORMAÇÃO. Ela é a junção de duas palavras: FORMA e AÇÃO. Quer dizer: formação é todo o processo, é toda ação necessária para alcançar uma determi-nada FORMA. Examinemos agora a palavra: FORMA. Qual o senti-do? Analisemos a palavra desde o ponto de vista existencial. Já ou-vimos falar pessoas dizendo o seguinte: eu tenho essa forma. Qual o sentido? Quer dizer o seguinte: Eu tenho essa minha personali-dade, essa minha maneira de ser, de me relacionar, enfi m, de viver;


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sou feito assim, com estes meus dons e estas minhas limitações. É a minha forma. Então, FORMA indica um estilo de vida.

Avancemos mais, acrescentando mais uma palavra: FORMAÇÃO CRISTÃ. O que é isso? É a maneira de ser, de viver de Jesus. É o estilo de vida de Jesus. O cristão é aquele que assume o estilo de vida de Jesus. Paulo de Tarso escreveu uma Carta à comu-nidade cristã de Filipos, em que faz o seguinte convite: “Haja entre vós o mesmo sentir e pensar que no Cristo Jesus” (Fl 2,5). Isso é for-mação cristã. Escreveu desde uma cadeia fria e úmida do Império Romano. Há outra Carta de Paulo em que ele diz o seguinte: “Meus fi lhos, por vós sinto, de novo, as dores do parto, até Cristo ser for-mado em vós” (Gl 4,19). É a forma de Jesus Cristo, o seu estilo de vida. Na mesma carta, Paulo afi rma o seguinte: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim”. Paulo procura assimilar a vida de Jesus, ter seus mesmos sentimentos, seu mesmo estilo de vida. Não quer dizer que Paulo perdeu sua personalidade, mas ele assume a personalidade de Jesus, seus mesmos sentimentos e opções de vida, porque a considera a melhor maneira de viver a vida. É sem-pre de Paulo de Tarso a bela expressão: Vida segundo o Espírito (Gl 5,16; Rm 8,4). É vida segundo o Espírito de Jesus; quer dizer: viver o mesmo estilo de vida de Jesus de Nazaré.

No livro dos Atos dos Apóstolos há um fato que faz pensar, acontecido em Jerusalém, após a ascensão de Jesus. O sumo sacer-dote com o partido aristocrático e pelego dos saduceus puseram os apóstolos numa prisão pública: “Durante a noite, porém, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: ‘Apresentai-vos no templo e anunciai ao povo toda a mensagem a respeito desta Vida’” (At 5,20). É bom anotar: esse modo de viver. Quer dizer, Jesus não é um conjunto de doutrinas, de normas, de leis; é, antes de tudo, uma maneira de viver a vida. Maneira belíssima e corajosa.


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Portanto, o que mais vale é viver o estilo de vida de Jesus. Jesus de Nazaré não é um conjunto de doutrinas, de regras que pre-cisamos conhecer e observar. É um estilo de vida. É o estilo de vida que nos defi ne. Eu posso ir à missa todos os dias e, lamentavelmen-te, não viver o estilo de vida de Jesus. O que vale mesmo é o estilo de vida. É o seguimento de Jesus que dá sentido aos Sacramentos e os pede. Muita gente tem grande devoção a Nossa Senhora, mas sem viver o mesmo espírito, o estilo de vida dela. É uma devoção capenga. Não dá.

Acrescentemos agora outra palavra: FORMAÇÃO CRISTÃ MISSIONÁRIA. O que é isso? É viver o mesmo dinamismo mis-sionário de Jesus. É sermos discípulos de Jesus e missionários do Reino, ao estilo de Jesus. Ele foi o enviado do Pai, o missionário iti-nerante do Reino de Deus, o profeta da misericórdia e da verdade.

Para vivenciar a formação cristã missionária precisamos conhecer o estilo de vida de Jesus missionário, como está nos Evangelhos; neste ano litúrgico de 2018 é o Evangelho segundo Marcos. Por isso, ao ler o Evangelho de Marcos, o missionário de Jesus levanta sempre as perguntas: que missão de Jesus aparece no texto lido? Como Jesus conseguia viver a missão do Pai? Como ser hoje missionários de Jesus no contexto em que vivemos? Como encarnar hoje os ensinamentos de Jesus, seu estilo de vida?

A segunda inspiração básica é a compreensão crítica e atenta do mundo em que vivemos. Não podemos ser ingênuos. Um mis-sionário ingênuo irá viver uma missão ingênua, que pode prejudi-car mais de que ajudar. Isso é triste, muito triste. Então, não somente ter uma consciência crítica, mas viver de acordo com essa consciên-cia. Ela passa continuamente através de um processo permanente.


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8. LEMBRETES

a) Constatamos difi culdades pelo tempo curto, pelas agendas pas-torais já lotadas e por certo cansaço pastoral difuso em muitos agentes pastorais. Nota-se também bastante confusão a respei-to do que signifi ca ‘fazer pastoral’. É preciso reagir, seguindo o exemplo e o precioso magistério petrino de Papa Francisco;

b) Devemos ter todo cuidado a não reduzir a proposta da Semana Missionária “Igreja em saída” a uma espécie de nova técnica pastoral. Só isso não resolve. A questão é mais profun-da, é uma questão de “sentido”. Tem a ver com as grandes questões existenciais pessoais e sociais de hoje;

c) A proposta da Semana Missionária “Igreja em saída” pega só mesmo na dinâmica e na espiritualidade de uma “Igreja em saída”. Igreja adormecida, cansada, sem ardor, difi cilmente vai se apaixonar por essa proposta;

d) A Semana Missionária “Igreja em saída” para produzir bons resultados pede uma preparação competente, intensa, dando espaço ao protagonismo missionário dos cristãos leigos e leigas;

e) Devemos ter todo o cuidado para priorizar o enfoque existen-cial, místico, popular da Semana Missionária;

f) Onde for possível, é muito bom contatar donos de festas e de trios elétricos para evitar dispersão no período da Semana Missionária “Igreja em saída”;

g) Cuidado com ‘ativismos missionários’. Consiste em fazer um monte de coisas, de atividades, mas sem um fi o condutor, sem um projeto claro e transformador, sem metodologia. Atrapalham, cansam, não são efi cazes;


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h) Cuidado para não reduzir a Semana Missionária “Igreja em saída” a ritos/celebrações com rezas e sermões de muitas pa-lavras, mas sem rumo. Infelizmente, a superfi cialidade, o va-zio, a correria, com frequência dominam agendas paroquiais, ritos e festejos;

i) O retiro com momentos de silêncio, não é luxo, não é para quem tem tempo sobrando. É necessidade existencial. Vivemos na globalização da superfi cialidade, da banali-dade, de um imenso vazio existencial, gerando decepção, medo e depressão;

j) Durante a Semana Missionária “Igreja em saída”, devemos sa-ber combinar: momentos de partilha, de aprofundamento, de discernimento, de animação, de visitas, de momentos orantes, tipo vigília de oração. Tudo isso gera o belo clima da SM;

k) A Semana Missionária “Igreja em saída” poderá ser um tem-po especial, belíssimo, se bem proposta, bem assimilada e bem vivida. Devemos absolutamente evitar superfi cialida-de, pressa, ativismo desgraçado, que consiste em fazer um montão de coisa, tudo no mesmo tempo, sem motivações e sem rumo;

l) Precisamos atingir e transformar as dimensões: pessoal, so-cial e eclesial, pois é aí que anda nossa vida. Dar atenção es-pecial aos assuntos propostos pelo Ano Nacional do Laicato; aos problemas mais urgentes do lugar: desemprego, agrotó-xicos, drogas, os rios agonizando, violência (ver Campanha da Fraternidade 2018);

m) É muito bom valorizar cantos missionários feitos por mis-sionários. São belíssimos como ritmo musical e como conteúdo das mensagens. Quem quiser, pode baixar le-tra e música no site: <www.santasmissoespopulares.org>.


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Gratuitamente! Começar a cantá-los logo, durante o tempo da preparação remota;

Ter todo o cuidado para não reduzir a Semana Missionária a um evento entre parênteses, sem um antes e sem um depois. Ela é um tempo especial a serviço de cada dia.



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REFERÊNCIAS

CNBB. Documento Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia – a conversão pastoral da paróquia. Documentos da CNBB 100. 2. ed. Brasília: Edições CNBB, 2018.

______. Documento Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019. Documentos da CNBB 102. 2. ed. Brasília: Edições CNBB, 2016.

______. Documento Cristãos leigos e legas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14). Documento da CNBB 105. Brasília: Edições CNBB, 2018.

______. Documento Iniciação à vida cristã: itinerário para formar dis-cípulos missionários. Documento da CNBB 107. 2. ed. Brasília: Edições CNBB, 2018.

FRANCISCO. Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Documentos Pontifícios 17. Brasília: Edições CNBB, 2015.

______. Carta Encíclica Laudato Si’. Documentos Pontifícios 22. Brasília: Edições CNBB, 2015.

MOSCONI, Pe. Luís. Santas Missões Populares. Belém/PA: Editora ASMP, 50. ed., 2018.

______. A Vida é Missão – para uma missiologia mística popular. Belém/PA: Editora ASMP, 12. ed., 2016.

______. Dar sentido verdadeiro à vida – o maior desafi o do ser humano. Belém/PA: Editora ASMP, 9. ed., 2017.

______. Boa notícia de Jesus segundo Marcos – para ser discípulos missio-nários, hoje - Belém/PA: Editora ASMP, 25. ed., 2017.


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Oração do Ano Nacional do Laicato

Ó Trindade Santa, / Amor pleno e eterno, / que estabeleces-tes a Igreja como vossa ‘imagem terrena’:

Nós vos agradecemos / pelos dons, carismas, / vocações, ministérios e serviços / que todos os membros de vosso povo realizam / como ‘Igreja em saída’, / para o bem comum, / a missão evangelizadora / e a transformação social, /no caminho de vosso Reino.

Nós vos louvamos / pela presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil / sujeitos eclesiais, testemunhas de fé, / santidade e ação transformadora.

Nós vos pedimos, que todos os batizados / atuem como sal da terra e luz do mundo: / na família, no trabalho, / na políti-ca e na economia, / nas ciências e nas artes, / na educação, na cultura e nos meios de comunicação; / na cidade, no campo e em todo o planeta, / nossa ‘casa comum’.

Nós vos rogamos que todos contribuam/ para que os cristãos leigos e leigas / compreendam sua vocação e identidade, / espiritualidade e missão, / e atuem de forma organizada na Igreja e na sociedade à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres.

Isto vos suplicamos / pela intercessão da Sagrada Família, / Jesus, Maria e José, / modelos para todos os cristãos. / Amém.


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Hino do Ano Nacional do LaicatoVós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo,Levai aos povos todos o amor, meu dom fecundo!

Teu Reino, ó Jesus Cristo, queremos propagar,Seguindo o teu exemplo, o mundo transformar!

1. Sendo membros do teu Corpo, que é a Igreja,Cristãos leigos e leigas construímos nova história!

2. Instruídos por tua santa Palavra,Chamados e enviados para cumprir a missão!

3. Alimentados por teu Corpo e Sangue,Assumimos, com coragem, a nossa vocação!

4. “Chamados, antes de tudo, à santidade,Interpelados a viver a santidade no mundo!”

5. “Sal da terra, luz do mundo, fermento na massa”,Não deixamos de ser “ramos na videira!”

6. “Na família, no trabalho, na política,Em todos os âmbitos de atividade humana!”

7. “Verdadeiros sujeitos eclesiais,Aptos a atuar na Igreja e na sociedade!”





Documents

MIOLO Semana Missionaria - Igreja em Saida FINALevangelizar.caderadio.com.br/tv/Laicato/MIOLO_Semana Missionaria... · ce ao Padre Luís Mosconi e à Associação