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UNIVERSIDADE DE ITANA
MANUAL DE TRABALHOS ACADMICOS
Ms. Eunice Batista Gonalves
Dra. Glria Maria de Pdua Moreira
Dr. Lcio Aparecido Moreira
Dra. Maria Jos de Morais Pereira
Dra. Patrcia Martins
ITANA
2013
Ms. Eunice Batista Gonalves
Dra. Glria Maria de Pdua Moreira
Dr. Lcio Aparecido Moreira
Dra. Maria Jos de Morais Pereira
Dra. Patrcia Martins
MANUAL DE TRABALHOS ACADMICOS
Manual de Trabalhos Acadmicos da Universidade
de Itana, oferecido aos alunos para orientao na
elaborao dos trabalhos a serem realizados nos
cursos de graduao desta Universidade.
ITANA
2013
APRESENTAO
A Universidade de Itana busca, com este trabalho, suprir as necessidades da
comunidade acadmica fornecendo aos discentes as normas indispensveis para que sejam
capazes de produzir trabalhos das disciplinas de graduao, artigos cientficos, monografias,
trabalhos de concluso de curso e dissertaes.
Este documento segue as normas aprovadas pela Associao Brasileira de Normas
Tcnicas-ABNT. Apresentamos aqui apenas informaes bsicas que consideramos
indispensveis para a apresentao de um bom trabalho acadmico e cientfico.
Na elaborao desses trabalhos necessrio que o autor siga normas padronizadas e
devidamente aprovadas pela ABNT. A utilizao das normas tcnicas contribui para uma boa
apresentao e compreenso da leitura. Dessa forma, essencial a padronizao utilizando-se
as normas determinadas pelo rgo normalizador.
A ABNT apresenta normas gerais e algumas regras opcionais que permitem ao autor e
s instituies definirem seus prprios critrios. Diante disso, optamos por utilizar os critrios
que consideramos significativos e indispensveis para a compreenso de qualquer leitor.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, queremos agradecer a todos aqueles que, dia a dia, contribuem
para o sucesso de nossa vida acadmica, tanto dirigentes, como professores, funcionrios, de
todas as categorias que, com o seu amor Universidade de Itana, ajudam a constru-la e a
torna-la uma referncia na regio em que est situada.
Agradecemos a todos os professores da disciplina Metodologia da Pesquisa Cientfica,
em suas diversas denominaes, que vm, no decorrer desses ltimos anos, se dedicando para
que nossa universidade represente uma referncia de vida acadmica em nosso pas.
Agradecemos a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, deixaram aqui sua
contribuio, especialmente ao Prof. Otto Johann V.N. Baumgarth (in memoriam), professor
da disciplina durante muitos anos na Universidade de Itana cujas instrues influenciaram
em muito este Manual.
Ao nosso querido Reitor, Dr. Faial David Freire Chequer, cujo esprito de luta,
permanente atualizao e inteligncia administrativa vm coroar e premiar os esforos de
todos ns que trabalhamos nesta universidade.
A Comisso Organizadora
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Capa
Figura 2 Anverso da Folha de Rosto
Figura 3 Verso da Folha de Rosto
Figura 4 Dedicatria
Figura 5 Agradecimentos
Figura 6 Epgrafe
Figura 7 Resumo
Figura 8 Abstract
Figura 9 Lista de Figuras
Figura 10 Lista de Tabelas
Figura 11 Lista de Abreviaturas e siglas
Figura 12 Sumrio
5
SUMRIO
1 INTRODUO .................................................................................................................... 7
2 TRABALHOS ACADMICOS ........................................................................................... 8
2.1 O que um trabalho acadmico ........................................................................................ 8
2.1.1 Aspecto didtico ................................................................................................................ 9
2.1.1.1 Levantamento bibliogrfico ......................................................................................... 9
2.1.1.2 Leitura ......................................................................................................................... 10
2.1.1.3 Fichamento .................................................................................................................. 11
2.1.1.4 Resumos ...................................................................................................................... 13
2.1.1.5 Citaes ........................................................................................................................ 14
2.1.1.6 Eventos didticos acadmicos no curso de graduao. .......................................... 17
2.1.1.7 Algumas noes que interessam para o uso da Biblioteca: ..................................... 18
2.1.2 Aspecto cientfico ............................................................................................................ 21
2.1.2.1 Linguagem Cientfica ................................................................................................. 21
2.1.2.2 Trabalhos de redao cientfica ................................................................................ 22
2.2 Estrutura material (NBR 14724/2011) ............................................................................ 24
2.2.1 Elementos Pr-Textuais ................................................................................................. 25
2.3 Quadro comparativo dos tipos de trabalhos acadmicos ............................................. 38
3 PROJETO DE PESQUISA ................................................................................................. 39
3.1 O que e para que serve diversas finalidades do projeto .......................................... 39
3.2 Partes ................................................................................................................................. 40
4 O RELATRIO DE PESQUISA ....................................................................................... 43
4.1 O que e como tem sido utilizado ................................................................................... 43
4.2 Elementos do Relatrio .................................................................................................... 43
4.3 Conceituao dos elementos do relatrio de pesquisa ................................................... 43
4.3.1 Partes essenciais ............................................................................................................. 43
4.3.2 Introduo ....................................................................................................................... 44
4.3.3 Desenvolvimento ............................................................................................................. 44
4.3.4 Concluso ou consideraes finais ................................................................................ 45
4.3.5 Referncias ...................................................................................................................... 46
4.2.6 Anexos. ............................................................................................................................ 50
5 NORMAS INTERNACIONAIS ......................................................................................... 51
5.1 Explicao sobre as Normas de Vancouver, de uso internacional. .............................. 51
5.2 Apresentao destas Normas ........................................................................................... 51
6 CONCLUSO ...................................................................................................................... 70
6
REFERNCIAS ..................................................................................................................... 71
ANEXOS ................................................................................................................................. 74
7
1 INTRODUO
Este Manual foi concebido para possibilitar, de forma simples e o mais objetiva
possvel, que os alunos da Universidade de Itana pudessem responder a estas perguntas: o
que um Trabalho Acadmico? Quais as condies necessrias para a sua elaborao? Como
chegar ao final de uma pesquisa e como torn-la pblica?
Desta forma, estabeleceram-se alguns objetivos, quais sejam: um, geral, que o de
atender s necessidades desta Universidade no que diz respeito ao correto modo de elaborao
dos trabalhos acadmicos; e, outros, especficos, que respondem s questes acima colocadas,
isto , o que um trabalho acadmico, que tipos existem, quais as suas partes, sob que
Normas eles devem ser elaborados, em que se fundamentam os trabalhos acadmicos.
Assim, no primeiro captulo, vamos tratar dos Trabalhos Acadmicos em geral, seus
aspectos didtico e cientfico, da sua estrutura material e, ainda, da Leitura e seu suporte, a
Biblioteca, base para todo e qualquer trabalho acadmico.
No segundo captulo, trataremos do Projeto de Pesquisa e suas caractersticas prprias,
suas partes, cuja ordem e definio so uma sugesto, desde que as concepes do que seja o
Projeto de Pesquisa e como ele se constitui so mltiplas.
No terceiro captulo, falaremos do Relatrio de Pesquisa, relacionando sua elaborao
aos itens dos captulos anteriores para que se veja a semelhana nos procedimentos e a
necessria adequao ao mtodo cientfico como ele concebido atualmente.
No quarto captulo esto apresentadas as Normas Internacionais, as de Vancouver,
diferentes das Normas da ABNT, que orientam a elaborao de todo este Manual, mas muito
necessrias para quem pretende publicar artigos em peridicos das reas das cincias exatas e
mdicas.
Na Concluso, vamos oferecer um descortino do Manual como um todo, tendo em
vista que ele seja til a todos os alunos da Universidade de Itana.
As Referncias indicam quais foram os autores e obras a que nos referimos no texto,
seja como exemplo, seja como orientao na elaborao deste Manual.
Os Anexos so, como o prprio nome indica, informaes adicionais para o aluno que
quiser aprofundar um pouco mais nos assuntos tratados aqui.
8
2 TRABALHOS ACADMICOS
2.1 O que um trabalho acadmico
A universidade o local de produo de conhecimento dentro das normas cientficas,
isto , o que se produz a precisa estar de acordo com alguns procedimentos, para que tenha
credibilidade e possa ser aceito pela Comunidade Cientfica.
Deste modo, uma primeira exigncia que se faz que as afirmaes feitas nele estejam
fundamentadas em textos de domnio pblico publicados por pessoas reconhecidamente
aceitas dentro do mbito acadmico. Tais textos se encontram nas Bibliotecas, local onde
ficam armazenados ou, hoje, em outros dispositivos digitais e sites eletrnicos, que
correspondem a uma verso moderna das mesmas.
Em um trabalho acadmico deve-se evitar a primeira pessoa do singular dos verbos,
procurar falar de forma impessoal, pois, desde que publicado, este texto passar a fazer parte
do acervo de conhecimentos produzidos na academia e j no pertencer ao seu criador, a no
ser nas referncias e citaes que sero feitas por outros do que a est sendo afirmado.
deste modo que o autor aparece, quando outros leitores encontram nele uma forma de
expressar as suas prprias ideias.
Este tipo de elaborao intelectual serve, tanto para atender necessidade de se fazer
uma proposta de trabalho futuro em algum setor da Universidade ou grupo de pesquisa, ou
ainda para o ingresso em um curso de Ps-Graduao, como projeto de pesquisa, quanto
quando da solicitao de um professor de uma disciplina, para efeito de avaliao mensal ou
semestral. Serve, ainda, para demonstrar o grau de conhecimento atingido ao se finalizar um
curso de graduao - quando o aluno apresenta o seu Trabalho de Concluso de Curso -, ou,
numa Ps-Graduao, ao finalizar a pesquisa realizada, se venha a relatar os resultados
obtidos, seja numa Ps-Graduao latu senso, numa Ps Graduao stricto sensu, Mestrado,
Doutorado ou Ps-Doutorado ou num relatrio de pesquisa dentro da rotina de funcionamento
dos diversos grupos de pesquisa que desenvolvem projetos e publicam seus resultados para
acesso de toda a Comunidade Cientfica.
Quando o aluno chega Universidade, abre-se para ele um novo universo de
desenvolvimento intelectual, a possibilidade do aprendizado dos conhecimentos cientficos j
produzidos e tambm a possibilidade dele prprio aprender como se produz conhecimento e
9
isto vai solicitar dele a ateno a um certo nmero de Normas que, de um modo ou de outro,
j esto sendo seguidas pelos seus professores, instrutores, coordenadores e orientadores.
Este Manual se prope a apresentar dois tipos de trabalhos acadmicos que,
basicamente, devero orientar os alunos desta Universidade no seu dia a dia de sua
elaborao, colocando as exigncias mnimas que se pede para que sua apresentao e
desenvolvimento possam ser considerados de acordo com a tradio de produo de
conhecimento cientfico: o Projeto de Pesquisa e o Relatrio de Pesquisa.
De fato, todo o movimento de busca de conhecimentos j produzidos e o de busca de
novos conhecimentos luz do que j est disposio de quem pretende alcanar novos
patamares de informao, se resume em uma pesquisa.
Ao atingir o que se pretendeu nesta busca, no esforo de tornar pblica esta pesquisa,
faz-se um relatrio dela, que, salvo no item colocado na Folha de Rosto (p. 27) do trabalho
acadmico, que designa a finalidade do que se est apresentando, no difere em nenhum
momento em todos os nveis de conhecimento praticados na Universidade, da sala de aula aos
mais altos nveis de elaborao cientifica.
2.1.1 Aspecto didtico
2.1.1.1 Levantamento bibliogrfico
Um dos primeiros passos a serem dados, depois que se formulou o problema de
pesquisa, de forma clara e distinta, escolher algumas palavras, que ns vamos chamar de
palavras-chave, que dizem respeito ao que pretendemos conhecer.
Por exemplo:
Se nosso problema saber qual o papel dos gerentes em uma determinada empresa e esta
possui uma cultura organizacional prpria; e, para isto fizemos a pergunta: Que papel tm os
gerentes dentro da cultura organizacional da empresa Tal? Ento podemos levantar como
palavras-chave, Cultura, cultura organizacional, liderana (supe-se, hoje, que os gerentes
sejam lderes ou ocupem uma posio de liderana).
Outro exemplo:
Se nosso problema saber como se pode implantar, dentro de uma empresa de mdio porte,
um sistema de controle de qualidade e, para isto, fizemos a pergunta: Como feita a
implantao de um sistema de controle de qualidade em uma empresa de mdio porte?
10
Podemos, ento, levantar como palavras-chave: Sistema, controle de qualidade, empresa de
mdio porte.
De posse destas palavras-chave, vamos Biblioteca, buscar fontes que possam nos
situar dentro deste tema.
Se formulamos esta pergunta, que expressa um problema: Que papel tm os gerentes
dentro da cultura organizacional da empresa Tal? Podemos projetar fazer uma pesquisa sobre
o tema: O papel dos gerentes dentro das organizaes; ou ainda: A Empresa Tal: o papel dos
gerentes como lderes no contexto da cultura organizacional; ou tambm: Cultura
Organizacional: a importncia dos gerentes como fator de liderana, um estudo de caso na
Empresa Tal.
Cada um desses temas tem objetivos diferentes e metodologias tambm diferenciadas,
que se anunciam na formulao do problema.
O problema formulado atravs de uma pergunta, expressa por uma frase
interrogativa [..............?].
O tema expresso por uma frase afirmativa, com o mesmo contedo da frase
interrogativa utilizada para formular o problema.
Muitas vezes, ao fazermos nossa pesquisa bibliogrfica, acabamos mudando a direo
inicial proposta pelo tema escolhido, embora nosso problema possa continuar o mesmo. Mas,
ao ler algo sobre o que nos preocupa, o entendemos melhor, alguns pontos so esclarecidos e
nossas ideias sobre o problema se alargam, ficamos sabendo mais e melhor sobre o assunto.
Da a importncia da pesquisa bibliogrfica inicial, logo quando formulamos o
problema e escolhemos o tema de que vamos tratar. Mais tarde, vamos ler mais, porque
precisaremos fundamentar nossa pesquisa em teorias j existentes, tomamos conhecimento do
estado da arte relacionado ao nosso tema. Esta pesquisa inicial certamente nos ajudar muito
a realizar mais esta tarefa.
2.1.1.2 Leitura
Esta sociedade em que vivemos, que tambm se denomina sociedade da cincia e da
tecnologia, atravs dos anos tem armazenado os conhecimentos que produziu em forma de
textos. At o aparecimento do procedimento digital de gravao de informao, eram os livros
a forma mais utilizada para isto. Da a grande importncia das Bibliotecas, para as cidades, os
municpios, as escolas, quaisquer instituies educacionais, quaisquer instituies que lidem
com a informao.
11
Uma das coisas que mais se pede a um aluno de um curso universitrio que leia, que
aprenda a ler com ateno e expressar o que leu, com as suas palavras, entendendo o
significado do que est escrito.
Todo e qualquer trabalho acadmico deve ser fundamentado em textos j publicados,
isto , que j estejam fazendo parte do domnio pblico. Mesmo se no esto armazenados em
uma biblioteca, estes textos, publicados, podem vir a ser teis na elaborao dos trabalhos de
graduao e tambm dos outros nveis e graus superiores, dentro da universidade.
No estamos dizendo a que estes textos possam ser copiados, como se fossem nossos.
Ao contrrio, de praxe que faamos o leitor saber a sua origem, quem o escreveu e onde
que o conseguimos. Estas so informaes que vm, seja no final das citaes, nos pargrafos
em que se expressam as ideias lidas, seja nas Referncias.
2.1.1.3 Fichamento
Fichamento dos aportes tericos: ponto de partida para a escrita acadmica
O Fichamento uma parte importante para a efetivao do estudo ou da pesquisa.
Os registros e a organizao das fichas depende da capacidade de organizao de cada
um.
Os registros podem ser feitos em folhas de papel comum ou em um programa de
banco de dados de um computador.
Existem trs tipos bsicos de fichamentos:
o fichamento bibliogrfico,
o fichamento de resumo ou contedo
o fichamento de citaes.
Ficha Bibliogrfica
a descrio, com comentrios, dos tpicos abordados em uma obra inteira ou parte
dela.
Ficha de Resumo ou Contedo
uma sntese das principais ideias contidas na obra. O leitor, ou o pesquisador
elabora esta sntese com suas prprias palavras, no sendo necessrio seguir a
estrutura da obra. (ASSIS, [s/d], p. 26). Dessa forma, ele produz uma parfrase.
12
Parfrase.1
As ideias so expressas na linguagem de quem as cita. preciso ter em mente, neste
caso, que ao parafrasear est-se implicitamente reivindicando a sua autoria e por isso
muito importante que as palavras e a sintaxe utilizadas sejam realmente prprias.
(SILVA, [s/d], p. 2).
No se pode apresentar como parfrase aquilo que seria, real e legitimamente, uma
citao textual. (SILVA, [s/d], p. 2).
Ficha de Citaes
a reproduo fiel das frases que se pretende usar como citao na redao do
trabalho.
Observao: O plgio no se caracteriza apenas pela transcrio de frases inteiras de
um outro autor. Pode-se considerar plgio tambm a transcrio, sem marcao de
autoria, de uma simples expresso ou mesmo de uma ideia.
Exemplo de parfrase
Texto original:
[...] proibido, bloqueado, mascarado ou desconhecido desde a poca clssica; nem
mesmo afirmo que a partir da ele o tenha sido menos do que antes. No digo que a
interdio do sexo uma iluso; e sim que a iluso est em fazer dessa interdio o
elemento fundamental e constituinte a partir do qual se poderia escrever a histria do
que foi dito do sexo a partir da Idade Moderna. Todos esses elementos negativos proibies, recusas, censuras, negaes que a hiptese repressiva agrupa num grande mecanismo central destinado a dizer no, sem dvida, so somente peas que tm uma
funo local e ttica numa colocao discursiva, numa tcnica de poder, numa vontade
de saber que esto longe de se reduzirem a isso (FOUCAULT, [s/d], p. 17, apud
SILVA, [s/d], p. 6).
Exemplo de uma falsa parfrase
Foucault no argumenta que o sexo tenha sido proibido e bloqueado desde a poca
clssica ou que tenha sido menos depois disso. Ele tampouco diz que a proibio do
sexo seja um iluso. A iluso, para ele, est em fazer dessa proibio o elemento
central e constituinte a partir do qual se poderia escrever a histria do sexo na Idade
Moderna. Para Foucault, todos os traos negativos, tais como proibies, recusas e
negaes, que para a hiptese repressiva constituiriam um grande mecanismo central
da negao, no passam de peas que tm uma funo local e ttica num aparato
discursivo, numa tcnica de poder, numa vontade de saber que no se reduzem a isso.
(FOUCAULT, [s/d], p. 17, apud SILVA, [s/d], p. 6).
Exemplo de uma parfrase autntica
Foucault no pretende negar que depois da poca Clssica houve uma forte represso
do sexo. A questo, para ele, no est em negar a realidade dessa represso. O que ele
1 Este esquema foi realizado com base em um texto acadmico de Tomaz Tadeu da Silva, professor da Universi-
dade Federal do Rio Grande do Sul, inclusive os exemplos que foram literalmente transcritos da apostila origi-
nal, cuja referncia integral consta no final deste Manual.
13
questiona que se possa compreender a histria do sexo na Idade Moderna tendo essa
represso como elemento central. Para Foucault, no a negao do sexo que o mais
importante, mas sim as formas pelas quais o sexo foi colocado em um discurso que
parte integrante de um processo mais amplo, constitudo, alm disso, por tcnicas de
poder e por uma vontade de saber. (SILVA, [s/d], p. 6).
2.1.1.4 Resumos
Este texto que consideramos adequado para a elaborao de resumos foi copiado do
Guia de Produo Textual da PUCRS (SCARTON; SMITH, 2002, on line) 2, Como elaborar
resumos de textos cientficos:
Resumir o ato de ler, analisar e traar em poucas linhas o que de fato essencial e
mais importante para o leitor. (SCARTON; SMITH, 2002, on line)3
O fato de nos esforarmos para entender um texto a ponto de ser capaz de retirar dele
apenas as ideias principais, nos possibilita internaliz-las e o risco de esquec-las menor.
Se conseguirmos criar, no nosso dia a dia, o hbito de sintetizar textos ou captulos
longos de modo que dominemos o seu contedo, isto pode nos ajudar no momento de estudar
qualquer disciplina.
O hbito de elaborar resumos nos ajuda na memorizao de textos escritos e, tambm,
de textos falados, quando, por exemplo, ao assistir a uma palestra, tomamos nota das ideias
principais a expressas.
O resumo, portanto, tem por objetivo apresentar com fidelidade ideias ou fatos
essenciais contidos num texto. Sua elaborao envolve habilidades como leitura
competente, anlise detalhada das ideias do autor, discriminao e hierarquizao
dessas ideias e redao clara e objetiva do texto final. [...] Dominar a tcnica de fazer
resumos de grande utilidade para qualquer atividade intelectual que envolva seleo
e apresentao de fatos, processos, ideias, etc. (SCARTON; SMITH, 2002, on line)4.
O resumo pode se apresentar de vrias formas, conforme o objetivo a que se destina.
No sentido estrito, padro, deve reproduzir as opinies do autor do texto original, a ordem
como essas so apresentadas e as articulaes lgicas do texto, sem emitir comentrios ou
juzos de valor. Trata-se, neste caso, de reduzir o texto mantendo sua estrutura e seus pontos
essenciais.
Quando no h a exigncia de um resumo formal, o texto pode igualmente ser
sintetizado de forma mais livre, variando-se a sua estrutura. (Exemplo: "No texto tal..., de
(nome do autor)..., publicado em..., o autor apresenta/ analisa/ critica/ questiona...(tema) ).
2 http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php
3 http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php.
4 http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php.
14
Em qualquer tipo de resumo dois cuidados so indispensveis: buscar a essncia do
texto e manter-se fiel s ideias do autor.
H quem diga que, quando somos capazes de resumir um texto ou uma palestra
porque os entendemos o suficiente para poder reproduzir o que dizem.
Orientaes para fazer um bom resumo:
1- Fazer a leitura flutuante (leitura rpida, de uma s vez) para identificar a ideia
principal do texto.
2- Identificar as palavras chave.
3- Fazer o resumo dos pargrafos.
4- Redigir o resumo do texto seguindo os resumos dos pargrafos.
5- Reler o resumo verificando a sua coeso e clareza.
2.1.1.5 Citaes5
Aprendemos at aqui que a estrutura do trabalho cientfico essencial para uma base
comum de elaborao dos trabalhos. J imaginou se cada pessoa criasse sua norma para o
trabalho cientfico? Teramos capas azuis, verdes, rosas, vermelhas....textos formatados das
mais diversas maneiras [...](AMARAL; MOREIRA, 2008, p. 37).
Alm das regras gerais, a ABNT estabelece tambm, regras para o uso de citaes no
corpo do texto. A norma da ABNT NBR 10520 (ABNT, 2002b) define as formas que as
citaes devem ter em documentos.
Mas afinal de contas, voc sabe o que uma citao?
Citao a [...] meno de uma informao extrada de outra fonte (ABNT,2002b,p.
1). Para que um texto se torne cientfico, o seu contedo deve ter o respaldo de outros autores,
confirmando, completando, explicando as argumentaes do autor do texto cientfico.
Na verdade, h algumas formas de fazer uma citao e por isso, vamos explicar uma a
uma, para o seu melhor entendimento.
a) Citao Direta ou Textual
A citao direta, conhecida tambm como textual a [...] transcrio textual de parte
da obra do autor consultado (ABNT,2002b, p.1). a cpia literal do texto de outro autor.
5 O texto aqui apresentado foi organizado por um dos professores responsveis pela elaborao deste Manual,
para uma outra instituio mineira, tendo sido copiado quase integralmente. Este item, especificamente
acompanha a redao dada em texto disposio, no site: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met08.htm.
15
Pode ser usado vrias vezes, desde que tenha coerncia e que aquela citao sirva para ajudar
a tornar mais clara a escrita do seu texto.
Existem dois tipos de citaes direta ou textual:
Citao Direta Curta (com at 3 linhas digitadas) - Deve ser feita na continuao do
texto, entre aspas.
1- Ex.: Maria Ortiz, moradora da Ladeira do Pelourinho, em Salvador, que de sua janela jogou gua fervendo nos invasores holandeses, incentivando os homens a continuarem
a luta. Detalhe pitoresco que na hora do almoo, enquanto os maridos comiam, as
mulheres lutavam em seu lugar. Este fato levou os europeus a acreditarem que "[...] o
baiano ao meio dia vira mulher" (MOTT, 1988, p. 13, grifo nosso apud AMARAL;
MOREIRA, 2008, p. 38).
Obs.: MOTT - autor que faz a citao.
1988 - o ano de publicao da obra deste autor nas Referncias.
p. 13 - refere-se ao nmero da pgina onde o autor fez a citao.
Grifo nosso a citao foi colocada em itlico. Poderia ser tambm colocada em negrito, ou sublinhada. Porm, quando j vier com o destaque do prprio autor do texto, deve-se colocar grifo do autor.
Citao Direta Longa (com mais de 3 linhas digitadas) - As margens so recuadas
esquerda em 4 cm, com espaamento simples (o texto deve ser digitado em espacejamento
simples), com a letra tamanho 10 (TNR) e sem aspas. O itlico opcional, embora
desnecessrio.
2- Ex.: Alm disso, a qualidade do ensino fornecido era duvidosa, uma vez que as
mulheres que o ministravam no estavam preparadas para exercer tal funo.
[...] A maior dificuldade de aplicao da lei de 1827 residiu no provimento das
cadeiras das escolas femininas. No obstante sobressarem as mulheres no ensino
das prendas domsticas, as poucas que se apresentavam para reger uma classe
dominavam to mal aquilo que deveriam ensinar que no logravam xito em
transmitir seus exguos conhecimentos. Se os prprios homens, aos quais o acesso
instruo era muito mais fcil, se revelavam incapazes de ministrar o ensino de
primeiras letras, lastimvel era o nvel do ensino nas escolas femininas, cujas
mestras estiveram sempre mais ou menos marginalizadas do saber. (SAFFIOTI,
1977, p. 193, apud AMARAL; MOREIRA, 2008, p. 39)..
OBS: quando o sobrenome do autor est inserido no texto, ele citado com fonte normal. Quando est dentro do
parntese, ele vem em caixa alta, ou seja, todo em letra maiscula.
b) Citao Indireta ou livre
Essa citao acontece quando voc l um texto, extrai a ideia dele e escreve com suas
palavras: faz uma parfrase. Voc pode utilizar a citao do autor quando achar necessrio,
desde que explicite que aquela ideia no sua, mas do autor que voc leu.
16
Na citao indireta ou livre, opcional o uso do nmero da pgina de onde foi retirada
a ideia. Nessas citaes, pode-se utilizar o autor fora do contexto do trecho ou dentro do
contexto do trecho. A nica diferena que, quando o autor estiver fora do contexto, ele vem
dentro do parntesis, em caixa alta [todo em letra maiscula].
3- Ex.: Somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi concedido s mulheres o direito educao primria, mas mesmo assim, o ensino da aritmtica nas
escolas de meninas ficou restrito s quatro operaes. Note-se que o ensino da
geometria era limitado s escolas de meninos, caracterizando uma diferenciao
curricular. (COSENZA, 1993 apud AMARAL; MOREIRA, 2008, p.38).
Ou, como no exemplo abaixo:
Segundo Cosenza (1993), somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi
concedido s mulheres o direito educao primria, mas mesmo assim, o ensino da
aritmtica nas escolas de meninas ficou restrito s quatro operaes. Note-se que o ensino da
geometria era limitado s escolas de meninos, caracterizando uma diferenciao curricular.
AMARAL; MOREIRA, 2008, p.38).
c) Citao de Citao
A citao de citao acontece quando voc no tem acesso fonte original e quer citar
algo que o autor do texto que voc est lendo j citou. Somente a referncia completa do
documento consultado dever estar listada nas referncias, ao final do trabalho.
Se, ao redigir a citao de citao, o autor estiver inserido no contexto do texto, deve-
se utilizar o termo citado por. Se o autor estiver dentro do parntesis, deve-se utilizar a
expresso latina apud, que tem o mesmo significado.
4- Ex.: O Imperador Napoleo Bonaparte dizia que "[...] as mulheres nada mais so do
que mquinas de fazer filhos." (BONAPARTE apud LOI, 1988, p. 35, apud
AMARAL; MOREIRA, 2008, p. 39).
J a entrevista, segundo Nisbet citado por Rop e Tanguy (1997, p. 17) muito
importante pois [...] as palavras so testemunhos muitas vezes mais bem compreendidos do
que os documentos, comportam mltiplas implicaes e esto associadas a escolhas
partidrias. (apud AMARAL; MOREIRA, 2008, p. 40).
17
Em citaes, pode-se utilizar alguns indicadores:
[...] supresses: Este smbolo utilizado quando parte de uma citao que voc selecionou
para utilizar no seu texto vai desfocar o sentido do seu texto. Nesse caso voc retira o trecho e
coloca o sinal de supresso para evidenciar que voc retirou uma parte do texto. Cuidado para
que, ao retirar o trecho, no mude o sentido do texto do autor.
[ ] interpolaes, comentrios ou acrscimos: Este smbolo utilizado para que voc faa
intervenes no contexto da citao, sem comprometer o texto do autor.
nfase ou destaque: Para dar nfase ou destaque em algum termo, voc pode utilizar o negrito
ou itlico ou sublinhado.
2.1.1.6 Eventos didticos acadmicos no curso de graduao.
Conferncia uma das formas de reunio informativa que se caracteriza pela exposio
feita por autoridade em determinado assunto para grande nmero de pessoas. Exige a
presena de um presidente de mesa para conduo dos trabalhos, sendo bem mais formal que
uma palestra. As perguntas acontecem somente por escrito e devidamente identificadas, bem
ao final da exposio.
Palestra - [...] um evento caracterizado pela apresentao de um tema, por um especialista,
a um grupo de pessoas com interesses comuns. Aps a apresentao, aberta a possibilidade
para questionamentos. (TJPR, on line)6
Simpsio uma reunio para a discusso de um determinado tema, sem que haja inteno de
apresentar concluses, mas apenas impresses, proposies. A diferena entre o Simpsio e a
Mesa Redonda que nele os expositores no debatem entre si os temas que esto sendo
apresentados.
Seminrio mtodo de estudo do nvel universitrio, promove o contato profundo com o
texto buscando a mensagem central e promovendo a discusso sobre o tema.
Debate a partir de um tema, um grupo de alunos apresenta argumentos comprovando um
posicionamento. Esses argumentos sero refutados por outro grupo de alunos. No debate h a
necessidade de um moderador, para dar sequncia e organizao ao evento.
6 http://portal.tjpr.jus.br/c/document_library/get_file?folderId=131716&name=DLFE-5932.pdf..
18
Mesa redonda uma reunio preparada e conduzida por um moderador, que orienta a
discusso, para que se atenda ao tema proposto. Os participantes da mesa apresentam os seus
pontos de vista sobre o assunto em pauta, num tempo determinado. Em seguida, eles debatem
entre si, podendo haver a participao dos presentes, em forma de perguntas. (TJPR, on
line)7
Painel - [...] a diferena entre Mesa- Redonda e Painel que, neste, os expositores debatem
entre si o assunto, cabendo ao pblico apenas assistir polmica, sem direito a perguntas.
(TJPR, on line)8
Oficina um evento dividido em duas partes: terica e prtica. Os participantes realizam a
prtica de uma atividade e tentam encontrar solues para o problema proposto.
Resumo de trabalho [...] o ato de ler, analisar e traar em poucas linhas o que de fato
essencial e mais importante para o leitor. (SCARTON; SMITH, 2002, on line)9. Este resumo
acompanhado das palavras chave. (1.1.1.4)
Relatrios item 3.2.3.4
Artigo de Reviso de Literatura apresentao em formato de artigo dos estudos, de um
determinado tema, em diversos autores. Fazem parte do artigo de reviso: ttulo, autor,
instituio, resumo (palavras chave), justificativa, objetivos, metodologia, resultados e
discusso, concluso e referncias.
2.1.1.7 Algumas noes que interessam para o uso da Biblioteca
Na maioria das Bibliotecas, inclusive a nossa, so utilizados, ora o Sistema de
Classificao de Dewey (CDD), ora o Sistema de Classificao Decimal Universal (CDU),
para facilitar a catalogao das obras e o acesso dos leitores s estantes do acervo.
7 http://portal.tjpr.jus.br/c/document_library/get_file?folderId=131716&name=DLFE-5932.pdf..
8 http://portal.tjpr.jus.br/c/document_library/get_file?folderId=131716&name=DLFE-5932.pdf..
9 http://www.pucrs.br/manualred/resumos.php.
19
Ambos os sistemas trabalham com uma classificao decimal, isto , dividem as reas
de estudo em dez itens, subdividindo-as, conforme a diviso de disciplinas que as compem,
originando nmeros que indicam a que rea ou disciplina pertence aquela obra que estamos
buscando na Biblioteca.
A CLASSIFICAO DECIMAL UNIVERSAL (sistema utilizado pelas Bibliotecas em geral):
100 Filosofia 200 Religio 300 Cincias Sociais 400 Filologia e Lingustica 500 Cincias Puras 600 Cincias Aplicadas 700 Belas Artes 800 Literatura 900 Biografia, Geografia e Histria 000 Obras Gerais
Segue, no quadro abaixo, um exemplo:
Exemplo:
A Metodologia Cientfica faz parte da rea da Filosofia (100), pois se originou na Filosofia da Cincia (160,
possivelmente). Quanto mais nmeros houver na lombada do livro, mais especializada naquela rea a obra.
Ento vamos ter: 167 - Pesquisa, investigao cientfica (nmero que identifica as obras que
tratam da investigao cientfica)
167.1 - o problema (nmero que identifica as obras que estudam o problema
de pesquisa)
167.2 - o processo analtico (nmero que identifica as obras que estudam o
processo de coleta e anlise de dados para uma pesquisa)
167.22 observao (nmero que identifica as obras que estudam a observao entre os diferentes instrumentos de coleta de dados)
167.23 experimentao ((nmero que identifica as obras que estudam o processo de experimentao relacionado pesquisa cientfica, por
exemplo o que ocorre nos laboratrios).
Os Manuais que orientam esta classificao esto em poder dos responsveis pelas bibliotecas.
Esta numerao fica no alto da etiqueta, colada no dorso dos livros, na lombada, visvel nas
prateleiras
167 Numerao da CDU , identifica Filosofia/Pesquisa
A553i cientfica 7ed. - 2005
20
j ordenados nas estantes e pode nos orientar sobre como nos movermos dentro de uma
grande Biblioteca, pois podemos nos dirigir diretamente, para o nmero indicado nas estantes,
correspondente rea de estudo que estamos buscando.
Alm disso, h a Tabela Carter, que faz a notao do autor, mais a notao do ttulo
das obras.
167 Classificao da rea de conhecimento (CDU)
553 - nmero de referncia do autor (Tabela Carter)
167 i - inicial do ttulo da obra, em letra minscula:
A553i Introduo Metodologia do Trabalho Cientfico
7ed.-2005
Para isto, dela consta uma lista de sobrenomes, em ordem alfabtica, que o
Bibliotecrio anota, correspondente ao ltimo sobrenome do autor da obra, na etiqueta que
fica no dorso dos livros que fazem parte do acervo.
Ento, ao anotarmos a referncia de um livro qualquer no arquivo da Biblioteca,
vamos ter um grupo de letras e nmeros, mais ou menos assim:
167 167 - Classificao CDU, identifica Filosofia
A553i A- primeira letra do ltimo sobrenome do autor:
7ed.-2005 ANDRADE, Maria Margarida de
553 - nmero de referncia do autor (Tabela Carter)
i - inicial do ttulo da obra, em letra minscula:
Introduo Metodologia do Trabalho Cientfico
O Ttulo do livro : Introduo Metodologia do Trabalho Cientfico.
E o nome do autor : Maria Margarida de Andrade (ANDRADE, Maria Margarida de, nas normas da
ABNT para as Referncias).
Para quem faz uma pesquisa, a Ficha Catalogrfica de grande interesse. Ela se situa
nas pginas iniciais de qualquer livro e traz uma srie de informaes importantes sobre a rea
de conhecimento, a subrea em que se situa a obra, para facilitar o trabalho de classificao
do bibliotecrio, alm dos dados a respeito das pessoas envolvidas com a sua produo: autor,
tradutor, editor, local em que foi publicada, data de publicao. Estes dados vo ser valiosos
para o pesquisador, quando ele for elaborar as Referncias de seu trabalho, o que veremos
mais tarde.
Entretanto, ao realizar qualquer trabalho acadmico, as Normas que ele deve seguir
sero as da ABNT e o resultado final bastante diferente do exemplo de Ficha Catalogrfica.
21
Mas o que est indicado nela, deve ser aproveitado como informao relevante quando da
elaborao do trabalho.
FICHA CATALOGRFICA:
Severino, Antnio Joaquim, 1941 Metodologia do trabalho cientfico / Antonio Joaquim Severino 22 ed. rev. e ampl. De acordo com a ABNT So Paulo: Cortez, 2002.
Bibliografia.
ISBN 85-249-0050-4
1. Metodologia. 2. Mtodos de estudo. 3. Pesquisa. 4. Trabalhos cientficos. I. ttulo.
02 0442 CDD-001.42
2.1.2 Aspecto cientfico
2.1.2.1 Linguagem Cientfica
H, de modo geral, uma tendncia a descuidar-se da linguagem quando se redige um
trabalho cientfico ou tcnico, talvez sob a alegao de que no se trata de trabalho literrio.
Importa respeitar, ao menos, os seguintes aspectos fundamentais (vide Anexo III) - (IMES,
[s/d], p. 50)10
:
a) correo gramatical: convm sempre solicitar a contribuio de um conhecedor da lngua e
da gramtica para nos auxiliar;
b) exposio clara, concisa, objetiva, pois uma redao cientfica;
c) cuidado em evitar pargrafos extensos, construir perodos com, no mximo, duas ou trs
linhas, bem como pargrafos com cinco linhas cheias, em mdia e, no mximo, oito;
d) linguagem direta, pois conduz mais facilmente o leitor essncia do texto, dispensando
detalhes irrelevantes e indo diretamente ao que interessa, sem rodeios;
e) preciso e rigor com o vocabulrio tcnico, sem cair no hermetismo, isto , escrever frases
de difcil compreenso;
f) impessoalidade: contribui grandemente para a objetividade da redao dos trabalhos
cientficos, devendo-se usar verbos na terceira pessoa do singular ou primeira do plural;
10
http://www.ead.ftc.br/portal/upload/bacharelado/comuns/01-MetodologiadoTrabalhoAcademico-
UNIASSELVI.pdf
22
g) no comear perodos ou pargrafos seguidos com a mesma palavra, nem usar repetida-
mente a mesma estrutura de frase;
h) evitar longas citaes e relatar os fatos com o menor nmero possvel de palavras;
i) recorrer aos termos tcnicos somente quando absolutamente indispensveis e,
nesse caso, colocar o seu significado entre parnteses;
j) evitar palavras e formas empoladas ou rebuscadas, que tendem a transmitir ao leitor mera
ideia de erudio;
k) ser rigoroso na escolha das palavras do texto, desconfiando dos sinnimos perfeitos ou de
termos que sirvam para todas as ocasies;
l) evitar o uso de termos com conotao emocional, gria, expresses de uso popular.
2.1.2.2 Trabalhos de redao cientfica
Artigo: o artigo cientfico consiste na apresentao dos resultados da pesquisa ou
estudo realizados a respeito de uma questo expressa de uma maneira sucinta. O artigo deve
conter: a dvida investigada, o objetivo, o referencial terico utilizado, a metodologia
empregada, os resultados alcanados.
Considera-se como didtica para a elaborao de um artigo cientfico a estrutura que
segue abaixo (SANTOS, 2010):
Ttulo: descreve de forma lgica, rigorosa, breve e gramaticalmente correta a essncia do
artigo. Por vezes, opta-se por ttulos com duas partes (ttulo e sub-ttulo).
Autor(es) e filiao (instituio a que pertence(m). frequente indicar tambm o endereo
de correio eletrnico.
Resumo: deve ter de 200 a 300 palavras.
Palavras chave: de trs a cinco, separadas por ponto.
Introduo: ela fornece ao leitor o enquadramento para a leitura do artigo e deve esclarecer
sobre a natureza do problema cuja resoluo se descreve no artigo.
Corpo do artigo: constitui a descrio de todos os pontos relevantes do trabalho realizado.
Concluses: devem ser enunciadas claramente e devero cobrir o que que o trabalho des-
crito no artigo conseguiu e qual a sua relevncia; e as vantagens e limitaes das propostas
que o artigo apresenta.
Referncias as obras consultadas para a elaborao deste artigo.
23
Monografia: Jlia Lessa Frana (1999, p. 33) explica deste modo o que uma
monografia, melhor, um trabalho acadmico:
Por ser uma primeira experincia de relato cientfico, o trabalho acadmico constitui-
se numa preparao metodolgica para futuros trabalhos de investigao. Por esta
razo sua estrutura assemelha-se das dissertaes e teses, podendo restringir-se aos
elementos considerados essenciais: capa, folha de rosto, sumrio, resumo, texto e
referncias bibliogrficas.
Segue, abaixo, um quadro sugestivo a respeito da Monografia:
A Monografia A Monografia no
Um trabalho que observa e acumula observaes; Repetir o que j foi dito por outro, sem se
apresentar nada de novo ou em relao ao
enforque, ao desenvolvimento ou s concluses;
Organiza essas informaes e observaes; Responder a uma espcie de questionrio; no
executar um trabalho semelhante ao que se faz em
um exame ou deveres escolares;
Procura relaes e regularidades que pode haver
entre elas;
Manifestar meras opinies pessoais, sem
fundament-las com dados comprobatrios
logicamente correlacionados e embasados em
raciocnio;
Indaga sobre os porqus; Expor ideias demasiadamente abstratas, alheias
tanto aos pensamentos, preocupaes,conhecimen-
tos ou desejos pessoais do autor da monografia
como de sua particular maturidade psicolgica e
intelectual;
Utiliza de forma inteligente as leituras e
experincias para comprovao;
Manifestar uma erudio livresca, citando frases
irrelevantes, no pertinentes e malassimiladas, ou
desenvolver perfrases sem contedo ou
distanciadas da particular experincia de cada caso
Comunica aos demais seus resultados
FONTE: ASSIS, [s/d], p. 39.
Dissertao: assim definida pela Norma 14724 (ABNT, 2011, p. 2):
Documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposio de
um estudo cientfico retrospectivo, de tema nico e bem delimitado em sua extenso,
com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informaes. Deve evidenciar o
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematizao
do candidato. feito sob a coordenao de um orientador (doutor), visando a
obteno do ttulo de mestre.
Tese: A Norma 14724 (ABNT, 2011, p. 4) assim a caracteriza:
Documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposio de
um estudo cientfico de tema nico e bem delimitado. Deve ser elaborado com base
em investigao original, constituindo-se em real contribuio para a especialidade em
questo. feito sob a coordenao de um orientador (doutor) e visa a obteno do
ttulo de doutor, ou similar.
24
2.2 Estrutura material (NBR 14724/2011)
O trabalho cientfico dever ser organizado de acordo com a estrutura abaixo:
Elementos pr-textuais
capa;
lombada (para teses e dissertaes);
folha de rosto;
ficha catalogrfica;
errata
folha de aprovao (para teses e dissertaes);
dedicatria;
agradecimentos;
epgrafe;
resumo na lngua verncula (para TCC, teses e dissertaes);
resumo em lngua estrangeira - Abstract (para teses e dissertaes);
lista de ilustraes (Tabelas, Figuras e Quadros);
lista de abreviaturas e siglas;
sumrio.
Elementos textuais
a)Pesquisa Quantitativa
Introduo
Desenvolvimento
Referencial Terico ou estado-da-arte
Materiais e mtodos ou metodologia
Resultados
Discusso dos resultados
Concluso
b)Pesquisa Qualitativa
Introduo
Desenvolvimento
Referencial Terico ou estado-da-arte
25
Metodologia
Resultados
Discusso dos resultados
Concluso
Elementos ps-textuais
Referncias
Anexos e/ou Apndices
2.2.1 Elementos Pr-Textuais
So computados para numerao, porm no so numerados.
2.2.1.1 Capa (elemento obrigatrio)
Deve conter dados essenciais que identifiquem a obra: nome da instituio, o ttulo do
trabalho, autor, local, ano de depsito (entrega), nesta ordem.
UNIVERSIDADE DE ITANA
Mestrado em Educao
PRTICAS EDUCATIVAS EM
ESCOLAS CONFESSIONAIS
DE SEITAS RELIGIOSAS
MINORITRIAS: a vivncia
de um estagirio
Aurlio da Silva Lopes
Itana -MG
2005
FIGURA 1 Capa
2.2.1.2 Lombada (elemento obrigatrio para dissertaes e teses)
Contendo o nome do autor e ttulo em sentido longitudinal, de cima para baixo.
26
2.2.1.3 Folha de rosto (elemento obrigatrio) - NBR 14724 (ABNT, 2011)
Deve conter os elementos essenciais identificao da obra e deve indicar a finalidade
para a qual foi escrita.
2.2.1.3.1 Anverso da Folha de rosto
No anverso da Folha de rosto deve constar:
Autor no alto da pgina, centralizado, a 3cm da borda superior, em letras menores do que
as utilizadas para o ttulo;
ttulo no centro da pgina, em negrito, letra maiscula;
subttulo (se houver), acompanhando o ttulo, precedido de dois pontos, em destaque menor
que o ttulo, letra minscula;
nota de apresentao do trabalho, contendo a natureza do trabalho (monografia, dissertao
ou tese), mencionando o nome da instituio qual o trabalho foi apresentado e o grau
pretendido; deve ser alinhado do meio para a direita; ela indica a finalidade para a qual o
trabalho foi feito;
rea de concentrao: aps a nota de apresentao;
nome completo do orientador(a) e co-orientador (se houver); a palavra orientador(a) dever
ser escrita somente com inicial maiscula em negrito, com um espaamento de 1,5cm da
nota referente natureza do trabalho;
local (cidade) da instituio onde o trabalho ser depositado (entregue), ano do depsito,
Centralizados, um em cada linha, a 2cm da borda inferior.
27
FIGURA 2 Anverso da Folha de rosto
2.2.1.3.2. Verso da Folha de rosto
Deve conter a ficha catalogrfica, elaborada por um bibliotecrio, de acordo com o
Cdigo de catalogao Anglo-Americano vigente. A ficha catalogrfica deve ser impressa no
meio inferior do verso da Folha-de-rosto.
Aurlio da Silva Lopes
PRTICAS EDUCATIVAS EM
SEITAS RELIGIOSAS MINORITRIAS: a
vivncia de um estagirio
Dissertao apresentada
Universidade de Itana, como
requisito parcial para obteno
do ttulo de Mestre em
Educao.
rea de Concentrao:
Formao Docente
Orientadora: Dr .................
Itana
2005
28
FICHA CATALOGRFICA
S719p
Lopes, Aurlio da Silva Prticas educativas em seitas religiosas
minoritrias: a vivncia de um estagirio/
Aurlio da Silva Lopes. Itana: Universidade de Itana, 2005.
142f.
Orientadora: Maria Jos de
Morais Pereira
Dissertao (mestrado) Universidade de Itana
Bibliografia
1. Estgio cotidiano 2. escolar 3. escola confessional.I.Gina Freire.orient. II.Universidade de Itana.
III. Ttulo
FIGURA 3 Verso da Folha de rosto
2.2.1.4 Errata (elemento opcional)
Lista de erros (se houver) com as respectivas correes indicando as pginas em que
os mesmos aparecem. Preferencialmente inserida como encarte, aps a Folha de rosto.
2.2.1.5 Folha de aprovao (elemento obrigatrio para monografias, teses e dissertaes)
Entregue ao Graduado, Mestre ou Doutor, aps a aprovao da defesa do trabalho,
com a assinatura dos professores e doutores componentes da Banca Examinadora.
29
2.2.1.6 Dedicatria (elemento opcional)
uma pgina com oferecimento do trabalho a uma ou mais pessoas. No tem
formatao prpria. O autor deve apenas obedecer configurao da pgina.
A Deus, por me indicar
os caminhos a seguir.
A meus pais, por
acreditarem em mim.
Ofereo.
FIGURA 4 Dedicatria
2.2.1.7 Agradecimentos (elemento opcional)
Agradecimentos s pessoas e instituies que contriburam para a realizao do
trabalho. O autor deve obedecer ao formato, margens e espacejamento.
30
AGRADECIMENTOS
A Deus e a meus pais.
minha esposa, pelo apoio
incondicional
Ao meu orientador, Dr.......................,
pela brilhante orientao.
Aos amigos .............................., pelas
palavras carinhosas de incentivo.
Universidade de Itana e a todos os
colegas professores.
A todos que, de alguma forma,
contriburam para a realizao deste
trabalho.
Agradeo
FIGURA 5 Agradecimentos
2.2. 1.8 Epgrafe (elemento opcional)
Pensamento que embasou o trabalho desenvolvido. Deve expressar o que se pretendeu
ao elaborar o trabalho. No tem formatao prpria. O autor deve obedecer apenas configu-
rao da pgina.
EPGRAFE
Mas o que sou eu, ento? Uma coisa que pensa. Que uma coisa que pensa?
uma coisa que duvida, que afirma, que
nega, que quer, que no quer, que
imagina tambm e que sente.
Ren Descartes
FIGURA 6 Epgrafe
31
2.2.1.9 Resumo na lngua verncula - NBR 6028 (ABNT, 2003) - (elemento obrigatrio)
Apresentao concisa dos pontos relevantes do trabalho. Constitui-se de uma
sequncia de frases concisas e objetivas ressaltado os objetivos, os mtodos, os resultados e as
concluses, com extenso de at 500 palavras. Deve ser redigido em pargrafo nico, em
espao simples (NBR 6028 (ABNT, 2003)).
Dever ser precedido da prpria referncia bibliogrfica, redigida em espao simples. O
ttulo da dissertao ou tese dever estar em negrito; o nome e local de origem do orientador e
do(s) co-oriendator(es) devero constar do rodap da pgina.
As palavras-chave, no mximo de cinco, encerrando o significado do contedo do
trabalho, devem vir logo abaixo do Resumo.
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi buscar estabelecer relaes entre os
rituais e prticas educativas presentes no cotidiano escolar e a
formao da subjetividade dos alunos, tendo em vista que,
tratando-se da nica escola evanglica de Belo Horizonte, ela se
organiza em torno de rituais que objetivam moldar identidades.
A metodologia utilizada buscou verificar a percepo dos
professores e alunos sobre os rituais que permeiam toda a
organizao da escola. Para tanto, foram utilizadas entrevistas
com quatro professores e reunies com trs grupos focais,
constitudos de dez alunos cada um deles, na faixa etria de 13 a
15 anos. Conclumos que os rituais fazem parte integrante da
socializao e de repasse dos valores religiosos que sustentam e
direcionam a escola.
Palavras chave: Ritual. Religio. Comportamento.
Formao de identidades.
FIGURA 7 Resumo
2.2.1.10 Abstract
Resumo em lngua estrangeira - NBR6028 (ABNT, 2003) (elemento obrigatrio)
a traduo do resumo em idioma de divulgao internacional. Aparece logo aps o
Resumo. Constitui-se em traduo literal do resumo em portugus, com a mesma formatao
e elementos da pgina do Resumo.
32
ABSTRACT
The aim of this research was to search in order to establish
relations between the rituals and educational practices in the
daily schooling, observing the development and the
formation of the subjectivity of the pupils, objectifying, the
only evangelistic school in Belo Horizonte, it organizes
itself around rituals that try to objectify to mold identities.
The methodology used tried to verify the perception of the
teachers and the pupils on the rituals that interpose all the
organization of the school. For this reason, some interviews
were done with four teachers and meetings with three focal
groups, which there were 10 pupils in each one of them,
with the age of 13 the 15 years old. We realized the rituals
are really important to the socialization and repass of the
religious values that support and guide the school.
Key Words: Ritual. Religion. Behavior. Formation of
Identities.
FIGURA 8 Abstract
2.2.1.11 Listas (elemento opcional)
Listagem de elementos que ilustram, explicam ou complementam a obra. Devem ser
numeradas, ao longo do texto, com algarismos arbicos. Cada lista ter uma sequncia
prpria, de acordo com seu tipo
a) Lista de Ilustraes (elemento opcional)
Sumrio das ilustraes (com exceo de tabelas quadros e grficos) que aparecem no
trabalho, seguidas de sua localizao (pgina).
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Ex-alunos que freqentam a escola
Figura 2 Alunos repreendidos em 2004.....
Figura 3 Recusa em participar dos rituais..
Figura 4 Participao de pais nas reunies
Figura 5 Alunos encaminhados ao C.T.
38
54
82
85
88
FIGURA 9 Lista de Figuras
33
b) Lista de Grficos (elemento opcional)
mencionado no texto precedido da palavra GRFICO, acompanhado de uma seqncia
numrica prpria. Segue a mesma orientao das figuras.
c) Lista de Tabelas e Quadros (elemento opcional)
a relao numrica das Tabelas, devendo aparecer na mesma ordem em que so
citadas no texto, com indicao da localizao (pgina).
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 ........................................ 45
TABELA 2 ....................................... 79
TABELA 3 .........................................92
TABELA 4 ........................................ 45
TABELA 5 ....................................... 79
TABELA 6 .........................................92
FIGURA 10 Lista de Tabelas
d) Listas de Abreviaturas, Siglas e Smbolos (elemento obrigatrio)
Consiste na relao alfabtica das abreviaes, siglas e smbolos utilizados no texto,
seguidas de seu correspondente por extenso.
A NBR 14724 (ABNT, 2011) considera a lista de abreviaturas opcional, contudo, op-
tamos por adot-la como elemento obrigatrio, para facilitar a leitura do trabalho.
As abreviaturas e siglas evitam a repetio de palavras e expresses comumente
utilizadas no texto. Devem-se usar abreviaturas j padronizadas (Consultar a obra Siglas
Brasileiras, do Instituto Brasileiro de Informao em Cincias e TecnologiaIBIC).
Abreviaturas no padronizadas e siglas desconhecidas, se em grande nmero, devem
constar em lista prpria; em nmero reduzido, podem ser mencionadas no prprio texto,
antecedidas do correspondente por extenso, separadas por hfen.
34
Ao ser mencionada pela primeira vez no texto, deve ser precedida do nome, por
extenso.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AI Angina instvel
AIT Acidente isqumico transitrio
AVC Acidente vascular cerebral
AVC-I Acidente vascular cerebral
isqumico
B. forsythus Bacteroides forsythus
Ccb Contagem de clulas brancas
C. pneumoniae Chlamydia pneumoniae
CT Colesterol total
CTI Centro de terapia intensiva
DCV Doena(s) cardiovascular(es)
EUA Estados Unidos da Amrica
F. nucleat Fusobacterium nucleatum
HDL-C Lipoprotena de alta densidade
FIGURA 11 Lista de Abreviaturas e Siglas
2.2.1.12 Sumrio (elemento obrigatrio) NBR/6027 (ABNT, 2012)
Listagem das principais divises, do trabalho (captulo, sees), na mesma ordem e
grafia em que aparecem no texto, seguida da localizao (pgina).
Reflete a organizao da matria no texto e facilita a viso do conjunto da obra.
identificado pela palavra SUMRIO, escrita em letras maisculas, a 3cm da borda superior,
em negrito.
Os ttulos de partes ou captulos (sesses primrias) devem ser destacados, utilizando-
se letras maisculas e negrito ou itlico. As demais sesses (secundrias, tercirias) devem
ter apenas a inicial maiscula.
Os captulos devem ser indicados com algarismos arbicos e numerao progressiva
para as outras divises do trabalho, no sendo aconselhvel ir alm da sesso quinria. (NBR
6027 (ABNT, 2012)).
Os elementos pr-textuais no constam no sumrio. As pginas do sumrio no devem
ser numeradas e todos os itens devem estar na mesma margem.
35
SUMRIO
1 INTRODUO................................................
2 CAPTULO I....................................................
3 CAPITULO II...................................................
3,1..........................................................................
3.2..........................................................................
4 CAPITULO III.................................................
4.1.........................................................................
4,1,1......................................................................
4.1.2......................................................................
4.2 ........................................................................
5 CONCLUSO..................................................
REFERNCIAS .................................................
ANEXOS..............................................................
Pg.
05
06
07
08
09
14
14
29
48
84
86
98
100
FIGURA 12 SUMRIO
Formatao do trabalho cientfico
os trabalhos devem ser apresentados em papel branco (formato A4 21cm X 29,7cm);
os trabalhos devem ser datilografados ou digitados no anverso das folhas;
Fonte: Times New Roman ou Arial
- 12 (TNR), 12 (Arial), para texto
- 10 (TNR); 10 (Arial), para Notas de Rodap
- 10 (TNR), 10 (Arial), para citaes longas
- 10 (TNR), 10 (Arial) para paginao e legendas das ilustraes e tabelas.
as folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm; e direita e inferior de
2 cm, como pode ser visualizado a seguir:
3 cm
3 cm 2 cm
2 cm
36
O texto deve ser datilografado ou digitado com espao 1,5 entre linhas, com exceo
das citaes de mais de trs linhas, notas de rodap, referncias, legendas (que devero estar
com espao entre linhas simples);
o alinhamento deve ser justificado (veja no quadro acima);
no h entrelinha dupla entre os pargrafos;
os ttulos, subttulos e entradas de outras partes do trabalhos com indicativo numrico
devem ser alinhadas esquerda da folha;
os ttulos sem indicativo numrico (agradecimentos, lista de ilustraes, lista de
abreviaturas, resumo, sumrio, referncias, anexo, glossrio) devem ser centralizados;
todas as folhas devem ser contadas, a partir da Folha de rosto, mas no numeradas;
a numerao aparece a partir da 1 folha textual, ou seja, na Introduo e termina no
final do trabalho, em algarismos arbicos, 2 cm da borda direita inferior;
as Notas de Rodap devem ser datilografadas ou digitadas dentro das margens, sendo
separadas do texto por um espao simples entrelinhas e por uma linha de 3 cm, a partir
da margem esquerda; os computadores, hoje, possuem recursos para inser-las;
utilize sempre que necessrio, as Notas de Rodap. Geralmente, as mesmas so
utilizadas para complementar o texto, evitando distrao do raciocnio inicial.
Tambm se pode utilizar as Notas de Rodap para colocar alguma referncia que
explicita melhor aquele assunto tratado naquele lugar. Contudo, no se deve exagerar
no seu uso;
as Ilustraes devem ser inseridas prximas ao trecho a que se referem:
o as Ilustraes que podem ser utilizadas so: desenhos, esquemas, fluxogramas,
fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros
que forem relevantes para o trabalho;
o as Ilustraes devem ser identificadas em sua parte inferior, precedidas das
palavras designativas, seguidas por seu nmero de ordem de ocorrncia no
texto, em algarismos arbicos, do respectivo ttulo e/ou legenda explicativa de
forma breve e clara.
37
2.2.1.14 Referncias de documentos
Como vimos acima, a citao muito importante para o entendimento do assunto pelo
autor do trabalho e tambm pelo seu leitor. Por isso, todas as citaes feitas no decorrer do
trabalho precisam ser identificadas, ou melhor, precisa haver o endereo dessas citaes no
final do texto. Eles indicam onde encontramos aquele texto e chamam-se Referncias.
Voc ver em alguns textos a expresso Referncias Bibliogrficas, mas a partir de
2002 a ABNT alterou a nomenclatura para Referncias (ABNT, 2002a), visto que utilizamos
tanto as bibliogrficas quanto as digitais.
As Referncias so dispostas no final do trabalho, e devem ser listadas todas as
referncias das citaes utilizadas no decorrer do texto.
No item 4.2.5 do Captulo 4, Relatrio de Pesquisa, voc vai encontrar mais
informaes sobre a elaborao das Referncias em um Trabalho Acadmico ou Cientfico.
38
2.3 Quadro comparativo dos tipos de trabalhos acadmicos
PROJETO DE PESQUISA
TRABALHO ACADMICO
RELATRIO DE PESQUISA
Tema
Delimitao do Tema
Objetivos
Justificativa
Reviso de Bibliografia
Universo da Pesquisa
Objeto - o qu,
variveis
hipteses
Metodologia
Cronograma
Referncias
CAPA
FOLHA DE ROSTO
SUMRIO
Introduo Explanao sobre
1. Tema da pesquisa
2. Objetivos
3. Variveis e hipteses tratadas
4. Universo da pesquisa (amostra)
5. Justificativa
6. Procedimento metodolgico usado
Desenvolvimento
1. Apresentao dos dados obtidos
2. Anlise e interpretao deles
3. Concluso
- as hipteses se confirmaram?
- sntese interpretativa
Concluso
1. Sugere novos trabalhos na mesma linha
2. Ou sobre assuntos relacionados ao tema
Referncias
1. Bibliogrficas
2. Eletrnicas
3. Documentais
Anexos
Questionrios, Entrevistas, grficos, etc.
CAPA
FOLHA DE ROSTO
SUMRIO
Introduo
Desenvolvimento
Concluso
REFERNCIAS
ANEXOS
CAPA
FOLHA DE ROSTO
SUMARIO
39
3 PROJETO DE PESQUISA
3.1 O que e para que serve diversas finalidades do projeto
Quem participa da vida acadmica, no mbito de uma Universidade, quem faz parte do
corpo de pesquisadores de uma instituio como a CAPES (Coordenao de Aperfeioamento
dos Pessoal de Nvel Superior) ou o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Cientfico e Tecnolgico), est continuamente elaborando projetos de pesquisa, para
apresenta-los, em busca de aceitao ou financiamento por um destes rgos.
Mas elabora tambm projetos de pesquisa quem pretende ingressar em um curso de
Ps-Graduao strito sensu, em uma Universidade que o oferea, seja qual for a rea de
conhecimento contemplada.
E o aluno que pretende elaborar o Trabalho de Concluso de Curso tambm precisa
apresentar ao seu futuro orientador um projeto relacionado pesquisa que pretende realizar ao
finalizar seu curso de Graduao.
Nas Universidades, de um modo geral, oferece-se aos alunos da graduao a
oportunidade de praticar a aplicao do mtodo cientfico nos programas de Iniciao
Cientfica e, para ser aceito nele, o aluno deve apresentar um projeto seu, que se inclua na
linha de pesquisa onde quer ingressar.
De um modo geral, em todos eles, o que se tem que trabalhar gira em torno de alguns
dados, que so apresentados a seguir.
Leia com ateno as perguntas que seguem e procure respond-las procurando definir,
esclarecer e especificar com clareza o que pretende investigar. As suas respostas facilitaro a
redao do projeto.
1- Perguntas primrias: o qu? Por qu? Para qu?
Qual o tema da pesquisa?
Como delimitar o tema?
Para que far a pesquisa?
Qual a questo que investigar? Como a questo ser problematizada?
Qual a pergunta que dever ser respondida aps a pesquisa? (Este o problema de
pesquisa).
possvel formular hiptese? (Algumas vezes, j se tem uma hipteseno formulada)
40
De que tipo de pesquisa se trata? Bibliogrfica? Emprica? Documental?
Qual abordagem ser dada pesquisa? Qualitativa? Quantitativa?
2- Procedimentos tcnicos: materiais tericos e metodolgicos
Quais so as fontes tericas?
Onde elas esto localizadas?
Quais so os meios de acesso a elas?
Qual a tcnica de pesquisa ser utilizada? Observao? Entrevista? Questionrio?
Que instrumentos sero utilizados para a coleta de dados? Roteiro? Gravador?
Questes fechadas? Questes abertas?
Quais so as caractersticas do universo e da amostra selecionada?
Ser necessrio o termo de consentimento dos participantes?
De que forma se far a anlise dos dados?
3- Delineamento da pesquisa: por qu? De que maneira?
Qual o objetivo geral da pesquisa?
E os objetivos especficos?
Qual a hiptese?
Quais so as categorias de anlise?
4- Implementao da pesquisa
Como far a organizao dos dados coletados?
Far uso da tcnica de fichamento?
Como tratar o referencial terico?
5- Redao final: para qu? Como? Qual? De que maneira?
De que tipo de trabalho se trata? Artigo? Relatrio? Monografia?
Que contribuies a pesquisa trar?
3.2 Partes
Existem autores que apresentam as partes do Projeto de Pesquisa de forma
diferenciada. Neste Manual vamos definir como partes do Projeto de Pesquisa:
a) Capa, folha de rosto e sumrio, tem 2.2.1.
b) Elementos do Projeto de Pesquisa:
1- Apresentao/justificativa (ou introduo/justificativa)
2- Objetivos: geral e especficos
41
3- Metodologia
4- Referencial terico
5- Cronograma 6- Referncias
.
c) Conceituao dos elementos do Projeto de Pesquisa (ver ainda o anexo 1)
1 Apresentao/justificativa: deve possibilitar ao leitor as informaes prvias sobre a
pesquisa. um texto onde, com a ajuda dos autores que j escreveram sobre o assunto e
que nos chegaram por intermdio da Pesquisa Bibliogrfica, elaboramos um texto,
justificando a escolha do tema e do problema, dizendo da sua atualidade, pertinncia,
relevncia, que, certamente foi do que trataram esses autores. Este texto deve ter as
caractersticas de um texto cientfico. onde se mostra conhecimento do estado da arte
sobre aquele assunto, isto , at onde se foi na produo de conhecimento naquela rea,
com base na Pesquisa Bibliogrfica.
2 Objetivos: A declarao dos objetivos estabelece a direo para a pesquisa. Aonde se quer
chegar?
So dois tipos de objetivos, num projeto de pesquisa:
a. O Objetivo Geral, que um s e responde diretamente questo colocada pelo
problema, pois ele est sendo formulado, justamente para responder ao problema de
pesquisa.
b. Os Objetivos Especficos, que sero, certamente, mais de um, no devendo por
prudncia, ultrapassar o nmero de trs, pois eles devem nos conduzir a realizar o
Objetivo Geral, da forma mais simples e objetiva possvel. Eles representam etapas a
serem alcanadas para responder ao problema de pesquisa. Vamos definindo cada um,
a partir dos conceitos que esto expressos no problema colocado, nos advrbios
interrogativos (quando?, por que?, como?, onde?), que aparecem na frase que formula
o problema, nas relaes indicadas dentro da pergunta formulada (por ex.: 1. quando
que as araras azuis se acasalam e qual a influncia que o meio ambiente tem neste
acasalamento? 2. de que itens o calculo do ndice de inflao depende?).
42
3 Metodologia: qual o caminho que ser percorrido? Como? Para a demarcao da
metodologia importante definir o Universo da Pesquisa: vamos dizer de onde
pretendemos extrair os dados da Pesquisa. Qual o material que nos vai fornecer estes
dados. Se atravs de uma Pesquisa Bibliogrfica, sero os autores e obras que tratam do
tema; se uma Pesquisa Documental, sero os documentos, normas, legislao,
documentos produzidos dentro do mbito de estudo e que no foram para o domnio
pblico. Ou pretendemos fazer uma Pesquisa de Campo e, ento, sero pessoas, grupos,
comunidades, etc., a quem vamos entrevistar, questionar, reunir com eles, etc. O nosso
Universo da Pesquisa diz muito a respeito da Metodologia que pretendemos utilizar.
4 Referencial Terico, ou aporte terico, ou marco terico, ou embasamento terico, ou
reviso de literatura, ou estado da arte: o resultado da leitura e anlise de livros, artigos e
documentos
5 Cronograma: especificao do tempo/atividades.
O cronograma consiste na previso de tempo - dias, semanas, quinzenas, meses,
bimestres, trimestres etc. - que ser gasto na realizao do trabalho. As atividades e os
perodos em que devero ser cumpridas sero determinados com base nas
peculiaridades de cada pesquisa e em critrios definidos pelo autor do trabalho. No
cronograma devem constar as partes, etapas, com previso de tempo para cada uma
delas. No planejamento, no se deve esquecer que algumas dessas partes podem ser
executadas simultaneamente por diferentes membros da equipe, enquanto outras
dependem das etapas anteriores. (ASSIS, [s/d], p. 31).
Segue, abaixo, um exemplo de Cronograma, extrado do Manual de Metodologia
Cientfica da Universidade Federal da Paraba:
ATIVIDADES/PERODOS Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out.
1 Levantamento de literatura x 2 Montagem do Projeto x 3 Coleta de dados x x x 4 Tratamento dos dados x x x x 5 Elabor. do Relatrio Final x x x 6 Reviso do texto x 7 Entrega do trabalho x
FONTE: ASSIS, [s/d], p. 31.
6 Referncias: elaboradas conforme as normas da ABNT (vide item 4.3.5).
43
4 O RELATRIO DE PESQUISA
4.1 O que e como tem sido utilizado
O relatrio consiste na apresentao final de um estudo, pesquisa e atividade em que,
alm dos dados coletados, o autor comunica resultados, concluses e recomendaes a
respeito do assunto trabalhado, indicando os responsveis pela produo daquele
conhecimento.
O relatrio de pesquisa incide em toda produo cientfica, assim como as
monografias, dissertaes, teses e obras de autores, consagrados ou no, cuja finalidade vem
especificada na Folha de Rosto do trabalho.
4.2 Elementos do Relatrio
a) capa e folha de rosto e sumrio;
b) resumo e palavras chave;
c) introduo: inclui a expresso da justificativa, objetivos e hipteses trabalhadas;
d) metodologia: inclui as tcnicas utilizadas, o universo da pesquisa e amostra;
e) referencial terico;
f) apresentao dos dados coletados e anlise dos mesmos (resultados e discusso dos
resultados);
g) concluso;
h) recomendaes e sugestes: indicaes prticas extradas das concluses; (optativo)
i) apndice: materiais ilustrativos elaborados pelo autor do relatrio; (Quando houver)
j) anexo: materiais ilustrativos no elaborados pelo autor do relatrio; (Quando houver)
k) referncias.
4.3 Conceituao dos elementos do relatrio de pesquisa
4.3.1 Partes essenciais
Um Relatrio de Pesquisa, conforme j foi dito, o relato do resultado de uma
pesquisa feita, seja ela qual for, dentro das normas acadmicas e cientficas, de modo a que,
44
quem tiver acesso a ele, possa, lendo-o, ter a exata informao do que foi feito, para que foi
feito, quem so os responsveis pela produo daquele conhecimento.
Em todo e qualquer Relatrio de Pesquisa, vamos encontrar uma Introduo, o
Desenvolvimento do relato, que o ncleo de maior importncia e uma Concluso, que ir
desvendar as aplicaes futuras que se entende possibilitar o trabalho que est sendo relatado.
4.3.2 Introduo
um texto onde se definem os conceitos de que o trabalho vai tratar, com base em
autores da rea e fazendo referncia a eles dentro do texto, conforme j foi exposto ao
falarmos da elaborao do texto cientfico. Definidos os conceitos, coloca-se o problema, na
forma de uma ou mais perguntas (problematizao do tema). Em seguida, expressam-se os
Objetivos, Geral e Especficos. Se existirem, citam-se as hipteses de onde se est partindo e,
com base na posio filosfica (que podemos denominar postura epistemolgica) dos autores
citados, delineia-se sumariamente a metodologia a ser empregada. Completa-se a Introduo,
descrevendo cada captulo, dizendo do que trata cada um deles, podendo antecipar a direo
que se pretende tomar para se chegar Concluso.
4.3.3 Desenvolvimento
4.3.3.1 O texto cientfico (com aluso a este item na Justificativa, no Captulo 3 e no Anexo
III)
4.3.3.2 A pesquisa bibliogrfica (levantamento bibliogrfico, leitura e fichamento, resumos,
elaborao de citaes item 2.1).
4.3.3.3 Metodologia (o que mtodo, mtodos e tcnicas, tipos de pesquisa bibliogrfica,
documental, de campo levantamento de dados). (ver anexo II)
4.3.3.4 A elaborao do Relatrio de Pesquisa (correspondente ao Desenvolvimento da
pesquisa, tanto a bibliogrfica quanto a de campo ou documental, especificando-se a
metodologia utilizada (mtodo, tcnicas, procedimentos, instrumentos, materiais)
para a coleta de dados). A forma de tratamento e anlise dos dados orientar as
proposies que sero discutidas terminando na concluso dos resultados.
45
4.3.4 Concluso ou consideraes finais
No Relatrio de Pesquisa, estamos relatando o processo desenvolvido desde a
deteco de um problema; busca de entendimento do que ele dentro da rea de estudo em
que ele se situa, fundamentando-o nos autores, especialistas na rea; do estabelecimento de
alguns objetivos, que devero ajudar a responder ao problema inicial de pesquisa; da escolha
dos caminhos para acreditamos serem os melhores (e, nisto, os autores que lemos podero nos
ajudar) para atingirmos os objetivos propostos - uma metodologia -; vamos realidade e
coletamos dados; depois, coletados cuidadosamente estes dados, os analisamos luz dos
autores lidos e dos objetivos estabelecidos; e tiramos nossas concluses, que so as
concluses dos resultados que obtivemos, atravs da metodologia utilizada. At a, Estamos
ainda no Desenvolvimento do relato sobre a realizao da pesquisa, seja ela qual for.
Terminado todo o processo de coleta de dados e anlise dos resultados obtidos,
fazemos um pequeno resumo do que foi tratado e como chegamos a. Vamos ento comentar
a respeito do trabalho, das dificuldades que encontramos em realiz-lo, do que, no
desenvolvimento dele, descobrimos e que ainda novidade para ns; vamos falar dos
problemas que acabamos percebendo e que fazem fronteira com o nosso problema, mas que,
at pela necessidade de exatido e coerncia, fomos obrigados a deixar para trs e seguir em
frente, perseguindo os objetivos que nos propusemos a atingir.
Vamos nos referir queles problemas que encontramos pelo caminho percorrido e que,
sabemos, solicitam de ns uma ateno especial, porque pertinentes, de interesse coletivo e
com possibilidades de serem resolvidos. Deste modo estamos deixando, para quem ler o
trabalho, a sugesto de novos trabalhos de pesquisa.
Finalmente, precisamos mostrar que todo este processo foi realizado de forma
consciente e autnoma. Para tal, vamos dizer, no final dele, se consideramos que os objetivos
estabelecidos desde o incio foram atingidos ou, se no o foram, porque, no nosso entender,
isto no foi possvel. Desde modo, estaremos indicando, para quem se interesse por este
trabalho, quais os caminhos que restam, a nosso ver, para concluir o trabalho que comeamos
e que, por alguma razo, no nos foi possvel finalizar completamente.11
Esta a Concluso, cuja descrio se baseia em Marina Marconi e Eva Maria Lakatos
(2001), tal qual elas a apresentam. Entretanto, h pesquisadores que consideram esta forma
11
O texto aqui apresentado foi organizado por um dos professores responsveis pela elaborao deste Manual,
para uma outra instituio mineira, tendo sido copiado quase integralmente. (AMARAL; MOREIRA, 2008).
46
muito rgida e, principalmente nas pesquisas em Cincias Humanas e Sociais, procura-se
seguir um procedimento mais suave.
So as Consideraes Finais, que, como o nome indica, discorrem sobre o todo da
pesquisa, sua realizao e os resultados obtidos, principalmente aqueles que nos interessam
indicar como soluo para o problema colocado. uma forma mais humana e aparentemente
menos exata, dependendo do rigor que cada pesquisador coloca em seu processo de
elaborao da pesquisa.
4.3.5 Referncias
As Referncias, isto , a lista das obras consultadas e s quais se referiu dentro do trabalho
que est sendo apresentado, so:
alinhadas esquerda;
em ordem alfabtica, por autoria, isto , pela primeira letra do ltimo sobrenome dos
autores (no so considerados sobrenomes Filho, Junior, Neto, Sobrinho, mas o primeiro
antes deles);
digitadas em espao simples;
separadas entre si por espao 1,5;
pontuao uniforme, isto , de acordo com a NBR6023 (ABNT, 2002a).
Exemplos de elaborao de Referncias:
Livro (trabalhos monogrficos) So estes os elementos essenciais de uma referncia:
Ttulo do livro: Um discurso sobre as cincias
Nmero de edio: 12 edio
Local de edio (local em que foi editado o livro) : Porto
Autor: Boaventura de Sousa Santos
Editora: Edies Afrontamento
Ano em que foi publicado o livro: 2001
OBS: As referncias eletrnicas so inseridas em ordem alfabtica entre as outras referncias.
47
Portanto, so elementos essenciais da Referncia, na ordem estabelecida pela Norma
NBR6023 (ABNT, 2002a):
Autor. Ttulo. N de edio. local de edio: editora, data de edio (observe a pontuao
nesta sequncia, j a Norma).
So elementos complementares da Referncia:
Tradutor, ilustrador ,organizador (depois do ttulo). Pginas, volumes, coleo, informaes
adicionais (depois da data de publicao, no final).
Comparando as normas para Referncias diferentes:
Livro:
AUTOR. Ttulo. Edio. Local de edio: editora, data de edio. N de pgs.
Tese:
AUTOR. Ttulo. Edio. Local: Editora (a Faculdade ou Universidade que editou),data de
publicao. Tipo de trabalho (Se tese ou dissertao ou monografia).
Folheto:
INSTITUTIO. Ttulo. n edio (se houver). local/ est.. Data. N de pginas.
Dicionrio:
AUTOR/EDITOR. Ttulo:sub-ttulo. local:editora, data. Esclarecimentos sobre a obra (Ex.:
exclusiva p/assinante da Folha de So Paulo, ou outros).
Alguns exemplos, extrados em sua maior parte da NBR 6023 (ABNT, 2002a):
Guia:
BRASIL: roteiros tursticos. So Paulo: Folha da Manh, 1995.319 p., il. (Roteiros tursticos
Fiat). Inclui Mapa rodovirio.
Elaborando a Referncia do exemplo acima, de acordo com a ABNT:
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as cincias. 12 edio. Porto: Edies Afrontamento,
2001.
48
Manual:
SO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento
Ambiental. Estudo de impacto ambiental - EIA, Relatrio de impacto ambiental RIMA :
manual de orientao. So Paulo, 1989. 48 p. (Srie Manuais).
Catlogo:
MUSEU DA IMIGRAO (So Paulo, SP).Museu da Imigrao - So Paulo : catlogo. So
Paulo, 1997. 16 p.
Almanaque:
TORELLY, M. Almanaque para 1949 : primeiro semestre ou Almanaque da Manh. Ed. Fac-
sim. So Paulo: Sutdioma: Arquivo do Estado, 1991 . (Coleo Almanaques do Baro de
Itarar). Contm iconografia e depoimentos sobre o autor.
Partes de publicaes:
Captulo de livro:
SANTOS, B. de Souza. O paradigma dominante. In: _______Um discurso sobre as cincias.
12 ed.. Porto: Afrontamento, 2001, p. 10 - 23.
Parte de coletnea:
ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI,G.;SCHIMID