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Desbravadores Canelas 2000 Desbravadores Canelas 2012 Jorge Silva

Manual Excursionismo

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Desbravadores Canelas 2000 Desbravadores Canelas 2012 Jorge Silva Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 2 Prlogo De acordo com Gary Vitti treinador da equipa de Basquetebol Los Angeles Lakers, quemvaiaosvestiriosoussalasdetreinodestaequipoficaadmiradocomos diferentes estilos e sapatos e encontra. Istolevantoumaperguntainevitvel:Quaissoosmelhoressapatos?Segundoele,"os melhores sapatos so os que so certos para o seu p - os sapatos que lhe ficarem bem, que o ajudam no seu desporto e, mais importante ainda, que no lhe causam problemas." "Vemosmuitosvezeslesesortopdicas",continuaVitti,"quesooresultadodirectode sapatosincorrectosoumesmode umamudanademodelodesapatos.0tipodelesesmaiscomuns sotendinites,bursites,joanetes,dedosdemartelo,caloscalosidadesbolhas,canelalascada, condromalacias (amolecimento de qualquer cartilagem) e fracturas por stress. Isto deve-se ao facto de, quando se muda de sapatas, mudar-se a mecnica do p." "Hsapatosdiferentesparacadatipode actividade.Os sapatosparocorrertm amortecedores de choque nos saltos, com mais flexibilidade na parte do frente dos dedos. Oalmofadadodossapatosparacaminharcorrespondeparteacolchoadadop,junto aometatarso,sobreaqualseaplicaomaiorstress.Ossapatosparatnisrequerem estabilidade lateral por causa dos movimentos, de um lado para o outro, do desporto. Se puder, use o sapato certo para cada desporto. Experimente os sapatos com o mesmo tipo de meias que vai usar quando os calar. 0 sapato deve ter o espao da largura de um polegar entre o dedo mais comprido e a sua ponta." Quando encontrar o tipo de sapato que lhe d conforto, compre dois pares o use-os em dias alternados. A transpirao continua far com que os sapatos se estraguem mais depressa. Alternando os pares de sapatos, dar tempo para que um seque completamente entes de o voltar a usar. Manter o mesmo estilo de sapato a melhor escolha que poder fazer. Caminhar uma maneira fcil e agradvel de obter melhor sade e aumentar o seu bem-estar mental. Mas uma parte essencial de qualquer programa de caminhado pensar na segurana pessoal. Mantenha em mente esta filosofia enquanto l a lista de sugestes de sade e segurana que lhe damos abaixo. Algumas j deve conhecer, outras sero ideias novas que querer incorporar no seu regime de caminhada. So todas importantes. OPedestrianismo,oucaminhada,toantigocomooprpriohomem.Ospasseiospedestres situam-se entre o desporto e o turismo. A sua prtica resume-se num caminho a percorrer, desfrutando-se de toda a natureza que o rodeia, ora descansando, ora tirando fotografias num contacto mais intimo com o mundo animal e vegetal, sem pressas de chegar ao fim. Na maior parte dos casos, as caminhadas no exigem grande aprendizagem nem tcnicas especiais, podendo ser praticadas por pessoas de todas as idades. No entanto para determinados tipos de percursos devero seguir-se as indicaes de um guia mais experiente e conhecedor do percurso. Comoaspalavras"pressa"ou"competitividade"nodeverofazerpartedoseuvocabulrio, torna-seumaactividadefsicamoderadaerelaxante.EmboraoPedestrianismosejaconsideradoum desporto de aventura, o factor risco dever existir.Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 3 Caminhar, conhecer, respeitar a Natureza! Andar dom que herdmos dos antepassados. um exerccio natural e gratificante. Percorrer montes e campos por veredas, por trilhos macios ou pedregosos. Descobrir quem outrora os utilizou na labuta do dia a dia. Asserras,osriachos,afloresta,osprados,asaves,asflores,osinsectossoum deslumbramentotodo o ano...Asestaestransformama paisagem...Afinal,tudoseconjugaparanos conhecermos melhor a ns prprios e aprendermos a respeitar a Natureza. Caminhar fcil! Todos descobrem que o podem fazer. Em grupo, o convvio compensa-nos da vida sedentria que pesa no dia a dia. Caminhar tambm fazer turismo, conhecer as regies, o patrimnio e os costumes. Vamos voltar a caminhar em Portugal! J. M. PoJ. M. PoJ. M. PoJ. M. Pom mm mbo Duarte bo Duarte bo Duarte bo Duarte Presidente do Clube de Actividades de Ar Livre Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 4 Requisitos: Requisitos: Requisitos: Requisitos: 1. Descrever o vesturio e o equipamento convenientes para uma excurso (incluindo sapatos e meias) 2. Citar os utenslios essenciais a levar para uma excurso de 2 dias 3. Apresentar provas que andou: a) 2 dias num ms (15 km por dia) b)25kmem6horasnumsdia.Apresentarumrelatriodestaexcurso.Descreverasvossas observaes e experincias. 3. Descrever 3 excurses interessantes a fazer na vossa regio. 4.a) Estabelecer o mapa duma dessas excurses. b) Apresentar a prova: - que capaz de ler uma carta topogrfica - que sabe utilizar a bssola - que capaz de calcular antecipadamente e aproximadamente a durao da marcha 5. Saber a medida dos vossos passos e medir uma distncia de meio km usando-os para a medida. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 5 Percursos Tipos de Percursos Tipos de Percursos Tipos de Percursos Tipos de Percursos NotrekkingexistempequenasvariaesdosPercursosdeGrandeRota:depequenarota, circulares,ecolgicoseinternacionaiseuropeus.Deseguida,soenumeradosospormenoresqueos diferenciam. Percursos de Grande Rota IdentificadospelasiglaGR,estessoospercursosdeextensoigualousuperiora50km. Poderiam definir-se como os percursos principais em redor dos quais se estendem todos os restantes. Percursos de Pequena Rota UsualmenteligadosaosGR,criandoemredordestesumarededecaminhosmaislocal.Asua extenso raramente alcana os 50 km. Percursos de Pequena Rota Circulares Estetipodecaminhos,tambmchamadossimplesmentePercursosCirculares,caracteriza-se por comear e terminar num mesmo ponto. O caminheiro v-se condicionado pelos meios de transporte para se aproximar dos percursos pedestres e poder regressar ao local de partida. Percursos Internacionais Europeus Soaquelescujopercursotemcontinuidadeempasesvizinhos,chegandoaalcanar,por vezes,extensesespectaculares.Oseutraadocostumacoincidir,napassagempordiferentespases, com os GR de cada um deles. Em todos os tipos de percursos podem existir ramais ou variantes, bifurcando-se o caminho em algumpontoparavoltaraunir-semaisadiante.Tambmsepodemencontrarpercursoslocaisque permitam o acesso a algum lugar de especial interesse (um miradouro, umas runas, etc.). O prazer de andar ao ar livre, em boa companhia e desfrutando de paisagens fantsticas. Dividimos os nossos Percursos Pedestres em quatro tipos: Percursos Pedestres com Interesse Arqueolgico e/ou Histrico;Percursos Pedestres em Serra e Baixa Montanha;Percursos Pedestres em Mdia Montanha;Percursos Pedestres em Alta Montanha com Ascenso a Picos Elevados. Percursos Pedestres com Interesse Arqueolgico e/ou Histr Percursos Pedestres com Interesse Arqueolgico e/ou Histr Percursos Pedestres com Interesse Arqueolgico e/ou Histr Percursos Pedestres com Interesse Arqueolgico e/ou Histrico ico ico icoEm diferentes locais do pas efectuamos estes passeios que, para alm da actividade fsica em si,levam-noatlocaisnemsempreconhecidos:aquedutos,antas,grutas,povoaesabandonadas, runas, etc. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 6 Percursos Pedestres em Serra e Baixa Montanha Percursos Pedestres em Serra e Baixa Montanha Percursos Pedestres em Serra e Baixa Montanha Percursos Pedestres em Serra e Baixa MontanhaNestetipodepercursospoderacomearasuainiciaomontanha.Emlocaisporvezes paradisacos, o contacto com diferentes animais que vivem em estado selvagem muitas vezes possvel! Locais:Gers,SerradeMontesinho,SerradaEstrela,SerradeGredos(Espanha),Picosda Europa (Espanha). Mdia Montanha Mdia Montanha Mdia Montanha Mdia Montanha Percursosparavriosdias,porvezesemautonomia.Muitasvezes,dependendodapocado ano, existe a possibilidade de efectuar travessias em campos de neve. Locais: Pirinus franceses e espanhis; Alpes. Alta Montanha com Ascenso a Picos Elevados Alta Montanha com Ascenso a Picos Elevados Alta Montanha com Ascenso a Picos Elevados Alta Montanha com Ascenso a Picos Elevados Osgrandespercursos,unsemautonomiaoutroscomtodooapoiologstico.Asgrandes montanhas de vrias parte do mundo ao seu alcance percursos efectuados a diferentes altitudes, de acordo com os seus interesses e capacidade fsica. A ascenso a alguns picos de elevada altitude atravs de vias que pouco mais exigem do que a marcha e a quadrupedia. essencial possuir um boa condio fsica. Montanhismo e Excursionismo OMONTANHISMOpodeserdefinidocomoaascensodemontanhasporcaminhadaou escalada. Faz parte de um conjunto de actividades bastante amplo, denominado EXCURSIONISMO. Oexcursionismoumaprticasalutar,quevisaproporcionaractividadesemlocaisosmaisvariados possveis, cumprindo algum objectivo esportivo, recreativo ou cultural, atravs de uma programao bem planejadaegeralmentesobadirecodeumguia.Numaconceituaoampla,envolveinmeras modalidades, tais como o prprio montanhismo, o campismo, a explorao de cavernas, a canoagem, o mergulho,osroteirosculturais,ospasseiosrecreativos,etc.Comononossomeioprevalecemas actividadesdecarctermontanhstico,comumqueadenominao"montanhismo"seconfundia,por fora do hbito, com o termo genrico "excursionismo". Devidoaofatodeomontanhismoter-seiniciadonosAlpes,recebetambmonomedeALPINISMO, denominao que se generalizou bastante, tornando-se amplamente aceita. A rigor, a palavra "alpinismo" deveria ser reservada para as actividades montanhsticas realizadas nos Alpes, assim como "andinismo" para os Andes, "himalaismo" para o Himalaia, etc. A Cordilheira dos Alpes considerada o bero do montanhismo. A primeira ascenso de vulto a umdosseuspicosfoioMonteAiguille,emterritriofrancs,porAntoinedeVille,querealizouuma verdadeiraescaladasobrerocha.Essefatoocorreuem1492ecausouenormefurornapoca,pois acreditava-se que as altas montanhas eram habitadas por drages e seres aliengenas. To intenso era esse temor, que as prximas conquistas alpinas importantes s se deram em 1744 (Monte Titlis), 1770 (Monte Buet) e 1779 (Monte Velan). Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 7 Em agosto de 1786, o mdico Michel Gabriel Paccard e o montanhs, caador e garimpeiro de cristaisJacquesBalmatconseguiramatingirotetodaEuropaOcidental:oMonteBranco(4.807m), situado nos Alpes franco-italianos. Tal aventura foi motivada por um prmio oferecido por um cientista e naturalistasuoHoraceBndictdeSaussure,quepensavafazernaquelecumealgunsensaios cientficos.Defato,umanodepois,oprprioSaussurechegouaotopodomonte,integrandouma expedio com Balmat e outros 17 guias, e ali realizou diversas experincias. Osbiotornou-seresponsvelpeloenormeinteressequeasascensesmontanhsticas passaram a despertar, porm sob uma ptica mais cientfica do que esportiva. Medo e superstio ainda rondavam aqueles cumes nevados. Duranteosprximos70anos,algumasconquistasnotveisforamfeitasnacadeiadosAlpes, entreelasoJungfrau(1811),oFinsteraahorn(1812),oWatterhorn(1854)eoMonteRosa(1855). Entretanto,sem1856,quandoumgrupodemontanhistasconseguiuascenderaocumedoMonte Brancosemauxliodeumguiaexperiente,queoesportecomeouaapresentarumsurtode popularidade na Europa. Encerrava-se, dessa forma, o perodo do montanhismo puramente exploratrio e de carcter cientfico. Desdetemposmemorveis,ohomemtemocupadoosseuspscomomeiodetransporte,Desdetemposmemorveis,ohomemtemocupadoosseuspscomomeiodetransporte,Desdetemposmemorveis,ohomemtemocupadoosseuspscomomeiodetransporte,Desdetemposmemorveis,ohomemtemocupadoosseuspscomomeiodetransporte, reco reco reco recor rr rrendo grandes distancias. rendo grandes distancias. rendo grandes distancias. rendo grandes distancias. Caminhar em grupo pelas matas e florestas uma maneira saudvel de curtir o verde, o ar puro eaguacristalinadamontanha.Fazbemparaocorpoeparaacabea.Mas,infelizmente,issotem causado inmeras vtimas. Por causa da falta de cuidado e desconhecimento de algumas regras bsicas. Planeamento Antes de mais nada, muito importante voc saber aonde ir, como ir e com quem ir. Procure conhecer o local, atravs de mapas e informaes de amigos e moradores da regio. Lembre-sequeparafazerexcursionismononecessrioseratleta.Masvocprecisaestar bem de sade e respeitar suas limitaes. Faa um desenho do seu roteiro, para no se perder no meio da mata.Obtenha, com antecedncia, todas as informaes meteorolgicas: sol, chuva, temperatura, etc.Deixe avisado na sua casa:O local da caminhada.Com quem voc vai.Qual o dia e a hora previstos para o retorno.Para quem avisar no caso de demora para voltar.Se voc for principiante, deve fazer caminhadas leves, sem muitas subidas e descidas.Nopenseque,porjterfeitoumadeterminadatrilha,vocaconhecebem.Podehaver surpresas. Muita ateno nas bifurcaes. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 8 Situaes de emergncia Nocasodogruposeperder,procurereconstituirmentalmenteocaminhofeito. Ogrupodevevoltaratopontolimitedocaminhocertoereiniciaracaminhadainterrompida pelo erro.Se no encontrar o caminho, no se desespere.A calma e a prudncia vo ajudar voc.Faa o seguinte:PARE. Fique calmo e junte todo o grupo.SENTE-SE. Em p voc se cansa mais depressa.ALIMENTE-SE. Para se distrair e recompor as energias.ORIENTE-SE. Mantenha a calma e converse bastante com o grupo, usando as Tcnicas de Orientao. Tentem decidir juntos qual direco todos devem seguir.DESLOQUE-SE. Retome a caminhada sempre com muita ateno e prudncia.Procuredeixarsinaisbemvisveispelocaminho.Issoajudaasequipesderesgatea encontrar o grupo mais facilmente.Ao caminhar, respire compassadamente no ritmo ajustado frequncia do seu passo.Em cada parada, marque com ateno no desenho do roteiro o caminho andando e a rota a seguir. Ao retomar a caminhada, fique atento parao no errar a direco.SeningumdogrupoconhecerasTcnicasdeOrientao,melhorficarparado, esperando socorro, do que se aventurar no meio da mata por caminhos duvidosos.Neste caso, monte um acampamento, faa um abrigo seguro e procure gua. Nunca se afaste mais de 300 metros do acampamento.Abra uma clareira, dando uma aparncia ''pouco natural'' ao lugar onde est o grupo.Faa uma fogueira com muita fumaa, usando folhas verdes e hmidas. Tome cuidado para no colocar fogo na mata.Sealgumdogruposeferirouestiveremmscondiesfsicas,noodeixes. Procure socorr-lo com segurana. Dependendo do caso, deixe-o sob observao e v buscar ajuda. Mas nunca v sozinho. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 9 Regras Bsicas Jamais fique sozinho durante a caminhada. E leve sempre um Manual de Primeiros Socorros.Nunca entre numa mata ou floresta sem conhecer bem as trilhas.V pelo caminho mais fcil e seguro, mesmo sendo o mais longo. Evite brejos e atoleiros.Chegandonumcrrego,sondeofundocomumavaraetomecuidadonahoradecruzar.As pedrasdoleitopodemestarsoltaseescorregadias.Pisefirme,comconfiana,eprontopara agir no caso de uma queda.Pare e coma alguma coisa sempre que sentir algum sinal de esgotamento. No coloque plantas silvestres na boca.Ande somente luz do dia. Na mata a noite chega mais cedo.Fique atento aos animais e armadilhas de caadores.Nodestruaanatureza.Noleveplantasparacasa.Enofaatrilhasnovas:useasj existentes.O grupo inteiro deve caminhar no ritmo do companheiro mais vagaroso. Montanhismoaprticadesubirmontanhasatravsdecaminhadasouescaladas.O montanhismofazpartedo"excursionismo"umconjuntodeactividadesmaisamploqueenvolveo campismo, a explorao de cavernas, a canoagem, o mergulho, etc.O nome "alpinismo" na prtica sinnimo de "montanhismo", mas no deveria ser utilizado pois historicamenterepresentaaprticademontanhismonaregiodosAlpes,assimcomootermo Andinismo utilizado na regio dos Andes.Escalarumasucessodeposiesdeequilbrio.umaalternnciademovimentoscurtose relaxamento, num ciclo realizado com rapidez. Atcnicadeescaladaemrochatemumaspectobastantecontraditrio.Porumladoum esporte cuja prtica acontece acompanhada do perigo. s vezes uma simples falha ou falta de ateno pode ter consequncias graves. necessrio manter um autocontrole e uma concentrao permanentes. Poroutrolado,separaissovocbloqueiaasuamenteeassumeumaatitudemental"pesada",seus movimentos se desenrolam de maneira forada e sem rendimento. Voc desperdia energia e se cansa rapidamente". Para facilitar a progresso na rocha no se deve ficar esttico, pelo contrrio, deve-se analisar todo o instante todas as partes do seu corpo. Nesse jogo vertical movimentar-se com rapidez e eficincia crucial para o sucesso.Umadasrazesporqueosmelhoresalpinistasescalamlancesdifceisaparentandoamesma facilidade com que voc anda so dois outros princpios:Elesfazemmovimentoscurtos,utilizamagarrasintermedirias,numasucessodepequenos movimentos, ao invs de passos enormes quando no so necessrios.Etambmelessependuram comasarticulaesestendidas.Manterumaarticulaodobrada exige a aco dos msculos, que se cansam".Lembrando de Bonaitti: "Escala-se com a cabea", dizia um dos melhores alpinistas de todos os tempos." Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 10 Nomenclatura Todos os percursos registados so catalogados atravs de siglas e nmeros. Os Percursos de Grande Rota so identificados pelas letras GR seguidas de um nmero, como, por exemplo, GR-8. Se existir alguma variante, esta identifica-se com outro nmero de pois de um ponto. No GR-8 existem duas variantes identificadas como GR-8.1 e GR-8.2. OsPercursosdePequenaRotatmanumeraocorrespondenteprecedidadasletrasPR. Quando se trata de um Percurso Circular, acrescentada a letra C, como, por exemplo, PRC-1. OsPercursosInternacionaisdaEuropaidentificam-secomaletraEseguidadeumnmero atribudo, como, por exemplo, E-4. Algunspercursos,almdonmerodecatalogao,tmumnomeprprio,querporserem caminhos muito populares, com longa tradio, quer por serem especialmente caractersticos, como, por exemplo,oGR-65francsconhecidoporCaminhodeSantiago,ouaindaoGR-11francstambm chamado Senda Pirenaica. Avaliao da dificuldade dos Percursos Ao contrrio de outros desportos, como o alpinismo ou a escalada, no existe uma tabela oficial ouumcritriopreestabelecidodedificuldadeparaospercursospedestres.Paraaavaliaoda dificuldade de um percurso necessrio obter informaes completas sobre as caractersticas da rota e deduzir a sua dificuldade. Dispondo de dados suficientes, pode partir-se de trs factores bsicos para o estabelecimento dograudedificuldade:aextenso,otipodeterrenoeodesnvel.Aclimatologianoumdadoa descurar,principalmentenositinerriosdemontanha,emqueograudedificuldadealteradopor completo consoante a poca do ano: a neve, o frio ou o calor extremos no facilitam as caminhadas. Aseguranaoutroaspectoavalorizar,nomeadamentenoqueconcerneasinalizao,no sentido que menos provvel algum se perder num percurso bem sinalizado. Tratando-se de percursos catalogados, decerto que haver abundante documentao disponvel para informao, quer em mapas, queremguias.Emrotascompoucaounenhumasinalizao,estalacunadeversercompensadapor bonsconhecimentosdeorientao,maisconcretamentenomanejodabssolaenainterpretaode mapas. Por conseguinte, em alguns percursos, a experincia poder ser fundamental. A forma fsica e a experincia do caminheiro so factores que tornaro por si s os percursos mais ou menos complicados. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 11 Equipamento Descreverovesturioeoequipamentoconvenientesparaumaexcurso(incluindo sapatos e meias) Bblia Bblia Bblia Bblia Cantil Cantil Cantil Cantil Quando se realiza qualquer tipo de exerccio continuado, preciso ingerir lquidos para evitar a desidratao. Na verdade, quando surge a sensao de sede, o corpo j perdeu grande quantidade de gua. Emboratambmsepossamtomarsumosoubebidasgaseificadas,asbebidasdocescausam mais sede. Deve beber-se gua. No mximo, gua com uma pequena percentagem de sumo de laranja, limo ou em substituio bebidas energticas. Se faz calor, h que levar uma proviso de gua por cada 3 km a percorrer e bebero equivalente a um copo de gua de meia em meia hora. NoInverno,oconsumoreduz-seametade:meiolitro cada3km.Combaixastemperaturas,serbomtomar umabebidaquente.Seopesonoforgrandeproblema,levar umatermoscomumabebidaquente ser muito reconfortante. Ocaminheiroinforma-sesemprepreviamentedascaractersticas dopercurso,paraconhecerasfontes, mas a qualidade da gua nemsempreoferecetodasasgarantias.Convmser previdenteelevarumaquantidadedeguasuficiente nos cantis ou, para precaver levarnumbolsoalgumaspastilhasde purificaodeguacomoalternativa. Asgarrafasoucantiscostumamserdeplsticooude metal.Osprimeirossomaisleves,masconservamagua frescapormenostempo.Osdoistipos so igualmente resistentes. Oimportantequefechembem,paraqueocontedonose vertaduranteotransporte.Algunscantistmumacorreiaparaseremtransportadosaoombroouum ganchoparaserempresosaocinto.Emboraalgumaspessoasconsideremcmodolevarocantil pendurado, a verdade que desta maneira evita-se paragens desnecessrias para tiraro cantil do seu interior.Contudo,seopercursoaseguirforbastanteacidentadoecheiodevegetaoacircundar, prefervelresguard-lodentrodamochila,poisestepodeficarpresonumramo,impedindo-nosa progresso ou criando-nos um srio problema. Bssola Bssola Bssola Bssola Carta Topogrfica Carta Topogrfica Carta Topogrfica Carta Topogrfica Rao de Combate Rao de Combate Rao de Combate Rao de Combate Deverotransportar-senamochilapequenasprovises,almdosalimentosprincipais,como frutossecos,bolachas,barrasenergticas,etc.Ochocolatetambmpoderincluir-senalista,mas Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 12 devemosteralgumcuidadonaescolhaquefizermos,poisalgunsderretem-secomfacilidade.Deuma forma clara, todos os alimentos que sejam energticos sero uma boa ajuda durante o percurso. Mochila Mochila Mochila Mochila Existeumagrandevariedadedemodelos,dequalidadesmuitodiversasecomdiferentes capacidades.NumasadacurtaduranteoVero,apenasumagradvelpasseioporterrenoplano,os requisitosexigidosmochilaseromnimos.Quandonoselevamuitopeso,aresistncia,aformae uma grande capacidade da mochila tm uma importncia muito relativa. Mas,casosetratedeumarotadevriosdias,commautempoeporterrenoirregular,tudo muda.Quandoprecisotransportarumacargapesada(roupaparamudar,materialdecampismo, comida, etc.) durante muitas horas, a escolha correcta da mochila de grande importncia. Como critrio geral, qualquer que seja o tipo de mochila que se adquira, necessrio avaliar a suaresistnciaeimpermeabilidade.Materiaiscomoalonaouafibradenylonimpermeabilizada satisfazemambasasexigncias.Osfechosdecorrersoospontosfracosdasuaimpermeabilidade. Devem estar protegidos por uma aba que evite a passagem da gua para o interior do saco. A qualidade das costuras e a resistncia das tiras e das correias so outros aspectos que convm verificar.Norecomendvelutilizarumamochilamuitograndequandosetransportapoucopeso.E nemsempresefazemsadasdevriosdiasqueexijamlevarmuitomaterial.Onormalterduas mochilaseutilizaramaisconveniente.Paraasexcursesdeumsdia,umamochilaat35litrosde capacidade mais do que suficiente, ao passo que para uma sada de vrios dias ser necessrio uma mochila de 40 a 60 litros, que permita o transporte do equipamento necessrio. Embora talvez parea que as mais prticas sejam as que tm muitas bolsas laterais e exteriores, estasnemsempreserevelamtoteiscomosesupe.Estasbolsaspermitemacederfacilmentea materialdepequenasdimensessemnecessitarderevolverocontedodamochila.Noentanto,no costumamoferecerboaprotecoaosobjectosqueascontm.Almdisso,asbolsassosemprea parte externa mais castigada da mochila, a que sofre mais raspadelas e estices. Por outro lado, no caso de se estar a percorrer carreiros estreitos ou mesmo a abrir caminho, as bolsas impedem a progresso, ficando presas entre ramos e arbustos.A parte rgida que se apoia directamente sobre as costa a armao. A sua forma importante, vistoquedistribuiopesodemaneirauniformeentreazonalombaredorsal.Existemmochilascom armao externa de tubo de alumnio, mas para o tipo de carga mdia que se transporta em percursos pedestres no so as mais adequadas.Paraadaptaramochilaestaturadecadacaminheiro,cargatransportadaetambm inclinao do terreno, convm que todas as correias sejam regulveis. Se forem acolchoadas, tornar-se-o mais cmodas. Alm das tiras para prender aos ombros, as mochilas de considervel volume tm tambm uma correiaacolchoadaparaatarcintura.Destamaneira,asancastambmsuportampartedopeso(os ombros transmitem o esforo coluna vertebral e esta, por sua vez, f-lo incidir sobre a bacia). Pararegularatensodostirantes,devecolocar-seamochilaeapertaracorreiadacintura, com os tirantes totalmente frouxos, e ir esticando-os at que se obtenha uma tenso uniforme sobre os ombros. O peso tambm conta: uma mochila vazia no deveria pesar mais de 1 Kg. A colocao do material dentro da mochila deve reger-se pela lgica, colocando de forma mais acessvel, na parte superior, aquilo que se vai utilizar com mais frequncia ou mais cedo. muito prtico guardar tudo dentro de peque nos sacos, por tipos (roupa interior, T-shirts, Kit cozinha ...), dias (roupa que irei usar amanh, pequeno almoo, refeies individuais...) ou associaes (tudo o que diz respeito Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 13 a roupa, tudo o que diz respeito a comida, tudo o que diz respeito a ...). Desta forma, o contedo ficar protegido da humidade em caso de chuva, visto que as mochilas nunca so totalmente impermeveis. Calado Calado Calado Calado Os ps do caminheiro so o elemento bsico a proteger: o Trekking , acima de tudo, caminhar. A escolha correcta o calado torna-se, pois, fundamental. Otipodesapatoescolhido(quedependerdotipodepercursoarealizaredascondies climatricas) tem de ser cmodo: ser preciso andar durante muitas horas. O isolamento tambm um factorprimordial.Paraoptimizaroconfortoeoisolamento,ousodepegasapropriadasto importante como a escolha do calado adequado. O mercado oferece actualmente uma completssima gama de modelos e materiais, em todas as cores e formas imaginveis. Cada tipo de calado indicado para as diferentes condies climatricas e os diversos terrenos. Eis alguns tipos que se podem encontrar. Sapatilhas desportivas Sapatilhas desportivas Sapatilhas desportivas Sapatilhas desportivas Asuamelhorqualidadeseremsempremuitocmodas.Fabricam-seemdiversosmateriais, como a lona de algodo, lona de nylon e couro. So perfeitamente adequadas para a prtica do trekking, sempre que o percurso se realize numa zona seca e num terreno de superfcie muito irregular. Convm escolherummodeloquetenhaalmofadadearnocalcanhar,actuandocomoamortecedor.Em contrapartida, as sapatilhas desportivas no so apropriadas para as rotas de montanha, j que pela sua faltaderigideznooferecemprotecoalgumaaostornozelosnemplantadosps.Etambmno proporcionam um bom isolamento contra a humidade e o frio. Botas ligeiras Botas ligeiras Botas ligeiras Botas ligeiras Tmcaractersticasmuitosemelhantesssapatilhasdesportivas,comalgumasdiferenasque as tornam mais adequadas para caminhar pela montanha, sendo tambm mais resistentes.Asbotasligeirasproporcionamumaleveprotecodostornozelos,jqueocanoapresenta apenas uma rigidez mnima. E no so completamente impermeveis, pelo que se tornam adequadas montanha somente em boas condies climatricas. Botas de trekk Botas de trekk Botas de trekk Botas de trekking ing ing ing Estetipodebotasomaisapropriado.Trata-sedeumacombinaoentreasresistentese rgidas botas de montanha e as cmodas e anatmicas sapatilhas desportivas.Geralmente so forradas comgore-tex(umtecidosintticomicroporosoimpermevelquepermiteatranspirao).Tmgrandes vantagensenenhuminconveniente:soresistentes,impermeveisecmodas.Naverdade,somuito mais seguras e resistentes do que o calado desportivo e, apesar de terem uma sola rgida e cano alto paraprotecodostornozelos,sotambmmuitomaiscmodasqueasbotasdemontanha.So apropriadas para qualquer tipo de terreno. Botas de montanha Botas de montanha Botas de montanha Botas de montanha Este tipo de calado utiliza-se apenas em alta montanha e em condies extremas. Raramente se usaro na prtica do trekking, salvo em situaes e percursos muito concretos. Caracterizam-se pela sua grande dureza e pela rigidez da sola. Torna-se difcil a adaptao a estas caractersticas, pelo que necessrio acostumar-se a elas pouco a pouco: a princpio os ferimentos por atrito e as bolhas nos ps so quase inevitveis... Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 14 Escolher o calado Escolher o calado Escolher o calado Escolher o calado Aescolhacorrectadocaladodeimportnciavital.Nadapiordoqueunssapatos incmodos, inadequados ou de tamanho errado. H que ter os cuidados necessrios.Convmfazeracompradocaladoduranteatarde,jqueospsestoumpoucomais inchados do que a manh. Os sapatos tm de ficar bem ajustados ao calcanhar e ao peito do p. Mas is dedos devem dispor de espao suficiente na parte da frente para poderem mover-se. Vesturio Vesturio Vesturio Vesturio Naescolhadovesturiohqueesquecerasmodaseaestticaesercompletamente prtico. Comodidade,poucopesoeprotecocontraofrio,ahumidadeeovento.isto,emgeral,oquese deve exigir aos artigos de vesturio para a prtica do trekking. Aroupatemdeestaremconsonnciacomascondiesclimatricas:umpercursocomuma agradveltemperaturaprimaverilnoomesmoduranteosrigoresdofrioinvernoso.Almdisso,h que prever tambm que o tempo pode mudar durante o percurso. No Vero, as temperaturas so altas eno preciso um resguardo para o frio, mas pode cair um forte aguaceiro a qualquer momento. Convm levar na mochila alguma pea de vesturio para este tipo de emergncias. Comoexerccio,ocorpovaificandomaisquente.Porconseguinte,precisoadoptarum vesturioquepermitaproutirarroupasdemodoaregularatemperaturadocorpo,paragarantiro conforto e no se acabar repletode suor. Vestirdiversascamadasderoupatambmasseguraumamelhorprotecocontraofrio.As roupas em si no produzem calor, a nica coisa que fazem manter o calor libertado pelo prprio corpo e evitar a entrada do frio. O melhor isolamento trmico consegue-se quando se forma uma camada de ar quente volta do corpo. Por isso, duas camisolas finas, por exemplo, resguardam mais do que uma mais grossa. Em geral, recomendvel que se vistam trs camadas. Mas so as condies climatricas que determinam qual o vesturio mais adequado e quais os materiais mais apropriados. Como Como Como Como vestir vestir vestir vestir- -- -se no Inverno: se no Inverno: se no Inverno: se no Inverno: Nesta estao do ano, o objectivo principal ser proteger-se o frio. Mas necessrio sublinhar que a sensao da temperatura no se relaciona apenas com os graus que o termmetro marca. O vento e a humidade aumentam enormemente a sensao do frio.H que procurar um vesturio que proteja de ambos os factores. A roupa interior. O tronco protegido por vrias peas, visto que se trata da parte do corpo que mais necessita de regulao trmica. Convm que as peas que esto em contacto com a pele sejam de ummaterialquenoabsorvaahumidade,comoopolipropilenoeaclorofibra,queaexpulsamdas roupas.NoInvernohqueevitarascamisolasinterioresdealgodo,emborasetenhadereconhecer que este material talvez mais confortvel e agradvel ao tacto que os materiais sintticos. Mas absorve ahumidadeelevamuitotempoasecar.Altambmabsorveahumidade,masnoperde,comoo algodo, as suas qualidades trmicas. As peas de angora so especialmente as recomendveis. A camada intermdia. Para a Segunda camada, sem dvida alguma, o material mais adequado a chamada fibra polar. Com o aparecimento no mercado deste material sinttico, foram completamente postasdeladoascamisolasdel.Estetecidoproporcionaomesmoisolamentotrmicoqueal,mas tem metade do peso e a sua manuteno no to delicada. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 15 Aspeasexteriores.Paraacamadaexterior,hqueescolherumapelaisoladoraqueproteja tambmdoventoedachuva.Aspeascomenchimentodepenasjnoconstituemamelhoropo, comosucediaajalgunsanos.Aparecemnomercadoalgunsmateriaissintticosqueapresentam diversas vantagens sobre as peas em penas: oferecem um ptimo isolamento trmico e pesam pouco. No entanto, so totalmente incompatveis com a humidade, que lhes retira a capacidade isoladora. Algunsmateriaissototalmenteimpermeveis,comoochamadoperlon.Asua impermeabilidadeevitaapenetraodeguadachuva,mas,aomesmotempo,nopermitea transpirao, o que representa um grande inconveniente, pois acabamos cobertos de suor. O gore-tex a melhor opo. Trata-se de uma membrana microporosa sobre um tecido de nylon. O pequeno tamanho dosseusporos(0,0002mmdedimetro)impedeapassagemdasgotasdegua,maspermitequeo suor, em forma de vapor de gua, possa sair. Estescasacosdevemserbastantefolgadosparaqueproporcionemcomodidadeepermitam uma boa liberdade de movimentos. As calas. H que vestirsempre calascompridas.Isto no s por causa do frio, mas tambm para evitar os possveis arranhes causados por ramos, pedras, etc. Esta pea deve ser acima de tudo, cmoda. Convm que sejam modelos largos a fim de possibilitar uma boa movimentao dos membros.Anoserqueseefectueumpercursoemcondiesextremas,ascalasdetreinoso adequadas,podendocomplementar-secommalhasinterioresemcasodebaixastemperaturas.As malhas podem ser de um material que funcione como bom isolador trmico (l, polipropileno, etc.). Complementos.Algumaspartesdocorpo,comoospseasmosoasprimeirasa arrefecerem,jqueairrigaosanguneaachegacommaiordificuldade.Nosdiasfriossero imprescindveis umas boas luvas: podem ser de l ou de fibras sintticas, como o Thinsulate. Paraosps,aplica-setambmoprincpiodascamadasmltiplas.Ocomplementoidealpara umas botas de trekking um par de meias de ski (no tm calcanhar nem costuras), com pegas finas dealgodoporbaixo.prefervelquenosejam100%algodo,jquecomosuorseenrugame podem causar bolhas. Para proteger a cabea e o pescoo das baixas temperaturas, deve usar-se umcachecol e um bomgorrodelouThinsulatequecubraasorelhas.Umagolapoderabrigarambasaspartesdo pescoo. Para proteger as orelhas pode tambm utilizar-se uma fita larga de malha polar. culos de Sol so a melhor proteco para os olhos quando o vento frio e intenso. Como vestir Como vestir Como vestir Como vestir- -- -se no Vero se no Vero se no Vero se no Vero Osconselhosparaovesturioempocaestivalsomuitomaissimples.Poucosepodefazer para a proteco do calor, alm de vestir roupas leves e frescas. O material mais apropriado o algodo. Absorve o suor e, quando h Sol, seca com facilidade, no permanecendomuito tempo com a sensao de humidade na pele.Ouniformeestivadocaminheirocompostoporumasimplescamisolademangacurtaem algodo e uns cales. No entanto, caso se siga por carreiros muito estreitos entre vegetao, ser mais aconselhvel vestir calas compridas, para evitar arranhes e ferimentos causados por silvas e ramos, ou o desagradvel contacto com urtigas bem como alguns animais pouco interessantes, como por exemplo carraas. Opior inimigo, nesta poca do ano, o Sol. Com a diminuio da camada do ozono, os perigos relacionadoscomaexposioaoSol,somaiores.Porisso,hqueevitarutilizarpeascomalase vestirumacamisolalevede mangacomprida para protecodosraiossolares.Ouso deumchapu Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 16 importante.Casonootenhamos,devemospelomenosusarumleno.claroqueosculosdeSol tambm no devem ser esquecidos. Muitoemborasepossapensarqueumassuntodemenorimportncia,devemoslevar connosco um batom do cieiro para protegermos os lbios.

Impermevel Impermevel Impermevel Impermevel Canivete Canivete Canivete Canivete Sisal Sisal Sisal Sisal Kit 1 socorros Kit 1 socorros Kit 1 socorros Kit 1 socorros Kit fogo Kit fogo Kit fogo Kit fogo Bloco de NotasBloco de NotasBloco de NotasBloco de Notas Caneta Caneta Caneta Caneta Mtodos de purifi Mtodos de purifi Mtodos de purifi Mtodos de purificao de gua cao de gua cao de gua cao de gua Citar os utenslios essenciais a levar para uma excurso de dois diasTodos os itens da alnea anterior, no esquecendo os seguintes: Tenda Tenda Tenda Tenda SacoSacoSacoSaco cama cama cama cama Colchonete Colchonete Colchonete Colchonete Lanterna Lanterna Lanterna Lanterna Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 17 Durante a marcha As marcas As marcas As marcas As marcas Embora existam muitos troos sem sinalizao, ao longo de um percurso pedestre encontrar-se-umasriedesinais,baseadosnumcdigointernacionaladoptadoportodasasorganizaes europeiasquesededicamaotrekking.Estasmarcaspodemindicarquesetratadeumpercursode pequenarotaougranderota,queseestaseguirocaminhocorrectoouquehumamudanade direco nos prximos metros. Asmarcasqueconfirmamqueseestaseguiradirecocorrectaconsistememduasriscas horizontaisparalelas,comcercade15cmdecomprimentoe5cmdealtura,separadasporuma distnciaaproximadade1cm.Nasinalizaointernacionalariscasuperiorsempredecorbranca, enquanto a inferior ser vermelha caso se trate de um percurso de Grande Rota e amarela caso se trate deumPercursodePequenaRota.Casosetenhaenveredadoporumcaminhoerrado,asduasriscas (sempre uma de cada cor) aparecero cruzadas diagonalmente. Para indicar uma prxima mudana de direco utiliza-se tambm a marca de riscas paralelas, mas dupla, colocando por baixo uma seta de cor branca que indique a direco a tomar. Parainformarqueseabandonouopercursoprincipaleseenveredou por uma variante, utilizam-se na sinalizao tambm as marcas acima descritas, mas com um trao branco transversal sobre as riscas paralelas. Estas marcas so pintadas o podem aparecer em rochas, no tronco de uma rvore, num poste de electricidade ou no suporte de uma placa indicadora. Quem se aventura em algumas das nossas serras, principalmente pelas doNorte,isto,quemseafastadasestradasedostradicionaiscaminhosde bois encontra-se , com frequncia, uns estranhosmontculos de pedra. Umas vezes tm a altura de um palmoesoconstitudosporapenasmeiadziadepedrassobrepostas.Noutrasocasiessodo tamanhodeumhomemeformamautnticasobrasdearteedeequilbrio,atendendosingratas condies climatricas dos locais onde se encontram implantados, normalmente muito inspitos onde os ventos so fortes e constantes. Para os caloiros nestas andanas, estes amontoados de pedras constituem uma surpresa e, norarasvezes,interrogam-sesobreasuautilidade.Porm,afunodestasmodestaserudes construes extremamente rica: destina-se a sinalizar o itinerrio aos caminhantes e foram, em geral, ali erigidas pelos pastores.Emboraaolongodetodooanooauxlioquenosprestamsejade enormevalor,noInverno,emquefrequentementeanevecobreastrilhas, queestesmarcosquenonossopassoconhecidosporMoosou Mariolas(fotos1e2)queasuamaisvaliaatingeoseuexpoente,ao orientarem-nosnocaminhocorrectoe,assim,livrarem-nosdemuitas enrascadelas. Masestetipodesinalizaonoexclusivodasnossasserras. Encontram-se com frequncia, nas montanhas europeias, sendo estes marcos conhecidosporCairnsnosAlpesfrancesesecomoUomodiSassonos Alpes italianos. Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 18 O ritmo da marcha O ritmo da marcha O ritmo da marcha O ritmo da marcha Nestedesportonoexistenenhumaleiuniversalquedeterminequaloritmodemarcha apropriado. Cada um deve encontrar a sua regra pessoal. O ritmo depender no s da forma fsica da pessoa,mastambmdefactoresexternos,quetornemopercursomaisoumenosduro,comoas condies climatricas e, principalmente, a inclinao do terreno. Emboracadadesportistapossaavanarcomoseuprprioritmo,oimportantemanteruma marchaconstante.Asfrequentesmudanasderitmosaumentamocansao.Devecaminhar-secom regularidadeesegurana,evitandotropeesedesequilbrios,quefazemperderforasinutilmentee alteramoritmoderespirao.Comoregraprtica,avelocidadedemarchaaadequadaquandose pode avanar respirando pelo nariz. Nenhuma mquina, e muito menos o corpo humano, pode passar da imobilidade ao rendimento mximo sem sofrer as consequncias indesejveis. Deve comear-se com um ritmo suave, dando tempo para que o corao e os msculos se adaptem ao exerccio. Passados cerca de 20 minutos de marcha, o corpojaqueceu.Podefazer-seentoumapequenaparagemparaadaptarovesturionossa temperatura e retornar o caminho com um pouco mais de energia. Senoexistiremcircunstnciasespeciaisqueaconselhemuminciodepercursomaistarde,o melhor partir de manh cedo. Aproveita-se toda a luz do dia, sobretudo no Inverno, quando escurece mais cedo. No Vero, como o dia longo, no perodo mais quente do dia aproveita-se para retemperar foras atravs de um descanso mais prolongado. Num terreno plano ou com desnveis suaves, o normal avanar cerca de 3 a 5 Kmpor hora. Claro que estas mdias so bastante relativas, uma vez que ningum consegue fazer as mesmas mdias no incio de dia e mante-las at ao fim do percurso. O cansao diminui a velocidade de progresso. Ao fazermosumclculodotemponecessrioparapercorrerumpercurso,hqueteremcontaotempo queseirperdernasdiversasparagens.Paranosaproximar-mosmaisdotemporealque necessitaremos, convm acrescentarmos cerca de 30-40% do tempo previsto inicialmente. Quandonecessrioefectuarumacaminhadamuitolonga,torna-seconvenientemoderaras foras para chegar at ao fim. Se o que conta avanar, um bom ritmo de marcha assume ento maior importncia.Hqueevitarasparagensmuitofrequentes.Quandosesentecansaoprefervelno para,massimdiminuiravelocidade.Sefazmuitocalore sesecaminha ao Sol,aconselhvelque as paragenssejammaisfrequentes.Nonecessrioqueosdescansossejammuitoslongos:cinco minutoschegam.Convmpararemalgumlugarondehajasombrae,sobretudo,aproveitascada descanso para beber. Problemas mais frequentes Problemas com os ps: Os ps merecem uma ateno especial. Se doerem, o trekking deixa de ser um entretenimento e gozo para cada passo ser uma autntica tortura. Deve cuidar-se regularmente dos ps para prevenir a formao de bolhas. Antes de iniciar uma excurso,devemosfazerumcheckinn,cobrindocomadesivosealmofadinhasospontosmais sensveis onde podem ocorrer bolhas ou irritaes. Tambm, importante verificar se as unhas dos ps esto bem cortadas, para que no surjam encravadas e provoquem dores. Aconselha-se o uso de calado cmodo e j usado, acompanhado de meias absorventes, o que ajuda a evitarp de atleta. Os sapatos necessitam sempre de um perodo de uso para se adaptarem Manual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de ExcursionismoManual de Excursionismo 19 forma do p e perderem a rigidez original. Caso contrrio, estaremos a apresentar um exerccio bastante violento para os ps. Porvezes,aprevenorevela-seinsuficienteeacabamporsurgirbolhas.Umaspegasmal ajustadasqueformemrugas,unssapatosdemasiadoapertadosouumapedrinhapodemacausado problema. Se a pele s est avermelhada pela irritao e ainda no surgiu bolha, basta cobrir a parte afectada com um adesivo, bem esticado e sem almofada, e trocar de pegas. No caso de aparecer uma bolha, o mais apropriado pic-la com uma agulha e extrair o lquido. Uma forma simples de esteriliz-la uma agulha ser queimando-a com um fsforo ou isqueiro. Se no retirarmos o lquidoimediatamente, a bolhaimpediraprogressodevidosdores,poiscomafricotenderaaumentare,porfima rebentar, colando-se meia. Dores musculares: Surgemquandoserealizaumesforoconsidervelouquandosefazexercciosemestarbem treinado.Notecidomuscularacumulam-seprodutosmetablicos,comoocidolctico,emvirtudede umairrigaosanguneainsuficiente.Asdoresmuscularessseeliminammedianteumamelhor irrigao do sangue. Isto consegue-se fornecendo calor s partes afectadas atravs de massagens. Plantas e insectos: muito frequente a presena de urtigas nos carreiros. Esto cobertas de pelos diminutos que, em contacto coma pele, causam uma irritao urticante ligeira e que por vezes leva horas a desaparecer.Durante o caminho, pode cair-se na tentao de apanhar e comer bagas, como por exemplo as amoras. Devem comer-se apenas aquelas que se conheam perfeitamente. Existem vrias bagas vistosas bastante txicas sendo algumas mesmo mortais.Osinsectostambmconstituemumapequenaameaa.Poucosepodefazerparaevitaruma picada de abelha ou vespa, mas o certo que se no as importunarmos, estas no nos atacam. Porm, no caso disso acontecer, deve-se extrair com muito cuidado o ferro, para que no rebente a pequena bolsa de veneno que contm na sua base. Aproximando um brasa vrias vezes, mantendo o calor o mais junto possvel da pele durante alguns minutos,destri-seo veneno.Por fim e no esquecendo os mosquitos, existem vrias loes capazes de afastar esse insecto.