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NOV/2007 S egurança, confiança, eficiência e qualidade. Estes são os requisitos principais que clientes como a estudante de publicidade Carolina Melo exigem pelos serviços de táxi prestados pela Cooperativa de Rádio Táxi de For- taleza (COOPRATAF). Segundo Carolina, que, apesar de ter um veículo próprio, solicita sempre os serviços da Rádio Táxi para se sentir mais segura, a praticidade do atendi- mento é outro diferencial da empresa, visto que já é cadastrada no serviço. Além disso, a memorização fácil dos dígitos do telefone (por meio do 0800) e a confiança no trabalho da empresa são fatores que fazem a diferença na hora da escolha. Sempre quando necessita se deslocar para o aeroporto, especialmen- te, em horários tardios e perigosos, opta pelos serviços da Rádio Táxi. Ela, dentre aproximadamente dois milhões de clientes cadastrados no siste- ma, reconhece a importância e a utilida- de da Cooperativa em no seu cotidiano. Com um sistema computadorizado para registrar passageiros e suas respectivas corridas, carros climatizados e em excelente estado de funcionamento, a empresa mantém o nome com credibi- Carolina tem carro, mas não dispensa o táxi TRANSPORTE FÁCIL, SEGURO E CONFORTÁVEL Edilene Castelo Branco, Emeline Machado , Lucas Leitão, Luciana Vasconcelos e Miguel Filho Veículo de cooperativa nas ruas de Fortaleza: sistema computadorizado facilita o atendimento aos clientes RAPHAEL VILLAR LUCIANA VASCONCELOS

Matéria para o Jornal das Organizações

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Matéria para o Jornal das Organizações, produzido semestralmente pela Universidade de Fortaleza

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Page 1: Matéria para o Jornal das Organizações

NOV/2007

S egurança, confiança, eficiência e qualidade. Estes são os requisitos principais que clientes como a

estudante de publicidade Carolina Melo exigem pelos serviços de táxi prestados pela Cooperativa de Rádio Táxi de For-taleza (COOPRATAF).

Segundo Carolina, que, apesar de ter um veículo próprio, solicita sempre os serviços da Rádio Táxi para se sentir mais segura, a praticidade do atendi-mento é outro diferencial da empresa, visto que já é cadastrada no serviço. Além disso, a memorização fácil dos dígitos do telefone (por meio do 0800) e

a confiança no trabalho da empresa são fatores que fazem a diferença na hora da escolha. Sempre quando necessita se deslocar para o aeroporto, especialmen-te, em horários tardios e perigosos, opta pelos serviços da Rádio Táxi.

Ela, dentre aproximadamente dois milhões de clientes cadastrados no siste-ma, reconhece a importância e a utilida-de da Cooperativa em no seu cotidiano. Com um sistema computadorizado para registrar passageiros e suas respectivas corridas, carros climatizados e em excelente estado de funcionamento, a empresa mantém o nome com credibi- Carolina tem carro, mas não dispensa o táxi

TRANSPORTE FÁCIL, SEGURO E CONFORTÁVEL

Edilene Castelo Branco, Emeline Machado , Lucas Leitão, Luciana Vasconcelos e Miguel Filho

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lidade há cerca de 20 anos, firmando-se definitivamente no ramo de transportes de passageiros na cidade.

Além da satisfação alcançada pelos consumidores, há também a satisfação dos profissionais que integram a COOPRATAF. “Há 17 anos estou associado na Cooperativa e entrei porque estava à procura de uma empresa que me desse seguran-ça” relatou o taxista Joaquim Gerardo Holanda, 46 anos, que é um dos mais antigos associados em seu ponto, nas proximidades do Hotel Ibis, no Mei-reles. Segundo ele, além dos atributos

já citados, o trabalho em conjunto com outros profissionais do ramo gera uma grande vantagem de união numa das organizações pioneiras de táxi da cidade.

Como toda empresa que tem compromisso com a sociedade, esta não faria diferente. Há uma relação de deveres e direitos que cada um dos “sócios”, como se denominam, obtém através do emprego. Esta regulamen-tação serve, segundo Joaquim, para manter as qualidades de um excelente serviço prestado e a preocupação com o profissionalismo. Segundo o taxista:

“Cada um de nós é responsável por manter a imagem positiva da empresa e por isso mesmo trabalhamos com bastante seriedade para conquistar a fidelidade dos clientes”.

Rotineiramente o taxista recebe informações pelo rádio quando seu serviço é solicitado. Geralmente, há um cadastro anterior dos solicitantes, registrado para haver mais comodida-de e facilidade no acesso ao respectivo domicílio ou ponto de encontro. Em conseqüência, tanto o consumidor e o profissional ganham mais agilidade para cumprir seus compromissos.

Taxista posa ao lado de sua fonte de renda: trabalho em conjunto gera maior união

Sensação de estar trabalhando para uma empresa oferece maior segurança para os taxistas

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UMA HISTÓRIA DE EMPREENDEDORISMO

A primeira empresa de táxi que utilizou a antena de rádio, ou melhor, a “pioneira” no ramo, como se refere João Romão Neto, Diretor Financeiro da empresa, começou com pouca noto-riedade, quando ainda não tinha sequer reconhecimento como cooperativa. Existiam apenas cinco carros, porém, muita vontade de fazer o novo negócio ser bem sucedido. Atualmente, a Co-operativa de Rádio Táxi de Fortaleza (COOPRATAF) possui uma frota com aproximadamente 300 veículos, mais de 180 associados e uma vasta clientela tradicional. São 33 pontos de apoio espalhados pela cidade, o que facilita o pronto atendimento.

O empreendimento começou em 1987, quando o então Presidente do

Sindicato dos Taxistas (SINDITAXI), Manuel Lopes de Sousa, sugeriu a im-plantação de uma cooperativa que traba-lhasse com os motoristas através de uma antena de rádio, sistema já implantado em metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. No dia 16 de maio daquele ano, nascia uma pequena organização, no bairro José Bonifácio, que se utilizava desta avançada tecnologia para alcançar uma demanda maior de atendimentos na então 5ª maior capital brasileira.

A frota de automóveis da Rádio Táxi tem, na maioria das vezes, pou-quíssimo tempo de uso. Boa parte dos carros possui menos que quatro anos de rodagem, além de 100% dos veículos serem equipados com ar-condicionado e munidos de poltronas confortáveis.

Para se filiar, o motorista precisa ser devidamente habilitado, obter um aparelho de rádio para comuni-cação com o transmissor da sede da organização e pagar uma taxa mensal de R$ 120 reais para a manutenção do sistema e gastos administrativos. Além dos citados, existem também algumas exigências adicionais: não possuir antecedentes criminais, pos-suir residência fixa na cidade, saber se comunicar através da linguagem de códigos (própria dos taxistas) e, prin-cipalmente, ter bom conhecimento da cidade (bairros e ruas). “Vale salientar que a pessoa que tem interesse de se tornar um associado(a) não precisa ter experiência comprovada, se preencher estes requisitos”, diz João Romão.

Pelo rádio: conexão entre os taxistas e central de atendimento exige linguagem de códigos

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17 ANOS DE AMIZADES E SATISFAÇÕESJosé Flávio da Silva dirige táxi há

17 anos. Desde o início da carreira está associado à COOPRATAF. “Se eu tivesse a opção de ser médico eu só seria pelo status, não pelo que se ganha.” – afirma. Segundo ele, o trabalho lhe garante uma renda mínima de R$ 4.000 ao mês. Ele mostra com orgulho as anotações que faz com o valor de cada corrida. O salário é generoso. Permite o sustento de seus três filhos e ainda lhe rende a folga aos domin-gos, quando o taxista tira o dia para jogar futebol, reunir os amigos e aproveitar a companhia da família. Uma das razões que garantem um bom dinheiro ao senhor José Flávio é a preferência daqueles a quem ele denomina “clientes certos”. São aqueles que o chamam com regularidade e acabam dando gratificações pelos seus serviços. Um deles já o conhece há 14 anos.

Segundo Flávio, uma de suas clientes, uma senhora de 77 anos, gosta tanto do seu serviço – e ele não faz

questão de ser modesto – que ela jamais o esquece nas datas comemorativas. Ga-nhou dela R$ 1.000 reais como presente de Natal e R$ 300,00 reais na Páscoa. Além disso, quando a levou a restauran-tes renomados da cidade foi por várias

vezes convidado a jantar no mesmo ambiente. O segredo para conquistar essa clientela? “Segredo!” – ele diz.

Brincadeiras à parte, Flávio afirma que o diferencial está no tratamento dado ao cliente. Desconto ele não dá “de jeito nenhum” – é taxativo –, mas não economiza nas gentilezas dispen-sadas. Pequenas coisas como esperar o passageiro entrar no local destinado antes de partir ou carregar as compras despertam a atenção. Outro cuidado, garante, é com a limpeza do carro e com a higiene pessoal, bem como o cuidado com o vestuário.

Outro segredo, revela, é um per-fume comprado especialmente para o carro, que além de muito limpo, anda sempre perfumado. Os truques devem mesmo funcionar, pois, bastante requi-sitado, Flávio teve que interromper a conversa com a nossa equipe para aten-der a um desses “chamados certos”.

ALTERNATIVA DE RENDA PARA JOVENSÉrico Nantua Mo-

reira tem apenas 27 anos, mas já decidiu que ser motorista de táxi foi a sua melhor decisão. Influen-ciado pelo sogro, abando-nou a formação técnica em Edificações e entrou para a COOPRATAF há três anos. A partir daí, segundo ele, “mudar de ocupação... apenas se a proposta fosse realmente irrecusável”, já que, além de muito prazerosa, a atividade é bastante rentável. “Aonde que uma pessoa da minha idade ganha o que eu ganho trabalhando aqui?” – indaga o jovem taxista. Mas pra se dar bem na profissão,

SERVIÇO ...............................................................................................................COOPERATIVA DOS CONDUTORES DE RÁDIO TÁXI FORTALEZA LTDA COOPRATAF Rádio Táxi FortalezaEndereço : Rua Sólon Pinheiro, 760, Bairro José Bonifácio - Fortaleza - CearáTelefones: 080085 5744 ou 3254 5744

adverte, é preciso trabalhar bastante e seguir à risca o padrão de organização orientado pela Cooperativa. Segundo Érico, a COOPRATAF se destaca entre as demais pelo rápido atendimento que oferece aos seus clientes.

José Flávio: Satisfação em ser taxista

Érico abandonou a formação técnica e não se arrepende

Além dos motoristas, a COOPRA-TAF conta ainda com as pessoas que prestam serviço na sede, como aten-dentes, monitores de rádio, tesoureira, auxiliares administrativos e mantene-dores da cantina. Para trabalhar como atendente no call center (central de atendimento), Romão afirma que é ne-cessário ter conhecimento nas áreas de informática, marketing e atendimento empresarial.

Além dos funcionários, há a elei-ção de diretores e assessores para a organização.

No período de dois anos, os sócios elegem quem chefiará a empresa, consistindo seu mandato no final deste período para uma nova votação.

OUTROS EMPREGOS

Call center: conhecimentos em três áreas

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