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http://www.prevencaonline.net/
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FORMAÇÃO
MANUSEAMENTO DE
EXTINTORES
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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1. INTRODUÇÃO
O fogo contribuiu para o avanço da humanidade e o desenvolvimento tecnológico partiu da
sua descoberta.
Mas..., quando os homens perdem o controlo do fogo, produz‐se o incêndio, com todas as
perdas e danos que pode ocasionar.
Um incêndio é, pois um fogo incontrolado.
A chegada dos bombeiros a determinado local, embora possa ser rápida, leva sempre alguns
minutos, que podem ser fundamentais para o salvamento de pessoas e bens.
As medidas a tomar nesses preciosos momentos são inteiramente da responsabilidade das
Brigadas de Incêndio das empresas.
O objectivo da criação de uma brigada de incêndio é dotar empresas com meios humanos
capazes de actuar sobre eventuais incêndios, até à chegada de socorros provenientes do
exterior e, se necessário, coordenar a evacuação das pessoas.
2. A ESSÊNCIA DO FOGO
Para determinar e controlar o fogo, para evitar que o incêndio se produza e para o extinguir
(no caso de este existir) é necessário conhecer os fundamentos do fogo.
O fogo é um processo de reacções químicas fortemente exotérmica (com libertação de calor)
de oxidação‐redução, nas quais participam uma substância combustível e uma comburente;
produz‐se em condições energéticas favoráveis, libertando calor, radiação luminosa, fumo e
gases de combustão.
Para que se produza uma reacção de oxidação‐redução, é necessário a presença de um agente
oxidante e de um agente redutor.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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O agente oxidante mais conhecido é o oxigénio do ar, ainda que existam outras substâncias
que actuem como oxidantes.
O agente redutor será qualquer matéria que não se encontre no seu estado de máxima
oxidação.
Combustível e Comburente
O oxidante denomina‐se comburente e o redutor, combustível.
As reacções que têm lugar entre ambos denominam‐se combustões.
Energia de Activação (calor/temperatura)
É a energia necessária para que a reacção se inicie e é proporcionada pelos focos de ignição.
3. TRIANGULO E TETRAEDRO DO FOGO
Ainda que os processos de combustão sejam muito complexos podem representar‐se
mediante um triângulo no qual cada um dos seus lados, representa um dos três factores
essenciais para produzir um fogo:
Combustível
Elemento que se oxida ou se “queima”
Comburente
Oxigénio que se encontra presente no ar ambiente
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Energia de activação
É a energia que eleva a temperatura do combustível e do ar ambiente até ao ponto de ignição.
Esta representação aceitou‐se durante muito tempo, no entanto, muitos fenómenos anómalos
que se produziam no incêndio, não podiam explicar‐se completamente tendo por base este
triângulo. A união sustentada destes três elementos, leva ao aparecimento do quarto
elemento, a Reacção em Cadeia, com o qual se produz a combustão de maneira continuada.
Devido a esse facto propôs‐se uma nova representação, que compreende as condições
necessárias para que se produza um fogo, em forma de tetraedro.
Comburente
Combustível
Energia de Activação
Comburente
Energia de Activação
Reacção em cadeia
Combustível
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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4. ANÁLISE DOS ELEMENTOS DE UM INCÊNDIO
Para que incêndio se inicie e mantenha, é preciso a coexistência dos quatro elementos do
tetraedro do fogo.
Combustível
Define‐se como combustível qualquer substância capaz de arder, quer dizer, capaz de se
combinar com um comburente numa reacção rápida e exotérmica.
Exemplos:
Carvão,
Monóxido de carbono,
Enxofre e fósforo,
Madeira, produtos têxteis, etc,
Metais, como o alumínio, magnésio, titânio...
Comburente
Comburente é qualquer agente oxidante capaz de oxidar um combustível, numa reacção
rápida e exotérmica.
Por isso o ar, que contém aproximadamente 21% de oxigénio, em volume, é o comburente
mais comum em todos os fogos e incêndios.
Energia de Activação
É a energia mínima que necessitam os produtos reagentes para que se inicie uma reacção. Esta
energia é fornecida, na combustão, pelos focos de ignição.
As diferentes formas de fornecimento energético à mistura, podem agrupar‐se em:
Focos de Origem Térmica:
Fósforos, pontas de cigarro, etc.
Instalações geradoras de calor (fornos, caldeiras, etc)
Raios solares
Condições térmicas ambientais
Soldadura
Veículos e máquinas a motor.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Focos de Origem Eléctrica
Interruptores, motores,
Curto‐circuitos
Electricidade estática
Descargas eléctricas atmosféricas.
Focos de Origem Mecânica
Chispas (ferramentas, etc)
Atrito,
Reacção em Cadeia
As reacções em cadeia são os processos mediante os quais a reacção progride na mistura
comburente‐combustivel.
A reacção em cadeia está assegurada sempre que o fornecimento energético seja suficiente e
exista mistura combustivel‐comburente.
5. FORMAS DE COMBUSTÃO
As combustões podem classificar‐se quanto à sua velocidade, em:
Combustão lenta: é aquela que se reproduz a uma temperatura suficientemente baixa para
que não chegue a haver emissão de luz.
Combustão viva: é aquela em que se produz emissão de luz e que geralmente se designa por
chamas (fogo).
Deflagração: combustão viva, com velocidade de propagação um pouco inferior à velocidade
do som.
Detonação: combustão viva com velocidade superior à velocidade do som.
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6. PROPAGAÇÃO DA ENERGIA DA COMBUSTÃO
As formas de propagação são as seguintes:
Radiação:
Emissão continua de calor (energia) sob a forma de radiação, essencialmente infravermelha,
que se propaga em todas as direcções sem suporte material através do espaço.
Condução:
O calor transmite‐se directamente no interior de um corpo ou através de corpos em contacto.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Convecção:
Processo de transmissão do calor pelo ar em movimento. O ar aquecido, proveniente do
incêndio, sobe, forçando o ar frio a dirigir‐se para as zonas inferiores. Este fenómeno gera, na
zona de incêndio, verdadeiras turbulências de ar aquecido que, em alguns casos, atingem
velocidades elevadas.
Projecção e deslocamento de matéria inflamada:
Forma de propagação de incêndios que se dá pelo movimento de matéria inflamável a arder
como, por exemplo, fagulhas levadas pelo vento, animais com o pelo a arder, que provocam
novos focos de incêndio.
7. MANIFESTAÇÕES E PRODUTOS DA COMBUSTÃO
Nas combustões produzem‐se uma série de manifestações e produtos de combustão, cujo
conhecimento é de grande importância dada a influência que exercem na possibilidade ou
impossibilidade de evacuação de pessoas e de intervenção, controlo e extinção do fogo.
As Chamas
São a manifestação mais visível da combustão. É uma zona de gases incandescentes visível em
redor da superfície do material em combustão. A chama não é mais do que gás de combustão.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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O Calor
É a energia libertada pela combustão, sendo o principal responsável pela propagação do fogo
dado que aquece todo o ambiente, aquecendo ao mesmo tempo os produtos combustíveis
presentes, elevando as suas temperaturas e possibilitando deste modo a continuação do
incêndio.
A exposição ao calor pode causar às pessoas desidratação, esgotamento, bloqueio das vias
respiratórias e queimaduras, intensificando‐se ao mesmo tempo o ritmo cardíaco.
O Fumo
É outro produto visível, sendo o resultado de uma combustão incompleta. O fumo é formado
por pequenas partículas sólidas parcialmente queimadas.
Fumo de cor branca ou cinzento pálido: indica que a combustão é mais completa com bastante
consumo de combustível e dispõe de comburente em quantidade adequada;
Fumo negro ou cinzento escuro: estamos perante uma combustão que desenvolve grande
temperatura e tem falta de comburente, como é a combustão de plásticos;
Fumo amarelo, roxo ou violeta: assinala, geralmente, a presença de gases altamente tóxicos.
Os Gases
Produzidos pela combustão, são o resultado da modificação da composição do combustível.
Os gases classificam‐se em dois grandes grupos:
Tóxicos: os que produzem a destruição de tecidos pulmonares,
Asfixiantes: não produzem destruição dos tecidos, mas dificultam ou impedem a chegada de
oxigénio às células.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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8. FASES DE UM INCÊNDIO
Qualquer incêndio tem normalmente quatro fases de desenvolvimento distintas:
Eclosão: corresponde à fase inicial. Depende da quantidade e qualidade do combustível
presente
Propagação: corresponde à fase em que o fenómeno se activa rapidamente transmitindo‐se
aos corpos vizinhos
Combustão continua: por efeito do calor, a energia libertada é suficiente para provocar a
combustão de todos os materiais em presença, de uma forma continua.
Declive de chama: verifica‐se após a inflamação generalizada e resulta da carência de
combustível, ou da dissipação de energia se tornar superior à sua produção, provocando o
abaixamento da temperatura até ao regresso à temperatura ambiente.
9. EXTINÇÃO DO FOGO
As técnicas de extinção do fogo, baseiam‐se no conhecimento do triângulo e tetraedro do fogo
e constituem na eliminação de um ou mais daqueles factores:
Combustível;
Comburente;
Energia de activação;
Reacção em cadeia.
Actuação sobre o Combustível
- Evitar a presença de resíduos inflamáveis
- Evitar a existência de depósitos de produtos inflamáveis
- Manutenção periódica das condutas de líquidos e gases inflamáveis
- Substituição de combustíveis inflamáveis por outros que não o sejam
- Recobrir o combustível por uma camada incombustível (tintas intumescentes)
- Ventilação geral ou aspiração localizada em locais onde se possam formar misturas
explosivas
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Actuação sobre o Comburente
A eliminação do comburente (O2) da atmosfera onde é manipulado o combustível só é possível
em certos casos, relativamente pouco frequentes. Consegue‐se esta eliminação através da
adição de um gás inerte (ex: azoto ou dióxido de carbono) diminuindo a proporção de O2
Actuação sobre a Energia de Activação
Eliminação de focos de ignição:
- Proibição de fumar e foguear
- Evitar incidência de raios solares
- Interruptores anti‐deflagrantes
- Instalação de pára‐raios
- Ligação à terra
- Evitar operações de soldadura
Actuação sobre a Reacção em Cadeia
Consiste na actuação sobre o combustível mediante a adição de compostos que dificultem ou
impeçam a propagação da reacção de combustão.
10. MÉTODOS DE EXTINÇÃO
Quando ocorre um fogo, é preciso saber extingui‐lo. Como são necessários quatro elementos
para que exista combustão, existirão quatro métodos de extinção (cada um válido para uma ou
mais classes de fogo), com que poderemos actuar sobre cada um deles, suprimindo‐o ou
neutralizando‐o.
Arrefecimento
É o método mais empregue e consiste em baixar a temperatura do combustível e do meio
ambiente, abaixo do seu ponto de ignição.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Abafamento
Método que consiste no isolamento do combustível e do oxigénio ou na redução da
concentração deste no ambiente.
Diluição ou eliminação do combustível
É o método que consiste na separação do combustível da fonte de calor ou do ambiente do
incêndio.
Inibição da chama ou interrupção da reacção em cadeia
Este método modifica a reacção química, alterando a libertação dos radicais livres produzidos
na combustão e impedindo, portanto que esta se desenvolva.
11. CLASSES DE FOGOS
Os fogos podem classificar‐se de duas formas:
‐ Quanto ao tipo de combustível,
‐ Quanto ao tipo de radiação luminosa produzida
Quanto ao tipo de combustível
Existem quatro classes de combustíveis que determinam as classes de fogo. Esta classificação
ajuda‐nos a eleger o agente extintor mais adequado.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Classe A Sólidos Madeira, Papel, Cortiça, Tecidos,
PVC, ...
Classe B Líquidos Álcool, Gasolina, Éter, Óleo, Azeite,
...
Classe C Gases Butano, Propano. Acetileno,
Hidrogénio, ...
Classe D Metais e outros Sódio, Potássio, Magnésio,
Radioactivos, ...
Classe E Sólidos liquidificáveis Ceras, óleos….
Quanto ao tipo de radiação luminosa produzida
O processo de combustão pode ter lugar de duas formas diferentes:
‐ Com chamas
‐ Sem chamas
Os sólidos inflamáveis (Classe A) ardem sempre com chama e incandescência.
Os líquidos e gases inflamáveis (Classe B e C) ardem sempre com chama. A velocidade de
combustão dos gases é muito rápida, pelo que, em muitos casos pode produzir‐se a
explosão.
Os metais (Classe D) ardem com incandescência.
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12. AGENTES EXTINTORES
Existem vários agentes extintores que actuam de maneira especifica sobre cada um dos quatro
elementos anteriormente citados.
A eleição do agente adequado dependerá fundamentalmente da classe de fogo e das
características do combustível.
Vejamos a seguir as principais características dos agentes extintores.
Água
É o agente extintor mais disponível como meio de controlo de extinção do fogo. Actua
principalmente arrefecendo o combustível e o ambiente, tanto de maneira directa em
contacto com o combustível, como de maneira indirecta em forma de vapor no ambiente. O
vapor actua ainda de forma secundária por abafamento, deslocando o oxigénio do ambiente.
Vantagens: económica, abundante. Pulverizada é excelente para brasas. Abate gases. Protege
contra o calor.
Inconvenientes: causa danos. Dispersa o fogo. Condutora da electricidade.
Espuma
Um aditivo denominado “espumifero” combina‐se com a água e o ar, dando como agente de
extinção, a espuma.
O seu principal método de actuação é o abafamento, recobrindo o combustível e isolando‐o do
oxigénio do ar. Também devido ao conteúdo da água nas “borbulhas” de espuma, tem um
poder de arrefecimento.
Vantagens: aplicável em grandes superfícies ou volumes. Impede a reactivação do fogo.
Inconvenientes: produz danos. Condutora da electricidade. Difícil armazenagem em grandes
volumes.
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Pós químicos secos
Há duas famílias de pós químicos que actuam de forma ligeiramente diferente sobre o fogo,
ainda que a sua composição básica seja parecida.
Vantagens: não é tóxico, não é condutor da electricidade, amplo campo de acção.
Inconvenientes: difícil de limpar, abrasivo e corrosivo, dificulta a visibilidade, perigo de
reactivação do incêndio.
Pó químico seco BC
A sua maneira de extinguir o fogo é por inibição da chama ou rotura da reacção em cadeia.
Extingue igualmente por abafamento. Apesar da sua eficácia sobre várias classes de fogo, tem
uma importante limitação quanto ao seu uso em fogos que deixem brasas. É eficaz em fogos
da classe B e C.
Pó polivalente ou ABC
É um excelente extintor de fogos que produzem brasas (classe A).
Pós D
São usados estritamente em fogos de classe D. Sendo constituídos por compostos
quimicamente inertes, o seu fabrico tem por base a grafite misturada com cloretos e
carbonetos. A eficácia de extinção destes pós depende das características próprias de cada
metal.
Neve carbónica ou CO2
É um gás comprimido que ao ser aplicado sobre o fogo, desloca o oxigénio do ambiente
abafando o mesmo.
A sua limitação principal é a falta de eficácia em fogos que gerem brasas e ao deslocar o
oxigénio do ambiente, pode causar asfixia se se inundar completamente o local.
Vantagens: não é condutor da electricidade, não produz danos, não suja.
Inconvenientes: não é aplicável em fogos da classe A (fogos com brasas), pouco efectivo no
exterior, em interiores pode causar asfixia.
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Mantas de Incêndio/ Ignifuga
As mantas de incêndio são indicadas para a extinção de fogos em incêndios da classe E.
Actuam por abafamento
Areia
Este agente extintor é muito utilizado no combate a incêndios florestais e em derrames de
combustíveis, daí a sua presença nos parques de estacionamento e postos de abastecimento
de combustível
CLASSE DE FOGO
AGENTE EXTINTOR A B C D
Água Eficaz Não Usar Não Usar Não Usar
Espuma Eficaz Muito Eficaz Não Usar Não Usar
Pó BC Não Usar Muito Eficaz Muito Eficaz Não Usar
Pó ABC Muito Eficaz Muito Eficaz Muito Eficaz Não Usar
CO2 Pouco eficaz Eficaz Eficaz Não Usar
Pó D Não Usar Não Usar Não Usar Eficaz
13. EXTINTORES PORTÁTEIS
Um extintor é um aparelho que contém um agente extintor que pode ser projectado e dirigido
sobre um incêndio pela acção de uma pressão interna. Esta pressão pode ser fornecida por
uma compressão prévia permanente ou pela libertação de um gás auxiliar.
É utilizado como meio de primeira intervenção no combate a um incêndio acabado de
despontar.
O êxito da utilização do extintor depende dos seguintes factores:
Estar bem localizado, visível e em boas condições de funcionamento,
Conter o agente extintor adequado para combater o incêndio desencadeado,
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Ser utilizado na fase inicial do combate ao incêndio,
Conhecimento prévio pelo utilizador do seu modo de funcionamento e utilização.
Como funciona um extintor
O extintor tem no seu interior, normalmente, dois agentes: Um agente extintor (água, espuma,
pó, dióxido de carbono – CO2) e outro que funciona como propulsor.
Tipos de extintores
Existem dois tipos de extintores, a saber:
• Extintores de pressão permanente ou permanentemente pressurizados;
• Não permanente ‐ de colocação em pressão no momento de utilização (com o
cartucho do gás no interior ou no exterior do extintor).
Nos extintores permanentemente pressurizados o agente extintor e o gás propulsor estão
misturados no recipiente. Quando o extintor é activado o agente extintor é expelido por um
tubo de pesca, passa por uma mangueira, caso a tenha. A descarga pode sempre ser
controlada através de uma válvula que existe ou na extremidade da mangueira ou na cabeça
do extintor.
Esquema do funcionamento de
extintor de pressão não
permanente
Localização dos Extintores
Os extintores devem ser colocados em suportes de parede ou montados em pequenos
receptáculos, de modo a que o topo do extintor não fique a altura superior a 1,50 m acima do
solo.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Os extintores devem estar em locais acessíveis e visíveis em caso de incêndio, sinalizados
segundo as normas portuguesas aplicáveis. Devem estar localizados nas áreas de trabalho e ao
longo dos percursos normais, incluindo as saídas, os acessos aos extintores não devem estar
obstruídos e estes não devem estar ocultos.
Em grandes compartimentos ou em certos locais, quando a obstrução visual não possa ser
evitada, devem existir meios suplementares que indiquem a sua localização.
Os extintores colocados em locais em que possam sofrer danos físicos devem ser protegidos
em caixas metálicas ou plásticas.
14. UTILIZAÇÃO DE EXTINTORES
A utilização de um extintor pode ser feita por qualquer pessoa que detecte um incêndio no seu
inicio. Para isso, é necessário conhecer previamente o modo de funcionamento e utilização
deste equipamento.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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É indispensável tomar em consideração as seguintes regras a observar pelos operadores:
Conhecer a localização, tipo e modo de utilização dos extintores distribuídos pelas
instalações;
Ao detectar um foco de incêndio, alertar meios suplementares de ajuda (segurança,
bombeiros, etc.);
Actuar rapidamente utilizando o extintor adequado à classe de fogo. Sempre que
possível, e sobretudo em interiores, fazer‐se acompanhar por outras pessoas; o operador
deverá lembrar‐se que poderá actuar em ambientes envoltos em fumo onde a desorientação e
perda de consciência são fáceis;
Tentar extinguir o incêndio de acordo com os procedimentos indicados a seguir.
ACTIVAÇÃO DO EXTINTOR
No acto de utilização de um extintor o primeiro passo será a activação deste, isto é, colocá‐lo
em condições de funcionamento. Para tal, o operador deve:
Retirar a cavilha de segurança
ATENÇÃO
A aproximação às chamas tem que ser progressiva.
Avançar tendo a certeza que o incêndio não envolverá
o operador pelas costas.
Não permanecer muito tempo exposto ao fumo e
gases libertados.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Premir o manipulo existente na válvula do extintor quando o comando está instalado na
referida válvula.
MODO DE ACTUAR
Ao actuar com um extintor o operador deve ter em consideração que:
Um incêndio ao ar livre deve ser sempre combatido a favor do vento, de modo a que o agente
extintor seja dirigido no sentido para onde as chamas e fumo estão a ser projectados. Desta
forma, evitará queimaduras, a inalação de gases e fumo e o desvio do agente extintor.
Se por qualquer motivo, combater o incêndio contra o sentido em que o vento sopra, ou em
locais interiores, proteger‐se com equipamento adequado.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Antes de avançar para o incêndio, deve efectuar‐se um disparo curto do agente extintor para
comprovar que o extintor se encontra em perfeitas condições.
Avançar até se aproximar do incêndio (3 a 5 metros consoante o tipo e capacidade do extintor)
e dirigir o jacto do agente extintor para o incêndio, avançando à medida que este vai perdendo
alcance ou o incêndio se for extinguindo.
Se o extintor for de CO2, aproximar‐se o mais perto possível do incêndio. Pela sua natureza o
CO2 tem pouco alcance e é facilmente desviado pelo vento e correntes de conveção.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Começar a extinção do incêndio pelo ponto mais próximo de si, projectando o jacto do agente
extintor de forma a efectuar um corte junto à base das chamas.
Movimentar o jacto na horizontal, fazendo movimentos laterais (varrimento) de forma a
abranger toda a superfície ou volume da chama.
Em incêndios de combustíveis líquidos contidos em recipientes, não incidir o jacto na vertical
do fogo, pois corre‐se o risco de espalhar o combustível para fora do recipiente.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Ao utilizar‐se extintores de espuma, deve fazer‐se incidir o jacto do agente extintor para a
parede do interior do recipiente, de forma a que esta se espalhe uniformemente pela
superfície do liquido em combustão.
Se o extintor for de agua pulverizada, esta deve ser projectada por cima do incêndio em
movimentos circulares.
Se o incêndio se desenvolver na vertical deve ser combatido iniciando‐se na parte inferior,
progredindo seguidamente de baixo para cima.
Andreia Nascimento Cláudia de Sousa
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Ao combater um incêndio em gases inflamáveis em saída livre, o agente extintor deve ser
dirigido junto à saída, lateralmente num ângulo de 45º a 90º.