Manual Curso Formação Pedagógica Inicial de Formadores

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  • 7/26/2019 Manual Curso Formao Pedaggica Inicial de Formadores

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    MANUAL DO CURSO DE FORMao

    PEDAGGICA INICIAL DE FORMADORES

    90 HORAS

    2013

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    INTRODUO

    A formao, avana cada vez mais, em qualquer tipo de territrio, seja ele individualou empresarial.

    A necessidade de desenvolver e apurar competncias aos mais variadssimos nveis,leva-nos a afirmar que Formar crescer, mas crescer com qualidade .

    O presente manual, pretende funcionar como um instrumento de apoio ao formandono decurso da ao de formao.

    A sua estrutura passa pela organizao em mdulos, que coincidem com oscontedos abordados na ao de formao, um instrumento de trabalho bastantetil, quer para o formador, quer para os prprios formandos.

    Nenhum manual deve funcionar como uma receita a seguir, visto que cada formador um formador , e porque cada um selecciona a informao da forma que achar maiscorrecta e adequada.

    Neste sentido, no existem manuais perfeitos ou completos, pois h sempre temasque podem ser includos ou alterados.

    O presente manual de formao pretende assim sintetizar os aspectos maisimportantes abordados ao longo da ao de formao. A sua estrutura, passa pelaorganizao em seces ou sub-mdulos, que coincidem com os contedosabordados na ao de formao.

    O indivduo o resultado do encontro e das interaces que estabelece aolongo do seu desenvolvimento. Gerir essa relao, de forma harmoniosa eprodutiva, um desafio permanente.

    Odete FachadaPsicologia das Relaes Interpessoais, 1998

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    ORGANIZao DO PROCESSO FORMATIVO

    Figura 1 Organizao do percurso formativo da FPIF

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    O QUE SE ENTENDE POR SISTEMA DE FORMAO?

    Um todo organizado, constitudo por partes interdependentes, que concorrempara alcanar uma determinada finalidade. Tem a propriedade de se decompor,

    em subsistemas mais pequenos, e de se integrar em sistemas mais amplos comos quais interage.

    Neste sentido possvel analisar qualquer dimenso do sistema, sem descurar asrealidades envolventes. aquilo a que se denomina de efeito zoom.

    Segundo Duarte (1996), Na formao tudo se encaixa, como se de uma bonecarussa se tratasse: uma actividade de aprendizagem, uma sesso, um mdulo, umcurso, uma rea de formao, um centro de formao, um instituto nacional de

    formao, a oferta de formao dirigida a um sector de actividade econmica,uma regio, um pas, a Europa, o mundo .

    Um sistema de formao poder ser traduzido no seguinte esquema:

    Figura 2 - Processo/sistema de formao

    Neste sentido, um sistema de formao no surge por si prprio, necessita de serconcebido e implementado (Concepo e Implementao do Sistema deFormao).

    Mas, necessrio que algum faa a sua gesto (Gesto do Sistema), de modo aque possibilite a sua operacionalizao atravs de aces e cursos de formao(Organizao e Coordenao das Aces de Formao e Animao daFormao).

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    O controlo da satisfao das necessidades que justificaram a criao do sistemaser a fase seguinte (Avaliao da Eficcia da Formao).

    Cada sistema de formao constitudo por inmeros profissionais, com

    variadssimas competncias. As competncias atribudas a cada um dosprofissionais, podero eventualmente em alguns casos serem cumulativas. Ou,por ventura, algumas das designaes apresentadas podero surgir em outroscontextos conceptualizadas de forma diferente. Apresenta-se seguidamente, umaproposta possvel.

    SISTEMA DE FORMao

    Figura 3 Intervenientes do sistema da Formao

    1. Concepo do Sistema de Formao

    Consultor de Formao; Perito de Formao

    Concebe novos sistemas de formao, reestrutura-os se necessrio.

    2. Auditoria do Sistema de Formao

    Auditor de Formao; Assessor de Formao

    Avalia a eficcia e a eficincia dos sistemas de formao.

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    3. Gesto do Sistema de Formao

    Gestor de Formao: Director de Formao; Director do Centro de

    Formao

    Pressupe experincia prvia em organizao, coordenao e animao daformao.

    Gere os sistemas de formao.

    4. Organizao/Coordenao de Aes de Formao

    Coordenador Pedaggico; Tcnico de Formao; Metodlogo de Formao

    A experincia previa em animao da formao tambm revela uma utilidadedeterminante.

    Organiza e coordena as aces de formao.

    5. Animao da FormaoFormador; Monitor; Tutor; Instrutor; ProfessorConsiste na entrada mais lgica para a famlia dos profissionais de formao. Anima a formao.O sistema formao, pressupe assim, uma srie de agentes interligados eencadeados numa determinada sequncia.

    Figura 4 Organizao do sistema de formao

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    Assim, pelo facto de existirem inmeros conceitos ligados ao tema formao,torna-se importante distinguir alguns, de forma a que se possa delimitar algumas

    fronteiras, se que estas so possveis.

    - FORMao PROFISSIONALConjunto de actividades que visam a aquisio de conhecimentos tericos eprticos, assim como de atitudes e comportamentos, necessrios para o exercciode determinada profisso ou grupo de profisses.

    - FORMao PROFISSIONAL INICIALFormao que visa a aquisio das capacidades indispensveis para o exercciode uma determinada profisso.

    - FORMAO PROFISSIONAL CONTNUA OU APERFEIOAMENTOFormao que engloba todos os processos formativos posteriores formaoprofissional inicial, com o objectivo de permitir uma adaptao s mudanastcnicas e tecnolgicas, favorecendo a promoo social e profissional dosindivduos.

    - FORMAO PARA A RECONVERSOFormao que pretende habilitar as pessoas para mudarem de profisso, ou seja,para lhes dar uma qualificao diferente, para exercerem uma nova actividadeprofissional.

    O conceito de Formao Profissional pode assim, adquirir vrios significados.tudo depende de quem o utiliza, onde, como e quando.

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    A formao actua ento a quatro nveis:

    1. Saber-Fazer- relaciona-se com o domnio prtico das tarefas.

    2. Saber-Saber- relaciona-se com um conhecimento mais terico.

    3. Saber-Ser- relaciona-se com o campo privilegiado da mudana de atitudes.Nesta vertente, o processo de interveno muito mais delicado. Para alm deque, torna-se mais difcil obter uma mudana imediata.

    4. Saber-Potencial- relaciona-se com o desenvolvimento da criatividadeindividual.

    necessrio adequar a formao dos indivduos s novas exigncias do mundodo trabalho, ao desafio das novas tecnologias e s novas responsabilidades queso exigidas a cada um.

    A elaborao de um curso de formao exige sempre o percurso de determinadasetapas. Etapas essas que se traduzem na forma de um iceberg.

    E, percorrer um iceberg, significa comear na sua base e terminar no seu topo.

    Figura 5- Organizao da ao de formao

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    O FORMADOR PERFIL E COMPETNCIAS

    (...) O profissional, que na realiz ao de uma ao de formao, estabelece uma

    relao pedaggica com os formandos, favorecendo a aquisio deconhecimentos e competncias, bem como o desenvolvimento de atitudes (...)adequados ao desempenho profissional. O formador pode ter outras designaes(...) nomeadamente instrutor, monitor, animador e tutor da formao.

    In, D. Repblica Portuguesa 66/94 de 18 de Dezembro

    Assume-se como pertinente, que o formador possua competncias emvrios domnios:

    Competncia Tcnico-Profissional

    Competncia Pedaggica

    Personalidade

    1- COMPETNCIA TCNICO-PROFISSIONAL Bom domnio da rea de actuao; Abertura mudana/ Aperfeioamento; Permanecer actualizado; Questionar e reestruturar conhecimentos; Fornecer aos formandos os instrumentos necessrios para a adaptao

    mudana; Gesto, manuteno e correcta manipulao dos materiais e equipamentos; Utilizao de Metodologias que promovam a participao e envolvimento do

    grupo e que sejam adequadas aos objetivos propostos; Transmisso de conhecimentos; Fomentao de atitudes; Desenvolvimento de competncias;

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    2- COMPETNCIA PEDAGGICACapacidade de Comunicao

    Clareza do discurso Estrutura lgica Compreenso dos quadros de referncia dos formandos Sistematizao das ideias-chave Adequao do repertrio

    Capacidade de Relao com os Formandos Compreenso/ aceitao do outro Apoio nos momentos crticos Gesto de conflitos Auto-controlo

    Facilitao da Aprendizagem Conhecimento dos formandos Conhecimento das fontes de motivao Criao de condies favorveis aprendizagem

    Comunicao dos objetivos Fomento da auto-avaliao

    Relativamente Personalidade tambm possvel falar de vrios factores, taiscomo:

    Humor Esprito de Abertura

    Auto-Crtica Responsabilidade Dinamismo e Criatividade Estabilidade Emocional

    A funo Formador traz tambm ao prprio formador, como em todas as funesda nossa vida, sejam elas de que natureza forem, direitos e deveres que devemser cumpridos.

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    DEVERES DO FORMADOR Competncia Zelo Sigilo Lealdade Assiduidade Pontualidade Cuidar dos equipamentos/ materiais Prestar apoio pedaggico-didctico entidade promotora Preparar e realizar as actividades pedaggicas propostas Participar em aces de formao para formadores

    DIREITOS DO FORMADOR Ser remunerado de acordo com a funo desempenhada Ter acesso a materiais e informaes disponveis no IEFP Ter formao profissional necessria ao exerccio das suas funes

    Certas atitudes por parte do formador podero no ser a melhor forma dedesempenhar a sua funo.

    O QUE PODE LEVAR AO INSUCESSO DA FORMao

    Julgar saber tudo Ter o mesmo discurso seja qual for a populao alvo Esquecer-se de perguntar aos formandos a sua opinio sobre a formao

    recebida

    Criticar tudo o que no provm de si No ter em conta o humor dos formandos No se aproximar fisicamente dos formandos

    Para evitar que o processo formativo percorra um caminho negativo, oformador deve ento apoiar-se nos 10 mandamentos que devero pautar asua conduta.

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    OS 10 MANDAMENTOS DO FORMADOR

    1- Se Procura Sempre Comuni car

    2- Se Realmente Capaz De Escutar

    3- Se Mantm Sempre Claros Os objetivos A Atingir

    4- Se Para Os Alcanar Sabe Escolher Os Mtodos E As Tcnicas Mais

    Apropriados E No Calor Da

    Discusso Sabe Encontrar Solues Criativas

    5- Se Tem Preocupao De A ctualizar Os Seus Conhecimentos

    6- Se Num Mar De Informaes A Transmitir Sabe Escolher O Essencial

    7- Se Utiliza A Motivao Como Alavanca Para A Formao

    8- Se Gere Eficazmente Os Recursos E As Dificuldades

    9- Se Durante E No Fim Da Formao Procura Avaliar a Sua ao

    10- Se Procura Respeitar As Regras Da Sua Profisso

    Um Verdadeiro Form ador !

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    PROCESSOS E FACTORES DE APRENDIZAGEM

    Diz-se que se aprendeu, quando se verifica uma mudana no reportrio de

    respostas de um organismo.Ou seja, quando aps a interiorizao e assimilao de nova informao, o sujeito capaz de responder s mesmas situaes com uma postura diferente, ou anovas situaes nunca defrontadas ,porque possui novos conhecimentos.

    A aprendizagem nada mais do que um processo, tal como tantos outros. Possuium conjunto de variveis que do sentido a esse processo.

    A aprendizagem ento, um processo:

    GLOBAL

    DINMICO

    CONTNUO

    INDIVIDUAL

    GRADATIVO

    CUMULATIVO

    GLOBAL-Porque a sua eficcia implica uma interao entre os diferentes tiposde saberes. Para que haja aprendizagem, necessrio que o formando sejacapaz de relacionar os seus conhecimentos, capacidades e valores com o

    contexto formao.DINMICO-Porque pressupe interao e operacionalidade.

    CONTINUO-Porque a transmisso de conhecimento e a sua consequenteapreenso implica a satisfao das necessidades dos indivduos. A satisfaodessas necessidades implica sempre um processo evolutivo.

    INDIVIDUAL-Cada indivduo aprende como um s, diferente dos outros. importante para o formador tomar conscincia dessa individualidade.

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    GRADATIVO- A aprendizagem deve caminhar no sentido da complexidade desaberes. No esquecendo no entanto, que esta caminhada deve ser gradual, demodo a no desmotivar os formandos e a levar sua desistncia.

    CUMULATIVO-Porque os saberes associam-se no sentido de adquirirmos novossaberes.

    Existem vrios factor es q ue in tervm no pro cess o d e apren dizagem :

    A PERCEPO

    Consiste na forma como captamos a informao que nos rodeia.

    No entanto, no devemos esquecer que cada um de ns percepciona essarealidade envolvente de forma diferente, pois somos seres humanos, indivduos, ecomo tal, possumos quadros de referncia diferentes uns dos outros.

    O quadro de referncia constitudo por: idade, sexo, experincia profissional,

    contexto socioeconmico, valores, ideais, crenas, ambiente familiar, educao,experincia pessoal, vivncias, entre outros factores, que nos tornam nicos ediferentes.

    Assim ao considerarmos a percepo necessrio ter em conta algumasvariveis, tais como:

    A Realidade Individual Os Nossos Sentidos O Quadro de Referncia

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    Os Factores Influentes A Categorizao

    A ATENO E CONCENTRAOQuer a ateno, quer a concentrao so processos pessoais e selectivos quevariam temporalmente e contextualmente.Neste sentido, importante considerarmos que so factores que por instveis quesejam influenciam de uma forma muito forte a aquisio de conhecimentos.

    A ACTIVIDADE MNSICAPara que possa ocorrer memorizao de qualquer tipo de informao necessrio obviamente que a ateno e a concentrao estejam em plenofuncionamento e direccionadas para o objecto em causa.

    A MOTIVAOEntende-se motivao como um processo que nos leva a realizar um determinadocomportamento tendo em vista a satisfao das nossas necessidades. Assim,palavras como estimulo, necessidade, objectivo, comportamento, satisfao e

    insatisfao integram a noo de motivao.

    O ciclo motivacional pode ser compreendido da seguinte forma:

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    Mas, nem sempre possvel satisfazermos as nossas necessidades.

    A frustrao o resultado dessa insatisfao, ou seja, ocorre quando h umbloqueio na satisfao de determinado objectivo (seja resultado de causas

    internas ou externas).Lidar com esta frustrao uma tarefa do ser humano, que para tal adoptavariadssimas formas, entre as quais:

    Adoptar um comportamento ilgico

    Regredir a modos de funcionamento/ comportamento- Regresso

    Alienar-se e tornar-se aptico- Alienao e Apatia

    Acomodar-se situao- Acomodao

    Reagir emocionalmente- Choro/ Riso desproporcional situao

    Compensar de outra forma- Compensao

    Fugir situao- Fuga

    Reagir agressivamente- Agressividade

    Transferir a frustrao para outro objecto- Transferncia

    Enquadramento lgico e adequado- Integrao

    Aparente aceitao e revolta interior- Resignao

    TIPOS DE MOTIVOS

    A psicologia organiza os diferentes aspectos que fazem mover o ser humano, em

    diferentes tipos, so eles:1. Impulsos bsicos

    O que caracteriza estes impulsos prende-se com o facto da sua satisfao sernecessria para a sobrevivncia do indivduo.

    Exs: oxignio (respirar); gua (beber); alimento (comer); sono (dormir), sexo,evitao da dor, entre outros.

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    2. Motivos sociais

    A existncia destes motivos, deve-se ao facto de vivermos em sociedade. Asnecessidades sociais, tambm conhecidas por necessidades secundrias,

    caracterizam-se pela procura de respeito, aprovao, reconhecimento, amor...

    3. Motivo para a estimulao sensorial

    Vrias investigaes tm revelado, que grande parte dos indivduos que possuemuma vida pautada pela rotina, tem tendncia para a depresso e irritabilidade. Assim, a fuga rotina e a procura de novas experincias, desenvolve a habilidadee o conhecimento, permitindo uma adaptao mais eficaz a novas situaes.

    4. Motivos de crescimento

    Esto relacionados com a necessidade de desenvolvimento intelectual e afectivo. A realizao pessoal e o desenvolvimento de competncias pessoais eprofissionais ilustram este tipo de motivos.

    5. Ideias como motivos

    Qualquer pessoa que vive em sociedade, age em funo de determinados valorese crenas. Para quem acredita fortemente nesses valores e crenas, as ideiaspodem tornar-se uma fora bastante motivadora. O comportamento do indivduovaria na proporo directa da fora e da convico da sua ideia.

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    TEORIAS DA MOTIVao

    So vrias as teorias que pretendem explicar a motivao.

    1- A TEORIA DE MASLOW

    Maslow pressupe que as necessidade humanas se encontram hierarquizadas,isto , dispostas em nveis consoante graus de importncia.

    Na base da pirmide encontram-se as necessidades mais baixas (necessidadesfisiolgicas), e no topo, as necessidades mais elevadas (de auto-realizao).

    2- A TEORIA DE HERZBERG

    Herzberg considera a existncia de dois factores distintos a ter em conta nasatisfao ao nvel do trabalho: os factores higinicos ou insatisfacientes e osfactores motivacionais ou satisfacientes.

    Os factores higinicos

    So factores extrnsecos ou de contexto, e que se localizam no ambiente querodeia os indivduos. o caso de:

    - a remunerao

    - os benefcios sociais

    - o tipo de chefia

    - as condies fsicas e ambientais de trabalho

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    - as polticas da empresa

    - a relao com os colegas

    - o clima que envolve os trabalhadores no seio da empresa, etc.

    Para o autor, uma vez que estes factores sejam melhorados, apenas se evita ainsatisfao, mas no se cria satisfao. So factores essencialmentepreventivos.

    Os factores motivacionais

    So factores intrnsecos, pois esto sob o controlo do indivduo.

    E pressupem:

    - sentimentos de crescimento individual

    - reconhecimento profissional

    Estes dois aspectos correspondem s necessidades de auto-realizao.

    O efeito deste tipo de factores sobre o comportamento muito mais estvel eprofundo do que qualquer outro dos factores referidos por higinicos.

    Assim, enquanto que os factores higinicos podero evitar que o trabalhador sequeixe, por outro lado no aumentaro o seu grau de satisfao.

    Neste sentido, possvel melhorar a satisfao no trabalho, atravs doenriquecimento da tarefa; aumentando a responsabilidade do trabalhador eapresentando desafios.

    Em suma:

    A satisfao no trabalho depende de factores motivadores, intrnsecos aoindivduo

    A satisfao no trabalho uma consequncia do facto do sujeito exerceractividades desafiadoras e estimulantes

    A no satisfao e a queixa dependem do ambiente geral no local de trabalho

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    3- A TEORIA DE McClelland

    O autor considera que quanto mais sucesso e xito as pessoas atingirem narealizao das tarefas, maior ser a tendncia para confiarem nas suas prprias

    capacidades, e consequentemente para obterem novos sucessos.McClelland, defende ainda que, as crianas que vivem em famlias, cujos paisressalvam os seus sucessos, recompensando-os pelas suas boas realizaes,manifestam mais motivos de realizao, em detrimento daqueles que ressalvammais o aspecto educacional, as boas maneiras e, a obedincia.

    4- A TEORIA X e Y de McGregor

    Esta teoria suporta a ideia de que o tipo de motivao que predomina numadeterminada empresa ou instituio, depende dos princpios que se tenhamacerca da natureza humana.

    A teoria X, pressupe a crena de que a maior parte dos indivduos prefere serdirigida, e que mais do que assumir responsabilidades, deseja segurana. Assim,o dinheiro considerado como a grande motivao das pessoas.

    As chefias que trabalham com base nesta crena, consideram os subordinadosimaturos, irresponsveis e indignos de confiana.

    A teoria Y, pressupe a crena que os indivduos no so de facto irresponsveise preguiosos. Mas, que se devidamente motivados, correspondem aos objetivosda empresa onde trabalham, satisfazendo as suas prprias necessidades.

    As chefias que se orientam por este tipo de crena apostam em exercer funesde modo a desencadear o potencial criativo e o desempenho de indivduo.

    5- TEORIA DAS EXPECTATIVAS-INSTRUMENTALIDADE-VALNCIA (V.I.E.)

    Tolman, Atkinson e Vroom

    Pressupe a existncia de 3 factores:

    1. A EXPECTATIVA

    2. A INSTRUMENTALIDADE

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    3. A VALNCIA

    Segundo os autores, os indivduos com expectativas mais positivas alcanammaiores nveis de produtividade, porque esto mais motivados.

    A prpria instrumentalidade , faz a ligao causal entre o resultado intermdio eo resultado final. que, se o trabalhador verificar que o esforo dispendido tempouco efeito sobre o resultado desse esforo, ento ele desmotivar, e notender a esforar-se muito mais.

    Por outro lado, cada indivduo revela preferncias por determinados resultados.Ora, se os resultados obtidos, so os preferidos, ento, tornam-se maismotivados.

    Em su m a, a mo tiv ao n o tr abalh o d epen de:

    - Expectativas elevadas

    - Valncias positivas concretizadas

    - Existncia de relaes de causalidade, entre o fazer e o obter

    6- A TEORIA DOS objetivos- Locke e Latham (1984)

    A definio de objetivos desempenha um papel importante na motivao para otrabalho, pois toda a ao racional humana orientada por objetivos.

    A especificidade do objectivo, permite que o indivduo concentre nele a suaateno, evitando a disperso.

    Neste sentido, a formulao de objetivos, possui um peso pertinente no contextoformativo.

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    A possibilidade de se agruparam determinadas caractersticas, leva-nos a definir

    as caractersticas das pessoas motivadas, assim como a existncia de certasatitudes que podero conduzir desmotivao em geral.

    CARACTERISTICAS DAS PESSOAS MOTIVADAS

    Estabelecem metas difceis mas potencialmente atingveis

    Preocupam-se mais com a realizao pessoal do que com a recompensa

    externa Querem saber o resultado das suas actividades

    Confiam nos seus esforos e capacidades

    ATITUDES QUE CONDUZEM DESMOTIVAO

    Auto-desvalorizao

    Condicionar as expectativas a um passado negativo

    Exagerar a dificuldade da situao

    Aumentar o poder dos outros, diminuindo a sua prpria importncia

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    A TCNICA DA REAVALIAOConsiste numa das tcnicas mais utilizadas, quer ao nvel pessoal, quer ao nvelprofissional.Pretende ajudar a pessoa a evoluir, salientando os elementos positivos da suaexperincia.

    AS FONTES DE MOTIVAO

    No contexto formativo, a motivao pode assumir-se como externa ou interna.

    A motivao interna , prende-se com as causas intrnsecas relativas a cada

    formando.Por outro lado, a motivao externa , prende-se com as causas relativas a umobjecto externo. E podero ser de diversa ordem:

    A influncia do meio envolvente (Instituio Sesso)

    A influncia do momento

    A relao pedaggica

    A postura e personalidade do formador

    As tarefas concretas (agradveis ou desagradveis)

    Tendo em considerao todos os factores que envolvem a motivao, sejam eleso prprio ciclo motivacional e as teorias que lhe podem estar subjacentes, oformador deve preocupar-se com a possibilidade de desenvolver comportamentos

    motivantes da aprendizagem. Visando sempre tornar os formandos, pessoasmotivadas.

    ESTRATGIAS PROMOTORAS DA MOTIVAO

    Condies fsicas

    Relao interpessoal

    formador- formandos

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    formando- formando

    Realizao das tarefas

    correlao com o real

    clarificao dos objetivos

    consciencializao do nvel etrio

    seleco do material didctico

    valorizao da aprendizagem

    promoo do sucesso individual

    contedos dos trabalhos individuais e de grupo

    liberdade de participao do grupo nas tarefas

    progresso e xito do grupo no desenvolvimento das tarefas

    Assim, importante conhecer...

    os ans eios dos formandos

    as necessidades dos formandos

    as opinies dos formandos

    os sentimentos dos formandos

    se os formandos esto satisfeitos

    AS DIFERENAS INDIVIDUAIS

    Em contexto de formao torna-se importante reflectirmos sobre o pblico alvo: jovens e adultos .

    Pensar que so duas realidades completamente diferentes, concede ao formadoruma maior segurana no desempenhar da sua funo. neste sentido, que setorna pertinente ressalvar os conceitos de pedagogia e de andragogia (pedagogiadireccionada ao adulto).

    Nada produz mais

    xito do que o

    prprio xito

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    PRINCIPAIS DIFERENAS NA APRENDIZAGEMJOVENS/ADULTOS

    JOVENS ADULTOSDisponibilidade para aprender Disponibilidade para aprender apenaso que tilQuerem saber os Porqus Querem saber os Como

    Aprendem por referncia a interessesactuai

    Aprendem por referncia aexperincias anteriores

    Motivados pela prpria matria Motivados pela utilidade da matria

    Estudam tendo em vista a utilidade

    futura

    Estudam tendo em vista a aplicao

    imediataBoa capacidade de adaptao eflexibilidade

    Capacidade de adaptao eflexibilidade mais restritas

    Influenciveis Pouco influenciveisCriatividade livre Criatividade controladaPouca resistncia mudana Resistncia mudana

    Aceitao do poder Pouca aceitao do poderRapidez mental Menor rapidez mental

    ao ter em conta as diferenas que movem o processo de aprendizagem nos jovens e nos adultos, que permite ao formador, seleccionar os mtodos maisadequados, os auxiliares pedaggicos, a relao interpessoal, no fundo, at a suaprpria postura no contexto de formao.

    LOCAL DE APRENDIZAGEM

    O local onde ocorre a aprendizagem, seja ele no posto de trabalho ou numa salade formao tambm pode condicionar a motivao. O ambiente fsico (calor,frio...), a dimenso e caractersticas do espao (um espao cmodo, afvel, limpo,que permita a execuo das tarefas no contexto formao...), e claro, o ambienteafectivo, so factores altamente motivantes ou desmotivantes para o prprioformando, mesmo que seja ao nvel inconsciente. Torna-se assim, importante,

    que o formador se preocupe com alguns aspectos, de forma a tentar sedimentar omais possvel a ponte entre a motivao e a formao.

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    So eles:

    Fazer a correlao do contexto formao com a realidade

    Clarificar os objetivos da formao (permitindo dar a conhecer ao formando que

    competncias se espera que ele desenvolva)

    Ter conscincia do nvel etrio da populao alvo (de forma a seleccionar asestratgias de interveno mais adequadas)

    Seleccionar adequadamente o material didctico (de forma a adequ-lo omximo possvel aos contedos que pretende transmitir, e claro, ao grupodestinado).

    Neste sentido, possvel afirmar que para alm dos aspectos j mencionados,existem outros, que se podem tornar facilitadores da aprendizagem.

    o caso:

    Da utilizao do reforo das respostas e performance dos formandos

    Do domnio dos pr-requisitos (consistem nas capacidades ou conhecimentos

    que o formando deve possuir previamente, e que so indispensveis prossecuo de tarefas e exerccios)

    Da estruturao adequada dos contedos formativos

    Da utilizao da redundncia (repetir um conceito ou comportamento facilita amemorizao e consequente reproduo)

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    TEORIAS DA APRENDIZAGEM

    Existem vrias teorias da aprendizagem que permitem enquadrar o papel doformando e do formador no contexto formao.

    uma corrente virada completamente para a aquisio e mudana docomportamento.

    Existem vrios autores que seguiram a sua linha, no entanto, destacaremosapenas, o contributo de Pavlov, que nos falou no Condicionamento Clssico, e deSkinner que introduziu a noo de Reforo. Estas Teorias, pressupem quedeterminado estimulo, desencadeia uma determinada resposta.

    Assim, a aprendizagem consiste numa modificao do comportamento,provocada por estmulos provenientes do ambiente.

    A EXPERINCIA DE PAVLOV

    Pavlov utilizou como estmulos um pedao de carne e uma campainha, e comoobjecto (sujeito), um co.

    1fase:Estimulo incondicional (carne), originou uma resposta incondicionada (salivar,deglutinar, mastigar). Chama-se resposta incondicionada, pois no resulta denenhum processo de aprendizagem.

    2fase:

    Estmulo incondicional (carne) + estimulo neutro (som da campainha), originouuma resposta incondicionada (salivar, deglutinar, mastigar).

    3fase

    Aps a repetio da 2 fase, verificou-se que, na presena exclusivamente doestimulo neutro (campainha), desencadeada uma resposta condicionada(salivar, deglutinar, mastigar).

    O estimulo que inicialmente era neutro, passa a ser um estimulo condicionado(campainha), porque vai condicionar o aparecimento de uma determinada

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    resposta (salivar, deglutinar, mastigar). Resposta esta que por estar condicionadaa determinado estimulo passa a chamar-se de resposta condicionada.

    neste momento que possvel dizer que houve aprendizagem.

    O CONTRIBUTO DE SKINNERO autor ressalvou a importncia de utilizar reforos, de forma a que seconcretizem processos de Aprendizagem.Neste sentido, a chave do condicionamento surge no estimulo posterior resposta, e que permite aumentar ou diminuir a probabilidade de determinadocomportamento ou resposta se voltar a repetir.

    Entende-se ento por reforo, algo que prossegue uma determinada resposta. possvel destacar:

    Refo ro Po sit ivo - evento benfico para o sujeito, que ocorre, e que aumenta aprobabilidade de repetio da resposta

    Refo ro Negat ivo - evento negativo para o sujeito, suprimido, e que aumenta aprobabilidade de repetio da resposta

    Pu nio - evento negativo para o sujeito, que ocorre, e que tem como objectivoextinguir ou enfraquecer uma determinada resposta

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    IMPLICAES PARA A FORMao:1. Permite identificar o comportamento mais desejado2. Permite seleccionar os reforos mais eficazes e duradouros3. Permite adoptar as melhores estratgias de aplicao desses mesmos reforos

    TEORIAS COGNITIVISTAS

    A destacar nestas Teorias, o contributo de Kurt Lewin e Piaget, entre muitosoutros. As Teorias Cognitivistas debruam-se essencialmente sobre os processosmentais mediadores entre estmulos e respostas.

    Valorizam a motivao, a satisfao, e a cognio. No fundo incidem sobre aforma como o sujeito processa todo o material do conhecimento.

    IMPLICAES PARA A FORMAO:1. Permite identificar a estrutura e o processo subjacente ao acto de aprender2. Permite ultrapassar a aprendizagem como uma questo redutora. No sentidoem que o apreendido no se manifesta apenas por comportamentosexteriorizados, mas tambm por atribuies de significados3. Permite reflectirmos sobre aspectos inerentes aprendizagem e que no sofacilmente observveis, tais como: o como aprender e o porque aprendo assim e

    no de outra forma.

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    TEORIAS HUMANISTAS

    Estas Teorias preocupam-se essencialmente com o sujeito enquanto indivduo.De destacar autores como, Maslow e Rogers.

    A aprendizagem centrada no sujeito, valorizam a aprendizagem de sentimentos,conceitos e habilidades.So no fundo, Teorias voltadas para o homem, para o seu envolvimento noprocesso de aprendizagem, salientando e valorizando as experincias individuais.

    IMPLICAES PARA A FORMAO:1. Permite compreender a importncia de cada formando aceitar as diferenas

    individuais2. Permite compreender a importncia da implicao do formando no contextoformao:

    a. Os formandos devem pronunciar-se sobre as condies de trabalhob. Os formandos devem possuir um papel activoc. Os formandos devem poder tomar decises

    3. Permite dinamizar a relao triangular: formando- contexto formao- formador

    TEORIA DA GESTALTConsiste na Teoria da Forma (Wertheimer).Em que o todo no pode ser reduzido a uma mera soma das suas partes.Esta Teoria ressalva, que o que se aprende quantitativamente mais do que asoma dos vrios estmulos. Sendo a aprendizagem determinada pela estrutura ouconfigurao dos estmulos.

    IMPLICAES PARA A FORMao:Permite compreender a importncia da forma e do modo como o formadorapresenta a matria ao formando. Mudanas na estrutura de apresentaopodero originar novas aprendizagens.

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    Em s uma,

    Tendo como base o Comportamenta l ismo , aprendemos: fazendo,experimentando, errando, e repetindo. E neste sentido, importante, fornecerestmulos, utilizar reforos, e zelar por um comportamento ptimo.

    Tendo como base o Cogni t iv ismo , aprendemos: associando, estruturando,analisando, aprendemos a aprender. Por tal, importante valorizar a forma detransmisso de informaes.

    Tendo como referncia, o Humanismo , aprendemos: partilhando experincias.Sendo relevante, ajudar o formando a aceitar a individualidade, promover as

    capacidades de todos, e promover a partilha de experincias e de dvidas.E por fim, atravs do Gestalt ismo , aprendemos: em funo da apresentao doscontedos. Para tal, importante realizar diversificaes na amostra doscontedos.

    A possibilidade de fazermos a ponte, entre as diferentes teorias da aprendizagem,e os diversos mtodos pedaggicos, utilizados no contexto formativo, permitem-nos sintetizar as seguintes ideias:

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    MTODOS E TCNICAS PEDAGGICAS

    Sejam quais forem as finalidades da formao, o mtodo constitui sempre umelemento fundamental na determinao dos caminhos a percorrer por formandos

    e formadores e na orientao do trabalho pedaggico que desenvolvido por unse por outros.

    Os mtodos utilizados nas escolas convencionais, os chamados mtodostradicionais, baseavam-se exclusivamente na exposio terica do mestre,considerado como nico detentor do saber, privilegiando uma comunicaobidireccional.

    Uma situao de formao, seja ela qual for, em que tipo de contexto ocorra,deve sempre ser encarada como uma realidade dinmica, e por isso, os mtodospedaggicos a adoptar devem estar de acordo com a dinmica das relaes quese estabelecem entre os diferentes intervenientes, e necessariamente com osobjetivos e a finalidade da prpria formao.

    O QUE UM MTODO PEDAGGICO?

    Conjunto coerente de aces do formador destinadas a fazer desenvolver naspessoas a capacidade de obter novos conhecimentos e modificar atitudes ecomportamentos.

    E UMA TCNICA PEDAGGICA?

    Consiste num conjunto de meios ou formas que o formador utiliza, e que permite

    pr em prtica o mtodo ou mtodos desejados.Neste sentido, as tcnicas utilizadas devem estar sempre de acordo com omtodo ou mtodos subjacentes.

    O mtodo pedaggico permite colocar em relao o formador e o formando.

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    A caracterizao dos diferentes mtodos, poder desfrutar de uma abordagemtransversal, com base nas seguintes vertentes:

    QUANTO FORMA DE RACIOCNIO

    1- Mtodo Dedutivo do geral para o particular

    2- Mtodo Indutivo do particular para o geral

    3- Mtodo Analgico ou Comparativo Realizao de Comparaes concluso por semelhana ou diferenciao

    QUANTO APRESENTAO DOS CONTEDOS

    1- Mtodo Lgico - Apresentao dos dados/factos em ordem antecedente econsequente

    2- Mtodo Psicolgico - Apresentao em conformidade com :

    - interesses e necessidades

    - experincias dos formandos

    - motivao do momento

    QUANTO ACTIVIDADE DOS FORMANDOS

    1- Mtodo Passivo - nfase no formador

    2- Mtodo Activo - Participao dos formandos

    QUANTO RELao FORMADOR - FORMANDO

    1- Mtodo Individual - nfase num formando

    2- Mtodo Recproco - O formador encaminha outros formandos a apoiar oscolegas

    3- Mtodo Colectivo - Um formador e vrios formandos

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    QUANTO ACEITAO DA ABORDAGEM DOS CONTEDOS

    1- Mtodo Dogmtico - Mtodo impositivo aprendizagem pela perspectiva

    apresentada

    2- Mtodo Heurstico Aprendizagem pela compreenso e possvel discrdiainicial.

    3- Mtodo de Auto-Formao - Auto-aprendizagem Prof. Keating do filme OClube dos Poetas Mortos

    EXISTEM QUATRO TIPOS DE MTODOS PEDAGGICOS:

    1. O m to d o Exp os iti vo

    2. O m to d o In ter ro gat iv o

    3. O m to d o Dem on st rat iv o

    4. Os m to d os A ct iv o s

    O MTODO EXPOSITIVO

    Caracteriza-se pelos seguintes aspectos:

    Comunicao unilateral/ descendente

    Mtodo tradicional

    Sesses: colectivas

    Contedo: conhecimentos tericos

    Formador: autoridade

    Formandos: passivos

    Relacionamento: formal distanciado

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    Vantagens da sua utilizao:

    Segurana do formador - programa previamente definido

    Permite o ensino de diversos conceitos e tcnicas

    Podem utilizar-se meios visuais e audiovisuais para explorao da sesso

    Econmico: muitos formandos, um formador

    Possibilidade de improvisao para o formador

    Adaptvel a vrios destinatrios

    Desvantagens da sua utilizao:

    No respeita o ritmo individual dos formandos

    Exige um grande domnio da comunicao lingustica

    Probabilidade de se perder grande parte do contedo

    Nem sempre provoca motivao

    Est muito dependente da capacidade de empatia e comunicao do formador

    No favorece a transferncia do que aprendido para situaes reais

    Para alm destes aspectos importante realar, que a u ti l izao d es te m to d opressupe:

    objetivos bem definidos

    Comunicao dos objetivos aos formandos

    Conhecimento dos limites da exposio

    Acompanhamento dos assuntos

    Estrutura e sequncia dos contedos bem definidas

    No final da exposio realizao de uma sntese

    Domnio das tcnicas de exposio pelo formador (Tom de voz/ gestos...)

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    O formador, ao utilizar o mtodo expositivo deve recorrera v rias tcn icas :

    1. Criar motivaes nos formandos para o tema

    Cruzando o conhecimento dos pr-requisitos, com os objetivos dos formandos eapelando s tcnicas pedaggicas, o formador deve conseguir dinamizar amotivao no grupo.

    2. Utilizar variaes de estimulo durante as sesses

    o Variao cintica (o formador deve-se movimentar livremente pela sala)

    o Controle de ateno

    - Verbal (reparem no diagrama, olhem o que acontece, observem adiferena de cor...)

    - Gestual (usar o ponteiro, usar as mos, bater as palmas, sorrir... )

    - Verbal Gestual (combinao das anteriores)

    o Mudana de interao

    - Formador- Grupo

    - Formador- Formando

    - Formando- Formando

    o Pausa

    - Divide segmentos de informao

    - Capta a ateno por contraste- Cria expectativas

    3. Definir o comportamento de explanao

    A explanao consiste numa interveno oral do formador com o objectivo declarificar uma ideia, procedimento ou processo no compreendido ou de difcil

    compreenso por parte formando.

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    Exemplos:

    - Demonstrar uma relao directa causa/efeito

    - Ilustrar um procedimento ou processo

    - Mostrar a finalidade de uma ao

    4. Criar as condies propicias para o encerramento da sesso

    Consiste na capacidade de rever os pontos chave de uma sesso, de os integrarnum todo coerente, e finalmente de assegurar o seu uso, ligando-os rede geralde conceitos j adquiridos pelos formandos.

    O encerramento pode ser feito de diversas formas:

    - Consolidao da aprendizagem de um conceito novo

    - Encerramento de uma discusso atravs de um resumo

    - Actividade prtica dos formandos (realizao de exerccio).

    O MTODO INTERROGATIVO

    Pressupe os segu intes aspectos:

    Formulao de questes

    Formador: activo

    Formando: activo

    Promove o desenvolvimento de capacidades cognitivas

    Utilizado quando se pretende controlar um conhecimento adquirido oupromover a descoberta

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    Van tag en s da su a u til izao :

    Facilita a reteno de conhecimentos

    Existncia de feed-back

    Favorece a participao dos formandos

    Habitua os formandos descoberta, anlise e ao raciocnio

    Des va nt ag en s d a su a uti liza o:

    Exige mais tempo que o mtodo expositivo

    Toda a iniciativa do formador

    No pode ser aplicado em todas as matrias

    Pode conduzir inibio dos formandos

    O mtodo interrogativo, tal como qualquer outro mtodo recorre utilizao de

    vrias tcnicas. So as chamadas tcnicas da interrogao .

    1. Tempo de espera

    Se o formador aumentar o tempo de espera de um para trs ou cinco segundos,os formandos respondem de outro modo:

    - As respostas so mais longas

    - Existem voluntariamente mais respostas certas

    - As recusas a responder so menos frequentes

    - Aumentam os comentrios de carcter elevado

    - Os formandos fazem mais perguntas

    - Os formandos revelam mais confiana nos seus comentrios

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    2. ReforoConsiste numa tcnica pedaggica cujo objectivo sinalizar de forma explicita aresposta do formando, a uma pergunta colocada pelo formador.

    Tipo s de refo ros

    Reforo verbal- Utilizao de uma frase curta ou palavra (Certo, ptimo, Bom trabalho...)- No banalizao do mesmo tipo de reforo que acaba por se tornar ineficaz- No utilizar o mesmo tipo de reforo para todos os formandos, sem atender ssuas caractersticas- Saber utilizar a resposta do formando para o desenvolvimento da sesso

    Reforo no-verbal- Utilizao da linguagem corporal como forma de incentivar a participao doformando (olhar, contacto ocular...)- No entrar em contradio com o reforo verbal- Nunca dar a sensao de passividade ou de ausncia de interesse perante aresposta do formando

    3. Questes de comprovaoConsiste numa tcnica de interrogao destinada a aumentar a quantidade e aqualidade das respostas.

    VANTAGENS Evitar que a resposta do formando seja superficial

    Conduzir o formando a uma resposta mais adequada Levar o formando a documentar a resposta com novos dados

    Promover uma maior originalidade da resposta

    Conduzir as respostas a um nvel superior de aprendizagem

    4. Equidade na interao

    Traduz um tratamento no diferenciado dos formandos em relao s perguntasdestinadas ao grupo.

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    Assim deve-se impedir uma diferenciao entre formandos e formandas, entreformandos com mais ou menos capacidades e que sejam dirigidas questes mais

    complexas para uns e mais simples para outros.

    O MTODO DEMONSTRATIVO

    caracterizado por:

    Transformao do saber terico em saber prtico

    Exibio da correcta execuo de uma operao

    Formando activo: imitao do gesto do formador

    Permite manejar correctamente ferramentas e equipamentos

    A demonstrao pode ser:

    DIRECTA - Realizada no momento pelo prprio formador

    INDIRECTA - Realizada atravs de filmes, slides...

    A demonstrao divide-se em vrias etapas:

    PREPARA O

    APRESENTA O e APL ICA O

    AVA LIA O

    PREPARAO

    Analisar o que se pretende transmitir

    Definir os objetivos

    Preparar o material e equipamento necessrio

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    Verificar o funcionamento desse material

    Dominar a sequncia pedaggica dos conhecimentos a transmitir

    Preparar o local da demonstrao

    APRESENTAO e APLICAO

    Aplicao da regra dos 4 passos

    Relacionamento da demonstrao com outras tarefas j executadas

    Esclarecimento de dvidas

    A regra do s 4 p assos con siste na segu inte sequncia:

    1. Faa voc prprio. Normalmente como est habituado

    2. Faa outra vez...Mas devagar, explicando

    3. Agora pea aos formandos para fazerem consigo

    4. Deixe-os executar sozinhos

    *Execute uma terceira vez, mas deixe que os formandos lhe digam os passos a realizar

    AVALIAO

    Verificao dos conhecimentos formativos, sumativos e auto-avaliao

    Vantagens da sua utilizao:

    Permite a transmisso de conhecimentos tericos e prticos

    Possibilita a participao dos formandos, dialogando, observando e realizando

    Permite o trabalho em grupo, e o trabalho individual

    Adequa-se ao desenvolvimento psicomotor

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    Desvantagens da sua utilizao:

    Exige maior disponibilidade de tempo

    Exige equipamentos e materiais especficos

    mais adequado a grupos reduzidos

    MTODOS ACTIVOS

    Consistem em:

    - Formao centrada no formando

    - Formador: animador e facilitador- Aprendizagem: pela prpria actividade

    - nfase na descoberta pessoal

    - Avaliao: formativa

    Vantagens da sua utilizao:

    1. Maior autonomia do formando

    2. Desenvolvimento da iniciativa e criatividade

    3. Oportunidade de todos intervirem

    4. Impede a sensao de regresso escola

    5. Valoriza e integra os conhecimentos adquiridos na profisso

    6. nfase nas relaes cooperativas, sociais e no trabalho em grupo

    Desvantagens da sua utilizao:

    1. Nem sempre so adaptveis a todos os contedos

    2. So mais longos que os restantes mtodos

    3. So difceis de harmonizar com os planos de sesso

    4. Dificuldade de coordenao e conduo por parte do formador

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    5. S podem ser usados com um nmero limitado de formandos

    TCNICAS PEDAGGICAS MAIS UTILIZADAS

    Brainsto rmin g - Tempestade Mental

    Tem como objectivo levar o grupo a criar. A espontaneidade, a estimulao dacriatividade e a superao do conformismo, assim como a flexibilidade mental eausncia de criticas, so suas caractersticas.

    O Jogo Pedaggico

    Consiste em jogar, mas com princpios e objetivos pedaggicos. possvel tornarum jogo banal, num jogo pedaggico.

    Visa essencialmente, dinamizar a formao, fomentar o trabalho em grupo, emelhorar a integrao dos conhecimentos tericos num contexto prtico.

    A utilizao de um jogo pedaggico exige o cumprimento de determinadas regras

    1- - Preparar o jogo2- - Apresentar os objetivos

    3- - Definir as regras4- - Executar o jogo analisar5- -Sintetizar os resultados.

    Dramatizao/ Role-Playing ou Jogo de PapeisConsiste na teatralizao de uma situao real ou inspirada na realidade quepode ser explorada pedagogicamente. Os formandos tm como objectivorepresentarem um determinado papel.

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    SimulaoTcnica semelhante tcnica de role-playing , no entanto engloba um campomuito mais vasto.Conduz reproduo de uma situao de trabalho na qual se introduzem o maiornmero de variveis possveis.Permite no s uma consciencializao por parte do formando sobre a actividaderealizada, mas tambm a possibilidade de elaborar correces a posteriori empossveis erros cometidos.

    AutoscopiaGravao em vdeo de uma dada situao, em que cujo objectivo pedaggico,consiste na possibilidade de se proceder a uma auto-anlise.

    Explorao de Auxiliares PedaggicosRemete para a utilizao de textos, visionamento de filmes pedaggicos,abordagem de programas televisivos, anlise de imagens e fotografias, entreoutros.

    importante relacionar estes auxiliares com a realidade orientando paraperspectivas diferentes do mesmo assunto.

    Tcnicas de Apresentao e de Quebra-Gelo

    Tm como objectivo o conhecimento entre formador/ formandos. Funcionamcomo um quebrar do gelo. Podem assumir diversas formas (directas ou criativas).

    Estudo de Casos

    Situao extrada da realidade ou pelo menos verosmil, transportada para umasituao pedaggica a ser trabalhada.

    Permite:

    - A anlise de situaes

    - A concepo de vrias hipteses de soluo

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    - A comunicao de ideias

    - O diagnstico de problemas

    - A tomada de decises

    Vantagens: Desvantagens

    realista

    Permite a reflexo e a tomada desoluo

    Traduz situaes precisas

    Permite que cada formando d a sua

    opinio e capte a dos outros

    Permite comparar as soluesencontradas

    Melhora o comportamento e a relao

    Interpessoal

    No possvel obter informaocomplementar

    O formando no tem responsabilidadena sua soluo

    Pode causar frustrao quando o

    formando se apercebe que no hreceitas absolutas (uma nicaresposta)

    TIPOS DE SUPORTES PARA A APRESENTao DE CASOSTextos; Dramatizaes; Filmes; Gravao udio ou vdeo; Banda desenhada;Fotografia ou Acetato

    Em suma ,

    O formador deve preocupar-se em seleccionar o(s) mtodo(s) e a(s) tcnica(s),

    tendo em conta as variveis inerentes ao processo formativo.So elas:

    Os Contedos

    Os objetivos da Formao

    A Durao

    Os Custos

    O Formador

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    O Formando

    As Instalaes e Equipamentos

    MENTOS

    Mas tambm, ter sempre presente, a possibilidade de repensar os mtodos

    seleccionados no seu plano de sesso.

    RECURSOS DIDCTICOS

    A designao de recursos didcticos encontra-se muitas vezes associada designao de todo o tipo de auxiliares pedaggicos.

    Entende-se por recursos didcticos , o conjunto de aparelhos e/ ou documentosque facilitam a aprendizagem atravs da estimulao dos sentidos.

    Alguns estudos permitem concluir que no processo de aprendizagem, os doissentidos que funcionam como vias privilegiadas de acesso de informao aocrebro so: a viso e a audio . Outros estudos, concluem que usualmenteretemos:

    10% DO QUE LEMOS20% DO QUE OUVIMOS30% DO QUE VEMOS50% DO QUE VEMOS E OUVIMOS80% DO QUE DIZEMOS90% DO QUE DIZEMOS AO REALIZAR UMA TAREFA

    Desta forma, verifica-se que a utilizao de informao audiovisual favorecegrandemente o processo de aprendizagem.

    Existem vrios tipos de recursos didcticos passveis de serem utilizados emformao. No entanto, o privilgio em termos de resultados positivos obtidosincide sobre os meios que combinam som e imagem: os meios audiovisuais (tal

    como havamos verificado anteriormente).

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    Existem vrios motivos que justificam o uso de recursos didcticos:

    1. Aumenta o interesse/ ateno dos formandos

    2. Diminui o tempo da formao

    3. Facilita a troca de ideias

    4. Facilita a actividade do formador

    5. Provoca maior impacto no auditrio

    6. Facilita a reteno na memria

    No que respeita ainda especificao de alguns recursos didcticos, possvelreferir alguns tipos de recursos e suas particularidades.

    Existem vrios tipos de quadros (meios visuais no projectveis): Quadro Preto (Ardsia) Quadro Verde (Sinttico)

    Quadro de Flanela Ou Flanelgrafo Quadro Magntico Quadro de Afixao (Cortia) Quadro Branco ou Cermico Quadro de Papel ou Conferncia

    O seu uso correcto requer o cumprimento de determinadas regras :1. Preparar previamente a informao (sempre que possvel plano de sesso)2. Gerir o espao , de forma a no sobrepor ou espaar em demasia ainformao3. Utilizar letra legvel (dimenso e forma)4. Salientar pontos chave , evitando texto corrido5. No falar virado para o quadro6. No virar totalmente as costas ao grupo , durante o processo da escrita

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    Relativamente ao retroprojector (meio visual projectvel), um dos recursos maisutilizados no contexto da formao, e, oferece algumas vantagens :

    No h obscurecimento total da sala; Utilizao combinada de outro recursos Larga implantao; Baixo custo dos acetatos; Durabilidade Reutilizao dos documentos; Economia de tempo Utilizao de vrias cores; Escrita directa; Posio do utilizador Revelao progressiva de informao

    E tambm algumas desvantagens : Conhecimentos especficos; Rudo de funcionamento; Preparao prvia para utilizao

    A utilizao do retroprojector requer certas regras:1. Ligar a ficha elctricaE Accionar o interruptor2. Regular o tamanho da imagem, posicionando o aparelho adequadamente faceao ecr

    a. Desligar o interruptor para proceder a este passo3. Focar a imagem projectada

    COMO UTILIZAR UM ACETATO

    Posicionar-se de frente para o grupo

    Ler e apontar directamente no acetato

    Apagar o interruptor entre a mudana de acetatos

    Utilizar mscaras

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    Existem tambm algumas regras na utilizao do projector de vdeo. Regrasessas que passam no spela sua utilizao no decorrer da sesso, mas tambm pela elaborao dosdiapositivos.

    COMO UTILIZAR UM PROJECTOR DE VDEO

    Hoje em dia, recorre-se bas ta n te u ti li zao doPro jec to r d e Vd eo , pois torna a apresentao maisdinmica e atractiva. A sua aplicao pressupe uma

    articulao com o uso de um computador(habitualmente porttil), recorrendo utilizao deprogramas informticos concebidos paraapresentaes, o caso do Programa PowerPoint,entre outros. Existem tambm algumas regras na utilizao do projector de vdeo.Regras essas que passam no s pela sua utilizao no decorrer da sesso, mastambm pela elaborao dos diapositivos.

    Neste sentido, um diapositivo, independentemente de ser construdo para serutilizado numa apresentao em computador, ou imprimido em acetato, devecaracterizar-se por alguns aspectos:

    No passar frente da imagem projectada

    Apontar utilizando um ponteiro

    Ler da projeco

    Posicionar-se de frente para o grupo

    Ler e apontar directamente no slide

    Apagar o interruptor entre a mudana de acetatos (no caso deretroprojector)

    Utilizar mscaras (no caso de acetatos)

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    COMO CONSTRUIR UM DIAPOSITIVO

    Escolher um ttulo adequado

    Salientar ideias essenciais Utilizar informao objectiva e concisa

    No preencher em demasiado o slide com informao Utilizar 6 a 7 palavras por linha

    Utilizar 10 a 12 linhas por slide

    Utilizar letra legvel (dimenso e design) 3 a 4 tamanhos de letra por slide

    Tamanho mnimo 18 Utilizar imagens ilustrativas (no em excesso)

    o Usar cores (mximo quatro)- contrastando com o fundo

    A sequncia de uma a presentao tambm dever ser pensada com algum rigor.Neste sentido, uma das possveis abordagens passa pelo seguinte: 1 SLIDE-Tema da Apresentao

    SLIDE OPCIONAL-(Percurso Programtico) 2 SLIDE-objetivos da Apresentao SLIDES INTERMDIOSContedos LTIMO SLIDEConcluso/ Sntese/ Encerramento da apresentao

    E quanto u ti li zao d e fi lm es , tambm estes possuem certas regras deabordagem:

    Alguns devem ser visionados mais do que uma vez, outros segmentados empartes dependendo sempre do tipo de filme e dos objetivos pretendidos.

    RECURSOS DIDACTICOS E CENRIO

    Organizao do Espao Adequao movimentao do apresentador

    Recursos ao fundo, fios no cho

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    A utilizao dos recursos dever ser feita de frente para a plateia

    Mesa do Instrutor Materiais para a apresentao gua

    Mesa de Apoio Materiais a serem distribudos - Preferencialmente oculto aos participantes

    ELABORAO DA DOCUMENTao A DISTRIBUIR

    A partir de uma apresentao com recurso a retroprojector ou computador, adocumentao adistribuir aos formandos poder ser elaborada da seguinte forma:1. Capa: indicao do Curso; Mdulo; Formador; Data2. ndice3. Introduo4. Apresentao propriamente dita (cpias slides)5. Bibliografia(livros; sites; filmes) 6. Anexos

    Em suma, cada vez mais se recorre s novas tecnologia (TIC- tecnologias deinformao e de comunicao), como forma de fortalecer a dinmica formativa.

    FACTORES QUE CONDICIONAM A ESCOLHA/ UTILIZao DOSRECURSOS DIDCTICOS

    Na prtica formativa, seleccionar o(s) recurso(s) didcticos a utilizar, implica pesardiversos factores.

    1- objetivos2- DESTINATRIOS3- CONTEDO DA MENSAGEM4- CONDICIONALISMOS MATERIAIS

    5- CONDICIONANTES DO ESPAO DA FORMao6- TEMPO DISPONVEL

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    A RELAO PEDAGGICA

    A relao pedaggica pretende reflectir toda a dinmica que se passa no espaoformao. Dinmica essa, em que formador e formandos surgem comopersonagens principais. E, em que a Comunicao e o Comportamentopermitem o encadeamento de papeis.

    Qualquer relao pedaggica deve comear necessariamente pela utilizao detcnicas de apresentao . Estas, podem assumir variadssimas formas, umasmais criativas outras mais convencionais.

    A apresentao envolve trs funes relevantes:1. O formador conhece o grupo e cada um dos formandos em particular

    2. O grupo conhece o formador

    3. Inicia-se a relao pedaggica

    A COMUNICAO

    Porqu que importante comunicar ?

    O modo como nos relacionamos com os outros, depende do nosso poder e danossa habilidade na comunicao.

    Grande parte dos problemas interactivos so consequncia de uma mcomunicao.

    Mas, comunicar diferente de informar ..... porque um processo interactivo e

    pluridireccional.

    A comunicao permite que se estabelea uma relao interpessoal.

    O que facilita a comunicao ?

    1. Conhecer bem o objectivo a comunicar

    2. Relacionar as intervenes e comentrios do grupo, e sempre que possvelenquadr-las na exposio da matria

    3. Cuidar da linguagem no verbal

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    4. Saber ouvir

    5. Ser emptico

    QUE, UMA BOA COMUNICAO PROPORCIONA UMA APRENDIZAGEMCOM SUCESSO

    O ESQUEMA DA COMUNICao

    Um dos factores a ter em conta quando comunicamos, a linguagem no verbal,pois, transmite a verdadeira essncia da comunicao.

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    LINGUAGEM NO VERBAL

    Gestos

    Postura

    Expresses Faciais

    Roupa e Adornos

    Silncio

    Espao (Linguagem Proxmica)

    MTODOS ACTIVOS- TRABALHOS DE GRUPOUTILIZao DO ESPAO EM SUB-GRUPOS DE 4 ELEMENTOS

    UTILIZao DO ESPAO EM SUB-GRUPOS DE 6 ELEMENTOS

    Tempo (Linguagem Cronmica)Tudo dito e realizado num determinado tempo: - Tempo despendido com um formando- Velocidade na transmisso e aquisio de conhecimentos

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    GESTO ADEQUADA Para acelerar

    Suprimir detalhesFalar mais rpido (mas perceptvel)Participao do pblico no final

    Para retardarDetalharObter participao do pblicoDebater tpicosExerccios

    ParalinguisticaCorresponde ao modo de falar (voz)- Tom (mdio)- Timbre (grave)- Articulao das palavras- Pronncia

    - Velocidade (mdia)- Modulaoversus Monocrdio

    BENGALAS

    Palavras ou expresses sem sentido que contaminam o nosso discurso, mas quenos ajudam a processar o nosso pensamento. Algumas das bengalas mais

    comuns:Esto a perceber OK

    Humm Bem

    Ahh Ou seja

    A lin gu agem no v erbal utilizada ao m esm o tem po qu e a lingu agem verb al,oferece um s ignif icado mais profund o e verdadeiro e t ransm ite mui tas das

    no ss as em oes e sen tim ento s

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    OBSTCULOS COMUNICao

    Esteretipos, Crenas e Preconceitos

    Personalidade do Formador / Formandos

    Sentimentos e estados afectivos

    Desmotivao

    Diferenciao nos quadros de referncia

    Complexidade da mensagem

    Timingpouco adequado da mensagem

    Ao nvel do Canal: Rudo

    Ao nvel do Cdigo: Utilizao de diferentes cdigos

    Desconhecimento do contexto

    Como poder o formador minimizar os hiatos da comunicao na formao?

    1. Preparar as mensagens de uma forma estruturada - plano de sesso

    2. Estar atento aos formandos e dar-lhes a palavra - o que compreendem; quereaces

    3. Integrar as reaces dos formandos nos contedos pr-definidos

    4. Raciocinar em termos de objetivos a atingir - quer pelos formandos, quer peloformador

    O COMPORTAMENTO

    Entende-se por comportamento, qualquer resposta dada pelo organismo , podeser:

    Utilizado positiva ou negativamente

    Seleccionado/ escolhido

    Vantagens/ desvantagens

    Modificvel ao longo do tempo

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    Existem quatro grandes tipos de comportamentos :

    Agressivo

    Passivo

    Manipulador

    Assertivo

    Todos ns temos, ou deveramos ter um pouco de cada um deles. No entanto,dever ser o Assertivo a prevalecer.

    AGRESSIVO

    Tem como objectivo dominar os outros, valorizar-se custa dos outros, abusandodos seus prprios direitos. Tem tendncia a minimizar o interlocutor,desvalorizando-o.

    PASSIVO

    Revela medo de se envolver, submetendo-se aos outros. Tende a ser apagado,inexpressivo e a evitar conflitos. Retira-se facilmente da comunicao. Eapresenta-se com um grau elevado de culpabilizao.

    MANIPULADOR

    Foge das relaes interpessoais, pois recusa o envolvimento com as pessoas eacontecimentos. Tem tendncia para manipular os sentimentos dos outros. Sendo

    muito teatral ao falar de si e com os outros. No fundo, consegue atingir os seusfins, manipulando.

    ASSERTIVO

    o comportamento mais adequado, e traduz um comportamento Afirmativo. Iniciasempre as suas frases por EU, visto assumir a sua responsabilidade na interao

    com os outros.

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    Isto o que eu penso

    Isto o que eu sinto

    Esta a forma como eu vejo a situao

    Isto dito sem (tentar): dom inar, hum ilhar ou men osp rezar o outro

    Existem vrias tcnicas que permitem colocar em prtica o treino daassertividade. Uma das muito utilizadas, o DESC.

    D- Describe- Descreve a Situao

    E- Express- Expressa a sua opinio

    S- Specify- Especifica o que deseja que acontea

    C- Consequences- Apresenta as Consequncias

    Imagine-se que um dos formandos, recusa constantemente colaborar nosexerccios propostos.Qual dever ser a atitude do formador, utilizando esta tcnica de assertividade?

    Descreve DDescribe

    O Joo no quis fazer novamente o exerccio proposto

    Expressa EExpress

    Devo dizer -lhe que suposto que todos faam esteexerccio, pois faz parte do programa

    Especfica SSpecify

    Gostaria que para os prximos exerccios, o Joocolaborasse mais

    Consequncia CConsequences

    Assim, no ter uma avaliao negativa, e participar nadinmica do grupo com a sua opinio

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    O FORMADOR, O GRUPO E OS CONFLITOS

    A formao constituda por duas realidades que interagem entre si: o formador eo grupo (formandos).Entende-se por grupo, duas ou mais pessoas interagindo e partilhando umpropsito comum.Esta relao entendida pelos prprios elementos do grupo como singular ediferente das relaes que estabelecem com os outros.

    CARACTERISTICAS DOS GRUPOS1. Duas ou mais pessoas em interao2. Partilha de objetivos comuns3. Presena de uma estrutura funcional4. Sentimento de pertena ao grupo entre os seus elementos5. Existncia de regras de funcionamento6. Papeis definidos

    A constituio do grupo passa por vrias fases.

    1 FASE (a gnese do grupo)Surgem questes como: Serei aceite? E se s digo asneiras? O formador gostar de mim? Os colegas iro reconhecer-me?

    Esta fase tem como objectivo, definir o estilo de relacionamento com os outroselementos do grupo, definir o estilo de relacionamento com o formador, e,procurar a estrutura e objectivo do grupo: Porque estamos aqui?; Qual o meulugar?

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    Desenvolvimento do grupoEsta fase caracteriza-se pelo desenvolvimento orientado para a tarefa, e pelodesenvolvimento orientado para a relao. As funes de facilitao do formador orientam-se para o desenvolvimento dastarefas, enquanto que as de regulao prendem-se com o relacionamento einterao entre os vrios elementos do grupo.No podemos, no entanto esquecer, que muito usual surgirem conflitos no seioda formao. Estes so fenmenos difceis de gerir. No devendo seremencarados como sinnimo de algo negativo, mas de expresso da dinmica ecriatividade do prprio grupo.

    Para existir um conflito, necessrio existirem duas foras opostas. Para tal, possvel identificardois grandes tipos de conflitos .1. Conflitos Intrapessoais2. Conflitos Interpessoais

    CONFLITOS INTRAPESSOAIS

    Traduzem o conflito entre o Eu e o Eu. Podem ser surgir sob trs formas: Co n fl it o A tr ao A trao (quando pressupem algo atractivo nas duas

    vertentes) Con flito Repu ls o Rep u ls o (quando pressupem algo repulsivo nas duas

    vertentes, mas queexige uma escolha)

    Co nfl it o A tr ao Rep u ls o (quando pressupem algo atractivo e algo

    repulsivo)

    CONFLITOS INTERPESSOAISTraduzem o conflito entre oEu e os Outros . Surgem por exemplo quando existemdiferenas Individuais e/ ou diferenas de papis, entre outras.

    Podem ocorrer entre o formador e o formado, ou entre formandos.

    A forma como gerimos o conflito intrapessoal ir determinar a eficcia naresoluo do conflito interpessoal.

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    O formador poder ainda potencializar ou no, o aparecimento de situaesque podero originar determinados tipos de conflitos, tais como:1.Desconhecimento do grupo alvo (pr-requisitos)2.Tapar um buraco- aceitar uma formao para o qual no se sente preparado3.Existncia no grupo de especialistas em fazer perguntas embaraosas e criarmau ambiente 4.Recusa, explcita ou implcita, de um grupo em realizar um trabalho

    Qualquer que seja o conflito, e de sublinhar que a noo de conflito no temnecessariamente que ser unicamente associada a uma perspectiva negativa.Existem diversas tcnicas que podero ser utilizadas na gesto de conflitos.

    No podemos mudar as pessoas,mas podemos aprender a lidar com elas.

    O controlo do conflito pelo formador essencial!

    Pe nsar sobre os problemas implica dedicar- lhes tempo Individualmente ou com as partes envolvidas Gerir o tempo adequadamente Repensar; Reflectir sobre

    Na maior parte das vezes, as posies reflectem percepes e no a

    realidade Tentar distinguir facto e opinio Dar espao verdade condicional

    Neste sentido, devem ser criadas condies que permitam a resoluo deconflitos.

    Mudar o aspecto da sala(alterao da disposio das mesas)

    Promover a apresentao de todos os participantes(fornece pistas para exerccios e trabalhos de grupo)

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    Discutir regras de funcionamento(hora das refeies, intervalos, fumar ou no)

    Evitar exposies tericas demasiado prolongadas Trabalhar o domnio socio-afectivo

    Nunca se deixar envolver emocionalmente nos conflitosSer capaz de lidar com eventuais agressividades ou hostilidades sem reagirimpulsivamente

    O formador surge tambm como o gestor e mediador de co nf l i tos .Cabe ento, ao prprio formador desenvolver competncias adequadas a estagesto.

    ALGUNS COMPORTAMENTOS TPICOS NA FORMao E ATITUDESADEQUADAS

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    A LIDERANA

    normal que exista a tendncia para o aparecimento de um lder dentro dogrupo. Assim, a liderana pode ser vista sob dois papeis: o do formando e o do formador.Mas, em que consiste a liderana?

    Actividade de influenciar pessoas, fazendo-as empenhar-se

    voluntariamente em objetivosde gruo.

    George Terry (1960), in Odete Fachada

    Fenmeno de influncia interpessoal exercida em determinadasituao, atravs do processo de comunicao humana, com vista comunicao de determinados objetivos.

    Odete Fachada (1998)

    EXISTEM TRS ESTILOS DE LIDERANA NA FORMao:

    O ESTILO PERMISSIVO OU LAISSEZ-FAIRECaracteriza-se por comportamentos incoerentes, no intervindo nos conflitos eapresentando dificuldade de conduo do grupo. No fundo deixa o grupo trabalhar

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    ao seu sabor, independentemente de ser adoptada uma dinmica adequada ouno.

    O ESTILO PARTICIPATIVO OU DEMOCRTICOIntervm oportunamente, adopta uma atitude de orientao e compreenso dogrupo. Facilita a comunicao e v a equipa como um todo.

    O ESTILO AUTORITRIO OU AUTOCRTICOMonopoliza a comunicao, decide e domina a todo o custo. Sendo ele prprio aescolher os mtodos de ao.

    Enquanto lder, o formador deve funcionar como facilitador e regulador dadinmica do grupo. Consoante a situao, o grupo e os objetivos o formadordever seleccionar o estilo de liderana mais adequado.

    EFICINCIA E EFICCIA habitual associarmos a noo de liderana e de grupo, aos termos eficincia eeficcia.

    A LIDERANA E AS SUAS TEORIAS

    Existem inmeras teorias que pretendem abordar o tema liderana.Entre elas, temos as teorias que se apoiam nos traos de personalidade, e asteorias situacionais, que procuram explicar a liderana num contexto mais amplo. A prpria inteligncia emocional assume hoje em dia um papel pertinente no actode liderar.

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    Em suma,Todo o acto formativo implica um processo de dinmica de grupo, em quefenmenos, como a comunicao, o comportamento e a gesto de conflitos,ocupam um lugar privilegiado.O formador, dever possuir um papel essencialmente de gestor, fazendo a ponteentre estas diversas variveis.

    AVALIAO PEDAGGICA

    Foi o homem que deu s coisas o seu valor, a fim de se pr em segurana; foi ele quelhes deu um sentido- o sentido humano. Por isso, ele chamado o medidor das coisas.

    ...avaliar criar valores, sem tal avaliao, a existncia seria uma noz oca.

    Nietzsche, in Assim Falava Zaratrusta

    A avaliao pedaggica uma atitude indispensvel na recolha de informaes aserem exploradas e trabalhadas.

    Neste sentido, avaliar significa ajuizar, julgar, medir, test ar, comparar

    Pressupe um processo sistemtico, contnuo e integral, destinado a determinarat que ponto os objetivos foram alcanados.

    Tendo em vista, obter informaes que se vo utilizar em seguida para tomardecises ou para modificar uma deciso j tomada.

    objetivos DA AVALIao

    Seleccionar os candidatos (perfil de entrada)

    Testar os conhecimentos e competncias (a priori)

    Situar os formandos (num determinado nvel)

    Controlar as aquisies dos vrios saberes

    Informar (os formandos dos seus progressos)

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    Classificar (os formandos, situando-os em relao aos colegas)

    Orientar, aconselhar ou corrigir (os formandos durante a formao)

    Controlar (se as competncias adquiridas pelos formandos correspondem ao

    perfil desejado)

    Avaliar os objetivos (da formao)

    Diagnosticar (os pontos fracos e fortes da formao)

    Recolher e processar dados (de forma a melhorar a formao)

    A AVALIAO DA FORMAO E A AVALIAO NA FORMAO OU DAAPRENDIZAGEM

    Torna-se pertinente fazermos a distino entre a avaliao que ocorre durante otiming da formao, e a avaliao que ocorre acerca da formao propriamentedita. que, enquanto que a primeira se denomina de avaliao na formao ouda aprendizagem, a segunda, refere-se avaliao que feita acerca daformao e das suas implicaes.

    A ESTRELA DA AVALIAO

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    1. O QU? O programa A metodologia Os formadores A entidade formadora Os resultados (previstos e imprevistos) A prpria avaliao Os formandos

    2. PARA QUEM?

    Para os formandos Para os formadores Para a instituio fornecedora da formao Para a instituio solicitadora da formao Para a envolvente social

    3. ONDE?

    Em sala No posto de trabalho Na empresa Na envolvente social

    4. COMO?Operacionalizando o procedimento avaliativo, atravs de tcnicas e instrumentosde avaliao.

    5. QUANDO? A resposta ao quando permite caracterizar a avaliao quanto ao momento .Existem trs grandes momentos em que a avaliao pode ocorrer: no inicio,durante e no final da formao.

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    1-AVALIAO DE DIAGNSTICO OU INICIALRealiza-se antes de iniciar a ao/ sesso de formao.Pretende justificar a pertinncia da ao de formao, e neste sentido estassociada ao diagnstico das necessidades de formao.Faz a articulao entre os vrios tipos de objetivos (dos organizacionais aosgerais).Permite testar os conhecimentos e as capacidades dos formandos. Tem comoobjectivo situar os formandos num determinado nvel.

    2-AVALIAO FORMATIVARealiza-se durante o processo de aprendizagem. Pressupe a relao ensino-aprendizagem Pretende verificar a adequao do programa, metodologia e meiosutilizados.

    3- AVALIAO SUMATIVARealiza-se no final da formao.Pretende aferir se os objetivos iniciais foram atingidos.

    Poder originar a Reformulao da ao ou o Inicio de uma nova ao.

    De uma forma geral possvel afirmar que existem,6 MOMENTOS RELEVANTES DA AVALIao NO SISTEMA FORMAO

    1.Diagnstico das necessidades de formao

    2.Avaliao da aprendizagem

    3.Avaliao da reao (avaliao a quente)

    4.Avaliao dos desempenhos individuais no posto de trabalho

    5.Avaliao do desempenho organizacional

    6.Avaliao do impacto no espao social envolvente

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    AVALIAO QUANTO AO PROCESSO

    CRITRIOS DE AVALIAO

    O comportamento de avaliao pressupe sempre a definio de critrios, ou sejaa identificao do que realmente se pretende avaliar. So possveis inmeros

    critrios de avaliao, no entanto, para que esta se torne o mais objectivapossvel, estes devem ser identificados antes da seleco da tcnica a utilizar noprocesso avaliativo.

    o caso da: Participao / capacidade de comunicao Assiduidade/ pontualidade

    Motivao Capacidade de trabalhar em equipa

    ESCALAS DE CLASSIFICAOExistem trs tipos de escalas de classificao:

    1. Escala numrica

    2. Escala literal

    3. Escala descritiva

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    A AVALIAO NA FORMAO ou da aprendizagem

    Para o formador, avaliar nem sempre tarefa fcil, at porque, uma dasdificuldades da avaliao a sua objectividade. Assim, importante que oformador tome conscincia das causas inerentes subjectividade na avaliao,de modo a poder definir os seus prprios limites.

    CAUSAS DA SUBJECTIVIDADE NA AVALIAO

    1.Efe it o d e in fo rm ao p rv ia

    Ocorre quando o formador tem acesso a algum tipo de informao antes deprocessar a avaliao.

    2.Efeito d e Halo

    Impresso produzida por uma pessoa que pode condicionar a avaliao nosentido da impresso produzida.

    Ex: um formando de aparncia fsica atraente tende a ser percebido comosimptico, inteligente...

    3.Efeito da Esteriotip ia

    ao de juzos de valor, ideias, prec onceitosque fazem com que o formadortenda a avaliar o formando, sempre da mesma maneira, indiferente suaevoluo e progresso.

    Ex: Os bons tendem a avaliar-se sempre bem e os maus sempre mal

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    4.Clas s if ic ao das p ro va s u m as em re lao s o u tr as

    A avaliao varia em funo da comparao entre as vrias provas a avaliar.

    5.Efeit o d a o rd em de ava lia o

    A ordem pela qual se avalia pode interferir na classificao.

    Ex: Quando numa avaliao oral, a um aluno brilhante, se segue um alunonormal. Este ltimo ter dificuldade em deixar uma boa imagem.

    6.Infidelidade do mesm o avaliador

    Depende dos momentos/ da rigidez de critrios de avaliao/ estado fsico/ estadomental...

    Quanto maior for o intervalo de tempo entre as correces maior poder ser ograu de discordncia das classificaes.

    Ex: Corrigir uma prova aps uma discusso com o patro ou aps um jogo defutebol em que a nossa equipa venceu

    7.Au snc ia d e c rit rio s co m u n s

    Incoerncia entre os diferentes formadores.

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    TCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIao

    OBSERVAO

    Permite obter dados em todos os domnios do saber:

    1. afectivos: interesse, participao, aptides...

    2. cognitivos: conhecimento, compreenso, capacidade de anlise...

    3. psicomotores: capacidade motora, habilidade manual...

    Vantagens:Permite recolher dados no momento em esto a acorrer, sendo portanto reais efidedignos

    Desvantagens:

    Para que a observao seja eficaz, necessrio que o formador dispenda muitotempo na sua execuo.

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    Instrumentos usados para a observao:

    1. Fichas de observao

    So fichas onde se registam os factos que vo ocorrendo, com interesse para a

    avaliao.

    No decorrer de uma sesso de formao, durante a realizao de um exerccioprtico...

    2. Listas de ocorrncias

    Contm uma listagem, previamente elaborada, dos comportamentos queesperamos que venham a acorrer. Permite que a observao se torne mais fcil

    de registar, mais rpida e mais objectiva.3. Escalas de classificao

    Permitem registar e atribuir um determinado grau, numa determinada escala.

    FORMULAO DE PERGUNTAS

    Permite recolher essencialmente dados do domnio cognitivo e afectivo.

    As perguntas podem ser feitas atravs de duas formas:

    1. Or alm en te o u ava liao o ral

    2. Por e sc ri to o u av ali ao es cr ita

    AVALIAO ORAL

    Pressupe a elaborao p rvi a de l is tas d e per g un tas .Pode ser utilizada na avaliao formativa, com o objectivo do formador obter umfeedback da sua actuao, ou, na avaliao sumativa, avaliando um formando decada vez.

    Vantagens:

    Facilita o dilogo directo formador- formando, permitindo o treino da expressooral. Mas tambm a avaliao da comunicao no-verbal.

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    Desvantagens: um processo demorado (individual), que apresenta alguma dificuldade emaplicar perguntas iguais a todos (conhecimento prvio.Valorizando os formandoscom maior capacidade de expresso oral

    AVALIAO ESCRITAConsiste em apresentar ao formando questes escritas, e cuja resposta tambmdever ser por escrito.

    Vantagens: Economia de tempo Possibilidade de aplicao simultnea a grandes grupos Possibilidade de aplicao das mesmas perguntas a todo o grupo O formador em posse da resposta, pode estud -la, compar-la, reflectir sobreela

    Desvantagens: Exige uma concepo cuidada e morosa

    D vantagens aos formandos que tm facilidade de interpret ao e expressoescrita

    Existem dois tipos de avaliao escrita:

    1. Os Inquritos

    2. Os Testes

    InquritosPermitem recolher essencialmente dados no domnio afectivo.Os seus instrumentos so entre outros:- Qu est io nri os - Tm um fim especifico, e s servem para esse mesmo fim.- Inv en tri os - Pressupem uma lista de afirmaes, em que se assinala aquelasem que se concorda.- Escalas de Ati tudes - Permitem graduar a posio do formando face a uma

    determinada atitude.

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    - Sociogramas - Consiste na representao grfica das relaes sociaisexistentes entre os elementos de um mesmo grupo social.

    TESTESPermitem recolher dados no domnio cognitivo. E, so constitudos por itens,questes ou perguntas.

    Podem ser de dois tipos:- Testes de Pr od uo o u res po sta ab erta- Testes de S eleco ou res po sta fech ada

    Tes tes de P ro du o

    Consistem em apresentar questes aos formandos, permitindo-lhes que elesrespondam espontaneamente, dando largas sua imaginao e criatividade.O grande inconveniente deste tipo de testes o de conduzirem a uma avaliaosubjectiva.

    Tes tes de Selec o

    Consistem em fornecer aos formandos, a pergunta e em alguns casos, vriasrespostas entre as quais ele ter de seleccionar a resposta adequada. So testes,em que pedido aos formandos que forneam respostas sucintas e adequadas.Limitando mais a sua criatividade, mas favorecendo uma maior objectividade.

    So de quatro tipos:- Verdadeiro falso- Questes d e co mp letar- Emparelhamento- Esc olh a mltipla

    Vantagens:

    Para o formando, a resposta mais rpida e as perguntas mais objectivas. Para oformador, a correco mais fcil e mais rpida, assim como a objectividade das

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    respostas. Para a avaliao, a frequncia com que vrios formadores avaliam deforma diferente menor.

    Desvantagens:

    Para o formando limitam a criatividade.Para o formador a sua concepo mais morosa, exigindo o domnio pleno damatria tratada.

    1- VERDADEIRO-FALSOSo constitudos por afirmaes, que tero de ser assinaladas como verdadeiras

    ou falsas.

    Regras:- O texto deve ser:

    Claro e o mais curto possvel Afirmativo Conter apenas uma ideia, sendo totalmente falsa ou verdadeira

    - As instrues devem indicar claramente a forma de proceder

    2- QUESTES DE COMPLETAR Apresentam frases incompletas, de forma a serem completadas com sentido.

    Regras :- O texto deve ser claro e curto- A frase deve ter sentido lgico- Os elementos omitidos e os espaos a completar devem ser mais ou menos deextenso semelhante- S se devem omitir elementos importantes- No devem ser fornecidas pistas gramaticais- Os elementos omitidos devem situar-se preferencialmente no final da frase- S deve ser possvel uma resposta

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    3- EMPARELHAMENTOConstitudos por dois grupos de elementos, cujo objectivo estabelecer umaligao entre eles.Os grupos podem ser constitudos por frases, frases e smbolos ou apenas porsmbolos.No entanto, a cada elemento de um grupo poder corresponder um nicoelemento do outro grupo, ou mais de um elemento.

    Regras:- As instrues devem ser claras, em relao situao descrita anteriormente- O texto deve ser curto e claro

    - Para evitar respostas ao acaso, u