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MINISTERIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS PARAUAPEBAS LUIZA KARINE OLIVEIRA BEZERRA MARCOS PAULO LUZ NOGUEIRA REDES SOCIAIS, MÍDIAS SOCIAIS E INFLUENCIADORES DIGITAIS: Impactos na decisão do consumidor PARAUAPEBAS 2019

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MINISTERIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CAMPUS PARAUAPEBAS

LUIZA KARINE OLIVEIRA BEZERRA

MARCOS PAULO LUZ NOGUEIRA

REDES SOCIAIS, MÍDIAS SOCIAIS E INFLUENCIADORES DIGITAIS:

Impactos na decisão do consumidor

PARAUAPEBAS

2019

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LUIZA KARINE OLIVEIRA BEZERRA

MARCOS PAULO LUZ NOGUEIRA

REDES SOCIAIS, MÍDIAS SOCIAIS E INFLUENCIADORES DIGITAIS:

Impactos na decisão do consumidor

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade Federal Rural da Amazônia

como requisito parcial para obtenção do título

de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. M.Sc Daniel Barbosa Cabral.

PARAUAPEBAS

2019

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Bezerra, Luiza Karine Oliveira

Redes sociais, mídias sociais e influenciadores digitais: impactos na

decisão do consumidor. / Luiza Karine Oliveira Bezerra, Marcos Paulo

Luz Nogueira - Parauapebas, 2019.

47 f.:il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Administração) –

Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Parauapebas, 2019.

Orientador Prof. M.Sc. Daniel Barbosa Cabral

1.Marketing – Consumidores online 2. Influenciadores digitais

3.Mídias sociais I.Cabral, Daniel Barbosa (Orient.)II. Título

CDD 23. Ed.– 658.8

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LUIZA KARINE OLIVEIRA BEZERRA

MARCOS PAULO LUZ NOGUEIRA

REDES SOCIAIS, MÍDIAS SOCIAIS E INFLUENCIADORES DIGITAIS:

Impactos na decisão do consumidor

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Universidade Federal Rural da Amazônia

como requisito parcial para obtenção do título

de Bacharel em Administração.

Data da Aprovação: _____/_____/________

Banca Examinadora:

_________________________________________________

Prof. M.Sc Daniel Barbosa Cabral

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

_________________________________________________

Prof. M.Sc João Paulo Loureiro

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

_________________________________________________

Prof. Dr. Marcos Rodrigues

Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA

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RESUMO

O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação promoveram mudanças na

sociedade, iniciando uma era de crescimento e disseminação de conteúdo. Com a facilidade

de acesso à internet e a expansão das redes e mídias sociais, a procura pelas marcas se

popularizou e os mecanismos de busca cresceram e se sofisticaram. Nesse cenário, o

marketing digital se tornou primordial para a competitividade entre as empresas e alguns

indivíduos passaram a se destacar pela influência que exercem em determinados nichos, sendo

denominados influenciadores digitais. Com base nesse contexto, foi realizada uma pesquisa

com 479 internautas e consumidores da cidade de Parauapebas-PA, por meio de um

questionário eletrônico, com o objetivo de compreender os impactos das redes sociais, mídias

sociais e influenciadores digitais na decisão do consumidor. Para alcançar os resultados

propostos neste trabalho foi utilizado o método de análise quantitativa e estatística descritiva.

Após a análise dos resultados, compreende-se que as redes sociais, mídias sociais e os

influenciadores digitais são instrumentos eficazes de marketing digital, pois estes são capazes

de influenciar expressivamente a decisão dos consumidores. Com base nisso, sugere-se que as

empresas e aos influenciadores digitais interessados na otimização de marketing digital

utilizem os resultados deste trabalho como base de informação para atuar de maneira mais

assertiva e direcionada ao consumidor.

Palavras-chaves: marketing; consumidores online; mídias sociais; influenciadores digitais.

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ABSTRACT

The development of communication and information technologies promoted changes in

society, initiating an era of growth and dissemination of content. With the ease of access to

the internet and the expansion of social networks and media, search for brands became

popular and search engines grew and became more sophisticated. In this scenario, digital

marketing became paramount for the competitiveness between companies and some

individuals started to stand out for their influence in certain niches, being denominated digital

influencers. Based on this context, a survey was conducted with 479 internet users and

consumers in the city of Parauapebas-PA, through an electronic questionnaire, with the

objective of understanding the impacts of social networks, social media and digital influencers

on consumer decision-making. To reach the proposed results in this work was used the

method of quantitative analysis and descriptive statistics. After analyzing the results, it is

understood that social networks, social media and digital influencers are effective tools of

digital marketing, since they are capable of expressively influencing consumers' decisions.

Based on this, it is suggested that companies and digital influencers interested in the

optimization of digital marketing use the results of this work as an information base to act in a

more assertive and directed to the consumer.

Keywords: marketing; consumers online; social media; digital influencers.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7

1.1 Objetivos............................................................................................................................ 8

1.1.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 8

1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................... 8

2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 9

2.1 O empreendedorismo e a era digital .............................................................................. 9

2.2 Comportamento do consumidor ................................................................................... 10

2.2.1 Processo de decisão do consumidor ............................................................................ 11

2.2.2 Comportamento do consumidor digital ...................................................................... 13

2.3 Marketing ........................................................................................................................ 15

2.3.1 Conceitos de marketing .............................................................................................. 15

2.3.2 Marketing digital ......................................................................................................... 16

2.4 Redes e mídias sociais .................................................................................................... 17

2.4.1 Redes sociais ............................................................................................................... 17

2.4.2 Mídias sociais ............................................................................................................. 17

2.4.3 Empresas nas redes e mídias sociais ........................................................................... 18

2.5 Influenciadores digitais .................................................................................................. 20

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................... 23

3.1 Classificação da pesquisa ............................................................................................... 23

3.2 Pesquisa documental e bibliográfica ............................................................................ 23

3.3 Instrumento de coleta de dados .................................................................................... 23

3.4 Universo e amostra ......................................................................................................... 24

3.5 Tratamento e análise dos dados .................................................................................... 25

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 26

4.1 Perfil dos entrevistados .................................................................................................. 26

4.2 Comportamento dos entrevistados frente às redes e mídias sociais .......................... 27

4.3 Interação com as empresas nas redes e mídias sociais ................................................ 30

4.4 Interação com os influenciadores digitais .................................................................... 31

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 39

APÊNDICE I ........................................................................................................................... 45

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1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento das tecnologias digitais, das redes sociais e dos meios eletrônicos

de comunicação promoveram transformações no comportamento da sociedade, afetando

diretamente como o consumidor se relaciona com as organizações e seus respectivos produtos

e/ou serviços. As redes e mídias sociais tornaram-se importantes ferramentas de comunicação

e interação instantânea entre os usuários e as organizações, impulsionando uma das grandes

revoluções dos últimos anos na internet (TORRES, 2009).

No Brasil, 139 milhões de pessoas são usuários da internet e deste total, cerca de

85% dos usuários usam internet todos os dias, sendo que 130 milhões são usuários ativos das

redes sociais. Além disso, o brasileiro gasta, diariamente, 9 horas e 14 minutos navegando na

internet e, desse total, em média, 3 horas e 39 minutos são atribuídas ao uso das redes sociais

(KEMP, 2018).

Todo esse avanço permite aos consumidores maior liberdade e facilidade de

informações. O conteúdo se torna um dos principais métodos utilizados pela marca no seu

planejamento de marketing no ambiente digital. Nesse contexto, passam a surgir indivíduos

que se sobressaem em determinadas redes sociais, unindo e influenciando milhares – em

certos casos até milhões – de pessoas, que são chamados de influenciadores digitais (SILVA,

2016).

Este trabalho estuda o fenômeno em questão e aborda dois aspectos que se

relacionam no marketing digital: (1) as redes e mídias sociais como ferramenta de marketing

digital para as empresas; (2) os influenciadores digitais como usuários avançados dos

instrumentos de marketing digital e suas capacidades de promoção e geração de marketing

para as organizações. Diante desse contexto, busca-se descrever como as redes sociais, mídias

sociais e influenciadores digitais contribuem para a decisão do consumidor na aquisição dos

produtos e/ou serviços ofertados pelas empresas que adotam este tipo de marketing.

Para isso, foi realizado coleta de dados na cidade de Parauapebas, o quinto município

mais populoso do estado do Pará, com população de 202.356 habitantes (IBGE, 2017) e PIB

de 11,2 bilhões (IBGE, 2015). A principal atividade econômica do município é a mineração,

que em 2013 movimentou 28 bilhões de reais na cidade, rendendo a esta 450 milhões em

compensação financeira (IBGE, 2014). Logo, a pesquisa foi realizada em uma cidade com

grande poder econômico, potencializando os resultados do trabalho.

Diante disso, a pesquisa foi desenvolvida por meio da aplicação de questionários

estruturados com 479 usuários de internet e consumidores, com o propósito de identificar os

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perfis, comportamentos frente às redes e mídias sociais e interações com as empresas nas

mídias sociais, redes sociais e com os influenciadores digitais. Após o estudo destas variáveis

por meio dos dados obtidos, deu-se início às discussões e a conclusão do trabalho.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Compreender os impactos das redes sociais, mídias sociais e influenciadores digitais

na decisão dos consumidores de Parauapebas-PA.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Descrever o comportamento dos entrevistados perante as redes e mídias sociais;

• Demonstrar a interação dos entrevistados com as empresas nas redes e mídias

sociais;

• Apresentar a interação dos entrevistados com os influenciadores digitais;

• Identificar a percepção do entrevistado quanto à eficácia do marketing digital.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Este capítulo exibe o referencial teórico que aponta o desenvolvimento do trabalho

baseando-se em diversos autores e seus conceitos, para que facilite a compreensão e o

entendimento da parte teórica do conteúdo apresentado.

2.1 O empreendedorismo e a era digital

O mundo passou por inúmeras transformações, originando grande parte das

invenções que revolucionaram a forma de viver e de se comunicar das pessoas,

principalmente no século XX. Essas invenções, normalmente se originam de inovações, fatos

inéditos ou de coisas já existentes que ninguém antes pensou em olhar de outra forma e

ocorrem devido às pessoas ou equipes que possuem características específicas, que são

excêntricas, arriscam, examinam, fazem acontecer e empreendem (DORNELAS, 2001).

O empreendedorismo é um processo dinâmico, para isto é necessário ter-se visão,

mudança e criação, utilizando energia e paixão para a criação e implementação de ideias

inovadoras e soluções criativas (KURATKO; HODGETTS, 2004). A base do

empreendedorismo é identificar e cultivar as oportunidades empreendedoras, ou seja,

oportunidades que não são vistas pelos outros ou não são reconhecidas como potencial

comercial (HITT; et. al., 2008).

Além disso, é essencial que o empreendedor tenha disposição de correr riscos

calculados, capacidade de formular uma equipe de risco eficaz, habilidade criativa de

mobilizar recursos necessários, habilidade fundamental de construir plano de negócios sólido,

e, por fim, a visão de reconhecer oportunidades onde os outros veem o caos, a contradição e a

confusão (KURATKO; HODGETTS, 2004).

Com o surgimento de novas tecnologias no mercado, as grandes e pequenas

empresas necessitaram adaptar-se às novidades que foram surgindo. A invenção da internet

criou uma revolução tecnológica que propicia muitas mudanças no meio pessoal e

empresarial. Para as organizações é essencial investir em tecnologia para competir no

mercado (COBRA; BREZZO, 2010). Com isso, todas as organizações estão enfrentando uma

nova realidade global que requer inovação, coragem, tomada de risco e liderança

empreendedora (MORRIS; KURATKO, 2013).

A era digital abriu novos horizontes, mas também mudou muitos paradigmas em

praticamente todas as indústrias, desde as pequenas às maiores empresas, onde a

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obrigatoriedade de uma redefinição dos modelos econômicos e de gestão revelou-se um fator

determinante para os bons resultados (RIBEIRO, 2011). A nova economia pode ser

denominada como economia digital, visto que a informação, em todas as suas formas, torna-

se digital (LIMEIRA, 2003).

Diante da chegada da nova era digital, os avanços nas tecnologias de comunicação

tornaram a internet importante tanto para os indivíduos, que ganharam a oportunidade de

compartilhar suas opiniões e emoções, como também para os gerentes de marcas que buscam

interagir entre si e com as comunidades online (UZUNOGLU; MISCI, 2014). Devido à

simplicidade com que as pessoas podem se expressar por meio dos meios oferecidos pela

tecnologia, o perfil dos consumidores também sofreu modificações (ADOLPHO, 2011).

2.2 Comportamento do consumidor

O comportamento do consumidor pode ser analisado por meio dos processos

desenvolvidos quando os indivíduos ou grupos escolhem, compram, utilizam de produtos,

serviços, ideias ou experiências que satisfaçam suas necessidades e desejos (SOLOMON,

2006). Esse comportamento pode ser influenciado por múltiplos fatores, como os sociais,

culturais, pessoais e psicológicos, sendo que os fatores culturais exercem maiores e mais

influências (KOTLER; KELLER, 2006). As influências ainda podem ser o meio físico, a

tecnologia, a economia, a política e as leis (COBRA, 1992).

O comportamento do consumidor ainda pode ser interpretado como as atividades

físicas e mentais praticadas por consumidores de bens de consumo e industriais que procedem

em ações e decisões, como a compra e utilização de produtos e serviços, assim como seu

pagamento por eles (SHETH; MITTAL; NEWMAN, 2001).

Além dos fatores sociais, culturais, pessoais e psicológicos, o cliente, ao querer

efetuar uma compra também, pode ser influenciado por fatores de caráter político, econômico,

tecnológico, ambiental e também por fatores mercadológicos como o produto, o seu preço, a

sua promoção e o seu ponto de distribuição (ROCHA, 2004).

Cada consumidor comporta-se de maneira diferente sob estímulos semelhantes

(COBRA, 1997) e compreendê-lo é uma necessidade vital para as empresas (DUBOIS, 1998),

pois o sucesso empresarial não é determinado pelo produtor, mas sim pelo consumidor

(DRUCKER, 1995). Obterá sucesso aqueles que não considerarem como problema a

intempestividade dos desejos e necessidades de cada consumidor, mas sim como uma

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oportunidade de ter um diferencial, de agregar valor a serviços e de fidelizar os seus clientes

(GONÇALVES, 1995).

O comportamento do consumidor pode ser considerado um processo decisório,

lógico e estruturado de tomada de decisão, uma vez que o processo de decisão de compra

abrange as seguintes etapas que se associam com o comportamento do consumidor: primeiro

há um reconhecimento da necessidade, depois a busca de informação, após isso a avaliação

das alternativas de produto e de compra, a decisão de compra, e ao final, qual o comporta-

mento pós-compra (SAMARA; MORSCH, 2006).

2.2.1 Processo de decisão do consumidor

O processo de decisão do consumidor implica no reconhecimento de problemas antes

de realizar uma compra e passa por um processo decisório, em que se tem um processo

construtivo pelo qual os consumidores estão sempre tomando decisões e o processo utilizado

é influenciado pela complexidade do problema (MOWEN; MINOR, 2006). Esse processo

pode ser influenciado por muitos fatores, como por exemplo: estímulos, personalidade,

percepções e incentivos do composto de marketing (preço, praça, produto e promoção)

(KOTLER; ARMSTRONG, 1993).

O ato da compra é parte de um processo que se inicia bem antes e só termina depois

do consumo (GIGLIO, 1996). A compra é um resultado da ação do departamento de vendas e

do consumidor, ou ainda a confirmação da compra de um bem e/ou serviço. A escolha do

consumidor no ato da compra varia de acordo com o tipo de decisão de compra (KOTLER,

2000).

Blackwell, Miniard e Engel (2008) apresentam um exemplo do processo decisório de

compra do consumidor, em que o objetivo é investigar como os indivíduos estabelecem as

ocorrências e influências para tomar decisões de consumo. As etapas do processo de decisão

de compra são: o reconhecimento da necessidade; a busca por informações; a avaliação de

alternativas pré compra; a compra; o consumo; a avaliação pós-consumo; e o descarte (Figura

01).

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Figura 1 - Processo decisório de compra e avaliação pós-consumo.

Fonte: Blackwell; Miniard; Engel (2008, p. 86).

O primeiro estágio do modelo de decisão de compra do consumidor é o

reconhecimento da necessidade, que ocorre toda vez que o consumidor identifica uma

diferença expressiva entre seu atual estado e algum estado ideal ou desejado (SOLOMON,

2006). Nessa etapa, o consumidor recebe dois tipos de influências: ambientais (cultura, classe

social, influências pessoais, família e situação de compra) e os diferenças individuais

(recursos financeiros, motivação, conhecimento, atitudes, personalidade, valores e estilo de

vida próprio consumidor).

O segundo estágio é a busca por informações, onde os consumidores procuram

informações e soluções para satisfazer as suas necessidades não atendidas (ENGEL;

KOLLAT; BLACKWELL, 2001). Essa procura pode ser interna, quando se recupera o

conhecimento na memória, ou externa, quando se reúne informações de pessoas ou do

mercado. Durante a busca externa o consumidor adquire informações por meio de comerciais,

amigos ou pela observação de outras pessoas (SOLOMON, 2006).

O terceiro estágio consiste em avaliar as possibilidades adquiridas durante o processo

de busca de informações, por meio de influências individuais ou por variáveis ambientais

descritas no estágio anterior (ENGEL; KOLLAT; BLACKWELL, 2001). A partir das

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avaliações, o consumidor se torna apto para o quarto estágio, a compra. É nesse estágio que o

consumidor emprega todo o conhecimento contraído nos estágios anteriores para tomar sua

decisão (SAMARA; MORSCH, 2006).

Após a decisão sobre a compra, o consumidor passa por duas fases. Na primeira ele

decidirá onde vai efetuar a compra, seja via internet, catálogo, telefone ou outro meio, já na

segunda fase a escolha de compra ocorre dentro da loja (ENGEL; KOLLAT; BLACKWELL,

2001). Ao escolher, se efetiva o ato de compra.

Os três últimos estágios são os resultados verificados após a venda do produto, que são

eles: consumo, avaliação pós-consumo e descarte. O consumo pode ocorrer imediatamente ou

posteriormente à compra; a avaliação pós-compra é a fase em que o consumidor pode ficar

satisfeito ou insatisfeito com sua compra; e o descarte envolve alternativas como reciclagem,

descarte completo ou revenda (NEVES, 2009).

2.2.2 Comportamento do consumidor digital

Com o advento da mobilidade e a expansão de usuários da internet, devido ao fácil

acesso à web móvel, os indivíduos estão sendo conduzidos a desenvolver um novo perfil de

consumidor, caracterizando-se pela inversão do vetor de marketing. Enquanto no marketing

tradicional as ações empresariais de promover e comunicar seus bens e/ou serviços se davam

no sentido empresa/marca para o consumidor, agora é o consumidor que busca a empresa, a

marca (GABRIEL, 2009).

A difusão das tecnologias da internet e seus associados característicos influenciam a

emergência e evolução de empoderamento do consumidor (KOZINETS; et. al., 2010). O

consumidor, na condição de usuário de internet, assumiu o controle de suas ações nas redes e

passou a gerar conteúdos, a ter mais informação, a se entreter e se relacionar de forma rápida

e ao mesmo tempo (TORRES, 2009).

No processo de tomada de decisão, o consumidor virtual pode ser influenciado por

variáveis psicológicas, como por exemplo: satisfação e conhecimento com os métodos casuais

de compra de produtos, predisposição a busca por variedade ou necessidade de avaliação de

compra pelo ambiente virtual; ou ainda ferramentas tradicionais do marketing, bem como por

experiências online (COSTA, 2009).

O comportamento de compra do consumidor mudou definitivamente, pois passou a

ter um arsenal de ferramentas de busca, comparação, análise e decisão que influenciam

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diretamente no negócio da empresa e podem determinar a diferença entre sucesso e o fracasso

de um produto ou serviço (TORRES, 2009).

Todas as mudanças de paradigmas tecnológicos desenvolveram um diferencial no

crescimento da comunicação, o que levou à desmassificação dos mercados, à segmentação e

ao aumento da individualidade (MCKENNA, 2006). Isso torna relevante o entendimento das

atitudes do consumidor que, atualmente, se utiliza de mais tecnologias, como acessar a web,

e-commerce, blogs, sites na internet e interação em redes sociais.

O consumidor online representa todas as classes socioeconômicas e utiliza com mais

frequência a internet do que as outras mídias digitais. Segundo dados do We Are Social

(2018), a maior rede de agência especializada em mídia social do mundo, o brasileiro gasta,

diariamente, 9 horas e 14 minutos navegando na internet, sendo o terceiro povo no mundo que

mais passa tempo na rede.

Outro dado apresentado pelo We Are Social (2018) é que 62% da população

brasileira está conectada nas redes sociais, ou seja, 130 milhões de brasileiros utilizam as

redes sociais. Desse total, 120 milhões acessam as redes pelos seus celulares, o que representa

57% do total da população brasileira. Além disso, passam nas redes, em média, 3 horas e 39

minutos, todos os dias, ocupando, assim, a segunda colocação entre os países que usam por

mais tempo essas plataformas.

Desta forma, na era digital o controle é do consumidor e não mais das organizações;

mesmo que a empresa prefira não investir em marketing online, seus consumidores estarão na

rede comentando, comparando com os concorrentes, trocando opiniões, ou seja, a internet

intervém no seu negócio de qualquer maneira (TORRES, 2009).

Assim, é especialmente importante examinar os efeitos negativos compartilhados

entre consumidores, pois novos consumidores que visitam plataformas de opinião são mais

propensos a ser confrontados com avaliações negativas do produto, porque insatisfeitos as

pessoas estão muito mais interessadas em compartilhar suas experiências com o máximo de

pessoas possíveis, do que pessoas satisfeitas estão interessadas em falar ou escrever sobre

experiências positivas (CHATTERJEE, 2001).

Diante disso, torna-se fundamental entender como se desenvolve o comportamento

de compra do cliente, os aspectos mais importantes para ele e os que agregam mais valor ao

produto, pois, de acordo com Kotler e Keller (2006), isso identifica uma relação aberta entre a

lucratividade da empresa, a qualidade do produto e/ou serviço e a satisfação do consumidor.

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2.3 Marketing

2.3.1 Conceitos de marketing

O marketing é a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais pelas

organizações, gerando lucros e resultados (KOTLER; KELLER, 2012). Pode ser considerado

também como a ciência que dá o equilíbrio essencial às ações da empresa, salientando com

isso as necessidades e os desejos do mercado-alvo, sem perder o controle da gestão e seus

objetivos (DUAILIBI; SIMONSEN JR., 2005).

É um processo de planejar e executar a concepção, o preço, a promoção e a

distribuição de ideias, bens e serviços para criar relações de troca que satisfaçam objetivos

individuais e coletivos (SANTOS, 2005). Seguindo essa ideia, Las Casas (2006) também

afirma que o marketing é o processo de planejamento e execução do plano, preço, promoção e

distribuição de ideias, bens e serviços organizacionais e eventos para que seja possível criar

um relacionamento que possa satisfazer tanto os objetivos organizacionais como os

individuais.

O marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos que abrangem

a criação, a comunicação e a entrega da percepção de valor para os clientes, assim como

gestão do relacionamento com eles. Isto deve ocorrer de forma que beneficie a organização e

seu público interessado (KOTLER; KELLER, 2006).

O marketing é tão fundamental que não pode ser considerado uma função separada

da empresa, pois é o negócio como um todo levando em consideração o ponto de vista de seu

resultado final, isto é, do ponto de vista do consumidor. O sucesso da empresa não é definido

pelo produto, mas sim pelo consumidor (HONORATO, 2004).

Dessa forma, o marketing se torna importante para o cenário organizacional, visto

que compreende as atividades de planejar, conceber e concretizar, visando satisfazer as

necessidades dos clientes, atuais e futuros, por meio de produtos/serviços existentes ou novos

(KOTLER; KELLER, 2006).

Com isso, é importante que os profissionais de marketing aprofundem seus estudos e

conhecimentos a respeito das ciências comportamentais para que compreendam os

consumidores e seus comportamentos, tanto no ato do planejamento da compra como na

compra propriamente dita e no pós-compra (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Seu objetivo,

ao examinar o comportamento, é compreender melhor o consumidor e com isso poder melhor

se antecipar e/ou prever o seu comportamento futuro (MATTAR, 1999).

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Mas diante das mudanças que ocorreram no mercado, o marketing também se tornou

alvo de transformações. Uma importante mudança no ambiente de marketing é a quebra ou

fragmentação dos meios tradicionais de propaganda e o surgimento de outras alternativas de

comunicação (KELLER; MACHADO, 2007). A chegada da internet já está criando uma

verdadeira revolução no marketing (KOTLER, 2003). Já não basta simplesmente atender as

necessidades dos clientes, é preciso encantá-los (KOTLER, 2000).

Atualmente existe uma variedade de teorias que buscam explicar ou aperfeiçoar a

relação das empresas com seus clientes, tais como o marketing de nicho, marketing um-a-um,

marketing com banco de dados, entre outros (LAS CASAS, 2015). O marketing digital é

umas das propostas atuais lançadas como fator estratégico no ambiente empresarial, pois se

posiciona como uma ferramenta eficiente para acelerar e gerar oportunidades, visto que o

diferencial dessa ferramenta é o seu acelerado crescimento e amplo alcance (LIMEIRA,

2003).

2.3.2 Marketing digital

O marketing digital é uma forma de utilizar o marketing na internet e envolve um

conjunto de técnicas que utiliza diversos elementos como publicidade, propaganda, promoção

e comunicação (TORRES, 2009). É o conjunto de ações que auxiliam as empresas a

expandirem seus negócios, desenvolverem um relacionamento duradouro com o seu cliente e

a fortalecer a sua marca no mercado (KENDZERSKI, 2007).

Com os websites de empresas e de marcas, as empresas têm a oportunidade de

disponibilizar informações, fornecer catálogos e realizar a venda de produtos online. A era

digital é uma das principais tendências que está mudando o panorama do marketing, o

crescimento expressivo do uso da tecnologia causou grande impacto na maneira como as

empresas estão entregando valor a seus clientes (KOTLER; ARMSTRONG, 2007).

O número de pessoas que tem acesso à internet por meio de aparelhos digitais no

Brasil aumenta com o passar dos anos. Segundo dados do IBGE de 2016, cerca de 64,7% dos

brasileiros tiveram acesso à internet. Isso implica em novas oportunidades para as empresas e

demonstra a necessidade de as organizações aumentarem seus investimentos em publicidade e

propaganda digital.

O uso do marketing digital de forma planejada, adequada e estratégica por meio de

ações implementadas de forma segmentada faz com que os custos para conquistar os

consumidores tornem-se cada vez menores. Turchi (2012) argumenta sobre a necessidade de

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as empresas estarem presentes na internet e no mundo virtual, pois a organização que executa

determinadas ações de forma adequada e de maneira eficiente pode conseguir um

posicionamento estratégico da sua marca.

2.4 Redes e mídias sociais

2.4.1 Redes sociais

As pessoas sempre estiveram adeptas a algum tipo de interação social, seja no âmbito

familiar, na escola, no trabalho, no entanto, com a chegada da internet esse meio foi ampliado

e difundido entre as diversas comunidades, permitindo a criação de novas plataformas

interativas que possibilitasse o compartilhamento de informação, com pessoas de diferentes

localidades, e culturas.

As redes sociais são estruturas que existem desde a antiguidade, limitadas no tempo

pela linguagem oral e no espaço, pela geografia, no entanto, elas vêm se tornando mais

abrangentes e complexas em razão da evolução das tecnologias de comunicação e informação,

hoje as redes sociais quebraram a barreira de tempo e espaço, permitindo o alcance de um

grande número de "amigos" ou relacionamentos (GABRIEL, 2009).

São definidas como um conjunto de aplicativos que aumentam a interação do grupo e

os espaços compartilhados colaboração, conexões sociais e agrega trocas de informações em

um ambiente baseado na web (BARLETTBRAG, 2006). Podem ser definidas ainda como um

conjunto de dois elementos, sendo o primeiro constituído por pessoas, instituições ou grupos;

e o segundo suas conexões (RECUERO, 2007). Ou ainda, como ferramentas que possibilitam

aos indivíduos se exibirem uns aos outros, constituindo e mantendo relações (BOYD;

ELLISON, 2007).

2.4.2 Mídias sociais

As grandes plataformas de redes sociais alcançaram uma enorme quantidade de

pessoas, que estão em constante interação com esse universo digital, criando as chamadas

mídias sociais, definidas como sites na internet construídos para permitir a criação conjunta

de conteúdo, a interação social e o compartilhamento de informações em diversos formatos

(TORRES, 2009).

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As mídias sociais são ferramentas de comunicação na web, que permitem a

ocorrência de interações e conexões entre pessoas (RECUERO, 2009). Kaplan e Haenlein

(2010) descrevem as mídias sociais como um grupo de aplicativos disponíveis na internet que

são direcionados pelos fundamentos ideológicos e tecnológicos da web 2.0, no qual permitem

a criação e a troca de conteúdo desenvolvido pelo usuário.

Além disso, as mídias sociais impulsionam a vida em comunidade com cooperação,

dão possibilidade de alteração ou mistura de criações de terceiros, melhoram as experiências

online, promovem diversão, educação, controle e domínio do que se quer buscar ou saber,

abrindo espaço para assuntos específicos e colocando o usuário em primeiro lugar e no centro

das atenções (CIPRIANI, 2011).

As mídias sociais possuem ainda o poder de ampliar comunicações e gerar opções

econômicas de comunicação para organizações (HARRIS; RAE, 2009). Compreende uma

série de canais através dos quais a interação entre indivíduos e entidades, como organizações,

é facilitada e disseminada. Normalmente, as mídias sociais são altamente acessíveis (fáceis de

acessar) e escaláveis (podem ser usadas para atingir grandes números) (BROGAN, 2010;

ZARELLA, 2010).

Podem servir como um canal para muitas atividades de marketing, incluindo

gerenciamento de relacionamento com o cliente, atendimento ao cliente, pesquisa de

comprador, canal de entrega e de publicidade. Independentemente do objetivo, as informações

sobre a marca devem ser relevantes para o consumidor, se a empresa quiser que o consumidor

se envolva com a marca de maneira relevante (SCHMITT, 2012).

2.4.3 Empresas nas redes e mídias sociais

A facilidade de criar, publicar e compartilhar conteúdo com pessoas com interesses

semelhantes teve um efeito definido sobre a natureza da disseminação de mensagens

(UZUNOGLU; MISCI, 2014). Naturalmente, as novas tecnologias provocam uma

consequência direta, como a mudança na maneira que os clientes avaliam as organizações,

que por sua vez precisam moldar-se a esse novo contexto de negócios (JASMAND;

BLAZEVIC; RUYTER, 2012).

Nesse sentido, Mangold e Faulds (2009) apontam que as mídias sociais são um

elemento híbrido no mix promocional, uma vez que permitem aos consumidores falar

diretamente com as empresas. A participação deles pode ser passiva envolvendo

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simplesmente consumir o conteúdo social ou ativa, incluindo comportamentos como a

apresentação de histórias geradas pelo consumidor (HUTTON; FOSDICK, 2011).

A mídia social digital traz várias vantagens para as empresas. Ainscough e Luckett

(1996), por exemplo, argumentam que a web pode ser usada para publicação, vendas online,

pesquisa de mercado e suporte ao cliente. Outros estudiosos afirmam que a web pode ajudar

na construção de marcas, gerando comunicação boca-a-boca entre consumidores (WHITLA,

2009). Além de ajudar na execução de estratégias de marketing, a internet pode melhorar o

desempenho geral da empresa (EID; EL-GOHARY, 2011).

Diante disso, possuir a página da companhia em uma rede e/ou mídia social é uma

das principais ações na internet atualmente para que uma organização tenha a possibilidade de

mensurar a força da marca, além de acompanhar os consumidores atuais, bem como os

possíveis clientes, de maneira que a empresa tenha maior exposição da marca e possa

aumentar gradativamente o alcance de mercado (PRADO; et. al., 2013).

Devido às vantagens de as mídias sociais conectar diretamente as empresas aos

consumidores finais de maneira oportuna e a baixo custo, as tornam o centro das atenções

frente às diferentes indústrias. As mídias sociais possuem maior eficiência comparado aos

canais de comunicação tradicionais, o que levou os líderes a afirmar que as empresas devem

estar presentes em redes como Facebook, Twitter, MySpace e outros, para obter sucesso em

ambientes online (KAPLAN; HAENLEIN, 2010).

As organizações estão usando as mídias sociais para alcançar benefícios tangíveis

para seus negócios, como aumento de vendas, otimização de sites e melhoria das relações

com os clientes (HARRIS; RAE, 2009). Segundo Recuero (2009), existem quatro valores

fundamentais que permeiam o uso de redes de empresas:

1. Visibilidade: sites de redes sociais permitem os usuários permanentemente conectados com

suas marcas;

2. Reputação: esta é uma percepção construída por outros atores, ou seja, a impressão de que

outras pessoas têm sobre um determinado indivíduo ou empresa;

3. Popularidade: isso está diretamente conectado para o público, o que é facilitado em redes.

Na internet, uma audiência pode ser medida pelo número de visitas a um perfil, entre

outros elementos;

4. Autoridade: este é o poder de influenciar um usuário dentro da rede social. É uma medida

de a influência efetiva de um ator social com respeito para sua rede, junto com a percepção

de outra os usuários têm de sua reputação.

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A definição apropriada de táticas para emprego das redes como ferramenta de

divulgação da companhia possibilita o aumento da lucratividade e consequentemente aumenta

a autonomia da organização quanto às alternativas dos canais de distribuição ampliando o

mercado de atuação da mesma, fazendo com que as ferramentas de marketing digital

existentes contribuam na disseminação da informação, bem como no compartilhamento de

opiniões e outras atividades que o ambiente virtual possibilita (BOARIA; et. al., 2014).

Por isso, algumas empresas já estão procurando profissionais que compreendam e

saibam utilizar as redes e mídias sociais para interagir com seus clientes, otimizando sua

comunicação, construindo o diferencial e adquirindo vantagem competitiva em relação aos

concorrentes (NANNI; CAÑETE, 2010). Por meio disso, a empresa pode ainda verificar o

andamento da imagem de sua marca e o impacto de seus atos na para o consumidor

monitorando e acompanhando as redes sociais (ADOLPHO, 2011).

Dessa forma, as redes e mídias sociais oferecem aos profissionais de marketing

oportunidades notáveis para alcançar os consumidores em suas comunidades sociais e

construir mais pessoal relacionamento com eles (KELLY; KERR; DRENNAN, 2010), pois

mudaram a forma como o conteúdo da marca é criado, distribuído e consumido, transferindo

o poder de moldar imagens de marca de profissionais de marketing às conexões e conteúdo

online dos consumidores (TSAI; MEN, 2013).

2.5 Influenciadores digitais

Nesse contexto digital, surgem os influenciadores digitais que são uma tendência de

mercado e começaram a atrair a atenção de grandes marcas devido à quantidade de seguidores

que possuem, do elevado nível de interação que eles têm com o público e devido ao fato de

falarem para um público segmentado fazendo, assim, uma publicidade mais concentrada e

assertiva.

Os influenciadores digitais acabaram se tornando líderes que determinam as

tendências a serem seguidas pelo seu público. São considerados como fonte e guia

(MCQUAIL; WINDAHL, 1993) e servem de exemplo para seus seguidores, que adotam

determinada atitude semelhante à sua e com isso passam a “ditar” modelos a serem copiados

(CARDOSO, 2016).

Tudo que compartilham na internet acaba gerando repercussão em determinados

assuntos e na forma de pensar dos seus seguidores. Hansen, Shneiderman e Smith (2011)

destacam a importância dos blogueiros como “poderosos criadores e divulgadores de marcas,

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candidatos políticos e notícias”. Eles também têm a capacidade de fornecer informações

atuais e avançadas aos consumidores (HSU; TSOU, 2011).

Seguindo este raciocínio, alguns autores estudaram os influenciadores digitais e a

evolução do termo (KATZ; LAZARSFELD, 1955; WEIMANN, 1994; ROGERS, 2003; e

KARHAWI; 2016), apresentando diferentes definições do conceito, conforme pode ser

visualizado no Quadro 1.

Quadro 01 - Influenciadores digitais na definição de alguns autores.

Autor (ano) Conceito

Katz e Lazarsfeld

(1955)

Definem os líderes de opinião como “os indivíduos que

provavelmente influenciariam outras pessoas em seu ambiente

imediato”.

Weimann (1994) Líderes de opinião são caracterizados como os indivíduos, com um

amplo conjunto de conexões pessoais, que desempenham um papel

influente chave.

Rogers (2003) Os formadores de opinião são os primeiros a adotar uma inovação

em produtos ou serviços, e são influentes na disseminação de

ideias negativas ou positivas entre outros adotantes.

Karhawi (2016) Os digitais influencers podem ser considerados como uma espécie

de mercadoria, visto que têm a tendência de transformarem suas

próprias imagens em uma marca, que agrega valor de troca para as

organizações.

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Apesar de se encontrar muitas definições de influenciadores digitais, em essência,

tais conceitos não se diferenciam muito; todos tendem para o mesmo fim. Portanto, a partir

das conceituações apresentadas no Quadro 1, conclui-se que a literatura é consensual em

reconhecer que os influenciadores digitais são pessoas que influenciam outras pessoas por

meio de suas conexões pessoais e disseminam ideias positivas ou negativas.

Isso demonstra a existência de um público alvo específico que pode ser estudado

para que as empresas possam direcionar suas ações aos consumidores de forma mais eficiente.

Assim, as empresas estão buscando maneiras de empregar essa influência para gerar interesse,

impulsionar ações, criar boa vontade, estabelecer expertise e criar diálogo com seus

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stakeholders online (GARDNER, 2005), ao invés de se concentrarem apenas na mídia

tradicional.

Dependendo da afinidade ou relação desses indivíduos com a marca ou empresa, eles

são então escolhidos para transmitir mensagens de marketing ao consumidor com o objetivo

de melhorar a visibilidade da marca e do produto, o que acabará levando a vendas

(GLADWELL, 2002). Dessa forma, os digitals influencers tornaram-se um novo tipo de

profissional de comunicação, que usam o conteúdo de suas mídias digitais, que, geralmente,

conseguem alcançar um público extremamente específico e que confia na opinião do

influenciador para fazer parcerias com marcas de forma comercial.

Diante desse contexto, pode-se afirmar que os influenciadores digitais são

empreendedores do marketing digital, visto que identificam oportunidades inovadoras com

potencial comercial, são criativos e possuem disposição de correr riscos, vislumbrando assim

a base do empreendedorismo e características dos empreendedores conforme citado por Hitt,

(2008) e Kuratko e Hodgetts (2004).

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta seção é organizada em cinco subseções que apresentam os procedimentos

metodológicos utilizados para a elaboração deste trabalho e alcance dos resultados desta

pesquisa.

3.1 Classificação da pesquisa

Esta pesquisa é classificada como exploratória e descritiva. Segundo Gil (2010), a

pesquisa exploratória tem como objetivo principal o aprimoramento das ideias ou descobertas

de intuições, e a pesquisa descritiva têm como objetivo principal a descrição das

características de determinada população ou fenômeno.

Para alcançar os resultados propostos neste trabalho, o método utilizado foi o

quantitativo. Para Creswell (2010), um projeto de levantamentos dá uma descrição

quantitativa ou numérica de tendências, atitudes ou opiniões de uma população ao estudar

uma amostra dela. A partir dos resultados da amostra é possível generalizar ou fazer alegação

sobre a população.

Este estudo busca aprofundar o conhecimento sobre o tema e recolher dados, por

meio de investigações bibliográficas e pesquisa de campo, a fim de observar as tendências,

características e a importância das redes sociais e dos influenciadores digitais para os

empreendimentos de Parauapebas-PA.

3.2 Pesquisa documental e bibliográfica

Na investigação bibliográfica, buscou-se elaborar um embasamento teórico para o

trabalho. Foram utilizados autores reconhecidos nos temas discutidos, utilizando-se de livros

e artigos científicos nacionais e internacionais como fonte de pesquisa. A base utilizada para

encontrar os artigos científicos foi o Google Scholar.

3.3 Instrumento de coleta de dados

Por sua vez, a pesquisa de campo foi realizada por meio da aplicação de um

questionário online, criado na plataforma Google Forms, distribuído à população por meio

das redes sociais, influenciadores digitais e divulgações em dois portais de notícias locais. Os

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autores foram entrevistados pelos sites: Pebinha de Açúcar e Portal Carajás. O questionário

encontra-se no Apêndice I deste trabalho.

O instrumento de coleta de dados foi dividido em três seções: (1) perfil dos

entrevistados; (2) internet e redes sociais; e (3) influenciadores digitais. Seis questões são

constituídas por escala do tipo Likert, onde se solicita ao entrevistado manifestar seu grau de

concordância/influência/confiança a partir das questões elaboradas.

A escolha da escala do tipo Likert ocorre devido a sua estrutura, pois, como expõe

opções de resposta ao entrevistado, acaba por facilitar a forma de resposta e tornar as

perguntas mais objetivas, que pode viabilizar o aumento do índice de retorno do instrumento

de coleta. O objetivo da escala gradual é permitir que os entrevistados expressem a direção e a

intensidade de opinião referente a um determinado item (GARLAND, 1998).

3.4 Universo e amostra

O público alvo são consumidores que residam na cidade de Parauapebas. A escolha

da amostra é por amostragem probabilística, pois é assim denominada quando todos os

elementos da população tiveram uma probabilidade ou a chance conhecida e diferente de zero

de pertencer à amostra (TAVARES, 2007).

A extração do tamanho da amostra ideal foi realizada sobre a população total de

Parauapebas. Segundo o IBGE (2017), a população de Parauapebas é estimada em 202.356

pessoas. Para o cálculo da amostra, foi utilizada a Equação 1 a seguir:

𝑛 =(0,25 ∗ 𝑍2)

(𝑒2)

Fonte: Pinheiro; et. al., 2009.

Em que: n=tamanho da amostra; Z=desvio-padrão relacionado ao índice de

confiança; e e=erro amostral admitido.

Buscou-se inicialmente alcançar no mínimo 384 questionários válidos em amostra

probabilística aleatória simples, com intervalo de confiança de 95% e erro máximo admitido

de 5%. A coleta de dados superou a quantidade mínima de questionários estabelecida. Foram

coletados 479 questionários válidos. A margem de erro sofreu uma redução para 4,48%.

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3.5 Tratamento e análise dos dados

Os dados foram inseridos e tratados nos softwares Microsoft Excel e IBM SPSS

20.0. A partir de então foram utilizadas técnicas de estatística descritivas, em que se extraiu a

frequência, média, desvio padrão e coeficiente de variação de acordo com os dados obtidos

nas respostas. Em seguida, realizou-se uma análise confrontando os resultados alcançados

com o referencial teórico deste trabalho que serão apresentados em tabelas para realização do

resultado e discussão.

A análise dos dados está apresentada em quatro seções: a primeira descreve o perfil

dos entrevistados; a segunda avalia as respostas dos entrevistados que permitem a

compreensão do comportamento dos entrevistados frente às redes e mídias sociais; a terceira

demonstra a interação dos entrevistados com as empresas nas mídias e redes sociais e a quarta

descreve a interação dos entrevistados com os influenciadores digitais. Por meio da

combinação do tratamento e análise dos dados, alcançou-se os resultados desta pesquisa.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados serão apresentados em quatro subseções, descrevendo o perfil dos

entrevistados, suas respostas relacionadas aos seus comportamentos frente às redes e mídias

sociais e as suas interações com as empresas nas mídias sociais, redes sociais e com os

influenciadores digitais.

4.1 Perfil dos entrevistados

Neste tópico será exposta a análise dos dados relacionados ao perfil dos

entrevistados, iniciando-se pelas variáveis Idade e Sexo conforme Tabela 01. Ao analisar esta

tabela, pode-se perceber que 57,4% dos entrevistados são do sexo feminino e 42,6% do sexo

masculino. Diante disso, identifica-se possível tendência ao sexo feminino possuir maior

disposição para interação com as mídias sociais.

Tabela 01 - Idade e sexo.

Idade Sexo Total %

F M

De 18 a 24 anos 170 136 306 63,9%

De 25 a 30 anos 51 38 89 18,6%

De 31 a 40 anos 39 24 63 13,1%

De 41 a 50 anos 10 6 16 3,3%

Acima de 50 anos 5 - 5 1,1%

Total 275 204 479 100%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Ao analisar a variável idade, nota-se que o maior número de entrevistados possui

entre 18 e 24 anos, representando 63,9% do total. Além disso, pode-se identificar que quanto

maior a idade, menor o número de entrevistados que responderam à pesquisa eletrônica.

Dessa forma, é possível que, quanto maior a idade, menor a interação com as mídias sociais.

Ao estudar as relações entre a variável idade e sexo, percebe-se ainda que a diferença

entre o sexo feminino e masculino aumenta proporcionalmente à medida que a idade dos

entrevistados aumenta. Na faixa etária de 18 a 24 anos, tem-se a seguinte proporção: 56%

feminino e 44% masculino, já na faixa etária acima de 50 anos tem-se 100% do sexo

feminino.

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Tabela 02 - Escolaridade e renda.

Escolaridade Até R$ 2.000 R$ 2.000,01 até

R$ 3.500,00

R$ 3.500,01 até

R$ 5.000,00

Acima de R$

5.000,00 Total

Fundamental incompleto - 1 - - 1

Fundamental completo 3 1 - - 4

Médio incompleto 5 4 1 2 12

Médio completo 126 49 15 5 195

Superior incompleto 54 58 30 22 164

Superior completo 11 16 25 51 103

Total 199 129 71 80 479

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Ao analisar os dados demonstrados na Tabela 02 referentes às variáveis Escolaridade

e Renda, é possível perceber que a maior parte dos entrevistados possui a escolaridade ensino

médio completo, representando 40,7% do total, seguido dos níveis superior incompleto com

34,2% e o superior completo com 21,5%. Os demais níveis de escolaridade totalizam um

percentual mínimo de 3,5%.

Por outro lado, em relação à Renda, nota-se que a maioria dos entrevistados ganha

até R$ 2.000,00 mensais, representando 42% do total. Em seguida, 27% ganham de R$

2.000,01 até R$ 3.500,00 mensais, 15% ganham de R$ 3.500,01 até R$ 5.000,00 mensais e

17% acima de R$ 5.000,00 mensais.

Com base nos dados expostos, pode-se verificar que quanto maior a escolaridade dos

entrevistados, maior a renda, pois 63,3% dos entrevistados que possuem escolaridade ensino

médio completo ganham até R$ 2.000,00 mensais e 63,8% dos que possuem ensino superior

completo ganham acima de R$ 5.000,00 mensais. Dessa forma, é possível afirmar que o nível

de escolaridade influencia a renda mensal dos entrevistados.

4.2 Comportamento dos entrevistados perante as redes e mídias sociais

Após a análise do perfil dos entrevistados realizada na seção anterior, expõem-se

nesta seção os dados obtidos referentes às questões que buscam compreender comportamento

dos entrevistados perante as redes e mídias sociais. A tabela a seguir demonstra quais os

meios de comunicação são mais utilizados pelos entrevistados para acessar a internet.

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Tabela 03 - Meios de comunicação utilizados para acessar a internet.

Dispositivo Sim Não

Total % Total %

Celular 472 98,5% 7 1,5%

Computador 449 93,7% 30 6,3%

Tablet 174 36,3% 305 63,7%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Com base nos dados apresentados na Tabela 03 é possível identificar que, das opções

apresentadas, os meios de comunicação mais utilizados pelos entrevistados para acessar a

internet são, respectivamente, celular com 98,5% e computador 93,7%. O tablet apresenta o

menor percentual (36,3%) dos meios de comunicação utilizados para acessar a internet.

Um dos fatores que podem ter influenciado o celular ser o meio de comunicação

mais utilizado para acessar a internet, é a alta portabilidade dos aparelhos atuais. Este mesmo

critério não se fez válido quando o meio de comunicação é o tablet, pois mesmo possuindo

alta portabilidade, apresenta números inferiores de consumo comparados ao computador, que

possui baixa portabilidade. Isto pode ter sido causado pela semelhança de tecnologia entre o

tablet e celular, o que faz o celular se sobressair quando se trata de aparelhos mobile, e o

computador se sobressair quando o maior objetivo não for a portabilidade.

Tabela 04 - Tempo médio dedicado ao uso das redes sociais por dia.

Horas diárias F M Total %

Total % Total %

Até uma hora por dia 37 13,5% 35 17,2% 72 15,0%

Entre uma e duas horas por

dia 52 18,9% 41 20,1% 93 19,4%

Entre duas horas e três

horas por dia 59 21,5% 63 30,9% 122 25,5%

Acima de três horas por

dia 127 46,2% 65 31,9% 192 40,1%

Total 275 57,4% 204 42,6% 479 100%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Ao avaliar os dados da Tabela 04, é possível perceber que 65,6% dos entrevistados

utilizam as redes sociais por mais de 2 horas por dia. Os fatores que podem ter contribuído

para este dado é a facilidade de acesso à internet e a mobilidade dos aparelhos celulares. Este

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dado é reforçado por Kemp (2018), por meio do We Are Social, que informa que os

brasileiros utilizam em média 3 horas e 39 minutos, todos os dias nas redes sociais.

Além disso, pode-se verificar que 46,2% das mulheres utilizam as redes sociais

acima de três horas por dia, enquanto os homens, por sua vez, apresentam porcentagens

semelhantes em respostas diferentes, sendo que 30,9% utilizam entre duas e três horas por dia

e 31,9% utilizam acima de três horas por dia. Diante disso, é possível perceber que as

mulheres entrevistadas interagem por mais tempo nas redes sociais.

Tabela 05 - Meios de informação acessados na internet em busca de novidades do mercado.

Redes Sociais Sim Não

Total % Total %

WhatsApp 469 97,9% 10 2,1%

YouTube 457 95,4% 22 4,6%

Sites de Lojas Virtuais 415 86,6% 64 13,4%

Facebook 408 85,2% 71 14,8%

Instagram 384 80,2% 95 19,8%

Blogs 257 53,7% 222 46,3%

Pinterest 207 43,2% 272 56,8%

LinkedIn 205 42,8% 274 57,2%

Twitter 113 23,6% 366 76,4%

Snapchat 107 22,3% 372 77,7%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Observa-se que os meios de informação mais acessados na internet pelos

entrevistados, em busca de novidade do mercado (Tabela 05) são o WhatsApp, representando

97,9% do total, seguido pelo YouTube com 95,4%, Sites de lojas virtuais com 86,6%,

Facebook com 85,2%, Instagram com 80,2% e blogs com 53,7%. As demais redes não

obtiveram valores superiores a 50% em relação a mesma atividade.

Com base nestes dados, pode-se destacar a utilização do WhatsApp como ferramenta

para a busca por novidades do mercado. Este destaque não sendo meramente por esta rede

social ser a mais utilizada para atividade em questão, mas pelo potencial a ser explorado pelos

que desejam divulgar seus produtos e serviços nesta modalidade, visto que comparado as

outras redes sociais, o WhatsApp iniciou-se no mercado do marketing digital há menos

tempo, porém, apresenta resultados expressivos.

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4.3 Interação com as empresas nas redes e mídias sociais

As análises anteriores abordaram o estudo referente ao perfil dos entrevistados e

como eles se comportam frente às redes e mídias sociais. A partir de agora, dá-se início às

análises referentes à interação dos entrevistados com as empresas que estão presentes em

mídias e redes sociais.

As redes e mídias sociais são instrumentos que possibilitam a conexão entre as

empresas e usuários que tenham interesse em seus produtos e/ou serviços. Esta conexão pode

ser estabelecida por vários fatores. Com base nisso, foram selecionados quatro fatores

considerados relevantes e, posteriormente, apresentados aos entrevistados, para que

indicassem o fator determinante em manter uma conexão com uma empresa nas redes sociais.

Estes dados podem ser observados na Tabela 06.

Tabela 06 - Fatores que leva/levaria a pessoa seguir uma página ou perfil de uma empresa.

Fatores Frequência %

Manter-se informado sobre os produtos e/ou serviços 263 54,9%

Gostar dos produtos e serviços 107 22,3%

Buscar ofertas e pesquisar preços 101 21,1%

Por indicação de alguém 8 1,7%

Total 479 100%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Dentre os fatores expostos na tabela acima, 54,9% dos entrevistados definiram como

o principal fator que leva ou levaria a seguir páginas ou perfis de empresas nas redes sociais é:

manter-se informado sobre os produtos e/ou serviço, seguido por: gostar dos produtos ou

serviços, e buscar ofertas e pesquisar preços, ambos com aproximadamente 20%. O último

fator: por indicação de um amigo, obteve apenas 1,7%.

Além disso, buscou-se descobrir quanto dos entrevistados seguem os perfis de

empresas em suas redes e mídias sociais. Com isso, os dados demonstraram que do total de

479 entrevistados, 88,9% deles seguem perfis de empresas nas redes e mídias sociais, e

apenas 11,1% ainda não aderiram esta prática. Isto pode evidenciar um possível estreitamento

de relacionamento dos entrevistados com as empresas que possuem perfis nas redes e mídias

sociais.

Após obter dos entrevistados quais os fatores determinantes para seguir o perfil de

uma empresa nas redes e mídias sociais e quantos entrevistados seguem perfis de empresas

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nas redes e mídias sociais, buscou-se descobrir se o fato das empresas estarem presentes nas

redes sociais mantém um relacionamento mais próximo com o cliente. Assim, obteve-se um

total de 91,4% dos entrevistados concordando com a questão e apenas 8,6% que não

concordaram.

Outro dado obtido é sobre a influência desta conexão com possíveis aquisições de

produtos e/ou serviços oferecidos. Para isto, os entrevistados responderam a seguinte questão:

você concorda que as empresas estando presentes nas redes e mídias sociais incentiva-o

adquirir os produtos e/ou serviços oferecidos por elas? As respostas identificaram que 88,7%

dos entrevistados concordam que são incentivados a adquirir os produtos e/ou serviços de

empresas que estão presentes nas redes e mídias sociais, e apenas 11,3% não concordam.

Dessa forma, pode-se destacar que as empresas precisam estar presentes nas redes

sociais, para obterem sucesso em ambientes online (KAPLAN; HAENLEIN, 2010) utilizando

as redes e mídias para alcançar benefícios tangíveis para seus negócios, como aumento de

vendas, otimização de sites e melhoria das relações com os clientes (HARRIS; RAE, 2009).

Levantou-se também a questão que diz respeito à exposição da opinião do

entrevistado em páginas de empresas nas redes sociais, onde se obteve o resultado em que

55,5% dos entrevistados afirmaram expor sua opinião, enquanto 44,5% destes negam tal

prática. Com isso, pode-se perceber que embora a diferença não tenha sido tão significativa,

existe maior interação do cliente com a empresa pelas mídias sociais, pela qual eles, por se

sentirem mais próximos, demonstram sua satisfação ou insatisfação com a marca, produtos

e/ou serviços oferecidos.

Diante dos resultados encontrados entre a relação dos entrevistados com as empresas,

pode-se destacar que as mídias sociais desempenham um papel fundamental na mudança da

natureza das comunicações dentro e fora das organizações. A imersão na mídia social baseada

na internet permite que as pessoas possam se comunicar com centenas e milhares de outros

sobre produtos e empresas, além de influenciar o comportamento do consumidor da aquisição

ao pós-compra, onde há manifestação de declarações de satisfação ou insatisfação

(MANGOLD; FAULDS, 2009).

4.4 Interação com os influenciadores digitais

Neste tópico será abordado a interação dos entrevistados com os influenciadores

digitais nas redes e mídias sociais. Para dar início a abordagem, foram selecionados quatro

fatores, e posteriormente apresentado aos entrevistados, para que indicassem o motivo que o

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incentiva a seguir um influenciador digital nas redes sociais. Estes dados podem ser

observados na Tabela 07.

Tabela 07 - Motivos que incentivam a seguir um influenciador digital nas redes sociais.

Motivos Total %

As novidades por ele divulgadas 154 32,2%

Afinidade com o perfil do influenciador 153 31,9%

As parcerias e promoções divulgadas por ele 137 28,6%

A quantidade de seguidores existentes 35 7,3%

Total 479 100%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Dentre os fatores expostos na tabela acima, 32,2% dos entrevistados definiram como

o principal motivo que o incentiva a seguir um influenciador digital nas redes sociais são as

novidades por ele divulgadas, seguido por afinidade com o perfil do influenciador com

31,9%, e as parcerias e promoções divulgadas por ele, com 28,6%. O último fator e menos

escolhido foi: a quantidade de seguidores, que obteve apenas 7,3%. Assim, pode-se notar

equilíbrio entre as variáveis: afinidade com o perfil do influenciador, as novidades por ele

divulgadas e as parcerias e promoções divulgadas por ele.

Diante disso, levando em consideração que as variáveis novidades por ele divulgadas

e as parcerias e promoções divulgadas por ele são diretamente relacionadas ao conteúdo

divulgado pelo influenciador, é possível afirmar que este é o fator de incentivo determinante

para os entrevistados o seguirem. A informação desempenha um papel primordial em

influenciar o comportamento do consumidor em um mundo dominado pelas mídias sociais

(CASCIO; et. al., 2015).

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Tabela 08 - Redes sociais que utiliza para ter acesso aos influenciadores digitais.

Redes Sociais Sim Não

Total % Total %

YouTube 419 87,5% 60 12,5%

Facebook 380 79,3% 99 20,7%

Instagram 369 77,0% 110 23,0%

Blogs 242 50,5% 237 49,5%

Pinterest 177 37,0% 302 63,0%

LinkedIn 159 33,2% 320 66,8%

Twitter 127 26,5% 352 73,5%

SnapChat 101 21,1% 378 78,9%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Por meio dos dados apresentados na Tabela 08, observa-se que os meios de

informação mais acessados na internet pelos entrevistados, para ter acesso aos influenciadores

digitais, são o YouTube, representando 87,5% do total, seguido pelo Facebook com 79,3%,

Instagram com 77% e Blogs com 50,5%. As demais redes não obtiveram valores superiores a

50% em relação à mesma atividade.

Com base nos dados obtidos, pode-se perceber o destaque da utilização do YouTube.

De acordo com o ranking do SimilarWeb, o YouTube é a página na qual o brasileiro passa

mais tempo por visita, além de ser a rede social com o maior percentual de usuários entre 16 e

64 anos, em que 60% dos entrevistados pela Global Web Index, declararam utilizar a

plataforma de vídeos (KEMP, 2018).

O outro questionamento, apresentado na Tabela 9, trata a respeito de quanto confiam

no que os influenciadores digitais divulgam. A resposta obtida por meio da escala do tipo

Likert, com 7 variações, obteve uma média de 4,035, o que indica que os influenciadores

digitais estão conquistando a confiança dos usuários de redes e mídias sociais, algo que pode

ainda, ao longo dos anos, aumentar, levando em consideração que este ainda é um mercado

desconhecido por alguns.

Tabela 09 - Confiança no que os influenciadores digitais divulgam.

Pergunta Média Desvio Padrão Coeficiente de Variação

Quanto você confia no que os influenciadores

digitais divulgam? 4,035 1,401 34,7%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

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Além disso, obteve-se desvio padrão de 1,401. Com isso, pode-se fazer uma análise

estatística, utilizando o coeficiente de variação, tendo em vista que este leva em consideração

a medida de dispersão absoluta, ou seja, o desvio padrão e o valor obtido da média da série.

Por meio disso, tem-se como resultado desta razão o coeficiente de variação no valor de

34,7%, levando em consideração que quanto menor o coeficiente de variação maior a

homogeneidade, o resultado obtido demonstra que a amostra não é totalmente homogênea.

Após a avaliação da confiança dos entrevistados em relação ao que os

influenciadores digitais divulgam, foram verificados quais os motivos que os levam a adquirir

produtos e/ou serviços indicados por um influenciador digital, onde foi possível obter os

resultados apresentados na Tabela 10.

Tabela 10 - Motivos que levam a adquirir produtos/serviços indicados por um

influenciador digital.

Motivos Total %

A confiança que o influenciador passa na indicação 204 42,6%

As promoções especiais devido à indicação do influenciador 191 39,9%

O fato de você se identificar com o influenciador 51 10,6%

O desejo de adquirir os mesmos produtos que ele utiliza 33 6,9%

Total 479 100%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Dentre os fatores expostos na tabela acima, 42,6% dos entrevistados definiram como

o principal motivo que o leva a adquirir produtos ou serviços indicados por um influenciador

digital é a confiança que o influenciador passa na indicação, seguido pelas promoções

especiais devido à indicação do influenciador com 39,9%. Os dois últimos fatores obtiveram

pouca representatividade, sendo eles: o fato de se identificar com o influenciador com 10,6%

e o desejo de adquirir os mesmos produtos que ele utiliza com 6,9%.

Por outro lado, questionou-se também aos entrevistados sobre a influência obtida por

meio dos digitals influencers local e nacional. Para isso, é importante destacar que foi

considerado digital influencer local aquele que pertence a cidade de Parauapebas-PA,

enquanto que o digital influencer nacional é aquele que já está estabelecido e reconhecido

como influenciador digital em âmbito nacional. Os dados encontrados podem ser visualizados

na Tabela 11.

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Tabela 11 - Influência de um influenciador digital local X nacional.

Pergunta Média Desvio Padrão Coeficiente de

Variação

Quanto você se sente influenciado em contratar um

produto/serviço divulgado por um influenciador digital

Local?

3,536 1,856 52,5%

Quanto você se sente influenciado em contratar um

produto/serviço divulgado por um influenciador digital

Nacional?

4,156 1,884 45,3%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Com base nos dados apresentados na tabela, pode-se observar que o influenciador

digital local obteve uma média de 3,536 enquanto o influenciador digital nacional obteve

média de 4,156. Isso indica que em média os entrevistados se sentem mais influenciados pelos

influenciadores digitais nacionais. Este resultado pode ter relação com o fato dos

influenciadores digitais nacionais serem amplamente conhecidos por estarem presentes em

mais canais de comunicação.

Além disso, a distribuição do desvio padrão das duas variáveis apresentaram valores

aproximados, onde se tem 1,856 para influenciador digital local e 1,884 para influenciador

digital nacional. Com isso, pode-se fazer o cálculo do coeficiente de variação, onde se obteve

valores acima de 40%, conforme evidenciado na Tabela 11, o que demonstra que a amostra

apresenta resultados heterogêneos, ou seja, apresenta variação significativa.

Ao perguntar aos entrevistados se eles já compraram ou contrataram algum tipo de

produto ou serviço indicado por um influenciador digital, 63,3% destes afirmaram já ter

realizado compras ou contratação de serviço por indicação e 36,7% não praticaram. Dos

63,3% que já aderiram uma indicação de um influenciador digital, 61,4% são do sexo

feminino e 38,6% do sexo masculino. Pode-se observar a distribuição destes dados na Tabela

12.

Estudando os sexos separadamente neste quesito, obtém-se que 67,6% das mulheres

e 57,4% dos homens já compraram produtos ou serviços por indicação de um influenciador

digital. Pode-se perceber por meio deste dado o poder de influência dos influenciadores

digitais, visto que mais de 50% do público entrevistado já adquiriram um produto ou serviço

que eles indicaram.

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Tabela 12 - Você já comprou ou contratou algum tipo de produto ou serviço indicado por um

influenciador digital?

Resposta F M Total %

Total % Total %

Sim 186 67,6% 117 57,4% 303 63,4%

Não 89 32,4% 87 42,6% 176 36,6%

Total 275 100% 204 100% 479 100%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Além disso, buscou-se descobrir quais dos produtos ou serviços destacados na

questão, os entrevistados já compraram por indicação de um influenciador digital, tendo como

objetivo estudar o perfil de compra dos entrevistados e identificar quais os produtos e

mercados com maior potencial de compra a ser explorado. A Tabela 13 apresenta os dados

obtidos.

Tabela 13 - Tipo de produto ou serviço comprado por indicação de um influenciador digital.

Tipos de Produtos Sim Não

Total % Total %

Bolsas e acessórios de moda 199 41,5% 280 58,5%

Vestuários 244 50,9% 235 49,1%

Calçados 233 48,6% 246 51,4%

Perfumes e artigos de beleza 236 49,3% 243 50,7%

Educação, ensino e treinamento 244 50,9% 235 49,1%

Artigos de tecnologia 290 60,5% 189 39,5%

Fonte: Elaborado pelos autores do trabalho, 2019.

Dentre os tipos de produtos expostos na tabela acima, 60,5% dos entrevistados já

compraram artigos de tecnologia indicados por um influenciador digital, seguido por

vestuários e produtos de educação, ensino e treinamento ambos com 50,9%. Em seguida, têm-

se perfumes e artigos de beleza com 49,3%, calçados com 48,6% e, por último, bolsas e

acessórios de moda com 41,5%.

Outra questão abordada e de grande importância para o trabalho foi sobre se os

entrevistados já se arrependeram em adquirir algum tipo de produto ou serviço indicado por

algum influenciador, onde se obteve um resultado em que 73,5% dos entrevistados

responderam não ter se arrependido com a compra, enquanto 26,5% afirmaram o

arrependimento.

Isto demonstra que a maior parte dos entrevistados apresenta satisfação com os

produtos adquiridos. Contudo, é fundamental que os influenciadores digitais concentrem

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esforços nos consumidores que apresentaram insatisfação com as suas indicações, pois estes

estão muito mais interessadas em compartilhar suas experiências negativas do que positivas

(CHATTERJEE, 2001).

Para finalizar o questionário, perguntou-se aos entrevistados se concordavam com o

fato de os influenciadores digitais e as redes sociais serem instrumentos eficazes de

marketing. A resposta obtida por meio da escala do tipo Likert, obteve uma média de 5,743, o

que indica que boa parte dos entrevistados concorda com a questão abordada. Além disso,

obteve-se desvio padrão de 1,386. Com isso, fazendo o cálculo do coeficiente de variação se

alcançou um resultado de 24,1%, o que demonstra que a amostra é homogênea, ou seja, não

houve variação significativa nas respostas obtidas.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente trabalho teve como objetivo estudar o fenômeno dos

impactos provocados pelas redes sociais, mídias sociais e influenciadores digitais na decisão

do consumidor. Isto se faz relevante devido aos avanços tecnológicos que resultaram na

evolução do marketing junto à era digital, da qual se desenvolveram modelos de marketing na

web e o surgimento dos influenciadores digitais.

Com base no estudo, compreendeu-se que a presença das empresas nas redes e

mídias sociais é fundamental para a construção de relacionamentos colaborativos com seus

clientes, além de incentivá-los a adquirir os produtos e/ou serviços oferecidos. Por outro lado,

tem-se como tendência a manifestação da satisfação ou insatisfação dos clientes nas redes e

mídias sociais sobre contextos relacionados à empresa, produtos e/ou serviços, o que pode

promover ou denegrir a marca.

Além disso, identificou-se que os influenciadores digitais, por meio de suas conexões

nas redes e mídias sociais, são capazes de influenciar expressivamente a decisão dos

consumidores, levando-os a adquirir produtos e/ou serviços indicados. Portanto, compreende-

se que as redes sociais, mídias sociais e os influenciadores digitais são instrumentos eficazes

de marketing digital.

Diante disso, sugere-se às empresas interessadas na otimização do marketing digital,

o uso dos resultados obtidos para explorar as redes sociais, mídias sociais e os influenciadores

digitais como potencial ferramenta de marketing para ampliar a divulgação da marca,

produtos ou serviços. Além disso, os influenciadores digitais também podem utilizar os

resultados apresentados como fonte de informação para estudar o comportamento do

consumidor e elaborar estratégias para manter e/ou aumentar sua influência direcionada ao

consumo.

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APÊNDICE I

QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

Perfil Socioeconômico

1) Faixa etária de idade:

( ) De 18 a 24 ( ) De 25 a 30 ( ) De 31 a 40

( ) De 41 a 50 ( ) De 51 a 60 ( ) Acima de 60

2) Sexo: ( ) Masculino ( )Feminino

3) Nível de escolaridade:

( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo

4) Renda familiar:

( ) até R$ 2.000 ( ) R$ 2.001 à R$ 3.500 ( ) R$ 3.501 à R$ 5.000 ( ) acima de R$ 5.000

5) Você mora em Parauapebas-PA? ( ) Sim ( ) Não

Internet e Redes Sociais

6) Que meios você utiliza para acessar a internet?

Sim Não

Computador

Celular

Tablet

7) Em média quanto tempo você se dedica ao uso das redes sociais por dia?

( ) Até uma hora ( ) Entre uma e duas horas ( ) Entre duas a três horas ( ) Mais de três horas

8) Meios de informação que acessa na internet em busca de novidades do mercado?

Acessa Não Acessa

Blogs pessoais

Facebook

Instagram

Lojas virtuais

LinkedIn

Pinterest

SnapChat

Twitter

YouTube

Whatsapp

9) Você segue páginas ou perfis de empresas nas redes sociais? ( ) Sim ( ) Não

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10) O que o leva/levaria a seguir uma página ou perfil de uma empresa?

( ) Buscar ofertas e pesquisar preços;

( ) Gostar dos produtos/serviços;

( ) Manter-se informado sobre seus produtos e/ou serviços;

( ) Por indicação de alguém.

11) Você já expôs sua opinião sobre alguma empresa a respeito dos produtos ou serviços

oferecidos por ela nas redes sociais? ( ) Sim ( ) Não

12) Você concorda que o fato das empresas estarem presentes nas redes sociais o incentiva a

adquirir os produtos ou serviços oferecidos por elas? ( ) Sim ( ) Não

13) Você concorda que as empresas estando nas redes sociais mantém um relacionamento

mais próximo a você? ( ) Sim ( ) Não

Influenciadores Digitais

14) Redes sociais que utiliza para ter acesso aos influenciadores digitais:

Conceito: Para Cardoso (2016), Influenciadores Digitais são líderes que ditam as tendências

a serem seguidas pelo seu público.

Sim Não

Blogs pessoais

Facebook

Instagram

Lojas virtuais

LinkedIn

Pinterest

SnapChat

Twitter

YouTube

Whatsapp

15) Você já comprou ou contratou algum tipo de produto ou serviço indicado por um

influenciador digital? ( ) Sim ( ) Não

16) Qual tipo de produto ou serviço você comprou por indicação de um influenciador digital?

Sim Não

Bolsas e Acessórios

Vestuários

Calçados

Perfumes e Beleza

Educação

Tecnologia

17) Quanto você se sente influenciado em contratar um produto/serviço divulgado por um

influenciador digital Local? Considerar influenciador digital local aquele que é de

Parauapebas-PA.

Baixa influência 1 2 3 4 5 6 7 Alta influência

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18) Quanto você se sente influenciado em contratar um produto/serviço divulgado por um

influenciador digital Nacional?

Baixa influência 1 2 3 4 5 6 7 Alta influência

19) O que leva/levaria você a adquirir um produto ou serviço indicado por um influenciador

digital?

( ) A confiança que o influenciador passa na indicação;

( ) O fato de você se identificar com o influenciador;

( ) As promoções especiais devido à indicação do influenciador;

( ) O desejo de adquirir os mesmos produtos que ele utiliza.

20) Numa escala de 1 a 7 quanto você confia no que os influenciadores digitais divulgam?

Não confio 1 2 3 4 5 6 7 Confio totalmente

21) Você já se arrependeu em adquirir algum tipo de produto ou serviço indicado por algum

influenciador? ( ) Sim ( ) Não

22) Na sua opinião, qual fator mais lhe incentiva a seguir um influenciador digital?

( ) A quantidade de seguidores existentes;

( ) As parcerias e promoções divulgadas por ele;

( ) As novidades por ele divulgadas;

( ) Afinidade com o perfil do influenciador

23) Na sua opinião, os influenciadores digitais e as redes sociais são ferramentas de marketing

eficaz?

Discordo totalmente 1 2 3 4 5 6 7 Concordo totalmente