Miíases

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Miíases/Parasitologia Veterinária

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  • MIASESUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCODEPARTAMENTO DE BIOLOGIA ZOOLOGIAPARASITOLOGIA VETERINRIAProf. Dr. Jos Pompeu dos Santos Filho

  • O que so Miases? a infestao de vertebrados vivos por larvas de dpteros que, durante certo perodo se alimentam dos tecidos do hospedeiro, seus lquidos corporais ou do alimento por este ingerido

  • HOSPEDEIROS: animais domsticos e o prprio homem

    DISTRIBUIO: Cosmopolita

  • OBRIGATRIASSo aquelas causadas por larvas de dpteros que naturalmente se desenvolvem sobre, ou dentro, de vertebrados vivos. Ex.: Oestridae / Gasterophilidae

    FACULTATIVASSo aquelas cujas larvas usualmente se desenvolvem em matria orgnica em decomposio (vida livre) mas eventualmente podem atingir tecidos necrosados de um hospedeiro vivo. Ex.: Fannia sp.

    PSEUDOMIASESCausadas por larvas de dpteros ingeridos com alimentos e que passam pelo tubo digestivo (sem se desenvolverem)CLASSIFICAO DAS MIASES:

  • A MIASE OBRIGATRIA PODE SER Cutnea: ocorre pelo depsito de ovos em ulceraes da pele com o desenvolvimento de larvas;Cavitria: a leso encontrada da cavidade nasal ou cavidade na orelha

  • PRINCIPAIS ESPCIES CAUSADORAS DE MIASES

    1) FAMLIA CALLIPHORIDAE- Miases cutneas

    3 gneros mais importantes:Cochliomya spp.Phaenicia sp.Chrysomya sp.

  • Gnero Phaenicia spp.

    - ESPCIES

    P. cuprina em (regies quentes) P. eximia (sul EUA at Argentina e Chile)- miase facultativa- moscas de tamanho mdio - todo corpo verde metlico, acobreado ou com reflexos azuis. P. eximia mais comum na zona rural

  • Gnero Chrysomia spp.

    moscas robustas com 8 mm de comprimento cor metlica 2 faixas escuras transversais no mesonoto e 3 no dorso do abdome alimentam-se de material fecal alto grau de sinantropia

  • Cochiomyia spp.

  • Classificao Taxonmica:

    Reino: Animalia Filo: Arthropoda Classe: Insecta Ordem: Diptera Sub-ordem: Brachycera Famlia: CalliphoridaeGnero: CochiliomyiaEspcies: C. macellaria e C. hominivorax

  • Cochliomya hominivorax (Bicheira)

    Ocorrncia: Sul EUA, at Norte do Chile e Argentina Mede cerca de 8 mm de comprimento Cor verde e reflexos azul metlico no trax e abdome 3 faixas negras no mesonotoOlhos avermelhados e resto da cabea amarela Pernas alaranjadasLarvas com 1,5 cm de compr. e cor branco amarelada Larvas com 2 estigmas respiratrios anteriormente

  • Cochiliomyia macellaria

  • Larvas de C. hominivorax

  • Sua postura acontece na borda de uma ferida e 24 horas aps, os ovos eclodem e as larvas penetram no tecido. Sete dias depois, as larvas se aprofundam, criando verdadeiras galerias e aumentando ainda mais a ferida.

  • ASPECTOS BIOLGICOS

    adultos voam at 17 km em 24 h abundantes em climas quentes e midos maior incidncia nos meses chuvosos adultos s copulam 1 vez 5 dias aps o nascimento postura nas aberturas naturais do corpo, ou feridas perodo de incubao: 10-20 h larvas alimentam-se dos tecidos pupas aps 4-8 dias (aps 2 mudas)

  • Patogenialarvas da Cochliomyia escavam e destroem os tecidos do animal, alimentando-se dos restos dos vasos sangneos e linfticos do tecido destrudo. Um forte e caracterstico odor ptrido exalado. Os ferimentos podem aumentar muito devido infeco mltipla e, se no forem tratados, muitas vezes levam a morte.

  • Tratamento e Controle feito com: repelentes sistmicosantibiticos e antiinflamatrios. Se a rea afetada for muito delicada, como o globo ocular, pode ser preciso retirar as larvas cirurgicamente

  • Dermatobia hominis

  • Classificao Taxonmica

    Filo: ArthropodaClasse: InsectaOrdem: DipteraSub-Ordem: Brachycera Famlia: OestridaeSub-Familia: CuteribridaeGnero: Dermatobia sp.Especie: Dermatobia hominisReino: Animalia

  • A mosca do berne um inseto morfologicamente diferente dos outros tipos de mosca, pois possui uma cor azul metlica esverdeada, possui tamanho grande, chega a ser 3 vezes maior que moscas domesticas ou de estbulos.

  • 2) famlia Cuterebridae

    - MIASE CUTNEA (Berne) Principal representante: Dermatobia hominis mede cerca de 1,2 cm de comp. adultos com aparelho bucal atrofiado olhos de cor marrom trax cinza amarronzado com manchas escuras abdome azul metlico asas grandes e acastanhadas larvas com 2 cm de comprimento por 0,5 cm de dimetro possuindo na cutcula, espinhos voltados para trs vida mdia dos adultos 10 dias

  • - CICLO BIOLGICO DA D. hominis postura num inseto hematfago larva presente em 6 dias, e mede 1,5 mm larva madura em 40-60 dias cai ao cho pupa por 30 dias cpula 24 h aps a ecloso postura 3 dias aps a cpula

  • Patogenia As larvas possuem espinhos, que causam enorme desconforto no animais quando elas se locomovem. Animais ficam estressados, sentem dores e ficam irriquietos. H emagrecimento e perda da capacidade produtiva, pode causar morte se o animal for jovem. OBS: Esta doena de fcil diagnstico, pois feita quando se observa no animal ndulos pelo corpo, geralmente com sangue ao redor, contendo larvas do berne.

  • Controle

    Higienizao de estbulosManejo das fezesUso de inseticidas nas instalaes*

  • Gnero Oestrus sp.

    - CLASSIFICAOFilo: ArtropodaClasse: InsectaOrdem: DpteraSub-ordem: Cyclorrapha Famlia: OestridaeGnero: Oestrus Espcie: Oestrus ovis

  • Miases CavitriasOestrus ovis ou Bernes nasais

    As larvas deste gnero passam o perodo parasitrio nas vias areas do hospedeiro (mucosas e seios frontais) de ovinos, caprinos, eqinos e raramente o homem. moscas larvporas cujas larvas medem 3 cm de compr. perodo larval: 30-60 dias / pupal: 30 dias cor branco amarelados faixa transversal escura do dorso no homem as larvas no passam o 1 estdio e atinge a conjuntiva e fossas nasais

  • - MORFOLOGIA1) ADULTOS moscas cinzentas de aprox. 1 cm de comprimento pequenas manchas pretas no abdome revestimento de pelos castanhos, curtos

    - CICLO BIOLGICO fmeas vivporas infectam o hospedeiro larvas (1 mm) migram para os seios frontais nas vias nasais fazem a primeira muda L2 nos seios frontais mudam para L3 L3 desenvolvem-se migram para as narinas e caem no solo Pupa Adulto

  • - PATOGENIACorrimento nasal / espirros Infeces secundrias incoordenao baixo desenvolvimento e produoO efeito mais importante se deve a atividade da mosca adulta.

    - DIAGNSTICO Baseia-se na suspeita clnica eliminando-se outras causas como: Dictiocaulose; doenas pulmonares e brnquicas.

    - TRATAMENTOUso de inseticidas sistmicos, pois o tratamento local difcil

  • - PROFILAXIARepelentes so de pouca duraoNa frica do Sul se faz 2 tratamentos:1) no incio do vero (larvas recm adquiridas)2) meados do inverno (para larvas remanescentes)

  • FAMLIA GASTEROPHILIDAE- CLASSIFICAOFilo: ArtropodaClasse: InsectaOrdem: DpteraSub-ordem: CyclorrapaSrie: Schizophora Seco: AcalyptereFamlia: GasterophilidaeGnero: Gasterophilus spp.

  • - MORFOLOGIA moscas escuras e robustas, medindo 1-2 cm de comprimento G.intestinalis possui faixas transversais escuras e irregulares nas asas.

    - HOSPEDEIROS Eqinos e muares

    - LARVAS Cilndricas 16-20 mm de comprimento colorao laranja avermelhada com espirculos posteriores pequenos espinhos nos diversos segmentos

  • - OVOS medem 1-2 mm de comprimento colorao branco cremosa

    ESPCIES PRINCIPAIS E DISTRIBUIO- Gasterophilus intestinais (cosmopolita)- G. nasais (cosmopolita)- G. haemorrhoidalis (cosmopolita)- G. percorum (Europa, sia e frica)

  • CICLO BIOLGICO

  • CICLO BIOLGICO

    1) postura dos ovos2) ecloso dos ovos em 4-5 dias3) larvas penetram pela boca (1 mm)4) larvas penetram na lngua ou mucosa bucal5) migrao nos tecidos (vrias semanas)6) fixao das L1 nas gengivas (4,8 mm)7) muda L1 para L2 (aps cerca de 30 dias)

  • CICLO BIOLGICO

    8) L2 fixam-se raiz da lngua 9) Deglutio das L2 (aps cerca de 30 dias)10) L2 fixam-se na mucosa gstrica11) Muda L2, para L3 (2cm)12) L3 soltam-se das mucosas e saem com as fezes13) Pupa (3-4 semanas)14) Emergncia do adulto

  • DIAGNSTICO

    Pela presena dos ovos presos aos pelos uma indicao de provvel infestao.

    MANIFESTAES CLNICAS

    - Decorrentes dos danos teciduais:

    Inflamao e necrose das reas atingidas Infeces secundrias Incmodo e apatia pela presena das larvas nos tecidos

  • OrganofosforadosAmitrazPiretrides sintticos Lactonas macrocclicasIvermectinaDoramectinaMoxidectinaTRATAMENTO

    - Inseticidas sitmicos: - tricoflon- diclorvs- Avermectina B1- Associao do Closantel aos Benzimidazis

  • Em razo do hbito necrfago participam ativamente da remoo ou decomposio de carcaas de animais mortos, sendo Calliphoridae e Oestridae duas das famlias mais atuantes. Elas constituem tambm importante ferramenta mdico-legal para auxlio na determinao de causas ou provvel data de mortalidade .

    Dpteros naMedicina Legal

  • Cuidado com as moscas...

  • Dermatobia hominis no canal lacrimal.

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