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FORMAÇÃO MANUSEAMENTO DE EXTINTORES

Manual para Manuseio de Extintores

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FORMAÇÃO

MANUSEAMENTO DE

EXTINTORES

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Andreia Nascimento Cláudia de Sousa

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1. INTRODUÇÃO 

 

O  fogo contribuiu para o avanço da humanidade e o desenvolvimento  tecnológico partiu da 

sua descoberta. 

Mas..., quando os homens perdem o  controlo do  fogo, produz‐se o  incêndio,  com  todas  as 

perdas e danos que pode ocasionar. 

 

Um incêndio é, pois um fogo incontrolado. 

 

A chegada dos bombeiros a determinado  local, embora possa ser rápida,  leva sempre alguns 

minutos, que podem ser fundamentais para o salvamento de pessoas e bens. 

As medidas  a  tomar  nesses  preciosos momentos  são  inteiramente  da  responsabilidade  das 

Brigadas de Incêndio das empresas. 

O objectivo da  criação de uma brigada de  incêndio  é dotar  empresas  com meios humanos 

capazes  de  actuar  sobre  eventuais  incêndios,  até  à  chegada  de  socorros  provenientes  do 

exterior e, se necessário, coordenar a evacuação das pessoas. 

 

 

2. A ESSÊNCIA DO FOGO 

 

 

Para determinar e controlar o fogo, para evitar que o  incêndio se produza e para o extinguir 

(no caso de este existir) é necessário conhecer os fundamentos do fogo. 

O fogo é um processo de reacções químicas fortemente exotérmica (com  libertação de calor) 

de oxidação‐redução, nas quais participam uma  substância  combustível e uma  comburente; 

produz‐se em  condições energéticas  favoráveis,  libertando  calor,  radiação  luminosa,  fumo e 

gases de combustão. 

Para que se produza uma reacção de oxidação‐redução, é necessário a presença de um agente 

oxidante e de um agente redutor. 

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Andreia Nascimento Cláudia de Sousa

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O agente oxidante mais conhecido é o oxigénio do ar, ainda que existam outras substâncias 

que actuem como oxidantes. 

O  agente  redutor  será  qualquer matéria  que  não  se  encontre  no  seu  estado  de máxima 

oxidação. 

 

 

Combustível e Comburente 

O oxidante denomina‐se comburente e o redutor, combustível. 

As reacções que têm lugar entre ambos denominam‐se combustões. 

 

Energia de Activação (calor/temperatura) 

É a energia necessária para que a reacção se inicie e é proporcionada pelos focos de ignição. 

 

 

 

3. TRIANGULO E TETRAEDRO DO FOGO 

 

 

Ainda  que  os  processos  de  combustão  sejam  muito  complexos  podem  representar‐se 

mediante  um  triângulo  no  qual  cada  um  dos  seus  lados,  representa  um  dos  três  factores 

essenciais para produzir um fogo: 

 

Combustível 

Elemento que se oxida ou se “queima” 

 

Comburente 

Oxigénio que se encontra presente no ar ambiente 

 

 

 

 

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Energia de activação 

É a energia que eleva a temperatura do combustível e do ar ambiente até ao ponto de ignição. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta representação aceitou‐se durante muito tempo, no entanto, muitos fenómenos anómalos 

que  se produziam no  incêndio, não podiam explicar‐se completamente  tendo por base este 

triângulo.  A  união  sustentada  destes  três  elementos,  leva  ao  aparecimento  do  quarto 

elemento, a Reacção em Cadeia, com o qual se produz a combustão de maneira continuada. 

Devido  a  esse  facto  propôs‐se  uma  nova  representação,  que  compreende  as  condições 

necessárias para que se produza um fogo, em forma de tetraedro. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comburente

Combustível

Energia de Activação

Comburente

Energia de Activação

Reacção em cadeia

Combustível

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4. ANÁLISE DOS ELEMENTOS DE UM INCÊNDIO 

 

Para  que  incêndio  se  inicie  e mantenha,  é  preciso  a  coexistência  dos  quatro  elementos  do 

tetraedro do fogo. 

 

Combustível 

Define‐se  como  combustível  qualquer  substância  capaz  de  arder,  quer  dizer,  capaz  de  se 

combinar com um comburente numa reacção rápida e exotérmica. 

Exemplos: 

Carvão, 

Monóxido de carbono, 

Enxofre e fósforo, 

Madeira, produtos têxteis, etc, 

Metais, como o alumínio, magnésio, titânio... 

 

Comburente 

Comburente  é  qualquer  agente  oxidante  capaz  de  oxidar  um  combustível,  numa  reacção 

rápida e exotérmica. 

Por  isso o ar, que  contém aproximadamente 21% de oxigénio, em volume, é o  comburente 

mais comum em todos os fogos e incêndios. 

 

Energia de Activação 

É a energia mínima que necessitam os produtos reagentes para que se inicie uma reacção. Esta 

energia é fornecida, na combustão, pelos focos de ignição. 

As diferentes formas de fornecimento energético à mistura, podem agrupar‐se em: 

 

Focos de Origem Térmica: 

Fósforos, pontas de cigarro, etc. 

Instalações geradoras de calor (fornos, caldeiras, etc) 

Raios solares 

Condições térmicas ambientais 

Soldadura 

Veículos e máquinas a motor. 

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Focos de Origem Eléctrica 

Interruptores, motores, 

Curto‐circuitos 

Electricidade estática 

Descargas eléctricas atmosféricas. 

 

Focos de Origem Mecânica 

Chispas (ferramentas, etc) 

Atrito, 

 

Reacção em Cadeia 

As  reacções  em  cadeia  são  os  processos mediante  os  quais  a  reacção  progride  na mistura 

comburente‐combustivel. 

A reacção em cadeia está assegurada sempre que o fornecimento energético seja suficiente e 

exista mistura combustivel‐comburente. 

 

 

 

5. FORMAS DE COMBUSTÃO 

 

 

As combustões podem classificar‐se quanto à sua velocidade, em: 

Combustão  lenta: é aquela que  se  reproduz a uma  temperatura  suficientemente baixa para 

que não chegue a haver emissão de luz. 

Combustão viva: é aquela em que se produz emissão de luz e que geralmente se designa por 

chamas (fogo). 

Deflagração: combustão viva, com velocidade de propagação um pouco  inferior à velocidade 

do som. 

Detonação: combustão viva com velocidade superior à velocidade do som. 

 

 

 

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6. PROPAGAÇÃO DA ENERGIA DA COMBUSTÃO 

 

 

As formas de propagação são as seguintes: 

 

Radiação: 

Emissão continua de calor  (energia) sob a  forma de  radiação, essencialmente  infravermelha, 

que se propaga em todas as direcções sem suporte material através do espaço. 

 

 

 

Condução: 

O calor transmite‐se directamente no interior de um corpo ou através de corpos em contacto. 

 

 

 

 

 

 

 

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Convecção: 

Processo  de  transmissão  do  calor  pelo  ar  em movimento.  O  ar  aquecido,  proveniente  do 

incêndio, sobe, forçando o ar frio a dirigir‐se para as zonas inferiores. Este fenómeno gera, na 

zona  de  incêndio,  verdadeiras  turbulências  de  ar  aquecido  que,  em  alguns  casos,  atingem 

velocidades elevadas. 

 

 

Projecção e deslocamento de matéria inflamada: 

Forma de propagação de  incêndios que se dá pelo movimento de matéria  inflamável a arder 

como, por exemplo, fagulhas  levadas pelo vento, animais com o pelo a arder, que provocam 

novos focos de incêndio. 

 

 

 

7. MANIFESTAÇÕES E PRODUTOS DA COMBUSTÃO 

 

 

Nas  combustões  produzem‐se  uma  série  de manifestações  e  produtos  de  combustão,  cujo 

conhecimento  é  de  grande  importância  dada  a  influência  que  exercem  na  possibilidade  ou 

impossibilidade de evacuação de pessoas e de intervenção, controlo e extinção do fogo. 

 

 

As Chamas 

 

São a manifestação mais visível da combustão. É uma zona de gases incandescentes visível em 

redor da superfície do material em combustão. A chama não é mais do que gás de combustão. 

 

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O Calor 

 

É a energia libertada pela combustão, sendo o principal responsável pela propagação do fogo 

dado que aquece  todo o ambiente, aquecendo ao mesmo  tempo os produtos  combustíveis 

presentes,  elevando  as  suas  temperaturas  e  possibilitando  deste modo  a  continuação  do 

incêndio. 

A  exposição  ao  calor pode  causar  às pessoas desidratação,  esgotamento, bloqueio das  vias 

respiratórias e queimaduras, intensificando‐se ao mesmo tempo o ritmo cardíaco. 

 

O Fumo 

 

É outro produto visível, sendo o resultado de uma combustão incompleta. O fumo é formado 

por pequenas partículas sólidas parcialmente queimadas. 

Fumo de cor branca ou cinzento pálido: indica que a combustão é mais completa com bastante 

consumo de combustível e dispõe de comburente em quantidade adequada; 

Fumo  negro  ou  cinzento  escuro:  estamos  perante  uma  combustão  que  desenvolve  grande 

temperatura e tem falta de comburente, como é a combustão de plásticos; 

Fumo amarelo, roxo ou violeta: assinala, geralmente, a presença de gases altamente tóxicos. 

 

Os Gases 

 

Produzidos pela combustão, são o resultado da modificação da composição do combustível. 

Os gases classificam‐se em dois grandes grupos: 

Tóxicos: os que produzem a destruição de tecidos pulmonares, 

Asfixiantes: não produzem destruição dos tecidos, mas dificultam ou  impedem a chegada de 

oxigénio às células. 

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8. FASES DE UM INCÊNDIO 

 

 

Qualquer incêndio tem normalmente quatro fases de desenvolvimento distintas: 

 

Eclosão:  corresponde  à  fase  inicial.  Depende  da  quantidade  e  qualidade  do  combustível 

presente 

Propagação: corresponde à  fase em que o  fenómeno se activa  rapidamente  transmitindo‐se 

aos corpos vizinhos 

Combustão  continua:  por  efeito  do  calor,  a  energia  libertada  é  suficiente  para  provocar  a 

combustão de todos os materiais em presença, de uma forma continua. 

Declive  de  chama:  verifica‐se  após  a  inflamação  generalizada  e  resulta  da  carência  de 

combustível, ou da dissipação de  energia  se  tornar  superior  à  sua produção, provocando o 

abaixamento da temperatura até ao regresso à temperatura ambiente. 

 

  

9. EXTINÇÃO DO FOGO 

  As técnicas de extinção do fogo, baseiam‐se no conhecimento do triângulo e tetraedro do fogo 

e constituem na eliminação de um ou mais daqueles factores: 

Combustível; 

Comburente; 

Energia de activação; 

Reacção em cadeia. 

 

Actuação sobre o Combustível 

- Evitar a presença de resíduos inflamáveis 

- Evitar a existência de depósitos de produtos inflamáveis 

- Manutenção periódica das condutas de líquidos e gases inflamáveis 

- Substituição de combustíveis inflamáveis por outros que não o sejam 

- Recobrir o combustível por uma camada incombustível (tintas intumescentes) 

- Ventilação  geral  ou  aspiração  localizada  em  locais  onde  se  possam  formar  misturas 

explosivas 

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Actuação sobre o Comburente 

A eliminação do comburente (O2) da atmosfera onde é manipulado o combustível só é possível 

em  certos  casos,  relativamente  pouco  frequentes.  Consegue‐se  esta  eliminação  através  da 

adição de um gás inerte (ex: azoto ou dióxido de carbono) diminuindo a proporção de O2 

 

Actuação sobre a Energia de Activação 

Eliminação de focos de ignição: 

- Proibição de fumar e foguear 

- Evitar incidência de raios solares 

- Interruptores anti‐deflagrantes 

- Instalação de pára‐raios 

- Ligação à terra 

- Evitar operações de soldadura 

 

Actuação sobre a Reacção em Cadeia 

Consiste na actuação sobre o combustível mediante a adição de compostos que dificultem ou 

impeçam a propagação da reacção de combustão. 

 

 

 

10. MÉTODOS DE EXTINÇÃO 

 

 

Quando ocorre um fogo, é preciso saber extingui‐lo. Como são necessários quatro elementos 

para que exista combustão, existirão quatro métodos de extinção (cada um válido para uma ou 

mais  classes  de  fogo),  com  que  poderemos  actuar  sobre  cada  um  deles,  suprimindo‐o  ou 

neutralizando‐o. 

 

Arrefecimento 

É o método mais empregue e  consiste em baixar a  temperatura do  combustível e do meio 

ambiente, abaixo do seu ponto de ignição. 

 

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Abafamento 

Método  que  consiste  no  isolamento  do  combustível  e  do  oxigénio  ou  na  redução  da 

concentração deste no ambiente. 

 

Diluição ou eliminação do combustível 

É o método que consiste na separação do combustível da  fonte de calor ou do ambiente do 

incêndio. 

 

Inibição da chama ou interrupção da reacção em cadeia 

Este método modifica a reacção química, alterando a libertação dos radicais livres produzidos 

na combustão e impedindo, portanto que esta se desenvolva. 

 

 

 

11. CLASSES DE FOGOS 

 

 

Os fogos podem classificar‐se de duas formas: 

‐ Quanto ao tipo de combustível, 

‐ Quanto ao tipo de radiação luminosa produzida 

 

Quanto ao tipo de combustível 

 

Existem quatro classes de combustíveis que determinam as classes de fogo. Esta classificação 

ajuda‐nos a eleger o agente extintor mais adequado. 

      

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Classe A  Sólidos Madeira, Papel, Cortiça, Tecidos, 

PVC, ... 

Classe B  Líquidos Álcool, Gasolina, Éter, Óleo, Azeite, 

... 

Classe C  Gases Butano, Propano. Acetileno, 

Hidrogénio, ... 

Classe D  Metais e outros Sódio, Potássio, Magnésio, 

Radioactivos, ... 

Classe E  Sólidos liquidificáveis Ceras, óleos…. 

 

 

 

Quanto ao tipo de radiação luminosa produzida 

 

O processo de combustão pode ter lugar de duas formas diferentes: 

‐ Com chamas 

‐ Sem chamas 

 

Os sólidos inflamáveis (Classe A) ardem sempre com chama e incandescência. 

Os líquidos e gases inflamáveis (Classe B e C) ardem sempre com chama. A velocidade de 

combustão  dos  gases  é muito  rápida,  pelo  que,  em muitos  casos  pode  produzir‐se  a 

explosão. 

Os metais (Classe D) ardem com incandescência. 

 

 

 

 

 

 

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12. AGENTES EXTINTORES 

 

 

Existem vários agentes extintores que actuam de maneira especifica sobre cada um dos quatro 

elementos anteriormente citados. 

A  eleição  do  agente  adequado  dependerá  fundamentalmente  da  classe  de  fogo  e  das 

características do combustível. 

Vejamos a seguir as principais características dos agentes extintores. 

 

Água 

É  o  agente  extintor  mais  disponível  como  meio  de  controlo  de  extinção  do  fogo.  Actua 

principalmente  arrefecendo  o  combustível  e  o  ambiente,  tanto  de  maneira  directa  em 

contacto com o combustível, como de maneira  indirecta em forma de vapor no ambiente. O 

vapor actua ainda de forma secundária por abafamento, deslocando o oxigénio do ambiente. 

 

Vantagens: económica, abundante. Pulverizada é excelente para brasas. Abate gases. Protege 

contra o calor. 

Inconvenientes: causa danos. Dispersa o fogo. Condutora da electricidade. 

 

Espuma 

Um aditivo denominado “espumifero” combina‐se com a água e o ar, dando como agente de 

extinção, a espuma. 

O seu principal método de actuação é o abafamento, recobrindo o combustível e isolando‐o do 

oxigénio do  ar. Também devido ao  conteúdo da água nas  “borbulhas” de espuma,  tem um 

poder de arrefecimento. 

 

Vantagens: aplicável em grandes superfícies ou volumes. Impede a reactivação do fogo. 

Inconvenientes: produz danos. Condutora da electricidade. Difícil armazenagem em grandes 

volumes. 

 

 

 

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Pós químicos secos 

Há duas  famílias de pós químicos que actuam de  forma  ligeiramente diferente sobre o  fogo, 

ainda que a sua composição básica seja parecida. 

 

Vantagens: não é tóxico, não é condutor da electricidade, amplo campo de acção. 

Inconvenientes:  difícil  de  limpar,  abrasivo  e  corrosivo,  dificulta  a  visibilidade,  perigo  de 

reactivação do incêndio. 

 

Pó químico seco BC 

A sua maneira de extinguir o  fogo é por  inibição da chama ou rotura da reacção em cadeia. 

Extingue igualmente por abafamento. Apesar da sua eficácia sobre várias classes de fogo, tem 

uma  importante  limitação quanto ao seu uso em fogos que deixem brasas. É eficaz em fogos 

da classe B e C. 

 

Pó polivalente ou ABC 

É um excelente extintor de fogos que produzem brasas (classe A). 

 

Pós D 

São  usados  estritamente  em  fogos  de  classe  D.  Sendo  constituídos  por  compostos 

quimicamente  inertes,  o  seu  fabrico  tem  por  base  a  grafite  misturada  com  cloretos  e 

carbonetos. A  eficácia de  extinção destes pós depende das  características próprias de  cada 

metal. 

 

Neve carbónica ou CO2 

É  um  gás  comprimido  que  ao  ser  aplicado  sobre  o  fogo,  desloca  o  oxigénio  do  ambiente 

abafando o mesmo. 

A  sua  limitação  principal  é  a  falta  de  eficácia  em  fogos  que  gerem  brasas  e  ao  deslocar  o 

oxigénio do ambiente, pode causar asfixia se se inundar completamente o local. 

 

Vantagens: não é condutor da electricidade, não produz danos, não suja. 

Inconvenientes: não é aplicável em  fogos da classe A  (fogos com brasas), pouco efectivo no 

exterior, em interiores pode causar asfixia. 

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Mantas de Incêndio/ Ignifuga 

As mantas de incêndio são indicadas para a extinção de fogos em incêndios da classe E. 

Actuam por abafamento 

 

Areia 

Este agente extintor é muito utilizado no  combate a  incêndios  florestais e em derrames de 

combustíveis, daí a sua presença nos parques de estacionamento e postos de abastecimento 

de combustível 

 

    CLASSE DE FOGO   

AGENTE EXTINTOR  A  B  C  D 

Água  Eficaz   Não Usar  Não Usar  Não Usar 

Espuma  Eficaz   Muito Eficaz   Não Usar  Não Usar 

Pó BC  Não Usar  Muito Eficaz  Muito Eficaz  Não Usar 

Pó ABC  Muito Eficaz  Muito Eficaz  Muito Eficaz  Não Usar 

CO2  Pouco eficaz  Eficaz   Eficaz   Não Usar 

Pó D  Não Usar  Não Usar  Não Usar  Eficaz 

 

 

 

13. EXTINTORES PORTÁTEIS 

 

 

Um extintor é um aparelho que contém um agente extintor que pode ser projectado e dirigido 

sobre um  incêndio pela acção de uma pressão  interna. Esta pressão pode  ser  fornecida por 

uma compressão prévia permanente ou pela libertação de um gás auxiliar. 

É  utilizado  como  meio  de  primeira  intervenção  no  combate  a  um  incêndio  acabado  de 

despontar. 

O êxito da utilização do extintor depende dos seguintes factores: 

Estar bem localizado, visível e em boas condições de funcionamento, 

Conter o agente extintor adequado para combater o incêndio desencadeado, 

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Ser utilizado na fase inicial do combate ao incêndio, 

Conhecimento prévio pelo utilizador do seu modo de funcionamento e utilização. 

 

Como funciona um extintor 

O extintor tem no seu interior, normalmente, dois agentes: Um agente extintor (água, espuma, 

pó, dióxido de carbono – CO2) e outro que funciona como propulsor. 

 

Tipos de extintores 

Existem dois tipos de extintores, a saber:  

• Extintores de pressão permanente ou permanentemente pressurizados; 

• Não permanente ‐ de colocação em pressão no momento de utilização (com o 

cartucho do gás no interior ou no exterior do extintor).  

 

Nos  extintores  permanentemente  pressurizados  o  agente  extintor  e  o  gás  propulsor  estão 

misturados no recipiente. Quando o extintor é activado o agente extintor é expelido por um 

tubo  de  pesca,  passa  por  uma  mangueira,  caso  a  tenha.  A  descarga  pode  sempre  ser 

controlada através de uma válvula que existe ou na extremidade da mangueira ou na cabeça 

do extintor. 

 

 

Esquema do funcionamento de 

extintor de pressão não 

permanente 

 

 

Localização dos Extintores 

Os  extintores  devem  ser  colocados  em  suportes  de  parede  ou  montados  em  pequenos 

receptáculos, de modo a que o topo do extintor não fique a altura superior a 1,50 m acima do 

solo.  

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Os  extintores  devem  estar  em  locais  acessíveis  e  visíveis  em  caso  de  incêndio,  sinalizados 

segundo as normas portuguesas aplicáveis. Devem estar localizados nas áreas de trabalho e ao 

longo dos percursos normais,  incluindo as saídas, os acessos aos extintores não devem estar 

obstruídos e estes não devem estar ocultos.  

 

 

 

 

Em  grandes  compartimentos ou  em  certos  locais, quando  a obstrução  visual não possa  ser 

evitada, devem existir meios suplementares que indiquem a sua localização. 

                       

 

Os extintores colocados em  locais em que possam sofrer danos físicos devem ser protegidos 

em caixas metálicas ou plásticas. 

 

 

14. UTILIZAÇÃO DE EXTINTORES 

 

 

A utilização de um extintor pode ser feita por qualquer pessoa que detecte um incêndio no seu 

inicio. Para  isso, é necessário  conhecer previamente o modo de  funcionamento e utilização 

deste equipamento. 

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É indispensável tomar em consideração as seguintes regras a observar pelos operadores: 

Conhecer  a  localização,  tipo  e modo  de  utilização  dos  extintores  distribuídos  pelas 

instalações; 

Ao  detectar  um  foco  de  incêndio,  alertar meios  suplementares  de  ajuda  (segurança, 

bombeiros, etc.); 

Actuar  rapidamente  utilizando  o  extintor  adequado  à  classe  de  fogo.  Sempre  que 

possível,  e  sobretudo  em  interiores,  fazer‐se  acompanhar  por  outras  pessoas;  o  operador 

deverá lembrar‐se que poderá actuar em ambientes envoltos em fumo onde a desorientação e 

perda de consciência são fáceis; 

Tentar extinguir o incêndio de acordo com os procedimentos indicados a seguir. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ACTIVAÇÃO DO EXTINTOR 

 

 No acto de utilização de um extintor o primeiro passo será a activação deste, isto é, colocá‐lo 

em condições de funcionamento. Para tal, o operador deve: 

 

Retirar a cavilha de segurança 

     

ATENÇÃO

A aproximação às chamas tem que ser progressiva.

Avançar tendo a certeza que o incêndio não envolverá

o operador pelas costas.

Não permanecer muito tempo exposto ao fumo e

gases libertados.

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Premir  o manipulo  existente  na  válvula  do  extintor  quando  o  comando  está  instalado  na 

referida válvula. 

 

 

 

MODO DE ACTUAR 

 

Ao actuar com um extintor o operador deve ter em consideração que: 

 

Um incêndio ao ar livre deve ser sempre combatido a favor do vento, de modo a que o agente 

extintor seja dirigido no sentido para onde as chamas e fumo estão a ser projectados. Desta 

forma, evitará queimaduras, a inalação de gases e fumo e o desvio do agente extintor. 

 

 

Se por qualquer motivo, combater o  incêndio contra o sentido em que o vento sopra, ou em 

locais interiores, proteger‐se com equipamento adequado. 

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Antes de avançar para o incêndio, deve efectuar‐se um disparo curto do agente extintor para 

comprovar que o extintor se encontra em perfeitas condições. 

 

Avançar até se aproximar do incêndio (3 a 5 metros consoante o tipo e capacidade do extintor) 

e dirigir o jacto do agente extintor para o incêndio, avançando à medida que este vai perdendo 

alcance ou o incêndio se for extinguindo. 

 

 

Se o extintor for de CO2, aproximar‐se o mais perto possível do  incêndio. Pela sua natureza o 

CO2 tem pouco alcance e é facilmente desviado pelo vento e correntes de conveção. 

 

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Começar a extinção do incêndio pelo ponto mais próximo de si, projectando o jacto do agente 

extintor de forma a efectuar um corte junto à base das chamas. 

 

 

 

Movimentar  o  jacto  na  horizontal,  fazendo  movimentos  laterais  (varrimento)  de  forma  a 

abranger toda a superfície ou volume da chama. 

     

 

Em  incêndios de combustíveis  líquidos contidos em recipientes, não  incidir o jacto na vertical 

do fogo, pois corre‐se o risco de espalhar o combustível para fora do recipiente. 

 

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Ao utilizar‐se  extintores de  espuma, deve  fazer‐se  incidir o  jacto do  agente  extintor para  a 

parede  do  interior  do  recipiente,  de  forma  a  que  esta  se  espalhe  uniformemente  pela 

superfície do liquido em combustão. 

 

 

 

Se  o  extintor  for  de  agua  pulverizada,  esta  deve  ser  projectada  por  cima  do  incêndio  em 

movimentos circulares. 

 

 

Se o  incêndio  se desenvolver na  vertical deve  ser  combatido  iniciando‐se na parte  inferior, 

progredindo seguidamente de baixo para cima. 

     

 

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Ao  combater  um  incêndio  em  gases  inflamáveis  em  saída  livre,  o  agente  extintor  deve  ser 

dirigido junto à saída, lateralmente num ângulo de 45º a 90º.