1Informativo do Instituto Ecológico Aqualung

Mergulhando com oGrande Tubarão-branco

Dia Mundial de Limpeza 2010Prêmio Tatuí 2010

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Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00Número 91 - Ano XV - Jul / Ago / Set / Out / Nov / Dez 2010 - R$ 2,00

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Tiragem: 5.000 exemplares

Publicação Bimestral do

Instituto Ecológico AqualungRua do Russel nRua do Russel nRua do Russel nRua do Russel nRua do Russel nooooo 300 / 401 - Glória 300 / 401 - Glória 300 / 401 - Glória 300 / 401 - Glória 300 / 401 - GlóriaRio de Janeiro - RJ CEP 22210-010Rio de Janeiro - RJ CEP 22210-010Rio de Janeiro - RJ CEP 22210-010Rio de Janeiro - RJ CEP 22210-010Rio de Janeiro - RJ CEP 22210-010

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EDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOEDIÇÃO E REDAÇÃOMarcelo Szpilman

JORNALISTA-COLABORADORAJORNALISTA-COLABORADORAJORNALISTA-COLABORADORAJORNALISTA-COLABORADORAJORNALISTA-COLABORADORAJaqueline B. Ramos

DESIGN GRÁFICO e CAPADESIGN GRÁFICO e CAPADESIGN GRÁFICO e CAPADESIGN GRÁFICO e CAPADESIGN GRÁFICO e CAPAAntônio Woyames

EQUIPE INTERNA

D i r e to rD i r e to rD i r e to rD i r e to rD i r e to rMarcelo Szpilman

Ass i s t en te s -admin i s t r a t i v a sAs s i s t en te s -admin i s t r a t i v a sAs s i s t en te s -admin i s t r a t i v a sAs s i s t en te s -admin i s t r a t i v a sAs s i s t en te s -admin i s t r a t i v a sEtiene Costa

Cláudia Martins de Andrade

Aux i l i a r -admin i s t ra t i voAux i l i a r -admin i s t ra t i voAux i l i a r -admin i s t ra t i voAux i l i a r -admin i s t ra t i voAux i l i a r -admin i s t ra t i voAlexandre S. de Queiroz

CONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALJosé Cristino

Vanda M. de Souza

CONSELHO DELIBERATIVO

Pres idente-execut i voPres idente-execut i voPres idente-execut i voPres idente-execut i voPres idente-execut i voLuca Padovano

D i re to re s - conse lhe i ro sD i re to re s - conse lhe i ro sD i re to re s - conse lhe i ro sD i re to re s - conse lhe i ro sD i re to re s - conse lhe i ro sAdriana C. Padovano

Cézar SouzaDeana Weikersheimer

Marcelo SzpilmanRoberto Faissal Jr.

A edição eletrônica deste Informativoestá disponível no site do IEA.

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3Informativo do Instituto Ecológico Aqualung

Matéria de Capa

A Expedição de mergulho com o grande tubarão-branco começa em San Diego, cidade litorânealocalizada na costa oeste dos Estados Unidos,próxima à fronteira com o México. Resolvi chegarquase três dias antes para conhecer um pouco acidade, visitar o famoso Zoológico de San Diegoe, como não poderia deixar de fazer, rever o SeaWorld, já que conhecia seu congênere de Orlando.

San Diego, a uma primeira vista,especialmente nas áreas fora do centro, comomuitas cidades americanas, com suas ruassimétricas e as interligadas auto-pistas, nos remetea uma mescla comparativa de outras cidades, masa visita à Old Town, que é o marco da colonizaçãodo Estado da Califórnia, a partir de 1769, e à PortVillage, uma grande marina com hotéis e váriaslojas e restaurantes, que lembra muito nossaBúzios, tira toda essa impressão. Outros pointsinteressantes são a Little Italy, um conjunto de ruasno centro da cidade com lojas e restaurantesitalianos, e o Fashion Valley, um shopping com asmelhores marcas americanas e internacionais. Valea pena reservar um tempo para conhecer esseslocais quando for a San Diego.

Na quarta-feira, ao chegar às 7h30minno local marcado, o estacionamento do hotelHamada Limited Airport (onde providencialmenteme hospedei), levei um susto com a quantidadede gente e equipamentos. Não tinha noção de queiriam tantos, mas a quantidade de malas e caixasde equipamentos foi o que mais me impressionou.Também pudera, eramos 20 mergulhadores, 15brasileiros e 5 americanos.

No grupo de Gabriel Ganme,mergulhador-cinegrafista que transformou suapaixão pelos tubarões em um meio de vida e hojeleva grupos para mergulhar com esses belosanimais em vários pontos ao redor do planeta,com treze pessoas, incluindo ele, estava MarceloKrause, um dos melhores fotógrafos submarinosdo país, que gentilmente cedeu as fotos publicadasnessa matéria. Além deles, fazia parte do grupoLawrence Wabba e um cinegrafista auxiliar.Lawrence estava lá para captar materialcinematográfico para matéria a ser veiculada noPrograma do Faustão e para um projeto pessoalem que vem trabalhando há mais de dois anos.Com o título provisório de Sharks Mirror, seu projetotem o objetivo de desmitificar a imagem dostubarões. Tudo a ver com o meu trabalho à frentedo Projeto Tubarões no Brasil.

No grupo dos americanos, estava StefaniBrendl, viúva de Jimmy Hall. Jimmy era ummergulhador experiente que operava a empresaHawaii Shark Encounters e ficou famoso pormergulhar no Havaí com os tubarões-brancos, semgaiola. Por uma fatalidade, Jimmy Hall acaboumorrendo em maio de 2007 ao praticar basejumping no Ártico (vai entender ...). Como Stefaniresolveu dar prosseguimento às atividadesprofissionais de Jimmy, o cinegrafista submarinoWendy Michell, que trabalha para a NBC,Discovery Channel e National Geographic Channel,junto com mais três auxiliares, estava lá fazendoum documentário sobre ela e sua decisão decontinuar com o trabalho de Jimmy.

Paul Annes, proprietário da San DiegoShark Diving Expeditions, que opera a Great WhiteShark Expedition, nos aguardava com um ônibus

para nos levar para Ensenada, de onde sai o barcoda operação de mergulho, o Andréa Lynn. Apósquase três horas de estrada, chegamos a Ensenadae ao píer onde a simpática tripulação nos esperava.Por volta do meio-dia zarpamos em direção à Ilhade Guadalupe __ ilha vulcânica, com cerca de 250km2, distante 241 km da costa do México. Logodepois de nos ajeitarmos nas espaçosas cabines,tivemos um briefing sobre as regras de convivênciano barco e almoçamos. Dezenove horas denavegação nos esperavam a bordo.

Ancoramos na ilha de Guadalupe às 7horas da manhã de quinta-feira e pouco depois jáestávamos no briefing de mergulho pararecebermos as orientações operacionais e desegurança __ o que podíamos e o que não devíamosfazer embaixo d’água. Enquanto isso, as gaiolasforam colocadas na água, duas na popa e uma aolado da embarcação. Os vinte mergulhadoresforam divididos em dois grupos de rodízio e cadagrupo distribuído nas três gaiolas (duas com três euma com quatro mergulhadores). Eu estava noprimeiro grupo e logo após o briefing nosequipamos e fomos para as gaiolas. O rodíziofunciona da seguinte forma: o primeiro grupo entrana água e após o primeiro tubarão-branco seravistado começa a contar o tempo de uma hora.Passada essa hora, o primeiro grupo sai e o segundoentra na gaiola. Após uma hora, troca de novo eassim por diante. As atividades de mergulhoterminam lá pelas 17 horas, após quatro ou cincomergulhos de cada grupo.

Passada quase meia hora, surgiu oprimeiro tubarão-branco. Uma grande fêmea, aindatímida. Demorou para se aproximar, mas acaboupassando em frente às gaiolas para alegria de todos.O segundo e o terceiro mergulhos foram aindamelhores, com dois tubarões desfilando para aplatéia extasiada. Já mergulhei com diversasespécies de tubarões e cansei de assistir os

documentários com os grandes tubarões-brancos,porém vê-los ao vivo e muito próximos, com seumajestoso porte, é impagável. O jeito imponentee calmo com que cruzam as águas azuis ao ladodas gaiolas, o que permite ótimas fotos e filmagens,transmite uma clara sensação de que eles têm plenaconsciência de que são os reis do pedaço.

Ao longo do dia, foram três fêmeas eum macho desfilando seus enormes corpos, dequatro a cinco metros, para os fotógrafos ecinegrafistas. Foi um belo e produtivo dia. Cansativoe frio, mas extremamente gratificante. À noite,antes e após o jantar, como ocorreu nos outrosdias, as mesas do salão principal ficavam lotadasde notebooks, cabos, máquinas fotográficas efilmadoras. Todos ansiosos para ver, salvar ecompartilhar as fotos e filmes captados.

O segundo dia, sexta-feira, começoucom uma visita de barco à ilha, sem desembarque,já que é proibido, para ver de perto as colônias depinípedes __ superfamília dos mamíferos marinhosque abrange as focas, lobos-marinhos e elefantes-marinhos. A ilha e suas águas frias servem deberçário para três espécies de pinípedes: o lobo-marinho-de-Guadalupe (Arctocephalustownstendi), o elefante-marinho-boreal (Miroungaangustrirostris) e o leão-marinho-da-Califórnia(Zalophus californianus). Ou seja, uma farta egordurosa dispensa para os tubarões-brancos. Aspopulações das duas primeiras espécies quaseforam extintas naquela área por caçadores no finaldo século XIX. Hoje, a ilha é habitada porpescadores de abalones (moluscos gastrópodesbivalves) e de lagostas que formam uma pequenacomunidade que conta com luz elétrica produzidapor geradores. Um barco da marinha mexicanaleva uma vez por mês mantimentos e água potável.

Mergulhando com o Grande Tubarão-brancoPor Marcelo Szpilman

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Foto de Marcelo Krause

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Baleia viaja 10 mil km de Abrolhos, noBaleia viaja 10 mil km de Abrolhos, noBaleia viaja 10 mil km de Abrolhos, noBaleia viaja 10 mil km de Abrolhos, noBaleia viaja 10 mil km de Abrolhos, noBrasil, a MadagascarBrasil, a MadagascarBrasil, a MadagascarBrasil, a MadagascarBrasil, a Madagascar, no Oceano Índico,, no Oceano Índico,, no Oceano Índico,, no Oceano Índico,, no Oceano Índico,para acasalarpara acasalarpara acasalarpara acasalarpara acasalar

Uma baleia-jubarte bateu um recordemundial ao nadar quase 10 mil quilômetrosdo arquipélago de Abrolhos, na costabrasileira, à ilha de Madagascar, na costa lesteda África, na tentativa de acasalar. O animalfoi fotografado pela primeira vez emAbrolhos no dia 7 de agosto de 1999. Nodia 21 de setembro de 2001, por puro acaso,foi clicada novamente por participantes deum passeio para observar baleias perto dailha Sainte Marie, no Oceano Índico.

Cientistas de um projeto demonitoramento do deslocamento de baleias-jubarte no Atlântico (Antarctic HumpbackWhale Catalogue) identificaram o animalgraças ao peculiar formato de sua cauda eaos padrões de pintas encontrados nela. Ocaso, assim como sua importância para aciência, é relatado na edição da publicaçãoespecializada Biology Letters, publicada pelaRoyal Society da Grã-Bretanha.

Segundo os pesquisadores, asbaleias-jubarte (Megaptera novaeanglieae),também conhecidas como baleias-corcunda, se destacam por suas longasmigrações sazonais. Esses animaiscostumam se deslocar 5 mil quilômetros parase acasalar, normalmente na direção norte-sul - por exemplo, entre uma latitude noextremo sul do continente, próximo daAntártida, e uma posição mais tropical. Abaleia de Abrolhos não apenas se deslocouo dobro do observado em umcomportamento típico como o fez nadireção oeste-leste.

O fato de o animal ser uma fêmeadeixou os cientistas mais intrigados, já que,nessa espécie, são os machos os quecostumam se deslocar por distâncias maioresem busca de acasalamento. A diferençaentre as duas posições compreende mais de88º de longitude. É o mais longodeslocamento de um mamífero, cerca de400 km maior que o mais longo movimentosazonal de migração registrado até hoje.

O coordenador da equipe, PeterStevick, do College of the Atlantic, em Maine,nos EUA, disse que é possível que a baleiatenha realizado a sua jornada em doisestágios ao longo de diversas semanas. Seeu tivesse de adivinhar, diria que o animalrealizou uma migração normal para oAntártico (em busca de alimentação) e de lápara Madagascar. Se tivesse de desenhar umpercurso, seria do Brasil para o OceanoAntártico e de lá para o Índico, afirmouStevick à BBC. A descoberta deve ajudar oscientistas a entender melhor ocomportamento das baleias-jubarte, umaespécie que apenas recentemente saiu dacategoria de animais em risco de extinção.

PeixPeixPeixPeixPeixe-drácula e pássaroe-drácula e pássaroe-drácula e pássaroe-drácula e pássaroe-drácula e pássarocareca estão entrecareca estão entrecareca estão entrecareca estão entrecareca estão entre145 novas espécies145 novas espécies145 novas espécies145 novas espécies145 novas espéciesdescobertas na Ásiadescobertas na Ásiadescobertas na Ásiadescobertas na Ásiadescobertas na Ásia

Um peixe com dentes devampiro, um peixe que soa comoum grilo e uma planta carnívora de setemetros de altura estão entre as novasespécies descobertas em 2009 na região doGrande Mekong, segundo o grupoambientalista WWF. Isso significa que a cadasemana são encontradas, em média, trêsnovas espécies na região, que abrangeCamboja, Laos, Mianmar, Tailândia, Vietnã euma província no sul da China.

“Este ritmo de descoberta ésimplesmente impressionante em temposmodernos”, disse o diretor de preservaçãoda WWF no Mekong, Stuart Chapman. “Acada ano, o número de novas espécies sobee, com ele, cresce também aresponsabilidade de garantir que essabiodiversidade única seja preservada.” Esteritmo de descoberta é simplesmenteimpressionante em tempos modernos

O peixe-drácula(Danionella dracula),descoberto em umpequeno rio de Mianmar,mede até 1,7 centímetrose tem dentes quelembram os de umvampiro. Já a plantacarnívora Nepenthesbokorensis, encontrada nosul do Camboja, podechegar até sete metros de

altura e tem bolsas que prendem formigas eoutros insetos. Entre as espécies descobertasno ano passado estão ainda o único pássarocareca do continente e um peixe que usasucção para se segurar a pedras enquantonada contra a corrente.

O relatório da WWF diz que estasdescobertas chamam atenção para a incrívelbiodiversidade da região do Mekong, mas

também revelam a fragilidade dos diversoshabitats locais. É na região do Mekong quevivem diversas espécies selvagens ameaçadasde extinção, como tigres, o elefante asiáticoe o boto do Mekong. “Precisamos protegeruma das maiores coleções de tesouros domundo”, disse Chapman.

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Uma substância extraída da peçonha do peixeniquim (duas espécies do gêneroThalassophryne), muito comum no Norte eNordeste do país, promete tratar a asma de

forma mais natural e sem os efeitoscolaterais dos medicamentos convencionaisà base de corticoides. Monica Lopes Ferreira,uma das pesquisadoras do InstitutoButantan, de São Paulo, identificou umpeptídeo (proteína) com propriedade anti-inflamatória e que não provoca efeitoscolaterais como os corticóides. A nova substância já foi patenteadano Brasil e está em processo de registro emoutros países como China, Japão, Inglaterrae EUA. O próximo passo será a produção deremédios a partir da droga pela indústriafarmacêutica. Um laboratório já se interessoue prepara testes. O processo de elaboraçãodo medicamento deve durar três anos.

Pesquiso esse peixe há 14 anos e háquatro analisava os componentes quecompõem a peçonha do animal. Eencontramos um aminoácido que tinha umefeito anti-inflamatório. Algo muito bom,porque os acidentes com esse peixe, queinocula a peçonha através dos espinhos desua nadadeira dorsal e de seus opérculos,provocam inchaços, edemas, dor e necrose.Então, após esta surpresa, decidimos estudarseu efeito na asma. E deu certo, comemoraa pesquisadora Após vários testes, a pesquisaapontou que a nova substância pode serusada em forma de comprimido ou eminaladores. A dosagem necessária para tiraro paciente da crise de asma ou usada namanutenção da doença também deverá sermenor que a dosagem de corticóide. NoBrasil, há cerca de 15 milhões de pessoascom asma, de acordo com a OrganizaçãoMundial de Saúde (OMS).

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Cabo Frio (RJ); Lago Paranoá e adjacentes - Brasília (DF); Praia de ItaparicaCabo Frio (RJ); Lago Paranoá e adjacentes - Brasília (DF); Praia de ItaparicaCabo Frio (RJ); Lago Paranoá e adjacentes - Brasília (DF); Praia de ItaparicaCabo Frio (RJ); Lago Paranoá e adjacentes - Brasília (DF); Praia de ItaparicaCabo Frio (RJ); Lago Paranoá e adjacentes - Brasília (DF); Praia de Itaparicae Jacaraípe-Serra (ES); Praia de Leste (PR); Americana (SP).e Jacaraípe-Serra (ES); Praia de Leste (PR); Americana (SP).e Jacaraípe-Serra (ES); Praia de Leste (PR); Americana (SP).e Jacaraípe-Serra (ES); Praia de Leste (PR); Americana (SP).e Jacaraípe-Serra (ES); Praia de Leste (PR); Americana (SP).

Dia Mundial de Limpeza 2010Clean Up the Word 2010 - Biodiversity

Dia 18 de setembro, Sábado, de 10 às 13 horas.Dia 18 de setembro, Sábado, de 10 às 13 horas.Dia 18 de setembro, Sábado, de 10 às 13 horas.Dia 18 de setembro, Sábado, de 10 às 13 horas.Dia 18 de setembro, Sábado, de 10 às 13 horas.

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Projeto Tubarões no BrasilProjeto Tubarões no BrasilProjeto Tubarões no BrasilProjeto Tubarões no BrasilProjeto Tubarões no Brasil

Visite o site e associe-se ao PROTUBAAjude a proteger e conservar os tubarões!

http://www.institutoaqualung.com.br/protuba.html

Proteger os tubarões é proteger a vida,é proteger a nós mesmos!

Por volta das 7 horas da manhã foiobservado o primeiro tubarão-branco pelo segundogrupo e os rodízios começaram às 8 horas.Inicialmente os tubarões ficaram mais ao fundo,mas por volta das 11 horas o mergulho passou amelhorar bastante e a ação começou pra valer.Foram avistados seis indíviduos diferentes, sendodois machos e quatro fêmeas. Uma delas com maisde cinco metros. Em alguns momentos, podíamosver até três animais ao mesmo tempo nas águas anossa frente. O tubarão-branco é um predadorhabilidoso e furtivo, que caça com ritual epropósito. Normalmente solitários, podem juntar-se em breves agregações quando há fonte dealimento __ no caso, os atuns jogados na águapara atraí-los. Nessas ocasiões, estabelecem umaordem hierárquica de alimentação na qual otamanho determina a vez e os maiores comemprimeiro.

Nesse dia, houve boas oportunidades deobservação e os fotógrafos e cinegrafistas fizerama festa. Tivemos a sorte de poder ver e acompanharao vivo o procedimento usual do leão-marinhoquando está retornando de sua pescaria ao largoda ilha e percebe a presença do tubarão-branco.Ele fica com a cabeça dentro da água observandoonde estão os tubarões e, quando um deles seaproxima, o leão-marinho, como se quisesseprovocar, fica nadando ao redor do tubarão, apoucos metros de distância. Na verdade, ele estádemonstrando ao predador que ele já foipercebido. Assim, o tubarão-branco, que é umespecialista no ataque de emboscada e sabe quenão consegue pegar a presa sem a surpresa a seufavor, desiste de tentar algo. De forma semelhante,vimos em duas ocasiões grandes tartarugas-marinhas nadando ao redor do tubarão com seucasco voltado para o predador, que assim desistede tentar um ataque.

Um biólogo mexicano, que vemestudando o comportamento e os hábitos dostubarões-brancos daquela área, incluindo seusmecanismos de migração, e que deu uma brevepalestra sobre assunto na noite do segundo dia nosalão principal do barco, tem uma teoria para ofato dos tubarões da ilha de Guadalupe respeitaremos mergulhadores e não terem o comportamentomais agressivo apresentado pelas populações dasilhas Faralon, na costa da Califórnia, e das águasda Austrália e da África do Sul __ nesses locais, ostubarões-brancos investem algumas vezes contraas gaiolas. Segundo ele, os tubarões-brancos dailha de Guadalupe teriam uma preferência pelosatuns, em detrimento dos pinípedes residentes nailha, e teriam adquirido um medo dos pescadoresde abalones que os cutucam com seus arpõesquando eles eventualmente se aproximam demais.

No entanto, eu tendo a discordar de talhipótese. Todas as áreas em que há a presençados grandes tubarões-brancos têm grandes colôniasde pinípedes que lhes servem se alimento, razãoprincipal para sua ocorrência nessas áreas. Alémdisso, o comportamento que observamos diversas

vezes, do lobo-marinho adulto com a cabeça paradentro da água observando atentamente onde otubarão-branco está para não ser pego de surpresa,denota que ele tem medo do tubarão, como todapresa tem de seu predador natural.

Sábado, o último dia, também começoucom poucos tubarões nadando mais ao fundo enão se aproximando de nós. A partir das 10 horasda manhã, o show começou a melhorar, comvários indivíduos alternando suas aproximações dasgaiolas, atraídos pelos atuns fartamente jogadoscomo isca. No entanto, o ponto alto aconteceupor volta do meio-dia, quando três machosdisputavam a área. Dois deles tiveram o típicocomportamento (display) de nadar em paralelo namesma direção, mantendo uma distância segurae medindo-se mutuamente __ ao avaliarem-se,comparando seus tamanhos, rapidamente decidemquem é o maior e quem, por isso, tem adominância. Evitam, assim, uma confrontação queenvolveria riscos mútuos de lesões que poderiamreduzir sua capacidade futura para caçar as ágeispresas que compõem sua dieta básica.

Normalmente, os tubarões davam umapassada pelas gaiolas e sumiam no azul, mas umdos machos, com cerca de quatro metros e meio,decidiu dar um show a parte e ficou desfilandoseu corpanzil por pelo menos três longos minutosem frente às duas gaiolas da popa. Eu, que estavaem uma delas com uma máquina digital da Intova,modelo IC 600 da FUN DIVE, de 6 Megapixel,com sua própria caixa estanque (veja foto acima),fiz um filme com 2’45’’, sem cortes. O animalparecia que estava gostando de ser filmado. Passavade um lado para o outro e, quando se virava,aproximava-se muito das gaiolas. Após o desfile,ele partiu pra cima de um atum amarrado comoisca, que ao ser puxado pelo pessoal naembarcação, o pôs em rota de colisão com a gaiola

onde eu estava. Filmava tudo, com boa parte docorpo para fora da gaiola, quando vi o tubarãocrescer na telinha de LCD da máquina. Só tivetempo de voltar para dentro da gaiola e ver otubarão desviando de mim e batendo sua nadadeiracaudal na parte superior da gaiola. Ouvi então,dentro d’água, alguns Uuuuuuuh OhhhhhhOhhhhh Uuuuuuuh! E não é mentira demergulhador não, está tudo gravado pelo AxelBlikstad, nosso companheiro de mergulho, quefilmou toda a ação por outro ângulo.

Ao final do dia, a âncora e as gaiolasforam recolhidas e partimos de volta à Ensenada,com gostinho de quero mais. Ao contrário domergulho com os tubarões-brancos na África doSul (Gans Bay, Cidade do Cabo), cuja combinaçãoda pouca visibilidade com tubarões que costumamser mais agressivos provoca batidas frequentes dosanimais na gaiola, a mesma atividade na ilha deGuadalupe, proporcionada pela água clara e ocomportamento calmo dos animais, permite umexcelente nível de observação dos tubarões. Juntocom o mergulho com os tubarões-tigres na Áfricado Sul (Aliwal Shoal, Umkomass), o mergulho comos grandes brancos na costa do México é umadaquelas coisas que se deve fazer pelo menos umavez na vida. E eu fiz.

Indicação para quem quiser mergulhar com otubarão-branco: Diving College (11) 3863-2142

Foto de Marcelo Krause

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