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2Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
PREFEITO
Gilberto Kassab
SECRETRIA MUNICIPAL DA SADE
Maria Cristina Faria da Silva Cury
de: mai. de 2005 a 11 de out. de 2006
Maria Aparecida Orsini de Carvalho Fernandes
de: 11 de out. de 2006 publicao deste
COORDENADORA DA ATENO BSICA
Maria de Ftima Faria Duayer
de: abr. de 2006 a 07 de nov. de 2006
Neide Miyako Hasegawa
de: 07 de nov. de 2006 publicao deste
FICHA TCNICA
Projeto grfico e editorao: Olho de Boi ComunicaesImpresso: Uni Repro Solues para documentosFotos: Rogrio Lacanna
Endereos: ATENO BSICA DST/Aids CRH-G/CEFOR Rua General Jardim n 36 Repblica CEP: 01223-906 PABX: 3218-4000
COVISA Rua Santa Isabel n 181 Vila Buarque CEP: 01221-010 PABX: 3350-6619
COORDENAO DE VIGILNCIA EM SADE
- COVISA
Marisa Lima de Carvalho
PROGRAMA DE DTS/AIDS DO MUNICPIO DE
SO PAULO
Maria Cristina Abatte
COORDENAO DE RECURSOS HUMANOS
CRH
Marly Hatsuco Kajimoto
3Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
RISCO BIOLGICO - BIOSSEGURANA NA SADE
BIOSSEGURANA NA SADE
BIOSSEGURANA NA SADE E O CUIDADO COM AS MOS
EPI
EXPOSIO OCUPACIONAL
VIGILNCIA OCUPACIONAL
ELABORAO E ORGANIZAO
Anna Luiza de F. P. Lins Gryschek
Marisa Beraldo
Solange T. Prieto Santos
Vera Regina de Paiva Costa
SECRETARIA MUNICIPAL DE SADESO PAULO
2007
COLABORADORES
Alberto Fischer (HSPM); Ana Maria Amato Bergo
(CEFOR); Anna Luiza Lins Gryschek (DST/Aids);
Antonio Srgio Melo Barbosa (DST/Aids); Celia Regina
Cicolo da Silva (CCD Hepatites); Denise L. dos Santos
(HM Cachoeirinha); Eliete Melien Bechara (SUVIS
Vila Mariana); Elvira Belini Azevedo (HM Proena de
Gouveia); Jefferson Benedito Pires de Freitas (CODPPS
- Sade do Trabalhador);Juvenal Vieira Filho(UBS Pq
Novo Mundo I); Lisiane M. T. Antn (AE Vila Prudente);
Luiz Cludio Sartori (CODEPPS - Sade Bucal); Mrcia
Maria de S. C. R. de Camargo (HM Menino Jesus);
Magda Andreotti (Vig. Sade do Trabalhador); Maria
Eugnia C. Pereira (HSPM); Maria Stella Barbosa Dantas
(DST/AIDS); Marilisa Baralhas (CSE Butant); Marisa
Beraldo (Ateno Bsica); Midori Nakaguma (HSPM);
Naira Regina dos Reis Fazenda (PSF/Ateno Bsica);
Naomi Kawaoka Komatsu (CCD Tuberculose); Necha
Goldgrub (CCD Tuberculose); Rita de Cssia Bessa dos
Santos (Vig. Sade do Trabalhador); Solange T. Prieto
Santos (UBS Jd. Seckler); Sonia Regina T. Ramos (CCD-
COVISA); Vera Regina de Paiva Costa (CCD-COVISA) e
Adriana Marcos (Enf. Convidada).
4Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Ficha Catalogrfica
So Paulo (Cidade). Secretaria da Sade
Risco biolgico, biossegurana: recomendaes gerais / Secretaria da Sade.
Coordenadoria de Ateno Bsica.
Coordenao de Desenvolvimento de Programas e Polticas de Sade CODEPPS.
Coordenao de Vigilncia em Sade COVISA So Paulo: SMS, 2007.
120p.
1.Biossegurana. I. Brasil. Coordenadoria de Ateno Bsica e PSF. Coordenao de Gesto Descentralizada. Coordenao de Vigilncia em Sade. II.Ttulo.
CDU
5Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Este material, fruto de intenso trabalho de reviso de literatura, tem como
objetivo principal trazer subsdios para uma prtica profissional segura nas
instituies de sade.
A biossegurana, frente aos riscos biolgicos, uma preocupao que
recrudesceu com o advento da aids no incio da dcada de 80, quando
os profissionais da rea da sade vislumbravam a vulnerabilidade de suas
atividades profissionais e a possibilidade de contrair o vrus HIV.
Portanto, o principal objetivo deste manual oferecer fundamentos para
que os profissionais da sade, tcnicos em segurana do trabalho e
gestores possam reduzir os riscos de exposio a materiais biolgicos e
os agravos infecciosos.
Esperamos que este material seja utilizado em toda a Secretaria Municipal
da Sade e que seja um guia para a realizao de procedimentos seguros,
capazes de prevenir a ocorrncia de riscos biolgicos entre trabalhadores
da rea da sade.
Coordenadora de Ateno Bsica
APRESENTAO
6Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
CUIDADO COM AS MOS COMO MEIO DE PREVENO E CONTROLE DE INJEO ..................................................18
SUMRIO0001 BIOSSEGURANA NA SADE ............................................10
EPI .....................................................................................29
APRESENTAO ...................................................................5INTRODUO .......................................................................9
Breve histrico ............................................................................................................. 11
Equipamentos de proteo .......................................................................................... 30Equipamentos de proteo individual .......................................................................... 41
Microbiologia da pele .................................................................................................. 19Higienizao das mos ................................................................................................ 19Produtos a serem utilizados na higienizao das mos ............................................... 22Preparo pr-operatrio das mos ................................................................................ 25Solues antisspticas ................................................................................................ 26
7Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
EXPOSIO OCUPACIONAL ................................................42
VIGILNCIA OCUPACIONAL ................................................74
Risco biolgico ............................................................................................................ 75Acidentes de trabalho .................................................................................................. 75Ministrio do trabalho .................................................................................................. 77Previdncia social ....................................................................................................... 78Notificaes do acidente biolgico - orientaes gerais .............................................. 79Legislao na sade: SINABIO ..................................................................................... 80Anexo 1: Orientaes em casos de acidentes biolgicos ............................................ 82Ficha de notificao de acidentes biolgicos com profissionais da sade ................................................................................................. 83Anexo 2: Ficha de notificao de acidentes biolgicos com profissionais da sade instrues para o preenchimento ............................................ 83Anexo 3: Fluxograma de orientao quimioprofiltica anti-retroviral aps a exposio ocupacional .............................................................. 87Ficha de notificao acidentes de trabalho SIVAT ...................................................... 93Portaria n 777/2004, de 28 de abril de 2004 ............................................................ 96Lei n 8.213/1991, de 24 de julho de 1991 .................................................................. 98Fluxo de procedimentos da licena do funcionrio ou servidor acidentado no exerccio de suas atribuies ou atacado de doena profissional ............................. 101Orientaes para o preenchimento da ficha de notificao de acidentes de trabalho ........................................................................................... 107Prefeitura do Municpio de So Paulo - comunicao de acidente do trabalho - CAT ....................................................................................................... 115
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................117
Acidentes com material biolgico ................................................................................ 43Cuidados com material perfurocortante e material biolgico ...................................... 48Procedimentos recomendados ps exposio com material biolgico nas instituies de sade em geral .............................................................. 50Vacinao para profissionais de sade ....................................................................... 53Hepatite B .................................................................................................................... 54Medidas de controle da infeco pelo VHB .................................................................. 55Vacina contra Hepatite B ............................................................................................. 56Exposio percutnea ou mucosa a sangue ou material contendo sangue ........................................................................................... 57Hepatite C .................................................................................................................... 58Medidas de controle da infeco pelo VHC ................................................................. 58Tuberculose aspectos gerais .................................................................................... 59
NOTIFICAO E ACOMPANHAMENTO DOS ACIDENTES BIOLGICOS EM PROFISSIONAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DA SADE DO MUNICPIO DE SO PAULOPORTARIA N1892/2001 SMS-G (SINABIO)
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
8 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
INTRODUO
de grande importncia que todos os profissionais da rea da sade, em um contexto
multidisciplinar, compreendam que a biossegurana uma normalizao de condutas visando a
segurana e proteo da sade de todos aqueles que trabalham na rea da sade, e no apenas
um conjunto de regras criadas com o simples objetivo de atrapalhar ou dificultar nossa rotina de
atendimento. Devemos nos basear principalmente no conhecimento cientfico disponvel, no para
termos apenas uma atitude de obedincia diante dessas normas, mas para que possamos fazer
com satisfao aquilo que sabemos ser o certo.
As condies de segurana dos trabalhadores da rea de sade dependem de vrios fatores:
caractersticas do local, material utilizado, cliente a ser assistido, informao e formao da
equipe etc.
A Organizao Mundial da Sade (OMS), bem como o Ministrio da Sade (MS) publicam
periodicamente manuais sobre normas de segurana. Da mesma forma a Secretaria Municipal da
Sade do Municpio de So Paulo se prope, com este instrumento, atender a tal necessidade,
fornecendo recomendaes tcnicas baseadas em referencial terico atualizado para subsidiar a
gerncia, a assistncia e instrumentalizar as equipes de trabalho para a educao continuada nas
suas unidades de sade.
9
10
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
BIOSSEGURANA NA SADE
10 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
01
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
ELABORAO E ORGANIZAO
Anna Luiza de F. P. Lins Gryschek
Marisa Beraldo
Solange T. Prieto Santos
Vera Regina de Paiva Costa
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Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
I Breve Histrico
O isolamento de pessoas com doenas
contagiosas praticado desde tempos antigos,
como fica evidente a partir dos relatos bblicos
sobre as colnias de leprosos.
O isolamento de um grupo de pessoas
para evitar infeco generalizada remonta
ao sculo XIV. Os navios que retornavam de
portos mediterrneos onde houvesse doenas
epidmicas ou aqueles com um doente incomum
a bordo, precisavam submeter-se a um perodo
de 40 dias de isolamento do navio, carga,
passageiros e tripulao. (CASTLE; AJEMIAN,
1987). Este procedimento conhecido como
quarentena proveniente da palavra quaranta,
que significa quarenta em italiano (Oxford
Reference Dictionary, 1986).
As precaues de isolamento so cruciais para
o controle eficaz de infeces nos ambientes
hospitalares. As prticas de isolamento
desenvolveram-se consideravelmente ao longo dos
ltimos 150 anos; os sistemas e procedimentos
atuais de isolamento so racionais e com
base cientfica. Os padres epidemiolgicos
das doenas modificam-se e as precaues
11
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
de isolamento tm como meta evitar sua
disseminao. (GAMMON, 1998).
Historicamente, o Centro de Controle de Doenas
(CDC Center for Disease Control), um rgo dos
Estados Unidos da Amrica, tem regulamentado
as questes relativas s precaues e isolamentos.
J em 1970, dividia os tipos de isolamento em
sete categorias determinadas pelas caractersticas
epidemiolgicas da doena e por suas formas de
transmisso.
Na dcada de 80, com a constatao da
transmisso ocupacional de vrias doenas
transmissveis, bem como da sndrome
recentemente identificada, a Aids, sentiu-
se a necessidade de utilizar tcnicas de
isolamento, na assistncia a todos os pacientes,
independentemente de sua suspeita diagnstica.
Foi assim que, em 1985, o CDC publicou as
precaues universais, que recomendavam
o uso de medidas de barreira todas as vezes
que houvesse a possibilidade de contato com
sangue, secrees e/ou fluidos corpreos,
independentemente do conhecimento do
diagnstico ou status sorolgico do paciente.
Visando reduzir o risco de transmisso de
microorganismos a partir de fontes conhecidas ou
12
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
no, props-se em servios de sade a utilizao
de novas medidas chamadas precaues
padro (PP). As PP incluem o uso de barreiras,
de Equipamentos de Proteo Individual (EPI),
e devem ser aplicadas toda vez que houver a
possibilidade de contato com sangue, secrees,
excrees e/ou fluidos corpreos, de pele no-
Figura 1
Sistema de precaues padro (1 etapa)
Precaues baseadas na transmisso (2 etapa)
Contato
Adaptado do CDC, 1996.
Aerossis Gotculas
ntegra e mucosa, com exceo do suor (PEDST/
Aids, 1998).
Mais recentemente, o Conselho Consultivo de
Prticas de Controle de Infeco Hospitalar do
CDC/EUA publicou um guia revisado mais claro e
conciso sobre isolamento, que defende um sistema
de precaues em duas etapas (Figura 1):
13
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
A primeira etapa o Sistema de PRECAUES
PADRO OU BSICAS, que utiliza as
caractersticas principais das PRECAUES
UNIVERSAIS e aplica-se a todos os pacientes,
independente do seu diagnstico ou
status sorolgico.
A segunda etapa de precaues para pacientes
com infeco conhecida ou suspeita, que exijam
mais que o padro para prevenir disseminao
exgena da infeco. Trs precaues baseadas
na transmisso so propostas: precaues
contra aerossis, gotculas e contato.
As precaues contra aerossis so previstas
para reduzir o risco de exposio e infeco
por meio de transmisso area, atravs de
microgotculas aerodispersas inferiores a 5
micra, provenientes de gotculas desidratadas
que podem permanecer em suspenso no ar
por longos perodos de tempo, contendo agente
infeccioso vivel (TCNICAS PARA COLETA DE
SANGUE, Ministrio da Sade Coordenao
Nacional de DST/AIDS, 1997).
Os microorganismos transportados dessa forma
podem ser dispersos para longe pelas correntes
de ar, podendo ser inalados por um hospedeiro
suscetvel dentro do mesmo quarto ou em locais
situados a longa distncia do paciente-fonte
(dependendo dos fatores ambientais), podendo
alcanar at os alvolos do hospedeiro. Por esse
motivo, indica-se circulao do ar e ventilao
especial para prevenir essa forma de transmisso.
Dentro desta categoria incluem-se os agentes
etiolgicos da tuberculose, varicela (catapora) e do
sarampo. Nas precaues para aerossis deve-se
utilizar proteo respiratria do tipo respirador N-95
(vide p. 39).
As precaues de gotculas reduzem a
disseminao de patgenos maiores que 5 micra
a partir de um indivduo infectado e que podem
alcanar as membranas mucosas conjuntiva, do
nariz ou da boca de um hospedeiro suscetvel.
As gotculas originam-se de um indivduo
fonte sobretudo durante a tosse, o espirro, a
conversao e em certos procedimentos, tais
como a aspirao ou a broncoscopia.
A transmisso de gotculas maiores que 5 micra
requer um contato prximo entre o indivduo e o
receptor, visto que tais gotculas no permanecem
suspensas no ar e geralmente se depositam
em superfcies a uma curta distncia. Da a
importncia de ressaltarmos a necessidade da
limpeza concorrente e terminal.
Uma vez que as gotculas no permanecem em
suspenso, no necessrio promover a circulao
14
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
do ar ou ter ventilao especial para prevenir a
sua transmisso. Esse tipo de precauo aplica-
se a qualquer paciente com suspeita de infeco
por patgenos como: Haemophilus influenzae e
Neisseria meningitidis.
As precaues de contato representam o modo
mais importante e freqente de evitar a transmisso
de infeces hospitalares e esto divididas em dois
subgrupos: contato direto e contato indireto.
Contato direto: esse tipo de transmisso envolve o
contato pele a pele e a transferncia fsica, partindo
de um indivduo infectado (ou colonizado por
microorganismos) para um hospedeiro suscetvel.
Essa transmisso pode ocorrer quando o
profissional de sade realiza a mudana
de decbito, a higienizao ou ao executar
procedimentos que exijam contato fsico; e tambm
entre dois pacientes pelo contato com as mos,
por exemplo.
Contato indireto: envolve a transmisso para um
hospedeiro suscetvel intermediado por objetos
contaminados usualmente inanimados, tais como:
instrumentos contaminados, agulhas, roupas ou
mos contaminadas, ou at luvas que no so
trocadas entre os procedimentos.
15
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSPCoordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
15
So exemplos de doenas transmitidas por
contato as gastroenterites, o impetigo, a
pediculose, a escabiose, o herpes simples e
a furunculose.
Neste instrumento tcnico, as rotas comuns de
contaminao e a transmisso por vetores sero
discutidas brevemente, pois elas no tm um
papel significativo na transmisso das infeces
hospitalares.
Rotas comuns de contaminao se aplicam
a microorganismos transmitidos por itens
contaminados, tais como alimentos, gua,
medicamentos e equipamentos.
Transmisses por vetores ocorrem quando
vetores como mosquitos, moscas, ratos e
vermes tm importante papel na transmisso
de doenas infecciosas.
Doenas com mltiplas rotas de transmisso
podem exigir uma combinao dessas
precaues baseadas na transmisso, em que
cada tipo pode ser usado em conjunto com as
precaues padro. As precaues padro e as
precaues baseadas na transmisso envolvem
a utilizao de barreiras representadas pelos
EPI, bem como a utilizao de outras medidas
visando a biossegurana do profissional de
sade e do cliente assistido (infeco cruzada)
que sero detalhadas a seguir.
Apresentao Pessoal
Quando compridos, devem ficar permanentemente presos na sua totalidade.
A maquiagem uma grande fonte de partculas na rea laboratorial e hospitalar,
partculas estas que significam perigo! As maquiagens liberam milhares delas e na
sua maioria aderentes, pois contm glicerina, mica, titnio, entre outros. Dentre as
maquiagens, o excesso de batom e rmel significa, sem dvida, um dos maiores
problemas na liberao dessas partculas, assim como o laqu.
Os perfumes devem ser evitados em servios de sade por inmeros motivos: so
poluentes ambientais, muitos pacientes tm intolerncia a odores em funo de
seu estado de sade, e outros em funo dos medicamentos de que fazem uso
(quimioterapia e radioterapia, antivirais e por vezes alguns antibiticos); podendo
ento impregnar ambientes fechados que contenham filtros de ar condicionado e
agravar o estado de sade de muitos.
Em funo da heterogenicidade dos servios, recomenda-se no usar.
Devem ser curtas e bem cuidadas. No podem ultrapassar a ponta dos dedos e
preferencialmente no devem conter esmalte. O esmalte libera partculas por micro-
fraturas. As reentrncias das micro-fraturas acomodam sujidades. Unhas postias
tambm no so recomendveis.
Estabelecido pela instituio, dever estar apresentvel.
Os profissionais de sade com leses cutneas secretantes ou exsudativas devem
evitar contato com o paciente.
CABELOS
MAQUIAGEM
PERFUME
JIAS, BIJUTERIAS E RELGIOS
UNHAS
UNIFORME
OBSERVAO
IMPORTANTE
Adaptado de www.medicina,ufmg/edump/clm/ptclhiv.htm e MMWR, October 2002, vol. 51, n RR, p. 16-30 (CDC.gov.mmwr/PDF)
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
16 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Promover educao do paciente para evitar disseminao e contaminao acidental
de superfcies e objetos.
Orientar sobre a lavagem das mos ao sair do banheiro, ao alimentar-se, e aps
contato direto ou indireto com sangue e secrees em geral.
No sentar no leito de outro paciente.
No trocar ou emprestar objetos, roupas e livros a outros pacientes ou funcionrios
de reas crticas.
Orientaes aos Funcionrios das Unidades de Sade
EXPRESSAMENTE
PROIBIDO
COMER
BEBER
FUMAR
FAZER APLICAES
DE COSMTICOS
NOS QUARTOS,ENFERMARIAS,
SALAS DE UTILIDADES
OU
QUALQUER SETOR DE ATENDIMENTO AO
CLIENTE DA REA DA SADE
Adaptado de DEFFUNE, E. et al. Manual de enfermagem em hemoterapia do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. So Paulo, 2003.
Orientaes aos Clientes e Familiares das Unidades de Sade
CUIDADOS COM OS
CLIENTES
Adaptado do Caderno Brasileiro de Medicina, vol. XIV, nos 1-4, jan/dez, 2001.
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
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Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP18 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
CUIDADOS COM AS MOS COMO MEIO DE PREVENO E CONTROLE DE INFECO
18 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
02
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
ELABORAO
Vera Regina de Paiva Costa
ORGANIZAO
Anna Luiza de F. P. Lins Gryschek
Marisa Beraldo
Solange T. Prieto Santos
Vera Regina de Paiva Costa
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Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
1 Microbiologia da Pele
A pele (ou ctis) o manto de revestimento do
organismo e indispensvel vida pois isola o
componente orgnico do meio exterior, impede a
ao de agentes externos de qualquer natureza,
d proteo imunolgica, faz termorregulao,
propicia a percepo, tem funo secretria e
tambm evita perda de gua, eletrlitos e outras
substncias do meio interno.
A superfcie da pele apresenta sulcos e salincias,
que so particularmente acentuadas na regio
palmo-plantar e nas extremidades dos dedos; e,
dependendo do seguimento corpreo, variaes
e pregas (articulares e musculares), orifcios
pilossebceos e sudorparos.
A secreo sebcea produzida importante
para a manuteno eutrfica da prpria pele,
particularmente na camada crnea, pois evita
a perda de gua. O sebo tem propriedades
antimicrobianas e contm substncias precursoras
da vitamina D.
A pele possui dois tipos de microbiota: a transitria
e a residente.
A microbiota transitria compreende os
microrganismos adquiridos por contato direto
com o meio ambiente que contaminam a pele
temporariamente e no so considerados
colonizantes. Esses microrganismos podem ser
facilmente removidos com o uso de gua e sabo
ou degermante. No entanto, adquirem particular
importncia em ambientes hospitalares, devido
facilidade de transmisso de um indivduo a outro.
A microbiota residente composta por
microrganismos que vivem e se multiplicam nas
camadas mais profundas da pele, glndulas
sebceas, folculos pilosos, feridas ou trajetos
fistulosos, e so viveis por longo perodo
de tempo.
Os microrganismos dessa flora no so facilmente
removidos. Entretanto, podem ser inativados por
antisspticos. Nas mos, os microrganismos
localizam-se em maior quantidade em torno das
unhas e sob elas.
Higienizao das Mos
Antes de iniciar a lavagem das mos devem
ser retirados: anis, pulseiras e relgios.
a) Lavagem bsica das mos
(tempo aproximado de 15 segundos)
o simples ato de lavar as mos com gua
e sabo preferencialmente neutro (podendo
em algumas situaes usar o antissptico),
Tcnica
Fique em posio confortvel, sem tocar a pia.
Abra a torneira de preferncia com a mo no dominante, isto , com a esquerda se for destro, e com a direita se for canhoto.
Se possvel, mantenha a gua em temperatura agradvel, j que a gua quente ou muito fria resseca a pele.
Use, de preferncia, de 3 a 5 ml de sabo lquido com ou sem germicida.
Molhe as mos e ensaboe. Friccione-as por 15 segundos, no mnimo, em todas as suas faces, espaos interdigitais, articulaes, unhas e extremidades dos dedos.
Enxge as mos retirando totalmente a espuma e resduos de sabo, eenxugue-as com papel toalha descartvel.
Feche a torneira utilizando o papel toalha descartvel (evite encostar as mos na pia).
HIGENIZAO DAS MOS
Fonte: CDC Atlanta, 2002.
Norma e Manuais Tcnicos - Lavar as mos. Braslia, 1989.
visando a remoo de microrganismos
transitrios e alguns residentes, como tambm
clulas descamativas, plos, suor, sujidades e
oleosidade da pele.
O profissional de sade deve fazer desse
procedimento um hbito.
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
20 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Manusear cada paciente e tambm entre as diversas atividades realizadas com o mesmo paciente por exemplo:
higiene;
aspirao endotraqueal;
esvaziamento da bolsa coletorade urina;
tratamento das feridas;
preparo de materiais ouequipamentos:
respiradores;
nebulizadores;
inaladores etc.
SEMPRE QUE:
estiverem sujas
ANTES DE:
preparar e ministrar medicamento oral e injetvel;
preparar e ministrar: inalao, nebulizao, etc.
As mos devem ser lavadas
As mos devem ser lavadas
Funes fisiolgicas e/ou pessoais:
se alimentar;
limpar e assoar o nariz;
usar toalete;
pentear cabelos;
fumar ou tocar qualquer parte do corpo.
ANTES E DEPOIS DE:
manipulao de materiais ou equipamentos;
coleta de espcimes, por exemplo: coleta de escarro, bipsias etc.
higienizao e troca de roupas dos pacientes.
Adapatado de CDC Atlanta, 2002.
21
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
ATENO:
Os profissionais com leses cutneas secretantes ou exsudativas
devem evitar contato com o paciente.
22
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Produtos a serem Utilizados na Higiene das Mos
Solues base de lcool, com ou sem emoliente, em formulao lquida ou gel podem ser usadas, porm cabe ressaltar que so ineficientes quando as mos esto sujas.
PROCEDIMENTO: deve-se utilizar de 3 a 5 ml do produto, friccionando as mos em todas as faces pelo tempo de 1 minuto (p. 23/24). As mos devem secar-se naturalmente e no por intermdio do papel-toalha.
ESSE PROCEDIMENTO NO SUBSTITUI A LAVAGEM DAS MOS
OBS.: na maioria das Unidades de Sade, observam-se problemas relativos estrutura fsica, evidenciados pela falta de pias em nmero adequado, a fim de proporcionar a lavagem freqente das mos.
So sais formados a partir da reao de cidos graxos obtidos de gorduras vegetais e animais, com metais ou radicais bsicos (sdio, potssio, amnia, etc.).
Os sabes tm ao detergente, removendo as sujidades, detritos e impurezas da pele ou outras superfcies.
O uso de sabo lquido obrigatrio nos hospitais e nas unidades de sade.
SABES
LCOOL GEL70%
23
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
23
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Tcnica de HIGIENIZAO das mosRepita cada movimento 5 vezes
1 Palma contra palma 2 Palma direita sobre
dorso esquerdo
3 Palma esquerda
sobre dorso direito
4 Dedos entrelaados
palma contra palma
5 Parte posterior
dos dedos em
oposio palma
24
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Tcnica de HIGIENIZAO das mosRepita cada movimento 5 vezes
6 e 7 Rotao do polegar8 Utilizar a mo
componente e friccionar
o punho com movimento
de rotao
9 Posio de enxge: deve
ser com gua em abundncia a
partir da mo para o antebrao
10 Secagem: enxugar
com duas folhas de
papel toalha
25
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Preparo Pr-operatrio das Mos
O preparo pr-operatrio das mos, tambm
denominado como escovao das mos ou
antissepsia cirrgica das mos, realizado para
remoo de detritos, eliminao da microbiota
transitria e reduo da microbiota residente das
mos do cirurgio e seus auxiliares.
Recomenda-se o uso de escovas apropriadas com
cerdas macias, descartveis ou convenientemente
esterilizadas. As de cerdas duras so contra-
indicadas, pois podem promover leses cutneas
nas mos e antebraos.
O tempo recomendado para o primeiro preparo
pr-operatrio das mos de 5 minutos, sendo
que 3 minutos so suficientes para preparos
subseqentes ao longo do dia.
Antisspticos degermantes com boa ao
germicida e efeito residual ajudam a manter
a baixa contagem microbiana. As solues
degermantes base de iodforos ou clorexidina
so indicadas.
Na tcnica deve-se dar especial ateno s
unhas e espaos sub-ungueais que devem
ser limpos com esptula. A escovao deve
concentrar-se nessa rea, nos espaos
interdigitais e mos; a frico dos antebraos
pode ser feita com esponja.
O enxge deve ser realizado com gua em
abundncia a partir da mo para o antebrao e
a secagem, com compressas estreis. Aps o
preparo pr-operatrio das mos, pode-se aplicar
soluo alcolica do mesmo antissptico utilizado
na fase de degermao.
cirurgias de um modo geral;
insero de cateteres venosos centrais, arteriais e umbilicais;
puno pleural, paracentese, instalao de cateter peritonial;
punes do espao epidural e raquidiano ou instalao de cateter epidural;
realizao de bipsias;
preparo de soluo parenteral ou enteral;
outros.
As mos devem ser submetidas ao preparo pr-operatrio para:
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Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Solues Antisspticas
So formulaes germicidas de baixa
causticidade, hipoalergnicas e destinadas
aplicao na pele e mucosas.
As formulaes comerciais destinadas
antissepsia das mos esto divididas em
dois grupos:
Soluo alcolica para antissepsia das mos
o lcool age por desnaturao das protenas e
tem excelente ao bactericida e micobactericida.
O lcool um dos mais seguros e efetivos
antisspticas, reduzindo rapidamente a contagem
microbiana da pele, apesar de no possuir
efeito qumico residual e rpida evaporao. A
concentrao importante, determinando sua
eficcia. A concentrao de 70% a mais indicada
por causar menor ressecamento da pele. Como
sua grande desvantagem o ressecamento
causado pela remoo da gordura da pele, novos
produtos adicionam emolientes ao lcool para
minimizar este efeito sem interferncia na sua ao
germicida. A ausncia de efeito residual e pequena
inativao na presena de matria orgnica
outra desvantagem.
Solues antisspticas com detergente
(degermantes)
Essas solues associam detergentes com
antisspticas e destinam-se degermao da pele,
removendo detritos e impurezas:
Clorexidina: Pertence ao grupo das biguanidas,
age por destruio da membrana celular e
precipitao dos componentes internos da
clula microbiana, apresenta maior efetividade
com um pH entre 5.5 a 7.0. Tem excelente
ao contra bactrias Gram-positivas,
fungos e vrus, mas pequena ao contra
micobactrias. Apresenta baixo potencial de
toxicidade e de fotossensibilidade ao contato,
sendo pouco absorvida pela pele ntegra.
Apesar da clorexidina ter ao mais lenta que
o lcool, estudos demonstram boa reduo da
microbiota aps 15 segundos de lavagem das
mos. O principal benefcio o efeito residual
de 6 a 8 h.
As frmulas usuais so:
Soluo degermante a 2 ou 4%, contendo
no menos que 4% de lcool etlico para
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evitar contaminao do produto por
bactrias Gram-negativas. No h diferena
significativa da atividade antissptica entre
soluo a 2 ou 4%;
Soluo alcolica a 0,5%;
Soluo aquosa a 0,2%, especfica para
procedimentos de gineco-obstetrcia.
Iodo e iodforos: O iodo um elemento
qumico no metlico, de smbolo I, pouco
solvel em gua, porm solvel em lcool,
glicerol, leos, benzeno e clorofrmio.
Apresenta facilidade em penetrar na parede
celular dos microrganismos, inibindo a
sua sntese vital, oxidando e substituindo o
contedo microbiano por iodo livre. Possui
ao micobactericida, fungicida e viricida,
podendo ter alguma ao contra esporos aps
longo tempo de exposio.
O uso do iodo foi limitado por muitos anos,
por ocasionar queimaduras, irritao de pele
e de mucosas. Com o desenvolvimento de
compostos iodforos que so mais potentes,
mais solveis e menos irritantes, o uso do lcool
iodado tem sido abandonado.
Os iodforos so combinaes de iodo com
um agente solubilizante e transportador,
a polivinilpirrolidona (PVP), compondo o
polivinilpirrolidona-iodo (PVP-I). Atua carregando
molculas de iodo que so liberadas
gradualmente em baixas concentraes,
mantendo o efeito germicida prprio do iodo,
mas reduzindo sua toxicidade.
Os iodforos necessitam de aproximadamente
2 minutos de contato para a liberao do iodo
livre, atingindo assim um nvel adequado de
antissepsia. Devido sua liberao lenta,
possuem efeito residual de 2 a 4 horas. No
entanto, sua ao rapidamente neutralizada
pela presena de matria orgnica.
Os iodforos podem ser encontrados nas
formulaes degermante, alcolica e aquosa
em concentrao de 10% com 1% de iodo livre.
Os antisspticas base de iodo podem sofrer
decomposio pela exposio excessiva luz
e calor.
Os iodforos no mancham tecidos.
Podem causar queimaduras qumicas se
permanecerem em contato com a pele por
perodo prolongado.
Especial ateno deve ser dedicada
antissepsia cirrgica, evitando a permanncia
de campos molhados ou poas do antissptico
sob o paciente. H relatos de absoro
percutnea e por mucosas em recm-nascidos,
levando ao hipotireodismo aps exposio.
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Conservao dos Antisspticas
As solues antisspticas devem ser protegidas
da luz solar direta ou de temperaturas elevadas.
No uso de almotolias reenvasveis, elas devem ser
autoclavadas ou desinfetadas. Deve se estabelecer
rotina para troca, incluindo o esvaziamento,
limpeza e secagem no mnimo a cada 7 dias, pois
h relatos de contaminao por bacilos Gram-
negativos ou por estafilococos.
Materiais e Equipamentos Necessrios
Dispensadores
Devem apresentar dispositivos que facilitem o
seu esvaziamento, enchimento e/ou troca de refil.
Preferencialmente devem ser usados os modelos
descartveis, acionados com o p ou o cotovelo.
Para solues antisspticas degermantes, deve-
se utilizar dispensadores de parede que reduzam
a possibilidade de sua contaminao com a
microbiota das mos.
O acionamento pode ser manual quando
utilizado para lavagem das mos, porm, para o
preparo pr-operatrio das mos, so indicados
dispensadores com acionamento por cotovelos,
ps ou clula fotoeltrica .
Pias
Devem estar sempre limpas, adequadamente
localizadas e em nmero necessrio para facilitar
o ato de lavar as mos, e com torneiras que
funcionem. No Centro Cirrgico, se possvel,
devem ter gua quente e fria e o acionamento
devem ser com o p, cotovelo ou joelho.
As pias e torneiras devem ser instaladas de
maneira que no propiciem ao usurio respingos
de gua durante sua utilizao. Os profissionais,
visando no contaminar seus uniformes, devem
criar o hbito de no encostar na pia quando forem
lavar as mos.
Porta papel-toalha
Deve-se dar preferncia aos modelos para papis
em bloco que possibilitam o uso individual folha a
folha. Outra opo em rolo, porm a manipulao
para o uso mais complicada. O papel-toalha
deve ser de material suave, para no machucar as
mos e de fcil retirada dos suportes.
O suporte deve ser fixado junto s pias, ser de fcil
limpeza e de material que no oxide. Contra-indica-
se o uso de toalhas de tecido do tipo comum. O
secador eltrico, na prtica, no bem utilizado,
pois os profissionais no obedecem ao tempo
necessrio para a total secagem das mos.
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EPI - INDICAO E UTILIZAO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL
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ELABORAO E ORGANIZAO
Anna Luiza de F. P. Lins Gryschek
Marisa Beraldo
Solange T. Prieto Santos
Vera Regina de Paiva Costa
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Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP30 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Equipamentos de Proteo
O objetivo do uso dos Equipamentos de Proteo
Individual (EPI) no se restringe somente proteo
dos profissionais de sade, mas tambm se destina
reduo do risco de transmisso de microrganismos.
Seu emprego relaciona-se ao risco potencial
de exposio ao sangue, fluidos corpreos,
secrees e excretas, contato com leses de
pele, membranas mucosas e durante cuidados
envolvendo procedimentos invasivos.
Aventais de uso dirio
Use avental de mangas longas preferencialmente durante o inverno, pois ele proteger suas vestes, podendo ter punhos ajustveis. No vero poder ser de mangas curtas, o que facilita a lavagem das mos e do antebrao. Dever ser de comprimento abaixo dos joelhos.
Deve estar sempre abotoado para proteger as vestes.A regio frontal a que oferece maior possibilidade de exposio.
No utilize o avental em reas pblicas: passeio, retorno a outro estabelecimento ou ir para casa, em compras, bancos, lanchonetes e bares. No abrace pessoas ou carregue crianas com seu avental de uso dirio, ele poder estar contaminado.
Troque-o quantas vezes for necessrio pelo avental descartvel ou de tecido, de acordo com o procedimento a ser realizado. Antes de dirigir-se ao refeitrio, copa, ou sair da unidade de sade, retire o avental protetor.
Deixe guardado no setor de trabalho aps seu turno, acondicionando-o em saco impermevel. Pode ser utilizado posteriormente, desde que em boas condies de uso.
Dever ser lavado periodicamente sempre que necessrio ou, no mnimo, duas vezes por semana.
AVENTAL
JALECO
OU
GUARDA-P
Adaptado de MAGALHES, H.P. de Tcnica cirrgica e cirurgia experimental. So Paulo: Sarvier, 1993, p. 338
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Avental Berrio
Usar avental de mangas curtas (pois eles facilitam
a lavagem das mos e do antebrao, evitando a
contaminao cruzada na assistncia do recm-
nascido na incubadora).
Avental para uso em procedimentos no invasivos
Usar sempre que necessrio como um equipamento de proteo individual.
Deve ser utilizado sempre que houver risco de contaminao da roupa por sangue, fluidos corpreos, secrees e excretas (exceto lgrima) no manuseio de pacientes, e tambm no manuseio de materiais e equipamentos que possam levar a essa contaminao. Uso indicado durante procedimentos de isolamento com risco de contato com material infectante e pequenos procedimentos cirrgicos.
ATENO!Remover o avental aps o uso e lavar as mos, evitando transferncia de microrganismos para outros pacientes ou ambientes..
AVENTAL TECIDO(no estril)
Use avental de mangas compridas.
No dobre as mangas.
AVENTAL DESCARTVEL(no estril)
No dobre as mangas.
Adaptado do Programa de Sade Ocupacional disponvel no site: http://www.cac.org.br/prosao.htm
Adaptado de CADERNO BRASILEIRO DE MEDICINA. Vol. XIV, NOS 1, 2, 3 e 4, jan/dez, 2001.
Obs.:
1. Sempre que possvel deve-se dar preferncia aos aventais descartveis em detrimento dos de tecido.
2. Avental de tecido deve ser lavado na Unidade de Sade.
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Avental - procedimentos invasivos
O avental CIRRGICO longo, com mangas compridas e com punhos ajustveis, incluindo uma ala de fixao no polegar, o que evita que o punho se desloque em direo ao cotovelo durante o procedimento cirrgico.
esterilizado, dobrado e empacotado com tcnica, de modo que o profissional possa retir-lo sem haver contaminao. O avental ento apreendido pela gola para se desenrolar.
O profissional introduz as mos e braos pela parte de trs do avental. Com a ajuda do circulante, as pontas dos cintos so amarradas nas costas e no decote. Deve-se tomar alguns cuidados como evitar o toque na face externa do avental, ou mesmo o toque da circulante no profissional.
Dever ser utilizado em situaes com grande exposio a sangue como: cirurgias cardiovasculares, partos vaginais, histerectomia vaginal, passagem de cateter central, flebotomia e at em necropsias. Recomenda-se usar, sob os aventais cirrgicos, aventais impermeveis que protejam o tronco e os membros inferiores.
AVENTAL
CIRRGICO
Adaptado do Programa de Sade Ocupacional disponvel no site: http://www.cac.org.br/prosao.htm
Deve ser utilizado pela equipe de sade para a proteo dos cabelos da contaminao por aerossis, impedindo que o profissional leve para outros locais os microrganismos que colonizaram seus cabelos.
Deve ser utilizado para evitar a queda de cabelo em material e campo cirrgico.
Deve recobrir todo o cabelo e orelhas e ser descartado em lixo contaminado.
Deve ser descartvel e de uso nico.
GORRO
Adaptado de Manual de condutas: controle de infeco e prticas odontolgicas. 2000.
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Uso de Luvas
importante:
Usar luvas de procedimentos ao desenvolver
atividades com o paciente quando necessrio.
Trocar as luvas aps contato com materiais
que possam conter maior concentrao de
microrganismos (Ex.: matria fecal ou
de drenagem).
Entre um procedimento e outro com o mesmo
paciente, deve-se tambm trocar as luvas.
Remover as luvas prontamente ao trmino da
atividade ou procedimento, deixar o ambiente
do paciente e lavar as mos imediatamente
com gua, sabo e antissptico, se
necessrio.
Aps remoo das luvas e lavagem das mos,
certificar-se de que as mos no toquem
artigos e superfcies contaminadas, evitando a
transferncia de microrganismos para outros
pacientes ou ambientes.
Luvas de limpeza no precisam permitir a mesma sensibilidade que as cirrgicas e/ou de procedimentos.
Luvas de procedimento:Usar quando em contato com sangue, fluido corpreo, mucosa e pele no ntegra, bem como na manipulao de qualquer material biolgico, produtos qumicos e no fechamento de sacos plsticos de resduos hospitalares.
Usar luvas de procedimento para manuseio de objetos ou superfcies sujas com sangue e outros fluidos.
Usar luvas de procedimento na puno venosa perifrica. necessrio conhecer as limitaes das atividades para no prejudica outras pessoas.Ex.: proibido tocar em maanetas, puxadores de armrio, apertar botes, atender telefone ou outros objetos de uso comum quando com mos enluvadas.
LUVAS
Adequadas para a caracterstica
de cada setor ou
atividade
Precaues de Contato e Padro
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Com Relao ao Uso de Luvas
sempre bom lembrar que as luvas reduzem
o risco de contaminao, mas sem elimin-lo.
Elas devem ser descartadas aps cada cuidado
prestado, nunca lavadas. No recomendado o
seu uso prolongado e indiscriminado, pois alm de
facilitar a transmisso de infeces, pode provocar
vrias reaes adversas e sensibilizao cutnea.
As luvas, durante seu processo de fabricao,
so desidratadas e, durante seu uso, sofrem
reidratao, aumentando sua porosidade
e, conseqentemente, a passagem de
microrganismos.
As mos podem se contaminar durante a remoo
das luvas.
A opo do uso de luvas estreis ou de
procedimento depende da atividade a ser realizada
e da suscetibilidade do paciente. Elas podem ser
feitas de ltex ou materiais sintticos. Luvas de
ltex proporcionam maior proteo, porm podem
provocar alergia. As luvas sintticas so de maior
custo. Quando feitas de vinil, tm um bom nvel de
proteo, mas as de polietileno devem ser evitadas
pela fragilidade e permeabilidade. Obs.: luvas de
ltex tm melhor resistncia que as de vinil.
Deve-se utiliz-las para a proteo do paciente
e do funcionrio, e para contato com stios
estreis. O uso na presena de leses de
pele, mucosas e em todas as atividades que
apresentem risco de exposio ao sangue,
fluidos corpreos, secrees e excretas e na
manipulao de material perfurocortante,
indicado para a proteo do funcionrio.
Devem ser descartveis, caladas
imediatamente antes do procedimento de
risco e removidas to logo a atividade seja
completada. Devem ser trocadas ao atender
outro paciente ou realizar outro procedimento
no mesmo paciente.
Devem ser desprezadas no lixo hospitalar (saco
branco leitoso NBR 9191- ABNT) como lixo
ou material infectante, e as mos devem ser
lavadas aps sua remoo.
Fonte: FERNANDES, A.T.; BARATA, L.C.B. Medicina baseada em evidncias e controle de infeco hospitalar. 2001.
Luvas Estreis
O profissional de sade deve usar luvas
estreis no apenas na sala de cirurgia, mas
em qualquer situao onde seja realizado um
procedimento invasivo.
As luvas devem ser grandes o bastante para
serem colocadas com facilidade, mas pequenas
o suficiente para no ficarem folgadas.
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Ao Sugerida
Material: Pacote de luvas estreis no tamanho adequado, com identificao correta. Mesa ou superfcie limpa para abertura do pacote.
Retirar todas as jias, acessrios e lavar as mos (p. 20 e 24).
Abrir o pacote de luvas sem contamin-lo e deix-lo sobre uma superfcie plana.
Abrir o invlucro interno e, tocando apenas na face externa,abrir ambas as dobras.
Retira-se uma das luvas do pacote segurando-a pelo lado interno do punho, que dever estar dobrado sobre o lado externo.
Levante-a mantendo-a longe do corpo, acima da cintura, com os dedos da luva para baixo.
Cala-se essa luva e, depois, pega-se a outra, de modo a no tocar na parte interna. Deve-se aproveitar a dobradura do punho introduzindo quatro dedos e calando-a.
Pode-se agora acomod-las melhor nas mos, eliminando as dobras e as rugas.
As luvas so colocadas de modo a cobrirem o punho do avental.
Esse EPI no deve ser frouxo ou largo, mas deve se acomodar s mos.
Muitas vezes, como precauo, o cirurgio usa 2 luvas, ou troca-as a cada hora de cirurgia.
s vezes, conforme o tipo de cirurgia (Ex.: cirrgicas ortopdicas), faz-se necessrio o uso de luvas para alto risco (antiderrapantes).
Se ocorrer contaminao em qualquer momento do procedimento, descarte as luvas e comece novamente com luvas novas.
SEQNCIA
Adaptado de: MAGALHES, H.P.de. Tcnica cirrgica e cirurgia experimental. So Paulo: Sarvier, 1993. p.338. APECI H (1999).
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Colocao das Luvas Esterilizadas
http://www.fob.usp.br/adm/comissoes/bioseg/cap09.htm
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A Remoo das Luvas
Segure uma das luvas pelo lado externo na regio do punho, mantendo uma barreira entre
superfcies contaminadas (punho do avental).
Estique e puxe a extremidade da luva para baixo, enquanto inverte-a durante a remoo
(mantendo isolado o lado contaminado).
Introduza os dedos da mo sem luva dentro da extremidade interna da luva ainda calada
(punho do avental), propiciando contato direto com a superfcie mais limpa da luva.
Puxe a segunda luva de dentro para fora enquanto encapsula a primeira luva na palma da
mo (limitando o reservatrio de microrganismos).
Descarte as luvas em recipiente adequado para tal fim (saco de lixo plstico branco leitoso
de espessura 10 micra segundo NBR 9191 - ABNT).
Lave as mos imediatamente aps a retirada das luvas (p.20 a 24). Esse procedimento
propicia a retirada de microrganismos transitrios e residentes que podem ter proliferado no
ambiente escuro, quente e mido do interior das luvas.
LUVASREMOO
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Uso de Mscaras
Deve ser usada quando houver risco de contaminao da face com sangue, fluidos corpreos, secrees e excretas.
Deve ser usada para evitar contaminao do ambiente (precauo contra gotculas) ou em procedimentos em que se utilize material estril: instalao de cateter venoso central, puno liqurica, sondagem vesical, aspirao traqueal, dissecao venosa etc.
Deve ser utilizada: protege por tempo limitado, cerca de
20, apesar de atender maioria das situaes.
eventualmente, por pacientes com tosse persistente.
MS
CAR
A D
ESC
ART
VEL
OU
CIR
R
GIC
A
MS
CAR
A C
OM
FIL
TRO
OU
RES
PIR
ADO
R
Deve ser colocada antes de entrar no quarto do paciente portador ou sob suspeita de tuberculose pulmonar bacilfera ou outras patologias transmitidas por patgenos menores que 5 micra (N95), como sarampo e varicela. E ser retirada aps sua sada(precauo para aerossis).
Deve ser utilizada em reas de alta contaminao com produtos biolgicos e/ou na manipulao de substncias qumicas com alto teor de evaporao, mesmo quando manipuladas em capela de exausto externa.
Deve ser utilizada: durante necropsia de pacientes suspeitos de tuberculose, sarampo, varicela e herpes zoster disseminado.
Adaptado de: http://www.saudetotal.com/microbiologia/biosseg.htm
Obs.: A mscara est adequada quando se adapta bem ao rosto do usurio e filtra
partculas de tamanho correto, de acordo com sua indicao.
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Respiradores N95 para a Proteo Respiratria do Profissional
Este EPI deve ser colocado antes de entrar no quarto e retirado aps a sada do local, e pode ser reutilizado pelo mesmo profissional desde que se mantenha ntegro, seco e limpo e que no gere desconforto durante o uso. Utilizar: nos quartos com pacientes com tuberculose pulmonar confirmada ou suspeita, sarampo
e varicela; em locais onde ocorram procedimentos indutores de tosse e geradores de aerossis
(salas de broncoscopia, inalao com pentamidina, salas de induo de escarro, laboratrios de micobacteriologia, consultrio de odontologia).
Os respiradores no tm um prazo limitado de uso, podendo ser utilizados por um longo perodo pelo mesmo profissional.
O tempo de uso est condicionado sua integridade.
Para garantir a utilizao de uma mscara segura para tal finalidade, importante que ela possua o CA (Certificado de Aprovao) emitido pelo Ministrio do Trabalho. para a emisso desse certificado medida a passagem das partculas pela trama do
tecido da mscara.
RESPIRADOR
N95
Nos EUA, essa classe de produto denominada
N95 (95% de eficincia de filtragem para partculas
no-oleosas) o que fez com que o produto fosse
conhecido assim mundialmente.
No Brasil, esta mscara tambm conhecida
por N95, porm a NBR 13698/96 classifica
o filtro para esta finalidade de P2, onde a
passagem de partculas permitida no mximo
6%. Para garantir que os 6% restantes sejam
retidos pela mscara, a mesma carregada
eletrostaticamente para reter estas partculas
menores.
Fonte: www.cdc.gov/nchstp/tb
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Protetor Ocular e/ou Facial e Sapatos e Botas
Deve ser usado quando houver risco de contaminao dos OLHOS E/OU FACE com
sangue, fluidos corpreos, secrees e excretas, no sendo de uso exclusivamente
individual.
imprescindvel o uso de protetor ocular e/ou protetor facial em todo atendimento a
paciente que possa produzir respingo de sangue em maior quantidade em momentos
previsveis, tais como: puno venosa para coleta de sangue, sondagens, aspirao
traqueal ou oral, durante a realizao de curativos que apresentem secrees, em ps-
operatrio de pacientes que apresentem sangramento pela inciso, em necropsia etc.
O protetor ocular e/ou facial fabricado com materiais rgidos (acrlico ou polietileno)
e deve limitar entradas de respingos pelas pores superiores e laterais dos olhos.
A limpeza dos protetores realizada com gua, sabo e hipoclorito de sdio. No
indicado o uso de lcool 70% para desinfeco.
Protetor Ocular e/ou Facial
PROTETOR
OCULAR
E/OU
FACIAL
Exclusivamente fechados e de preferncia de couro ou de outro material impermevel.
No permitido o uso de sandlias dentro da unidade de sade.
Seu uso indicado durante procedimentos de limpeza em unidades de sade para
profissionais da lavanderia e para aqueles que realizam necropsias.
Sapatos e Botas
SAPATOS
BOTAS
Adaptado de:
1 - DEFFUNE, E. et al. Manual de enfermagem em hemoterapia do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, So Paulo: fev/2003.
2 - http://www.saudetotal.com/microbiologia/biosseg.htm
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Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Exame de paciente sem contato com material X - - -
biolgico, mucosa ou pele ntegra.
Exame de paciente incluindo contato com sangue, X X ( * ) -
fluidos corporais, mucosa ou pele no ntegra.
Coleta de exames de sangue, urina e fezes. X X - -
Realizao de Curativos. X X ( * ) ( * * )
Administrao de medicamentos via parenteral. X X - ( * * )
Puno ou dissecao venosa profunda, X X X X
procedimentos invasivos.
Aspirao de vias areas, entubao traqueal, X X X X
endoscopia e broncoscopia.
Procedimentos odontolgicos. X X X X
Procedimento que possibilite respingos de X X X X
sangue e secrees (material biolgico).
Equipamentos de Proteo Individual
(*?realizao de curativos de grande porte em que haja maior risco de exposio do profissional, grandes feridas cirrgicas, queimaduras graves e escaras de decbito.
(**) O uso de culos de proteo est recomendado somente durante os procedimentos em que haja possibilidade de respingo ou para aplicao de medicamentos quimioterpicos.
Adaptado de MINISTRIO DA SADE. Manual de condutas: exposio ocupacional a materiais biolgicos: Hepatite B e HIV. Braslia: 1999.
Procedimentos Lavar as Mos Luvas Avental culos e Mscara
42 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
EXPOSIO OCUPACIONAL
42 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
04
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
ELABORAO
Acidentes com Material Biolgico
Solange T. Prieto Santos
Hepatites
Clia Regina Cicolo da Silva
Tuberculose
Naomi Kawaoka Komatsu
Necha Goldgrub
Solange T. Prieto Santos
ORGANIZAO
Anna Luiza de F. P. Lins Gryschek
Marisa Beraldo
Solange T. Prieto Santos
Vera Regina de Paiva Costa
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Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Acidentes com Material Biolgico
A preocupao com riscos relacionados a materiais
biolgicos surgiu a partir da constatao de agravos
sade de profissionais que exerciam atividades
em laboratrios desde o incio dos anos 40. No
entanto, somente a partir da epidemia da Aids nos
anos 80 que as normas relacionadas segurana
no ambiente de trabalho foram inicialmente
estabelecidas para profissionais de sade.
Esto expostos a riscos biolgicos todos aqueles
que se inserem direta ou indiretamente na
prestao de servios de sade, alm de visitantes
e outros profissionais que estejam ocasionalmente
nesses servios.
O risco de exposio varia de acordo com a
categoria profissional, a atividade realizada ou
o setor de atuao nos servios de sade. So
considerados de alto risco: profissionais de rea
cirrgica, de emergncia, odontlogos, laboratrio,
estudantes, estagirios e pessoal da limpeza.
A equipe de enfermagem uma das principais
categorias de risco exposio com material
biolgico, provavelmente por ser o maior recurso
humano nos servios de sade e por ter contato
direto na assistncia prestada ao paciente.
Os odontlogos tambm so de alto risco, sendo
que alguns estudos mostram que 85% dessa
categoria profissional, tem pelo menos uma
exposio percutnea a cada cinco anos.
A exposio a material biolgico (sangue ou outros
lquidos orgnicos potencialmente contaminados)
pode resultar em infeco por patgenos como
o vrus da imunodeficincia humana (HIV) e os
vrus das hepatites B e C. E este captulo pretende
abordar medidas profilticas relacionadas
preveno desses patgenos.
Os acidentes ocorrem habitualmente atravs de
picadas com agulhas; ferimentos com material ou
instrumentos cortantes (acidentes percutneos); e
contato direto da mucosa ocular, nasal, oral e pele
no ntegra quando em contato com sangue ou
materiais orgnicos contaminados.
O risco desses acidentes resultarem em infeco
varivel e est associado ao tipo de acidente,
ao tamanho da leso, presena e ao volume de
sangue envolvido no acidente, quantidade de
vrus no sangue do paciente fonte (carga viral) e
utilizao de profilaxia especfica (para o HIV com
medicamentos anti-retrovirais e para a hepatite B
com vacinao pr-exposio ou administrao de
imunoglobulina especfica ps-exposio).
Aproximadamente, 800 mil acidentes com
perfurocortantes so notificados anualmente nos
Estados Unidos. No Reino Unido, eles representam
16% das intercorrncias ocupacionais em seus
hospitais, sendo que apenas metade notificada.
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Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
A maioria dos acidentes est relacionada com
venopuno, administrao de medicamentos no
acesso venoso e reencape de agulhas aps o uso.
So, portanto, potencialmente prevenveis.
No Brasil, a vigilncia das exposies
ocupacionais de profissionais que manipulam
materiais biolgicos existe de forma isolada
em alguns hospitais universitrios e em alguns
servios de sade.
Em 1999, a Diviso de Vigilncia Epidemiolgica
do Programa Estadual DST/Aids (PE-DST/
Aids) elaborou a primeira proposta de fluxo de
atendimento e sistema de vigilncia de acidentes
com material biolgico em profissionais da sade
do Estado de So Paulo, visando principalmente a
preveno de infeco pelo HIV e pelos vrus das
Hepatites B e C.
Em junho de 2001, foi realizado pelo PE-DST/
Aids treinamento do Sistema de Notificao de
Acidentes Biolgicos (SINABIO) para o sistema
informatizado de vigilncia de acidentes com
exposio a fluidos biolgicos. No mesmo ano, a
Coordenao Nacional de DST/Aids do Ministrio
da Sade atualizou as recomendaes para
as condutas na exposio ocupacional ao HIV,
publicadas nas Recomendaes para terapia anti-
retroviral em Adultos e Adolescentes Infectados
pelo HIV, que se baseiam em experincias
nacionais de atendimento e conduo de casos
de exposio ocupacional a fluidos biolgicos e
seguiram a atualizao feita pelo CDC (EUA).
As recomendaes para indicao de terapia
anti-retroviral em casos de exposio com material
biolgico sero atualizadas anualmente pela
Coordenao Nacional de DST/Aids (consenso).
Nesse perodo houve tambm a investigao
epidemiolgica e confirmao do primeiro caso
brasileiro de infeco pelo HIV como conseqncia
de acidente de trabalho em profissional de sade,
ocorrido em outubro de 1994.
O SINABIO foi implantado em outubro de 2001,
pela Secretaria Municipal da Sade de So Paulo,
que props a introduo de algumas informaes
trabalhistas na ficha de notificao e estabeleceu a
notificao compulsria dos acidentes biolgicos
dos trabalhadores da sade.
O aprimoramento da qualidade do atendimento e da
informao sobre acidentes com material biolgico
visa fornecer subsdios para anlise epidemiolgica
e planejamento de recursos, alm de eventual uso
jurdico e previdencirio por profissionais cujos
acidentes possam resultar em infeco.
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Exposio Ocupacional a Material
Biolgico:
Contato de mucosas, pele no ntegra
ou acidente percutneo com sangue
ou qualquer outro material biolgico
potencialmente infectante.
Devem ser Considerados Fluidos
Biolgicos de Risco:
Sangue, lquido orgnico contendo
sangue e lquidos orgnicos
potencialmente infectantes: smen,
secreo vaginal, liquor, lquido sinovial,
peritonial, pericrdico e amnitico.
Suor, lgrima, fezes, urina, vmitos,
secrees nasais e saliva (exceto em
ambiente odontolgico) so lquidos
biolgicos SEM risco de transmisso
ocupacional do HIV. Nesses casos, a
quimioprofilaxia e o acompanhamento
sorolgico NO so recomendados.
A presena de sangue nesses lquidos
torna-os infectantes.
Fatores para a Ocorrncia de Infeco
ATENO
A patogenicidade do agente
infeccioso.
O material biolgico envolvido.
O volume de material envolvido.
A carga viral do paciente fonte
(paciente envolvido no acidente).
A forma de exposio.
A suscetibilidade do profissional
de sade.
A existncia de profilaxia ps-
exposio.
De dezembro de 1999 a agosto de 2002,
o SINABIO recebeu 3.513 notificaes de
acidentes ocupacionais com exposio a fluidos
biolgicos, provenientes de 124 municpios
diferentes, representando 20% dos municpios
do Estado de So Paulo. Vale ressaltar que,
nesse Estado, esses acidentes ainda no so de
notificao compulsria.
Embora as informaes obtidas no possam ser
generalizadas para todo o Estado, elas seguem
padres e tendncias semelhantes s descritas
na literatura disponvel sobre os acidentes com
exposio a fluidos biolgicos.
86% PERCUTNEO
6% MUCOSA OCULAR
5% PELE NO NTEGRA
2% MUCOSA ORAL
1% OUTROS
Profissionais da enfermagem estiveram
envolvidos em 58% dos acidentes, mostrando
que procedimentos de preveno devem ser
priorizados e que a necessidade de atualizao
deve ser rotineira.
Adaptado do Boletim Epidemiolgico CRDST/AIDS/CVE, ano I, n 01, outubro, 2002.
ACIDENTES COMMATERIAL
BIOLGICO
3.513
notificaes1999 a 2002
TIPO DE EXPOSIO
58% ENFERMAGEM
8,3% PROFISSIONAIS LIMPEZA
7% MDICOS
7% ESTUDANTES
2,7% DENTISTAS
17% OUTRAS CATEGORIAS
16,2% durante a administrao de medicamentos
16,0% por descarte inadequado
13,4% em punes inadequadas
10,3% em procedimentos cirrgicos
7,1% em procedimentos odontolgicos
4,7% por reencape de agulhas
32,3% outras situaes
CIRCUNSTNCIA DO ACIDENTE
Adaptado do Boletim Epidemiolgico: CRDST/AIDS/CVE, ano I, n 01, outubro, 2002.
46 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
71,5% Referiram vacinao completa
26% Vacina incompleta ou no vacinados
2,5 % Informao ignorada
Situao vacinal para Hepatite B no momento do acidente
Adaptado do Boletim Epidemiolgico: CRDST/AIDS/CVE, ano I, n 01, outubro, 2002.
O sangue foi o fluido notificado em 82% das
exposies. Agulhas com luz foram os instrumentos
responsveis por 63% das exposies.
No foram relatadas soro-converses por HIV, VHB
e VHC relacionadas com acidentes, entre os casos
notificados at o momento do estudo.
0,3 % aps exposio percutnea
0,09% aps exposio mucocutnea
Pode chegar a 60% aps exposio percutnea(Fonte Ag HBs+)
1 a 10 % aps exposio percutnea(fonte VHC positiva)
Risco Mdio aps Acidente com Material Biolgico (Sangue)
HIV
HEPATITE B
HEPATITE C
Adapatado de Manual CVE/SPHepatites, 2003.
A MELHOR PROFILAXIA PARA A EXPOSIO OCUPACIONAL CONTINUA SENDO O RESPEITO S NORMAS DE BIOSSEGURANA
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Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Ter mxima ateno durante a realizao de procedimentos invasivos.
Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realizao de procedimento que envolva material perfurocortante.
Nunca reencapar, entortar, quebrar ou desconectar a agulha da seringa.
No utilizar agulhas para fixar papis.
Desprezar agulhas, escalpes, lminas de bisturi e vidrarias, mesmo que estreis, em recipiente prprio.
No descartar material perfurocortante em saco de lixo comum, mesmo que seja branco.
Usar sapatos fechados (no de tecido) para proteo dos ps em locais midos, com presena de material biolgico ou onde haja risco de acidente percutneo (Ex: consultrio odontolgico, sala de coleta de exames, centro cirrgico, centro obsttrico, centro de material e esterilizao, pronto-socorro e outros.).
Cuidados com Material Perfurocortante e Material Biolgico
Ao manusear perfurocortante
agulhas,
escalpes,
lminas de bisturi,
vidrarias
e
outros.
TODOS OS OBJETOS PERFUROCORTANTES DEVEM SER DESCARTADOS EM RECIPIENTE DE PAREDE RGIDA,IMPERMEVEL E CONTER TAMPA.
48 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Recipiente para Material Perfurocortante
Deve conter paredes rgidas e impermeveis
e tampa;
No deve ser preenchido acima do limite de
2/3 de sua capacidade total;
No deve ser deixado no cho, devendo
estar sempre em local seguro;
Deve ser colocado em ponto estratgico;
Deve-se ved-lo com fita adesiva e coloc-
lo em saco branco leitoso, dar um n e
encaminh-lo para o destino final.
Cuidados com o Transporte de Material Biolgico
Etiquetar os frascos coletores antes da coleta
do material.
Acondicionar as amostras em saco plstico
transparente.
Colocar o saco com as amostras em caixa
trmica para transporte que contenha gelo
reciclvel.
O transporte de responsabilidade do
laboratrio executor.
Adaptado de Tcnicas para coleta de sangue/Coordenao Nacional de DST e Aids. 2 edio, Braslia: Ministrio da Sade, 1997.
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Procedimentos Recomendados Ps-exposio a Material Biolgico nas Instituies de Sade em Geral
Aps exposio em pele ntegra, lavar o local com gua e sabo ou soluo antissptica com detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente. O contato com pele ntegra no constitui situao de risco.
Aps exposio em mucosa lavar com soro fisiolgico 0,9% ou gua corrente em abundncia, repetindo a operao por vrias vezes.
Se o acidente for percutneo, lavar imediatamente o local com gua e sabo ou soluo antissptica com detergente (PVPI, clorexidina).
No fazer espremedura do local ferido pois h um aumento da rea lesada e, conseqentemente, aumento da exposio ao material infectante.
No usar solues irritantes como ter, hipoclorito de sdio ou glutaraldedo.
Se o paciente fonte for conhecido com situao sorolgica desconhecida, colher, aps aconselhamento e consentimento, sorologias para HIV, VHB e VHC (dois tubos secos). Sempre que possvel realizar teste rpido para HIV no paciente fonte.
(Teste rpido: teste de triagem que produz resultado em minutos, indicado para situaes de emergncia, devendo ser obrigatoriamente confirmado atravs de testes confirmatrios).
Obs.: para teste rpido, a coleta dever ser feita em um tubo de tampa roxa (com anticoagulante).
PROCEDIMENTOIMEDIATO
CUIDADOSLOCAIS
Em caso de exposio a material biolgico
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Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
50 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Notificar chefia imediata.
Notificar ao Servio de Controle de Infeco Hospitalar (SCIH) ou mdico do trabalho para avaliao do acidente e encaminhamento aos servios de referncia para atendimento atravs de Ficha de Notificao de Acidentes Biolgicos.
Notificar o setor de Pessoal, que dever preencher a comunicao de Acidente de Trabalho (CAT ou similar).
Obs.: impossvel afirmar que o profissional se infectou em servio se o acidente ocupacional no for devidamente notificado, portanto, medidas que viabilizem esse procedimento devem ser implementadas em todos os servios de sade.
Em caso de exposio a material biolgico
NOTIFICAO DO ACIDENTE
Colher, aps aconselhamento e consentimento do funcionrio acidentado, sorologias para HIV, AgHBs, anti HBs e anti HCV:
Esse procedimento utilizado para excluso de infeco prvia.
No indicado o teste rpido para HIV.
Avaliar imunizao para Hepatite B.
Avaliar situao sorolgica do paciente fonte.
Avaliar indicao de profilaxia para HIV e Hepatite B (ver cap. Hepatites deste Manual)
Obs.: no existe quimioprofilaxia para Hepatite C.
Investigar outras situaes de risco para aquisio de infeco pelo HIV, VHB e VHC do profissional acidentado.
Acompanhamento sorolgico do funcionrio acidentado por 6 meses (data zero = data do acidente, 6 semanas, 3 meses e 6 meses).
A recusa do profissional acidentado em realizar as sorologias ou profilaxias especficas quando indicadas ou o acompanhamento sorolgico, deve ser registrada em pronturio funcional.
Em caso de exposio a material biolgico
CONDUTA PS-ACIDENTE
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Usar preservativos nas relaes sexuais.
Se o funcionrio acidentado for do sexo feminino: descartar e evitar gravidez; no amamentar durante o acompanhamento.
No doar sangue, rgos ou smen durante o acompanhamento.
No h necessidade de restringir as atividades do profissional exposto.
O conhecimento sobre a eficcia da profilaxia ps-exposio limitado para o HIV.
Em caso de exposio a material biolgico
ORIENTAO PS-EXPOSIO
A MATERIAL BIOLGICO
IMPORTANTE:
A exposio ocupacional ao vrus HIV deve ser tratada como emergncia mdica, uma
vez que a quimioprofilaxia deve ser iniciada o mais precocemente possvel, quando
indicada, idealmente at duas horas aps o acidente e, no mximo, at 72 horas.
O profissional acidentado deve receber orientao do enfermeiro ou do mdico do
S.C.I.H. ou de profissional devidamente treinado.
A MELHOR PREVENO EVITAR ACIDENTES!
52 Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
Vacinao para Profissionais da Sade
A vacinao para preveno de algumas
doenas infecciosas de possvel transmisso
em unidades de sade (Hepatite B, sarampo,
influenza, caxumba e rubola).
A vacinao adequada de profissionais de
sade diminui o risco de aquisio dessas
doenas por diminuir o nmero de suscetveis a
doenas imunoprevenveis. Deveria ser realizada
previamente ao ingresso desses profissionais em
sua prtica, o que ocorre raramente no Brasil.
Fonte: http://www.riscobiologico.org/imuniza/imuniza.htm
dT dupla adulto: difteria e ttano
SCR sarampo, caxumba e rubola
Hepatite B Hepatite B
Vacinas Especiais:
VARICELA: para profissionais
da sade no atendimento a
pacientes imunodeprimidos.
RAIVA: profilaxia de pr-
exposio para profissionais
que podero ter contato com
animais transmissores em
suas atividades.
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Coordenao da Ateno Bsica - SMS - PMSP
Hepatite B
O vrus da Hepatite B (VHB) transmitido atravs
do sangue ou fluidos corpreos, como exsudato
de feridas, smen, secreo cervical (colo uterino)
e vaginal de pessoas portadoras do vrus (AgHBs
positivas), sendo que o sangue contm a mais alta
concentrao do vrus.
Vrus da Hepatite B no transmitido pela via
oro-fecal.
Pessoas com infeco crnica pelo vrus da
Hepatite B so os reservatrios primrios
da infeco.
A exposio, percutnea ou da mucosa,
a sangue ou fluidos
corpreos uma das formas de
transmisso ocupacional do VHB.
O risco de infeco pelo vrus da Hepatite B
est relacionado ao grau de contato com sangue
no local de trabalho e tambm presena do
marcador AgHBe (replicao viral) da pessoa
fonte. Em estudos com profissionais de sade que
se acidentaram com agulhas contendo sangue,
se este contivesse o AgHBs e AgHBe, o risco
de desenvolver hepatite clnica foi de 22 a 31%,
e o risco de desenvolver evidncia sorolgica
de infeco pelo vrus B foi de 37 a 62%. Em
O vrus da Hepatite B sobrevive no
sangue seco temperatura ambiente, em
superfcies, por pelo menos uma semana.
O ambiente contaminado tambm parece
ser um reservatrio importante do vrus. Em
alguns estudos, profissionais que cuidaram
de pacientes AgHBs positivo foram infectados
sem ter acidente percutneo. O contato direto
de mucosas e pele no ntegra (queimaduras,
escoriaes, arranhaduras ou outras leses) com
superfcies contaminadas pode transmitir o VHB.
Isso est demonstrado em investigao de
surtos entre profissionais e pacientes em
unidades de hemodilise.
Em estudos epidemiolgicos conduzidos
na dcada de 70 nos Estados Unidos, a
soroprevalncia de infeco por VHB entre os
profissionais de sade era dez vezes maior que na
populao geral.
Depois da adoo de medidas de preveno
como a vacinao pr-exposio de todos os
profissionais de sade, com a vacina da Hepatite
B, e a adoo de precaues padro quando
comparao, se o sangue contido nas agulhas
fosse AgHBs positivo e AgHBe negativo, o risco
de desenvolver hepatite clnica era de 1 a 6%, e
de 23 a 37% de evidncia sorolgica de infeco
(CDC,2001).
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houvesse risco de exposio a sangue e a outros
fluidos corpreos potencialmente infectantes,
ocorreu um rpido declnio na ocorrncia de
Hepatite B entre os profissionais de sade.
Na hemodilise a transmisso do VHB pode ser
por exposio da mucosa ou percutnea ao vrus;
alm disso, o vrus pode estar vivel no ambiente,
mesmo sem sangue visvel.
superfcies ou equipamentos que no foram rotineiramente limpos e desinfetados depois do uso;
frascos de medicao multidose ou solues intravenosas que no foram usadas exclusivamente em cada paciente;
medicaes injetveis que foram preparadas em reas prximas s reas de armazenamento das amostras de sangue;
profissionais de sade que cuidavam simultaneamente de pacientes infectados e no infectados pelo vrus da Hepatite B.
O AgHBs tem sido detectado em braadeiras,
tesouras, botes de controle das mquinas de
dilise e maanetas das portas em centros de
hemodilise. Assim, se essas superfcies no
so rotineiramente limpas e desinfetadas, podem
representar um reservatrio do vrus e os
profissionais podem transmitir o vrus aos pacientes
atravs de mos ou luvas contaminadas.
A maioria dos surtos de infeco por VHB em HEMODILISE
j investigados foi resultado de contaminao cruzada entre pacientes por:
Medidas de Controle da Infeco pelo VHB
As medidas de controle da transmisso do vrus
da Hepatite B com impacto em sade pblica so
referentes profilaxia pr-exposio, profilaxia ps-
exposio, precaues com pacientes internados,
controle do sangue e de produtos derivados
do sangue e do plasma, bem como vigilncia
epidemiolgica da Hepatite B.
Profilaxia Pr-exposio
A vacinao pr-exposio de pessoas
suscetveis o meio mais efetivo para impedir
a transmisso da Hepatite B e para quebrar a
cadeia de transmisso da infeco. A vacinao
universal necessria.
Profissionais que exeram atividade na rea
da sade, do setor pblico ou privado, devem
ser vacinados.
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Risco Biolgico - Biossegurana na Sade
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OBSERVAO
Vacina contra a Hepatite B
Trata-se de vacina subunitria contendo antgeno
de superfcie do vrus da Hepatite B (AgHBs)
purificado, obtida por engenharia gentica e
contendo hidrxido de alumnio como adjuvante.
Vacina com 90% a 95% de eficcia e a
imunidade conferida duradoura.
Doses:
Para menores de 20 anos: 0,5 ml
Para pessoas com idade igual ou superior
a 20 anos: 1,0 ml.
No h necessidade de reforo para
pessoas imunocompetentes.
No so indicados testes sorolgicos
antes da vacinao.
Cada mililitro contaminado com o vrus da Hepatite B
contm 100.000.000 de partculas virais, que podem
permanecer viveis por at uma semana.Basta uma
dessas partculas para contaminar uma pessoa.
Fonte: Tcnicas para coleta de sangue/Coordenao Nacional de DST e Aids, 2 ed., Braslia,1997
Profilaxia Ps-exposio
Pode ser feita com a aplicao de vacina, de
gamaglobulina hiperimune ou de ambas, conforme
a situao apresentada (ver tabela).
A imunoglobulina para Hepatite B obtida
do plasma de doadores hiperimunizados que
sabidamente contm altos ttulos de anti-HBs,
sendo negativo para anti-HIV e anti-VHC. O
processo usado para preparar essa imunoglobulina
inativa ou elimina o HIV e o VHC.
Aps a vacinao, os testes esto
recomendados somente para pessoas de risco
acrescido (como trabalhadores de sade),
devendo ser realizados 1 a 2 meses depois da
ltima dose.
As pessoas vacinadas que no apresentarem
soroconverso devero ser revacinadas com
novo esquema de trs doses de vacina, segundo
a SES/SP. No havendo soroconverso aps a
revacinao, no esto indicadas novas doses.
Para profissionais com esquema incompleto
recomenda-se dar seqncia ao esquema
iniciado, independentemente das datas de
aplicao anterior.
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A gamaglobulina padro no eficaz para a profilaxia ps-exposio ao vrus da
Hepatite B porque os ttulos de anticorpos so muito baixos.
Paciente Fonte AgHBs NEGATIVO
Iniciar Esquema vacinal** ou completar esquema vacinal
No Imunizar
Revacinar5
No Imunizar
Exposio Percutnea ou de Mucosa a Sangue ou Material Contendo Sangue
Situao do Profissional da Sade Exposto
No Vacinado ou Vacinao Incompleta
Vacinado com Resposta Adequada2
Vacinado sem Resposta Adequada3
Vacinado com Resposta No Conhecida
Paciente Fonte AgHBs POSITIVO ou desconhecido COM RISCO*
01 dose de HBIG1 e Iniciar Esquema Vacinal** ou Completar Vacinao
No Imunizar
01 dose de HBIG e revacinar5 ou 02 doses de HBIG4
Fazer anti-HBs5; com resposta adequada, no imunizar; sem resposta adequada3, 01 dose de HBIG e revacinar5, 02 doses de HBS4
Paciente Fonte AgHBs DESCONHECIDO SEM RISCO
Iniciar Esquema Vacinal** ou Completar Esquema Vacinal
No Imunizar
Revacinar5
Fazer Anti-HBs7; com resposta adequada, no imunizar, sem resposta adequada, revacinar5
(*) Pacientes politransfundidos, com cirrose, em hemodilise, HIV positivos e usurios de drogas.(**) A vacina contra Hepatite B consiste em 03 doses (0, 1 e 6 meses).(1) HBIG Imunoglobulina Humana contra a Hepatite B o mais precocemente possvel, at sete dias aps acidente / dose 0,06 ml/Kg administrada por via IM. Solicitar o HBIG aos Centros de Referncia para Imunobiolgicos Especiais.(2) Anti-HBs >= 10 mUI/ml.(3) Anti-HBs < 10 mUI/ml.(4) Apenas para as pessoas que mesmo revacinadas continuem sem resposta adequada. Aplicar duas doses de HBIG com intervalo de um ms entre elas.(5) Administrar novamente 03 doses da vacina contra hepatite (0, 1, e 6 meses). Caso continue sem resposta adequada, cada caso ser discutido individualmente.(6) Na i?dose de HBIG + 01 dose de vacina contra Hepatite B.(7) Na impossibilidade de fazer o teste anti-HBs, indicar uma dose de vacina contra Hepatite B para o profissional acidentado.
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Exposio nos estabelecimentos de sade
Nos estabelecimentos de sade, a transmisso
possvel se no houver um controle de infeco
hospitalar eficaz.
Trabalhadores de sade esto mais sujeitos
infeco. Entretanto, a prevalncia em
trabalhadores de sade no maior do que na
populao em geral.
Segundo estudos realizados, a mdia de
soroconverso aps um acidente percutneo de
fonte VHC positiva foi de 1,8% (0,3% para o HIV, de
37% a 62% para o AgHBe positivo, e de 23% a 37%
para o AgHBs positivo) (CDC, 2001).
A transmisso pela exposio de mucosa rara e
ainda no foram identificados casos de transmisso
pela pele mesmo no ntegra. As informaes sobre
a sobrevivncia do VHC no ambiente so limitadas.
Dados epidemiolgicos sugerem que, ao contrrio
A infeco pelo vrus da Hepatite C
disseminada fundamentalmente pela
exposio parenteral ao sangue ou a
derivados de sangue de pessoas infectadas.
Hepatite C do VHB, a contaminao ambiental com sangue no apresenta risco de transmisso significante
nos estabelecimentos de sade, com exceo dos
centros de hemodilise. Nesses foram registradas
taxas de prevalncia de 10% entre os pacientes,
chegando a 60% em alguns servios (CDC, 1998).
O risco de transmisso por outros fluidos no est
quantificado, mas aparentemente baixo.
Medidas de Controle da Infeco pelo VHC
Imunoprofilaxia
A imunoprofilaxia ps-exposio com a
imunoglobulina padro no est indicada devido
falta de eficcia em experincias com sua
utilizao. Alm disso, a Imunoglobulina padro
manufaturada com plasma de doadores testados
para o VHC.
No existe at o momento uma vacina contra o VHC.
A MEDIDA EFICAZ PARA
ELIMINAR O RISCO DE INFECO
PELO VRUS DA HEPATITE C A
PREVENO DE ACIDENTES.
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No existe profilaxia para preveno de Hepatite C.
Risco de transmisso: Percutnea ou de mucosa (sangue).
transmitida principalmente por via parenteral, sendo baixa sua transmisso por via sexual.
Medidas Especificas para Hepatite C
RISCOOCUPACIONAL
Tuberculose Aspectos Gerais
O Brasil um pas com elevado nmero de casos
de tuberculose notificados, o que propicia um
contato freqente dos profissiona