Manual Protensão

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MANUAL SOBRE PROTENSÃO.

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  • 28Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Figura 2-14 mostra as zonas de trao e compresso produzidas por cargas uniformes balanceadas aplicadas internamente.

    Comparando as figuras 2-12 e 2-14 vimos que foras para cima componentes da protenso produzem zonas de tenso opostas quelas produzidas pelas cargas externas, anulando ou reduzindo os efeitos da tenso produzida pelas mesmas e trazendo uma tenso resultante dentro dos limites permitidos pelas normas. Em casos de vos significantemente diferentes e/ou diferenas em magnitude de cargas, o engenheiro estrutural pode empregar um nmero de opes diferentes de projeto. Reduzindo a curvatura dos cabos (ou brao de alavanca) enquanto ainda se mantm a mesma quanti-dade de protenso ou mantendo a curvatura completa, mas reduzindo a fora de protenso, o engenheiro estrutural ainda consegue o mesmo balanceamento de cargas requerido. importante manter os cabos no perfil correto para atingirmos os critrios de projeto.

    2.6 BALANOSPeas em balano so crticas, pois seu projeto depende do seu comprimento, das cargas aplicadas e da influncia dos vos interiores adjacentes. Durante o estgio de projeto um equilbrio crtico conseguido entre a pea em balano e o vo engastado, conseqente-mente o perfil do cabo da pea em balano deve ser detalhadamente observado.

    Figura 2-15 Efeito do posicionamento do cabo no comportamento da pea em balano

    Captulo 2Protenso

    Figura 2-14 Zonas de trao e compresso produzidas por cargas uniformes balanceadas aplicadas internamente (Wbalanceadas)

    C = Zona de compresso T = Zona de trao

    Linha neutra inicialda pea de concreto

    Apoio

    Com 100 % da carga balanceadasem contra-flechasem flecha

    Centro efetivo das placas de ancoragemcolocados acima da linha neutra do con-creto (cabos com muita fora para cimana pea em balano)

    Placas de ancoragem colocadas abaixoda linha neutra (cabo com pouca forapara cima na pea em balano)

    O cabo nos apoios deve estar sempreposicionado acima da linha neutra e nocomo neste desenho

  • 29Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Fabricao

    3. FABRICAO

    3.1 FABRICAO DAS CORDOALHASOs procedimentos de fabricao de cabos no aderentes devem estar de acordo com as exi-gncias do Instituto da Ps-Trao americano (PTI) "Especificaes para Cabos Monocor-doalha No Aderentes", publicado em julho de 1993.

    O primeiro passo no processo de fabricao o cobrimento da cordoalha com graxa (Figura 3-1).

    A cordoalha de ao a mesma utilizada na protenso aderente. Depois de fabricada em com-primento de aproximadamente 11.000 metros, ela levada ao equipamento de engraxamento e extruso do plstico (Figura 3-2).

    Captulo 3

    Figura 3-1 Cordoalha coberta de graxa revestida com bainha plstica

    Figura 3-2 Rolo de cordoalha nua

    Bainha Graxa Cordoalha

  • 30Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    A cordoalha nua coberta com graxa inibidora de corroso e ento revestida com a bainha plstica (Figura 3-3). O processo comea passando a cordoalha por um aplicador de graxa que recobre a cordoalha uniformemente com a quantidade exata de graxa inibidora de cor-roso. A cordoalha coberta de graxa segue pela mquina extrusora que aplica e regula a espessura adequada de plstico derretido. Posteriormente a cordoalha passa por uma canaleta de gua para que seja resfriada antes de ser novamente enrolada.

    A bobina de 11t com a cordoalha revestida pela bainha plstica (Figura 3-4) ento transferi-da para a linha de corte onde cortada em bobinas menores, de at 3t, para despacho aos clientes (Figura 3-4A).

    3.2 FABRICAO DOS CABOSRecebidas as bobinas, a firma de protenso ou a prpria obra providencia o corte das cor-doalhas nos comprimentos do projeto. Em seguida recebem uma ancoragem pr-cravada em uma das extremidades formando cabos monocordoalhas. So ento etiquetados e iden-tificados para transporte.

    Fabricao Captulo 3

    Figura 3-3 Processo de extruso

    Figura 3-4A Bobina com 3t de cordoalhaplastificada pronta para despacho

    Figura 3-4 Bobina com 11tde cordoalha

  • 31Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Todo cuidado deve ser tomado para assegurar que as ancoragens passivas estejam fixadas de acordo com as diretrizes da firma de protenso. Os cabos cortados e enrolados so cin-tados juntos usando uma amarrao de ao com um material de proteo entre os cabos enrolados e a amarrao, pois, assim, a bainha plstica no ser danificada (Figura 3-5). Todos os cabos enrolados devem ser identificados com o nome da obra, nmero do pavi-mento, concretagem, etc. S ento os cabos enrolados so carregados em caminhes e remetidos para o canteiro de obras (Figura 3-6). Uma vez entregues, o armazenamento, o manuseio e a colocao dos cabos de responsabilidade da construtora e/ou do insta-lador.

    Para facilitar a identificao dos cabos e seus respectivos comprimentos, alguns projetistas estruturais j definem em seus projetos a marcao dos cabos com tinta spray por meio de uma combinao de trs cores. Assim o instalador pode identificar mais facilmente a dife-rena de comprimento entre os cabos.

    Fabricao Captulo 3

    Figura 3-5 Estoque de cabos cortados e enrolados, com ancoragens pr-blocadas, devidamente

    etiquetados. Amarrao com arame cabo a cabo. Para amarrao de conjuntos de cabos deve ser usada

    cinta protetora para no danificar a bainha plstica

    Figura 3-6 M condio do estoquena obra dos cabos cortados

  • 32Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4. DOCUMENTOS DE CONTROLE PARA UMA OBRA DE PROTENSO

    4.1 GERALCertos documentos tm um papel importante no sucesso da construo de qualquer proje-to. A disponibilidade, preservao e controle desses documentos ir ajudar a prover uma montagem e protenso sem defeitos. Os documentos pertinentes so: desenhos da cabla-gem, romaneios, certificados de qualidade dos materiais, calibrao dos macacos e os registros da protenso. Este material deve ser mantido com a construtora ou seu designado. Cada um deles ser discutido a seguir:

    4.2 DESENHOS DE INSTALAO (CABLAGEM)A instalao de qualquer elemento da ps-trao deve somente ser iniciada de acordo com os desenhos para construo feitos pelo engenheiro estrutural. Os desenhos devem detalhar o nmero, tamanho, comprimento, marcao de cores, alongamento, perfil e localizao (ambos em planta e elevao) de todos os cabos, assim como o plano dos apoios para os cabos e para o ao de fretagem. de responsabilidade da construtora ou de seu designado mudar os desenhos depois de aprovados e marc-los para mostrar as revises ou substi-tuies em relao aos desenhos revisados e reprovados. Muita ateno para atualizar todas as alteraes. Desenhos substitutivos devem ser preservados pelas construtoras ou seudesignado.

    4.3 ROMANEIOSCada remessa de materiais de ps-trao entregue no canteiro de obras deve ser acompa-nhada por uma lista detalhada dos materiais (placas de ancoragem, cunhas, cadeiras para suporte dos cabos, cabos, macacos e etc.). A quantidade de materiais entregues deve ser conferida com a lista de remessa no momento em que os materiais so descarregados. Discrepncias devem ser relatadas pela construtora ou seu designado imediatamente aps a descoberta. Falha em providenciar a notificao em tempo hbil pode resultar em exten-so do prazo de execuo da obra.

    4.4 CERTIFICADO DOS MATERIAISAs propriedades fsicas dos materiais de ps-trao so descritas por certificados de mate-riais fornecidos pelo fabricante da cordoalha e pela firma de protenso, quando requeridos nos documentos de contrato. Tais certificados podem acompanhar a remessa para o can-teiro de obras ou chegar pelo correio, para a construtora ou seu designado. Todos devem estar disponveis para consulta quando necessrio. Certificados das amostras de material do cabo so mostrados no Apndice 15.1.

    4.5 CALIBRAO DOS MACACOSCada conjunto de equipamentos de protenso (macaco e bomba) disponibilizado pela firma deve ser acompanhado por uma tabela de calibrao relatando a presso no manmetro para a fora aplicada no cabo. As tabelas de calibrao devem chegar com o equipamento e devem estar disponveis para uso pela equipe de protenso e inspetores sempre que as operaes de protenso so iniciadas. O manmetro da bomba deve estar regulado para mostrar a presso mxima de protenso. Exemplo da tabela de calibrao do macaco mostrado no Apndice 15.2.

    Documentos de Controle Captulo 4

  • 33Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4.6 TABELAS DE PROTENSOAs tabelas de protenso devem estar disponveis para uso pela equipe de protenso e inspe-tores do projeto sempre que a protenso iniciada. responsabilidade da construtora ou de seu designado remeter imediatamente aps a protenso ter sido completada, as tabelas para reviso e aprovao pelo engenheiro estrutural antes do corte das pontas dos cabos. Exemplo da tabela de protenso mostrado no Apndice 15.3.

    Documentos de Controle Captulo 4

  • 34Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    5. ENTREGA, RECEPO, MANUSEIO E ESTOCAGEM

    5.1 ENTREGA E ACEITAO1. Quando o ao cortado fora do local da obra, todos os cabos enrolados devem ser iden-

    tificados com o nome da obra, nmero do pavimento, nmero da concretagem, etc.

    2. Aps a entrega responsabilidade do comprador zelar pela integridade dos materiais e equipamentos para satisfazer as especificaes e documentos de contrato. O com-prador normalmente transfere a responsabilidade ao instalador.

    3. responsabilidade do instalador conferir o material entregue em relao lista de remessas no momento em que o mesmo descarregado. Discrepncias quanto ao mate-rial entregue devem ser relatadas pelo construtor ou seu designado imediatamente aps a descoberta. Falha em providenciar a notificao em tempo hbil pode limitar os direitos do comprador de recorrer e resultar em extenso do prazo da obra.

    5.2 MANUSEIO E ESTOCAGEM1. Durante o processo de descarga tenha cuidado para no danificar a bainha plstica.

    recomendado o uso de correia de nylon durante a descarga e manuseio dos materiais. A correia de nylon nunca deve estrangular no manuseio dos cabos de ao de protenso enrolados, sempre envolvendo o rolo com a correia e passando-a pelo centro do mesmo. Enganche cada ala da correia no equipamento de iamento. No use correntes ou gan-chos para descarregar os cabos, pois isso pode resultar em danos severos aos mesmos.

    2. O processo de descarga deve ser efetuado to prximo quanto possvel da rea de armazenamento para evitar manuseio excessivo dos materiais. Mltiplas movimentaes de estoque aumentam a possibilidade de danificar a bainha plstica e outros compo-nentes do sistema.

    3. Todos os cabos devem ser estocados em uma rea seca sobre um estrado para mant-los isolados do solo. Se forem usadas lonas plsticas para cobr-los, responsabilidade do instalador mant-los cobertos. Quando usadas lonas para proteo dos cabos, elas devem ser colocadas formando uma tenda para permitir a livre circulao do ar por entre os cabos enrolados para evitar a corroso em conseqncia da condensao que se forma embaixo da lona. Os cabos no devem ser expostos gua, sal ou outro tipo de elemento corrosivo. Quando o armazenamento por um longo prazo necessrio, os cabos devem ser protegidos da exposio luz do sol por longos perodos de tempo. O correto armazenamento do material no canteiro de obras fundamental para a integridade dos sistemas de ps-trao no aderente.

    4. As cunhas e as ancoragens devem ser estocadas em uma rea limpa e seca e identifi-cadas por pavimento e/ou seqncia de concretagem. Esses materiais somente devem ser usados na concretagem programada para elas. Caso as peas programadas para uma concretagem sejam usadas em outra concretagem, o instalador deve notificar a mudana com o propsito de rastreamento. Qualquer movimento de ancoragens e cunhas no can-teiro de obras deve ser feito com cuidado para preservar o rastreamento do lote.

    5. O macaco e o manmetro da bomba no podem ser separados. Ambos so calibrados como se fossem um s equipamento.

    Entrega, Recepo, Manuseio e Estocagem Captulo 5

  • 35Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6. Confira imediatamente os registros de calibrao do macaco, os quais podem ser enviados separadamente ou podem estar com o romaneio. Localize no manmetro da bomba e no macaco o nmero correspondente ao registro de calibrao. Macacos e manmetros das bombas devem ser calibrados antes de remetidos obra. Caso haja qualquer discrepncia, contate a firma de protenso para resoluo. No espere at o dia da protenso para iden-tificar um problema.

    7. Guarde o equipamento de protenso em um lugar seguro, limpo e seco e permita que o acesso aos equipamentos seja feito apenas por pessoal treinado e qualificado.

    8. Siga as regras da firma de protenso e instrues relativas ao cuidado, ao uso e manu-teno desses equipamentos. Os equipamentos de protenso no devem ser usados em qualquer outra operao que no a protenso dos cabos.

    Entrega, Recepo, Manuseio e Estocagem Captulo 5

  • 36Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6. MONTAGEM DO SISTEMA NA OBRA

    6.1 GERALA montagem dos cabos monocordoalha no aderentes crtica para a performance da estru-tura na qual eles esto incorporados. O uso de tais cabos proporciona muitas vantagens tanto no custo quanto no nvel de melhora da performance das estruturas de concreto, quan-do elas so propriamente projetadas e montadas. Esse captulo fornece informaes aos profissionais de campo envolvido no processo de montagem.

    6.2 COORDENAO DAS FUNES RELACIONADASEnquanto este captulo trata da instalao de cabos monocordoalha no aderentes, a mon-tagem propriamente dita requer cuidado coordenado de muitas funes independentes, abordadas em vrios captulos deste manual. Indiferentemente de quem assumiu a respon-sabilidade pela montagem (firma de protenso, construtora ou sub-contratada), impor-tante que as seguintes reas de responsabilidade sejam includas no controle das partes nomeadas:1. Conferncia e aceitao dos materiais entregues2. Manuseio e armazenamento no local3. Reviso de todos os documentos pertinentes antes da montagem e coordenao com

    outros empreiteiros4. Segurana relativa ao local5. Montagem dos cabos monocordoalha no aderentes, ancoragens e acessrios. Os insta-

    ladores so responsveis por todo o esquema de montagem6. Montagem de todo o ao de reforo7. Inspeo da montagem antes da concretagem (ver seo 6.7)8. Superviso das operaes de lanamento do concreto9. Protenso inclui preparao, protenso e corte da ponta dos cabos10. Guarda dos registros gerais inclui registro de etiquetas de remessas e entregas, dese-

    nhos de construo, desenhos e relatrios de como construda e manuteno de re-gistros de protenso. Quando um laboratrio de inspeo contratado para manter uma superviso e anotao da operao de protenso, a firma de protenso pode manter (se desejar) registros de protenso independentes com o propsito de auxiliar

    Se qualquer uma das responsabilidades acima estiver sendo compartilhada ou organizada por diferentes partes, a coordenao e garantia da qualidade podem ficar comprometidas. Devendo ser, em princpio, funo da Construtora.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Nota

    O item 7 deve ser executado pelo instalador antes de outras inspees (por arquitetos, engenheiros, inspetor, laboratrio independente, etc.), para assegurar que esteja em completa concordncia com os projetos e especificaes.

  • 37Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.3 PROCEDIMENTOS GERAIS DE MONTAGEM1. recomendado que o encarregado no canteiro de obras para a montagem do sistema de

    ps-trao, tenha um mnimo de 5 (cinco) anos de experincia ou seja um instalador cer-tificado por rgo certificador de mo-de-obra especializada. Sempre que possvel, a mesma equipe deve montar e/ou protender a obra completa.

    2. melhor instalar o sistema de ps-trao antes dos conduites eltricos e sistemas hidru- licos, mas depois da montagem das frmas de borda, frmas de emendas e outros itens embutidos. O local e os perfis dos cabos de ps-trao tm preferncia em relao a ou-tros materiais que sero inseridos (incluindo ao de reforo) a menos que o remaneja-mento do cabo seja aprovado pelo engenheiro estrutural.

    3. O encarregado de montagem deve familiarizar-se com os desenhos de montagem da ps-trao e do ao de reforo antes de iniciar qualquer montagem.

    4. Geralmente os cabos so remetidos ao local da montagem enrolados e cintados. Esteja atento ao corte das cintas de amarrao, pois os cabos enrolados esto comprimidos e quando cortados podem se separar rapidamente.

    5. Os cabos amarrados individualmente so como uma mola enrolada e se desenrolaro quando as amarras forem cortadas.

    6. Desvios verticais da posio do cabo podem ser tolerados at +/- 5 mm em concreto com espessura at 200 mm; at +/- 10 mm em concreto com espessura entre 200 mm e 600 mm e at +/- 15 mm em concreto com espessura acima de 600 mm. A posio horizon-tal dos cabos no crucial. Entretanto, evite oscilaes excessivas (curvatura no inten-cional) nos cabos. Pontos altos e baixos so as posies mais crticas, porm, curvas suaves podem ser mantidas entre estas posies.

    7. Quando os cabos so projetados para uso em ambiente agressivo, exige-se que os cabos sejam impermeveis em todo o seu comprimento (sistema encapsulado). Consulte os desenhos de montagem da ps-trao com o mtodo de montagem prprio. Desde que o sistema esteja projetado para ser impermevel, responsabilidade do montador e do contratante geral assegurar a integridade do sistema.

    8. Quando h garantia de condies no canteiro de obras, ocasionalmente o engenheiro responsvel pode permitir a troca de uma extremidade ativa por passiva.

    6.4 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA LAJES COGUMELO ARMADAS EM UMA OU DUAS DIREES1. A frma de borda deve ser marcada mostrando o centro de cada cabo de acordo com os

    desenhos de montagem. A frma de borda tambm deve mostrar a medida da placa de ancoragem onde possveis conflitos possam ocorrer.

    2. Se ocorrer conflito e a placa de ancoragem no puder ser colocada conforme mostrado no desenho de montagem, consulte o engenheiro de projetos e a firma de protenso.

    3. Perfure e corte o orifcio na frma da extremidade onde as placas de ancoragem ativas sero colocadas, conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao aprova-dos. Isto pode ser executado por outros profissionais.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 38Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4. Normalmente aplica-se uma pequena quantidade de graxa inibidora de corroso na ponta da frma para nicho que encaixa na cavidade da placa de ancoragem. Coloque a frma para nicho na placa de ancoragem e ento coloque esse conjunto no orifcio cortado pre-gando ou amarrando a placa de ancoragem na frma de borda. Esse processo pode ser executado por outros profissionais, entretanto, a reviso da montagem durante a colo-cao de responsabilidade do instalador. Uma montagem imprpria pode ocasionar problemas durante a operao de protenso. No permita que a graxa inibidora de cor-roso cubra qualquer parte da frma para nicho que possa ficar em contato com o con-creto.O encaixe da frma para nicho na cavidade da placa de ancoragem deve ser perfeito. Rejeite qualquer frma para nicho que possa permitir a entrada de pasta de concreto na cavidade da placa de ancoragem.

    5. importante que a placa de ancoragem esteja presa apertada e perpendicularmente frma (Figura 6-1). Se tiver algum obstculo, movimente-o ligeiramente para que tudo possa se ajustar.

    Veja a seguir o projeto da protenso. As dimenses dos equipamentos de protenso so mostradas nos desenhos de montagem ou podem ser obtidas da firma de protenso. Se for observado que o tracionamento no pode ser efetuado, ser necessrio realocar a placa de ancoragem, conforme j discutido no item 2. Em lajes cogumelo armadas em uma ou duas direes, a localizao horizontal das placas de ancoragem e cabos no normalmente crtica e um pequeno movimento horizontal permitido. Entretanto, o posi-cionamento vertical dos cabos e a dimenso vertical da placa de ancoragem so crticos e devem ser mantidos dentro das tolerncias dadas na Seo 6.3, Item 6.

    6. Esquematize e marque no assoalho das frmas o local das barras de apoio para os cabos, marque em cada local a altura da cadeira mostrada nos desenhos de montagem.

    7. Em lajes cogumelo armadas em duas direes, a no ser que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, coloque toda a armadura inferior e amarre-a no sistema de apoio.

    8. A menos que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, coloque todas as bar-ras de apoio inferior nas frmas. Barras auxiliares inferiores tambm devem ser colocadas nas frmas. No as amarre no sistema de apoio neste momento.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-1 Placa de ancoragem e frma para nicho sendo instalados perpendicularmente frma de borda

    Correto

    Prego

    Frma paranicho

    Frma demadeira Frma demadeira

    Frma demadeira

    Frma paranicho

    Frma paranicho

    Prego

    Prego

    Incorreto Incorreto

    Placa deancoragem ativa

    Placa deancoragem ativa Placa deancoragem ativa

  • 39Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    9. Selecione os cabos para locao pelo nmero marcado e/ou cdigo de cores, conforme mostrado nos desenhos de instalao.

    10. Nas lajes cogumelo armadas em duas direes de cabos em faixa, a menos que os desenhos de montagem especifiquem o contrrio, coloque primeiro os cabos de dis-tribuio uniforme sobre cada pilar, conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao (mnimo de dois cabos). Desenrole os cabos em faixa seguidos dos cabos uniformes restantes. Estenda os cabos no local prprio iniciando pela extremidade pas-siva em direo extremidade ativa.Se o cabo no for tracionado em ambos os lados, ao desenrol-lo voc deve deixar uma ponta suficiente do lado de fora da frma de borda de cada extremidade ativa (300 mm, a menos que esteja especificado o contrrio). Se mais de 300 mm forem deixados em uma das extremidades, a outra extremidade pode ficar curta. Verifique nos desenhos de montagem da ps-trao a respeito destas dimenses.Se os cabos tiverem uma ancoragem ativa intermediria, eles devem ser estendidos at este local. O resto do cabo deve permanecer enrolado, amarrado e protegido at que tenha incio a preparao para a prxima concretagem.Nos casos onde a seo do meio concretada primeiro, como por exemplo em uma laje com trs sees, uma ponta do cabo deve ser montada na frma de borda da primeira ou da ltima seo, para assegurar que a ponta estar disponvel para tracionamento pela outra extremidade da seo.

    11. Depois que os cabos estiverem distribudos, remova a bainha do final do cabo na extre-midade ativa para permitir que a cordoalha seja colocada atravs da placa de ancoragem e da frma para nicho (Figura 6-2). Recolha a bainha at que no fique mais do que 25 mm de cordoalha exposta com graxa atrs da placa de ancoragem. Para ambientes agressivos, uma luva de conexo impermevel requerida entre a parte revestida com bainha plstica e a face da placa de ancoragem.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-2 Montagem do cabo na extremidade ativa

    Nota

    Em regies ou aplicaes onde uma proteo para a parte exposta da cordoalha na extremidade ativa indicada, o tubo deve comear a ser colocado a partir da anco-ragem at atingir a parte revestida da cordoalha.

    Bainha cortada atrs da placa de ancoragem(cuidado para assegurar que a bainha nopenetre na placa de ancoragem)

    Barra complementarj posicionada

    25 mm (mx.)

    Frma de madeira

  • 12. A menos que os desenhos dos projetos ou os desenhos de montagem da armadura de ps-trao detalhem o contrrio, as zonas de ancoragem dos cabos em faixa, para gru-pos de 6 (seis) ou mais cabos monocordoalhas com dimetro de 12,70 mm, com placas de ancoragem espaadas a cada 300 mm ou menos, devem ser reforadas de acordo com a Figura 6-3 ou com um detalhe similar usando estribos fechados.

    13. As frmas para nicho so projetadas para evitar que a pasta de concreto entre na cavi-dade da placa de ancoragem. No deve haver mais do que 25 mm de cordoalha no revestida exposta atrs da ancoragem na extremidade ativa (caso contrrio, pode resul-tar em alongamento insuficiente e outros problemas durante a protenso). Para evitar que cordoalha revestida fique excessivamente exposta, coloque um tubo plstico, uma luva de proteo ou um pedao da prpria bainha plstica retirada da ponta de tracionamen-to e insira apertadamente contra a face da placa de ancoragem (Figura 6-4). Fixe com um arame ou fita plstica.

    40Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-4 Montagem completa da extremidade ativa

    23 cm (mn.) 3/8 h

    15 cm (mn.)

    15 cm (mn.)

    Espaamentos entre ancoragens: 30 cm ou menos

    Duas barras horizontais de 12,50 mm prolongadas no mnimo 15 cm de cada lado do grupo de placas de ancoragem

    Grampos confeccionados com barras de 10 mm.A quantidade total igual ao nmero de placasde ancoragem mais uma

    Tracione um mnimo de dois cabos, perpendiculares aos cabos em faixa, situados logo atrs das ancoragens, tanto ativas quanto passivas, antes de iniciar a protenso dos cabos em faixa

    40 cm

    Nota:

    Frma para nicho

    Frma demadeira

    Barras complementaresno mostradas paramelhor visualizao

    1 (25 mm max.)

    Corte o plstico aqui

    Figura 6-3 Placas de ancoragem em uma laje, com reforos na zona de ancoragem, para grupos de cabos monocordoalhas no aderentes

    CP190RB com dimetro de 12,70 mm

  • 41Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    14. Os cabos agora esto prontos para serem amarrados no seu respectivo lugar. Os cabos em faixa devem ser amarrados entre si formando grupos de acordo com os desenhos de montagem. No mais do que 5 (cinco) cabos com dimetro de 12,70 mm nem mais do que 4 (quatro) cabos com dimetro de 15,20 mm devem ser cintados em grupos. Amarre o grupo de cabos no cruzamento com o sistema de apoio trabalhando fora da ancora-gem passiva. Esteja atento ao amarrar os cabos para no apertar demais com o arame e cortar a bainha plstica. Certifique-se de que os cabos estejam planos e paralelos (no remontando um sobre o outro). Mantenha os grupos na posio indicada nos desenhos de montagem da ps-trao e to retos quanto possvel. Curvas (oscilaes) nos cabos podem criar atrito maior do que o normal, o que poder se refletir em cabos com alon-gamento baixo.

    15. Os cabos devem ser suavemente deslocados na direo das placas de ancoragem (Figura 6-5). Amarre o grupo de cabos no sistema de apoio conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao. Verifique a colocao perpendicular dos cabos dentro das placas de ancoragem vertical e horizontalmente. Se isto no for feito correta-mente o resultado poder ser uma ruptura da cordoalha, um estouro do concreto, umafalha na cravao das cunhas, alongamento baixo, perda excessiva na cravao ou ou-tros problemas na protenso.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-5 Cabos deslocados para as ancoragens

    Nota

    Reforo na zona das placas de ancoragem e cadeiras de apoio no mostrados para deixar o desenho mais claro.

    * Fora de escala400 mm (mn.) 12*

    *

  • 16. O detalhamento dos cabos desviados em torno de aberturas de tamanho pequeno e mdio deve estar de acordo com a Figura 6-6. O espaamento mnimo de 150 mm deve ser mantido ao redor de toda abertura. Curvas agudas e transies devem ser evi-tadas.

    Para grandes aberturas sempre desejvel reforar a parte superior e inferior da laje. Utilize - perto das aberturas - barras diagonais para controlar as fissuras iniciadas nos cantos das mesmas. Em alguns casos, reforos estruturais adicionais podem ser neces-srios ao redor do permetro da abertura para distribuir cargas aplicadas na abertura da laje. Tais reforos devem ser detalhados nos desenhos dos projetos e nos desenhos de montagem da armadura de reforo.

    17. Apie todos os cabos conforme mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao. A amarrao do cabo no sistema de apoio no pode causar deformaes visveis (cortes) da bainha. Os cabos devem ser adequadamente apoiados para evitar qualquer movi-mento durante o lanamento do concreto. O cabo, as barras de apoio e as cadeiras (se usadas) devem ser amarradas juntas, como uma unidade.

    18. Em alguns casos, os grupos cintados de cabos so amarrados com firmeza antes que os cabos individuais sejam alocados conforme desenho.

    19. As ancoragens passivas devem ser fixadas em suas posies usando uma cadeira de apoio e reforo na zona da placa de ancoragem (Figura 6-7). No pregue a placa de anco-ragem na frma.

    42Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    *

    *

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Figura 6-6 Desvio dos cabos ao redor de uma abertura

    Figura 6-7 Montagem da ancoragem passiva

    6 (150 mm) mn.

    12*

    *Abertura

    * Fora de escala

    * Fora de escalaConforme especificao

    do sistema de protenso Bainhaplstica

    Frma demadeira Cobrimento conforme

    especificado pela norma ou projeto

    600 mmmn.

    3 (75 mm)mn.

    Barras de 12,50 mm no topo e na base

    Cobrimento de 25 mm mn. ou conforme especificado pelo engenheiro ou norma

  • 43Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    20. Inspecione a colocao do cabo e repare qualquer bainha danificada conforme requeri-do pelas especificaes.

    21. Coloque toda a armadura de reforo superior e amarre no sistema de suporte.

    6.5 PROCEDIMENTOS DE MONTAGEM PARA VIGAS E LAJES

    1. O sistema de apoio para uma armao de viga deve ser pr-montado e colocado dentro da frma. Os estribos devem ser abertos na parte superior para permitir a colo-cao do cabo. O Comentary do ACI 318 Building Code inclui a seguinte discusso e recomendao concernente ao estribo em vigas retangulares:

    ...o uso de alguma tela de reforo em todas as partes esbeltas de concreto protendido ps-tracionadas (nervuras, lajes nervuradas, vigas e vigas T) para combater foras de trao em malhas resultantes de desvio local do posicionamento projetado para o cabo e prover um meio de se manter os cabos no perfil projetado durante a construo. Se apoios suficientes no forem providenciados, desvios locais no perfil parablico do cabo definido no projeto podem ocorrer durante o lanamento do concreto. Quando os cabos em alguns casos so tracionados, as curvaturas pretendidas tendem a se retificar. Este processo pode impor uma grande tenso de trao em malhas e severas fissuras podem se desenvolver se nenhuma tela de reforo for colocada. Curvatura dos cabos no pre-vistas e a resultante das tenses de trao em malhas podem ser minimizados amar-rando-se os cabos com firmeza nos estribos que esto rigidamente presos no lugar por outros elementos da gaiola de armao. O espao mximo de estribos usados com este propsito no deve exceder a 1,2 m.

    Aloque e amarre as barras de apoio no local mostrado nos desenhos de montagem da ps-trao para os estribos.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • Esteja certo de que as barras de apoio esto firmes e dentro das tolerncias verticais dadas na Seo 6.3, item 6 ou nos documentos de contrato. Para facilitar a colocao, as barras de apoio podem ser amarradas na gaiola de armao antes de abaix-la para dentro da frma (Figura 6-8). Os cabos devem ser cintados em grupos, de maneira que permitam o lana-mento e adensamento do concreto.

    44Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Figura 6-8 Apoio dos cabos na viga

    Figura 6-9 Perfil do cabo na viga

    Espaamento mnimo recomendado de 40 mm

    Barras de apoios

    Barras de 12,50 mm (mn.)

    Perfil do cabo Figura 6-8

    Apoio

    Curvaturareversa

    Curvaturareversa

    Pontobaixo

    Perfil do caboespecificado noprojeto

    Perfil do caboespecificado noprojeto

    NotaAteno especial requerida se o montador das frmas colocar contra-flechas nas mesmas.A colocao dos cabos crtica em pontos baixos. As barras de apoio dos cabos seromostradas (a cada metro) na posio +/- central da viga ou laje nos desenhos de instalao.Mas barras adicionais podem ser requeridas para evitar que problemas de curvatura reversado cabo (Figura 6-9) ocorram. Curvaturas reversas de cabos podem causar estilhaamentodo concreto durante a operao de protenso.

  • 45Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    2. Os principais cabos da laje so colocados depois que os cabos da viga so montados. Nos casos onde so utilizados cabos para combater a retrao, tome como referncia os desenhos de montagem para determinar a altura em que os mesmos ficaro posiciona-dos em relao aos cabos da laje. A altura dos cabos para combate da retrao ir deter-minar se os mesmos sero colocados antes ou depois da colocao dos cabos da laje.

    3. Para projetos de vigas e lajes nos quais os cabos no aderentes so usados como armadura de reforo e combate retrao, os detalhes recomendados para apoio dos cabos da laje so mostrados na Figura 6-10. Em todos os casos, a maioria dos cabos da laje perpendiculares s vigas devem ser apoiados em cadeiras sobre as frmas, conforme mostrado na Figura 6-10.

    4. Coloque o reforo da zona de ancoragens da viga de acordo com a distribuio de anco-ragens mostrada nos desenhos de montagem.

    A distribuio das ancoragens em uma viga pode conflitar com os vergalhes dos pilares e a armao de vigas. Consulte o engenheiro de projeto e a firma de protenso antes de modificar as posies das ancoragens.

    O ao de reforo da zona de ancoragem crtico, para evitar os estouros/rompimentos do concreto durante o tracionamento. O ao de fretagem detalhado nos desenhos de mon-tagem da ps-trao.

    5.Siga os procedimentos gerais dos itens 10 a 21 da Seo 6.4.

    Figura 6-10 Detalhes do uso de cabos no aderentes comoarmadura de reforo e de combate retrao

    Cabos para combater retrao

    Cabos para combater retrao

    Barras / cabos apoiados em cadeirinhas sobre as frmas da laje prximas de uma viga tpica

    Cabo para combater retrao

    Apoio contnuo para laje

    Cabo para amarrao da laje

    Cadeirinhas com altura especificada

    Detalhe 1

    Detalhe 2

    Cabo para amarrao da laje

  • 46Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.6 MONTAGEM DE ANCORAGENS PASSIVAS NO CAMPOA colocao das ancoragens passivas nos cabos (pr-blocagem) normalmente efetuada na empresa de protenso ou fornecedora dos cabos cortados.

    O corte dos cabos a partir das bobinas e a montagem das ancoragens passivas em uma das pontas de cada cabo, podem tambm ser feitos na prpria obra. Essa operao possvel quando a obra possui espao suficiente para: estoque e manuseio das bobinas; mesa/estra-do com comprimento suficiente para estender os cabos; estoque e manuseio dos cabos cor-tados. Alm disso, os envolvidos nessas operaes devem estar aptos para tal e orientados por encarregado experiente nesse tipo de servio. Deve ser feito o registro dos cabos cor-tados para permitir a rastreabilidade.

    Outra situao onde a colocao das cunhas no campo poder ocorrer em juntas inter-medirias de construo. A razo disto ser especificado nos desenhos de montagem primeiramente eliminar a demora do tracionamento dos cabos em juntas de construo. Isto permite que o empreiteiro faa sua prxima concretagem independentemente da primeira concretagem ter sido protendida e desde que o tracionamento seja externo laje.

    Os procedimentos para as duas condies so similares. Primeiro tire de 300 a 400 mm de capa plstica exatamente do lado de trs da placa de ancoragem, para deixar suficiente com-primento para as garras do macaco. Coloque a placa de ancoragem no local desejado e assente as cunhas manualmente com uma ferramenta de assentamento manual.

    A firma de protenso normalmente fornece uma pea especial para apoio da placa de anco-ragem passiva. Nunca instale uma placa de ancoragem passiva na posio sem a pea especial para apoio da ancoragem ou outro procedimento recomendado e usado pela firma de protenso, j que este procedimento poder fissurar ou destruir o nariz do macaco, alm de ocasionar ferimentos no operrio.

    A seguir, encoste a pea de fixao da ancoragem passiva instalada no macaco, no lado deapoio ao concreto, da placa de ancoragem. Posicione o macaco sobre a cordoalha e acione-oat a fora mxima. Revise os desenhos de montagem para determinar qual a fora do macaco que est especificada (ela normalmente de 147 kN para a cordoalha de 12,70 mm ou 1860 MPa).

    sempre necessrio tracionar essas placas de ancoragens com a fora mxima do maca-co. Falhas no processo podem levar ao escorregamento da cordoalha quando a mesma estiver sendo tracionada na outra extremidade, aps o concreto ter adquirido a resistncia necessria.

    Nota

    Durante a colocao das ancoragens passivas no campo, a presso manomtrica subir rapidamente. Use um registro extra na bomba, se necessrio.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 47Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.7 INSPEO GERAL APS A MONTAGEM ANTES DO LANAMENTO DO CONCRETOA inspeo do sistema de ps-trao muito importante. Esta inspeo deve ser efetuada por engenheiro de projeto, por seu representante, por um laboratrio habilitado, por monta-dor certificado ou pela construtora. A seguinte lista de conferncia deve ser usada pelo inspetor ou pelo laboratrio. 1. Esto disponveis os registros e certificados de ensaios do ao de protenso e outros

    componentes conforme requerido pelos documentos de contrato?2. As placas de ancoragem esto aparentemente uniformes e livres de deformaes e

    vazios?3. As cunhas da ancoragem passivas esto uniformes e adequadamente assentadas na

    placa de ancoragem?4. O cobrimento de graxa est uniformemente aplicado e de textura consistente (Confira

    se h rachaduras ou encaroamentos na bainha plstica)?5. A bainha plstica de espessura suficiente e uniforme?6. A extremidade ativa, onde a bainha e a graxa so removidas deixando a cordoalha

    exposta, est livre de corroso (exceto oxidao superficial)?7. Foi tirado um comprimento excessivo de bainha na extremidade ativa?8. As placas de ancoragem da extremidade ativa esto seguramente afastadas da frma

    com apropriada frma para nicho? As pontas das frmas para nicho tm uma pequena quantidade de graxa aplicada nela antes de ser encaixada na cavidade da placa de anco-ragem?

    9. O ao de fretagem est colocado na regio onde se encontram as placas de ancoragem conforme requerido nos desenhos de montagem?

    10. As cadeiras ou sistemas de apoio esto de acordo com os desenhos de montagem?11. A colocao do ao convencional foi revisada?12. A bainha est danificada? Se estiver, j foi reparada (todos os rasgos na bainha da

    cordoalha aplicada em ambientes agressivos devem ser reparados com no mnimo duas camadas de fita prova de umidade)?

    13. Os cabos nos pontos altos e baixos esto nas cotas corretas (veja seo 6.3 item 6 sobre tolerncias de colocao)?

    14. O perfil dos cabos est suave e corretamente posicionado (parablico, circular ou retil-neo sem curvas reversas localizadas) entre os pontos de referncia?

    15. Os cabos esto com oscilaes horizontais excessivas?16. Os cabos esto retos verticalmente e horizontalmente atrs das placas de ancoragem de

    acordo com a distncia especificada?17. O nmero de cabos (incluindo cabos adicionais) est de acordo com os desenhos de

    montagem?18. Os cabos esto todos montados?19. H obstrues ao livre movimento do macaco nos cantos e prximo a estruturas

    adjacentes?20. O mtodo de lanamento do concreto foi revisto no que tange ao seu efeito sobre a esta-

    bilidade do cabo durante a concretagem?

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 48Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.8 EXEMPLOS DE DETALHES TPICOS DE MONTAGEM1. Layout dos cabos2. Exemplos de detalhes tpicos de montagem

    6.8.1 LAYOUT DOS CABOS (Exemplo)

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Distribuio dos cabos em planta

  • 6.8.2 EXEMPLOS DE DETALHES TPICOS DE MONTAGEM

    49Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Desenho modelo n1

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Detalhes das ancoragens ativasCabos concentrados (com fretagem)sem escala

    N2

    25 cm

    25 cm

    15 cm10 cm

    5 cm 40 cm4 N1 10 C=

    N1

    hh/2

    h/2

    h/2

    h/2

    Cabo engraxado

    h - 6 cm

    h

    e plastificado

    25

    25

    6 cm

    Nicho

    6 cm

    40 cm

    Ponta para protenso

    Ancoragem

  • 50Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 2

    Detalhes das ancoragens passivasCabos concentrados (com fretagem)sem escala

    N2

    25 cm

    25 cm

    6 cm

    15 cm 10 cm 3 cm

    h

    h/23 cm

    3 cmh/2

    h/2

    h/2

    N2 8

    Cabo engraxadoe plastificado

    25

    25

    h - 6 cm

    h

    6 cm

    4 N1 10 C=

    N13 cm

    Ancoragem

  • 51Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 3

    Detalhes das ancoragens ativasCabos isolados (sem fretagem)sem escala

    h

    > 30 cm

    40 cm

    h/2

    h/2

    h

    Cabo engraxado e plastificado

    Ponta paraprotenso

    AncoragemSuporte

    > 30 cm

    h/2

    h/2

    Reforo obrigatrio

    Nicho

    2 10 C=Reforo obrigatrio

    40 cm5 cm

  • 52Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 4

    Detalhes das ancoragens passivasCabos isolados (sem fretagem)sem escala

    h

    h

    Reforo obrigatrio

    Reforo obrigatrio

    2 10 C=

    h/2

    h/2

    h/2

    h/2

    > 30 cm

    Ancoragem

    Cabo engraxadoe plastificado

    suporte

    3 cm

    > 30 cm

    3 cm

  • 53Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 5

    Desenho modelo N 6

    Detalhe genrico de desvio dos cabos nas ancoragens ativassem escala

    Detalhe genrico de desvio dos cabos nas ancoragens passivassem escala

    6 cm

    Armaduras de fretagem

    Barras desuporte

    Barras no topo e base

    D

    12D40

    Barras desuporte

    Barras no topo e base

    D

    12D40

    3 cm

    40 cm

    Armaduras de fretagem

    6 cm

    6 cm

    6 cm

    6 cm

    10 cm

    10 cm

    6 cm

    10 cm

    6 cm

    6 cm

    6 cm

    6 cm

    6 cm

    10 cm

    10 cm

    6 cm

    10 cm

  • 54Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 7

    Desenho modelo N 8

    Desenho modelo N 9

    Posicionamento das cordoalhasem curvas horizontais sem escala

    Dupla passiva desviada na borda de lajesem escala

    Dupla ativa desviada na borda de lajesem escala

    Feixe

    de

    cord

    oalha

    s

    Feixe de

    cordoalhas

    1 N8 10

    5

    50

    5

    1 N8 101 N8 10

    40 240

    40240

    Mn. 5 cm

    Mn. 5 cm

    1.6

    1.6

    Face da forma

    Face da forma

    22

    6

    22

    6

    3 N8 10 C=115

    10

  • 55Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 10

    Desenho modelo N 11

    Posicionamento dos cabos em curvas maiores que 1:12

    Corte: grampos tpicos em curvas de cabos

    Nota1- Manter cabos afastados 5 cm uns dos outros2- Colocar grampos

    5 cm entre cabos

    12

  • 56Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Desenho modelo N 12

    Desenho modelo N 13

    Ancoragem monocordoalha genrica

    Corte dos cabos uniformemente distribudos na regio dos pilares

    Face superior

    Cabos uniformementedistribudos

    Cabos em faixa

    Cobrimento

    Cadeirinha para apoio

    Mn.=5 cm

    Vergalhes paralelos aos cabosuniformemente distribudos

    Vergalhes paralelos aos cabos em faixa

    ~ 13 cm

    (a) Planta

    (b) Cunhas

    (c) Corte

    ~ 6

    cm~

    4 cm

    ~ 33

    mm

    Vergalho 16 mmpara apoio da armadura

  • 57Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Desenho modelo N 14

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Reforos em aberturas de lajes

    Reforo ao lado de aberturas na laje que meam entre 6 e 25 cmAberturas unitrias de menores dimenses no necessitam barras de reforo

    Cabo Cabo

    2,5 cm 2,5 cm7,5 cm 7,5 cm

    ~ 50 cm

    ~ 50 cm

    1 12,5 mm em cima

    e em biaxo1 12,5 mm em cima

    e em baixo

  • 58Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.9 NOTAS GERAISSugestes ao projetista

    6.9.1. MATERIAIS1.1 Ao de protenso: o ao de protenso usado nos cabos de ps-trao monocor-

    doalhas no aderentes deve estar limpo e livre de corroso (leve oxidao superfi-cial - retirvel com estopa - admissvel). O ao dever estar de acordo com a norma brasileira NBR-7483 do tipo baixa relaxao com o limite de resistncia trao (por exemplo) de 18.730 kgf.

    Dimetro nominal 12,70 mmrea da seo transversal 101,40 mm2

    Mdulo de elasticidade 203 kN/mm2

    Limite de resistncia trao 18.730 kgfFora mxima de protenso 15.000 kgfFora na ancoragem 13.100 kgfFora efetiva final -------- kgf

    1.2 Ancoragem: todas as ancoragens dos cabos e luvas de emendas devem atender aos requisitos mnimos do ACI 318 ltima emisso dos requisitos do cdigo de obras de concreto armado e das especificaes para cabo monocordoalha no aderentes do P.T.I. ou da ABNT.

    a. Ancoragens de protenso: as ancoragens ativas de protenso com frmas para nicho plsticas reutilizveis devero ser usadas em todos os locais das extremi-dades ativas.

    b. Ancoragens intermedirias: frmas plsticas para nicho duas peas devem ser usadas onde o cabo de protenso especificado na junta intermediria de cons-truo.

    c. Ancoragens passivas constantes do projeto de ancoragens do lado passivo deve-ro ser utilizadas com as cunhas pr-cravadas.

    1.3 Cordoalhas plastificadas so protegidas com graxa protetora contra corroso e revestidas por uma bainha plstica de polietileno extrudado. Rasgos ou falhas parci-ais da bainha devero ser reparados antes do lanamento do concreto, desde que menores que 100 mm de comprimento, a no ser que uma proteo especial seja necessria.

    1.4 As cadeirinhas de apoio dos cabos devero ser supridas em quantidade suficiente para proporcionar um apoio adequado. As cadeirinhas de apoio fornecidas no devem ser usadas ao mesmo tempo para apoiar ao de reforo e/ou conduites, etc.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Junto com os desenhos de execuo (lanamento de cabos, detalhes, etc.) aconse-lhvel que sejam remetidas obra instrues como as seguintes, de forma que todosos envolvidos na execuo tomem cincia dos cuidados e advertncias nelas descritos.

  • 59Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.9.2 FABRICAO DOS CABOS2.1 Aps o recebimento dos desenhos aprovados, a lista de corte dos cabos dever

    ser emitida para fabricao. As entregas devem ser solicitadas com um prazo mnimo de 14 dias, quando a fabricao dos cabos for feita em outro local que no a prpria obra.

    2.2 Os cabos devero ser fabricados com comprimento maior que a frma de borda para permitir a protenso. Uma ponta de no mnimo 300 mm requerida em cada ponto de protenso.

    2.3 Para facilitar a identificao, os cabos so marcados com diferentes combinaes decores, conforme mostrado nos desenhos de disposio dos cabos. Por outro lado, os cabos tambm devem ser embalados em conjunto e etiquetados de acordo com a pea ou laje a ser concretada.

    6.9.3 ENTREGA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS, MANUSEIO E ARMAZE-NAGEM3.1 Os cabos devero ser fabricados e entregues em quantidades que completem a

    carga do caminho. Divergncias em relao a este procedimento devero ser uma opo da empresa que cortou os cabos.

    3.2 A lista de corte de fabricao dever sempre acompanhar as remessas de material de ps-trao. O romaneio deve indicar as quantidades de cabos, comprimentos, nmero total de ancoragens ativas e ancoragens intermedirias, cunhas e frmas para nicho. O comprador deve ser responsvel por inspecionar o material entregue e noti-ficar imediatamente a empresa de protenso sobre qualquer discrepncia.

    3.3 Uma vez entregue, responsabilidade da construtora proteger e supervisionar os materiais e equipamentos para que mantenham sua integridade at o momento de utilizao.

    3.4 Na chegada do material a construtora deve descarregar e armazenar adequadamente os cabos. Somente correias de nylon devem ser usadas para descarregar, de modo a evitar danos na bainha plstica. As correias de nylon nunca devem estrangular no manuseio dos rolos de cabo de ao de protenso. Envolva os rolos com a correia pas-sando-a pelo centro dos mesmos. Enganche cada ala da correia no equipamento de iamento. No use correntes ou ganchos para descarregar os cabos, pois pode resultar em dano severo s bainhas e at aos cabos.

    3.5 Os cabos, acessrios e cadeirinhas de apoio dos cabos devem ser armazenados em rea seca e segura contra danos. As cunhas, ancoragens e cadeirinhas de apoio devem ser armazenadas em rea seca e limpa e identificadas individualmente por seqncia de concretagem e/ou pavimentos. Estes itens devem ser usados somente em suas concretagens programadas.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Nota

    Caso as peas programadas para uma concretagem sejam trocadas por peas de outra concretagem, responsabilidade do comprador notificar a mudana com o propsito de rastreamento e garantia de estoque adequado.

  • 60Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    3.6 Aps a recepo do equipamento, verifique se o macaco e o manmetro da bomba no foram separados. Macaco e manmetro so calibrados conjuntamente. Confira os registros de calibrao (os macacos devem ser calibrados antes de serem remeti-dos para a obra). Caso haja qualquer discrepncia (incluindo a validade da tabela de calibrao), contate imediatamente a empresa de protenso para soluo.

    3.7 Guarde o equipamento de protenso em local limpo e seco e permita que o acesso aos equipamentos seja feito somente por profissionais treinados e qualificados. Siga o "manual de procedimentos de operao de equipamentos de protenso da empre-sa de protenso", que fornece regras e instrues relativas ao cuidado, ao uso e manuteno do equipamento de protenso.

    6.9.4 MONTAGEM DOS CABOS4.1 Centralize cada cabo ou faixa de cabos na frma de borda de acordo com os espaa-

    mentos mostrados na planta de locao dos cabos.

    4.2 Marque na frma de borda o local de cada ancoragem ativa, espaando-as de acor-do com o detalhamento das ancoragens mostrado nesses desenhos. Se algum con-flito ocorrer e as placas de ancoragem no puderem ser colocadas como nos dese-nhos, consulte o engenheiro de projetos e a firma de protenso.

    4.3 Perfure orifcios na frma de borda onde as ancoragens ativas forem requeridas. Um separador ou anteparo deve ser usado na regio das ancoragens intermedirias para facilitar a montagem dos cabos.

    4.4 Engraxe a ponta cnica estreita das frmas plsticas para nicho e encaixe-as dentrodas placas de ancoragem de 12,70 mm. Insira cada conjunto no orifco perfurado de 19 mm (ou 25 mm para ancoragens de cordoalhas de 15,20 mm) e pregue o conjun-to perpendicularmente forma de borda com pregos, conforme mostrado nos desenhos. Rejeite qualquer frma para nicho que permita a entrada de pasta de cimento na cavi-dade da placa de ancoragem.

    4.5 Em lajes, coloque toda a armadura de reforo inferior e amarre no lugar as barras auxi-liares inferiores ao longo da frma da laje, conforme requerido nos desenhos.

    4.6 Em vigas, coloque toda a armadura de reforo inferior, estribos e barras de apoio (con-forme mostrado nos desenhos). O sistema de apoio para a armao da viga deve ser montado previamente e colocado dentro da frma.

    4.7 Selecione os cabos para cada local conforme marcao efetuada pelo projetista nos desenhos. Desenrole os cabos corretamente comeando pela extremidade passiva (se aplicvel) em direo extremidade ativa. Cabos adicionais com extremidade passiva devem ser montados como nos desenhos.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 61Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4.8 A menos que haja uma orientao contrria, a seqncia de montagem dos cabos deve observar os seguintes procedimentos:

    Lajes planas com cabos uniformemente distribudos em ambas as direes 1) Coloque os cabos seguindo os nmeros de seqncia mostrados nos desenhos

    de distribuio dos cabos

    Lajes planas com cabos em faixa e uniformemente distribudos1) Coloque os grupos de cabos uniformes (uniformemente distribudos) sobre ou

    dentro de 90 cm dos eixos dos pilares. Use no mnimo dois cabos sobre cada pilar

    2) Coloque todos cabos de faixa. Use no mnimo dois cabos sobre cada pilar3) Coloque o resto dos cabos uniformes

    Vigas e lajes1) Coloque todos os cabos das vigas2) Coloque todos os cabos para combate retrao da laje que tenham centro de

    gravidade mais baixo que os cabos de distribuio uniformes da laje (se houver)3) Coloque todos os cabos de distribuio uniformes da laje4) Coloque o resto dos cabos para combate retrao da laje, dispondo-os sobre

    os cabos de distribuio uniformes (se houver)

    Vigas e nervuras1) Coloque os cabos das nervuras sobre as linhas de pilares (se houver)2) Coloque todos os cabos da viga3) Coloque o resto dos cabos das nervuras

    4.9 Remova a bainha da extremidade ativa para permitir que a cordoalha seja colocada atravs da ancoragem. Somente o comprimento suficiente de bainha deve ser removido, porm, no exponha mais de 25 mm de cordoalha atrs da placa de anco-ragem. Note que toda a bainha deve ser removida da rea de fixao das cunhas na placa de ancoragem e nas regies onde existam ancoragens intermedirias.

    4.10 Coloque a cordoalha atravs do conjunto de ancoragem. Permita que um mnimo de 30 cm de cordoalha transpasse a frma de borda para que se possa fazer a proten-so. Quando os cabos forem protendidos por ambas as extremidades, esteja certo de que h uma ponta mnima de 30 cm em ambas as extremidades do cabo.

    4.11 A cordoalha no deve ficar exposta atrs da ancoragem na extremidade passiva (pois pode resultar em problemas de alongamento durante a protenso). Para evitar que isso acontea, coloque fita ou proteo plstica sobre ela e pressione-a contra a placa de ancoragem.

    4.12 Junte os cabos em feixes para formar grupos de cabos conforme desenhos. Os cabos devem ser suavemente desligados das placas de ancoragem (ver figura 6-5, pgina 41).

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 62Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    4.13 Inicie pelos locais onde esto situadas as ancoragens passivas (quando existirem). Amarre os feixes de cabos nas barras de apoio e se necessrio corrija as alturas das cadeiras nas interseces. Cuidado ao amarrar os cabos para no apertar com o arame em demasia e cortar a bainha plstica.

    4.14 Em lajes, coloque todos os vergalhes auxiliares superiores conforme requerido. Note que todas as ancoragens devem ter vergalhes de fretagem superiores e inferiores.

    4.15 A menos que os desenhos detalhem o contrrio, as zonas de ancoragem de cabos de faixa para feixes de 6 ou mais cordoalhas, com espaamento entre placas de ancoragem de 30 cm ou menos, devem ser reforadas conforme mostrado neste manual (ver figura 6-3, pgina 40).

    4.16 Em vigas, coloque armadura auxiliar e de fretagem de ancoragem para vigas, como nos desenhos de montagem. As ancoragens para vigas podem conflitar com os ver-galhes dos pilares e com as gaiolas de armao das vigas. Consulte o engenheiro projetista e a firma de protenso antes de modificar as posies das ancoragens.

    4.17 Quando os cabos passam ao redor de aberturas ou obstrues, os desvios horizon-tais devem comear no mnimo 60 cm alm da borda das mesmas. Veja nos dese-nhos da estrutura/revises detalhes sobre reforos das aberturas (ver figura 6-6, pgina 42).

    4.18 Coloque toda a armadura de reforo conforme indicado nas plantas de armao e plantas estruturais. Os cabos tm preferncia em relao s armaduras convencio-nais e conduites quando ocorrerem interferncias com a armadura de ps-trao. Notifique o engenheiro responsvel sobre todas as interferncias.

    4.19 Conforme as condies do canteiro de obras, locais de ancoragens passivas e ativas podem ser invertidos quando necessrio.

    4.20 Desvios verticais no posicionamento do cabo podem variar +/- 5 mm em elementos de concreto com espessura at 20 cm, +/- 10 mm em elementos de concreto com espessura entre 20 cm e 60 cm e +/- 13 mm em elementos de concreto com dimen-so acima de 60 cm. Evite oscilaes excessivas (curvaturas indesejveis) nos cabos.

    4.21 Inspecione a distribuio dos cabos e repare toda bainha danificada conforme requerido pelas especificaes. Rasgos ocasionais na bainha de at 10 cm de com-primento so aceitveis para aplicaes onde cuidados especiais contra corroso no sejam necessrios.

    6.9.5 LANAMENTO DO CONCRETO5.1 Cloreto de clcio ou outros materiais que contenham cloreto no devem ser utilizados

    como mistura em concreto protendido ou enchimento para nichos.

    5.2 Durante o lanamento do concreto, os cabos e vergalhes devem ser mantidos em suas respectivas posies. Se os cabos moverem-se para fora da posio designa-da, eles devem ser ajustados para a posio correta antes do incio dos procedimen-tos de lanamento.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 63Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    5.3 recomendada a vibrao adequada do concreto nas imediaes da regio de ancoragem dos cabos. Cuidado para no super/subvibrar o concreto na zona de ancoragem dos cabos.

    5.4 Cuidado para no deslocar os cabos ao espalhar o concreto. Quando o concreto estiver sendo bombeado, os dutos devem ser apoiados acima dos cabos e no des-cansar sobre eles. No coloque o vibrador sobre os cabos.

    6.9.6 PROTENSO DO CABO6.1 As operaes de protenso devem estar sob o controle de um profissional experiente

    em tais operaes.

    6.2 As operaes de protenso no devem ser iniciadas at que os testes dos corpos de prova curados nas condies do canteiro de obras tenham atingido a resistncia mni-ma compresso de 210 kgf/cm2.

    6.3 Conecte a bomba hidrulica em 110 V AC, 60 ciclos, 30 ampres. Os cabos de exten-so devem ter 3 fios 6 mm2 com o comprimento mximo de 30 m. Cabos eltri-cos com comprimentos superiores a 30 m podem danificar a bomba e implicar em resultados irregulares de alongamento.

    6.4 Verifique o macaco de protenso antes de us-lo e siga todas as instrues forneci-das pela firma de protenso. Verifique se as mandbulas do macaco esto limpas e pulverize com um lubrificante de grafite somente a superfcie de deslizamento.

    6.5 Os anteparos ou as frmas de borda da laje devem ser removidos to logo quanto possvel. Isso permitir a fcil remoo da frma plstica do nicho e a limpeza da cavi-dade da placa de ancoragem enquanto o concreto ainda est verde. Remova as fr-mas para nicho procurando salv-las para as prximas concretagens.

    6.6 Inspecione as cavidades das placas de ancoragem para verificar se esto limpas. Remova todo o graute ou pasta antes da protenso.

    6.7 Insira o par de cunhas lado a lado dentro da placa de ancoragem ativa. As cunhas devem ser espaadas igualmente e inseridas uniformemente dentro da cavidade da placa de ancoragem.

    6.8 Revise o grfico de calibrao do macaco para determinar a presso requerida no mesmo.

    6.9 Uma rea apropriada deve ser liberada ou um andaime seguro erguido para os tra-balhadores que vo executar a protenso. Os inspetores devem estar no canteiro de obras. A medio dos alongamentos e a protenso so feitas simultaneamente.

    6.10 Falta de cuidado no uso do equipamento de protenso pode resultar em danos obra e/ou ferimentos pessoais. Somente pessoal treinado e qualificado deve ter permis-so para ficar prximo ao equipamento de protenso durante o seu uso. O pessoal que estiver fazendo a protenso e os inspetores devem permanecer longe do cabo que estiver sendo protendido durante todo o tempo. Nunca permita que algum fique prximo ao macaco ou entre o macaco e a bomba enquanto estiver protendendo.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 64Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.11 Limpe o excesso de graxa da cordoalha usando um gabarito. Marque a cordoalha com pintura spray ou outro sistema de marcao permanente. Se os cabos forem dupla-mente ativos marque ambas as extremidades antes da protenso. No necessria pro-tenso simultnea de ambas.

    6.12 Verifique se o pisto de cravao do macaco est completamente retrado. Posicione o macaco de protenso sobre a cordoalha assegurando-se de que o nariz do mesmo est apoiado sobre o centro da placa de ancoragem. Encaixe a mandbula do macaco uni-formemente sobre a cordoalha, caso contrrio, as mandbulas podem ser danificadas ou romper a cordoalha.

    6.13 Protenda com a presso requerida conforme grfico de calibrao fornecido pela empresa de protenso. Crave as cunhas e retraia o macaco de protenso. Remova o macaco da cordoalha, mea e registre o alongamento com uma tolerncia de +/- 3 mm.

    6.14 Alongamentos sob tenso devem ser calculados pela seguinte frmula:

    Onde E = mdulo de elasticidade do ao.

    .

    6.15 Se o alongamento calculado for maior do que o curso do macaco, puxadas adicionais devero ser efetuadas. Cuidado para no prender o macaco na primeira puxada. Quando estiver usando um macaco com curso de 200 mm, tente deixar 150 mm para a puxada final.

    6.16 Em protenses pelas duas extremidades, registre o alongamento de cada extremidade e some-as para obteno do alongamento total. Faa um registro do manmetro e do alongamento obtido para cada cabo.

    6.17 Procedimento de registro dos alongamentos: usando um gabarito que estabelea uma dimenso constante em relao face do concreto, pinte a cordoalha com tinta spray de secagem rpida (no use lpis de cera) para estabelecer um ponto de referncia nas medies de alongamento. No pinte por cima de outra pintura para no comprometer a marcao. Protenda cada cabo adotando o procedimento de protenso adequado.Normalmente, a protenso introduzida levando-se a presso de zero presso final total, no sendo necessrio parar a protenso em presses intermedirias de alonga-mento. Depois de remover o macaco da ponta da cordoalha, coloque o gabarito con-tra a superfcie do concreto, mea a distncia entre o gabarito e a marca de referncia com preciso de 3,00 mm e registre no modelo de registros de protenso fornecido pela empresa de protenso.

    Nota Importante

    Aps o clculo do alongamento, diminua desse valor 7 mm para cada ancoragem ativa, o que corresponde ao recuo da cunha ao final da protenso. Esse dever ser o alongamento terico fornecido pelo projetista.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

    Fora (em kgf) X Comprimento (em mm)rea do ao (em mm) X E (em kgf/mm2)

    =

    chato 8/7/02 8:22 PM Page 64

  • 65Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    6.18 Submeta os registros de alongamentos, presses e desvios percentuais computados construtora ou designado (para aprovao).

    6.19 Depois que a aprovao do engenheiro foi obtida, as pontas do lado ativo devem ser cortadas. Cuidado para que a chama do maarico no atinja as cunhas. A cordoalha deve ser cortada deixando-se uma pequena ponta de 13 a 20 mm fora da cunha e permitindo que haja um cobrimento de 25 mm em relao face do concreto.

    6.20 Depois que as pontas de cordoalhas do lado ativo foram cortadas, a parte exposta da placa de ancoragem deve ser coberta com um material preventivo contra corroso. Os nichos de protenso devem ser preenchi-dos com aplicao de graute que no sofra retrao e que no contenha metlicos. A mistura de graute no deve conter cloretos, sulfatos ou nitratos.

    6.21 Os nichos de protenso das ancoragens intermedirias devem ser preenchidos com graute.

    6.22 A seqncia de protenso deve ser a seguinte: Lajes planas com cabos uniformemente distribudos em ambas as direes

    - Protenda 50% dos cabos uniformes em uma direo- Protenda 100% dos cabos uniformes na direo oposta- Protenda os 50% finais dos cabos uniformes na direo oposta

    Lajes planas com cabos em faixa e unformemente distribudos- Protenda todos os cabos uniformes- Protenda todos os cabos em faixa

    Vigas e lajes- Protenda todos os cabos uniformes da laje- Protenda todos os cabos da viga- Protenda todos os cabos de combate retrao (se houver)

    Vigas e nervuras- Protenda todos os cabos das nervuras (se houver)- Protenda todos os cabos das vigas- Protenda todos os cabos uniformes da laje e de combate retrao (se houver)

    6.9.7 PRECAUES7.1 Remova todas as obstrues que impeam a acomodao adequada da frma para

    nicho na frma de borda da laje.

    7.2 A interposio de vergalhes no pode impedir que as placas de ancoragem sejam pregadas corretamente na frma. De maneira alguma a posio da placa de ancora-gem deve ser alterada verticalmente para cima ou para baixo, a no ser que autoriza-da pelo engenheiro responsvel. Desvios horizontais das placas de ancoragem podem ser aceitos desde que seja mantido o cobrimento adequado de concreto e o enge-nheiro seja notificado da mudana.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 66Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    7.3 Os cabos devem sempre ser colocados perpendicularmente s placas de ancora-gem, caso contrrio poder resultar em alongamento baixo, rompimento dos fios da cordoalha, rompimento do cabo ou assentamento imprprio das cunhas.

    7.4 O cabo no deve ser protendido se houver graute na cavidade da placa de ancora-gem. O graute na cavidade de alojamento da cunha pode impedir seu assentamen-to adequado ou provocar um rompimento repentino do cabo.

    7.5 Remova as obstrues que estejam na rea de protenso antes de inici-la.

    7.6 Precaues especiais de segurana devem ser tomadas durante o uso do equipa-mento de protenso:- Posicione-se ao lado do equipamento- No permita que algum permanea frente ou atrs do macaco hidrulico

    7.7 Insertos para sustentao de instalaes eltricas, hidrulicas e arquitetnicas devem ser colocados nas frmas antes do lanamento do concreto. No permita chum-badores colocados por furadeiras, a menos que precaues especiais sejam tomadas para assegurar que os cabos no sero danificados.

    7.8 Cuidado para que fascas de solda e corrente eltrica perdida no entrem em conta-to com os cabos e as placas de ancoragem, nem que chamas de maarico entrem em contato com as cunhas.

    7.9 Verifique os desenhos de arquitetura e estrutura para saber a exata localizao das frmas de borda, aberturas e quaisquer condies especiais.

    7.10 A bomba e o macaco devem ser amarrados a um objeto slido quando estiverem trabalhando em um piso elevado.

    7.11 Se o concreto estiver com bicheiras ou fissuras visveis, no protenda at que esteja adequadamente reparado e inspecionado.

    6.9.8 GERAL8.1 Estes desenhos contm informaes prprias vlidas somente para aplicao neste

    projeto. Tais desenhos no podem ser reproduzidos - por inteiro ou em parte - para nenhum uso sem a expressa permisso escrita do engenheiro estrutural.

    Montagem do Sistema na Obra Captulo 6

  • 67Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    7. LANAMENTO DO CONCRETO

    7.1 PROCEDIMENTOS GERAISOs procedimentos seguintes so recomendados para lanamento do concreto e oferecidos como conhecimento prtico a respeito de construo em concreto protendido ps-tracio-nado.

    1. O concreto deve ser lanado em conformidade com os Documentos de Contrato do Projeto.

    2. Cloreto de clcio ou outros materiais contendo cloreto no devem ser usados na mistura de concretos ps-tracionados.

    3. Nenhum concreto deve ser lanado at que os cabos e vergalhes tenham sido inspecio-nados e aprovados.

    4. O concreto deve ser lanado de maneira a assegurar que a posio dos cabos de ps-trao e os reforos convencionais permaneam inalterados. Se os cabos sarem fora da posio designada eles devem ser ajustados para sua posio correta antes de se pros-seguir com as operaes de lanamento.

    5. A vibrao apropriada do concreto na zona de ancoragem crtica, para eliminar vazios e bicheiras. Cuidado para no vibrar demais ou de menos o concreto que fica na zona de ancoragem.

    6. Cuidados durante o lanamento do concreto:a. Concretagem por caminho: Verifique se o concreto foi espalhado uniformemente e se

    depois de distribudo no deslocou os cabos.

    b. Concretagem por grua ou guindaste: O concreto deve ser solto da caamba a uma altura que no desloque os cabos.

    c. Concretagem por bomba: O duto da bomba deve ser apoiado acima dos cabos e no sobre eles. O bico da bomba deve ser sustentado em uma posio que no cause o deslocamento dos cabos.

    d. No coloque os vibradores sobre os cabos. Evite o contato entre o vibrador e o cabo durante o adensamento do concreto.

    Lanamento do Concreto Captulo 7

  • 68Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    8. ANCORAGENS

    8.1 GERALA proposta desta seo familiarizar o pessoal de campo com a teoria geral sobre ancora-gens e como elas trabalham. Dessa forma, os envolvidos tero uma conscincia maior de como os componentes relacionados trabalham e assim sero capazes de eliminar problemas potenciais no campo.

    8.2 ANCORAGEMPara o sucesso da ancoragem existem 6(seis) reas trabalhando simultaneamente:1. Placa de ancoragem2. Cordoalha3. Cunhas4. Armazenamento e condies dos materiais antes e durante o uso5. Condio e calibrao do equipamento de protenso6. Conhecimento prtico do pessoal para entender e seguir os procedimentos corretamente

    Os trs primeiros itens formam o sistema de funcionamento. Entretanto, os trs ltimos tam-bm so vitais no trabalho da ancoragem. Freqentemente, os problemas experimentados no campo vm das reas 4, 5 e 6 acima.

    Normalmente o cabo tem muita fora acumulada. Qualquer sistema de ancoragem aceit-vel deve passar por um teste de carga esttica correspondente a 95% da carga mnima de ruptura da cordoalha. Na maioria das aplicaes de campo, a quantidade de fora aplicada na cordoalha de aproximadamente 75% da carga mnima de ruptura da mesma. impor-tante entender o poder deste tipo de fora, pois um escape da cordoalha resultante de algum tipo de erro do sistema tem energia suficiente para srios ferimentos.

    8.3 CUNHASDentro da operao de protenso, a cunha projetada para compensar todas as irregulari-dades existentes entre a cordoalha de sete fios e a superfcie tronco-cnica de apoio da placa de ancoragem. Numa vista de topo da cordoalha de sete fios, voc pode ver que um movi-mento considervel deve ocorrer antes do assentamento circunferencial completo. Com o movimento do ao e a cordoalha sendo literalmente prensada at a posio de assentamen-to final, importante manter o sistema livre e limpo de fatores externos como ferrugem, sujeira e pasta de concreto. igualmente importante ter entendimento bsico do controle de qualidade e sua relao com as partes componentes e o equipamento de protenso. A prin-cipal idia a ser passada que todas as partes trabalham juntas (dinamicamente) para for-mar um conjunto completo de ancoragem. A forma e caractersticas materiais da placa de ancoragem, cordoalha e cunha combinam com a fora que o equipamento de protenso coloca neles. Esto todos relacionados ao processo completo de ancoragem. A variao de um elemento reflete sobre todas as outras reas quando o cabo tracionado.

    A concepo de trabalho de uma cordoalha explicada de forma simples a seguinte:A cordoalha mais dura que a placa de ancoragem e as cunhas so mais duras que a cor-doalha. A placa de ancoragem projetada para suportar toda a carga (mais fator de segu-rana do projeto), porm, permite dentro do nicho cnico um movimento para o completo assentamento circunferencial. Os dentes da cunha penetram na superfcie externa da cor-

    Ancoragens Captulo 8

  • 69Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    doalha enquanto tentam se moldar superfcie irregular da cordoalha de sete fios dentro de uma forma cilndrica perfeita. Isto acompanhado pelo movimento do ao sob fora tentan-do eliminar todos os espaos vazios, at que os valores finais da protenso tenham sido reali-zados. Como mencionado anteriormente, a cunha projetada para compensar o movimento deste tipo de ao, portanto tem caractersticas nicas. A cunha tem superfcie externa e dentes extremamente duros (para ter resistncia e capacidade de penetrar na cordoalha quando a fora de proteno for aplicada). O ncleo, entretanto, relativamente macio e permitir que a cunha exera a necessria flexibilidade para se conformar sua posio de fixao cir-cunferencial final quando sob tenso. Se ela fosse totalmente rgida poderia tornar-se frgil e quebrar quando sob tenso. Se a cunha no fosse suficientemente rgida, os dentes no poderiam penetrar na cordoalha. Note que as fissuras longitudinais na cunha iro freqente-mente ocorrer (devido quantidade de movimento a que a cunha ser submetida confor-mando-se at a posio final). Isto aceitvel e no deve ser confundido com fragilidade (Figura 8-1).

    8.4 PROTENSOEm operaes de protenso onde dois ou mais cursos do macaco de protenso so neces-srios para se alcanar o alongamento requerido, a tenso final dever ser pr-calculada a fim de se usar aproximadamente 60% do curso total do macaco na puxada final. Isto ir con-servar a vida e o funcionamento dos dentes da cunha at o estgio final de carga. Em situ-aes de protenso tais como ancoragem de cabos barreira onde uma fora relativamente leve aplicada na cordoalha (usualmente de 9 a 22 kN dependendo do projeto) interessante pr-blocar as cunhas a 80% da carga mnima de resistncia ruptura ou usar peas de ancoragem especiais, projetadas para pressionar as cunhas at a fora total sem tracionar a cordoalha, de forma a assegurar o completo assentamento da cunha.

    Figura 8-1 Interao cunha cordoalha

    Ancoragens Captulo 8

    A = Penetrao dos dentes na cordoalhaB = Fissura longitudinalC = Linha de fundo dos dentesD = Linha de borda dos dentes

    A

    A A

    A

    B

    B

    C

    D

  • 70Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    8.5 CONSIDERAES DE SEGURANAOs seguintes fatores de segurana devem ser sempre considerados antes que qualquer tipo de ancoragem seja protendida:

    1. Assegure a integridade do sistema verificando se os componentes e equipamentos pas-saram por adequada manuteno. Todo o material deve ser rastrevel desde a origem. Componentes de diferentes sistemas nunca devem ser misturados e combinados.

    2. As cunhas devem ser uniformemente espaadas e ajustadas antes da protenso (altura e espaamento/cunha bipartida).

    3. Alinhe as cunhas at que o dispositivo de cravao do macaco encoste-se igualmente as duas (ou trs cunha tripartida) partes da cunha.

    4. No uso de uma emenda ou outra pea de ancoragem onde a cordoalha no pode ser observada sendo empurrada atravs da cunha antes da protenso, a cordoalha deve sempre ser marcada primeiro para assegurar um comprimento suficiente dentro do corpo da emenda. A cordoalha deve estar completamente introduzida para mover-se atravs de todo o comprimento da cunha (mnimo) assegurando que a implantao da fora total na emenda foi realizada.

    5. Se ocorrer uma falha, todas as condies visuais dos componentes e do equipamento devem ser notificadas. Nmeros rastreveis devem ser registrados. Todos os fragmentos de componentes devem ser recolhidos para anlise.

    Ancoragens Captulo 8

  • 71Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    9. PROTENSO DO CABO

    9.1 GERALA operao de protenso no deve comear at que os testes dos corpos de prova de con-creto curados, sob as condies do canteiro de obras, indiquem que o mesmo tenha atingi-do a resistncia mnima compresso especificada para protenso, de acordo com os Documentos de Contrato ou com o Projeto.

    Enquanto as recomendaes apresentadas abaixo so consideradas para refletir segurana e so prticas industriais geralmente aceitas para protenso dos cabos, as prticas de com-panhias individuais podem variar em relao a essas recomendaes. Em caso de conflito as recomendaes do fornecedor da ps-trao devem prevalecer sobre as recomen-daes deste manual.

    9.2 PREPARAO PARA PROTENSO1. As frmas de borda devem ser retiradas to logo quanto possvel para permitir a

    remoo mais fcil da frma plstica para nicho e limpeza da cavidade da placa de ancoragem enquanto o concreto ainda est verde. Outras frmas so deixadas no lugar at o final da protenso.

    2. Remova as frmas para nicho.3. Limpe totalmente a cavidade da placa de ancoragem e remova qualquer pasta de con-

    creto ou matria estranha.4. Confira a integridade do concreto tanto dentro do nicho quanto em todas as superfcies

    expostas. Se fissuras, vazios, bicheiras ou quaisquer outras anormalidades so vistas, NO PROTENDA. Se bicheiras so suspeitadas, sonde com um martelo e notifique a construtora ou designado.

    5. Confira se o cabo est perpendicular placa de ancoragem e se a placa de ancoragem est paralela face do concreto (a menos que se fixe um ngulo diferente no projeto). Se qualquer uma delas estiver fora de alinhamento, notifique a construtora ou a firma de pro-tenso para instrues.

    6. Remova o excesso de graxa e qualquer sujeira, areia ou nata de cimento das pontas dos cabos. No necessrio limpar totalmente as pontas, mas somente remover os materi-ais da superfcie da rea a ser pintada (marca para leitura dos alongamentos). muito importante limpar esta rea para que a marca no se apague durante a protenso.

    7. Nas placas de ancoragem intermedirias onde a graxa removida para que se faa a marcao, reaplique a graxa depois da protenso para restaurar o sistema de proteo.

    8. Instale as cunhas uniformemente. Verifique se o ajuste das cunhas perfeito e se o dis-positivo de cravao do macaco est encaixado nas duas (ou trs) partes da cunha.

    9. Fixe as cunhas na posio com uma ferramenta de assentamento manual.10. Marque o cabo com tinta spray usando uma pequena tbua como gabarito para ter uma

    referncia constante em relao borda da laje. Se os cabos forem protendidos pelas duas extremidades, importante que ambas sejam marcadas (pintadas) antes do incio da protenso.

    11. Confira o equipamento de protenso:a. Tenha certeza de que o equipamento est limpo, especialmente nas mandbulas do

    macaco e nas reas do pisto de cravao.

    Protenso Captulo 9

  • 72Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    b. O cabo de extenso eltrico deve ter trs fios 6 mm2 e ter no mximo 30 m de com-primento.

    c. A potncia eltrica deve ser de 110 VAC, 60 ciclos, 30 ampres (geralmente).d. Conecte todas as mangueiras entre a bomba e o macaco verificando a ligao do

    manmetro.e. Ligue a bomba, abra e feche o macaco vrias vezes enquanto confere vazamentos

    hidrulicos, expanso e retrao dos cilindros e se o pisto de cravao est funcio-nando.

    f. Manter o macaco totalmente aberto ou totalmente fechado ir causar presso exces-siva, que pode danificar o equipamento e/ou danos pessoais.

    g. As folhas de aferio da calibrao devem ser conferidas e a respectiva presso re-gistrada para protenso (aferio do manmetro).

    9.3 PROTENDENDO OS CABOS1. A protenso no deve acontecer antes que o concreto tenha a apropriada resistncia

    (veja os registros dos desenhos de montagem estruturais e de ps-trao), mas deve ser feita to logo isso acontea.

    2. Uma rea apropriada deve ser liberada ou erguido um andaime seguro para os traba-lhadores da protenso.

    3. O pessoal de inspeo deve estar no canteiro de obras durante a protenso. A medio dos alongamentos e a protenso so feitas simultaneamente. Se as variaes entre os alongamentos calculados e os reais excederem tolerncia, a protenso deve cessar at que a causa seja identificada e corrigida.

    4. Cuidado imprprio no uso do equipamento de protenso pode resultar em danos obra e ferimentos pessoais. Somente pessoas treinadas e qualificadas devem ter permisso para aproximar-se do equipamento de protenso durante o seu uso. Todos devem per-manecer longe do cabo que est sendo protendido durante todo tempo.

    5. Quando se protender acima do nvel do solo, os macacos e bombas devem ficar presos a um objeto fixo por meio de uma corda de segurana para evitar que o equipamento seja arremessado para fora do edifcio caso o cabo se rompa durante a protenso.

    6. Assegure-se de que o pisto de cravao est completamente retrado. Ele deve estar aproximadamente 15 mm afastado da face do nariz de apoio (isto pode variar com dife-rentes marcas de equipamento).

    7. Abra as mandbulas do macaco puxando para trs a alavanca que une as duas partes.8. Posicione o macaco na cordoalha a ser protendida e empurre-o frente at o mesmo

    apoiar o nariz na placa de ancoragem. Nunca tente ajustar a posio do macaco com golpes ou empurres depois que a carga presso tenha sido aplicada. Retire a presso, remova o macaco e reposicione-o quando necessrio.

    9. Empurre as mandbulas do macaco frente para encaixar na cordoalha, estandocerto de que:a. As mandbulas do macaco esto paralelas para evitar danos a elas ou cordoalha. b. A cordoalha est na respectiva posio dentro das mandbulas do macaco.

    10. Coloque a bomba de vlvula de quatro vias na posio de protenso.11. Ponha a bomba em funcionamento usando o interruptor remoto (o uso do mesmo per-

    mite ao operador permanecer ao lado da bomba, longe de qualquer tipo de risco se o cabo ou as mandbulas do macaco falharem).

    Protenso Captulo 9

  • 12. Em bombas equipadas com uma vlvula de seqncia ou vlvula de cravao automti-ca (Figura 9-1):

    a. Acione o motor da bomba usando o interruptor remoto at que a presso seja indica-da no manmetro. O macaco dever se abrir, tracionando e esticando a cordoa-lha, que deve se alongar conforme previsto no projeto. Nesse ponto, o macaco permanece aberto e segurando a cordoalha tensionada,

    b. Mude a vlvula de quatro vias para a posio de retorno.c. Ao acionar o motor da bomba, a presso ir permanecer no macaco e o alongamento

    da cordoalha ser mantido, mas o manmetro baixar para zero e a presso come-ar a se elevar.

    d. Quando a presso definida atingida (dependendo do equipamento usado) o pisto de cravao estar completamente pressurizado, pressionando a cunha para dentro do alojamento da ancoragem um rudo de estalo ser ouvido e o macaco comear a retornar. Nesse ponto, a cordoalha retornar junto com o macaco levando a cunha sua acomodao final e ocasionando a chamada "perda por acomodao da anco-ragem".

    e. Quando o macaco estiver quase totalmente fechado (2cm), pare a bomba e mude a vlvula de quatro vias para a posio de tracionamento. O pisto de cravao dever se retrair totalmente. importante parar a bomba e interromper a vlvula rapidamente, para evitar presso excessiva acumulada no macaco depois que tiver retornado com-pletamente. Esta presso excessiva acumulada pode causar uma falha prematura das juntas do macaco, mangueiras e conexes.

    f. Deslize o macaco para frente para liberar as mandbulas que seguravam a cordoalha e remova-o.

    73Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Figura 9-1 Macaco de protenso e bomba com vlvula de cravao automtica

    Protenso Captulo 9

    Engate rpido

    Mangueiras conectadas diretamente no macaco

    Alavanca empurradora das mandbulas do macaco

    Mandbulas embaixo do macaco

    Mangueiras conectadas diretamente no macaco Nariz

    removvelPisto decravao

    Engate rpido

    Engate rpidoEngate rpido

    Engate rpido

    Vlvula de 4 vias

    Vlvula de cravao automtica

    Engate rpido

    Interruptor remoto Manmetro

    Ala do macaco

    Mangueira de presso

    Mangueira de retorno

    Mangueira de cravao

  • 13. Em bombas operadas com vlvula de cravao manual (Figura 9-2):a. Com a vlvula de quatro vias na posio de protenso, verifique o pisto de cravao;

    ele dever estar totalmente retrado.b. Feche a agulha da vlvula do dispositivo de cravao.c. Acione o motor da bomba (usando o interruptor remoto) at que a presso prevista seja

    indicada no manmetro.d. Pare a bomba e abra imediatamente a agulha da vlvula do pisto de cravao (uma

    pequena quantidade de presso escapar do macaco para alimentar o pisto de cravao).

    e. Mude a vlvula de quatro vias para a posio de retorno.f. Acione a bomba para retornar o macaco (este passo no necessrio em macacos

    com retorno por mola).g. Quando o macaco estiver quase totalmente retrado (2cm), pare a bomba e mude a

    vlvula de quatro vias para a posio de tracionamento. Verifique o dispositivo de cravao para ter certeza de que retornou completamente. Feche a agulha da vlvula do dispositivo de cravao. importante parar a bomba e interromper a vlvula rapi-damente para evitar presso excessiva acumulada no macaco depois que tiver retor-nado completamente. A presso excessiva acumulada pode causar falha prematura das juntas de vedao do macaco, mangueiras e conexes.

    h. Deslize o macaco para frente para liberar as mandbulas que seguravam a cordoalha e remova-o.

    14. O manmetro deve estar visvel e perpendicular ao operador que o est monitorando. Leitura lateral do medidor ou em ngulo implicar em leituras defeituosas.

    74Manual para a Boa Execuo de Estruturas Protendidas Usando Cordoalhas de Ao Engraxadas e Plastificadas

    Figura 9-2 Macaco de protenso e bomba com vlvula de cravao manual

    Protenso Captulo 9

    Engate rpido

    Mangueiras conectadas diretamente no macaco

    Alavanca empurradora das mandbulas do macaco

    Mandbulas embaixo do macaco