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i
RHUANITO SORANZ FERRAREZI
MANEJO HÍDRICO E NUTRICIONAL PARA
PRODUÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE LIMÃO
CRAVO EM MESAS DE SUBIRRIGAÇÃO
AUTOMATIZADAS POR SENSORES CAPACITIVOS
CAMPINAS
2013
ii
iv
Ficha catalográfica
Universidade Estadual de Campinas
Biblioteca da Área de Engenharia e Arquitetura
Rose Meire da Silva - CRB8/5974
Ferrarezi, Rhuanito Soranz, 1979-
F412m Manejo hídrico e nutricional para produção de porta-enxertos de Limão
Cravo em mesas de subirrigação automatizadas por sensores capacitivos /
Rhuanito Soranz Ferrarezi. – Campinas, SP: [s.n.], 2013.
Orientador: Roberto Testezlaf.
Co-orientador: Edson Eiji Matsura.
Tese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de
Engenharia Agrícola.
1. Automação. 2. Sensores capacitivos. 3. Engenharia de irrigação. 4.
Viveiros de mudas. 5. Cítricos. I. Testezlaf, Roberto, 1956-. II. Matsura, Edson
Eiji, 1956-. III. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia
Agrícola. IV. Título. Informações para Biblioteca Digital Título em outro idioma: Water and nutritional management for Rangpur Lime production in
subirrigation benches automated by capacitance sensors
Palavras-chave em inglês:
Automation
Capacitance sensors
Irrigation engineering
Nursery
Citrus
Área de concentração: Água e Solo
Titulação: Doutor em Engenharia Agrícola
Banca examinadora:
Roberto Testezlaf [Orientador]
Patrícia Angélica Alves Marques
Luíz Antônio Lima
Fernando César Bachiega Zambrosi
Pedro Roberto Furlani
Data de defesa: 31/07/2013
Programa de Pós-Graduação: Engenharia Agrícola
v
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
MANEJO HÍDRICO E NUTRICIONAL PARA PRODUÇÃO DE PORTA-ENXERTOS
DE LIMÃO CRAVO EM MESAS DE SUBIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADAS POR
SENSORES CAPACITIVOS
vi
Este trabalho é dedicado ao meu querido pai Marco Aurélio,
que infelizmente não viveu para vê-lo ser finalizado.
vii
AGRADECIMENTOS
Estes quatro anos em que fiz esse doutorado foram uma jornada de desafios,
aprendizado e amadurecimento. A principal lição foi que os momentos que vivemos, os
lugares que passamos e as pessoas que convivemos dão sentido à nossa existência nesse
mundo. E neste período aprendi também que nada se consegue sozinho. Por este motivo,
agradeço sincera e profundamente a todas as pessoas que me encorajaram e me ajudaram a
realizar esse doutorado e seguir na vida acadêmica!
Primeiramente agradeço a Deus, que na sua sabedoria me mostra os caminhos a
serem trilhados e torna minha vida repleta de boas realizações.
Tive o privilégio de contar com a orientação do professor Dr. Roberto Testezlaf, ao
qual agradeço pelo tempo e paciência dedicado à minha formação profissional, lições de vida,
estímulo nos momentos de dificuldade, correções cheias de ensinamentos, atenção aos
detalhes, conselhos e conversas, que proporcionaram um período agradável e positivo na
construção do meu perfil como educador e pesquisador. Tenha certeza que farei minha parte
para melhorar o mundo em que vivemos.
Devo um muito obrigado aos meus co-orientadores Dr. Marc van Iersel e Dr. Edson
Eiji Matsura, que abriram a minha visão sobre a pesquisa científica e cujos ensinamentos
foram decisivos na parte experimental desse doutorado.
Grande parte do meu interesse por continuar aprendendo é crédito dos pesquisadores
Dr. Ondino Cleante Bataglia, Dr. Pedro Roberto Furlani e Dr. Camilo Lázaro Medina, que
sempre me mostram que o conhecimento precisa ser aplicado para o nosso sucesso
profissional e o da agricultura brasileira.
Manifesto aqui minha gratidão ao Eng. Agr. Christiano Cesar Dibbern Graf e à sua
empresa Citrograf Mudas, que me receberam muito bem por 7 meses no Viveiro do Rochedo e
possibilitaram a realização desse experimento.
Nada mais justo do que dividir essa conquista com os profissionais Rafael Augusto
Bordignon Fadel, Roseli Aparecida Marangoni, André Aparecido Batista do Prado, Leonilda
de Oliveira, Claudete Maria Pereira de Jesus, Maria de Fátima Patrício, Amanda Francielli
Rodrigues Meneghini, Antônia Lucia Bezerra da Costa, Narcisa dos Santos, Lucas Mateus
Bernardo de Almeida, Gustavo Santos, Círia Goreti Bernardo, Nivaldo dos Santos, Ademar
viii
Aparecido Donizete de Lima, Sonia Patrício de Lima, Karina Aparecida dos Santos Soranz,
José de Castro Santos, Vitor Guilardi, Maycon Diego Ribeiro, Guilherme Martins e João
Pedro de Souza Gouvêa, que me acompanharam nesse experimento e doaram um pouco do
seu tempo e suor no calor aconchegante do Viveiro do Rochedo.
Devo um obrigado especial ao Prof. Dr. Gener Tadeu Pereira, cujo auxílio nas
análises estatísticas foi decisivo, e também a Profa. Dra. Sônia Maria De Stefano Piedade, a
Dra. Luciana Aparecida Carlini Garcia e ao Dr. José Ruy Porto de Carvalho.
Não posso deixar de agradecer aos funcionários da FEAGRI Tulio Ribeiro, Gelson
Espindola da Silva, Sérgio Lopes, Gisleide Aparecida Garibaldi Otávio, Sidnei Trombeta,
Edson Caires, Jamilson Martins Luz, Antônio Freire de Souza, José Ricardo Freitas Lucarelli e
Luiz Carlos dos Santos Silva pelo apoio nas diversas atividades que realizei na faculdade.
Meu muito obrigado ao Dr. Marco Antonio Vieira Ligo (Embrapa Meio Ambiente) e
a Dra. Regina Célia de Matos Pires (Instituto Agronômico de Campinas) pelo empréstimo dos
equipamentos para medição da área foliar, e às empresas Hidrogood Horticultura Moderna,
Conplant Ferti e OxClean pela doação de equipamentos, insumos e assistência técnica para os
ensaios realizados ao longo desse doutorado.
Agradeço aos “friends” Karina Aparecida dos Santos Soranz, Sue Dove e Peter Alem
Otieno pelo auxílio nos experimentos realizados na The University of Georgia/UGA, e aos
companheiros e amigos do Grupo de Pesquisa Tecnologia de Irrigação e Meio Ambiente da
FEAGRI/UNICAMP Antonio Carlos Ferreira Filho, Maycon Diego Ribeiro, Conan Ayade
Salvador, Carlos Vinicius Barreto, Marcio Mesquita, Fábio Ponciano de Deus, Ricardo
Magnani Filho, Vicente Dias Martarello, Maurício Sultani Madoglio, Renato Trani Salgado,
Guilherme Martins, Renan Primo, Ivo Zution, Leonardo Nazário, Daniel Rodrigues Feitosa,
Allan Charlles Mendes de Souza, Natália Florez, Gabriela Kurokawa e Eduardo Augusto
Agnellos, pelos ensinamentos, diversão, ideias e discussões, que ajudaram a fazer com que eu
gostasse cada vez mais de irrigação.
Os amigos Tiago Macedo, Marcos Aurélio Maggio, Laureana Aquino e Cristiane
Athayde também foram importantes nesse período, pelo companheirismo, ajuda nos
momentos de dificuldade longe de casa e diversão vividas aqui e na Terra do Tio Sam.
Agradeço a minha família, em especial aos meus queridos avós Neuza e Gabriel,
Izabel e Izidoro; à meus pais Juraci e Marco Aurélio (in memorian); aos sogros Geny e José; à
ix
querida Meire; aos irmãos Lucas, Paulo Henrique, Luiz Eduardo, João Pedro e Sarah
Francisca; e aos tios e primos, que acompanharam minha luta e sabem que chegar aqui parecia
impossível.
Meu agradecimento mais profundo só poderia ser dedicado a uma pessoa: minha
querida esposa Karina. O tempo todo ao meu lado, independente do lugar na Terra, sempre
acreditando que dias melhores viriam. Na verdade todos os dias com você foram melhores,
pois você me mostrou o que é uma família e a cada dia me cativa com seu amor incondicional.
Por fim, agradeço a UNICAMP e em especial a FEAGRI, pela oportunidade de
realização desse doutorado; ao CNPq, FAEPEX e a FAPESP, que financiaram meus Projetos
de Pesquisa; e ao CNPq e a CAPES, que me concederam bolsas de estudo durante esse
período.
x
Diz-se que,
mesmo antes de um rio cair no oceano
ele treme de medo.
Olha para trás,
para toda a jornada,
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso
através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente
um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é
do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece.
Porque, apenas então,
o rio saberá que não se trata
de desaparecer no oceano.
Mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento
e por outro lado é renascimento.
(Osho)
xi
MANEJO HÍDRICO E NUTRICIONAL PARA PRODUÇÃO DE PORTA-ENXERTOS
DE LIMÃO CRAVO EM MESAS DE SUBIRRIGAÇÃO AUTOMATIZADAS POR
SENSORES CAPACITIVOS
RESUMO
A subirrigação tem potencial para reduzir as perdas de água e nutrientes em sistemas de
produção de mudas cítricas por permitir a recirculação e o reuso da solução nutritiva (SN),
promover economia de fertilizantes e reduzir o seu descarte inadequado no meio ambiente. O
objetivo desse experimento foi estabelecer o manejo hídrico e nutricional para produção de
porta-enxertos (PE) de limão Cravo em tubetes, na fase de sementeira, usando mesas de
subirrigação automatizadas por sensores capacitivos para monitoramento da umidade e
controle da irrigação. Os tratamentos testados foram quatro conteúdos volumétricos de água
(CVA) do substrato para acionamento da irrigação (0,12; 0,24; 0,36 e 0,48 m3 m-3), três
concentrações de nutrientes na SN (25%, 50% e 75% da recomendação de adubação para PE
em tubetes) e um tratamento adicional (sistema de produção do viveirista, com irrigação
manual por chuveiro), arranjados no delineamento experimental inteiramente casualizado em
esquema fatorial 4×3+1, com três repetições. A automação foi realizada conectando-se
sensores capacitivos a um sistema de controle computacional formado por data logger,
multiplexador e controladores de saídas, que acionavam bombas submersas de irrigação de
acordo com valores de CVA estabelecidos como tratamentos. Ao longo do período
experimental, houve monitoramento do CVA e do número de acionamentos da irrigação.
Semanalmente, realizou-se a reposição e medição do volume total de SN aplicado,
determinação de pH e condutividade elétrica (CE) dos substratos, avaliação da presença de
pragas e doenças e do índice de área foliar (IAF). Aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento, realizaram-se amostragens para análises de macro e micronutrientes nas plantas,
substratos e SN, e determinação da altura das plantas, diâmetro de caule, massa seca de parte
aérea e das raízes e área foliar total (AFT). Ao final do experimento, realizou-se análise
fitopatológica para detecção de Phytophthora spp. no substrato e na SN, avaliação da diagnose
nutricional visual e das perdas na produção, aparecimento de algas, determinação nas folhas
das plantas da concentração intracelular de CO2 (Ci), transpiração (E), condutância estomática
xii
(gs), fotossíntese líquida (A) e da eficiência do uso da água (E.U.A.). Os resultados indicaram
que os sensores foram eficientes no monitoramento da umidade e controle da subirrigação,
sendo que os tratamentos com maior valor de CVA apresentaram maior umidade e número de
acionamentos da irrigação (p < 0,0001). Houve aumento de aproximadamente 100% no
volume total de SN aplicada à medida que se elevaram os valores de CVA a cada 0,12 m3 m-3
(p < 0,0001), decréscimo do pH e aumento da CE no substrato dos tratamentos com maior
concentração de SN e maior CVA para acionamento da irrigação (p < 0,0001). As plantas
apresentaram aumentos significativos do IAF, altura, diâmetro de caule, massa seca de parte
aérea e das raízes e área foliar total (AFT) (p < 0,0001) à medida que os níveis de SN e CVA
aumentaram. Houve resposta significativa aos diferentes tratamentos de SN e CVA de
acionamento para concentração de nutrientes no substrato e na SN dos reservatórios de 121 L
e para o teor de nutrientes na parte aérea e sistema radicular. Os tratamentos com CVA de 0,12
m3 m-3 promoveram a morte de diversas plantas por estresse hídrico. Os valores de Ci, E, gs, A
e E.U.A. foram significativamente maiores nas plantas com maiores concentrações de SN e
valores de CVA (p < 0,001). O tratamento com a concentração de SN 50% e CVA de 0,48 m3
m-3 promoveu maior crescimento em altura, diâmetro, massa seca e área foliar total dos PE de
Limão Cravo. A subirrigação permitiu a antecipação no período de transplantio para realização
da enxertia, possibilitando um ciclo de cultivo extra no viveiro por ano. O período de retorno
da substituição do sistema convencional de irrigação manual por chuveiros obtido somente
com o valor economizado pela redução do uso de mão de obra, redução da concentração de
SN para 50% e eliminação do descarte de fertilizantes foi de 5,6 anos.
Palavras-chave: Automação, Sensores capacitivos, Equipamento de irrigação, Ambiente
protegido, Citricultura, Substrato.
xiii
WATER AND NUTRITIONAL MANAGEMENT FOR RANGPUR LIME
ROOTSTOCKS PRODUCTION IN SUBIRRIGATION BENCHES AUTOMATED BY
CAPACITANCE SENSORS
ABSTRACT
Subirrigation has the potential to reduce water and nutrients losses in citrus seedlings
production systems due to the nutrient solution (NS) recirculation and reuse, promoting
fertilizer savings and the reduction of its improper disposal into the environment. The
objective of this study was to establish the water and nutritional management for Rangpur lime
rootstock production in cone-tainers at the sowing stage, using subirrigation benches
automated by capacitance sensors to monitor moisture and control irrigation. The applied
treatments were four substrate volumetric water content (VWC) to trigger irrigation (0.12,
0.24, 0.36 and 0.48 m3 m-3), three nutrient concentrations of the NS (25%, 50% and 75% of
the fertilizer recommendation for citrus rootstocks production) and an additional treatment
(nursery production system with manual irrigation using a shower), in a completely
randomized experimental design with three replications in a 4×3+1 factorial. Automation was
accomplished by a capacitance sensor connected to a data logger, a multiplexer and relay
drivers, which were plugged to submersible pumps. The irrigation was performed according to
the VWC thresholds. Throughout the experiment, we monitored VWC and the number of
irrigations. Weekly, we replenished the tanks and measured the total volume of NS applied,
and determined the substrate pH and electric conductivity (EC), the presence of pests and
diseases and the leaf area index (LAI). At 0, 30, 60 and 90 days after the experiment starting,
we sampled plants, substrates and NS for macro and micronutrients analyzes, and determined
plant height, stem diameter, shoots and roots dry mass and total leaf area (LA). At the end of
the experiment, we performed phytopathological analysis to detect Phytophthora spp. in the
substrate and NS, diagnosed visual symptoms of nutritional deficit, assessed the production
losses, counted the number of benches contaminated with algae, and determined the leaf
intracellular concentration of CO2 (Ci), transpiration (E), stomatal conductance (gs), net
photosynthesis (A) and water use efficiency (WUE). The results indicated that the sensors
were effective to monitoring the substrate moisture and controlling subirrigation, and the
xiv
treatments with highest VWC had higher moisture and number of irrigations over time (p <
0.0001). There was an increase of approximately 100% in the total volume of water applied as
VWC values increased 0.12 m3 m-3 (p < 0.0001), a decrease in substrate pH and an increase in
the substrate EC in treatments with higher substrate concentration of NS and higher VWC to
trigger irrigation (p < 0.0001). The plants showed significant increases of LAI, height, stem
diameter, shoots and roots dry mass and LA as the levels of NS and VWC increased (p <
0.0001). There were significant responses to different treatments of NS and VWC to trigger
irrigation in the concentration of nutrients in the substrate and in the NS of 121 L tanks, and in
the nutrient content in shoots and roots. Treatments with VWC of 0.12 m3 m-3 promoted the
death of several plants by drought. The values of Ci, E, gs, A and WUE were significantly
higher in plants with higher concentrations of NS and VWC thresholds (p < 0.001). Treatment
with NS concentration of 50% and VWC of 0.48 m3 m-3 promoted higher plant height, stem
diameter, dry mass, and total leaf area of Rangpur lime rootstocks. Subirrigation permitted the
anticipation of transplant for grafting, allowing another cultivation cycle in the nursery during
the year. The payback period for the replacement of the manual overhead system by
subirrigation only with the savings obtained for the labor elimination to perform irrigation, the
reduction in the NS concentration of 50%, and the elimination of the fertilizer disposal was 5.6
years.
Keywords: Automation, Capacitance sensors, Irrigation equipment, Protected environment,
Citriculture, Substrate.
xv
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Demonstração da aplicação manual de solução nutritiva em viveiro de produção de
porta-enxertos de mudas cítricas: A) chuveiro (Foto: Rhuanito Soranz Ferrarezi) e B) tubos de
PVC perfurados (Foto: Conan Ayade Salvador). ...................................................................... 10
Figura 2. Esquema ilustrativo do sistema de irrigação por subirrigação, formado por mesa tipo
ebb-and-flow, reservatório de solução nutritiva e conjunto moto-bomba (que também pode ser
submersa). Adaptado de FERREIRA FILHO et al. (2011). ...................................................... 15
Figura 3. Representação da ascensão capilar em um sistema de subirrigação com água
disponível na base do recipiente de cultivo. Fonte: CARON et al. (2005). .............................. 20
Figura 4. Tipos de equipamentos utilizados na aplicação da subirrigação: A) Pequenas
piscinas infantis adaptadas para produção de mudas de espécies florestais (Fonte: SCHMAL,
2008); B) Sistema comercial pré-fabricado e automatizado para a produção de mudas de
plantas ornamentais (Fonte: KANG et al., 2004, Foto: Rhuanito Soranz Ferrarezi). ............... 25
Figura 5. Tipos mais comuns de equipamentos de subirrigação: A) mesas (sinonímia em
inglês ebb-and-flow), B) pisos de concreto (flood-floor), C) pavio (wick system), D) manta
capilar (capillary mat), E) bandejas móveis (Dutch trays) e F) canais ou calhas rasas em
desnível (troughs). Fotos: Rhuanito Soranz Ferrarezi. .............................................................. 26
Figura 6. Vista geral do viveiro de produção de mudas cítricas da empresa Citrograf e sua
localização isolada por quebra-ventos de eucalipto, distante 5 km da área mais próxima de
produção de citros. ..................................................................................................................... 52
Figura 7. Curva de retenção de água do substrato a base de casca de pinus e vermiculita
Tropstrato HA Hortaliças® obtido experimentalmente por FACHINI et al. (2006) ................ 54
Figura 8. Vista superior da mesa de subirrigação usada para o experimento, com cortes (A e
B) e detalhes (D1 a D3) das ranhuras para drenagem. Dimensões em cm. Ilustração: Maycon
Diego Ribeiro (2013). ................................................................................................................ 56
Figura 9. Etapas do processo de construção das mesas de subirrigação. (A) Moldes de
madeira. (B) Moldes de resina acrílica e fibra de vidro. (C) Mesas moldadas pelo processo de
modelagem a vácuo (vacuum forming). .................................................................................... 57
Figura 10. Detalhes da montagem das mesas de subirrigação na empresa Citrograf. (A)
Bancadas de produção de porta-enxertos formadas por fios de arame. (B) Base de madeira
xvi
nivelada para suportar as mesas de subirrigação. (C) Mesas de subirrigação instaladas sobre a
base de madeira. (D) Reservatórios de 121 L com tampa acondicionados abaixo das mesas de
subirrigação. .............................................................................................................................. 58
Figura 11. Detalhes da montagem dos equipamentos nas mesas de subirrigação. (A) Materiais
usados na montagem das unidades experimentais, evidenciando-se a bomba submersa de
irrigação NK-2®, que foi posicionada dentro do reservatório de 121 L. (B) Visualização do
sistema de adução formado por uma mangueira de ½” (1,27 cm) com uma curva de 90° na
extremidade para dirigir o fluxo de solução nutritiva da bomba de irrigação para a respectiva
mesa de subirrigação. ................................................................................................................ 59
Figura 12. Detalhes da montagem dos equipamentos nas mesas de subirrigação: reservatórios
com a fiação elétrica para alimentação das bombas submersas de irrigação. ........................... 59
Figura 13. Sensor capacitivo para determinação de umidade do substrato. (A) Sensor EC-5®
inserido verticalmente em um tubete da extremidade da bandeja (figura ilustrativa, pois o
sensor ficava na segunda linha de plantas no interior da bandeja). (B) Local de inserção do
sensor na fração média do tubete de 56 cm3 (preenchido com substrato). ................................ 60
Figura 14. Equipamentos utilizados para automação das mesas de subirrigação. (A)
multiplexador AM16/32®. (B) Data logger CR10X®. (C) Controlador de saídas SDM-
CD16AC®. (D) Componentes da unidade de controle computadorizado dentro da caixa selada
para impedir molhamento acidental. ......................................................................................... 61
Figura 15. Esquema de uma parcela experimental para produção de porta-enxertos cítricos
instalada na sementeira da empresa Citrograf Mudas, composto por bandeja para tubetes com
0,6 × 0,428 × 0,025 m (comprimento × largura × altura), tubetes de 56 cm3, mesa de
subirrigação tipo ebb-and-flow com 0,7 × 0,583 × 0,06 m, reservatório de 121 L com tampa,
bombas submersas de irrigação e sistema automatizado para monitoramento da umidade e
controle da irrigação. Ilustração: Antonio Carlos Ferreira Filho (2012). .................................. 62
Figura 16. Detalhes da montagem dos equipamentos nas mesas de subirrigação. (A) Sistema
computacional para coleta dos dados conectado à internet por um roteador sem fio para acesso
remoto. (B) Abrigo de madeira para impedir molhamento acidental do computador e do
monitor. (C e D) Experimento dentro da área de produção na estufa de produção de PE. ....... 63
xvii
Figura 17. Curva de calibração do sensor EC-5® em substrato a base de casca de pinus e
vermiculita Tropstrato HA Hortaliças®, determinada experimentalmente para conversão da
leitura do sensor em voltagem em conteúdo volumétrico de água (CVA). ............................... 64
Figura 18. Croqui experimental com a localização dos tratamentos na bancada, com a posição
de cada tratamento definida aleatoriamente por sorteio. Onde SN: concentração de nutrientes
em solução nutritiva, CVA: conteúdo volumétrico de água para acionamento da subirrigação e
Rep.: repetição. .......................................................................................................................... 72
Figura 19. Variação da temperatura e umidade relativa do ar no interior da estufa ao longo do
período experimental. ................................................................................................................ 74
Figura 20. Variação do índice de área foliar (IAF) ao longo do período experimental para os
tratamentos com concentração da solução nutritiva (SN) de 25%, 50% e 75% da
recomendação de adubação, e com irrigação manual................................................................ 77
Figura 21. Variação dos teores de macro e micronutrientes na parte aérea (folhas e caule) de
porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
As linhas horizontais na posição superior e inferior indicam o valor máximo e mínimo
recomendado por BATAGLIA et al. (2008). As faixas verticais indicam as diferentes
concentrações de nutrientes na solução nutritiva (25%, 50% e 75%). Média de 3 repetições. . 80
Figura 22. Variação dos teores de macro e micronutrientes no sistema radicular de porta-
enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As
faixas verticais indicam as diferentes concentrações de nutrientes na solução nutritiva (25%,
50% e 75%). Média de 3 repetições. ......................................................................................... 82
Figura 23. Valores da altura das plantas (A), diâmetro do caule (B), massa seca (MS) da parte
aérea formada por folhas e caule (C), MS do sistema radicular (D), MS total (E) e área foliar
total (AFT, F) aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As linhas
horizontais indicam os valores recomendados por BATAGLIA et al. (2008) para cultivo. As
faixas verticais indicam as diferentes concentrações de nutrientes na solução nutritiva (25%,
50% e 75%). Média de 3 repetições. ......................................................................................... 85
Figura 24. Correlação entre a área foliar total (AFT) determinada pelo equipamento LI-3200 e
o índice de área foliar (IAF) estimada pelo equipamento AccuPAR LP-80 aos 0, 30, 60 e 90
dias após o início do experimento (DAIE). ............................................................................... 89
xviii
Figura 25. Documentação fotográfica do desenvolvimento vegetativo de plantas de limão
Cravo nos tratamentos com solução nutritiva (SN) 25%, 50% e 75%, conteúdo volumétrico de
água (CVA) de 0,12, 0,24, 0,36, 0,48 m3 m-3 e irrigação manual aos 90 dias após o início do
experimento. .............................................................................................................................. 91
Figura 26. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,12 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação. ....... 102
Figura 27. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,24 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação. ....... 103
Figura 28. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,36 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação. ....... 105
Figura 29. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,48 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação. ....... 106
Figura 30. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento do viveirista com irrigação manual usando chuveiro. .......... 108
Figura 31. Variação do pH do substrato ao longo do período experimental para os tratamentos
com concentração da solução nutritiva (SN) com 25%, 50% e 75% da recomendação de
adubação e do viveirista. A linha horizontal indica o valor máximo de eficiência do agente
quelatizante DTPA para micronutrientes recomendado por FERRAREZI et al. (2007). ....... 113
Figura 32. Variação da condutividade elétrica (CE) do substrato ao longo do período
experimental para os tratamentos com concentração da solução nutritiva (SN) com 25%, 50%
e 75% da recomendação de adubação e do viveirista. A linha horizontal superior indica o
limite estabelecido para realização da lavagem do substrato com água para reduzir a CE, e a
linha inferior indica o mínimo recomendado por BATAGLIA et al. (2008) para cultivo de
porta-enxertos de limão Cravo. ............................................................................................... 115
Figura 33. Valores das variáveis pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de macro e
micronutrientes no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As
linhas horizontais indicam o valor recomendado por BATAGLIA et al. (2008) para cultivo de
xix
porta-enxertos de limão Cravo. As faixas verticais indicam as diferentes concentrações de
nutrientes na SN (25%, 50% e 75%). A concentração de S, B e Cl foi determinada somente
aos 0 e 90 DAIE. Média de 3 repetições. ................................................................................ 117
Figura 34. Valores de pH, condutividade elétrica (CE) e concentração macro e nutrientes na
solução nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento (DAIE). As linhas horizontais indicam o valor recomendado por BATAGLIA et
al. (2008) para cultivo de porta-enxertos de limão Cravo. As faixas verticais indicam as
diferentes concentrações de nutrientes na SN (25%, 50% e 75%). Média de 3 repetições. .... 125
Figura 35. Variação do pH e da condutividade elétrica (CE) ao longo do período experimental
para as soluções nutritivas (SN) padrão de cada tratamento, do viveirista e da água de
abastecimento. ......................................................................................................................... 129
xx
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Número de viveiros, porta-enxertos, mudas cítricas e dimensão da área de
sementeira no Estado de São Paulo entre 2005 e 2009, agrupados nos meses de junho (Jun.) e
dezembro (Dez.). Fonte: AMARO e BAPTISTELLA (2009). ................................................... 7
Tabela 2. Número de porta-enxertos em 1.000 unidades separados por espécie e produzidos
no Estado de São Paulo entre 2005 e 2009. Fonte: AMARO e BAPTISTELLA (2009). ........... 8
Tabela 3. Consumo médio de água para diferentes sistemas de produção de plantas
ornamentais. Fonte: ROEBER (2010). ...................................................................................... 12
Tabela 4. Desempenho de sistemas de subirrigação usando a capilaridade dos substratos em
sistemas produtivos de hortaliças de folhas e frutos.................................................................. 35
Tabela 5. Desempenho de sistemas de subirrigação em sistemas produtivos de plantas
ornamentais. ............................................................................................................................... 36
Tabela 6. Desempenho de sistemas de subirrigação usando a capilaridade dos substratos em
sistemas produtivos de espécies florestais. ................................................................................ 39
Tabela 7. Desempenho de sistemas de subirrigação usando a capilaridade dos substratos em
sistemas produtivos de espécies frutíferas. ................................................................................ 41
Tabela 8. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
índice de área foliar (IAF) ao longo do período experimental. ................................................. 78
Tabela 9. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) da concentração de macro e
micronutrientes na parte aérea de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento. .............................................................................................................................. 81
Tabela 10. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) da concentração de macro e
micronutrientes no sistema radicular de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento (DAIE). ................................................................................................................. 83
Tabela 11. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) da altura das plantas,
diâmetro do caule, massa seca da parte aérea (MSPA, formado por folhas e caule), do sistema
radicular (MSSR) e total (MST) e área foliar total (AFT) aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início
do experimento. ......................................................................................................................... 86
Tabela 12. Diagnose nutricional visual de porta-enxertos de limão Cravo ao final do
experimento. .............................................................................................................................. 93
xxi
Tabela 13. Número de plantas mortas de limão Cravo. As três repetições juntas possuíam 308
plantas úteis. Somatório de 3 repetições. ................................................................................... 94
Tabela 14. Avaliação visual da presença de algas nas mesas de subirrigação. ........................ 96
Tabela 15. Valores da concentração intracelular de CO2 (Ci), transpiração (E), condutância
estomática (gs) e fotossíntese líquida (A) em porta-enxertos de limão Cravo ao final do
experimento. Média±desvio padrão de 3 repetições. ................................................................ 97
Tabela 16. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
concentração intracelular de CO2 (Ci) ao final do experimento. ............................................... 97
Tabela 17. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
transpiração (E) ao final do experimento. ................................................................................. 98
Tabela 18. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
condutância estomática (gs) ao final do experimento. ............................................................... 98
Tabela 19. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
fotossíntese líquida (A) ao final do experimento....................................................................... 99
Tabela 20. Valores da eficiência de uso da água (E.U.A.) ao final do experimento em porta-
enxertos de limão Cravo. Média±desvio padrão de 3 repetições. ........................................... 100
Tabela 21. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
eficiência de uso da água (E.U.A.) ao final do experimento. .................................................. 100
Tabela 22. Número total de acionamentos da irrigação ao longo do período experimental.
Média±desvio padrão de 3 repetições. .................................................................................... 110
Tabela 23. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
número total de acionamentos da irrigação ao longo do período experimental. ..................... 111
Tabela 24. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
pH do substrato ao longo do período experimental. ................................................................ 114
Tabela 25. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
condutividade elétrica (CE) do substrato ao longo do período experimental. ........................ 116
Tabela 26. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) do pH, condutividade
elétrica (CE) e concentração de macro e micronutrientes no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias
após o início do experimento. .................................................................................................. 118
Tabela 27. Valores do volume total de solução nutritiva (SN) aplicada por bandeja e por
tubete ao longo do período experimental. Média de 3 repetições. .......................................... 122
xxii
Tabela 28. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
volume total de solução nutritiva aplicada por bandeja ao longo do período experimental. .. 122
Tabela 29. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
volume total de solução nutritiva aplicada por tubete ao longo do período experimental. ..... 123
Tabela 30. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) do pH, condutividade
elétrica (CE) e concentração de macro e micronutrientes na solução nutritiva dos reservatórios
de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). ................................. 126
Tabela 31. Valores de pH e condutividade elétrica (CE) nos reservatórios de 121 L ao final do
experimento. Média±desvio padrão de 3 repetições. .............................................................. 127
Tabela 32. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
pH nos reservatórios de 121 L ao final do experimento. ......................................................... 128
Tabela 33. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
condutividade elétrica (CE) nos reservatórios de 121 L ao final do experimento. ................. 128
Tabela 34. Custo do material para a montagem e instalação de uma mesa de subirrigação.
Adaptado de RIBEIRO (2013). ............................................................................................... 131
Tabela 35. Custo com equipamentos e instalação de mesas de subirrigação tipo ebb-and-flow
nos EUA. ................................................................................................................................. 131
Tabela 36. Custos dos equipamentos para monitoramento e controle da subirrigação usando
sensores capacitivos acoplados a data loggers e controladores de saída. ................................ 133
Tabela 37. Custo de mão de obra para as diferentes tarefas realizadas na produção de porta-
enxertos cítricos, com valores de rendimentos operacionais, número de trabalhadores para as
atividades e participação dos custos com mão de obra na sementeira. Considerou-se um ciclo
de produção de 4 meses (120 dias), ocupação completa das bancadas (340.000 plantas), 21
dias úteis de trabalho por mês com 9 h de serviço por dia, e remuneração de R$ 1.400 por
funcionário (incluindo salários, encargos e benefícios). ......................................................... 135
Tabela 38. Valores de pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de nitrogênio total (N-
total) e amoniacal (N-NH4) no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento
(DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ...................................................................... 170
Tabela 39. Concentração de nitrogênio nítrico (N-NO3), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca)
no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio
padrão de 3 repetições. ............................................................................................................ 171
xxiii
Tabela 40. Concentração de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B), cobre (Cu) e ferro (Fe) no
substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão
de 3 repetições. ........................................................................................................................ 172
Tabela 41. Concentração de manganês (Mn), zinco (Zn), cloro (Cl) e sódio (Na) no substrato
aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3
repetições. ................................................................................................................................ 173
Tabela 42. Teor de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) na parte aérea
(folhas e caule) de porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ................................................. 174
Tabela 43. Teor de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B) e cobre (Cu) na parte aérea (folhas e
caule) de porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento
(DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ...................................................................... 175
Tabela 44. Teor de e ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) na parte aérea (folhas e caule) de
porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
Média±desvio padrão de 3 repetições. .................................................................................... 176
Tabela 45. Teor de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) no sistema radicular
de porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
Média±desvio padrão de 3 repetições. .................................................................................... 177
Tabela 46. Teor de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B) e cobre (Cu) no sistema radicular de
porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
Média±desvio padrão de 3 repetições. .................................................................................... 178
Tabela 47. Teor de ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) no sistema radicular de porta-
enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
Média±desvio padrão de 3 repetições. .................................................................................... 179
Tabela 48. Altura das plantas, diâmetro do caule e área foliar total (AFT) aos 0, 30, 60 e 90
dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ............... 180
Tabela 49. Valores médios da massa seca da parte aérea, das raízes e total aos 0, 30, 60 e 90
dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ............... 181
Tabela 50. Valores de pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de nitrogênio total (N-
total) e amoniacal (N-NH4) na solução nutritiva dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90
dias após início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. .................. 182
xxiv
Tabela 51. Concentração de nitrogênio nítrico (N-NO3), fósforo (P), potássio (K) e cálcio
(Ca) na solução nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início
do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ............................................ 183
Tabela 52. Concentração de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B) e cobre (Cu) na solução
nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento
(DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ...................................................................... 184
Tabela 53. Concentração de ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e sódio (Na) na solução
nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento
(DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições. ...................................................................... 185
Tabela 54. Concentração de cloro (Cl) na solução nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L
aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3
repetições. ................................................................................................................................ 186
Tabela 55. pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de nitrogênio total (N-total) na
água de abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias
após o início do experimento (DAIE). .................................................................................... 186
Tabela 56. Concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH4), nítrico (N-NO3) e fósforo (P) na
água de abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias
após o início do experimento (DAIE). .................................................................................... 187
Tabela 57. Concentração de potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) na água de
abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o
início do experimento (DAIE). ................................................................................................ 187
Tabela 58. Concentração de enxofre (S), boro (B), cobre (Cu) e ferro (Fe) na água de
abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o
início do experimento (DAIE). ................................................................................................ 188
Tabela 59. Concentração de manganês (Mn), zinco (Zn), cloro (Cl) e sódio (Na) na água de
abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o
início do experimento (DAIE). ................................................................................................ 188
xxv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A: fotossíntese líquida
AFT: área foliar total
CE: condutividade elétrica
Ci: concentração intracelular de CO2
CV: coeficiente de variação
CVA: conteúdo volumétrico de água
E: transpiração
E.U.A.: eficiência de uso da água
FEAGRI: Faculdade de Engenharia Agrícola
GL: graus de liberdade
gs: condutância estomática
IAC: Instituto Agronômico/Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio
IAF: índice de área foliar
IB: Instituto Biológico/Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio
IBRA: Instituto Brasileiro de Análises
i.a.: ingrediente ativo
PE: porta-enxerto/porta-enxertos
PSAI: poliestireno de alto impacto
PVC: cloreto de polivinila
R2: coeficiente de determinação
SN: solução nutritiva/soluções nutritivas
UNICAMP: Universidade Estadual de Campinas
xxvi
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 5
2.1 Citricultura .................................................................................................................... 5
2.2 Subirrigação ................................................................................................................ 13
2.3 Cultivo de porta-enxertos cítricos usando a subirrigação ........................................... 41
3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 52
3.1 Local ........................................................................................................................... 52
3.2 Período e duração do experimento .............................................................................. 53
3.3 Material vegetal, idade das plantas e recipiente de cultivo ......................................... 53
3.4 Substrato ..................................................................................................................... 53
3.5 Mesas de subirrigação ................................................................................................. 54
3.6 Montagem da infraestrutura do experimento .............................................................. 55
3.7 Tratamentos ................................................................................................................ 65
3.8 Frequência da irrigação, tempo e altura de saturação ................................................. 65
3.9 Fertilização .................................................................................................................. 66
3.10 Manejo e tratos culturais ............................................................................................. 67
3.11 Variáveis analisadas .................................................................................................... 67
3.12 Delineamento experimental ........................................................................................ 72
3.13 Análise estatística ....................................................................................................... 73
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 74
4.1 Dados climáticos no interior da estufa ........................................................................ 74
4.2 Variáveis monitoradas nas plantas .............................................................................. 75
4.3 Variáveis monitoradas no substrato .......................................................................... 101
4.4 Variáveis monitoradas na solução nutritiva dos reservatórios .................................. 121
4.5 Estimativa de custo do sistema ................................................................................. 130
4.6 Considerações finais ................................................................................................. 138
5 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 139
6 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS ................................................................. 141
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 142
8 APÊNDICES .................................................................................................................... 159
xxvii
8.1 Programa do CR10X usado para a automação do sistema de subirrigação .............. 159
8.2 Tabelas com médias e desvio padrão das variáveis monitoradas em diferentes épocas
ao longo do período experimental........................................................................................ 169
1
1 INTRODUÇÃO
O Brasil se consolidou nos últimos anos como o maior produtor mundial de laranjas,
produzindo 26,5% de toda a laranja do mundo, e o maior exportador de suco de laranja
concentrado congelado, com participação de 85% no mercado global. Essa liderança é
proveniente da logística do setor, da maior qualidade das frutas e da produtividade superior
aos demais concorrentes internacionais. O estado de São Paulo é responsável por 97% das
exportações brasileiras de suco concentrado congelado, sendo o principal núcleo dinâmico do
complexo citrícola brasileiro, produzindo isoladamente 24,9% da laranja mundial, o que
corresponde a 94% da produção nacional.
Para manter esse status de liderança, anualmente as áreas de produção devem ser
renovadas para a substituição de plantas doentes e improdutivas e ampliadas para formação de
novos pomares, aumentando, assim, a demanda por mudas cítricas. As mudas são a base da
atividade citrícola, por transferir a qualidade genética da planta matriz para os pomares
adultos, com reflexo na produção e na qualidade dos frutos. O processo de produção de mudas
cítricas se caracteriza por três fases distintas: a) produção de porta-enxertos (PE) com
semeadura em tubetes com 56 cm3 e desenvolvimento por 75 a 150 dias; b) transplantio dos
PE para sacolas plásticas ou citruspotes com 4 a 7 L e desenvolvimento por 60 a 120 dias; e c)
enxertia da variedade-copa nos PE usando os mesmos recipientes e desenvolvimento por 90 a
180 dias.
A importância da produção de mudas cítricas ficou comprovada quando a Secretaria
de Agricultura e Abastecimento publicou em 1998 as Normas para Produção de Mudas
Certificadas de Citros no Estado de São Paulo. A partir dessa normatização, os produtores
deixaram de produzir PE e mudas a céu aberto, passando a cultivá-los em ambiente protegido
por plástico e telas antiafídeas, com bancadas suspensas e cobertura do solo com pedriscos,
ráfia negra ou concreto. Adicionalmente, precisaram utilizar substratos e água de irrigação
livre de patógenos, devido ao aumento do rigor nas medidas para garantir sanidade e qualidade
das mudas produzidas.
Como consequência, os viveiristas passaram a investir em tecnologias de produção e
manejo, buscando novas opções de substratos, PE, sistemas de irrigação, fertilizantes e
produtos fitossanitários. Isto demandou trabalhos de pesquisa que atendessem os gargalos
tecnológicos ainda existentes, como a diversificação de PE adaptados a diferentes condições
2
climáticas e fitossanitárias, a busca pela precocidade e uniformidade de produção, e,
principalmente, o aumento da eficiência da irrigação e fertirrigação para adequar essas
aplicações às necessidades hídricas e nutricionais das plantas.
Como procedimento padrão utilizado pelos viveiristas, os sais que contém os
nutrientes necessários para o crescimento das plantas são diluídos na água formando uma
solução nutritiva (SN), que é aplicada, na maioria dos sistemas de produção de PE, por meio
de sistemas de irrigação por gotejamento ou aspersão, sendo este último o mais utilizado
comercialmente, em geral aplicado por tubos de cloreto de polivinila (PVC) perfurados ou
chuveiro manual, determinando perdas significativas de água e nutrientes, principalmente pela
falta de controle da quantidade fornecida. Essas perdas são incrementadas com o
desenvolvimento das plantas devido à interceptação da solução pelas folhas, deslocando-a para
fora do recipiente, provocando desperdício de SN no solo das estufas e causando absorção
insuficiente de elementos minerais pelas plantas. Essa água residuária rica em nutrientes não
passa por nenhum tratamento antes de ser descartada indevidamente sobre o solo, o que pode
trazer impactos ambientais como a contaminação potencial dos lençóis freáticos.
Um fator que contribui para que esse problema de descarte de solução não seja
solucionado efetivamente é o fato da legislação brasileira de produção de mudas cítricas não
abordar o manejo da água da irrigação e as formas de reutilização ou descarte da solução
aplicada. Diferentemente, por exemplo, a Holanda ou o estado americano da Califórnia
regulamentaram a necessidade do tratamento ou da reutilização dessas soluções, em função
dos volumes de água residuária gerados por cultivos em ambiente protegido.
Estudos têm demonstrado a necessidade de desenvolvimento de técnicas para
aplicação racional de água e nutrientes, que permitam o melhor desenvolvimento das plantas
com redução do tempo e frequência de irrigação e, principalmente, minimizem o descarte
indevido de SN no meio ambiente. Uma das técnicas com potencial para atingir essas metas é
a subirrigação, que utiliza o princípio de capilaridade dos substratos para realizar o
umedecimento do sistema radicular das plantas. Na subirrigação, a água é bombeada de um
reservatório para uma mesa ou bancada de crescimento e aplicada diretamente na parte inferior
dos recipientes de cultivo (tubetes, vasos ou bandejas), onde, pela ascensão capilar, a água e os
nutrientes se movimentam verticalmente no substrato. Após a aplicação da lâmina desejada, o
bombeamento é desligado e a SN não utilizada é descartada ou retorna ao reservatório por
3
gravidade. Esse sistema pode ser utilizado na produção de diversas culturas que utilizam
substratos, como é o caso de palmeiras, espécies florestais industriais (eucalipto, pinus e teka)
e nativas e exóticas (pioneiras e não pioneiras), frutíferas (citrus, café e maracujá), plantas
ornamentais, mudas de hortaliças, entre outras.
A subirrigação pode ser uma alternativa tecnológica para utilização em viveiros de
mudas cítricas e trazer benefícios a esse sistema de produção. Porém, a falta de conhecimento
do meio acadêmico e dos produtores determina baixa utilização desse sistema no Brasil.
Consequentemente, esse fato gera falta de interesse das empresas nacionais em realizar
pesquisas aplicadas, ocasionando a indisponibilidade de equipamentos comerciais no mercado,
fazendo com que os viveiristas recorram a produtos importados ou a equipamentos construídos
sem a utilização de critérios adequados de engenharia. Essa situação eleva os custos de
implantação da subirrigação, implicando na utilização de equipamentos mal dimensionados e
não adaptados às nossas condições de produção.
Pela inexistência de equipamentos de subirrigação no mercado nacional, a Faculdade
de Engenharia Agrícola/FEAGRI da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP
desenvolve estudos desde 2006 que visam desenvolver um equipamento comercial para
produção de PE cítricos em tubetes. Os estudos até aqui realizados demonstraram que o
princípio da capilaridade se apresentou eficiente do ponto de vista hidráulico e de
desenvolvimento das plantas em experimentos realizados em laboratório e em estufa
experimental, quando se buscou validar o método de subirrigação utilizando um protótipo de
bandeja fabricada em resina acrílica e PVC. Posteriormente, houve comparação de dois
equipamentos de subirrigação (calha perfurada e mesa), verificando-se o potencial da mesa
para ser utilizada em ambientes protegidos. Isso permitiu o início do desenvolvimento de uma
mesa de subirrigação tipo ebb-and-flow, cujo projeto foi idealizado seguindo critérios de
engenharia, como ergonomia, segurança, funcionalidade, aplicabilidade e escolha do material
construtivo. Um protótipo de mesa foi construído, avaliado para definição dos parâmetros
hidráulicos de operação e recomendado para a utilização em ambientes protegidos em geral.
No entanto, para viabilizar a aplicação da subirrigação em escala comercial pelos
viveiristas de mudas cítricas, verificou-se a necessidade do estabelecimento do manejo hídrico
e nutricional específico para a produção de PE em tubetes, uma vez que a adaptação de
recomendações de outros sistemas de irrigação não seria indicada pelas diferenças nos
4
princípios de aplicação, garantindo que a água e os nutrientes fossem fornecidos de acordo
com as exigências das plantas. Um diferencial tecnológico dessa prática seria a possibilidade
de controle eficiente da operação do sistema baseado nas exigências hídricas da planta ou no
conteúdo mínimo de água do substrato necessário para o crescimento vegetal, otimizando o
requerimento de mão de obra e reduzindo os custos operacionais. Para isso, o primeiro passo
seria viabilizar a automação do acionamento da irrigação por meio de sensores que medem a
umidade do substrato em tempo real e, posteriormente, avaliar o reuso da SN por meio da
recirculação em sistema fechado, reduzindo-se assim o descarte de água e nutrientes no
ambiente.
Portanto, a hipótese deste trabalho é que a subirrigação automatizada por sensores
capacitivos com reuso e recirculação de SN na produção de PE de limão Cravo em tubetes na
fase de sementeira reduzirá a quantidade de solução aplicada e promoverá a produção de
plantas com maior altura, diâmetro de caule e precocidade de transplantio para realização da
enxertia quando comparado ao sistema convencional de irrigação por aspersão manual usando
chuveiro adotado atualmente pela maioria dos viveiristas.
O objetivo geral desse experimento foi estabelecer o manejo hídrico e nutricional
para produção de PE de limão Cravo em tubetes na fase de sementeira usando mesas da
subirrigação automatizadas por sensores capacitivos para monitoramento da umidade e
controle da irrigação.
Para se atingir esse objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos específicos:
1) automatizar a operação da subirrigação pela utilização de sensores capacitivos para o
monitoramento da umidade do substrato e controle da irrigação; 2) avaliar o efeito da
subirrigação nas respostas fisiológicas de plantas de limão Cravo, comparando com o sistema
de produção do viveirista de irrigação manual por chuveiro; 3) estabelecer uma recomendação
de manejo hídrico e nutricional, indicando o valor do conteúdo volumétrico de água (CVA) do
substrato e a concentração de nutrientes em SN para crescimento adequado das plantas de
limão Cravo; e 4) realizar estimativas de custo da implantação para utilização da subirrigação
automatizada em condições comerciais de produção de PE cítricos.
5
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Citricultura
2.1.1 A cultura de citros no Brasil e no estado de São Paulo
As plantas cítricas são originárias da Ásia, e chegaram ao Brasil durante a primeira
metade do século XVI trazidas pelos portugueses. A cultura foi disseminada em todo o país
por ter encontrado condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento, ocorrendo
expansão da sua área de cultivo ao longo do tempo (DONADIO et al., 2005).
Atualmente a citricultura ocupa posição de destaque no agronegócio brasileiro,
gerando milhares de empregos diretos e indiretos e renda à cadeia citrícola. O Brasil mantém a
posição de maior produtor mundial de laranjas, com uma área cultivada de 580,57 mil ha e
uma produção de 15.384.048 t (377,06 milhões de caixas de 40,8 kg), segundo indicadores da
CONAB (2011), representando quase 50% de toda a produção brasileira de frutas. O Brasil
detém ainda 50% da produção mundial de suco de laranja, exportando 98% do que produz e
possuindo 85% de participação no mercado mundial, sendo ainda o maior exportador mundial
de suco de laranja concentrado congelado, representando 88% das exportações do setor
citrícola, que em 2009 movimentou US$ 1,838 bilhões (MDIC/SECEX, 2009).
Em 2012, o estado de São Paulo possuía aproximadamente 185 milhões de árvores
(com produção de 355 milhões de caixas de 40,8 kg), sendo responsável por 94% da produção
nacional (IEA, 2012). Essa liderança competitiva deriva, diretamente, da consistência da
produção e da logística do setor, que tem permitido qualidade e produtividade superiores aos
demais concorrentes.
2.1.2 Caracterização da produção de mudas cítricas
O uso de mudas de qualidade foi fundamental para a citricultura ter atingido essa
importância econômica, pois o potencial máximo de produtividade e de sanidade dos pomares
somente é revelado após seis a oito anos do plantio e, por se tratar de uma cultura perene, a
longevidade das plantas só será conhecida em um intervalo de tempo ainda maior
(CARVALHO et al., 2005).
O estado de São Paulo possui um sistema de produção de mudas cítricas certificadas
que segue padrões estabelecidos, como a obrigatoriedade do emprego de tela nos viveiros para
proteção contra pragas e vetores de doenças (CARVALHO et al., 2005). Esse sistema está em
6
vigor desde 1998, quando foram publicadas as Normas para Produção de Mudas Certificadas
de Citros do Estado de São Paulo (NORMAS PARA PRODUÇÃO DE MUDA
CERTIFICADA DE CITROS, 1998), visando melhorias na qualidade genética e sanitária das
sementes dos PE e borbulhas usadas como plantas matrizes na formação de mudas.
Atendendo a legislação, os produtores deixaram de produzir PE e mudas a céu aberto
e passaram a cultivá-los em ambiente protegido, com cobertura por plástico e lateral fechada
por telas antiafídicas, com distância mínima de outras plantas cítricas, suspensão das bancadas
de produção, cobertura do solo com concreto, ráfia negra ou pedra brita e com a utilização de
substratos e água de irrigação livre de patógenos. As normas ainda exigem que as sementes
sejam provenientes de plantas matrizes devidamente registradas pela Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA/SP), mantidas em um campo de produção
próprio e dentro de um rigoroso controle fitossanitário. As borbulhas utilizadas na enxertia
devem ser originárias de borbulheiras também cultivadas em ambiente protegido, seguindo os
mesmos padrões de qualidade e fitossanidade. Segundo BAPTISTELLA (2005), a partir dessa
modernização, o setor viveirista paulista sofreu um intenso processo de profissionalização e
rápida reorganização, indicando que as formas rudimentares anteriores de produção e da força
de trabalho deram lugar a uma produção altamente científica e tecnológica. Os espaços
necessários à produção transformaram-se em estruturas fixas, onde os efeitos edafo-climáticos
e o uso da mão de obra são controlados e planejados.
A produção de mudas cítricas em viveiros telados é dividida em três etapas para
otimizar o período de permanência das plantas dentro das estufas (BATAGLIA et al., 2008). A
fase inicial começa com a semeadura dos PE em tubetes de 56 cm3, onde permanecerão por 75
a 150 dias, até atingirem aproximadamente 15-25 cm de altura. Após esse período, os PE são
transplantados para sacolas plásticas ou citruspotes de 4 a 7 L com substrato, onde crescerão
por 60 a 120 dias até atingirem 10 mm de diâmetro do caule. A fase final compreende a
realização de enxertia das variedades-copa nos PE nos mesmos recipientes que a fase anterior,
onde as plantas permanecerão por 120 a 180 dias, quando serão finalmente comercializadas
para plantio no campo.
No último levantamento realizado pelo Fundecitrus, em junho de 2009 encontravam-
se instalados no Estado de São Paulo 517 viveiros telados, com plantio estimado de 8,6
milhões de PE e 17,5 milhões de mudas, com uma área de sementeira de 34.020 m2 (Tabela
7
1). Esses valores indicam que mesmo com variação semestral do número de viveiros, PE e
mudas produzidas, o setor de produção de mudas cítricas desempenha papel econômico
importante para a citricultura brasileira.
Tabela 1. Número de viveiros, porta-enxertos, mudas cítricas e dimensão da área de
sementeira no Estado de São Paulo entre 2005 e 2009, agrupados nos meses de junho (Jun.) e
dezembro (Dez.). Fonte: AMARO e BAPTISTELLA (2009).
Ano Viveiros Porta-enxertos Mudas Área (m2)
Jun. Dez. Jun. Dez. Jun. Dez. Jun. Dez.
2005 550 539 10.365.931 9.442.282 11.939.759 13.149.652 23.487 27.723
2006 511 512 10.725.732 10.715.573 13.155.215 10.733.231 28.350 32.136
2007 501 526 12.494.020 15.448.764 12.501.138 14.795.340 32.531 46.753
2008 553 559 14.056.446 11.882.895 19.050.918 19.929.603 44.971 44.918
2009 517 --- 8.648.435 --- 17.581.874 --- 34.020 ---
Onde: --- = dados não foram mais avaliados a partir dessa época.
A somatória de mudas produzidas por ano varia de 25 a 38 milhões de mudas,
representando aproximadamente 15% de reposição dos 198 milhões de árvores em produção
somente em São Paulo e Minas Gerais (NEVES et al., 2010), indicando como o sistema de
produção de mudas certificadas tem sido determinante para o sucesso da citricultura brasileira.
2.1.3 Importância dos porta-enxertos
Com a evolução do sistema de produção de mudas cítricas, atenção especial tem sido
dada aos PE, em função de suas propriedades de induzir à copa alterações no crescimento,
tamanho, precocidade de produção, maturação e peso de frutos, coloração da casca e do suco,
teor de açúcares, de ácidos e de outros componentes do suco, permanência dos frutos na planta
e sua conservação após a colheita, fertilidade do pólen, absorção, utilização de nutrientes,
transpiração e composição química das folhas, respostas a produtos de abscisão dos frutos e
folhas, tolerância à salinidade, à seca, ao frio, às doenças e pragas (POMPEU JÚNIOR, 2005).
Ao longo da história da citricultura no Brasil vários PE foram utilizados, sendo a sua
substituição definida principalmente pela susceptibilidade às doenças. Assim, a baixa
resistência da laranja Caipira (Citrus sinensis [L.] Osbeck) à gomose e à seca motivou sua
substituição pela laranja Azeda (Citrus aurantium L.), que, até a década de 40 foi o principal
PE nacional. A introdução do vírus da tristeza dos citros em 1937 destruiu os pomares
8
citrícolas da época, causando enormes prejuízos. A pesquisa agrícola realizada no Brasil
indicou novos PE, que foram utilizados na reconstrução da citricultura (POMPEU JÚNIOR,
2005). O limão Cravo (Citrus limonia Osbeck) começou a ser utilizado a partir da década de
60, e passou a ser praticamente o único PE da citricultura paulista. O surgimento da Morte
Súbita dos Citros (MSC) em 1999, doença que afeta laranjeiras e tangerineiras enxertadas em
limão Cravo, acelerou o processo de busca pela diversificação dos PE.
No trabalho de POMPEU JÚNIOR (2005), observou-se uma diminuição da produção
de mudas enxertadas sobre limão Cravo e, a partir de 2001, um aumento da produção de
mudas sobre tangerina Cleópatra (Citrus reshni hort. ex Tanaka), citrumelo Swingle (Citrus
paradisi Macfad. cv. Duncan × Poncirus trifoliata [L.] Raf.) e Poncirus trifoliata (Poncirus
trifoliata [L.] Raf.). Porém, o limão Cravo continua sendo o PE mais produzido atualmente,
por reunir características interessantes de produtividade às variedades-copas (Tabela 2). Nessa
tabela pode-se observar que o limão Cravo representa mais de 50% dos PE cítricos produzidos
no estado de São Paulo, com valores superiores a 65% na média dos viveiros registrados e
fiscalizados pelo Fundecitrus (AMARO e BAPTISTELLA, 2009).
Tabela 2. Número de porta-enxertos em 1.000 unidades separados por espécie e produzidos
no Estado de São Paulo entre 2005 e 2009. Fonte: AMARO e BAPTISTELLA (2009).
PE1 2005 2006 2007 2008 2009 Média
Núm. % Núm. % Núm. % Núm. % Núm. % Total %
LC 5.433 52 6.758 63 9.217 74 9.665 69 5.245 61 36.318 65
CS 2.341 23 1.531 14 1.808 14 2.763 20 2.017 23 10.460 19
TS 915 9 847 8 444 3 711 5 822 10 3.739 6
TC 1.125 11 474 4 578 5 631 4 240 3 3.048 5
LV 396 4 1.039 10 345 3 242 2 216 2 2.238 4
PT 156 1 77 1 102 1 44 - 108 1 487 1
Total 10.366 100 10.726 100 12.494 100 14.056 100 8.648 100 56.290 100 1 Onde: LC = limão Cravo, CS = citrumelo Swingle, TS = tangerina Sunki (Citrus sunki Hort. Ex
Tanaka), TC = tangerina Cleópatra, LV = limão Volkameriano (Citrus volkameriana V. Tan. & Pasq.)
e outros, e PT = Poncirus Trifoliata (L.) Raf.
O limão Cravo tem sido largamente utilizado pelos viveiros por suas características
agronômicas superiores, como indução de precocidade na formação das mudas e na produção,
compatibilidade com todas as variedades-copa, alta produção, árvores de tamanho médio a
9
grande, frutos grandes, resistência à seca e tolerância à tristeza. No entanto, salienta-se que
esse PE é suscetível à gomose, uma das suas principais doenças da citricultura.
2.1.4 Tecnologia de produção dos porta-enxertos
Atualmente a produção de PE cítricos é realizada em tubetes de plástico rígido, que
apresentam dimensões e capacidades volumétricas variadas. O mais comum é a utilização de
tubetes com 34 × 125 mm e volume de 56 cm3, que possuem de 4 a 6 estrias internas para
condução das radicelas. Esses recipientes são preenchidos com substrato comercial, em geral à
base de casca de pinus e vermiculita ou fibra de coco, para proporcionar melhores condições
fitossanitárias, melhor controle hídrico e nutricional, maior produção de mudas por unidade de
área e menor tempo para obtenção de mudas.
De acordo com LOPES et al. (2007), o cultivo em tubetes apresenta particularidades
quando comparado com o cultivo em solos, devido à maior frequência de fertirrigação em
função do baixo volume de substrato disponível para a planta. O manejo hídrico e nutricional
deve ser constante, pois o volume do recipiente possui pequena capacidade de armazenamento
de água e nutrientes, normalmente insuficiente para a formação adequada da muda. Erros
praticados no suprimento de SN são rapidamente visíveis nas plantas, aumentando a
necessidade de controle da fertirrigação, tanto para prevenir o estresse hídrico na fase de
crescimento quanto para adequar o fornecimento de nutrientes em quantidades satisfatórias em
função da absorção das plantas e da lixiviação (WENDLING e GATTO, 2002).
Os viveiristas, preocupados em oferecer mudas de boa qualidade e que atendam a
legislação vigente, investem em tecnologias de produção e manejo, buscando novos
substratos, PE, sistemas de irrigação, fertilizantes e produtos fitossanitários mais eficientes.
Por isso, as mudas provenientes de viveiros telados tendem a ser mais produtivas no campo
(FERRAREZI et al., 2007). No entanto, existem ainda diversos gargalos na produção, como o
aumento da eficiência das tecnologias de irrigação e fertirrigação, precocidade de produção e
uniformidade.
Um dos principais problemas na fase de produção de PE em tubetes é a realização da
nutrição e irrigação adequadas das plantas, sendo necessário o aproveitamento eficiente dos
recursos investidos na formação de uma muda de qualidade e com alto vigor.
10
2.1.4.1 Irrigação
A produção de PE e mudas cítricas em estufas teladas emprega tradicionalmente
sistemas de irrigação por gotejamento usando microtubo ou espaguete, ou ainda a aspersão
manual com chuveiros (Figura 1A) ou tubos de PVC perfurados (Figura 1B). O uso dessas
técnicas se caracteriza pela aplicação de quantidades excessivas de água para evitar risco de
estresse hídrico na produção, determinando baixa eficiência de irrigação e causando
desperdício e lixiviação de nutrientes e pesticidas no solo, com elevado potencial para
contaminação de águas superficiais e/ou subterrâneas (DUMROESE et al., 2006).
Adicionalmente, com o crescimento e desenvolvimento das plantas, ocorre o chamado “efeito
guarda-chuva”, ou seja, a interceptação provocada pelas folhas, que reduz a chegada de água e
nutrientes até o substrato de cultivo causando perdas significativas.
Figura 1. Demonstração da aplicação manual de solução nutritiva em viveiro de produção de
porta-enxertos de mudas cítricas: A) chuveiro (Foto: Rhuanito Soranz Ferrarezi) e B) tubos de
PVC perfurados (Foto: Conan Ayade Salvador).
No entanto, parte da água aplicada atinge o solo, onde em geral é descartada
inadequadamente em razão da frequência ou dosagem excessivas, ocasionando a salinização
em razão da alta quantidade de sais dissolvidos na solução aplicados e sua deposição no solo
ao longo do tempo. Esse problema pode ser comprovado no trabalho de SALVADOR (2010),
que avaliou a perda de SN na produção de PE cítricos na fase de sementeira em alguns
viveiros da macro região de Campinas, SP. Esse autor estimou que 4.393 m3 de água com
nutrientes eram descartados mensalmente nas estufas do Estado de São Paulo para a produção
de aproximadamente 11,5 milhões de PE. A quantidade média de sais perdidos diretamente e
A B
11
por lixiviação durante toda a fase de sementeira foram, respectivamente, 927 mg L-1 e 1250
mg L-1, o que implicava no descarte de 9.564 kg de sais nos solos onde se encontravam as
estufas de produção (SALVADOR et al., 2008 e SALVADOR et al., 2009). Além disso, existe
uma perda adicional de capital por parte dos produtores, pois além dos fertilizantes, é preciso
considerar as perdas de água e energia elétrica para bombeamento.
2.1.4.2 Nutrição
Nos sistemas de produção, a nutrição é realizada pela dissolução de fertilizantes na
água de irrigação, com aplicações atendendo as exigências nutricionais e os estádios de
desenvolvimento das plantas. O uso de SN com macro e micronutrientes em adição aos
substratos é a forma mais comum de nutrição na produção de mudas em viveiros comerciais.
De acordo com FERRAREZI et al. (2007), o manejo da nutrição nesses recipientes é
complexo, pois deve ocorrer um equilíbrio entre a quantidade de sais adicionada e a que deve
estar disponível para suprir as demandas nutricionais das plantas, para não ocorrer salinidade
no substrato e não haver deficiências ou toxicidade dos nutrientes.
Os PE possuem necessidades nutricionais distintas em função da sua diversidade
genética. O padrão nutricional de PE e mudas cítricas foi estabelecido por BATAGLIA et al.
(2008), que indicaram a composição nutricional adequada para cada fase de produção. De
maneira geral, uma SN contendo, em mg L-1, N (200), P (18), K (152), Ca (140), Mg (29) e S
(21) é a recomendada para o cultivo de plantas cítricas em substrato. Entretanto, o
conhecimento da composição química do substrato e o monitoramento da condutividade
elétrica (CE) e do pH são importantes para efetuar ajustes nessa SN, em razão do papel do pH
na disponibilidade de nutrientes, principalmente para determinar as concentrações de
micronutrientes que devem ser incorporadas à SN final.
Observam-se comumente desequilíbrios nutricionais nos viveiros comerciais,
principalmente relacionados com os micronutrientes Fe, Mn e Zn, que podem ser provenientes
da falta do nutriente em si ou de sua relação com outros nutrientes, como é o caso da
deficiência de Fe induzida pelo excesso de Zn e Mn, amplamente conhecida na literatura e
observada em PE de citros (FERRAREZI et al., 2007).
12
2.1.5 Estratégias para melhoria do manejo hídrico e nutricional em viveiros de
produção de porta-enxertos cítricos
Historicamente, o cultivo em ambiente protegido aplica quantidades excessivas de
água com fertilizantes e pesticidas –– maior do que em qualquer outra área da agricultura ––
para maximizar a produção agrícola (KLOCK-MOORE e BROSCHAT, 2001 e MOLITOR,
1990). Na Tabela 3, adaptada de ROEBER (2010), observa-se o consumo médio da água em
diferentes sistemas de produção de plantas ornamentais, verificando-se que os sistemas
tradicionais (aspersão manual) de irrigação utilizam 200% mais água nos cultivos em vaso e
33% nos cultivos em canteiro que os sistemas que recirculam a SN (subirrigação).
Tabela 3. Consumo médio de água para diferentes sistemas de produção de plantas
ornamentais. Fonte: ROEBER (2010).
Cultivo Sistema de irrigação Consumo médio de água (m3 m2 ano-1)
Em vasos
Tradicional (aspersão manual) 1,2 a 2,4
Gotejamento 0,8 a 1,6
Recirculação (subirrigação) 0,4 a 0,8
Em canteiros
Tradicional (aspersão manual) 0,8 a 1,5
Gotejamento 0,8 a 1,5
Recirculação (subirrigação) 0,6 a 1,1
Outro problema é que a adubação excessiva de plantas cultivadas em substratos pode
gerar um nível excessivo de lixiviado (KENT e REED, 1996) e produzir um efluente que
contêm resíduos químicos, sendo fonte de contaminação de águas superficiais e subterrâneas
(STRONG et al., 1997), e se tornando uma preocupação ambiental (KLOCK-MOORE e
BROSCHAT, 2001 e COX, 2001). A poluição por nitratos e a conservação da água são duas
das preocupações ambientais mais importantes para produtores em estufa (JAMES e VAN
IERSEL, 2001b).
Os principais sistemas de irrigação utilizados no cultivo de plantas são normalmente
abertos, isto é, liberam SN proveniente da lixiviação em locais inadequados e sem tratamento,
havendo desperdício e descarte inadequado de água e nutrientes no solo.
As limitações apresentadas pela forma de aplicação de água utilizada atualmente por
viveiristas exige a busca por uma técnica racional de fertirrigação, com o objetivo de diminuir
o tempo e frequência de aplicação, o desperdício de água e nutrientes e melhorar o
desenvolvimento das plantas. Dessa forma, os sistemas intensivos de produção precisam
13
utilizar tecnologias poupadoras de água, que possibilitem um manejo adequado da irrigação e
reduzam o descarte de SN no meio ambiente. Uma das alternativas são os sistemas de ciclo
fechado, onde a SN utilizada é coletada, misturada com uma SN nova e recirculada, para ser
aplicada em irrigações subsequentes. Esses sistemas incrementam a eficiência de utilização de
água e nutrientes e reduzem a poluição ambiental causada pela lixiviação e perda da SN
(SCHMAL et al., 2011).
A subirrigação com ciclo fechado usando mesas tipo ebb-and-flow é usada
comercialmente na Europa para produção de plantas em estufas como uma medida para
reduzir o uso de mão de obra e permitir que os produtores atendam às legislações ambientais
governamentais (MOLITOR, 1990). Sistemas de subirrigação têm sido amplamente utilizados
na Dinamarca e na Holanda, e de acordo com BIERNBAUM (1990), estão sendo lentamente
adotadas pelos produtores nos Estados Unidos da América (EUA). As metas ambientais de
redução do uso de água, das perdas de produtos químicos e do consumo de energia se
traduzem no direcionamento da indústria de cultivo protegido nos EUA para o uso comercial
da subirrigação (KENT e REED, 1996). Uma pesquisa sobre a recirculação de SN no Canadá
foi realizado por RICHARD et al. (2006), e mostrou que na produção de flores o uso anual de
fertilizante foi de 242 kg ha-1 sob recirculação contra 881 kg ha-1 sem nenhuma recirculação.
Para a produção de hortaliças, o uso anual foi respectivamente de 680 kg ha-1 e 3.257 kg ha-1.
Assim, sistemas de recirculação como a subirrigação não são só viáveis, mas são
recomendados por oferecer benefícios substanciais para as plantas, para os produtores e para o
meio ambiente (BAUERLE, 1990).
2.2 Subirrigação
Na subirrigação a água é bombeada de um tanque de armazenamento para uma mesa
ou bancada de crescimento umedecendo a parte inferior dos recipientes de cultivo (tubetes,
vasos ou bandejas), onde se movimenta verticalmente por ascensão capilar no substrato até
atingir o sistema radicular da planta (ATMATJIDOU et al., 1991 e STRONG et al., 1997).
A subirrigação pode funcionar como um sistema aberto de irrigação, onde a SN pode
ser descartada, ou como um sistema fechado, sem escoamento superficial ou lixiviação,
havendo retorno da SN ao reservatório por gravidade (NEMALI e VAN IERSEL, 2004a e
COX, 2001). Isso porque após a aplicação da lâmina requerida, o bombeamento é desligado, e
14
a SN que não foi utilizada no sistema é coletada para reuso em irrigações subsequentes ao
invés de ser descartada (KLOCK-MOORE e BROSCHAT, 2001 e MARTINETTI et al.,
2008), sendo misturada com fertilizantes para compor uma nova solução devidamente
balanceada e recirculada (COX, 2001).
Essa tecnologia reduz a quantidade de SN necessária para a produção de plantas de
maior qualidade, e diminui o descarte de águas residuais e a lixiviação de nutrientes em
comparação com os sistemas de irrigação tradicionais por aspersão (DUMROESE et al., 2006
e SCHMAL et al., 2011), sendo uma alternativa para maximizar a eficiência do uso da água
nos cultivos em estufa (NEMALI e VAN IERSEL, 2004b). O sistema conserva água
(KLOCK-MOORE e BROSCHAT, 2001), diminui os custos com mão de obra
(MONTESANO et al., 2010) e melhora a eficiência da produção (DOLE et al., 1994 e UVA et
al., 2001).
De acordo com MARTINETTI et al. (2008), a subirrigação com ciclo fechado é um
sistema de irrigação com baixo potencial para causar impacto ambiental. Conforme
INCROCCI et al. (2006) e ROUPHAEL e COLLA (2005), a tecnologia reduziu
significativamente a quantidade de água fornecida, possibilitou a recirculação da solução e
resultou em um manejo adequado da SN em comparação com a irrigação por gotejamento. Em
estudos comparativos, os sistemas de subirrigação foram considerados mais econômicos e
eficientes do que os sistemas de irrigação por aspersão na produção vegetal em vasos usando
substrato (KLOCK-MOORE e BROSCHAT, 2001 e MORVANT et al., 1997).
2.2.1 Descrição do sistema
Os sistemas utilizados em ambientes protegidos são, em geral, constituídos por uma
estrutura de suporte dos vasos (mesa ou bancada de crescimento), reservatório de SN e
conjunto moto-bomba (SCHMAL et al., 2011). A Figura 2 mostra um esquema ilustrativo de
um sistema típico de subirrigação usando mesas tipo ebb-and-flow. A operação do sistema
pode ser executada por uma bomba de irrigação ou por gravidade, quando o reservatório é
instalado numa posição mais elevada que a mesa.
15
Figura 2. Esquema ilustrativo do sistema de irrigação por subirrigação, formado por mesa tipo
ebb-and-flow, reservatório de solução nutritiva e conjunto moto-bomba (que também pode ser
submersa). Adaptado de FERREIRA FILHO et al. (2011).
2.2.2 Histórico
O uso da subirrigação em estufas não é uma ideia atual. O primeiro relato científico
do uso da tecnologia foi publicado no início de 1895, na Ohio Experimental Station, nos EUA
(GREEN e GREEN, 1895). Nos anos 20 e 30, outros métodos foram sugeridos para o cultivo
de plantas em condições controladas visando estudos nutricionais, usando sistemas abertos
como a hidroponia (GERICKE, 1921 e GERICKE, 1922) e sistemas fechados como o cultivo
em areia (EATON, 1931 e BIEKART e CONNORS, 1935), que foram utilizados para
desenvolver os primeiros sistemas de subirrigação.
EATON (1931) indicou um equipamento para cultivo em areia que permitia que a
água fosse fornecida por um sistema de bypass, que inundava os leitos de areia de baixo para
cima. O autor recomendava a inundação ocasional para evitar a compactação da areia nos
canteiros, e também o acompanhamento diário da CE para acompanhar as mudanças na
concentração de nutrientes.
Outra referência pioneira sobre subirrigação foi o trabalho de WITHROW e BIEBEL
(1936), que apresentaram um sistema para o fornecimento de SN para as plantas serem
cultivadas em condições comerciais e experimentais. O sistema foi desenvolvido para
Drenagem
Controlador
Adução
Fiação elétrica
Recipiente
de cultivo
(tubetes,
vasos ou
bandejas)
com
plantas
Reservatório de solução nutritiva
Conjunto
moto-
bomba
Mesa tipo ebb-and-flow
16
combinar as vantagens do fornecimento de nutrientes e aeração uniforme da técnica de
gotejamento com a simplicidade do método de cultivo em areia (sem perda de nutrientes). De
acordo com esses autores, as bancadas poderiam ser feitas de concreto ou de madeira pintadas
ou revestidas com asfalto preto para evitar reações dos nutrientes da SN com o estanho
metálico ou outra substância presente nas paredes da mesma. WITHROW e BIEBEL (1936)
também descreveram algumas vantagens da subirrigação, como lavagem frequente e completa
das raízes com SN, aeração e economia de nutrientes, uma vez que a solução era drenada
novamente ao tanque, com operação completamente automática ao longo do tempo.
Em 1937, WITHROW e BIEBEL (1937) publicaram um estudo sobre um sistema
completo para produção de plantas em estufa utilizando subirrigação com recirculação de SN,
baseado nos trabalhos de EATON (1936) e GERICKE (1937), indicando que os custos com
mão de obra poderiam ser reduzidos de maneira significativa, em especial para as culturas
tropicais, em razão da redução das irrigações. De acordo com WITHROW e BIEBEL (1937),
a subirrigação foi concebida, em sua forma mais simples de forma independente durante o
mesmo ano, na New Jersey Agricultural Experimental Station e na Purdue Agricultural
Experimental Station, nos EUA. Os autores mencionam um ponto importante relativo à
dificuldade de se encontrar materiais de montagem naquela época, que foi solucionado nos
dias atuais devido ao aumento da tecnologia dos plásticos e fertilizantes nos últimos 80 anos.
CHAPMAN e LIEBIG JR (1938) realizaram uma adaptação do sistema desenvolvido
por WITHROW e BIEBEL (1937), propondo a utilização de equipamentos de cultivo em areia
que funcionavam automaticamente. EATON (1941) também utilizou um equipamento
automatizado, o que indica a facilidade de realização da automação mesmo com a ausência de
componentes sofisticados. Posteriormente, a ideia foi utilizada por THOMAS et al. (1943),
que refinou a tecnologia montando bancadas de cultivo em areia utilizando equipamentos
automáticos em estufas individuais com ar condicionado. Esse sistema foi utilizado em
estudos científicos na área de nutrição de plantas e fisiologia e também para a produção
comercial. Eles usaram caixas de areia de concreto com 0,15 × 0,15 × 0,063 m (comprimento,
C × largura, L × altura, A), situado a cerca de 0,7 m no chão.
Nos anos 50, JOHNSTONE (1950) observou que as técnicas utilizadas na nutrição
das plantas eram a hidroponia e o método de cultivo em areia, e criou um equipamento
simplificado para experimentos utilizando a subirrigação. O autor especificou e detalhou os
17
materiais para a construção, obtendo resultados positivos com o sistema por 18 meses para a
produção de violetas africanas (Saintpaulia ionantha) e por 6 meses para maria-sem-vergonha
(Impatiens sultani).
JOHNSTONE (1952) aprimorou o seu próprio equipamento de subirrigação,
aumentando as dimensões para acomodar plantas maiores, sem diminuir a ergonomia de sua
operação. Este equipamento compreendia dois compartimentos: o inferior servia como um
reservatório para a SN, enquanto o compartimento superior era preenchido com algum
material insolúvel para funcionar como substrato para as sementes. Algumas desvantagens
eram que a SN tinha de ser descartada, e havia variação da concentração de nutrientes ao
longo do tempo.
STANWOOD e CHILCOTE (1974) descreveram a subirrigação como um sistema
versátil e totalmente automatizado que permitia o uso de uma variedade de recipientes,
permitindo flexibilidade em tamanho, forma e número sem necessidade de modificações
estruturais. Segundo esses autores, essa técnica apresentava algumas vantagens: 1) aplicação
da SN de maneira controlada e reprodutível; 2) a pesagem de recipientes ou medição do
volume da SN era desnecessária; 3) o meio de enraizamento ficava perto da capacidade de
campo durante todo o período de crescimento; 4) o sistema era totalmente automático; e 5)
apresentava baixos custos de fabricação.
Em 1988, BIERNBAUM (1988) realizou uma avaliação da subirrigação para
produção de plantas ornamentais de interior, tentando reduzir as flutuações de umidade
provocadas por outros sistemas de irrigação e aumentar as frequências de funcionamento,
encontrando menor uso de água e maior concentração de sais comparado com a irrigação por
aspersão manual. No mesmo ano, YELANICH et al. (1988) determinaram que concentrações
mais baixas de nutrientes eram necessárias na subirrigação em comparação à irrigação manual,
uma vez que não havia lixiviação de nutrientes.
BAUERLE (1990) e BIERNBAUM (1990) publicaram dois artigos em revistas
focadas na produção comercial em estufas buscando disseminar a utilização da tecnologia e
mostrar alguns resultados de pesquisa utilizando as mesas tipo ebb-and-flow, com noções
básicas de operação para os produtores utilizarem a subirrigação. ELLIOTT (1990) mostrou
que o uso de água e fertilizantes foi reduzido em 70% no sistema de ebb-and-flow em
comparação com a irrigação por aspersão, que apresentou perdas por escoamento maior que
18
50% do total aplicado de água em gerânio e margarida. ELLIOTT (1992) sugeriu uma
alternativa para construir um sistema simples e barato para subirrigação, que serviu de base
para os equipamentos usados na subirrigação atualmente. Neste sistema, a unidade básica era
formada por uma mesa, na qual a solução era fornecida por uma bomba centrífuga a partir de
um reservatório. O nível da solução era regulado por uma saída para drenagem, e quando a
bomba era desligada, a solução retornava para o reservatório. A mesa poderia ser suportada
por uma estrutura que permite a montagem das linhas de entrada e retorno, ou poderia estar
diretamente sobre o reservatório. Uma tampa para reduzir a evaporação e contaminação foi
recomendada. A solução poderia ser adicionada ao reservatório de forma manual ou com o uso
de um dosador automático de fertilizantes. ELLIOTT (1992) também indicou que eram
necessárias mais pesquisas para fornecer as recomendações de adubação e verificar as
interações entre substratos e fertilizantes relevantes para produção agrícola utilizando este
método.
Em resumo, a subirrigação evoluiu de sistemas de simples manuseio (EATON, 1931)
até chegar ao sistema de mesas tipo ebb-and-flow descrito por ELLIOTT (1992). Após esse
trabalho, esse tipo de equipamento de subirrigação começou a ser utilizado em diversas
culturas, em substituição a outros sistemas de irrigação.
2.2.3 Princípios de funcionamento da subirrigação
A subirrigação se baseia no princípio de capilaridade, que promove a elevação da
água do meio de cultivo (solo ou substrato) até as raízes da cultura. As diferenças de gradiente
dos potenciais hidráulicos matricial (ψm), de pressão (ψp) e gravitacional (ψg) entre dois
pontos no meio de cultivo determinam a movimentação da água, que flui do local de potencial
mais elevado para outro de potencial mais baixo. Assim, a água poderá realizar tanto o
movimento descendente, denominado percolação, como o movimento ascendente,
denominado ascensão capilar (MILLAR, 1988).
A capilaridade nos substratos é resultante da interação entre o ângulo de contato e as
forças de tensão superficial, adesão e coesão: enquanto a adesão faz com que a água molhe o
sólido (ângulo de contato < 90º), a coesão é responsável pela continuidade do meio líquido. Os
aspectos dinâmicos da ascensão capilar incluem também efeitos como o atrito viscoso entre o
fluido e a superfície sólida, forças gravitacionais e capilares e fatores de aceleração e inércia,
19
que surgem imediatamente depois do contato entre o sólido e a superfície do líquido em
repouso e são dependentes da maneira que o líquido interage com o sólido (WOLF et al.,
2010).
A propriedade de capilaridade do substrato é responsável por conduzir a água de
baixo para cima do recipiente de cultivo na subirrigação, e o modelo teórico que explica o
movimento de água por meio da ascensão capilar considera a condição de fluxo não saturado
definido por CARON et al. (2005). Estes autores mostraram que as características hidráulicas
do meio de cultivo podem ser utilizadas para prever a possibilidade de utilizar a subirrigação
em diferentes substratos, o que facilita a sua aplicação na produção comercial.
A Figura 3 representa as condições de contorno para a derivação do modelo proposto
por CARON et al. (2005). Segundo esses autores, o modelo matemático que explica o
movimento de água nesses meios de cultivo é baseado nas seguintes suposições: 1) o substrato
no recipiente é assumido como sendo de profundidade conhecida, com a origem (O) colocada
na superfície do substrato e com uma coordenada espacial vertical (z), definida como sendo de
fluxo descendente positivo. 2) Uma lâmina de água é estabelecida na base do recipiente e um
fluxo ascendente é assumido em condições de evaporação na superfície e de absorção de água
pelas plantas dentro do recipiente; 3) o substrato é assumido como sendo um material rígido,
homogêneo e isotrópico; 4) a condutividade hidráulica (kψ) do substrato é assumida como
uma exponencial em função do potencial de pressão da água (ψ) na região não saturada; e 5) a
densidade total do fluxo de água (Jw), em razão da combinação de condições de evaporação na
superfície e da absorção de água pelas plantas dentro do recipiente, é considerada constante
com o tempo (condições de fluxo constante) (CARON et al., 2005).
Essas suposições foram usadas para adaptar o modelo proposto por GARDNER
(1958), com o objetivo de relacionar as condições de fluxo constante entre a água na superfície
(ψ negativo em solo não saturado) e a profundidade (z) para uma constante de densidade de
fluxo evapotranspirativo na superfície do recipiente. A equação de Gardner foi modificada
para incluir um valor de entrada de água (ψw), com a origem na superfície do substrato e com
um (z) de fluxo descendente positivo, de acordo com a solução de ELRICK et al. (1994)
(Equação 1):
ψ (z) =1
∝𝑙𝑛 {
[𝐾𝑠− 𝐽𝑤(𝑑)]𝑒𝑥𝑝−∝(𝑑−𝑧)+𝐽𝑤(𝑑)
𝐾𝑠} + ψ𝑤 Equação 1
20
Figura 3. Representação da ascensão capilar em um sistema de subirrigação com água
disponível na base do recipiente de cultivo. Fonte: CARON et al. (2005).
Na Equação 1, α [L–1] é o parâmetro exponencial; Jw(d) é a densidade de fluxo
constante da água entrando no recipiente em z = h (e d); Ks [L T–1] é a condutividade
hidráulica saturada; e ψw [L] é a entrada de água. A densidade de fluxo constante da água
entrando no recipiente Jw(d) é dada por (Equação 2):
Jw(d) = q + Pd Equação 2
Em que: q [L T–1] é a densidade de fluxo de evaporação na superfície do substrato; P
[T–1] é a absorção de água pela planta por unidade de profundidade; e d é a profundidade do
topo à manta capilar (onde ψ = ψw). O fluxo total de água em qualquer profundidade e direção
(Jw(z)) é dado por (Equação 3):
𝐽𝑤(𝑧) = 𝑞 + 𝑃𝑧 Equação 3
Recipiente de
cultivo preenchido
com substrato
Nível da água na manta capilar (Capillary mat) Manta capilar
(Capillary mat)
21
Convém salientar que q e P na Equação 3 possuem valores negativos e os termos são
aditivos. O valor q negativo indica que o fluxo é ascendente e valor P negativo indica que a
água é removida do substrato pelas raízes das plantas. Observa-se que P representa absorção
de água pelas plantas por unidade de profundidade e (q + Pd) representa o fluxo de água
entrando na base do recipiente. O fluxo de água em z = d, pois CARON et al. (2005)
assumiram que não há absorção de água pelas plantas na zona saturada (d ≤ z ≤ h).
Se h é a profundidade do recipiente, então (Equação 4):
𝑑 = ℎ + ψ𝑤 Equação 4
Sendo: d < h, ψw possui valor negativo. Na Equação 5, a taxa de decréscimo no K(ψ)
com ψ é determinada por α: quanto maior o valor do α, maior é a taxa de decréscimo de K(ψ).
Os valores observados em alguns trabalhos de pesquisa variaram entre 0,09 e 0,18 cm–1
(TARDIF e CARON, 1993) e entre 0,07 e 0,09 cm–1 (CARON et al., 1998), quando
estabelecidos a partir da drenagem. TARDIF e CARON (1993) encontraram valores altos,
entre 0,45 e 0,83 cm–1 para o α no reumedecimento e identificaram um comportamento
pronunciado da histerese, resultado similar ao encontrado por WALLACH et al. (1992).
K(ψ) = 𝐾𝑠 𝑒𝑥𝑝∝(ψ−ψ𝑤) Equação 5
De acordo com HOFFMAN et al. (1996), o equilíbrio da umidade do solo é atingido à
medida que a água é perdida por evaporação, transpiração ou ainda pela absorção pelas
plantas, o que retira a umidade da coluna de água. A altura da coluna de água, a porosidade do
meio de cultivo, a porosidade da manta capilar e a perda de umidade regulam a umidade
mantida nos sistemas de subirrigação (SNOW e TINGEY, 1985). Portanto, a alteração dos
valores dessas variáveis, permite o controle da umidade mantida no estado de equilíbrio.
2.2.4 Substratos e a eficiência de ascensão capilar
De acordo com MARTINEZ e SILVA FILHO (2006), substrato é todo material
diferente do solo, cuja principal função é servir de suporte e suprir água e oxigênio para o
crescimento das raízes e desenvolvimento da planta (HARTMANN et al., 2011). Atualmente
22
existem diversos tipos de substratos comerciais que podem ser utilizados com essa finalidade,
sendo os mesmos constituídos por materiais orgânicos ou inorgânicos. Os materiais orgânicos
podem ser divididos em naturais (como por exemplo, a turfa), sintéticos (polímeros orgânicos
não biodegradáveis, como o poliestireno expandido) e residuais (casca de pinus, fibra de coco,
casca de arroz carbonizada etc.). Os materiais inorgânicos podem ser divididos em naturais
(areia), transformados (perlita, lã de rocha, vermiculita, argila expandida etc.), sintéticos
(espuma fenólica) e residuais (escória de siderurgia) (MARTINEZ e SILVA FILHO, 2006).
Nos sistemas de subirrigação a principal finalidade dos substratos é conduzir água e
nutrientes para as raízes das plantas. Para apresentar elevada eficiência nesse transporte, os
substratos devem possuir alta estabilidade física; apresentar tamanho, densidade e estrutura
adequada de partículas; apresentar alta capacidade de retenção de água (presença de 20-60%
de microporos); e serem química e biologicamente inertes. Além disso, é importante que
apresentem aeração adequada para respiração das raízes (presença de 10-35% de macroporos),
sejam leves e de baixo custo e que estejam disponíveis no mercado o ano todo. Como é difícil
encontrar um substrato que reúna todas essas características, pode-se misturar diferentes
produtos até alcançar a composição desejada e obter o máximo desempenho produtivo
(MARTINEZ e SILVA FILHO, 2006).
As características físicas e químicas do substrato como pH e CE da solução
influenciam o início do enraizamento e o crescimento da planta (LOACH, 1977 e
WILLIAMS, 1985). Porém, as propriedades físicas de um substrato são mais importantes que
as químicas, pois afetam diretamente sua capacidade de retenção de água e aeração (KLOCK-
MOORE e BROSCHAT, 2001) e sua composição não pode ser facilmente modificada no
viveiro (MILNER, 2001). Portanto, um dos fatores de sucesso para a utilização da
subirrigação é a escolha do tipo adequado de substrato.
A propagação de mudas usando subirrigação com nebulização adicional foi bem
sucedida para enraizar estacas herbáceas de espécies lenhosas com o uso de perlita como
substrato (AIELLO e GRAVES, 1998; GRAVES e ZHANG, 1996; HOLT et al., 1998;
ZHANG e GRAVES, 1995; e ZHANG et al., 1997). A perlita é um substrato único para
enraizamento, pois retém apenas 25% do seu volume de água, sendo esse valor totalmente
disponível para a planta. GRANGE e LOACH (1983) demonstraram que a perlita armazenou
uma umidade de 20% e que as estacas absorveram água na mesma taxa (80%) que
23
absorveriam água pura. Para comparação, um meio de turfa:perlita, na proporção de 1:1 em
volume, também armazena 20% de água, mas as estacas absorveram água somente a 25% da
taxa de água pura. Como a perlita armazena pouca água em volume, isso proporciona
excelente aeração para a base do corte, o que é crítico para o sucesso de iniciação e
crescimento raízes (LOACH, 1977 e MACDONALD, 1990).
O conteúdo de água em substratos com composições diversas foi significativamente
diferente entre os três sistemas de irrigação (sistema de pavio aplicado cinco vezes ao dia,
pavio com SN estática e mesas de subirrigação) testados por OH et al. (2007). No entanto, a
turfa apresentou umidade superior a 70% durante todo o período experimental, indicando que
a composição física do substrato influencia as suas características de retenção de água.
JAMES e VAN IERSEL (2001b) encontraram que os efeitos do tipo de substrato sobre o
crescimento de petúnias e begônias foram menores que os efeitos de fertilizantes presentes na
SN. No entanto, os produtores precisam estar conscientes das diferenças de absorção de água
entre meios de cultivo e devem ajustar suas práticas de irrigação à essas características.
BARRETO et al. (2012) avaliaram o processo de ascensão de água em dois tipos de
substratos comerciais, e estabeleceram que substratos finos de casca de pinus e de fibra de
coco são adequados para a subirrigação em tubetes, pois possibilitam o molhamento do meio
com baixo contato da lâmina de água, havendo no entanto diferenças no manejo hídrico dos
substratos. O substrato de pinus com textura grosseira foi inadequado para irrigação em
tubetes de 50 cm³, pois demanda maior elevação da lâmina de água para vencer o
ressecamento atmosférico. Os autores também recomendaram que o substrato grosseiro de
coco não fosse empregado sob nenhuma condição para a subirrigação em recipientes pequenos
como os tubetes.
No entanto, o conhecimento das propriedades físicas dos substratos não deve ser
utilizado de maneira isolada na determinação do manejo de irrigação das plantas (ZANETTI et
al., 2003). De acordo com esses autores, capacidade, altura, formato e material de fabricação
do recipiente também exercem influência na relação entre o ar e a água dos substratos. Por
exemplo, quanto maior a altura do recipiente utilizado, maior será o diferencial de potencial
necessário para a água atingir as camadas superiores, e menor a capacidade de água
disponível, proporcionando menor uniformidade na umidade do substrato (MILNER, 2001).
Isto porque a altura do recipiente é fundamental na determinação na relação entre o espaço
24
preenchido com água e ar no substrato, o que irá influenciar a retenção da água após a
irrigação. Com o aumento da altura do recipiente, ocorre um aumento nos espaços porosos,
provocando uma diminuição na capacidade de retenção de água devido ao aumento da
drenagem e à ação da força gravitacional (BAILEY et al., 2009).
2.2.5 Classificação da subirrigação e tipos de equipamentos
Os tipos de equipamentos utilizados na aplicação da subirrigação podem variar desde
estruturas simples e de baixo custo, como o sistema indicado por SCHMAL et al. (2007)
baseado no uso de pequenas piscinas infantis adaptadas para produção de espécies florestais,
até sistemas pré-fabricados e automatizados para a produção de mudas de plantas ornamentais
(Figura 4), como o sistema indicado por KANG et al. (2004).
De acordo com levantamentos realizados na literatura, existem atualmente seis tipos
de equipamentos para aplicação da subirrigação: mesas (Figura 5A, sinonímia em inglês ebb-
and-flow) (SCHMAL et al., 2011), pisos de concreto (Figura 5B, flood-floor) (SCHMAL et
al., 2011), pavio (Figura 5C, wick system) (FERRAREZI et al., 2012), manta capilar (Figura
5D, capillary mat) (VAN IERSEL e NEMALI, 2004), bandejas móveis (Figura 5E, Dutch
trays) (SALVADOR, 2010; BARRETO, 2011; e UVA et al., 2000) e canais ou calhas rasas
em desnível (Figura 5F, troughs) (UVA et al., 2000). A escolha dos equipamentos mais
adequados deve se basear nas condições locais de produção, no valor agregado da cultura
explorada economicamente e nas condições de investimento do viveirista.
Nas mesas de subirrigação (sinonímia em inglês ebb-and-flow) de material plástico
rígido ou de alumínio, o equipamento deve ser instalado completamente nivelado e apoiado
em bancadas (Figura 5A) (SCHMAL et al., 2011). A água entra no sistema através do
bombeamento, permanece por algum tempo e normalmente é drenada por gravidade. Este
sistema pode acomodar diferentes tamanhos e tipos de recipientes de cultivo. De acordo com
UVA et al. (2000), este sistema permite a utilização de 81 a 93% do espaço de estufa para a
produção. UVA et al. (1998) caracterizaram a utilização da subirrigação em 26 estados nos
EUA por meio de uma pesquisa realizada em 50 estufas produtivas que utilizavam essa
tecnologia comercialmente. Esses autores verificaram que a mesa tipo ebb-and-flow é o
equipamento mais usado, independentemente do tamanho da área de produção, que a
aquisição de sistemas ocorre através de empresas especializadas, que a manutenção e
25
reparação eram feitas por empregados, e que os métodos usuais de monitoramento e de
controle normalmente combinam sistemas computadorizados e manual.
Figura 4. Tipos de equipamentos utilizados na aplicação da subirrigação: A) Pequenas
piscinas infantis adaptadas para produção de mudas de espécies florestais (Fonte: SCHMAL,
2008); B) Sistema comercial pré-fabricado e automatizado para a produção de mudas de
plantas ornamentais (Fonte: KANG et al., 2004, Foto: Rhuanito Soranz Ferrarezi).
O sistema de subirrigação com piso de concreto (flood-floor) utiliza um princípio de
funcionamento semelhante às mesas, exceto que os recipientes de cultivo são colocados
diretamente no piso da estufa, que possui superfície de concreto em nível ou com declive, em
geral sem espaços para corredores ou passagens (Figura 5B). Isto permite a produção de
diferentes culturas em curtos períodos de tempo. No entanto, nesse sistema as tarefas de
produção são mais intensivas, exigindo atividades físicas de funcionários devido à necessidade
de se agachar para executar as práticas culturais. O sistema permite o uso de 86 a 94% do
espaço da estufa para a produção. O sistema de piso usado para produzir plantas em vasos usa
mais mão de obra, leva mais tempo para adução e drenagem e apresenta rentabilidade variável,
o que pode se tornar uma desvantagem (UVA et al., 2000).
Os equipamentos que operam com pavio (wick system) são do tipo calhas, em geral
ligadas ao substrato por meio de um pavio de manta sintética não-tecida, que transmite uma
SN de um reservatório inferior para o substrato, umedecendo-o (Figura 5C). Conforme a
planta absorve água e nutrientes a partir do substrato, o pavio repõe automaticamente a
solução pela diferença de potencial total e capilaridade, permitindo a nutrição adequada das
plantas e criando alternativas para melhorar a uniformidade de produção (FERRAREZI et al.,
2012).
A B
26
Figura 5. Tipos mais comuns de equipamentos de subirrigação: A) mesas (sinonímia em
inglês ebb-and-flow), B) pisos de concreto (flood-floor), C) pavio (wick system), D) manta
capilar (capillary mat), E) bandejas móveis (Dutch trays) e F) canais ou calhas rasas em
desnível (troughs). Fotos: Rhuanito Soranz Ferrarezi.
Os sistemas de subirrigação também podem utilizar as mantas capilares (capillary
mat) como meio de contato entre o recipiente e a SN. As mantas são fabricadas com um
núcleo de fibra altamente absorvente (camada de suporte feita de poliéster ou de
A
D
B
C
E F
27
polipropileno), normalmente feltro colocado sobre o topo de polietileno sólido ou isopor
(Figura 5D). Essa configuração permite a utilização eficiente da água, pois a manta capilar
promove uma oferta constante de água às plantas, garantindo que elas não fiquem úmidas ou
secas demais, e cria um sistema de irrigação fechado (VAN IERSEL e NEMALI, 2004). No
entanto, as mantas propiciam o crescimento de algas na sua superfície, o que atrai pragas e
dissemina doenças.
Além desses sistemas, BIERNBAUM (1990) e UVA et al. (2000) citam as bandejas
móveis (Dutch trays) como outro tipo de equipamento que fornece percolação zero, porém que
apresentam pequena utilização. Essas bandejas podem ser transportadas mecanicamente,
podendo servir como meio de crescimento e de transporte entre a estufa e as áreas de trabalho
(Figura 5E). As plantas podem ser movidas manual ou automaticamente, dependendo das
características da produção, sendo recomendado para condições de trabalho mais eficientes e
especializadas. Entretanto, o investimento inicial e os custos de manutenção e reparo do
sistema são maiores por causa da mecanização, o que inviabiliza sua utilização. O tamanho e
número de tubetes utilizados por unidade de bandeja variam de acordo com a sua
conformação. O espaço de trabalho varia de 81 a 89% do espaço disponível para a produção
em estufa (UVA et al., 2000). SALVADOR (2010) e BARRETO (2011) desenvolveram um
equipamento desse tipo usando bandejas feitas com resina acrílica e PVC na
FEAGRI/UNICAMP, cujo projeto apresentou limitações relacionadas ao processo de
fabricação, devido a sua estrutura, ao reduzido número de compartimentos para crescimento
das plantas, ao desperdício de água e sais gerados na fertirrigação em razão da ausência de
reutilização de SN, ao custo elevado de produção e à exigência de um manejo hídrico e
nutricional específico para esse sistema.
No sistema de canais ou calhas rasas em desnível (troughs), a água é fornecida por
meio de bombeamento no local mais alto e flui por gravidade para a parte inferior, que retorna
ao tanque para ser recirculada (UVA et al., 2000) (Figura 5F). Este sistema é menos flexível
para o espaçamento dos recipientes de cultivo, porque a forma e tamanho das calhas são pré-
determinadas pelo fabricante do equipamento. Além disso, não podem acomodar bandejas de
mudas e só permitem que os produtores utilizem apenas 72 a 83% de espaço em estufa para a
produção. De acordo com UVA et al. (2000), este sistema proporciona variabilidade na
produção e baixa rentabilidade.
28
2.2.6 Benefícios
A subirrigação apresenta diversas vantagens em comparação com outros sistemas de
irrigação utilizados na produção de plantas de estufa. As vantagens serão agrupadas em
relação ao equipamento, às plantas, ao manejo e tratos culturais e ao meio ambiente.
2.2.6.1 Do equipamento
Em relação ao equipamento, a subirrigação proporciona: 1) possibilidade de
automação de toda a operação (TREDER et al., 1997; FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011; e
BAUERLE, 1990); 2) menor consumo de água por metro quadrado (dez vezes menor quando
comparado com o sistema de aspersão) (KLOCK-MOORE e BROSCHAT, 2000); 3) baixas
pressões de operação do sistema, resultando em menor custo para bombeamento (STANLEY e
HARBAUGH, 2004) e menor uso de energia (MARTÍNEZ et al., 2010); 4) uniformidade de
aplicação de água (SANTAMARIA et al., 2003); e 5) a engenharia para montagem e
instalação do sistema é simples e flexível (ELLIOTT, 1990).
2.2.6.2 Em relação às plantas
Os seguintes benefícios da subirrigação podem ser evidenciados com relação às
plantas: 1) antecipação no ciclo de produção (BARRETO, 2011 e PENNISI et al., 2005); 2)
maior qualidade e uniformidade da produção (BIERNBAUM, 1990 e GIACOMELLI e TING,
1999); 3) aumento da produção por unidade de área (ROUPHAEL et al., 2006); 4)
possibilidade de imposição de estresse hídrico, condicionando as plantas ao transporte e
comercialização (VAN IERSEL e NEMALI, 2004 e FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011) e
proporcionando produção de plantas compactas, ou seja, mais baixas porém com diversas
brotações laterais (JAMES e VAN IERSEL, 2001b); 5) fornecimento adequado e uniforme de
nutrientes (LAVIOLA et al., 2007); 6) manutenção de maior umidade ao longo do tempo
quando comparado com a irrigação manual (HOFFMAN et al., 1996); 7) maior eficiência do
uso de fertilizantes (SCHMAL et al., 2011) e de uso da água devido à ausência de perdas por
interceptação (MORVANT et al., 1997); e 8) menor compactação do substrato ao longo do
tempo do que a irrigação manual (BIERNBAUM, 1990).
29
2.2.6.3 Para o manejo e tratos culturais
Com relação ao manejo e tratos culturais, a subirrigação possibilita: 1) o controle
efetivo das plantas daninhas (WILEN et al., 1999 e ROUPHAEL et al., 2008); 2) aplicação de
pesticidas (VAN IERSEL et al., 2001), promotores (ROUPHAEL et al., 2006) e reguladores
de crescimento (HWANG et al., 2010; MILLION et al., 1999; e MILLION et al., 2002) pela
água de irrigação; 3) redução da disseminação de patógenos devido à ausência de molhamento
foliar (ROUPHAEL et al., 2006 e ZHENG et al., 2004); 4) flexibilidade no tamanho e
espaçamento dos recipientes de cultivo (ROUPHAEL et al., 2008); e 5) a quantidade de
fertilizante utilizada em um sistema de recirculação é menor em comparação com a quantidade
utilizada num sistema aberto (BAUERLE, 1990).
2.2.6.4 Ao meio ambiente
Além dos benefícios mencionados anteriormente, a subirrigação ainda apresenta
alguns efeitos positivos ao meio ambiente: 1) redução das perdas de água e nutrientes para o
meio ambiente, porque pode operar como um sistema fechado onde a água pode ser
recirculada sem descarte, reduzindo o potencial de acumulação de sais no solo e de
contaminação das águas superficiais e subterrâneas (STRONG et al., 1997; VAN IERSEL e
KANG, 2002; ZHENG et al., 2004; SON et al., 2006; e BUWALDA et al., 1993); 2) redução
da dispersão de contaminantes químicos (MILLION et al., 1999); 3) redução da quantidade de
água aplicada (JAMES e VAN IERSEL, 2001a e VAN IERSEL e KANG, 2002), sendo
aplicados 25% menos água do que a quantidade aplicada por gotejamento (MARTINETTI et
al., 2008); 4) redução da poluição ambiental e maior eficiência fertirrigação (91%) quando
comparado com a irrigação por gotejamento (79%) (MARTINETTI et al., 2008 e
MAJSZTRIK et al., 2011); 5) redução do descarte de N-NO3 para o meio ambiente a partir das
mesas de subirrigação, porque a solução de irrigação é captada e reutilizada depois de cada
irrigação (KLOCK-MOORE e BROSCHAT, 2000); e 6) reduzido potencial de desperdício de
água e perdas por lixiviação em comparação com os sistemas por aspersão (BUMGARNER et
al., 2008).
30
2.2.6.5 Ao produtor
Embora a economia de água e fertilizantes seja significativa, só ela não é suficiente
para custear toda a instalação do sistema (BIERNBAUM, 1990). Por isso, a economia de mão
de obra para irrigação é a razão mais importante para recomendar o uso do sistema (UVA et
al., 1998), com maior viabilidade em culturas de alto valor econômico e onde o custo da mão
de obra é mais representativo (UVA et al., 2001).
2.2.7 Limitações
Por outro lado, este sistema tem algumas limitações à sua utilização comercial: 1)
aumento da concentração de sais nas camadas superiores do substrato em relação à parte em
contato com a água (COX, 2001; NEMALI e VAN IERSEL, 2004b; ROUPHAEL et al., 2006;
RICHARDS e REED, 2004; e DOLE et al., 1994); 2) elevado custo inicial dos equipamentos
(ELLIOTT, 1990), da instalação e da manutenção (UVA et al., 1998); 3) risco de propagação
de patógenos, especialmente aqueles propagados pela água (VAN DER GAAG et al., 2001);
4) necessidade da definição do manejo hídrico e nutricional adequados para cada condição de
cultivo, devido ao uso de substratos com diferentes características físicas (CARON et al.,
2005) e de diferentes requerimentos nutricionais das plantas; 5) necessidade de utilização da
estrutura de suporte robusta e de custo elevado, com necessidade de nivelamento perfeito, o
que dificulta a reutilização de estruturas já disponíveis em estufas, aumentando os custos de
instalação (SON et al., 2006); 6) alta variação de umidade no sistema de produção ao longo do
tempo (FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011); e 7) somente uma cultura deve ser cultivada em
cada bancada a fim de assegurar a irrigação adequada (ELLIOTT, 1990).
2.2.7.1 Condutividade elétrica elevada na camada superior do substrato
O acúmulo de sais na camada superficial do substrato é uma das principais
desvantagens desta tecnologia (ARGO e BIERNBAUM, 1995; ARGO e BIERNBAUM, 1996;
KENT e REED, 1996; e MORVANT et al., 1997). De acordo com ROUPHAEL et al. (2006),
ROUPHAEL e COLLA (2005), RICHARDS e REED (2004) e DOLE et al. (1994), o fato da
subirrigação não realizar lavagens constantes a partir da superfície do recipiente provoca um
aumento nos valores da CE no substrato e nos lixiviados. Uma das razões para essa
concentração elevada de sais é a evaporação da água da superfície do substrato (MOLITOR,
31
1990; COX, 2001; NEMALI e VAN IERSEL, 2004b; ARGO e BIERNBAUM, 1995; KENT e
REED, 1996; SON et al., 2006; TODD e REED, 1998; e ROUPHAEL et al., 2006). Desta
forma, as concentrações de sais podem rapidamente chegar a níveis tóxicos, resultando em
danos as culturas (ZHENG et al., 2005).
O processo de elevação da CE na parte superior do substrato foi verificado em
begônia (Begonia semperflorens-cultorum Hort.) ‘Cocktail Vodka’ e petúnia (Petunia
×hybrida Hort. Vilm-Andr.) ‘Scarlet Purple’, sendo mais evidente em uma SN com CE > 0,65
dS m-1 (NEMALI e VAN IERSEL, 2004b). Valores de CE mais elevados na parte superior do
substrato em comparação com a camada inferior também foram relatados em poinsétia
(Euphorbia pulcherrima Wild. Ex Klotz) por VAN IERSEL (2000), COX (2001) e ARGO e
BIERNBAUM (1995), e em kalanchoe (Kalanchoe blossfeldiana) (SON et al., 2006). KENT e
REED (1996) verificaram que a CE na camada superior do meio de cultivo de vasos com
maria-sem-vergonha (Impatiens hawkerii Bull.) ‘New Guinea’ ou lírio da paz (Spathiphyllum
×petite Schott) ‘Petite’ foi de 2 a 5 vezes maior do que no meio ou na camada inferior.
Segundo VAN IERSEL (2000), a CE da camada superior será mais elevada se a concentração
de N no fertilizante foi maior do que o ideal, indicando que o excesso de sais solúveis na
camada inferior migram para a camada superior durante o crescimento das culturas.
No entanto, esta limitação apresentada pela subirrigação é questionada por diversos
estudos recentes relacionados à fisiologia vegetal e nutrição de plantas que minimizam seus
efeitos. De acordo com INCROCCI et al. (2006), os sais tendem a acumular-se na parte
superior como resultado do movimento ascendente da água pela ação da capilaridade. No
entanto, esses autores sugerem que a elevada salinidade na porção superior do substrato não
causa estresse às plantas irrigadas por subirrigação, devido ao crescimento radicular ocorrer na
região basal do recipiente em função da maior disponibilidade de umidade (MORVANT et al.,
1997). Isso também foi confirmado por MONTESANO et al. (2010), KENT e REED (1996),
KANG e VAN IERSEL (2002), ZHENG et al. (2005) e ZHENG et al. (2004), que relataram
que a maior parte do crescimento das raízes ocorre nas camadas média e inferior do meio de
crescimento, e que um elevado CE na camada superior não ocasiona impacto negativo no
crescimento. VAN IERSEL (1999) indicou que o ideal é que a concentração de nutrientes
nesses locais sejam altas o suficiente para promover o crescimento das plantas de acordo com
suas exigências nutricionais e não tão altas que possam causar injúrias ou danos em razão da
32
salinidade. As raízes de plantas subirrigadas estão em geral concentradas na parte inferior,
enquanto que na irrigação por gotejamento elas estão distribuídas uniformemente em todo o
substrato (MARTINETTI et al., 2008).
Porém, convém lembrar que quando as plantas com acúmulo elevado de sal na porção
superior do meio de cultura são irrigadas por aspersão no ambiente de pós-produção, os sais
podem ser lavados para dentro da camada inferior do vaso, resultando em estresse salino
(VAN IERSEL, 2000). Além disso, de acordo com COX (2001), os efeitos da elevação da CE
na fração superior são superdimensionados na avaliação do dano potencial às plantas, pois
inicialmente deve haver sintomas visíveis de excesso de salinidade nas plantas.
2.2.7.2 Risco de disseminação de doenças
À medida que a SN entra em contato com outras plantas durante a subirrigação com
recirculação, existe a potencial transmissão de doenças (WATANABE et al., 2008),
especialmente aquelas transmitidas eficientemente pela água, como Pythium e Phytophthora,
que produzem elevado número de zoósporos, com a possibilidade de reduzir a qualidade e o
crescimento das plantas (SANOGO e MOORMAN, 1993; STANGHELLINI et al., 2000; e
THINGGAARD e MIDDELBOE, 1989).
O risco de propagação das doenças depende da presença de inóculos, e varia com o
tipo de patógenos presentes na água (VAN DER GAAG et al., 2001). De acordo com
ROEBER (2010), o uso de água recirculada em mesas de subirrigação é menos propício para a
propagação do agente patogênico do que a irrigação por aspersão, hidroponia NFT, aeroponia,
e gotejamento, mas pode servir como meio eficaz de movimento de inóculo na ausência de
medidas de controle (STANGHELLINI et al., 2000).
Diversos experimentos foram realizados para estudar a disseminação de doenças na
subirrigação. Baixas populações de Xanthomonas campestris pv. begonia foram disseminadas
a partir de raízes infectadas de begônia (Begonia hiemalis), em uma solução proveniente de
mesas com recirculação desenvolvida para a produção de culturas hortícolas envasadas
(ATMATJIDOU et al., 1991). As plantas irrigadas com a solução infestada desenvolveram
baixos níveis de incidência da doença (25%), o que foi atribuído à elevada taxa de mortalidade
do agente patogênico na solução de irrigação. ATMATJIDOU et al. (1991) concluíram que a
transmissão destas doenças em solução não representou uma grande ameaça para produtores
33
de begônias em vasos, mas pode ser importante na produção de plantas matrizes que devem
ser isentas de agentes patogênicos.
Na Holanda, as perdas causadas por fitopatógenos em culturas de flores produzidas
usando mesas foram semelhantes aos do sistema de irrigação por aspersão (ATMATJIDOU et
al., 1991). Nos Estados Unidos, a fusariose vascular do ciclâmen (Cyclamen persicum) foi um
problema na produção usando mesas apenas durante os meses de verão em razão das
exigências de alta temperatura da doença (ATMATJIDOU et al., 1991).
Como o princípio básico de operação do sistema que usa mesas é semelhante ao da
hidroponia recirculante, SANOGO e MOORMAN (1993) assumiram que o fungo Pythium
spp. poderia se espalhar e causar sérios danos em plantas cultivadas por esse sistema,
principalmente se a água se tornasse altamente infestada, o que poderia ocorrer com o reuso da
SN para cultivos ao longo de vários meses. Esses autores concluíram que o movimento de
Pythium de vasos infestados para outros dentro das mesas não representou mais ameaça para a
produção do que em operações em sistemas que não recirculam a SN. Entretanto, verificaram
que a altura das plantas foi reduzida em cerca de 60% em um tratamento de água infestada
com Pythium sp. em relação ao controle não infestado, sendo o fungo foi recuperado de todas
as plantas e reservatórios. Nesse experimento, onde haviam tratamentos infestados tratados
com os ingredientes ativos (i.a.) metalaxil e etridiazole, o patógeno foi recuperado de todos os
reservatórios contendo água de irrigação infestada, mas nunca foi isolado a partir de
reservatórios contendo água não infestada (SANOGO e MOORMAN, 1993).
De acordo com WATANABE et al. (2008), quando plantas de mini-rosa (Rosa
×chinenensis) foram inoculadas com Pythium helicoides e colocadas sobre uma mesa de
subirrigação com plantas saudáveis, o patógeno foi isolado a partir da SN em 47% dos
segmentos da folha 6 dias após o início do experimento. A frequência aumentou gradualmente
até 100% em 18 dias. O patógeno foi detectado na solução de recirculação 20 dias antes que a
doença fosse detectada em plantas na mesa não inoculada. Além disso, o agente patogênico foi
detectado 30 dias antes que a doença ser encontrada nas estufas comerciais, sugerindo que o
monitoramento periódico utilizando armadilhas poderia prever a ocorrência da doença.
OH e SON (2008) compararam mesas tipo ebb-and-flow com o sistema de irrigação
por pavio na redução da transmissão de doenças e infecções por agentes patogênicos. Estes
autores observaram que as mesas atrasaram a transmissão de Phytophthora nicotiana em
34
kalanchoe em comparação com o sistema de pavio, resultando em menor infecção e
crescimento das plantas. Esses resultados são similares aos encontrados por STRONG et al.
(1997), que indicaram que substratos não pasteurizados durante a fabricação reduzem a
transmissão de Phytophthora pela presença de outros fungos competidores, e que a redução do
espaçamento entre os recipientes de cultivo não eleva a incidência e severidade da doença.
STANGHELLINI et al. (2000) indicaram que as mesas de subirrigação são menos propícias a
propagação de Phytophthora capsici em plantas de pimenta (Capsicum annuum L.) ‘Joe
Parker’ do que um sistema irrigado por aspersão, pois encontraram menores taxas de
mortalidade nessa cultura em comparação com as irrigadas por aspersão.
Embora o risco de disseminação de doenças exista por se tratar de um sistema com
recirculação de SN, trabalhos de pesquisa mostraram que a subirrigação apresenta valores
mais baixos de incidência e severidade de doenças que os sistemas convencionais de irrigação,
não havendo a exigência de tratamento da SN para todos os tipos de cultivo e durante todo o
ciclo. Entretanto, é preciso enfatizar que estudos específicos precisam ser realizados para
identificar as culturas e as fases apropriadas para tratamento das SN contra fitopatógenos.
2.2.8 Aplicações e desempenho em sistemas produtivos comerciais
Os sistemas de subirrigação podem ser utilizados na produção de diversas culturas
que utilizam substratos, como é o caso de palmeiras, mudas florestais (eucalipto, pinus e teka),
mudas florestais nativas e exóticas (pioneiras e não pioneiras), plantas ornamentais, frutíferas
(café, maracujá, citros), entre outras espécies, com respostas positivas no crescimento.
As Tabelas 4, 5, 6 e 7 apresentam, a partir de diferentes fontes bibliográficas, o
desempenho de diferentes sistemas de subirrigação na produção de hortaliças de folhas e
frutos, de plantas ornamentais, de espécies florestais e frutíferas, respectivamente.
35
Tabela 4. Desempenho de sistemas de subirrigação usando a capilaridade dos substratos em
sistemas produtivos de hortaliças de folhas e frutos.
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Floreira “Planta
viçosa” (0,5 ×
0,19 × 0,18 m)
Alface (Lactuca
sativa L.)
Independência do
fornecimento de energia
elétrica
SILVA et al.
(2005)
Subirrigação em
canaletas
Abobrinha
(Cucurbita pepo L.)
Melhoria na qualidade da
produção
ROUPHAEL et
al. (2006)2
Subirrigação em
canaletas (6 ×
0,26 m)
Abobrinha Maior eficiência de uso da
água e qualidade de frutos
ROUPHAEL e
COLLA (2005)2
Subirrigação em
canaletas (5 ×
0,22 m)
Tomate
(Lycopersicum
sculentum Mill.)
‘Jama F1’
Redução no acúmulo de sais
na solução de recirculação
INCROCCI et al.
(2006)
Subirrigação em
canaletas (1,2 ×
0,25 × 0,07 m)
Beringela (Solanum
melongena L.)
‘Talina’, ‘Nilo’,
‘Birgah’ e ‘Black’
Maior eficiência da
fertirrigação em comparação
com gotejamento (91% vs
79%)
MARTINETTI et
al. (2008)3
Bandejas de
madeira (2 x 0,30
x 10 m)
Pepino (Cucumis
sativus) ‘County
Far’
Baixa transmissão de Pythium,
com eficácia de fungicidas
SANOGO e
MOORMAN
(1993)4
Subirrigação em
canaletas (1,2 ×
0,26 x 0,07 m),
2% de desnível
Tomate (Solanum
lycopersicum var.
cerasiforme Alef.)
‘Naomi’
Rendimento menor do que no
gotejamento, porém com
maior qualidade de frutos e
eficiência do uso da água
SANTAMARIA
et al. (2003)
Subirrigação em
canaletas (1,33 ×
0,15 m)
Pimenta ‘Joe
Parker’
Mesas de subirrigação são
menos propícias a propagação
de Phytophthora capsici do
que a aspersão
STANGHELLINI
et al. (2000)
Mesas de
subirrigação (0,9
× 1,5 m)
Tomate Germinação uniforme para
estudos de fisiologia vegetal
ASTACIO e
VAN IERSEL
(2011)
Sistema por pavio Pimenta Fornecimento de água preciso
com mínimo de trabalho
NALLIAH e SRI
RANJAN (2010) 1Dimensões em comprimento × largura × altura, 2Resposta negativa em relação ao gotejamento, 3problemático com SN apresentando alta CE, 4Pythium pode ser transmitido se a água estiver infestada.
36
Tabela 5. Desempenho de sistemas de subirrigação em sistemas produtivos de plantas
ornamentais.
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Álisso (Lobularia maritima)
‘New Carpet of Snow’;
Amaranto-globoso
(Gomphrena globosa)
‘Gnome White’; Cravínia
(Dianthus chinensis) ‘Telstar
Crimson’; Crista de galo
(Celosia argentea) ‘Gloria
Scarlet’; Goivo (Matthiola
incana) ‘Special Mix’];
Malcomia (Malcomia
marítima); e Zínnia (Zinnia
elegans) ‘Dreamland Mix’
Aumento da salinidade na
superfície do substrato sem
reduzir o crescimento dessas
espécies
KANG e
VAN
IERSEL
(2002)
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Petúnia ‘Blue Frost’);
Begônia ‘Ambassador
Scarlet’; e Violeta (Viola ×
wittrockiana)
Plantas com crescimento
adequados usando diferentes
SN e substratos
JAMES e
VAN
IERSEL
(2001b) e
VAN
IERSEL
(1999)
Mesas (0,5 ×
0,35 × 0,06 m)
forradas com
plástico
Rododendro (Rhododendron
L.) ‘P.J.M.’, ‘Purple Gem’ e
‘Catawbiense Album’
Baixo pH melhorou o
enraizamento de estacas
HOLT et al.
(1998)
Mesas (1,5 ×
0,9 × 0,04 m)
Hibisco (Hibiscus acetosella)
‘Panama Red’
Automação da subirrigação
com base na umidade do
substrato
FERRAREZI
e VAN
IERSEL
(2011)
Manta capilar Kalanchoe
Aplicação de reguladores de
crescimento em
concentrações mais baixas
podem suprimir o
crescimento do caule
HWANG et
al. (2010)
Pratos de
0,195 m de
diâmetro
colocados sob
os vasos
Poinsétia ‘Eckespoint
Celebrate 2’
Não houve diferenças entre
a subirrigação e irrigação
por aspersão no crescimento
e teor de nutrientes das
plantas
COX (2001)
Bandejas sob
vasos
submersos na
SN por 15 min
Petúnia (Petunia ×hybrida
Hort. Vilm-Andr.) ‘Dreams
Red’
A fertilização deve ser
baseada na manutenção da
CE do substrato dentro de
um intervalo ideal, ao invés
da concentração da SN
KANG e
VAN
IERSEL
(2001)
cont....
37
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Sálvia (Salvia splendens F.
Sellow ex Roem. &
Schult.) ‘Scarlet Sage’
Avaliação dos efeitos da CE e
do pH da SN no crescimento e
absorção de nutrientes de
sálvia
KANG e
VAN
IERSEL
(2004)
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Petúnia ‘Gnome White’ e
Begônia ‘Cocktail Mix’
Comparação da concentração
de fertilizantes constante contra
lixiviação de SN
KANG e
VAN
IERSEL
(2009)
Mesas (1 × 1,1
m)
Maria-sem-vergonha
‘Barbados’ e Lírio da paz
‘Petite’
Sem lixiviação de SN no
substrato e CE da camada
superficial de 2 a 5 vezes maior
em todos os níveis de N
testados
KENT e
REED (1996)
Mesas
Areca (Dypsis lutescens
[H. Wendl.] Beentje & J.
Dransf.) e Filodendro
(Philodendron Schott.)
‘Hope’
Uso de água foi dez vezes
menor por m2 de bancada e
ausência de perda de N-NO3
devido a recirculação da SN
KLOCK-
MOORE e
BROSCHAT
(2000)
Mesas Petúnia ‘Ultra white’
Nenhuma diferença na massa
seca da parte aérea ou número
final de flores entre
subirrigação e sistemas
manuais
KLOCK-
MOORE e
BROSCHAT
(2001)
Canteiros (5 ×
9 m)
Euonymus fortunei
([Turcz.] Hand.-Mazz.)
‘Emerald Gaiety’ e Thuja
occidentalis L. ‘Little
Giant’
A subirrigação resultou no uso
de 1/3 de fertilizantes,
produzindo plantas maiores
LUMIS et al.
(2000)
Mesas (1,5 ×
1,8 m)
Gerânio (Pelargonium
hortorum Bailey) ‘Pinto
Red’
Redução no uso de água e
lixiviação
MORVANT
et al. (1997)
Calhas (5 m2)
Crisântemo
(Dendranthema indicum
Des Moulins) ‘Improved
Reagan’, ‘Cassa’, ‘Refla’
e ‘Maj. Bosshardt’
Uso de apenas 15 cm3 de
substrato por planta, com altas
taxas de substituição de SN,
sem aumentar as emissões de
fertilizantes para o ambiente
por recirculação
BUWALDA
et al. (1995)
Mesas (2,4 ×
1,2 m) Begônia ‘Cocktail Vodka’
Estimativa de concentração de
fertilizantes ideal a partir de
eficiência do uso da água
NEMALI e
VAN
IERSEL
(2004a)
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Begônia ‘Cocktail Vodka’
e Petúnia ‘Scarlet Purple’
Concentração ideal de
fertilizante e taxa de
crescimento diferiu para as
espécies em função de luz
NEMALI e
VAN
IERSEL
(2004b)
cont....
... cont.
38
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Hera variegada
(Hedera helix L.)
‘Gold Child’, ‘Gold
Dust’ e ‘Gold Heart’
Efeitos do nível de luz e
concentração de fertilizantes
PENNISI et al.
(2005)
Mesas (2,4 ×
1,2 m)
Echinácea (Echinacea
pallida [Nutt.] Nutt)
Maior produção sem descarte de
SN
PINTO et al.
(2008)
Mesas
Nephthylis
(Syngonoum
podophyllym) ‘White
Butterfly’
Equipamento sem controladores,
bombas ou válvulas automáticas
HENLEY et al.
(1994)
Mesas (1,486
m2)
Cróton (Codiaeum
variegatum) ‘Petra’;
Diefenbachia
(Dieffenbachia
maculata) ‘Camille’;
Spathiphyllum
‘Petite’
Níveis de adubação e substrato
afetaram o crescimento das
plantas
POOLE e
CONOVER
(1992)
Bandejas de
transporte com
uma dupla
camada de
capilar
Amor-perfeito (Viola
× wittrockiana
Gams.) ‘Golden
Crown’
O tratamento com SN de 2 dS m-1
resultou em melhor crescimento e
maior fotossíntese, com pequenas
diferenças entre SN com 1, 2 e 3
dS m-1
VAN IERSEL
e KANG
(2002)
Calhas (5 ×
0,16 m)
Gerânio ‘Real
Mintaka’
Variação da concentração de CE e
N em SN foi menos pronunciado
na subirrigação do que no
gotejamento
ROUPHAEL
et al. (2008)
Mesas Maria-sem-vergonha
‘Barbados’
Aumento de NaCl reduziu a
massa seca da parte aérea, a
floração, área foliar e qualidade
das plantas, e aumentou da CE
TODD e
REED (1998)
Mesas (0,9 ×
1,5 m)
Poinsétias ‘Freedom
Red’
A irrigação por aspersão pode
aumentar a CE na camada inferior
do substrato, mas não causa danos
significativos às plantas
VAN IERSEL
(2000)
Manta capilar
(1,8 × 1,8 m)
Margarida (Tagetes
erecta L.) ‘Queen
Sophia’
A subirrigação pode ser usada
para controlar o crescimento
vegetal e produzir plantas
compactas
VAN IERSEL
e NEMALI
(2004)
Mesas (0,9 ×
1,8 × 0,05 m)
Tomate hidropônico,
kalanchoe e mini-rosa
(ambos em sistema
ebb-and flow)
O patógeno foi detectado na SN
de recirculação 20 dias antes que
a doença fosse detectada em
plantas não inoculadas
WATANABE
et al. (2008)
Mesas (1,5 ×
0,9 × 0,04 m) Vinca (Catharanthus
roseus)
Uso da subirrigação para
promover germinação uniforme
para estudos de fisiologia vegetal
KIM e VAN
IERSEL
(2011)
cont....
... cont.
39
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Mesas (0,51 ×
0,13 × 0,06 m)
Crisântemo
(Dendranthema ×
grandiflorum); Coleus
(Coleus × hybridus),
Plátano (Acer rubrum);
e Árvore japonesa lilás
(Syringa reticulata)
Substituição de nebulização
durante a propagação de estacas
pela subirrigação com SN
ZHANG e
GRAVES
(1995)
Mesas
Shamrock (Oxalis
regnelli e O.
triangularis)
Determinação da composição da
SN para melhor crescimento e
desenvolvimento das plantas
MILLER et
al. (2011)
Calhas Gerânio ‘Scarlet Elite’
Estabelecimento do melhor
método de fertilização (fertilizante
de liberação controlada ou
fertilizante líquido)
KNIGHT et
al. (1994)
1Dimensões em comprimento × largura × altura.
Tabela 6. Desempenho de sistemas de subirrigação usando a capilaridade dos substratos em
sistemas produtivos de espécies florestais.
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Subirrigação
Enraizamento de miniestacas
de eucalipto (clones de
Eucalyptus grandis, E.
urophylla e híbridos E.
grandis × E. urophylla)
Maior número de
miniestacas por minicepa
encontrados nesse
sistema de produção
CUNHA et
al. (2009a) e
CUNHA et
al. (2009b)
Subirrigação em
piscinas infantis
adaptadas para
adução e
drenagem manual
Pópulus (Populus spp. L.);
Vime (Salix spp. L.); Cornus
spp. L.; Acer negundo L.
Facilidade de montagem
e baixo custo
SCHMAL
(2008)
Mesas (0,51 ×
0,13 × 0,06 m)
Amelanchier lamarckii;
Maackia amurensis; Cereja
(Prunus serrulata)
‘Kwanzan’; Espírea (Spiraea
× bumalda) ‘Goldtlame’;
Syringa vulgaris ‘Charles
Loly’, ‘Michael Buchner’; e
Elmo (Ulmus L.) ‘Pioneer’
Uso da subirrigação sem
nebulização para o
enraizamento de estacas
herbáceas
AIELLO e
GRAVES
(1998)
Mesas (0,58 ×
1,14 × 0,13 m)
Metrosideros polymorpha
Gaud; Acacia koa Gray;
Carvalho (Quercus rubra L.);
Picea pungens Engelm.; e
Echinácea (Echinacea pallida
[Nutt.] Nutt.)
Menor volume de água
aplicado, menos N
lixiviado, crescimento
reduzido de musgo e
menor mortalidade das
plantas
DUMROESE
et al. (2007)
cont....
... cont.
40
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Reservatório de
água de 0,014 ×
0,035 × 0,1 m
forrado com
plástico de
polietileno preto
com 1,4 mm
colocado sobre
um leito de areia
em uma bancada
Cereja (Prunus serrulata
Lindl.) ‘Kwanzan’;
Ginkgo (Ginkgo biloba
L.); Halésia (Halesia
carolina); Hortência
(Hydrangea paniculata
Sieb.); Mirtilo (Vaccinium
corymbosum) ‘Late Blue’;
Pimenta-doce (Clethra
alnifolia) ‘Ruby Spice’;
Plátano (Acer ginnala
Maxim.); Enkianthus
campanulatus; Viburnum
(Viburnum plicatum.var.
tomentosum) ‘Shasta’
A influência de
diferentes proporções de
substrato no
enraizamento, número e
comprimento de raízes
variou de acordo com a
espécie e com o tipo de
substrato utilizado
GIROUX et al.
(1999)
Mesas
confeccionadas
por caixas de
0,026 m3
Acer rubrum L.
‘Franksred’; Ilex
verticillata ‘Sparkleberry’;
Viburnum ’Mariesii’ e
‘Shasta’
Eficaz para o
enraizamento de estacas
herbáceas sem irrigação
por nebulização
intermitente
OWEN et al.
(2003)
Tanques de
subirrigação
(1,65 × 2,55 × 0,2
m)
Araucária (Araucaria
angustifolia); Jerivá
(Syagrus romanzoffiana);
Cutieira (Joannesia
princeps); Mutamba
(Guazuma ulmifolia
Lam.); Angico vermelho
(Anadenanthera
macrocarpa Benth.);
Peroba Rosa
(Aspidosperma
polyneuron)
A subirrigação
apresentou alta eficiência
e alta uniformidade em
tubetes
THEBALDI
(2011)
Mesas (1,22 ×
1,22 m) Carvalho
Propagação de mudas de
árvores florestais com
desempenho precoce no
campo
BUMGARNER
et al. (2008)
1Dimensões em comprimento × largura × altura.
De acordo com as informações dessas tabelas, destaca-se a versatilidade e
desempenho dos diversos tipos de equipamentos, que variam desde modelos rudimentares até
modelos comerciais mais complexos.
... cont.
41
Tabela 7. Desempenho de sistemas de subirrigação usando a capilaridade dos substratos em
sistemas produtivos de espécies frutíferas.
Equipamento1 Culturas Diferencial tecnológico Referência
Subirrigação com
argila expandida em
calhetão medindo
3,75 × 0,85 m
Cafeeiro (Coffea
arabica L.)
Crescimento adequado
da parte área, indepen-
dentemente do nível de
adubação das matrizes
LAVIOLA et al.
(2007)
Mesa
Poncirus trifoliata;
citrange Troyer (P.
trifoliata × Citrus
sinensis [L.] Osbeck.);
tangerina Sunki;
citrumelo Swingle
Diferentes composições
de substrato influenciam
a ascensão capilar
TEIXEIRA et al.
(2010)
Subirrigação com uso
de bandejas de resina
acrílica e PVC (0,62 ×
0,41 × 0,15 m)
Limão Cravo (Citrus
limonia Osb.)
Maior precocidade de
produção de PE
SALVADOR
(2010) e
BARRETO
(2011) 1Dimensões em comprimento × largura × altura.
2.3 Cultivo de porta-enxertos cítricos usando a subirrigação
A subirrigação pode ser utilizada para a produção de plantas com elevada qualidade
promovendo a redução das perdas de água e nutrientes por percolação para o ambiente
(KANG et al., 2004). Entretanto, pouca informação pode ser encontrada para a recomendação
da subirrigação para a produção de plantas perenes (SCHMAL et al., 2011) e de mudas
cítricas, mais especificamente em PE cítricos em tubetes.
2.3.1 Desenvolvimento de um equipamento de subirrigação
Em razão da inexistência de informações sobre aplicação desses equipamentos no
Brasil, o Grupo de Pesquisa Tecnologia de Irrigação e Meio Ambiente da
FEAGRI/UNICAMP realiza estudos desde 2006 visando desenvolver um equipamento de
subirrigação que possibilite sua utilização na produção de PE cítricos produzidos em tubetes.
Essas pesquisas têm recebido o apoio financeiro permanente das agências de fomento federais
e estaduais, e possuem o objetivo de trazer melhorias tecnológicas na produção de mudas
cítricas e reduzir os impactos ambientais gerados por essa atividade por meio da utilização de
um novo sistema de irrigação.
Os estudos até aqui realizados demonstraram que o princípio da capilaridade se
apresentou eficiente do ponto de vista hidráulico e de desenvolvimento das plantas em
42
experimentos realizados em laboratório (SALVADOR, 2010) e em estufa experimental
(BARRETO, 2011), quando se buscou validar o método de subirrigação utilizando um
protótipo de bandeja fabricada em resina acrílica e PVC. No entanto, o projeto inicial desse
equipamento apresentou limitações relacionadas ao processo de fabricação, devido a sua
estrutura, ao reduzido número de compartimentos para crescimento das plantas, ao desperdício
de água e sais gerados na fertirrigação, em razão da ausência de reutilização de SN, ao custo
elevado de produção e à exigência de um manejo hídrico e nutricional específico para esse
sistema.
Posteriormente, ao comparar dois equipamentos de subirrigação (calha perfurada e
mesa), FERREIRA FILHO et al. (2011) verificaram o potencial da mesa para ser utilizado em
ambientes protegidos. Esse trabalho permitiu o início do desenvolvimento de uma mesa de
subirrigação tipo ebb-and-flow proposto por FERRAREZI et al. (2010), cujo projeto foi
idealizado seguindo critérios de engenharia, como ergonomia, segurança, funcionalidade,
aplicabilidade e escolha do material construtivo. Um protótipo de mesa foi construído,
avaliado para definição dos parâmetros hidráulicos de operação e recomendado para a
utilização em ambientes protegidos em geral (RIBEIRO, 2013).
No entanto, a substituição de um sistema de irrigação deve ser seguida de mudanças
no manejo hídrico e nutricional das culturas produzidas, para evitar problemas de crescimento,
qualidade, produtividade e absorção de nutrientes (ROUPHAEL e COLLA, 2005). Por isso, a
ênfase do Grupo de Pesquisa volta-se nesse momento para disponibilizar informações sobre
como realizar o manejo hídrico e nutricional de PE de limão Cravo em tubetes usando a
subirrigação (FERRAREZI et al., 2013).
2.3.2 Manejo hídrico na subirrigação
Para que o manejo hídrico seja realizado corretamente na subirrigação, a escolha do
substrato e sua composição é o fator primordial (VAN IERSEL et al., 2010), para
proporcionar capacidade de retenção de água adequada (KLOCK-MOORE e BROSCHAT,
2001) e elevada capilaridade (OH et al., 2007), e para que a água disponível no meio de
cultivo aumente a difusão do oxigênio, promovendo a atividade das raízes e o crescimento das
plantas (SON et al., 2006).
43
Além disso, é preciso obter informações sobre as exigências hídricas das culturas ou
do teor mínimo de água do substrato necessário para o crescimento vegetal (FERRAREZI e
VAN IERSEL, 2011), para que a água seja aplicada de acordo com as necessidades das
plantas. Com o crescimento da planta e aumento das necessidades hídricas, existe uma
necessidade de se ajustar a irrigação em cada fase de desenvolvimento das culturas.
Outros aspectos relevantes são a altura e o tempo de saturação ideal para cada tipo de
substrato e de recipiente de cultivo. Em geral, esses fatores variam de acordo com a potência
da bomba, o volume de água armazenado, a profundidade das mesas, o tipo de substrato e sua
capilaridade. Como os substratos caracterizam-se por uma elevada porosidade e aeração, a
frequência de irrigação é tradicionalmente diária, baseada exclusivamente em critérios
empíricos de decisão do momento de irrigar ou não.
FERREIRA FILHO et al. (2012) realizaram um estudo para determinar o efeito da
altura e o tempo de saturação usando casca de pinus, fibra de coco e turfa com casca de arroz
carbonizada em três frações (inferior, mediana e superior) de tubetes de 56 cm3, e observaram
que a variação da umidade dos substratos para as três frações do tubete foi mais afetada pela
altura da água no tubete do que pelo tempo de saturação. A fração mediana do tubete
proporcionou a melhor diferenciação de resultados entre os tratamentos avaliados, gerando
umidades na faixa de 0,29 a 0,63 m3 m-3 para o substrato de casca de pinus; 0,24 a 0,56 m3 m-3
para a turfa e 0,24 a 0,61 m3 m-3 para a fibra de coco. Segundo esses autores, a altura de água
recomendada para o manejo de irrigação varia de 4 a 6 cm, sendo o valor mínimo encontrado
para a casca de pinus e o máximo para turfa.
Com relação à recomendação sobre valores de umidade adequada, BURNETT et al.
(2008), FERRAREZI e VAN IERSEL (2011) e KIM et al. (2011) estabelecem o valor de 0,4
m3 m-3 como o ideal para a produção das principais ornamentais de interesse econômico.
Porém, como a literatura carece de informações sobre a umidade ideal para a produção de PE
cítricos em tubetes, utilizaram-se valores crescentes de umidade para acionamento da
irrigação, com valor mínimo próximo ao limite detectável pelos sensores e suficiente para
crescimento vegetal (0,12 m3 m-3) e valor máximo próximo à saturação do substrato (0,48 m3
m-3), sem no entanto reduzir a oxigenação para as raízes.
44
2.3.3 Manejo nutricional na subirrigação
Por ser um sistema de irrigação com uso incipiente no Brasil, faltam informações
regionais sobre o manejo nutricional para as espécies que poderiam ser produzidas por
subirrigação, ou seja, ainda não se tem a recomendação adequada da concentração ideal de
nutrientes na SN e no substrato (KANG e VAN IERSEL, 2001). As recomendações utilizadas
nos outros sistemas de irrigação não são apropriadas para a subirrigação, em razão dos fatores
que tornam os sistemas diferentes entre si (JAMES e VAN IERSEL, 2001a). As práticas de
manejo atuais estão baseadas na redução da concentração de nutrientes de SN adaptadas para
outros sistemas. ELLIOTT (1990) mostraram que as concentrações de adubos em sistemas de
subirrigação devem ser menores do que nos sistemas de irrigação por aspersão porque os sais
não são lixiviados e podem acumular-se na zona radicular, o que também foi indicado por
MOLITOR (1990), UVA et al. (1998), MORVANT et al. (1997) e YELANICH e
BIERNBAUM (1989).
Os resultados de KANG e VAN IERSEL (2002) indicaram que a concentração ótima
de nutrientes usadas na subirrigação é dependente da espécie e varia de 50% da recomendação
da solução de Hoagland para zínia, de 100% da recomendação para amaranto-globoso e de
200% da recomendação para malcomia. Para violetas, VAN IERSEL e KANG (2002)
estabeleceram que a melhor recomendação baseia-se na utilização de uma SN com CE igual a
2 dS m-1, em comparação a tratamentos que variaram de 0,15 até 3 dS m-1. MONTESANO et
al. (2010) recomendaram que a redução na concentração da SN para tomate cereja deve ser de
70%, e demonstraram que as concentrações de macronutrientes utilizadas pelos produtores
comerciais de tomate em estufa pode ser reduzida em 75%, sem apresentar qualquer efeito
adverso sobre o crescimento, produtividade e qualidade de frutos.
ZHENG et al. (2005) também demonstraram que as taxas de aplicação de nutrientes
na fase final (4-5 semanas) de gérbera em vasos em estufa podem ser reduzidas em pelo
menos 50%, sem qualquer efeito prejudicial no crescimento ou a qualidade, quando a
composição da SN foi ajustada unicamente com base na CE e pH. Economias significativas de
fertilizantes também foram alcançadas por ZHENG et al. (2004) usando SN menos
concentradas, sendo que KANG et al. (2004) também indicaram que o manejo mais comum da
adubação é a redução da concentração de fertilizantes para 50% da recomendação para plantas
subirrigadas, em comparação com plantas irrigadas pela superfície do meio de cultivo. Por
45
outro lado, LUMIS et al. (2000) concluíram que a subirrigação em piso de concreto necessitou
um terço a menos de fertilizante de liberação controlada em comparação com a taxa
recomendada para irrigação por aspersão, resultando em plantas com o mesmo tamanho
(Thuja) ou maior (Euonymus). De acordo com PENNISI et al. (2001), petúnias subirrigadas
devem ser cultivadas com altas doses de fertilizantes durante os meses mais frios da primavera
e com menores taxas de fertilizantes no final dos meses mais quentes da primavera, mostrando
que as recomendações também são variáveis com as épocas do ano.
KANG e VAN IERSEL (2004) indicaram que a massa seca total e da parte aérea de
plantas de sálvia aumentou com a elevação da concentração da SN de 12,5% para 100% da
recomendação de 210 mg L-1 de N para a cultura. No entanto, houve pouco ou nenhum
aumento da massa seca quando a concentração duplicou (420 mg L-1 de N). Os resultados do
estudo de KANG e VAN IERSEL (2004) sugerem que a sálvia se desenvolve melhor em
níveis relativamente altos de fertilizantes, mas concentrações de N acima de 210 mg L-1 não
aumentaram o crescimento das plantas. Concentrações crescentes de fertilizantes entre 12,5%
e 100% da recomendação vez proporcionaram maior crescimento de sálvia.
Petúnias e begônias subirrigadas podem ser cultivadas com diversas concentrações de
fertilizantes e em diferentes substratos com boa qualidade (JAMES e VAN IERSEL, 2001b).
Experimentos desses autores mostraram que a massa seca final foi maximizado quando essas
culturas foram cultivadas com uma SN com CE de 1,7 e 2,2 dS m-1, respectivamente. Estes
níveis de CE resultaram num lixiviado com CE de 3,8 dS m-1 tanto para begônia quanto para
petúnia no final do período de crescimento. JAMES e VAN IERSEL (2001a) também não
relataram mudanças em macronutrientes nos tecidos vegetais quando cultivaram petúnias e
begônias em baixas concentrações de nutrientes usando subirrigação.
Os resultados apresentados por ZHENG et al. (2005) sugerem que as concentrações
das soluções de nutrientes comerciais utilizadas atualmente na produção de gérbera em vaso,
estão acima da concentração considerada ideal para a cultura. Isto porque mesmo com uma
redução de 50% na concentração a produção não foi reduzida.
PENNISI et al. (2005) verificaram que diferentes concentrações de fertilizantes não
afetaram a massa seca da parte aérea e a área foliar de hera. Do mesmo modo, ZHENG et al.
(2004) concluíram que gérberas ‘Shogun’ subirrigadas com 10% ou 25% de força iônica
foram significativamente mais verdes do que as adubadas com 50% ou 100% da mesma SN,
46
indicando que reduções na concentração podem ser realizadas sem reduzir o crescimento das
plantas.
COX (2001) demonstrou que houve pouca diferença no crescimento e estado
nutricional de poinsétias subirrigadas e irrigadas por aspersão recebendo SN com a mesma
concentração e aproximadamente a mesma quantidade de água. A CE média foi maior com a
subirrigação dependendo da técnica de amostragem e das diferenças na amostragem, o que
pode levar a diferentes interpretações da condição de salinidade. O nível padrão comercial de
200-250 mg L-1 de N desenvolvida para fertilizar plantas irrigadas também pode ser utilizado
para fertilizar plantas subirrigadas.
Observa-se que as recomendações nutricionais são dependentes da planta a ser
produzida e que existem informações disponíveis para plantas ornamentais, sem referências
para a produção de plantas perenes, especificamente para plantas cítricas. Por isso, o
estabelecimento de condições específicas para PE cítricos no sistema de subirrigação é
importante para o manejo nutricional adequado dessa cultura, permitindo crescimento
satisfatório e redução da quantidade de fertilizantes utilizada na produção de mudas.
2.3.4 Automação usando sensores para monitoramento da umidade e controle da
irrigação
A automação em sistemas de irrigação tem o objetivo de adicionar água
eficientemente para as plantas, de acordo com suas exigências hídricas e em estádios
determinados de crescimento. A automação da subirrigação pode contribuir para reduzir
custos de mão de obra, determinar aumento da confiabilidade do funcionamento do sistema e
minimizar a lixiviação de água e nutrientes no substrato (NEMALI e VAN IERSEL, 2006 e
TREDER et al., 1997). No entanto, para automatizar corretamente estes sistemas é necessário
conhecer as condições ambientais, as exigências hídricas das culturas, a transpiração das
plantas e a umidade do substrato (VAN IERSEL, 2006).
Atualmente a operação da subirrigação em países que utilizam a tecnologia como
EUA e Holanda se baseia somente na observação da aparência visual das plantas e substratos
(NEMALI e VAN IERSEL, 2006) ou ainda pela simples utilização de temporizadores
(TESTEZLAF et al., 1999), sem realização de monitoramento frequente, fazendo com que
ciclos diários pré-definidos de irrigação não apliquem água e nutrientes na quantidade e no
47
momento adequado, proporcionando déficit ou excesso hídrico nas plantas e reduzindo o
potencial produtivo.
O controle da irrigação em sistemas de subirrigação pode ser automatizado pelo uso
de sensores de umidade para monitorar o conteúdo volumétrico de água (CVA) do substrato
(JONES, 2004), permitindo o controle com base em medições reais (NEMALI e VAN
IERSEL, 2006) ou previsões de curto prazo fundamentados em informações de tempo real,
estabelecendo-se um valor limite para atender as necessidades das plantas (OLLALA et al.,
1999 e THOMPSON et al., 2007).
Os sensores de umidade atualmente disponíveis para solos (tensiômetros, TDR e
sonda de nêutrons) podem ser usados na subirrigação, como indicados em KENT e REED
(1996), mas apresentam algumas limitações, como o custo elevado, dimensões inadequadas
para recipientes e leituras imprecisas para uso em substrato (NEMALI et al., 2007). Vários
estudos foram desenvolvidos para calibrar sensores específicos para monitoramento e controle
nesses meios de cultivo, devido à necessidade de se estabelecer o manejo de irrigação com
base na quantidade de água usada pelas culturas (BURNETT e VAN IERSEL, 2008;
FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011; NEMALI et al., 2007; VAN IERSEL et al., 2010; e
DANIELS et al., 2012).
Uma opção tecnológica é o emprego de sensores capacitivos, que medem a umidade
do substrato a partir da alteração do valor de capacitância formada pela placa sensível e o
ambiente circundante, e correlacionam matematicamente a leitura da permissividade dielétrica
(Ɛ) com a umidade do meio de crescimento (no caso substrato) (BOGENA et al., 2007 e
NEMALI e VAN IERSEL, 2006). A estimativa da umidade usando sensores capacitivos é
baseada na habilidade desses equipamentos medirem a parte “real” da permissividade
dielétrica (MIRALLES-CRESPO e VAN IERSEL, 2011). A permissividade total de um solo
depende da permissividade do ar (≈1), do solo (≈2 a 9) e da água (≈80), e como a água possui
um valor muito maior do que o ar e o solo, maior parte do permissividade de um solo é devido
à água. No entanto, a permissividade dielétrica difere entre solos e substratos, afetando a
calibração dos sensores. Por meio de calibrações específicas pode-se converter as leituras do
sensor para a umidade atual para cada meio de cultivo (solo ou substrato) (MIRALLES-
CRESPO e VAN IERSEL, 2011).
48
Estes sensores podem controlar a irrigação, manter a umidade dentro de um intervalo
específico e ajustar a lâmina e tempo de irrigação de acordo com o crescimento das plantas ou
mudanças nas condições ambientais (VAN IERSEL et al., 2010). De acordo com BOGENA et
al. (2007) e CAYANAN et al. (2008), o uso dos sensores capacitivos de umidade do solo
também pode ser adequado para aplicações sem fio.
VAN IERSEL et al. (2010) aperfeiçoaram um sistema automatizado de irrigação
desenvolvido por NEMALI e VAN IERSEL (2006), baseado em sensores capacitivos para
substratos, e que mediam o CVA em diversos recipientes de cultivo ao mesmo tempo e
controlavam a irrigação por gotejamento automaticamente utilizando válvulas solenóides. A
manutenção do nível constante de umidade do substrato foi responsável pelo crescimento
satisfatório das plantas, evitando assim estresse hídrico.
Os primeiros estudos avaliando essa possibilidade na subirrigação se iniciaram com
FERRAREZI e VAN IERSEL (2011), que propuseram o emprego de sensores de umidade de
solo para monitorar o CVA em substratos na produção de hibiscos e controlar a irrigação
baseada nas medições de umidade em tempo real. De acordo com esses autores, a automação
de mesas de subirrigação usando sensores capacitivos funcionou adequadamente ao longo do
tempo para o cultivo de hibiscos. O substrato secou gradualmente até atingir o limite
estabelecido como tratamento ocorrendo, nesse momento, o acionamento da irrigação. Cada
irrigação resultou num aumento da umidade do substrato, e o número de acionamentos das
irrigações dependeu do limite do CVA, variando de 5 a 27 vezes para CVA de 0,10 a 0,42 m3
m-3 (FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011). A altura da parte aérea e a massa seca aumentaram
significativamente com o aumento dos valores limites de irrigação. Plantas cultivadas com
CVA de 0,10 m3 m-3 apresentaram massa seca da parte aérea 62% inferior e foram 40%
menores em comparação com as plantas cultivadas em um tratamento com 0,42 m3 m-3.
O efeito verificado nos experimentos com sistema de subirrigação automatizados
pode permitir que os produtores manipulem o crescimento da planta ajustando o valor de
umidade para irrigação. A capacidade de controlar o crescimento das plantas não está presente
nos sistemas convencionais de irrigação que são acionados com temporizadores. Portanto, os
sensores de umidade do solo podem fornecer uma ferramenta valiosa para os produtores que
querem obter um melhor controle do crescimento, gerando plantas com maior qualidade
(FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011).
49
2.3.5 Controle fitossanitário na subirrigação
O bom saneamento e o uso de métodos adequados de controle da veiculação de
doenças são necessários para a melhoria das condições fitossanitárias das plantas cultivadas
em sistemas com recirculação de SN. Manter a área de produção e a SN isenta de resíduos de
material vegetal que podem proporcionar o crescimento secundário da doença e realizar
aeração do reservatório são procedimentos simples para os produtores que estão usando
sistemas de recirculação (BAUERLE, 1990). Plantas saudáveis têm uma resistência natural às
doenças, e bons sistemas de manejo promovem crescimento saudável, resultando em colheitas
com altas produtividades.
Atualmente as estratégias utilizadas para o manejo de doenças causadas por
fitopatógenos em água recirculada são: 1) cultural: prevenção e redução do inóculo, 2) física:
barreiras, sedimentação e filtração lenta usando areia, lã de rocha, pedra-pomes, membranas e
outros, calor, radiação ultravioleta (UV), pressão, ultra-som e precipitação eletrostática; 3)
agentes biológicos de controle, biofiltração e bioreatores, 4) químicos: cloro e seus derivados,
bromo, ozônio, iodo, peróxido de hidrogênio, surfactantes, água ácida/oxidante, ionização, e
compostos antimicrobianos (ácido peracético, alteração nutritiva, CO2 e fungicidas)
(STEWART-WADE, 2011; RUNIA, 1995; MARTÍNEZ et al., 2010; MCCLEAN, 2008; e
RUNIA, 1994).
Atenção especial deve ser dada ao tratamento da SN na saída/retorno, devendo-se
garantir a ausência de partículas estranhas (por exemplo, substrato) e partes de plantas para
evitar a proliferação de organismos patogênicos. Resíduos vegetais (folhas e flores) podem
entrar na solução e se distribuir pelas mesas de subirrigação, fazendo com que o agente
patogênico possa ser facilmente introduzido no sistema. Procedimentos sanitários de rotina,
que incluem filtração e remoção de detritos podem reduzir este potencial de fonte de inóculo
(ATMATJIDOU et al., 1991). Adicionalmente, pode-se- manter o teor de nutrientes e o nível
de oxigênio em concentrações adequadas (BAUERLE, 1990), e empregar biofiltros em
sistemas de subirrigação (TYSON et al. 2011).
Outras técnicas podem ser utilizadas para reduzir o aparecimento de problemas de
doenças de plantas. A primeira pode ser a individualização dos recipientes de cultura, evitando
assim que a SN tenha contato com outras plantas. Entretanto, apesar de ser uma maneira
50
eficiente para reduzir a propagação, esta prática aumenta os custos de aquisição de
equipamento, tornando-se economicamente inviável.
Outra possibilidade é a utilização de mantas capilares na base das mesas que permite
a manutenção da umidade durante períodos prolongados, o que reduz a transmissão de
propágulos em algumas culturas agindo como um filtro (VAN IERSEL e NEMALI, 2004).
VAN DER GAAG et al. (2001) mostraram que não houve disseminação do apodrecimento da
raiz e coroa por Phytophthora utilizando este sistema em Saintpaulia e Spathiphyllum, mas
notaram que em algumas culturas, a manta pode aumentar a propagação de Phytophthora.
Os métodos mais utilizados para evitar a infestação por patógenos ou a reinfestação
no sistema radicular são a radiação UV, a ozonização e os processos de filtração rápida e lenta
(MCCLEAN, 2008 e RUNIA, 1994). Estas alternativas fornecem o tratamento de grandes
volumes de SN com baixo custo e elevada eficiência (MCCLEAN, 2008). A radiação UV
destrói bactérias e fungos, e como os vírus são mais resistentes aos raios UV, KUACK (1990)
indicou a necessidade de uma dosagem superior para o seu controle. O sistema de ozonização
utiliza a produção de ozônio (O3) que é injetado na água e elimina os microrganismos que
podem estar presentes. De acordo com KUACK (1990), há reoxigenação da água durante o
tratamento, e os nutrientes presentes na SN não são afetados pela presença de ozônio e
permanecem na água (com exceção do Fe, cuja concentração é reduzida).
Outra possibilidade de controle de patógenos seria o uso de filtros de cartuchos com
membrana que não removem nutrientes. Água de baixa qualidade requer pré-limpeza por um
filtro adicional antes do tratamento pelo sistema de recirculação, devendo ocorrer lavagem do
filtro com tratamento químico, ou descarga de alta pressão (KUACK, 1990).
Processos de filtração lenta, citados por WOHANKA (1993), WOHANKA et al.
(1999), VAN OS et al. (2000) e GARIBALDI et al. (2003), têm baixo custo e elevado grau de
segurança em comparação com outras técnicas, mas exigem 1 m2 de área de filtro para a
descontaminação de 3 a 7 m3 de SN por dia (ROEBER, 2010). MARTÍNEZ et al. (2010)
demonstraram que propágulos de Phytophthora cactorum em sistemas fechados de
recirculação foram removidos por esta técnica, e que a severidade da doença foi reduzida,
proporcionando alternativa à aplicação de brometo de metila.
O uso da radiação UV, da ozonização, dos processos de filtragem e de suas
associações para o tratamento de SN recirculadas são alternativas viáveis em termos técnicos e
51
econômicos, devido à disponibilidade de equipamentos comerciais de diversas empresas que
utilizam essas tecnologias para controle, principalmente em sistemas hidropônicos, que podem
ser facilmente adaptados para sistemas subirrigação.
52
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local
O experimento foi instalado em um viveiro comercial de produção de mudas cítricas
certificadas da empresa Citrograf Mudas, localizado em Ipeúna/SP (latitude 22°25’28”S,
longitude 47°45’42”O e altitude de 671 m). A região apresenta clima subtropical úmido, com
classificação climática de Köppen tipo Cwa, temperatura média mínima de 15,1°C e máxima
de 27,9°C, com média anual de 21,5°C, e precipitação média anual de 1.494 mm.
A empresa foi escolhida em função do estabelecimento de uma parceria técnico-
científica, da liderança de mercado, da detenção da certificação ISO 9001, do tempo de
dedicação à atividade (mais de 40 anos) e da afiliação à Vivecitrus (Organização Paulista de
Viveiros de Mudas Cítricas, Araraquara/SP). Embora a empresa contasse com outras unidades
de produção, a unidade denominada “Viveiro do Rochedo” foi escolhida em razão da
qualidade da água de irrigação e da restrição ao acesso de terceiros na área experimental. O
viveiro caracterizava-se pelo isolamento geográfico em relação às áreas produtoras de citros
(Figura 6).
Figura 6. Vista geral do viveiro de produção de mudas cítricas da empresa Citrograf e sua
localização isolada por quebra-ventos de eucalipto, distante 5 km da área mais próxima de
produção de citros.
Utilizou-se uma estufa destinada a produção comercial de PE (sementeira) modelo
Poly Venlo (Flórida Estufas, Holambra/SP), com dimensões de 31,5 × 26,5 × 5 m (C × L × A).
A área total da estufa era de 825,3 m2, com 12 bancadas de produção, sendo dez bancadas para
53
suportar três bandejas (com capacidade para 30.000 plantas cada) e duas bancadas para duas
bandejas (capacidade para 20.000 plantas cada), totalizando uma capacidade operacional de
340.000 plantas. Essa estufa possuía treze corredores longitudinais de 31,5 × 0,6 m (C × L) e
dois corredores transversais de 26,2 × 1 m (C × L) para trânsito de funcionários, totalizando
uma área com corredores de 298,1 m2, e apresentando ocupação com bancadas de produção de
63,9%. A estufa possuía antecâmara dotada de pedilúvio e lavatório para as mãos,
equipamentos e utensílios, era coberta com plástico agrícola de polietileno com 150 μm de
espessura, revestida por tela antiafídica de 0,87 × 0,3 mm na lateral e frente, não apresentava
nenhum sistema de ventilação artificial, possuía piso de concreto com desnível de 3% para
rápida drenagem da água de irrigação e mureta de concreto com 0,4 m de altura.
3.2 Período e duração do experimento
O experimento foi conduzido de 30/10/2012 a 30/01/2013, por um período de 90 dias.
3.3 Material vegetal, idade das plantas e recipiente de cultivo
Foram utilizados aproximadamente 7.300 PE de limão Cravo ‘Limeira’ com 25 dias a
partir da germinação, cultivados em tubetes cônicos de 56 cm3 inseridos em bandejas de 0,6 ×
0,428 × 0,025 m (C × L × A) e apoiados sobre pés de sustentação, totalizando 39 unidades
experimentais com 187 plantas cada.
3.4 Substrato
Utilizou-se o substrato a base de casca de pinus e vermiculita Tropstrato HA
Hortaliças® (Vida Verde Substratos, Mogi Mirim/SP), escolhido por apresentar maior
capilaridade em razão da comparação com fibra de coco e turfa com casca de arroz
carbonizada realizada por FERREIRA FILHO et al. (2012) usando a subirrigação.
O substrato utilizado apresentava capacidade de retenção de água (CRA) de 200%
(base peso), densidade média aparente igual a 0,41 g cm-3, densidade real de 1,471 g cm-3,
porosidade total de 72,1% (ou 0,721 m3 m-3), espaço de aeração (EA) de 0,121 m3 m-3, água
facilmente disponível (AFD) de 0,21 m3 m-3, água de reserva de 0,034 m3 m-3 e água residual
(AR) de 0,35 m3 m-3, de acordo com a nomenclatura sugerida por LÓPEZ (2000) para a
54
caracterização física de substratos. Esses dados foram obtidos pelo modelo de curva de
retenção de água recomendado por FACHINI et al. (2006) (Figura 7).
Umidade volumétrica (m3 m
-3)
0,00 0,12 0,24 0,36 0,48 0,60 0,72
Ten
são
(k
Pa
)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
AR
AD
EA
AR = água residualAD = água disponível
AT = água tamponanteAFD = água facilmente disponível
EA = espaço de aeração
AFDAT
Figura 7. Curva de retenção de água do substrato a base de casca de pinus e vermiculita
Tropstrato HA Hortaliças® obtido experimentalmente por FACHINI et al. (2006)
A análise química inicial desse substrato apresentou pH = 6,4, CE = 0,8 dS m-1 e a
seguinte concentração de nutrientes (mg L-1): N-total = 52,4 (N-NO3 = 48,7 e N-NH4 = 3,7); P
= 6,6; K = 48,5; Ca = 97,9; Mg = 32,7; S = 61,5; B = 0,01; Cu = 0,01; Fe = 0,1; Mn = 0,01; Zn
= 0,01; cloreto = 28; e Na = 3,3.
3.5 Mesas de subirrigação
As mesas de subirrigação foram desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Tecnologia de
Irrigação e Meio Ambiente da FEAGRI/UNICAMP. O modelo foi selecionado após simulação
computacional realizada por FERREIRA FILHO et al. (2011), que compararam dois
equipamentos de subirrigação (calha perfurada e mesa tipo ebb-and-flow) e indicaram a mesa
como o equipamento adequado para ser utilizado em ambientes protegidos. Na sequência, o
projeto do equipamento foi realizado seguindo critérios de engenharia, como ergonomia,
segurança, funcionalidade, aplicabilidade e escolha do material construtivo por RIBEIRO
55
(2013). Um protótipo foi construído e os parâmetros hidráulicos de operação definidos. A
partir desse protótipo uma mesa de subirrigação foi projetada e construída com dimensões
menores para o presente experimento, em razão do elevado número de tratamentos, nas
dimensões de 0,7 × 0,583 × 0,06 m (C × L × A) (Figura 8).
As mesas de subirrigação foram construídas em três etapas. Inicialmente foi
construído um molde de madeira (Figura 9A), seguido do molde definitivo de resina acrílica e
fibra de vidro (Figura 9B). A partir do molde definitivo, as mesas foram moldadas com placas
brancas de poliestireno de alto impacto (PSAI) pelo processo de modelagem a vácuo (vacuum
forming) (Figura 9C).
3.6 Montagem da infraestrutura do experimento
A montagem da infraestrutura do experimento foi realizada em aproximadamente 30
dias, contemplando as fases de instalação da estrutura de suporte das mesas de subirrigação,
dos reservatórios de SN, das bombas submersas e da instalação elétrica para automação do
sistema.
3.6.1 Procedimentos para entrada do material na área experimental
Os materiais necessários para a instalação e condução do experimento precisaram
passar por desinfecção na entrada da estufa por meio da aplicação do detergente fitossanitário
Degersan® (i.a. digluconato de clorhexidina, Stévia Comercial, São Paulo/SP).
3.6.2 Instalação da estrutura de suporte das mesas de subirrigação
Como as bancadas de produção existentes no viveiro e que suportavam as bandejas
com os PE eram constituídas por fios de arame em paralelo (Figura 10A), e o piso da estufa
era desnivelado para facilitar a drenagem, foi necessário construir uma base de madeira tratada
(pinus) perfeitamente nivelada (Figura 10B) para apoiar as mesas de subirrigação (Figura
10C).
56
Figura 8. Vista superior da mesa de subirrigação usada para o experimento, com cortes (A e B) e detalhes (D1 a D3) das ranhuras para
drenagem. Dimensões em cm. Ilustração: Maycon Diego Ribeiro (2013).
57
Figura 9. Etapas do processo de construção das mesas de subirrigação. (A) Moldes de
madeira. (B) Moldes de resina acrílica e fibra de vidro. (C) Mesas moldadas pelo processo de
modelagem a vácuo (vacuum forming).
3.6.3 Instalação dos reservatórios de solução nutritiva
Reservatórios com 121 L de capacidade e dimensões de 0,56 × 0,7 m (diâmetro, D ×
A) (Brute®, Rubbermaid Commercial Products, Saratoga Springs/NY, EUA) foram
acondicionados abaixo de cada uma das mesas de subirrigação para simplificar a instalação
hidráulica do sistema e proteger a SN da radiação solar, permitindo o posicionamento dos
drenos coletores da água de irrigação diretamente em orifícios confeccionados nas tampas dos
reservatórios (Figura 10D).
A B
C
0,583 m
0,7 m 0,06 m
58
Figura 10. Detalhes da montagem das mesas de subirrigação na empresa Citrograf. (A)
Bancadas de produção de porta-enxertos formadas por fios de arame. (B) Base de madeira
nivelada para suportar as mesas de subirrigação. (C) Mesas de subirrigação instaladas sobre a
base de madeira. (D) Reservatórios de 121 L com tampa acondicionados abaixo das mesas de
subirrigação.
3.6.4 Instalação das bombas submersas
Uma bomba do tipo submersa modelo NK-2® (Little Giant, Bluffton/IN, EUA) com
1/40 cv de potência e saída de ¼” (0,635 cm) e vazão máxima de 1 m3 h-1 foi colocada no
interior de cada reservatório posicionado abaixo da respectiva mesa de subirrigação ou
unidade experimental (Figura 11A, 39 no total). Conectou-se um adaptador e usou-se uma
mangueira de ½” (1,27 cm) de diâmetro com uma curva de 90° na extremidade para dirigir o
fluxo de SN da bomba de irrigação para a respectiva mesa de subirrigação (Figura 11B).
A B
C D
59
Figura 11. Detalhes da montagem dos equipamentos nas mesas de subirrigação. (A) Materiais
usados na montagem das unidades experimentais, evidenciando-se a bomba submersa de
irrigação NK-2®, que foi posicionada dentro do reservatório de 121 L. (B) Visualização do
sistema de adução formado por uma mangueira de ½” (1,27 cm) com uma curva de 90° na
extremidade para dirigir o fluxo de solução nutritiva da bomba de irrigação para a respectiva
mesa de subirrigação.
3.6.5 Instalação elétrica
Realizou-se a instalação elétrica necessária para fornecimento de energia para o
experimento, seguido de interligação de todas as bombas submersas (Figura 12A) aos
controladores de saída e demais componentes para a unidade de controle computadorizado
(Figura 12B).
Figura 12. Detalhes da montagem dos equipamentos nas mesas de subirrigação: reservatórios
com a fiação elétrica para alimentação das bombas submersas de irrigação.
A B
A B
60
3.6.6 Automação para monitoramento da umidade e controle da irrigação
O sensor capacitivo de umidade do substrato utilizado para automação do
acionamento da subirrigação foi o EC-5® (Decagon Devices, Pullmman/WA, EUA) (Figura
13A), que foi inserido verticalmente na fração mediana dos tubetes (de acordo com
FERREIRA FILHO et al., 2012) na segunda linha de plantas no interior da bandeja (Figura
13B).
Figura 13. Sensor capacitivo para determinação de umidade do substrato. (A) Sensor EC-5®
inserido verticalmente em um tubete da extremidade da bandeja (figura ilustrativa, pois o
sensor ficava na segunda linha de plantas no interior da bandeja). (B) Local de inserção do
sensor na fração média do tubete de 56 cm3 (preenchido com substrato).
A automação do experimento foi realizada utilizando um sensor de umidade do
substrato EC-5® por unidade experimental (39 no total), conectado a um multiplexador
AM16/32® (Campbell Scientific, Logan/UT, EUA) (Figura 14A) e interligado a um data
logger CR10X® (Campbell Scientific, Logan/UT, EUA) (Figura 14B). A irrigação era
realizada automaticamente baseada na leitura dos sensores, por meio do acionamento de três
controladores de saídas SDM-CD16AC® (Campbell Scientific, Logan/UT, EUA) (Figura
14C), ligados às trinta e nove bombas submersas de irrigação posicionadas dentro dos
reservatórios, um para cada unidade experimental. Os equipamentos foram interconectados
entre si e com as bombas submersas e instalados dentro de uma caixa selada para impedir
molhamento acidental (Figura 14D). Detalhes da parcela experimental automatizada para
monitoramento da umidade e controle da irrigação podem ser observados na Figura 15.
A B 4 cm
4 cm
4 cm
12 cm 5 cm
Fração
inferior
Fração
superior
Fração
média
61
Figura 14. Equipamentos utilizados para automação das mesas de subirrigação. (A)
multiplexador AM16/32®. (B) Data logger CR10X®. (C) Controlador de saídas SDM-
CD16AC®. (D) Componentes da unidade de controle computadorizado dentro da caixa selada
para impedir molhamento acidental.
3.6.7 Sistema de controle computacional
Para o gerenciamento em tempo real do experimento foi instalado no interior da
estufa um computador tipo desktop com processador Intel® Pentium IV, 1 Gb de memória
RAM e disco rígido de 100 Gb, conectado ao data logger CR10X® e comandado pelo
software LoggerNet® (Campbell Scientific, Logan/UT, EUA), programado de acordo com o
algoritmo disponibilizado no Apêndice 8.1. Esse computador foi conectado à internet por um
roteador sem fio TL-WR741ND (TP-Link, São Paulo/SP) e um repetidor ENHWI-2AN3
(Encore, City of Industries/CA, EUA) para acesso remoto (Figura 16A).
A
B
C
D
62
Figura 15. Esquema de uma parcela experimental para produção de porta-enxertos cítricos instalada na sementeira da empresa
Citrograf Mudas, composto por bandeja para tubetes com 0,6 × 0,428 × 0,025 m (comprimento × largura × altura), tubetes de 56 cm3,
mesa de subirrigação tipo ebb-and-flow com 0,7 × 0,583 × 0,06 m, reservatório de 121 L com tampa, bombas submersas de irrigação e
sistema automatizado para monitoramento da umidade e controle da irrigação. Ilustração: Antonio Carlos Ferreira Filho (2012).
Mangueira de drenagem de ½” com
redutor para ¼” na extremidade
Mangueira de adução de ½”
0,06m
Reservatório de 121 L com tampa
63
Figura 16. Detalhes da montagem dos equipamentos nas mesas de subirrigação. (A) Sistema
computacional para coleta dos dados conectado à internet por um roteador sem fio para acesso
remoto. (B) Abrigo de madeira para impedir molhamento acidental do computador e do
monitor. (C e D) Experimento dentro da área de produção na estufa de produção de PE.
Foi necessária a construção de um abrigo de madeira para impedir o molhamento
acidental do computador e do monitor (Figura 16B). Por fim, na Figura 16C e Figura 16D é
possível ainda observar o experimento implantado na área de produção de PE na estufa com
altura do pé direito (5 m) para fornecer conforto térmico dos trabalhadores e plantas.
3.6.8 Curva de calibração dos sensores
Determinou-se a curva de calibração dos sensores com o objetivo de correlacionar as
leituras expressas em voltagem com o CVA para o substrato a ser utilizado. O método de
calibração utilizado foi o recomendado pelo fabricante dos sensores (COBOS e CHAMBERS,
2010).
B A
C D
64
Na calibração foram utilizados três sensores capacitivos EC-5® conectados a um data
logger CR10X®, e comandados pelo software LoggerNet®, programado de acordo com o
algoritmo disponibilizado no manual técnico do equipamento. Adotaram-se os seguintes
procedimentos: 1) deixou-se o substrato secar ao ar por três dias, 2) separaram-se oito partes
iguais com aproximadamente 1 L de substrato, 3) em cada uma das frações foram adicionados
volumes crescentes de água até próximo da capacidade máxima de retenção do substrato (0,
50, 100, 200, 300, 400, 500 e 600 mL), 4) a mistura foi homogeneizada vigorosamente, 5)
adicionou-se exatamente 1 L dessa mistura em béqueres de vidro graduados de 1 L,
compactados numa densidade similar à utilizada no experimento, 6) inseriu-se um sensor por
béquer e realizou-se a leitura, repetindo-se as leituras duas vezes com sensores diferentes, sem
movimentar o substrato ou alterar sua densidade, 7) pesou-se o béquer com substrato, 8)
deixou-se o substrato secar em estufa a 65ºC com circulação de ar, 9) determinou-se o CVA a
partir da diferença de água no início e final do teste, e 10) determinou-se a equação de
regressão, e o valor foi usado no sistema automatizado de monitoramento e controle. A
equação obtida com a curva de calibração foi: CVA = 1,4662 x leitura (mV) – 0,4197 (Figura
17).
Leitura do sensor (mV)
0,4 0,5 0,6 0,7
Con
teú
do v
olu
métr
ico d
e
águ
a, C
VA
(m
3 m
-3)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
CVA = 1,4662 x leitura - 0,4197
R2 = 0,978
p < 0,0001
Figura 17. Curva de calibração do sensor EC-5® em substrato a base de casca de pinus e
vermiculita Tropstrato HA Hortaliças®, determinada experimentalmente para conversão da
leitura do sensor em voltagem em conteúdo volumétrico de água (CVA).
65
Posteriormente, foram realizadas medições individuais dos 39 sensores utilizados em
substrato com umidade conhecida para aferição. Para isso, realizou-se o umedecimento de 13
L de substrato até 40% (determinado gravimetricamente). Essa quantidade foi dividida em 13
béqueres de 1 L e compactada até a mesma densidade usada no experimento. A umidade foi
determinada individualmente em cada sensor, usando-se o mesmo béquer somente para 3
sensores, e os substratos e sensores eram substituídos. A variação encontrada estava de acordo
com a indicação do fabricante (±0,02 m3 m-3 ou ±2%).
3.7 Tratamentos
Foram avaliados quatro valores de CVA do substrato para acionamento da irrigação
(0,12; 0,24; 0,36 e 0,48 m3 m-3, que correspondem respectivamente as tensões de 100, 18, 10 e
3 kPa), três concentrações de nutrientes em SN (25%, 50% e 75% da recomendação de
adubação estabelecida por BATAGLIA et al., 2008 para PE em tubetes) e um tratamento
adicional (sistema de produção do viveirista, com irrigação manual por chuveiro), com três
repetições. A opção por definir os tratamentos a partir do valor limite do CVA do substrato foi
necessária pelo emprego de sensores capacitivos na automação do experimento, que
relacionavam o valor da umidade volumétrica com as leituras de voltagem obtidas, sendo esse
parâmetro o referencial utilizado atualmente na literatura (FERRAREZI e VAN IERSEL,
2011). Cada parcela experimental foi composta por uma bandeja com 187 plantas e um
equipamento de subirrigação. Em cada bandeja foi deixada uma bordadura, formada por uma
linha de plantas ao redor da bandeja, considerando-se 136 plantas úteis para as análises.
3.8 Frequência da irrigação, tempo e altura de saturação
As leituras de umidade do substrato eram realizadas a cada 15 minutos utilizando os
sensores capacitivos, com registo dos dados médios pelo data logger a cada 1 h. Quando as
leituras da umidade do substrato atingiram valores menores que os estabelecidos como
tratamentos de CVA (0,12; 0,24; 0,36 ou 0,48 m3 m-3), as bombas submersas de irrigação
conectadas aos reservatórios com as diferentes SN entravam em funcionamento por 80
segundos, tempo suficiente para encher as mesas com a lâmina requerida, seguida de
drenagem completa por aproximadamente 10 minutos (FERRAREZI e VAN IERSEL, 2011).
66
A água foi aplicada até 1/3 da altura do tubete (4 cm), de acordo com o estabelecido por
BARRETO (2011) e FERREIRA FILHO et al. (2012).
3.9 Fertilização
A exigência nutricional do PE limão Cravo foi levada em consideração para preparo
das SN utilizada nos tratamentos, sendo o valor padrão denominado 100% da recomendação
estabelecido por BATAGLIA et al. (2008). A solução para atender esse padrão deve
apresentar pH = 4,24, condutividade elétrica (CE) = 1,8 dS m-1 e a seguinte concentração de
nutrientes (mg L-1): N-total = 190 (N-NO3 = 162 e N-NH4 = 28); P = 18; K = 160; Ca = 163;
Mg = 18,4; S = 36; B = 0,24; Cu = 3,06; Fe = 1,44; Mn = 0,56; Mo = 0,1 e Zn = 0,4.
A SN utilizada no sistema de produção do viveirista era preparada pelos próprios
funcionários, utilizando-se 2 L 1000 L-1 da solução concentrada Brennfeed AGRBRA 258®
(Brenntag Química Brasil, Guarulhos/SP) e 0,3 kg 1000 L-1 de sulfato de magnésio hepta-
hidratado Magnesol® (Produquímica, Suzano/SP). Essa solução deveria atender 100% da
recomendação estabelecida por BATAGLIA et al. (2008), porém observou-se pelas análises
químicas das SN que isso não ocorreu em diversas ocasiões, fato atribuído ao mal
funcionamento do equipamento injetor de fertilizantes e à falta de solução concentrada no
viveiro para formulação da SN em diversos períodos no final do experimento.
A SN utilizada nas diferentes concentrações de 25%, 50% e 75% da recomendação
foi preparada pelo pesquisador, sendo a quantidade dos produtos comerciais acima reduzida
proporcionalmente até atingir o valor necessário. Haviam três caixas d´água de polietileno de
1000 L para preparo e estoque de cada concentração de SN avaliada, com a finalidade de
reposição manual dos reservatórios individuais de 121 L quando necessário. As SN foram
recirculadas durante todo o período experimental, sendo repostas semanalmente e trocadas aos
60 dias após o início do experimento (DAIE, logo após a coleta de plantas).
A água do viveiro, proveniente de poço semi artesiano com 200 m de profundidade,
apresentava em análise realizada no início do experimento pH = 6,6, CE = 0,12 dS m-1 e a
seguinte concentração de nutrientes (mg L-1): N-total = 2,13 (N-NO3 = 1,41 e N-NH4 = 0,72);
P = 0,06; K = 1,67; Ca = 4,3; Mg = 2,42; S = 0,47; B = 0,04; Cu = 0,01; Fe = 0,03; Mn = 0,02;
Zn = 0,02; cloreto = 0,36; e Na = 1,9.
67
3.10 Manejo e tratos culturais
Antes do início do experimento realizou-se uma irrigação manual com água para
uniformizar a umidade de todos os substratos.
Ao longo do experimento as plantas foram manejadas de acordo com as práticas
agronômicas usuais para o crescimento adequado de PE cítricos. No dia 21/11/2012 (DAIE
22) houve uma aplicação de fertilizante foliar misto Sea Rootz® (Ajinomoto, São Paulo/SP),
com 2%N, 5% K2O, 1,5% B, 2% Fe, 1% Zn e 14% de agente complexante de extrato de algas
em todos os tratamentos em razão da aplicação em todo o viveiro de produção. Ocorreu
pulverização por três vezes com 0,2 mL L-1 de Vertimec® (i.a. abamectina, Syngenta,
Paulínia/SP) + 2,5 mL L-1 de Nimbus® (óleo mineral, Syngenta, Paulínia/SP) e 1,5 mL L-1 de
Lorsban® (i.a. clorpirifós, Dow Agrosciences, Ribeirão Preto/SP) para controle de larva
minadora dos citros (Phyllocnistis citrella, Lepidoptera: Gracillariidae).
Toda vez que a CE do substrato medida semanalmente apresentava valores superiores
a 5 dS m-1 nas medições semanais, se realizava a lavagem do substrato com água do sistema
de abastecimento de maneira contínua por 5 minutos para evitar danos por excesso de sais às
plantas. Essa atividade foi realizada somente nos tratamentos com SN 75%: CVA 0,36 m3 m-3
(repetição 1) no DAIE 32; CVA 0,36 (repetições 1 e 3) e CVA 0,48 m3 m-3 (repetição 3) no
DAIE 38; e CVA 0,48 m3 m-3 (repetições 1, 2 e 3) no DAIE 61.
3.11 Variáveis analisadas
3.11.1 Dados climáticos no interior da estufa
Houve monitoramento da temperatura e umidade relativa do ar ao longo de todo o
período experimental, utilizando-se um termo-higrômetro digital com data logger HT-4000®
(ICEL, Manaus/AM).
3.11.2 Nas plantas
A. SEMANAL:
Realizou-se a avaliação visual do aparecimento de pragas e doenças, usando escala de
presença/ausência e determinação visual do tipo de praga e/ou doença1.
1 Não houve aplicação de nenhum produto fitossanitário para prevenção ou controle de doenças ao
longo do período experimental.
68
Além disso, realizou-se a medida da interceptação luminosa acima e abaixo do dossel
para determinação do índice de área foliar (IAF), usando o ceptômetro AccuPAR LP-80®
(Decagon Devices, Pullmann/WA, EUA), segundo método proposto por WILHELM et al.
(2000) e procedimentos de cálculo indicados pelo fabricante.
B. MENSAL (aos 0, 30, 60 e 90 DAIE):
Realizou-se a amostragem de 20 plantas escolhidas aleatoriamente para determinação
do teor de nutrientes, realizadas no Instituto Agronômico/IAC (DAIE 0 e 90) e no Instituto
Brasileiro de Análises/IBRA (DAIE 30 e 60), em Campinas, SP. Determinou-se N, P, K, Ca,
Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn na parte aérea (folhas e caule) e no sistema radicular pelo método
descrito por BATAGLIA et al. (1983).
Foram realizadas determinações das seguintes variáveis biométricas de crescimento
vegetal em 20 plantas escolhidas aleatoriamente (FERRAREZI, R. S., 2006):
Altura de parte aérea, usando régua milimetrada;
Diâmetro de caule, usando paquímetro eletrônico digital de 150 mm (Worker, China);
Massa seca de parte aérea (MSPA, formada por folha e caule), do sistema radicular
(MSSR) e total (MST), usando estufa de circulação forçada a 65oC por cinco dias para
secagem e balança de precisão para pesagem;
Área foliar total (AFT), usando o integrador LI-3100 (LI-COR, Lincoln/NE, EUA).
Em razão da disponibilidade dos resultados de AFT (análise destrutiva) usando o
integrador LI-3200® e do IAF (análise não destrutiva) determinado pelo ceptômetro
AccuPAR LP-80®, realizou-se a correlação entre essas variáveis aos 0, 30, 60 e 90 DAIE para
determinar a validade e precisão de cada equipamento nesse estudo e realizar recomendação
de seu uso para estudos futuros.
C. NO FINAL DO EXPERIMENTO:
Realizou-se a avaliação da diagnose nutricional visual, de perdas na produção
(número de plantas mortas), aparecimento de algas nas mesas de subirrigação e a
determinação de algumas respostas fisiológicas: concentração intracelular de CO2 (Ci),
transpiração (E), condutância estomática (gs) e fotossíntese líquida (A), usando o medidor
69
portátil de fotossíntese LCPro-SD (ADC Systems, Inglaterra) (MILLAN-ALMARAZ et al.,
2009).
Foi realizada a documentação fotográfica de 4 plantas por tratamento posicionadas
em frente a um fundo branco, utilizando-se uma câmera digital DSC-HX5® (Sony
Corporation, Japão) instalada sobre um tripé.
Também se realizou a determinação da eficiência do uso da água, dividindo-se a
MST (g) pelo volume total de SN aplicado por tubete (L), sendo considerado no seu cálculo o
volume reposto semanalmente e correspondente ao que foi evapotranspirado pela cultura e o
evaporado no substrato e nas mesas de subirrigação (BURNETT e VAN IERSEL, 2008; LEE
e VAN IERSEL, 2008; e BRUECK, 2008).
3.11.3 No substrato
A. DIÁRIO:
Realizou-se o monitoramento em tempo real do CVA do substrato a cada 15 min e
com armazenamento das médias a cada 1 h usando os sensores capacitivos EC-5® conectados
ao data logger e controlados pelo software LoggerNet®, e do número de acionamentos da
irrigação por meio de um contador automático (linhas 58 a 61 no programa do Apêndice 8.1)
ao longo de todo o período experimental,
B. SEMANAL:
Realizou-se a determinação de pH e CE do substrato por meio da técnica do “Pour
Thru”, segundo método proposto por CAVINS et al. (2000) e adaptado por FERRAREZI
(2006), usando medidor digital portátil de pH, CE e temperatura HI-98129® (Hanna
Instruments, Ann Arbor/MI, EUA). Basicamente os procedimentos empregados foram: a)
Seleção aleatória de 5 tubetes; b) Apoio dos mesmos em suportes com uma bandeja para
coleta de lixiviado na base; c) Irrigação com 50 mL de água até completa hidratação do
substrato para deslocar a solução do recipiente e obter 50 mL na bandeja coletora; d) Repouso
por 30 min para permitir total equilíbrio; e) Drenagem do lixiviado para recipientes graduados,
onde se procederam as leituras de pH e CE usando-se equipamentos previamente calibrados.
C. MENSAL (aos 0, 30, 60 e 90 DAIE):
70
Realizou-se a amostragem de 20 tubetes escolhidos aleatoriamente para coleta de
substrato e determinação da concentração de nutrientes, realizadas no IAC (DAIE 0 e 90) e no
IBRA (DAIE 30 e 60). A solução do substrato foi extraída pelo método Holandês 1:1,5
(SONNEVELD; VAN ELDEREN, 1994). Determinou-se o pH e o CE por um medidor digital
de bancada; N-NH4 e N-NO3 por destilação a vapor; P, K, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn e Zn por
espectrometria de emissão atômica por plasma acoplado (sinonímia em inglês inductively
coupled plasma optical emission spectrometry ou ICP-OES); B pelo método da água quente;
cloreto pelo método do eletrodo de íon seletivo; e Na usando fotometria (CANTARELLA e
TRIVELIN, 2001). A concentração de S, B e Cl foi determinada somente nas análises
realizadas no IAC no DAIE 0 e 90.
D. NO FINAL DO EXPERIMENTO:
Realizou-se análise fitopatológica para detecção de Phytophthora spp., segundo
método proposto por GRIMM e ALEXANDER (1973), realizada no Laboratório de Análise
Fitopatológicas do Instituto Biológico/IB, em Sorocaba/SP.
3.11.4 Nos reservatórios de solução nutritiva de 121 L
A. SEMANAL:
Realizou-se a reposição de SN e medição do volume total de SN aplicado nas
bandejas (VTb) durante as reposições, contemplando o que foi evapotranspirado pela cultura e
o evaporado no substrato e na mesa de subirrigação. No caso do tratamento do viveirista,
considerou-se o volume lixiviado, coletado semanalmente nos reservatórios de 121 L
posicionados abaixo das mesas com as plantas, mais o volume de SN armazenado no substrato
(VAS) calculado pela Equação 6 em razão do volume, tempo e vazão serem variáveis em
função dos dias e do operador.
VAS = 0,10 (VSt × Pt × Nt × Ni) Equação 6
Onde:
VAS = Volume armazenado no substrato (L)
VSt = Volume de substrato no tubete (56 cm3)
71
Pt = Porosidade total do substrato (72,1%)
Nt = No de tubetes por bandeja (187)
Ni = No de irrigações no ciclo (79)
Para cálculo do volume total de SN aplicado por tubetes (VTt) em todos os
tratamentos, somou-se a água utilizada no período de 30 dias e ponderou-se o número de
plantas em razão da retirada para as análises químicas, indicado na Equação 7.
𝑉𝑇𝑡 = Volume (DAIE 0−30)
187+
Volume (DAIE 30−60)
167+
Volume (DAIE 60−90)
147 Equação 7
Onde:
Volume = Volume aplicado em 30 dias (DAIE 0-30, DAIE 30-60 e DAIE 60-90).
B. MENSAL (aos 0, 30, 60 e 90 DAIE):
Determinação da concentração de macro e micronutrientes, realizadas no IAC (DAIE
0 e 90) e no IBRA (DAIE 30 e 60). Determinou-se diretamente na SN o pH, CE, N-NH4 e N-
NO3, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn, Zn, cloreto e Na pelos métodos indicados na análise da
solução dos substratos.
C. NO FINAL DO EXPERIMENTO:
Realizou-se a determinação de pH e CE das SN dos reservatórios de 121 L, usando
medidor digital portátil de pH, CE e temperatura HI-98129® (Hanna Instruments, Ann
Arbor/MI, EUA).
Também realizou-se a análise fitopatológica para detecção de Phytophthora spp.,
segundo método proposto por GRIMM e ALEXANDER (1973), também realizada no
Laboratório de Análise Fitopatológicas do Instituto Biológico/IB, em Sorocaba/SP.
3.11.5 Estimativa de custos
Realizou-se a estimativa aproximada de custos para a implantação do novo sistema e
dos equipamentos para monitoramento da umidade e controle da subirrigação, a economia
proporcionada pela redução de mão de obra para irrigação e de uso e descarte de fertilizantes.
72
No caso dos cálculos usados no levantamento dos custos de mão de obra, utilizou-se as
Equações 8 e 9.
Quantidade de dias necessários = Total de tubetes ao longo do ciclo
Rendimento em tubetes por dia Equação 8
Número de trabalhadores para a atividade = Quantidade de dias necessários
N° de dias úteis no mês Equação 9
Onde:
Rendimento em tubetes por dia = dia com 9 h de serviço
N° de dias úteis no mês = 21
3.12 Delineamento experimental
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial
4×3+1: quatro CVA do substrato para acionamento da irrigação (0,12; 0,24; 0,36 e 0,48 m3
m-3), três concentrações de nutrientes em SN (25%, 50% e 75% da recomendação de adubação
para PE em tubetes) e um tratamento adicional (sistema de produção do viveirista, com
irrigação manual por chuveiro).
SN 50%
CVA 0,48
Rep. 3
SN 25%
CVA 0,48
Rep. 1
SN 25%
CVA 0,24
Rep. 2
SN 25%
CVA 0,24
Rep. 1
SN 75%
CVA 0,12
Rep. 1
SN 75%
CVA 0,12
Rep. 2
SN 50%
CVA 0,12
Rep. 2
SN 75%
CVA 0,24
Rep. 1
SN 75%
CVA 0,12
Rep. 3
SN 25%
CVA 0,36
Rep. 2
SN 50%
CVA 0,36
Rep. 2
SN 25%
CVA 0,36
Rep. 1
SN 25%
CVA 0,36
Rep. 3
SN 50%
CVA 0,12
Rep. 1
SN 25%
CVA 0,24
Rep. 3
SN 25%
CVA 0,12
Rep. 1
SN 50%
CVA 0,24
Rep. 2
SN 75%
CVA 0,36
Rep. 1
SN 75%
CVA 0,48
Rep. 1
SN 50%
CVA 0,24
Rep. 1
SN 75%
CVA 0,24
Rep. 3
SN 25%
CVA 0,12
Rep. 2
SN 25%
CVA 0,48
Rep. 3
SN 50%
CVA 0,12
Rep. 3
SN 75%
CVA 0,36
Rep. 3
SN 75%
CVA 0,48
Rep. 3
SN 75%
CVA 0,48
Rep. 2
SN 75%
CVA 0,24
Rep. 2
Irrigação
Manual
Rep. 1
Irrigação
Manual
Rep. 3
SN 50%
CVA 0,24
Rep. 3
SN 50%
CVA 0,48
Rep. 2
SN 50%
CVA 0,48
Rep. 1
SN 25%
CVA 0,48
Rep. 2
SN 75%
CVA 0,36
Rep. 2
SN 50%
CVA 0,36
Rep. 1
SN 50%
CVA 0,36
Rep. 3
SN 25%
CVA 0,12
Rep. 3
Irrigação
Manual
Rep. 2
Figura 18. Croqui experimental com a localização dos tratamentos na bancada, com a posição
de cada tratamento definida aleatoriamente por sorteio. Onde SN: concentração de nutrientes
em solução nutritiva, CVA: conteúdo volumétrico de água para acionamento da subirrigação e
Rep.: repetição.
73
O esquema experimental com a localização dos tratamentos na bancada pode ser
visualizado na Figura 18, onde a posição de cada tratamento foi definida aleatoriamente, com
exceção do tratamento com o sistema de produção do viveirista usando irrigação manual), que
foi alocado no final da bancada de produção para evitar que no momento das irrigações
manuais os funcionários dos viveiro irrigassem acidentalmente alguma parcela subirrigada. Na
lateral da bancada haviam outras bancadas com PE em produção (duas bancadas a direita e
nove a esquerda).
3.13 Análise estatística
A equação geral do modelo estatístico usado em fatoriais com delineamento
completamente casualizado é: y = m + ai + bj + abij + eijk, sendo i=1,2,...,a, j=1,2,...,b, e
k=1,2,...,r, onde a e b são os números de níveis dos fatores A e B, respectivamente; r é o
número de repetições comum para todas as condições; ai é o efeito diferencial esperado do
fator A; bj é o efeito diferencial esperado do fator B; e abij é o efeito esperado da interação dos
dois fatores. Nesse experimento as equações usadas foram:
Em cada época de amostragem: Respostaijk = média + Irrigação manuali + SNj + CVAk
+ SN×CVAjk + erroijkl, onde i=irrigação manual (1); j=concentrações de nutrientes (3);
k=conteúdo volumétrico de água (4); l=repetições (3);
Entre as diferentes épocas de amostragem: Respostaijkl = média + Irrigação manual i +
SNj + CVAk + SN×CVAjk + DAIEl + SN×DAIEjl, + CVA×DAIEkl +
SN×CVA×DAIEjkl + erroijklm onde i=1; j=3; k=4; l=épocas (4, 13 ou 14); m=repetições
(3);
Foram realizados testes de normalidade nos dados das variáveis analisadas (Proc
univariate, realizando-se análise de variância (Proc GLM), comparação de médias usando
Tukey pelo método dos quadrados mínimos (lsmeans) em cada variável usando o software
estatístico SAS versão 9.2 (SAS Institute, Cary/NC, EUA).
74
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Dados climáticos no interior da estufa
O acompanhamento dos dados climáticos no interior da estufa se faz necessário para
relacionar as condições ambientais de produção com as respostas no desenvolvimento vegetal.
Os dados climáticos de temperatura e umidade relativa do ar obtidos no interior da estufa ao
longo do período experimental podem ser observados na Figura 19.
Dias após o início do experimento, DAIE
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Um
ida
de r
ela
tiva
(%
)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Umidade relativa
Média de 12 h
Tem
pera
tura
(oC
)
0
10
20
30
40
50
60
70
Temperatura
Média de 12 h
Figura 19. Variação da temperatura e umidade relativa do ar no interior da estufa ao longo do
período experimental.
A temperatura média apresentou variação entre 18 a 48 °C ao longo do período
experimental, com destaque para as temperaturas máximas acima dos 50ºC em diferentes dias,
principalmente na metade inicial do experimento, nos meses de novembro e dezembro. Com
relação à umidade relativa média do ar, houve variação de 27% a 87% ao longo do período
experimental (Figura 19). Essas variações ocorreram em razão da influência da alta
temperatura do ambiente externo, com reflexo direto no interior da estufa (aumento na
temperatura e redução da umidade relativa do ar).
75
Em geral, plantas cítricas apresentam crescimento vegetativo ideal entre temperaturas
médias de 13ºC e 34ºC (AMARAL, 1982), e embora as temperaturas encontradas tenham sido
superiores a esses valores, observou-se desenvolvimento adequado das plantas, ocorrendo
antecipação no ciclo de produção indicado por BATAGLIA et al. (2008). Segundo JOAQUIM
(1997), valores na faixa de 65% são considerados ideais para o desenvolvimento de plantas
cítricas e, apesar dos valores terem sido menores que esse valor na maior parte do
experimento, isso não causou efeitos negativos no crescimento das plantas ou no aparecimento
de pragas e doenças.
Os resultados encontrados nesse experimento estão de acordo com CUNHA et al.
(2009b), que estudaram as relações entre variáveis climáticas (intensidade luminosa,
temperatura e umidade relativa) com a produção e enraizamento de miniestacas de eucalipto
em minijardim clonal em tubetes usando a subirrigação, e que observaram que valores
elevados dessas variáveis favoreceram o crescimento das plantas.
Observou-se que as altas temperaturas e as baixas umidades relativas do ar não
apresentaram efeitos que puderam ser detectados diretamente sobre as variáveis analisadas.
Porém, os possíveis efeitos sobre a evapotranspiração e respostas fisiológicas relacionadas aos
estresses ambientais causados pela temperatura e umidade relativa do ar não foram avaliados
nesse estudo.
4.2 Variáveis monitoradas nas plantas
4.2.1 Avaliação da presença de pragas e doenças
A principal justificativa da produção de mudas cítricas em viveiros telados é a
redução da incidência de pragas e doenças, em razão do bloqueio físico proporcionado pelas
telas antiafídeas nas laterais das estufas e das medidas fitossanitárias preventivas (rodolúvio,
pedilúvio, pulverizações constantes), reduzindo consideravelmente a chance do seu
aparecimento. Porém, algumas vezes, certas pragas e doenças conseguem vencer essas
barreiras, e seu monitoramento e controle devem ser constantes.
Não houve aparecimento de nenhuma doença nas plantas ao longo do período
experimental, mesmo sem a pulverização de fungicidas preventivos, o que não pode ser
atribuído exclusivamente ao sistema de irrigação empregado. Porém, nas inspeções semanais
foi detectada a presença de larva minadora (Phyllocnistis citrella, Lepidoptera: Gracillariidae)
76
aos 67 DAIE, com predominância da sua incidência nos tratamentos com valor de CVA de
0,24, 0,36 e 0,48 m3 m-3 para acionamento da irrigação nas três concentrações de SN (sem
presença no tratamento com SN 75% e CVA de 0,24 m3 m-3), e fungus gnat (Bradysia sp. nr.
coprophila, Diptera: Sciaridae) aos 73 DAIE, somente no tratamento com SN 50% e CVA de
0,36 m3 m-3, havendo necessidade de pulverizações com inseticidas para o controle dessas
pragas.
Portanto, da mesma forma que observado para os substratos, verificou-se que a
recirculação de SN não aumenta necessariamente a incidência de pragas e doenças. Apesar da
possibilidade da influência da época do ano e da duração da pesquisa, a subirrigação mostrou
o mesmo comportamento do sistema convencional utilizado atualmente para as condições
experimentais testadas.
4.2.2 Índice de área foliar
O IAF é uma grandeza adimensional que caracteriza a parte aérea das plantas, sendo
definida como a relação entre área de um lado de folhas fotossinteticamente ativas por unidade
de área da superfície do solo (IAF = área foliar / área da superfície do solo, m2 m-2). O IAF é
usado para prever a produção fotossintética primária e a evapotranspiração, servindo como
uma ferramenta indicativa do crescimento das culturas.
Na Figura 20 são apresentadas as variações do IAF para os tratamentos testados ao
longo do período experimental, e na Tabela 8 a sua análise estatística. Houve diferença
significativa entre os tratamentos (p < 0,0001, R2 = 0,9778), resultado que indica que 97,78%
da resposta dessa variável foi explicada pelo efeito da SN, CVA e DAIE e suas interações,
com destaque para a interação SN×CVA×DAIE (p = 0,0001).
Houve efeito isolado dos fatores e interações entre eles, sendo que IAF atingiu
valores máximos nas SN 50% e 75% e nas CVA de 0,36 e 0,48 m3 m-3. Com exceção dos
tratamentos com concentração da SN de 25%, observa-se efeito significativo crescente da
umidade (p < 0,0001).
Como a capacidade fotossintética é diretamente proporcional à área foliar, o aumento
do IAF promove o desenvolvimento dos tecidos responsáveis pela produção de
fotoassimilados. O fornecimento de SN em concentrações adequadas e de umidades crescentes
77
do substrato promoveu o crescimento das plantas devido a resposta positiva do elongamento
celular e do crescimento vegetal à presença da água (ROUPHAEL e COLLA, 2005).
Dias após o início do experimento, DAIE
1 6 13 20 27 34 41 48 54 61 69 76 8488
Manual
0
1
2
3
4
5
6
7
SN 25% SN 50%
1 6 13 20 27 34 41 48 54 61 69 76 8488
Índic
e d
e á
rea f
oliar,
IA
F
0
1
2
3
4
5
6
7CVA 0,12 m3 m-3
CVA 0,24 m3 m-3
CVA 0,36 m3 m-3
CVA 0,48 m3 m-3
SN 75% SN do
viveirista
Figura 20. Variação do índice de área foliar (IAF) ao longo do período experimental para os
tratamentos com concentração da solução nutritiva (SN) de 25%, 50% e 75% da
recomendação de adubação, e com irrigação manual.
4.2.3 Teor de macro e micronutrientes
A quantificação dos teores de macro e micronutrientes no tecido vegetal permite
avaliar se a quantidade fornecida pela SN está sendo absorvida pelas plantas, e diagnosticar
como o fornecimento de SN concentradas num sistema que tende a acumular sais no substrato
irá impactar o acúmulo de nutrientes no tecido vegetal.
78
Tabela 8. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
índice de área foliar (IAF) ao longo do período experimental.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 207 2.313,0 11,2 71,86 <0,0001*
Irrigação manual 1 0,8 0,8 0,4 0,5317
SN 2 24,4 12,2 5,94 0,0075*
CVA 3 689,2 229,7 111,83 <0,0001*
SN×CVA 6 21,2 3,5 1,72 0,1563
Erro (a) 26 53,4 2,1
DAIE 13 1.229,6 94,6 608,3 <0,0001*
SN×DAIE 39 11,6 0,3 1,91 0,0013*
CVA×DAIE 39 260,6 6,7 42,97 <0,0001*
SN×CVA×DAIE 78 22,2 0,3 1,83 0,0001*
Erro total 338 52,6 0,2
Total 545 2.365,5
R2 = 0,9778 e CV = 16,83%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
A Figura 21 apresenta os teores de macro e micronutrientes na parte aérea (folhas e
caule) de PE de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 DAIE, a Tabela 9 apresenta a análise
estatística e as Tabelas 42 a 44 do Apêndice 8.2 disponibilizam as médias e o desvio padrão
dessas variáveis. Houve diferença significativa entre os tratamentos (p < 0,05 e R2 > 0,9 para
quase todos os nutrientes, com exceção para Ca, S, B, Cu e Mn), com efeito dos fatores
irrigação manual, SN, CVA e DAIE e suas interações (p < 0,05), com destaque para a
interação SN×CVA×DAIE (p < 0,0001), que indica que os diferentes tratamentos
influenciaram os teores de macro e micronutrientes. Observou-se efeito significativo para
DAIE em todas as variáveis, com diferenças nas interações entre cada nutriente (Tabela 9).
As linhas na posição superior e inferior presentes na Figura 21 indicam
respectivamente os valores máximos e mínimos recomendados por BATAGLIA et al. (2008)
para a produção adequada de PE de limão Cravo. De maneira geral, somente P, Ca, S, Fe, Mn
e Zn apresentaram valores mais baixos que os indicados por esses autores, sendo esses
nutrientes os que tiveram menor interação entre os fatores ou ausência de efeitos
significativos. No caso do Mg, se observa que os teores diminuíram com o aumento do CVA
para as três concentrações de SN testadas. No caso dos tratamentos com SN 25%, observa-se
que os teores de N, Ca e Mg foram inferiores aos demais para os mesmos valores de CVA, o
que pode ter contribuído para o aparecimento de sintomas visuais de deficiência nutricional
79
(manchas cloróticas). Os teores de Fe, Mn e Zn tiveram redução dos seus valores com o
decorrer do período experimental.
A Figura 22 apresenta os teores de macro e micronutrientes no sistema radicular de
PE de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 DAIE, a Tabela 10 apresenta a análise estatística e as
Tabelas 45 a 47 do Apêndice 8.2 disponibilizam as médias e o desvio padrão dessas
variáveis. Houve diferença significativa entre os tratamentos (p < 0,0001 e R2 > 0,90 para
quase todos os nutrientes, com exceção de B, Fe, Mn e Zn). Observou-se efeito significativo
do irrigação manual somente em S, Cu, Mn e Zn (p < 0,05); da SN, CVA e DAIE em diversos
nutrientes (p < 0,05); e de algumas interações SN×DAIE e CVA×DAIE (p < 0,05), com
destaque para a ausência da interação SN×CVA×DAIE, que foi significativa somente para Mn
(p = 0,0017).
A comparação dos teores encontrados neste estudo com resultados de outras
pesquisas fica limitada pela ausência de resultados específicos em PE cítricos, especialmente
no limão Cravo e usando a subirrigação. As comparações foram realizadas com os trabalhos
de BATAGLIA et al. (2008) e BOAVENTURA et al. (2004), que utilizaram irrigação manual
ou gotejamento. Diversos estudos usando a subirrigação analisaram o tecido vegetal e
determinaram macro e micronutrientes em culturas distintas, destacando-se ROUPHAEL et al.
(2008) em gerânio; CUNHA et al. (2009a, 2009b) em eucalipto; ROUPHAEL et al. (2006) e
ROUPHAEL e COLLA (2005) em abobrinha; KANG e VAN IERSEL (2009) em begônias e
petúnias; VAN IERSEL (1999) em amor-perfeito; KANG e VAN IERSEL (2002) em álisso,
celósia, dianthus e zínia; BUMGARNER et al. (2008) em carvalho vermelho; MILLER et al.
(2011) em shamrock; e MARTINETTI et al. (2008) em berinjela. No caso desse experimento,
utilizou-se a recomendação indicada por BATAGLIA et al. (2008) para realizar as
comparações, uma vez que esses autores estabeleceram o padrão nutricional de PE cítricos, em
específico para o limão Cravo, em duas épocas do ano (verão e inverno).
80
Nit
rogên
io (
g k
g-1
)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
N Fósf
oro
(g k
g-1
)
0
1
2
3
4
5
6
7
P
Potá
ssio
(g k
g-1
)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
K
Cálc
io (
g k
g-1
)
0
4
8
12
16
20
24
28
32
Ca
Magn
ésio
(g k
g-1
)
0
1
2
3
4
5
6
7
Mg En
xofr
e (g
kg
-1)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
S
Boro
(m
g k
g-1
)
0102030405060708090
100110120130
B
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Cob
re (
mg k
g-1
)
0
4
8
12
16
20
24
28
32
Cu
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Fer
ro (
mg k
g-1
)
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
Fe
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Man
gan
ês (
mg k
g-1
)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220
Mn
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Zin
co (
mg k
g-1
)0
10
20
30
40
50
60
70
80
DAIE 0
DAIE 30
DAIE 60
DAIE 90
Zn
PARTE AÉREA
(FOLHAS E CAULE)
Figura 21. Variação dos teores de macro e micronutrientes na parte aérea (folhas e caule) de porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30,
60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As linhas horizontais na posição superior e inferior indicam o valor máximo e
mínimo recomendado por BATAGLIA et al. (2008). As faixas verticais indicam as diferentes concentrações de nutrientes na solução
nutritiva (25%, 50% e 75%). Média de 3 repetições.
81
Tabela 9. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) da concentração de macro e
micronutrientes na parte aérea de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento.
FV GL N P K Ca Mg S
p-valor
Irrigação manual 1 <0,0001* 0,0004* 0,1466 0,3036 0,7307 0,0628
SN 2 <0,0001* 0,0034* 0,4738 0,0450** <0,0001* 0,5686
CVA 3 0,0462** 0,0003* 0,0623 0,4374 <0,0001* <0,0001*
SN×CVA 6 0,4067 0,0025* 0,3436 0,9980 0,0051* 0,8084
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 <0,0001* 0,0002* 0,7457 0,7255 <0,0001* 0,1522
CVA×DAIE 9 0,0237** <0,0001* 0,5487 0,0188** <0,0001* <0,0001*
SN×CVA×DAIE 18 0,9303 0,0782 0,8385 0,9944 0,0369** 0,1240
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9626 0,9973 0,9420 0,7704 0,9436 0,9899
CV, % 7,76 4,47 13,04 20,11 10,64 9,64
FV GL B Cu Fe Mn Zn
p-valor
Irrigação manual 1 0,4405 0,0003* 0,0033* 0,6853 0,1165
SN 2 0,3926 0,0283** 0,6434 0,9526 0,2200
CVA 3 0,0015* 0,0320** 0,0052* 0,1447 0,6747
SN×CVA 6 0,6285 0,4535 0,9974 0,9772 0,9221
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 0,9783 0,0061* 0,3599 0,9975 0,0406**
CVA×DAIE 9 0,0334** 0,1100 0,2241 0,0818 0,8378
SN×CVA×DAIE 18 0,7987 0,3572 0,7527 0,9997 0,9585
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,0223** <0,0001*
R2 0,8374 0,8116 0,9676 0,6097 0,8585
CV, % 23,70 20,21 13,76 97,31 22,24
Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de probabilidade.
O que se observou nos resultados dessas variáveis foi que o N e o P apresentaram
teores mais elevados com o aumento da concentração da SN; que o Mg, S e Fe apresentaram
decréscimo nos seus teores com o aumento da CVA; e que o K, Ca, Mg, S, B, Fe, Mn e Zn
apresentaram redução nos seus teores ao longo do experimento. Porém, a literatura não dispõe
de faixas de referência para o teor de nutrientes no sistema radicular assim como ocorre para a
parte aérea. Em geral, as análises realizadas nesse tecido vegetal podem sofrer variações
causadas por resíduos de substrato ou por falhas no processo de lavagem dos laboratórios de
análises químicas.
82
Nit
rogên
io (
g k
g-1
)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
N Fósf
oro
(g k
g-1
)
0
1
2
3
4
5
P
Potá
ssio
(g k
g-1
)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
K
Cálc
io (
g k
g-1
)
0
4
8
12
16
Ca
Magn
ésio
(g k
g-1
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Mg
En
xofr
e (g
kg
-1)
0
2
4
6
8
10
12
14
S
Boro
(m
g k
g-1
)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
B
Manual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Cob
re (
mg k
g-1
)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Cu
Manual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Fer
ro (
mg k
g-1
)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Fe
Manual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Man
gan
ês (
mg k
g-1
)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Mn
Manual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Zin
co (
mg k
g-1
)
0
10
20
30
40
50
60
DAIE 0
DAIE 30
DAIE 60
DAIE 90Zn
SISTEMA RADICULAR
Figura 22. Variação dos teores de macro e micronutrientes no sistema radicular de porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90
dias após o início do experimento (DAIE). As faixas verticais indicam as diferentes concentrações de nutrientes na solução nutritiva
(25%, 50% e 75%). Média de 3 repetições.
83
Tabela 10. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) da concentração de macro e
micronutrientes no sistema radicular de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento (DAIE).
FV GL N P K Ca Mg S
p-valor
Irrigação manual 1 0,3177 0,5245 0,9434 0,4171 0,2910 <0,0001*
SN 2 0,0002* 0,0615 0,0259** 0,0194** 0,1508 <0,0001*
CVA 3 0,4722 0,1386 <0,0001* 0,0161** <0,0001* <0,0001*
SN×CVA 6 0,3305 0,6965 0,0347** 0,7356 0,5062 0,2072
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 0,2328 0,2351 0,0009* 0,2105 0,3697 <0,0001*
CVA×DAIE 9 0,0151** 0,3452 <0,0001* 0,0005* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA×DAIE 18 0,5256 0,1417 0,5812 0,0893 0,5277 0,5867
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9435 0,9831 0,9859 0,9026 0,9155 0,9955
CV, % 13,19 11,09 7,93 16,97 15,47 5,24
FV GL B Cu Fe Mn Zn
p-valor
Irrigação manual 1 0,4334 0,0003* 0,1824 0,0015* 0,0105**
SN 2 0,5085 <0,0001* 0,1996 <0,0001* 0,6719
CVA 3 0,0115** <0,0001* 0,0038* <0,0001* 0,0006*
SN×CVA 6 0,9431 0,0068* 0,6909 0,0007* 0,7887
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 0,8048 <0,0001* 0,3931 0,0003* 0,1324
CVA×DAIE 9 0,0002* <0,0001* 0,0002* <0,0001* 0,0114**
SN×CVA×DAIE 18 0,9989 0,6011 0,9553 0,0017* 0,1952
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,8387 0,9154 0,8844 0,8746 0,8825
CV, % 57,34 29,52 20,94 35,21 15,52
Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de probabilidade.
4.2.4 Variáveis biométricas de crescimento
A altura das plantas e o diâmetro do caule são as variáveis utilizadas para indicar que
os PE estão aptos para transplantio em recipientes maiores para realização da enxertia na fase
seguinte da produção de mudas, sendo os indicadores do crescimento vegetal usados nas
estufas comerciais de produção. A massa seca da parte aérea (MSPA, formada por folhas e
caule), do sistema radicular (MSSR) e total (MST) e a área foliar total (AFT) estão
relacionadas entre si e também são indicadores do crescimento vegetal, pois a área foliar é
fundamental para a realização da fotossíntese, que produz açúcares usados para as reações
metabólicas usadas na produção de massa seca das plantas.
84
Os valores da altura das plantas, diâmetro do caule, MSPA, MSSR, MST e AFT aos
0, 30, 60 e 90 DAIE são apresentados na Figura 23, com a análise estatística disponível na
Tabela 11 e as médias e o desvio padrão mostradas nas Tabelas 48 e 49 do Apêndice 8.2.
Houve diferença significativa entre os tratamentos (p < 0,0001, R2 = 0,9875), com efeito dos
fatores irrigação manual (somente para a altura), SN, CVA e DAIE e suas interações, com
destaque para a interação SN×CVA×DAIE (p < 0,0001), indicando que os diferentes
tratamentos influenciaram significativamente na altura das plantas ao longo de todo o período
experimental.
Os tratamentos com SN 25% e 50% e CVA 0,36 e 0,48 m3 m-3 e SN 75% e CVA 0,48
m3 m-3 apresentaram resultados significativamente superiores no DAIE 90, sendo que a altura
no tratamento com SN 50% e CVA 0,48 m3 m-3 foi 77,7% maior que no CVA de 0,12 m3 m-3
e 45% maior que na irrigação manual. Verifica-se que o tratamento com irrigação manual
apresentou altura de 25 cm no DAIE 90, que foi alcançada 30 dias antes (no DAIE 60) para os
tratamentos com SN 25% e 75% e CVA de 0,48 m3 m-3, e SN 50% e CVA de 0,36 e 0,48 m3
m-3 (Figura 23A). Portanto, as plantas nesses tratamentos subirrigados apresentaram a altura
máxima indicada para transplantio por BATAGLIA et al. (2008) 30 dias antes do que o
tratamento com a irrigação manual usada pelo viveirista, possibilitando antecipação na
realização do transplantio para sacolas e possibilidade de liberação de espaço no viveiro para
um novo ciclo de produção. Esses resultados indicam a importância do estabelecimento do
manejo hídrico e nutricional adequado para regulação do crescimento das plantas (VAN
IERSEL e NEMALI, 2004).
Observa-se que para o diâmetro do caule houve diferença significativa entre os
tratamentos (p < 0,0001, R2 = 0,9780), com efeito dos fatores SN, CVA e DAIE e suas
interações, com destaque para a interação SN×CVA×DAIE (p < 0,0001), que indica que os
tratamentos avaliados influenciaram significativamente o valor do diâmetro do caule ao longo
de todo o período experimental (Figura 23B e Tabela 11).
Os tratamentos com SN 25% e 50% e CVA 0,36 ou 0,48 m3 m-3 apresentaram
resultados significativamente superiores no DAIE 90, sendo que o diâmetro no tratamento
com SN 50% e CVA 0,48 m3 m-3 foi 52,9% maior que o CVA de 0,12 m3 m-3 e 16,7% maior
que a irrigação manual. Na Figura 23B é possível observar o aumento do diâmetro com o
incremento do CVA do substrato e da concentração de nutrientes na SN, comportamento
85
também encontrado por VAN IERSEL et al. (2010) em petúnias e por LIU et al. (2012), que
obtiveram respostas quadráticas na altura de plantas, diâmetro de caule e matéria fresca e seca
em plantas de repolho, alface, pimenta e tomate usando subirrigação.
MS
(g p
lan
ta-1
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5Parte aérea
(MSPA)M
S (
g p
lan
ta-1
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
DAIE 0
DAIE 30
DAIE 60
DAIE 90
Sistema
radicular
(MSSR)
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
MS
(g p
lan
ta-1
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5Total
(MST)
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
AF
T (
cm2 p
lan
ta-1
)
0
50
100
150
200
250
300
350
Alt
ura
(cm
)
0
10
20
30
40
50
Diâ
met
ro (
mm
)
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
A B
C D
E F
Figura 23. Valores da altura das plantas (A), diâmetro do caule (B), massa seca (MS) da parte
aérea formada por folhas e caule (C), MS do sistema radicular (D), MS total (E) e área foliar
total (AFT, F) aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As linhas
horizontais indicam os valores recomendados por BATAGLIA et al. (2008) para cultivo. As
faixas verticais indicam as diferentes concentrações de nutrientes na solução nutritiva (25%,
50% e 75%). Média de 3 repetições.
86
Tabela 11. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) da altura das plantas,
diâmetro do caule, massa seca da parte aérea (MSPA, formado por folhas e caule), do sistema
radicular (MSSR) e total (MST) e área foliar total (AFT) aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início
do experimento.
FV Altura Diâmetro MSPA MSSR MST AFT
p-valor
Irrigação manual 0,0363** 0,1208 0,0775 0,6832 0,1519 0,1381
SN 0,0015* 0,0002* 0,0073* 0,0010* 0,0057* 0,0001*
CVA <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA 0,1387 0,3782 0,0087* 0,1287 0,0152** 0,0033*
DAIE <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,0015* 0,0001* <0,0001*
CVA×DAIE <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA×DAIE 0,0011* 0,8024 0,0048* 0,0485** 0,0082* <0,0001*
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9875 0,9780 0,9769 0,9763 0,9784 0,9874
CV % 14,66 7,59 28,19 21,00 25,44 19,28 Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de probabilidade.
Houve diferença significativa entre os tratamentos para a MSPA, MSSR e MST aos
0, 30, 60 e 90 DAIE (p < 0,0001, com R2 > 0,97 para as três variáveis), com efeito dos fatores
SN, CVA e DAIE e suas interações, com destaque para a interação SN×CVA×DAIE (p <
0,0001), que indica que os diferentes tratamentos influenciaram a massa seca ao longo de todo
o período experimental (Figura 23C-E e Tabela 11).
Seguindo a mesma resposta encontrada para altura e diâmetro, os tratamentos com
SN 25% e 50% e CVA 0,48 m3 m-3 e SN 50% e CVA 0,36 ou 0,48 m3 m-3 apresentaram
resultados significativamente superiores no DAIE 90 na massa seca, sendo que no tratamento
com SN 50% e CVA 0,48 m3 m-3; a MSPA foi 90,7% maior que o CVA de 0,12 m3 m-3 e
60,5% maior que a irrigação manual; a MSSR foi 70% maior que o CVA de 0,12 m3 m-3 e
28% maior que a irrigação manual; e a MST foi 87,7% maior que o CVA de 0,12 m3 m-3 e
55,7% maior que a irrigação manual (Figura 23C-E). O efeito positivo dos valores de
umidade para acionamento sobre a produção de massa seca está de acordo com o encontrado
por FERRAREZI e VAN IERSEL (2011), que trabalharam com plantas de hibiscos cultivadas
por subirrigação automatizada por sensores capacitivos.
O maior incremento da MSPA e da MSSR ao longo do período experimental usando
a subirrigação em comparação com o sistema de irrigação manual foi observado pela maior
87
disponibilidade de água e nutrientes dos tratamentos subirrigados, apesar de o tratamento com
irrigação manual não ter recebido 100% da recomendação ao longo de todo o período
experimental. Alguns autores encontraram valores 21% maior para kalanchoe (SON et al.,
2006), 11% maior para gerânio (ROUPHAEL et al., 2008), 20% maior para poinsétia (ARGO
e BIERNBAUM, 1995), 14% maior para echinácea (PINTO et al., 2008) e 27% maior para
espécies florestais nativas dos EUA (SCHMAL et al., 2011).
KANG e VAN IERSEL (2001) indicaram que concentrações de SN muito baixas (CE
de 0,15) ou muito altas (CE de 3 dS m-1) reduziram a massa seca de petúnias subirrigadas.
Resultados similares foram encontrados por JAMES e VAN IERSEL (2001b), onde CE
menores de 0,6 ou maiores que 2,4 dS m-1 reduziram a massa seca de petúnias e begônias; por
KANG e VAN IERSEL (2004), onde CE menores que 0,5 e maiores que 1,5 dS m-1 reduziram
a massa seca de sálvia; e por RICHARDS e REED (2004), onde concentrações menores que
50% ou maiores que 175% a recomendação de adubação reduziram a massa seca de maria-
sem-vergonha. Resultados semelhantes foram encontrados nesse experimento para SN com
concentrações de 25% e 75% (com CE de 0,6 e 1,8 dS m-1, respectivamente), indicando-se a
SN 50% desse experimento (com CE aproximada de 1,2 dS m-1) como a mais adequada para o
crescimento de PE de limão Cravo.
Também foi observado aumento da MSPA, da MSSR e da AFT com o aumento do
CVA, o que está de acordo com GARLAND et al. (2012) e VAN IERSEL e NEMALI (2004).
ZHENG et al. (2004) encontraram que a redução da concentração de SN de 100% para 50%
proporcionou aumento de 17% na MST e de 15% na AFT de gérbera, padrão similar ao
encontrado nesse estudo, porém com valores superiores.
A indisponibilidade de trabalhos específicos sobre aplicação da subirrigação tipo ebb-
and-flow na produção de PE de limão Cravo não permite uma comparação mais detalhada dos
resultados encontrados nesse experimento. Recentemente, TEIXEIRA et al. (2010)
desenvolveu um estudo sobre o cultivo de citrumelo Swingle, Poncirus trifoliata, citrange
Troyer e tangerina Sunki usando a subirrigação, onde foram testados doses crescentes de
fertilizantes em SN (0, 0,25, 0,5 e 1 g L-1 de adubo) e dois substratos comerciais (casca de
pinus e turfa), com reflexos significativos na altura das plantas, diâmetro do caule, número de
folhas, AFT, MSPA e MSSR. Esses autores observaram maior crescimento e acúmulo de
88
biomassa no substrato a base de casca de pinus (o mesmo utilizado nesse experimento),
independentemente dos PE e das doses de fertilizantes utilizadas.
Também houve diferença significativa entre os tratamentos para a AFT aos 0, 30, 60
e 90 DAIE (p < 0,0001, R2 = 0,9874), com efeito dos fatores SN, CVA e DAIE e suas
interações, com destaque para a interação SN×CVA×DAIE (p < 0,0001), mostrando que os
diferentes tratamentos influenciaram a AFT ao longo de todo o período experimental (Figura
23F e Tabela 11).
Os tratamentos com SN 25%, 50% e 75% e CVA 0,48 m3 m-3 e SN 50% e CVA 0,36
m3 m-3 apresentaram resultados significativamente superiores no DAIE 90, sendo que a AFT
no tratamento com SN 50% e CVA 0,48 m3 m-3 foi 88,9% maior que no CVA de 0,12 m3 m-3
e 82,1% maior que na irrigação manual. Observa-se que a AFT dos tratamentos com SN 50%
e CVA 0,36 e 0,48 m3 m-3 praticamente duplicou em relação ao tratamento com irrigação
manual, proporcionando maior área foliar para realização de fotossíntese.
A menor resposta na altura, diâmetro, massa seca e AFT foi encontrada no tratamento
com a SN 75% e CVA 0,12 m3 m-3 de umidade, provavelmente em razão da baixa
disponibilidade de água no substrato ao longo do período experimental (Figura 26), da alta
salinidade do meio de cultivo provocada pelo secamento do substrato e do efeito negativo
desses fatores sobre o crescimento vegetal (DOLE et al., 1994 e RICHARDS e REED, 2004).
Esses resultados demonstram que a combinação de baixa umidade para acionamento da
irrigação e de alta concentração de nutrientes foi negativa para o crescimento vegetal. No caso
da alta concentração de nutrientes, o mesmo foi encontrado por ROUPHAEL et al. (2008), que
testaram diferentes concentrações de SN em subirrigação e observaram redução dessas
mesmas variáveis na SN com 2 dS m-1 em comparação com a de 1 dS m-1 no cultivo de
gerânio de primavera. Portanto, não se recomenda a utilização dessa combinação de
tratamentos na subirrigação para a produção de PE de limão Cravo.
4.2.5 Correlação entre a área foliar total e o índice de área foliar
Análises de AFT são precisas por medirem toda a área foliar da planta, porém
demandam mais tempo e são destrutivas, isto é, implicam na morte da planta. WILHELM et
al. (2000) indicam a possibilidade de uso de equipamentos que estimam o IAF por meio de
análises não destrutivas. Dessa forma, ambas as metodologias foram comparadas visando
89
determinar a validade e precisão de cada equipamento nesse estudo e realizar recomendação
para estudos futuros.
A Figura 24 disponibiliza a correlação entre a AFT (análise destrutiva) usando
integrador LI-3200® e o IAF (análise não destrutiva) determinado pelo ceptômetro AccuPAR
LP-80®, aos 0, 30, 60 e 90 DAIE. Com exceção dos resultados no início do experimento
(DAIE 0), onde não houve significância em razão do pequeno tamanho das plantas, houve
correlação positiva significativa (p < 0,0001, R2 > 0,85) entre os dois métodos de detecção aos
30, 60 e 90 DAIE. Esses resultados estão de acordo com os encontrados por WILHELM et al.
(2000), que testaram as mesmas metodologias para determinação da área foliar de plantas de
milho.
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
NS
0 1 2 3 4
0
10
20
30
40
50
60
AFT = 5,289+11,534*IAF
R2 = 0,895
p < 0,0001
0 1 2 3 4 5 6
Áre
a f
olia
r to
tal, A
FT
, d
ete
rmin
ad
a p
elo
Li-
32
00
(c
m2 p
lan
ta-1
)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
AFT = -9,571+28,312*IAF
R2 = 0,946
p < 0,0001
Índice de área foliar, IAF, determinado pelo AccuPAR LP-80
0 1 2 3 4 5 6
0
100
200
300
400
AFT = -41,325+49,566*IAF
R2 = 0,851
p < 0,0001
DAIE 0
DAIE 60
DAIE 30
DAIE 90
Figura 24. Correlação entre a área foliar total (AFT) determinada pelo equipamento LI-3200 e
o índice de área foliar (IAF) estimada pelo equipamento AccuPAR LP-80 aos 0, 30, 60 e 90
dias após o início do experimento (DAIE).
90
Esses resultados demonstraram uma limitação dessa técnica para medições no DAIE
0 (com plantas muito pequenas), mas indicou a possibilidade de utilização do ceptômetro na
determinação da área foliar do limão Cravo produzido em sementeira a partir do DAIE 30,
facilitando a aquisição dos dados e reduzindo o tempo para obtenção dos resultados. Porém, o
IAF permaneceu praticamente constante com o aumento do DAIE e da AFT, que pela Figura
24 indica ter dobrado de tamanho do DAIE 60 para DAIE 90, havendo queda do valor de R2.
Portanto, estudos futuros devem ser conduzidos para estabelecer até que estádio de
desenvolvimento vegetal o IAF pode ser utilizado para estimar a AFT.
4.2.6 Documentação fotográfica
O desenvolvimento das plantas foi monitorado ao longo do experimento por uma
documentação fotográfica aos 0, 30, 60 e 90 DAIE, com o propósito de ilustrar os resultados
obtidos das variáveis biométricas. A documentação para todos os tratamentos no DAIE 90
pode ser observada na Figura 25.
Nesta figura, observa-se efeito do aumento do CVA para acionamento com o
crescimento em altura e diâmetro e enfolhamento, com destaque para a redução de
crescimento na SN 75% e diferença de coloração entre os tratamentos utilizando
concentrações variáveis de SN. Houve coloração verde-clara nos tratamentos com SN 25%,
seguido de verde para a SN 50% e verde-escura para a SN 75%, com a ocorrência de manchas
cloróticas nas plantas dos tratamentos com SN 25%.
Nos tratamentos com SN 25% e CVA de 0,12 m3 m-3 observa-se que o suprimento de
água e nutrientes foi inadequado para o crescimento vegetal em comparação com os CVA
crescentes, resultando em plantas menores. No CVA de 0,24 m3 m-3 o crescimento foi similar
ao irrigado manualmente, mostrando, porém, sinais de deficiência de nutrientes nesse
tratamento (Figura 25). As imagens das plantas submetidas ao tratamento com CVA de 0,36
m3 m-3 mostram crescimento adequado, porém com folhas novas ligeiramente cloróticas. O
CVA de 0,48 m3 m-3 proporcionou as maiores plantas para essa concentração de SN.
91
CVA de 0,12 CVA de 0,24 CVA de 0,36 CVA de 0,48
SN 25%
SN 50%
SN 75%
Irrigação manual
SN usada
pelo
viveirista
Figura 25. Documentação fotográfica do desenvolvimento vegetativo de plantas de limão
Cravo nos tratamentos com solução nutritiva (SN) 25%, 50% e 75%, conteúdo volumétrico de
água (CVA) de 0,12, 0,24, 0,36, 0,48 m3 m-3 e irrigação manual aos 90 dias após o início do
experimento.
Observa-se nos tratamentos com SN 50% e CVA de 0,12 m3 m-3 que o suprimento de
água foi insuficiente para crescimento adequado das plantas, resultando em baixa altura das
12 cm
12 cm
92
mesmas. O crescimento em altura das plantas no CVA de 0,24 m3 m-3 foi similar ao irrigado
manualmente, porém com menor número e tamanho de folhas. Na imagem para o com CVA
de 0,36 m3 m-3 observa-se que esse tratamento apresentou o maior crescimento em altura em
comparação com as demais concentrações de SN (Figura 25). Observa-se que as plantas do
tratamento com CVA de 0,48 m3 m-3 apresentaram a maior altura e enfolhamento em
comparação com as demais plantas desse experimento.
Ao analisar as imagens para o tratamento com SN 75% e CVA de 0,12 m3 m-3,
observa-se que as plantas cresceram menos em comparação aos demais tratamentos, sugerindo
que a combinação do suprimento inadequado de água com a alta concentração de nutrientes
resultou no menor crescimento das plantas e indicando que essa combinação não deve ser
utilizada na produção de PE de limão Cravo em subirrigação. As plantas do tratamento com
CVA de 0,24 m3 m-3 apresentaram crescimento ligeiramente inferior ao irrigado manualmente,
enquanto que as plantas com CVA de 0,36 m3 m-3 apresentaram crescimento ligeiramente
superior (Figura 25). Verifica-se que as plantas do tratamento com CVA de 0,48 m3 m-3
apresentaram crescimento vigoroso, comparável às demais concentrações de SN.
Para o tratamento com irrigação manual, observou-se que o crescimento ocorreu de
acordo com o indicado por BATAGLIA et al. (2008) ao longo do período experimental,
resultando em plantas com 25 cm no DAIE 90. Verificou-se o aparecimento de manchas
cloróticas em diversas plantas desse tratamento.
O efeito dos tratamentos sobre as variáveis de crescimento (altura de plantas,
diâmetro de caule, massa seca e área foliar) possibilita uma diferenciação visual dos
tratamentos aplicados. Essa documentação fotográfica corrobora os dados obtidos pelas
análises biométricas e de nutrientes no substrato, tecido vegetal e SN, indicando que
tratamentos com concentração de nutrientes na SN 25% e valores de CVA de 0,12 m3 m-3
induziram menor crescimento das plantas e sintomas visuais de deficiência de nutrientes,
enquanto que o uso da SN 50% e do CVA 0,48 m3 m-3 proporcionou plantas com o maior
crescimento em altura, diâmetro, massa seca e AFT. A Figura 25 indica que a SN 75% não
apresentou as maiores plantas, provavelmente em razão do efeito negativo da alta
concentração de nutrientes.
93
4.2.7 Diagnose nutricional visual
A diagnose nutricional visual se baseia nos sintomas que determinados órgãos da
planta podem exibir quando um nutriente está deficiente ou em excesso. Em geral, a folha é o
órgão que manifesta mais rapidamente alterações visíveis em resposta a distúrbios nutricionais
decorrentes de variações na disponibilidade de nutrientes (FERRAREZI, 2006). Apesar de a
diagnose nutricional visual ser uma metodologia fácil e rápida, ela pode ser de difícil
aplicação, principalmente quando mais de um nutriente estiver deficiente ou quando ocorre
deficiência de um nutriente simultaneamente com toxidez de outro (FERRAREZI et al., 2007).
Quando os sintomas se tornam visíveis, muitas vezes a redução de produtividade da cultura é
inevitável no ciclo atual de crescimento.
Na Tabela 12 pode-se observar os resultados da diagnose nutricional visual ao final
do experimento, na qual se verificou plantas com coloração verde-clara nos tratamentos com
SN 25%, seguido de verde para a SN 50% e verde-escura para a SN 75%, com a ocorrência de
manchas cloróticas nas plantas dos tratamentos com SN 25%.
Tabela 12. Diagnose nutricional visual de porta-enxertos de limão Cravo ao final do
experimento.
Tratamentos (SN, CVA) Nota Observações
Manual 3 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) nas 3 repetições
25%, 0,12 3 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) e Folhas afinadas
(Zn) em 2 repetições
25%, 0,24 3 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) nas 3 repetições
25%, 0,36 3 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) em 2 repetições
25%, 0,48 3 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) em 1 repetição
50%, 0,12 4 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) em 1 repetição e
morte de todas as plantas em 1 repetição
50%, 0,24 4 Deformações nas folhas novas (Ca ou B) em 2 repetições
50%, 0,36 5 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) em 1 repetição
50%, 0,48 5 ---
75%, 0,12 4 Diversas plantas mortas e com queimaduras típicas de toxidez
por excesso de nutrientes nas bordas
75%, 0,24 5 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) em 1 repetição
75%, 0,36 5 Manchas cloróticas nas folhas velhas (Mg) em 1 repetição
75%, 0,48 5 Deformações nas folhas novas (Ca ou B) em 1 repetição
Onde: Nota 1 = plantas com coloração predominantemente amarela; Nota 2 = com coloração
predominantemente amarela claro; Nota 3 = plantas com coloração predominantemente verde claro;
Nota 4 = plantas com coloração predominantemente verde; e Nota 5 = plantas com coloração
predominantemente verde escuro.
94
Portanto, observou-se que as plantas submetidas aos tratamentos com SN 25%
apresentaram manchas cloróticas nas folhas velhas, resultado de deficiências nutricionais. Os
sintomas associados às manchas cloróticas estavam em sua maioria relacionados com
deficiências de Mg em folhas velhas, que puderam ser comparados com os teores desse
nutriente na parte aérea, revelando um teor mais baixo na SN 25% em comparação com os
demais. Porém, como os sintomas eram leves e a diferença entre os teores não foi expressiva,
essas comparações e inferências devem ser interpretadas com cautela.
4.2.8 Número de plantas mortas
Como parte significativa do custo de produção de um PE está relacionado ao trabalho
manual de descarte de plantas mortas, o acompanhamento dessa variável ao longo do período
experimental se fez necessário para comparar o efeito dos tratamentos testados sobre essa
componente de produção. Observa-se na Tabela 13 o número de plantas mortas ao longo do
período experimental para os tratamentos avaliados.
Tabela 13. Número de plantas mortas de limão Cravo. As três repetições juntas possuíam 308
plantas úteis. Somatório de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 54 DAIE 76 DAIE 88 TOTAL
Manual 0 0 0 0
25%, 0,12 57 47 42 146
25%, 0,24 0 0 0 0
25%, 0,36 0 0 0 0
25%, 0,48 0 0 0 0
50%, 0,12 81 77 50 208
50%, 0,24 0 0 0 0
50%, 0,36 0 0 0 0
50%, 0,48 0 0 0 0
75%, 0,12 136 145 7 288
75%, 0,24 0 0 0 0
75%, 0,36 0 0 0 0
75%, 0,48 0 0 0 0
Verifica-se que somente os tratamentos com CVA de 0,12 m3 m-3 apresentaram morte
de plantas, fato atribuído à baixa disponibilidade de água e alta concentração de nutrientes
para o crescimento vegetal em razão da baixa umidade do substrato. O tratamento que mais
95
apresentou plantas mortas foi com SN 75% e CVA de 0,12 m3 m-3, provavelmente em função
da concentração de sais em níveis tóxicos quando a umidade estava muito baixa. Esses
resultados estão de acordo com o encontrado por VAN IERSEL et al. (2010) e FERRAREZI e
VAN IERSEL (2011).
Portanto, não se recomenda a utilização de tratamentos com CVA de 0,12 m3 m-3 para
acionamento da subirrigação de PE de limão Cravo, pois provocam morte de plantas e obriga
o viveirista a usar mão de obra para descarte dessas plantas mortas, o que apresenta impacto
no custo de produção.
4.2.9 Avaliação visual da presença de algas nas mesas de subirrigação
A presença de algas é relatada em sistemas onde a SN fica estagnada na superfície
dos equipamentos, como ocorre na manta capilar ou no sistema de pavio, ou quando ela fica
exposta à luz, como ocorre na hidroponia. A presença de algas nesses sistemas de cultivo
aumentam a incidência e disseminação de pragas e doenças, exigindo o controle do seu
crescimento.
A Tabela 14 apresenta a confirmação do aparecimento de algas em alguns dos
tratamentos em dois períodos de avaliação das mesas de subirrigação. O crescimento foi
observado nos tratamentos com SN 25% e CVA de 0,36 e 0,48 m3 m-3, SN 50% e 75% e CVA
de 0,48 m3 m-3 no DAIE 76, indicando que as altas umidades para acionamento favoreceram o
aparecimento de algas. Esses mesmos tratamentos apresentaram reincidência no aparecimento
no DAIE 88, além dos tratamentos SN 25% e CVA de 0,24 e SN 50% e CVA de 0,36 m3 m-3.
As algas cresceram nas mesas construídas para esse experimento em razão da
presença de uma pequena lâmina de água permanente nas ranhuras de drenagem, que era
suficiente para promover o desenvolvimento de algas. Isso exigiu a lavagem constante do
sistema, o que é difícil de ser realizado em grande escala pela necessidade de retirada das
plantas e desmontagem parcial do sistema de subirrigação. Em geral, sistemas comerciais de
subirrigação tipo ebb-and-flow bem manejados não apresentam crescimento excessivo de
algas (SON et al., 2006).
Como o uso de algicidas ainda é limitado pela ausência de produtos que não sejam
tóxicos às plantas, o crescimento de alga deve ser evitado por meio de um equipamento de
96
subirrigação projetado para reduzir a deposição de SN e o crescimento e proliferação das
algas.
Tabela 14. Avaliação visual da presença de algas nas mesas de subirrigação.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 761 DAIE 882
Manual --- ---
25%, 0,12 --- ---
25%, 0,24 --- Positivo
25%, 0,36 Positivo Positivo
25%, 0,48 Positivo Positivo
50%, 0,12 --- ---
50%, 0,24 --- ---
50%, 0,36 --- Positivo
50%, 0,48 Positivo Positivo
75%, 0,12 --- ---
75%, 0,24 --- ---
75%, 0,36 --- ---
75%, 0,48 Positivo Positivo
Onde: --- = não houve aparecimento,1 Em pelo menos uma repetição, 2 Em pelo menos 2 repetições.
4.2.10 Respostas fisiológicas
HSIAO (1973) apresentou uma revisão sobre a resposta das plantas ao estresse
hídrico, enfatizando os mecanismos que ocorrem quando as plantas são submetidas às
condições de falta de água: redução da assimilação de CO2, do elongamento e do crescimento
celular, do metabolismo do nitrogênio e do transporte de fotoassimilados; fechamento dos
estômatos; aumento da síntese de ácido abscísico e etileno; entre outros.
Na Tabela 15 são apresentados os resultados de concentração intracelular de CO2
(Ci), transpiração (E), condutância estomática (gs) e fotossíntese líquida (A), e nas Tabelas 16,
17, 18 e 19 verificam-se as respectivas análises estatísticas para essas variáveis. Houve
diferença significativa entre os tratamentos para Ci (p = 0,0032, R2 = 0,6227), E (p = 0,0002,
R2 = 0,7142), gs (p = 0,004, R2 = 0,6139) e A (p < 0,0001, R2 = 0,7452), com efeito dos
fatores SN e CVA e DAIE e sem ocorrência de interação significativa entre SN×CVA em
nenhuma dessas variáveis (p > 0,05).
Os menores valores para essas variáveis foram encontrados nos tratamentos com SN
75% e CVA de 0,12 m3 m-3, que foram em média 32,5% menores para Ci, 84,1% para E,
97,3% para gs e 84,77% para A em comparação com os demais tratamentos. Esses resultados
97
eram esperados, e estão coerentes com os encontrados por ROUPHAEL et al. (2008), que
indicaram que a fotossíntese foi reduzida em 17% quando se elevou a concentração de
nutrientes na SN de 1 para 2 dS m-1 no cultivo de gerânio na primavera.
Tabela 15. Valores da concentração intracelular de CO2 (Ci), transpiração (E), condutância
estomática (gs) e fotossíntese líquida (A) em porta-enxertos de limão Cravo ao final do
experimento. Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos
(SN, CVA)
Ci
(µmol CO2 mol-1)
E
(mmol H2O m-2 s-1)
gs
(mol m-2 s-1)
A
(µmol m-2 s-1)
Manual 258,89±3,28 a 5,73±1,14 a 0,41±0,07 abc 11,89±0,32 ab
25%, 0,12 230,67±17,45 ab 3,13±0,81 abc 0,16±0,09 abc 8,01±2,03 abcd
25%, 0,24 270,83±6,65 a 5,13±0,31 ab 0,54±0,02 abc 12,93±0,93 a
25%, 0,36 268,33±33,72 a 4,74±0,68 ab 0,67±0,38 a 12,24±2,73 ab
25%, 0,48 261,78±12,77 a 5,22±0,84 ab 0,65±0,35 ab 12,53±1,89 a
50%, 0,12 230,00±5,97 ab 2,52±0,80 bc 0,09±0,04 abc 5,27±2,02 bcd
50%, 0,24 238,22±23,33 ab 3,11±1,16 abc 0,26±0,15 abc 9,60±3,54 abc
50%, 0,36 242,33±6,00 ab 3,57±0,63 abc 0,25±0,10 abc 10,47±1,52 abc
50%, 0,48 259,00±12,62 a 4,17±0,47 ab 0,42±0,14 abc 12,16±1,12 ab
75%, 0,12 181,11±40,65 b 0,89±0,17 c 0,02±0,01 c 1,92±0,45 d
75%, 0,24 202,89±16,98 ab 2,35±0,95 bc 0,06±0,03 bc 4,30±1,10 cd
75%, 0,36 223,94±19,56 ab 2,81±0,76 abc 0,18±0,14 abc 7,71±2,89 abcd
75%, 0,48 230,67±16,11 ab 3,92±1,26 ab 0,17±0,08 abc 9,09±2,12 abc Médias seguidas de letras minúsculas na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste de
comparação de Tukey na probabilidade indicada (p-valor) pelo modelo na análise de variância.
Tabela 16. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
concentração intracelular de CO2 (Ci) ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 24.889,21 2.074,10 3,58 0,0032*
Irrigação manual 1 1.369,92 1.369,92 2,36 0,1364
SN 2 14.561,43 7.280,72 12,56 0,0002*
CVA 3 6.981,83 2.327,28 4,01 0,0179**
SN×CVA 6 1.976,03 329,34 0,57 0,7519
Erro total 26 15.076,08 579,85
Total 38 39.965,29
R2 = 0,6227 e CV = 10,10%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de
probabilidade.
Apesar da ausência de diferença estatística nos valores existentes no teste de
comparação de médias da Tabela 15, observa-se a tendência de que os valores absolutos
sejam menores nos tratamentos com CVA de 0,12 m3 m-3, aumentando seus valores com o
98
incremento do CVA até 0,48 m3 m-3, o que já era esperado, em razão da resposta positiva da
água na fotossíntese e variáveis relacionadas mencionadas por HSIAO (1973). Isso indica que
a maior disponibilidade de água proporciona maior fotossíntese, o que eleva a produção de
fotoassimilados e por sua vez eleva a produção de massa seca, resultando em plantas mais
altas e com diâmetro adequado para transplantio para a fase seguinte.
Tabela 17. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
transpiração (E) ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 66,94 5,58 5,42 0,0002*
Irrigação manual 1 14,20 14,20 13,79 0,0010*
SN 2 25,77 12,88 12,51 0,0002*
CVA 3 23,84 7,95 7,71 0,0008*
SN×CVA 6 3,14 0,52 0,51 0,7971
Erro total 26 26,78 1,03
Total 38 93,72
R2 = 0,7142 e CV = 27,91%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
Tabela 18. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
condutância estomática (gs) ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 1,76 0,15 3,45 0,0040*
Irrigação manual 1 0,04 0,04 0,97 0,3327
SN 2 0,96 0,48 11,27 0,0003*
CVA 3 0,58 0,19 4,54 0,0109**
SN×CVA 6 0,18 0,03 0,70 0,6500
Erro total 26 1,10 0,04
Total 38 2,86
R2 = 0,6139 e CV = 68,57%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de
probabilidade.
Portanto, verifica-se o efeito combinado da utilização do equipamento de subirrigação
com o estabelecimento do manejo hídrico e nutricional adequado, para melhorar o
desenvolvimento das plantas e proporcionar o suprimento ideal de água e nutrientes na
quantidade e no momento adequado aos PE produzidos no viveiro.
99
Tabela 19. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
fotossíntese líquida (A) ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 443,84 36,99 6,34 <0,0001*
Irrigação manual 1 25,53 25,53 4,38 0,0464**
SN 2 197,99 98,99 16,97 <0,0001*
CVA 3 196,08 65,36 11,20 <0,0001*
SN×CVA 6 24,24 4,04 0,69 0,6577
Erro total 26 151,70 5,83
Total 38 595,54
R2 = 0,7452 e CV = 26,58%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de
probabilidade.
4.2.11 Eficiência de uso da água
A eficiência de uso da água (E.U.A.) pode ser utilizada como indicativo do
crescimento vegetal, representando a relação da massa seca total com o volume total de SN
aplicado, sendo considerada nesse experimento tanto a quantidade evapotranspirada pelas
plantas quanto a evaporada pelo substrato e mesa, determinando-se assim a frequência de
irrigação adequada para atender as necessidades hídricas das plantas (KIM et al., 2011).
Os valores da E.U.A. em PE de limão Cravo podem ser observados na Tabela 20,
com a respectiva análise estatística apresentada na Tabela 21. Houve diferença significativa
entre os tratamentos (p = 0,0002, R2 = 0,7032), com efeito da irrigação manual e do CVA (p <
0,0001) na variação dos resultados.
Verifica-se que os tratamentos com SN 50 e 75% e CVA de 0,12 m3 m-3 apresentaram
o menor valor de eficiência, e que o tratamento com irrigação manual foi 50% menos eficiente
que a média dos tratamentos com CVA de 0,24, 0,36 e 0,48 m3 m-3, resultado similar ao
encontrado por KANG e VAN IERSEL (2002), KANG e VAN IERSEL (2004), KANG et al.
(2004) e GARLAND et al. (2012), todos eles utilizando plantas ornamentais. Atualmente não
se dispõe dessas informações para PE de limão Cravo cultivados em subirrigação, o que
impossibilita a comparação mais adequada.
No entanto, convém salientar que a E.U.A. é dependente da espécie vegetal:
apresentando valores de: 24,2 e de 29,5 g L-1 para tomate cereja (SANTAMARIA et al., 2003
e MONTESANO et al., 2010, respectivamente) e de 32,7 g L-1 para tomate (INCROCCI et al.,
2006); 1 a 8,1 g L-1 para diversas culturas de interesse econômico de acordo com BRUECK
100
(2008); e 3 g L-1 em begônias (MIRALLES-CRESPO e VAN IERSEL, 2011). Plantas de
gerânio cultivadas na primavera apresentaram a maior E.U.A. na subirrigação (3,9 g L-1) em
comparação com o gotejamento (3,1 g L-1), resultando em maior AFT, MSPA, MSSR e índice
de qualidade (ROUPHAEL et al., 2008). De acordo com NEMALI e VAN IERSEL (2004a), a
E.U.A. aumentou até a CE apresentar valores de 0,9 dS m-1, quando reduziu drasticamente a
produção de begônias em razão da intensidade luminosa e das concentrações elevadas de
nutrientes na SN. NEAL e HENLEY (1992) e HENLEY et al. (1994) indicaram que a
subirrigação apresenta E.U.A. 78% superior à aspersão na produção de diafenbachia.
Tabela 20. Valores da eficiência de uso da água (E.U.A.) ao final do experimento em porta-
enxertos de limão Cravo. Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos
(SN, CVA)
Eficiência de uso da água
E.U.A. (g L-1)
Manual 1,33±0,12 abc
25%, 0,12 1,90±0,41 abc
25%, 0,24 2,87±0,24 a
25%, 0,36 2,68±0,38 a
25%, 0,48 2,69±0,60 a
50%, 0,12 1,23±0,51 bc
50%, 0,24 2,23±0,32 abc
50%, 0,36 2,78±0,16 a
50%, 0,48 2,86±0,05 a
75%, 0,12 1,08±0,24 c
75%, 0,24 2,63±0,11 a
75%, 0,36 2,75±0,36 a
75%, 0,48 2,53±0,74 ab Médias seguidas de letras minúsculas na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste de
comparação de Tukey na probabilidade indicada (p-valor) pelo modelo na análise de variância.
Tabela 21. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
eficiência de uso da água (E.U.A.) ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 15,75 1,31 6,03 <0,0001*
Irrigação manual 1 2,90 2,90 13,34 0,0011*
SN 2 0,61 0,30 1,39 0,2664
CVA 3 10,90 3,63 16,7 <0,0001*
SN×CVA 6 1,34 0,22 1,02 0,4319
Erro total 26 5,66 0,22
Total 38 21,40
R2 = 0,7358 e CV = 20,50%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
101
Portanto, pode-se afirmar que os tratamentos com CVA de 0,24, 0,36 e 0,48 m3 m-3
proporcionaram maior eficiência de produção de massa seca por unidade de água utilizada em
relação à irrigação manual e CVA de 0,12 m3 m-3, demonstrando a eficácia da subirrigação na
produção vegetal e no uso eficiente de água.
4.3 Variáveis monitoradas no substrato
4.3.1 Conteúdo volumétrico de água
O monitoramento do CVA do substrato através das leituras de umidade dos sensores
capacitivos foi utilizado para o acionamento das irrigações, realizado de acordo com as
necessidades hídricas das plantas. Quando a umidade atingia valores inferiores aos
estabelecidos nos tratamentos, as bombas submersas de irrigação entraram em funcionamento,
aplicando diferentes concentrações de SN e gerando picos de umidade.
As Figuras 26 a 29 exibem os gráficos de monitoramento em tempo real do CVA no
substrato ao longo do período experimental para os tratamentos de 0,12; 0,24, 0,36 e 0,48 m3
m-3, respectivamente. Verificou-se aumento na umidade após as irrigações, seguido de redução
provocada pela drenagem, o que pode ser uma desvantagem para espécies vegetais mais
susceptíveis a estresse hídrico causado por variações na umidade do substrato.
A Figura 26 apresenta o CVA do substrato para as três repetições dos tratamentos
com 0,12 m3 m-3 e concentração de SN de 25%, 50% e 75%, cuja umidade variou do limite de
0,12 a valores superiores a 0,24 m3 m-3 nas três concentrações de SN estudadas, com picos de
elevação na repetição 3 do tratamento com SN 50%. Observa-se que praticamente não houve
diferenças entre as diferentes concentrações de SN, e que com exceção da repetição 2 na SN
25%, a primeira irrigação somente foi realizada no DAIE 9. Também se observa que a
repetição 3 reduziu drasticamente a frequência de irrigações a partir do DAIE 60 na SN 50%.
A Figura 27 exibe os resultados para o tratamento 0,24 m3 m-3 e concentração de SN
de 25%, 50% e 75%, que apresentou variação de umidade entre 0,24 e 0,36 m3 m-3, com
exceção no tratamento com SN 50%, que apresentou variação entre 0,24 e aproximadamente
0,3 m3 m-3, com picos de elevação na repetição 1 do tratamento com SN 50% e da repetição 2
dos tratamentos com SN 50% e SN 75%. Também se observa que não houve diferenças
detectáveis entre as diferentes concentrações de SN, e que a primeira irrigação foi realizada no
DAIE 5.
102
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Dias após o início do experimento, DAIE
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60Rep.1
Rep. 2
Rep. 3
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rico
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gu
a,
CV
A (
m3 m
-3)
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0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
SN 25% e CVA 0,12 m3 m
-3
SN 50% e CVA 0,12 m3 m
-3
SN 75% e CVA 0,12 m3 m
-3
Figura 26. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,12 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação.
103
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Co
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úd
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rico
de á
gu
a,
CV
A (
m3 m
-3)
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Dias após o início do experimento, DAIE
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Rep. 1
Rep. 2
Rep. 3
SN 25% e CVA 0,24 m3 m
-3
SN 50% e CVA 0,24 m3 m
-3
SN 75% e CVA 0,24 m3 m
-3
Figura 27. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,24 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação.
Considerando-se que o valor de umidade adequado para produção das principais
ornamentais de interesse econômico está na faixa de 0,4 m3 m-3 indicado por KIM et al.
(2011), utilizado para comparação nesse estudo em razão da ausência de valores de referência
para PE cítricos, observa-se que os tratamentos com CVA para acionamento de 0,12 e 0,24 m3
104
m-3 não proporcionaram a manutenção de teores recomendados de umidade para pleno
crescimento das plantas (Figuras 20 e 21). O valor de CVA de 0,12 m3 m-3 foi definido como
tratamento em função da necessidade de uma baixa umidade para acionamento da irrigação,
buscando-se seguir as orientações do fabricante para o funcionamento adequado dos sensores
(somente acima de 0,08 m3 m-3) e o valor mínimo para desenvolvimento das plantas, pois
valores de umidade abaixo do limite de 0,10 m3 m-3 induzem o enrolamento de folhas por
estresse hídrico em diversas culturas (GENT e MCAVOY, 2011). Porém, observou-se que
esse foi um valor muito baixo para utilização como limite para acionamento da subirrigação.
Por outro lado, o valor de 0,24 m3 m-3 pode ser utilizado para imposição de estresse e redução
intencional do crescimento vegetal, conforme indicado por VAN IERSEL e NEMALI (2004)
e FERRAREZI e VAN IERSEL (2011), com a finalidade de manter as plantas por mais tempo
na estufa (por falta de espaço para transplantio ou de borbulhas para enxertia), ou ainda com
um tamanho menor em razão de decisões estratégicas dos viveiristas (como produção de
plantas sem contrato de venda).
Na Figura 28 se observa que a variação da umidade para o tratamento 0,36 m3 m-3 e
concentração de SN de 25%, 50% e 75% apresentou valores entre 0,36 e 0,40 m3 m-3, com
ressalva para duas repetições nos tratamentos com SN 50% e 75%, que apresentaram CVA
entre 0,36 e 0,44 m3 m-3. Observa-se que o CVA para a SN 25% apresentou menor variação do
que para as demais concentrações de SN, sendo que as repetições 1 e 2 apresentaram umidade
superior nas três concentrações de SN estudadas.
A Figura 29 indica que os tratamentos com CVA de 0,48 m3 m-3 para acionamento
da irrigação e concentração de SN de 25%, 50% e 75% mantiveram a umidade entre os valores
de 0,48 e 0,52 m3 m-3, com exceção do tratamento com SN 75%, que alcançou valores
superiores. O CVA dos tratamentos com SN 25% e 50% apresentou menor amplitude de
variação ao longo do experimento, porém observa-se aumento para valores na faixa de 0,54 m3
m-3 no final do ciclo para a SN 75%, implicando na maior disponibilidade de água e nutrientes
para esse tratamento.
105
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
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a,
CV
A (
m3 m
-3)
0,00
0,12
0,24
0,36
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Dias após o início do experimento, DAIE
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0,00
0,12
0,24
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Rep. 1
Rep. 2
Rep. 3
SN 25% e CVA 0,36 m3 m
-3
SN 50% e CVA 0,36 m3 m
-3
SN 75% e CVA 0,36 m3 m
-3
Figura 28. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,36 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação.
106
Co
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rico
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a,
CV
A (
m3 m
-3)
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Dias após o início do experimento, DAIE
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0,00
0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Rep. 1
Rep. 2
Rep. 3
SN 25% e CVA 0,48 m3 m
-3
SN 50% e CVA 0,48 m3 m
-3
SN 75% e CVA 0,48 m3 m
-3
Figura 29. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento de 0,48 m3 m-3 e concentração da solução nutritiva (SN) de
25% (gráfico superior), 50% (central) e 75% (inferior) da recomendação de adubação.
Os valores de CVA encontrados nesse experimento são similares aos encontrados por
GENT e MCAVOY (2011), que utilizaram subirrigação tipo flood-floor na produção de
crisântemos, e por FERRAREZI e VAN IERSEL (2011), que trabalharam com substrato a
base de turfa e perlita na produção de hibiscos, ambos utilizando sensores capacitivos EC-5®
107
para o monitoramento da umidade. A umidade encontrada para o substrato de casca de pinus e
vermiculita usado nesse experimento estão de acordo com BARRETO et al. (2012), que
indicaram que substrato fino de pinus sob condição de umidade de comercialização igual
apresentaram valores de umidade que variaram de 0,25 a 0,65 m3 m-3 em alturas e tempos de
saturação de 9 cm e 15 min e 1 cm e 24 h, respectivamente. Esses autores indicaram que
substratos com partículas finas possuem maior teor de água disponível, apresentando maior
capilaridade. Da mesma maneira, OH et al. (2007) encontraram que a subirrigação promove
valores de umidade próximos de 0,5 m3 m-3 e SON et al. (2006) ao redor 0,6 m3 m-3 em
substratos a base de turfa e perlita.
Um aspecto importante no manejo da subirrigação é que não se recomenda que o
substrato atinja a saturação, sob risco de diminuir a concentração de oxigênio e reduzir a
atividade metabólica das raízes, restringindo o crescimento vegetal (GENT e MCAVOY,
2011). Embora os tratamentos com CVA de 0,48 m3 m-3 tenham elevado a umidade para 0,6
m3 m-3, essa condição não foi observada no presente experimento, pois a porosidade total
desse substrato era de 72,1%.
Convém salientar que o CVA varia de acordo com o tipo de recipiente de cultivo,
com a espécie vegetal e com o tempo (DANIELS et al., 2012). Já a capilaridade depende da
altura e tempo de saturação (FERREIRA FILHO et al., 2012), substrato, forma e altura do
recipiente de cultivo (BAILEY et al., 2009), evapotranspiração da cultura e frequência de
irrigação. As diferenças entre as repetições de um mesmo tratamento eram esperadas, e se
explicam pela independência entre o seus acionamentos causadas por variações na perda de
umidade, provavelmente em razão do posicionamento das parcelas experimentais na estufa e
pela variabilidade entre sensores e entre as plantas de cada repetição, também relatado por
DANIELS et al. (2012) e GENT e MCAVOY (2011).
Observa-se também que a redução na temperatura no interior da estufa ocorrida
principalmente do DAIE 68 até o DAIE 75 (Figura 19) causou alteração na frequência de
irrigação em todos os tratamentos, provocando a redução no número de acionamentos da
irrigação, o que pode ser observado nas Figuras 26 a 29 como resposta direta da menor
evapotranspiração da cultura e evaporação do substrato nesse período.
Na Figura 30, observa-se a variação dos valores de CVA no tratamento do viveirista
com irrigação manual realizado pelos funcionários do viveiro. Esse tratamento apresentou
108
amplitude de variação da umidade da ordem de 0,3 m3 m-3 (0,14 a 0,44 m3 m-3), com
prevalência de baixos valores de umidades (< 0,3 m3 m-3) em aproximadamente metade do
ciclo de desenvolvimento das plantas. Verificou-se a ocorrência de valores de CVA menores
que 0,2 m3 m-3 em diversas ocasiões e a ausência de critérios técnicos para definir o momento
da irrigação, notado pela oscilação do CVA ao longo do tempo. Como a umidade ideal para
crescimento vegetal em substratos está na faixa de 0,4 m3 m-3 (KIM et al., 2011), pode-se
observar que durante a maior parte do experimento a umidade fornecida para esse tratamento
foi abaixo do necessário para desenvolvimento adequado.
Dias após o início do experimento, DAIE
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
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CV
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m3 m
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0,12
0,24
0,36
0,48
0,60
Rep. 1
Rep. 2
Rep. 3
SN 100% e irrigação manual
Figura 30. Variação do conteúdo volumétrico de água (CVA) ao longo do período
experimental para o tratamento do viveirista com irrigação manual usando chuveiro.
A irrigação manual é prática comum nos viveiros de produção de mudas cítricas,
especialmente nas sementeiras, em razão do pequeno tamanho do recipiente de cultivo, que
demanda irrigações constantes, e do suposto alto custo de instalação de sistemas
automatizados. A irrigação nesse caso é realizada empiricamente, ou seja, de acordo com a
SN do viveirista e irrigação manual
109
aparência visual das plantas e do substrato, o que implica em aplicação de quantidades
inadequadas de água e nutrientes e oscilação da umidade. A irrigação manual utilizada pelo
viveirista deve ser otimizada, pois técnicas precisas de manejo são fundamentais para otimizar
a irrigação, a produção vegetal e o aproveitamento das áreas de produção (MAJSZTRIK et al.,
2011).
De acordo com HOFFMAN et al. (1996), que estudaram o uso da subirrigação para
manutenção de valores estáveis de CVA em substratos para favorecer experimentos em casa
de vegetação, a irrigação manual provoca variações na umidade na ordem de 80% para um
mesmo período em comparação com a subirrigação, o que também foi observado nesse
experimento, constituindo-se uma vantagem adicional do uso da subirrigação em relação à
irrigação manual.
Tradicionalmente, o acionamento da subirrigação se caracteriza pelo uso de
temporizadores (NEMALI e VAN IERSEL, 2006), fazendo com que a irrigação não seja
realizada de acordo com a exigência hídrica das culturas ou com o teor mínimo de água do
substrato necessário para o crescimento vegetal. Dessa forma, ciclos diários pré-definidos de
irrigação não aplicam água (e nutrientes) na quantidade e no momento adequado,
proporcionando déficit ou excesso hídrico e reduzindo o potencial produtivo das plantas.
Portanto, verificou-se com esse experimento que a automação da subirrigação usando sensores
capacitivos para monitorar a umidade do substrato em tempo real e, assim, controlar a
irrigação em função de valores pré-estabelecidos de CVA foi eficiente ao longo de todo o
período experimental. Quando o CVA do substrato chegou aos valores indicados como
tratamentos (0,12, 0,24, 0,36 e 0,48 m3 m-3), a irrigação foi acionada corretamente. Observou-
se também que o uso de sensores foi de fácil operação ao longo do período experimento, não
exigindo a secagem e pesagem constante de substrato para obtenção da umidade gravimétrica,
o que foi realizado exaustivamente no trabalho de SON et al. (2006). Além disso, a rapidez e a
facilidade para obtenção dos dados fazem o uso dos sensores capacitivos adequados também
para aplicação na pesquisa científica.
4.3.2 Número total de acionamentos da irrigação
O número total de vezes que o sistema foi acionado indica quantas vezes a leitura dos
sensores capacitivos ficou abaixo dos valores de umidade estabelecidos como tratamentos
110
(0,12, 0,24, 0,36 e 0,48 m3 m-3) e as bombas de irrigação foram ligadas, o que permite inferir o
consumo de energia elétrica e de o uso de SN pelos tratamentos. Em geral, quanto mais
frequente o sistema é acionado maior será o volume total bombeado, o custo da energia
elétrica, o uso de SN e a necessidade de um ou mais reservatórios com maior capacidade de
armazenamento.
Na Tabela 22 pode-se observar o número total de acionamentos da irrigação de cada
tratamento avaliado ao longo do período experimental, e na Tabela 23 verifica-se a análise
estatística para essa variável. Houve diferença significativa entre os tratamentos (probabilidade
p < 0,0001, e coeficiente de determinação R2 = 0,9743), com efeito dos fatores irrigação
manual, SN, CVA e SN×CVA (p < 0,05) sobre o número total de acionamentos da irrigação.
Tabela 22. Número total de acionamentos da irrigação ao longo do período experimental.
Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos
(SN, CVA)
Número total de
acionamentos da irrigação
Manual 79,0±0 cde1
25%, 0,12 31,7±7,0 f
25%, 0,24 59,3±7,6 e
25%, 0,36 131,3±16,2 cd
25%, 0,48 279,7±34,4 b
50%, 0,12 24,0±10,2 f
50%, 0,24 50,7±5,6 e
50%, 0,36 146,7±24,7 c
50%, 0,48 409,3±39,8 a
75%, 0,12 18,0±1,4 f
75%, 0,24 37,0±2,2 e
75%, 0,36 91,7±16,5 cde
75%, 0,48 373,7±39,6 a Médias seguidas de letras minúsculas na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste de
comparação de Tukey na probabilidade indicada (p-valor) pelo modelo na análise de variância. 1Número de irrigações manuais realizadas pelos funcionários do viveiro.
Os tratamentos com concentração de SN 50% e 75% e CVA de 0,48 m3 m-3
apresentaram o maior número de acionamentos das irrigações, sendo 79,8% superiores à
irrigação manual. Os valores encontrados no CVA 0,48 m3 m-3 são em geral duas vezes e meia
maiores que nos tratamentos com 0,36 m3 m-3, indicando maior número de acionamentos das
bombas submersas para manutenção da umidade no tratamento de valor mais elevado.
111
Conforme esperado, os tratamentos com maior valor de CVA apresentaram maior número de
acionamentos da irrigação (279,7, 409,3 e 373,7 nas SN de 25%, 50% e 75%,
respectivamente), porque para se manter a umidade em valores elevados usando a subirrigação
há a necessidade de se aumentar a altura de saturação ou a frequência de irrigação, o que está
de acordo com os resultados encontrados por FERRAREZI e VAN IERSEL (2011), VAN
IERSEL et al. (2010) e GENT e MCAVOY (2011). O número de acionamentos das irrigações
do tratamento manual foi estatisticamente igual aos tratamentos com CVA de 0,24 e 0,36 m3
m-3, sendo superior ao tratamento com CVA de 0,12 m3 m-3. Observa-se que houve
decréscimo do número de acionamentos da irrigação para concentrações crescentes de SN nos
tratamentos com CVA de 0,12 e 0,24 m3 m-3, provavelmente em razão do menor crescimento
das plantas causados pela limitação de água.
Tabela 23. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
número total de acionamentos da irrigação ao longo do período experimental.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 652.202,9 54.350,2 82,27 <0,0001*
Irrigação manual 1 9.558,2 9.558,2 14,47 0,0008*
SN 2 7.266,2 3.633,1 5,50 0,0102**
CVA 3 609.847,4 203.282,5 307,72 <0,0001*
SN×CVA 6 25.531,2 4.255,2 6,44 0,0003*
Erro total 26 17.176,0 660,6
Total 38 669.378,9
R2 = 0,9743 e CV = 19,29%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de
probabilidade.
Estudos mais detalhados devem ser realizados para avaliar o efeito do aumento do
número de acionamentos da irrigação no custo com energia elétrica ao longo de um ciclo de
produção utilizando subirrigação. Além disso, há uma relação direta entre o volume de
armazenamento necessário para o sistema e a frequência de irrigação, essas variáveis devem
ser consideradas na escolha da umidade de acionamento da irrigação. A criação de setores de
irrigação dentro do ambiente de produção pode ajudar a reduzir o número de acionamentos da
irrigação ao longo do tempo, porém apresenta maior custo de implantação.
112
4.3.3 Valores de pH e condutividade elétrica
Os valores pH e a CE afetam a disponibilidade de nutrientes para as plantas, e como o
efeito acumulativo de sais no substrato na subirrigação é relatado na literatura para diversas
culturas, o monitoramento dessas variáveis se faz necessário para a avaliação adequada da
subirrigação na produção comercial de mudas cítricas. Além disso, o monitoramento constante
dessas variáveis permite a realização do manejo hídrico e nutricional de maneira adequada,
indicando o momento de suspender a aplicação de SN e proceder o uso de água, ou ainda de
intervir e realizar lavagens no substrato para a retirada de excesso de sais. No entanto, salienta-
se que esse procedimento não é recomendado por descartar água e nutrientes no piso das
estufas de produção.
A variação dos valores de pH do substrato ao longo do experimento pode ser
observada na Figura 31, e a Tabela 24 apresenta a análise estatística dessa variável. Houve
diferença significativa entre os tratamentos (p < 0,0001, R2 = 0,9312), com efeito dos fatores
de irrigação manual, SN, CVA e DAIE e suas interações, com destaque para a interação
SN×CVA×DAIE (p < 0,0001), que indica que os diferentes tratamentos influenciaram o pH ao
longo de todo o período experimental.
Verifica-se decréscimo do pH no substrato com o incremento da concentração da SN
e com o aumento de CVA dos tratamentos. Isso ocorreu basicamente por três razões: houve
aplicação de maior quantidade de SN nos tratamentos com maior CVA para acionamento da
irrigação, a SN utilizada apresentava maior concentração de nutrientes e caráter acidificante
em função da sua composição. Os valores de pH encontrados por esse estudo foram de 5 a
10% menores que os encontrados por SANTAMARIA et al. (2003). Essa redução no valor de
pH é benéfica para o crescimento das plantas, pois aumenta a disponibilidade de
micronutrientes em solução (especialmente o Fe), que são fornecidos geralmente na forma de
quelatos DTPA e EDTA, cujos agentes quelatizantes são estáveis até pH 6,5 (FERRAREZI et
al., 2007). Observa-se também relação diretamente proporcional de aumento de pH e redução
da CE e vice-versa (Figuras 31 e 32).
113
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
CVA 0,12 m3 m-3
CVA 0,24 m3 m-3
CVA 0,36 m3 m-3
CVA 0,48 m3 m-3
SN 25% SN 50%
6 11 18 25 32 39 46 54 61 67 73 80 87
pH
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
7,5
SN 75%
Dias após o início do experimento, DAIE
6 11 18 25 32 39 46 54 61 67 73 80 87
Irrigação manual
SN do viveirista
Figura 31. Variação do pH do substrato ao longo do período experimental para os tratamentos
com concentração da solução nutritiva (SN) com 25%, 50% e 75% da recomendação de
adubação e do viveirista. A linha horizontal indica o valor máximo de eficiência do agente
quelatizante DTPA para micronutrientes recomendado por FERRAREZI et al. (2007).
A Figura 32 apresenta a variação do valor de CE do substrato ao longo do período
experimental, com a Tabela 25 mostrando a sua análise estatística. Houve diferença
significativa entre os tratamentos (p < 0,0001, R2 = 0,9132), com efeito de todos os fatores
(irrigação manual, SN, CVA e DAIE) e suas interações (p < 0,0001).
De maneira contrária ao pH, verifica-se aumento da CE no substrato com o
incremento da concentração da SN e com o aumento de CVA dos tratamentos (Figura 32). Os
tratamentos com SN 25% apresentaram CE estável ao longo do período experimental,
enquanto que os tratamentos com SN 50% proporcionaram aumento da CE com o aumento do
CVA a partir do DAIE 60. Observa-se que tratamentos com SN 75% e CVA de 0,48 m3 m-3
proporcionaram maior CE no substrato ao longo do tempo, devido à maior concentração de
nutrientes e à característica da subirrigação de acumular sais (DOLE et al., 1994 e
RICHARDS e REED, 2004).
114
Tabela 24. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
pH do substrato ao longo do período experimental.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 194 142,80 0,74 21,77 <0,0001*
Irrigação manual 1 19,83 19,83 92,39 <0,0001*
SN 2 25,64 12,82 59,73 <0,0001*
CVA 3 25,54 8,51 39,67 <0,0001*
SN×CVA 6 6,89 1,15 5,35 0,001*
Erro (a) 26 5,58 0,21
DAIE 12 23,72 1,98 58,45 <0,0001*
SN×DAIE 36 12,47 0,35 10,24 <0,0001*
CVA×DAIE 36 16,89 0,47 13,87 <0,0001*
SN×CVA×DAIE 72 6,24 0,09 2,56 <0,0001*
Erro total 312 10,55 0,03
Total 506 153,36 R2 = 0,9312 e CV = 3,11%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
Toda vez que a CE apresentava valores superiores a 5 dS m-1, era realizada a lavagem
do substrato com água para evitar danos por excesso de sais às plantas, o que ocorreu somente
nos tratamentos com SN 75%. Esse procedimento foi realizado de acordo com a indicação de
SAVVAS et al. (2007), que encontraram que a concentração de sais no sistema radicular não
foi influenciada pela frequência de irrigação, e sim pela concentração de sais na SN. Com isso,
a indicação desses autores é que sejam realizadas irrigações frequentes e com drenagem
completa do lixiviado para diminuir o acúmulo de sais no substrato e, consequentemente, no
sistema radicular, aumentando a produtividade e a qualidade de produção sem aumentar o
descarte de SN ricas em nutrientes no meio ambiente.
ZHENG et al. (2004) encontraram a mesma tendência de aumento do pH e
diminuição da CE quando elevaram a concentração da SN de 10% para 100%, e LIU et al.
(2012) quando elevaram a concentração de nitrogênio de 50 para 500 mg L-1. No caso deste
experimento, o uso de soluções com concentrações de SN maiores que 50% promoveram o
aumento da CE do substrato, exigindo lavagens com água para reduzir a possibilidade de
salinização, que pode ser tornar prejudicial ao crescimento vegetal. Este resultado está de
acordo com KANG et al. (2004), que indicaram que em razão da concentração de sais no
substrato provocado pelo uso da subirrigação, o manejo mais comum da adubação é a redução
115
da concentração de fertilizantes para 50% da recomendação, em comparação com plantas
irrigadas pela superfície do meio de cultivo (aspersão ou gotejamento).
Dias após o início do experimento, DAIE
6 11 18 25 32 39 46 54 61 67 73 80 87
Irrigação manual
Co
nd
uti
vid
ad
e e
létr
ica
, C
E (
dS
m-1
)
0
1
2
3
4
5
6
7
CVA 0,12 m3 m-3
CVA 0,24 m3 m-3
CVA 0,36 m3 m-3
CVA 0,48 m3 m-3
SN 25% SN 50%
6 11 18 25 32 39 46 54 61 67 73 80 87
0
1
2
3
4
5
6
7
SN 75% SN do viveirista
Figura 32. Variação da condutividade elétrica (CE) do substrato ao longo do período
experimental para os tratamentos com concentração da solução nutritiva (SN) com 25%, 50%
e 75% da recomendação de adubação e do viveirista. A linha horizontal superior indica o
limite estabelecido para realização da lavagem do substrato com água para reduzir a CE, e a
linha inferior indica o mínimo recomendado por BATAGLIA et al. (2008) para cultivo de
porta-enxertos de limão Cravo.
O tratamento do viveirista com irrigação manual apresentou aproximadamente 19
dias com valores de CE abaixo do recomendado em razão da falta de aplicação de SN nesse
período pelos funcionários do viveiro porque a solução concentrada usada para preparo das
SN estava em falta. Como o experimento foi realizado em um viveiro comercial de produção,
a ocorrência de situações como essa era esperada, pois o objetivo desse estudo foi justamente
avaliar o desempenho da subirrigação em um viveirista.
116
Tabela 25. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
condutividade elétrica (CE) do substrato ao longo do período experimental.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 194 824,6 4,3 16,92 <0,0001*
Irrigação manual 1 85,0 85,0 57,68 <0,0001*
SN 2 320,7 160,3 108,76 <0,0001*
CVA 3 82,6 27,5 18,67 <0,0001*
SN×CVA 6 81,5 13,6 9,22 <0,0001*
Erro (a) 26 38,3 1,5
DAIE 12 34,7 2,9 11,53 <0,0001*
SN×DAIE 36 72,9 2,0 8,06 <0,0001*
CVA×DAIE 36 61,1 1,7 6,75 <0,0001*
SN×CVA×DAIE 72 47,8 0,7 2,64 <0,0001*
Erro total 312 78,4 0,3
Total 506 903,0
R2 = 0,9132 e CV = 19,67%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
4.3.4 Concentração de macro e micronutrientes
O acúmulo de sais no substrato é uma característica observada em sistemas que
utilizam subirrigação (ARGO e BIERNBAUM, 1995; ARGO e BIERNBAUM, 1996; KENT
e REED, 1996; MORVANT et al., 1997; ROUPHAEL et al., 2006; ROUPHAEL e COLLA,
2005; RICHARDS e REED, 2004; e DOLE et al., 1994), requerendo assim a análise da
concentração de macro e micronutrientes no substrato para avaliação do manejo na produção
comercial de mudas cítricas.
A Figura 33 apresenta os valores médios de pH, CE e a concentração de macro e
micronutrientes no substrato aos 0, 30, 60 e 90 DAIE, a Tabela 26 apresenta a análise
estatística e as Tabelas 38 a 41 do Apêndice 8.2 disponibilizam as médias e o desvio padrão
dessas variáveis.
117
pH
5,2
5,4
5,6
5,8
6,0
6,2
6,4
6,6
6,8
CE
(d
S m
-1)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Nit
rogên
io t
ota
l (m
g L
-1)
0
50
100
150
200
250
300
350
Fósf
oro
(m
g L
-1)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Potá
ssio
(m
g L
-1)
0
50
100
150
200
250
300
Cálc
io (
mg L
-1)
0
50
100
150
200
250
300
Magn
ésio
(m
g L
-1)
0
20
40
60
80
100
120
140
En
xofr
e (m
g L
-1)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Boro
(m
g L
-1)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
Cob
re (
mg L
-1)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
Fer
ro (
mg L
-1)
0
1
2
3
4
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Man
gan
ês (
mg L
-1)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Zin
co (
mg L
-1)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Clo
reto
(m
g L
-1)
0
100
200
300
400
500
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
Sód
io (
mg L
-1)
0
20
40
60
80
DAIE 0
DAIE 30
DAIE 60
DAIE 90
pHCE N-total
P
K Ca Mg S
B
Cu
FeMn
Zn CloretoNa
SUBSTRATO
Figura 33. Valores das variáveis pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de macro e micronutrientes no substrato aos 0, 30, 60
e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As linhas horizontais indicam o valor recomendado por BATAGLIA et al. (2008) para
cultivo de porta-enxertos de limão Cravo. As faixas verticais indicam as diferentes concentrações de nutrientes na SN (25%, 50% e
75%). A concentração de S, B e Cl foi determinada somente aos 0 e 90 DAIE. Média de 3 repetições.
118
Tabela 26. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) do pH, condutividade
elétrica (CE) e concentração de macro e micronutrientes no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias
após o início do experimento.
FV GL pH CE N-NH4 N-NO3 N-total P
p-valor
Irrigação manual 1 <0,0001* <0,0001* 0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,1706
SN 2 <0,0001* <0,0001* 0,0010* <0,0001* <0,0001* 0,5135
CVA 3 0,8047 0,0245** 0,2982 <0,0001* <0,0001* 0,0730
SN×CVA 6 <0,0001* 0,0003* 0,0353** 0,0002* 0,0002* 0,1936
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,0737
CVA×DAIE 9 <0,0001* <0,0001* 0,4185 <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA×DAIE 18 0,1196 0,0008* <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,0111**
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9549 0,9562 0,9096 0,9776 0,9780 0,9491
CV, % 2,20 17,17 13,53 22,91 21,04 15,84
FV GL K Ca Mg S B Cu
p-valor
Irrigação manual 1 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,2293
SN 2 <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,0008* <0,0001* <0,0001*
CVA 3 0,5924 0,1671 0,6071 0,0887 <0,0001* <0,0001*
SN×CVA 6 0,0001* 0,0006* 0,0145** <0,0001* <0,0001* 0,0002*
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
CVA×DAIE 9 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA×DAIE 18 <0,0001* 0,0040* 0,4723 0,0718 <0,0001* 0,0015*
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9559 0,9422 0,9303 0,9289 0,9950 0,9134
CV, % 17,76 19,38 21,10 18,64 7,43 51,03
FV GL Fe Mn Zn Cloreto Sódio
p-valor
Irrigação manual 1 0,0037* 0,0567 0,0028* <0,0001* <0,0001*
SN 2 <0,0001* <0,0001* 0,0002* <0,0001* <0,0001*
CVA 3 <0,0001* 0,0597 <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA 6 0,0012* 0,1953 0,1587 0,0009* 0,0675
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 <0,0001* <0,0001* 0,0006* <0,0001* <0,0001*
CVA×DAIE 9 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×CVA×DAIE 18 <0,0001* <0,0001* 0,1029 0,0031* 0,1171
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9366 0,9201 0,9096 0,9874 0,9529
CV, % 29,16 32,40 27,22 24,36 18,34
Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de probabilidade.
119
Houve diferença significativa entre os tratamentos para todas as variáveis (p < 0,0001
e R2 > 0,9 para todos os nutrientes), não se observando o efeito de alguns fatores e interações:
CVA para pH; irrigação manual para P, Cu e Mn; CVA para pH, N-NH4, P, K, Ca, Mg, S e
Mn; SN×CVA para P, Mn e Zn; e SN×CVA×DAIE para Mg, S, Zn e Na. Todos os demais
efeitos principais e interações foram significativos a 1% de probabilidade.
As linhas horizontais nos gráficos representam indicam o valor recomendado por
BATAGLIA et al. (2008) para cultivo de PE de limão Cravo, e as faixas verticais indicam as
diferentes concentrações de nutrientes na SN (25%, 50% e 75%) (Figura 33). A concentração
de S, B e Cl foi determinada somente aos 0 e 90 DAIE. Os valores de pH e CE determinados
no laboratório aos 0, 30, 60 e 90 DAIE apresentaram a mesma tendência da análise semanal
realizada pelo medidor portátil no viveiro. A tendência encontrada foi de aumento da
concentração de nutrientes com o aumento da concentração da SN e dos valores de CVA, com
exceção para P e S. O N-total, K, B, Cu, Mn e Zn atingiram valores elevados no tratamento
com SN 50% e 75% e CVA de 0,48 m3 m-3 no DAIE 90, sendo maiores que os indicados por
BATAGLIA et al. (2008), sem, no entanto, serem tóxicos ou prejudiciais às plantas. Porém,
encontrou-se concentração no limite superior do tolerado para o cloreto (10 meq L-1 ou 354
mg L-1) de acordo com o indicado por ALMEIDA (2010), provavelmente em razão da
composição produto comercial usado para a fertirrigação, pois o K provavelmente era
fornecido na forma de KCl em razão da compatibilidade dos produtos da formulação do
Brennfeed AGRBRA 258®.
Os resultados desse experimento podem ser comparados aos valores indicados por
BATAGLIA et al. (2008) para SN e disponíveis na Figura 33 (linhas horizontais de
referência), e os obtidos por BOAVENTURA et al. (2004), que trabalharam com a produção
de PE em sacolas. Os valores encontrados por esses autores foram: pH = 4,9, CE = 3,4 dS m-1
e concentração de nutrientes (em mg L-1), N-total (100), P (31,2), K (280), Ca (396,6), Mg
(157,3), S (173,1), B (0,6), Cu (0,6), Fe (0,9), Mn (0,5), Zn (0,4) e Na (15).
Observa-se ainda que a CE e a concentração de N-total, Ca, Mg, Zn e Na foi menor
no tratamento de irrigação manual do que nos tratamentos submetidos a subirrigação,
provavelmente em razão das lavagens constantes proporcionadas pela irrigação por aspersão
manual. Os resultados de CE, Na e K foram menores e os de N-NO3 maiores que os
encontrados por MONTESANO et al. (2010) em tomate cereja (1,5 dS m-1, 1000, 300 e 80 mg
120
L-1, respectivamente). Os resultados de CE foram iguais e os de N-NO3 menores que os de
LUMIS et al. (2000) para Euonymus e Thuya.
Apesar da ocorrência de valores superiores aos recomendados por BATAGLIA et al.
(2008), conclui-se que o uso de SN com diferentes concentrações de nutrientes e CVA para
acionamento da subirrigação com valores crescentes eleva a CE e a quantidade de sais no
substrato sem causar problemas de excesso de nutrientes durante um ciclo de 90 dias, o que
está de acordo com MORVANT et al. (1997), MONTESANO et al. (2010), KENT e REED
(1996), KANG e VAN IERSEL (2002), ZHENG et al. (2004) e VAN IERSEL (1999)
4.3.5 Detecção da presença de Phytophthora spp.
A presença de Phytophthora spp. é um indicador da qualidade fitossanitária dos
viveiros de produção de mudas cítricas, sendo atualmente regulamentada pela Coordenadoria
de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo. Essa agência da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento não possui nenhuma tolerância para a sua presença em viveiros paulistas por
ser transmissor de gomose, recomendando o fechamento imediato para sanitização no caso de
detecção.
Ao término do experimento houve análise fitopatológica para detecção de
Phytophthora spp. no substrato de plantas, com resultados negativos para todos os tratamentos
testados, o que está de acordo com STANGHELLINI et al. (2000), STRONG et al. (1997) e
OH e SON (2008), que encontraram menor incidência de Phytophthora spp. na subirrigação
em comparação com outros sistemas de irrigação. Além disso, mostra que a subirrigação não
aumenta necessariamente a disseminação de doenças em razão da recirculação de SN, o que
pode dispensar a necessidade de tratamento adicional da SN recirculante pelos métodos
indicados na revisão de literatura desse trabalho e do estudo realizado por MARTÍNEZ et al.
(2010), que usaram filtração lenta com areia para diminuir a incidência de Phytophthora no
cultivo do morangueiro.
O mesmo resultado também foi encontrado em estudos que utilizaram a subirrigação
e testaram o aparecimento de doenças causadas por outros fitopatógenos que provocam danos
nos cultivos. Embora Pythium tenha sido detectado em todas as plantas e reservatórios de SN
no trabalho de SANOGO e MOORMAN (1993), sintomas de necrose da base ou tombamento
ocorreram somente nos tratamentos inoculados, com redução de 60% na altura das plantas
121
cujo crescimento ocorreu na SN que foi contaminada intencionalmente. ATMATJIDOU et al.
(1991) indicaram que Xanthomonas campestres pv. begoniae apresentou baixo nível de
transmissão na solução recirculada em subirrigação devido a morte do patógeno durante a
movimentação de SN no sistema, e que o maior benefício da subirrigação está na redução do
contato das folhas das plantas com gotículas de SN contaminadas.
Portanto, observou-se que tanto a subirrigação quanto o sistema de aspersão manual
apresentaram ausência de Phytophthora spp., o que está de acordo com LEE e VAN IERSEL
(2008), MEADOR et al. (2012), BUSH et al. (2003), VAN DER GAAG et al. (2001),
CLEMATIS et al. (2009) e STRONG et al. (1997), que indicaram que o fato da subirrigação
recircular SN não implica necessariamente no aumento da disseminação de doenças.
4.4 Variáveis monitoradas na solução nutritiva dos reservatórios
4.4.1 Volume total de solução nutritiva aplicado
O volume total de SN aplicado em um sistema de irrigação fornece informações sobre
o consumo de energia em razão do bombeamento e a capacidade de armazenamento que deve
ser instalada. A literatura indica que a subirrigação aplica menos água em comparação com a
aspersão (ROEBER, 2010), e o conhecimento do volume usado por esse experimento ajudará
a conhecer o volume de água utilizado na produção de PE de limão Cravo usando a
subirrigação.
Convém salientar que essa variável diz respeito à água que foi reposta semanalmente
nos reservatórios de 121 L, contemplando o que foi evapotranspirado pela cultura e evaporado
pelo substrato e mesa. No caso do tratamento com irrigação manual, considerou-se o volume
lixiviado, coletado semanalmente nos reservatórios de 121 L posicionados abaixo das mesas
com as plantas.
Os valores do volume total de SN aplicado ao longo de todo o experimento por
bandeja e por tubete podem ser observados na Tabela 27, com a respectiva análise estatística
apresentada nas Tabela 28 e Tabela 29. Houve diferença significativa entre os tratamentos (p
< 0,0001, com R2 = 0,8646 para bandejas e R2 = 0,8759 para tubetes), com efeito significativo
dos fatores irrigação manual e CVA, que resultou na diferença dos volumes totais de SN
aplicados.
122
Tabela 27. Valores do volume total de solução nutritiva (SN) aplicada por bandeja e por
tubete ao longo do período experimental. Média de 3 repetições.
Tratamentos
(SN, CVA)
Volume total de SN aplicada
por bandeja (L) por tubete (mL)
Manual 184,91±4,91 a 1.121,77±27,89 a
25%, 0,12 48,07±9,72 e 294,84±57,64 e
25%, 0,24 101,47±6,84 bcde 625,63±43,05 bcde
25%, 0,36 137,7±7,06 abcd 852,38±44,45 abcd
25%, 0,48 172,13±24,96 ab 1.043,42±140,84 ab
50%, 0,12 47,13±21,12 e 284,69±131,15 e
50%, 0,24 83,50±19,50 cde 513,76±123,45 cde
50%, 0,36 149,07±19,75 abc 932,82±133,8 abc
50%, 0,48 192,90±26,34 a 1.177,88±158,14 a
75%, 0,12 35,50±2,86 e 215,56±15,98 e
75%, 0,24 66,50±13,31 de 405,22±84,74 de
75%, 0,36 101,07±12,75 bcde 611,61±75,86 bcde
75%, 0,48 193,37±57,85 a 1.137,34±309,97 a Médias seguidas de letras minúsculas na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste de
comparação de Tukey na probabilidade indicada (p-valor) pelo modelo na análise de variância.
Tabela 28. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
volume total de solução nutritiva aplicada por bandeja ao longo do período experimental.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 123.419,91 10.284,99 13,84 <0,0001*
Irrigação manual 1 15.252,20 15.252,20 20,52 0,0001*
SN 2 2.484,27 1.242,14 1,67 0,2076
CVA 3 101.381,59 33.793,86 45,46 <0,0001*
SN×CVA 6 4.301,85 716,98 0,96 0,4682
Erro total 26 19.327,69 743,37
Total 38 142.747,60
R2 = 0,8646 e CV = 23,42%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
Houve aumento do volume total de SN aplicado nas bandejas e nos tubetes com o
aumento do CVA para acionamento do sistema de irrigação. Os tratamentos com menor
umidade para acionamento da irrigação (CVA de 0,12 m3 m-3) utilizaram 88% menos água em
comparação com os tratamentos com maior umidade (CVA de 0,48 m3 m-3). Os tratamentos
com SN de 25%, 50% e 75% e CVA de 0,48 m3 m-3 apresentaram volume total aplicado
estatisticamente igual ao irrigado manualmente, indicando que elevadas umidades para
acionamento da irrigação resultam em maior aplicação de água, com valores iguais ao
123
tratamento com irrigação manual. No entanto, com a mesma quantidade de água aplicada
produziu-se plantas mais altas, com maior diâmetro e 30 dias mais precoces. Esses resultados
estão de acordo com o encontrado por FERRAREZI e VAN IERSEL (2011), que usaram a
subirrigação na produção de hibiscos.
Tabela 29. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
volume total de solução nutritiva aplicada por tubete ao longo do período experimental.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 4.493.656,97 374.471,42 15,29 <0,0001*
Irrigação manual 1 553.523,56 553.523,56 22,6 <0,0001*
SN 2 124.744,67 62.372,33 2,55 0,0977
CVA 3 3.659.775,64 1.219.925,21 49,82 <0,0001*
SN×CVA 6 155.613,11 25.935,52 1,06 0,4117
Erro total 26 636.714,00 24.489,00
Total 38 5.130.370,97
R2 = 0,8759 e CV = 22,07%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
O menor volume de SN aplicado nos tratamento com CVA de 0,12 m3 m-3
proporcionou crescimento reduzido das plantas (observar variáveis relacionadas ao
crescimento e respostas fisiológicas indicadas anteriormente), implicando na menor
disponibilidade de água e nutrientes para crescimento vegetal.
4.4.2 Concentração de macro e micronutrientes
A concentração de macro e micronutrientes na SN representa a quantidade de cada
elemento mineral efetivamente à disposição para o crescimento vegetal. A determinação da
concentração de nutrientes ao longo do ciclo de cultivo possibilita avaliar como a SN e o
substrato se comportam na subirrigação em razão da recirculação da solução e da taxa de
absorção de nutrientes pelas plantas (DOLE et al., 1994 e RICHARDS e REED, 2004)
A Figura 34 apresenta os valores médios de pH, CE e a concentração de macro e
micronutrientes na SN dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 DAIE, a Tabela 30
apresenta a análise estatística e as Tabelas 50 a 54 do Apêndice 8.2 disponibilizam as médias
e o desvio padrão dessas variáveis. Houve diferença significativa entre os tratamentos (p <
0,0001, com R2 > 0,86 para todos os nutrientes), com efeito dos fatores SN e DAIE e da
124
interação SN×DAIE (p < 0,0001), indicando que a concentração das SN influenciou a
concentração de nutrientes ao longo de todo o período experimental.
As linhas horizontais indicam os valores recomendados por BATAGLIA et al. (2008)
para a produção adequada de PE de limão Cravo. De maneira geral, a SN 75% ficou próxima
desses valores ao longo de todo o período experimental, com exceção do Ca e Fe que ficaram
mais baixos e de B, Cu, Mn e Zn, que ficaram mais altos que os recomendados. Salienta-se
que as amostras da irrigação manual (sistema do viveirista) foram coletadas nos reservatórios
de 121 L que ficavam abaixo das bandejas e que coletavam o lixiviado para medição do
volume de SN aplicado, estando sujeitos a receber SN e água de irrigação aplicadas
manualmente pelos funcionários do viveiro. Além disso, o tratamento com irrigação manual
recebia SN por meio de uma mangueira ligada ao sistema de abastecimento de SN da estufa,
controlado por um dosador automático (Fascitec Controladores Eletrônicos, São Bernardo do
Campo/SP) que, conforme valor disponível nas análises, observa-se que não controlava a CE
adequadamente, resultando na variação da concentração de nutrientes ao longo do
experimento para esse tratamento. Essa característica representa o que ocorre frequentemente
nas condições de campo, confirmando o que se esperava quando se decidiu realizar o
experimento num viveiro comercial. No caso desse experimento, verificou-se que em geral o
tratamento do viveirista apresentou CE e concentração de nutrientes abaixo das
recomendações de BATAGLIA et al. (2008).
Os resultados encontrados nesse experimento foram inferiores aos encontrados por
SANTAMARIA et al. (2003) para Na (1000 mg L-1), N-NO3 (150 mg L-1) e K (500 mg L-1).
ZHENG et al. (2004) observaram que a concentração de N-NO3, P-H2PO4, S-SO4, Na, N-NH4,
K, Ca e Mg permaneceram constantes ao longo do período experimental, o que foi diferente
do encontrado nesse experimento, onde a concentração de determinados nutrientes na SN
variou ao longo do tempo (Figura 34). ZHENG et al. (2004) verificaram que o aumento da
concentração de SN provocou o aumento na CE e na concentração de alguns macro e
micronutrientes, o que também foi similar ao encontrado por esse experimento. Isso foi
contrário ao encontrado por KANG e VAN IERSEL (2001) que não observaram variações
crescentes na concentração de nutrientes na SN em razão do aumento da concentração de
nutrientes dos tratamentos para petúnias cultivadas em subirrigação.
125
pH
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
pH
CE
(d
S m
-1)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
CE
Nit
rogên
io t
ota
l (m
g L
-1)
0
50
100
150
200
250
N-total
Nit
rogên
io n
ítri
co (
mg L
-1)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
N-NO3
Fósf
oro
(m
g L
-1)
0
5
10
15
20
25
30
P
Potá
ssio
(m
g L
-1)
0
50
100
150
200
K
Cálc
io (
mg L
-1)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Ca
Magn
ésio
(m
g L
-1)
0
20
40
60
80
100
Mg
En
xofr
e (m
g L
-1)
0
20
40
60
80
S
Boro
(m
g L
-1)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
B
Cob
re (
mg L
-1)
0
1
2
3
4
5
6
7
Cu
Fer
ro (
mg L
-1)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Fe
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
H20
Pad
rão 2
5%
Pad
rão 5
0%
Pad
rão 7
5%
Pad
rão 1
00%
Man
gan
ês (
mg L
-1)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Mn
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
H20
Pad
rão 2
5%
Pad
rão 5
0%
Pad
rão 7
5%
Pad
rão 1
00%
Zin
co (
mg L
-1)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Zn
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
H20
Pad
rão 2
5%
Pad
rão 5
0%
Pad
rão 7
5%
Pad
rão 1
00%
Clo
reto
(m
g L
-1)
0
40
80
120
160
200
240
280
320
360
Cloreto Na
Man
ual
25%
/ 0
,12
25%
/ 0
,24
25%
/ 0
,36
25%
/ 0
,48
50%
/ 0
,12
50%
/ 0
,24
50%
/ 0
,36
50%
/ 0
,48
75%
/ 0
,12
75%
/ 0
,24
75%
/ 0
,36
75%
/ 0
,48
H20
Pad
rão 2
5%
Pad
rão 5
0%
Pad
rão 7
5%
Pad
rão 1
00%
Sód
io (
mg L
-1)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
DAIE 0
DAIE 30
DAIE 60
DAIE 90
Figura 34. Valores de pH, condutividade elétrica (CE) e concentração macro e nutrientes na solução nutritiva (SN) dos reservatórios
de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). As linhas horizontais indicam o valor recomendado por
BATAGLIA et al. (2008) para cultivo de porta-enxertos de limão Cravo. As faixas verticais indicam as diferentes concentrações de
nutrientes na SN (25%, 50% e 75%). Média de 3 repetições.
126
Tabela 30. Resultado do teste de significância estatística (p-valor) do pH, condutividade
elétrica (CE) e concentração de macro e micronutrientes na solução nutritiva dos reservatórios
de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
FV GL pH CE N-NH4 N-NO3 N-total P
p-valor
Irrigação manual 1 0,0794 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN 2 0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
CVA 3 0,1951 0,0701 0,6439 0,0011* 0,0025* 0,0320**
SN×CVA 6 0,9111 0,9921 0,9931 0,2041 0,3528 0,7324
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
SN×DAIE 6 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
CVA×DAIE 9 0,0134** 0,8157 0,8225 <0,0001* <0,0001* 0,0502
SN×CVA×DAIE 18 0,8010 1,0000 1,0000 0,0981 0,3070 0,6892
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9791 0,9793 0,9867 0,9974 0,9976 0,9774
CV, % 3,37 7,89 6,22 2,65 2,53 8,10
FV GL K Ca Mg S B Cu
p-valor
Irrigação manual 1 <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,1757 <0,0001* 0,0203**
SN 2 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
CVA 3 0,0349** 0,0419** 0,0044* 0,9715 0,9784 0,7476
SN×CVA 6 0,3550 0,7125 0,6870 0,9745 0,8012 0,7894
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,3892
SN×DAIE 6 0,0120** <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
CVA×DAIE 9 0,8357 0,2348 0,1957 0,9512 0,7125 0,6936
SN×CVA×DAIE 18 0,9126 0,5607 0,7732 0,9787 0,9973 0,6341
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,9479 0,9710 0,9537 0,9004 0,9575 0,9397
CV, % 13,37 11,09 13,99 23,06 12,65 14,93
FV GL Fe Mn Zn Cloreto Sódio
p-valor
Irrigação manual 1 <0,0001* 0,2625 0,0028* <0,0001* <0,0001*
SN 2 <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
CVA 3 0,2562 0,4792 0,6475 0,0420** 0,0753
SN×CVA 6 0,0688 0,4787 0,7773 0,9448 0,7778
DAIE 3 <0,0001* <0,0001* <0,0001* 0,0194** <0,0001*
SN×DAIE 6 <0,0001* 0,0025* 0,0012* <0,0001* <0,0001*
CVA×DAIE 9 0,7198 0,7140 0,4120 0,0420** 0,7934
SN×CVA×DAIE 18 0,2646 0,9402 0,8720 0,9448 0,9572
Modelo <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001* <0,0001*
R2 0,8925 0,9008 0,8618 0,9895 0,8993
CV, % 24,63 17,39 23,65 6,55 17,82 Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de probabilidade.
127
4.4.3 Valores de pH e condutividade elétrica
A amostragem do pH e da CE nos reservatórios de 121 L ao final do experimento foi
realizada para comparação com os resultados obtidos no DAIE 90 analisados pelo laboratório.
Observa-se na Tabela 31 os valores médios do pH e da CE amostrados nos reservatórios de
121 L ao final do experimento, e nas Tabela 32 e Tabela 33 as análises estatísticas dessas
variáveis.
Os resultados demonstraram que houve diferença significativa entre os tratamentos (p
< 0,0001, R2 = 0,8661), com efeito somente dos fatores irrigação manual e SN para o pH (p =
0,0013), pois as diferentes concentrações de SN possuíam quantidades crescentes de produto
comercial (fertilizante), que possuía um caráter acidificante por causa da sua composição,
reduzindo o pH. Verifica-se na Tabela 31 que o pH reduziu com o aumento da concentração
de SN e apresentou o menor valor no tratamento com SN 75% e CVA 0,48 m3 m-3.
Tabela 31. Valores de pH e condutividade elétrica (CE) nos reservatórios de 121 L ao final do
experimento. Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) pH CE (dS m-1)
Manual 5,88±0,12 a 1,511±0,05 c
25%, 0,12 4,76±0,19 b 0,646±0,02 f
25%, 0,24 4,39±0,06 ab 0,665±0,02 f
25%, 0,36 4,44±0,05 ab 0,682±0,01 f
25%, 0,48 4,59±0,19 ab 0,683±0,01 f
50%, 0,12 4,43±0,18 ab 1,170±0,02 e
50%, 0,24 4,28±0,19 ab 1,157±0,02 e
50%, 0,36 4,42±0,13 ab 1,249±0,01 de
50%, 0,48 4,20±0,12 ab 1,268±0,01 d
75%, 0,12 3,98±0,17 c 1,657±0,03 b
75%, 0,24 4,44±0,37 ab 1,665±0,01 b
75%, 0,36 4,26±0,10 ab 1,688±0,03 ab
75%, 0,48 4,00±0,24 c 1,781±0,05 a
H20 de abastecimento 6,00 0,052
SN padrão 25% 4,42 0,562
SN padrão 50% 4,24 1,066
SN padrão 75% 4,26 1,576
SN do viveirista 5,89 1,535 Médias seguidas de letras minúsculas na coluna diferem estatisticamente entre si pelo teste de
comparação de Tukey na probabilidade indicada (p-valor) pelo modelo na análise de variância.
128
Tabela 32. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística do
pH nos reservatórios de 121 L ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 8,17 0,68 14,02 <0,0001*
Irrigação manual 1 6,52 6,52 134,41 <0,0001*
SN 2 0,84 0,42 8,66 0,0013*
CVA 3 0,09 0,03 0,64 0,5977
SN×CVA 6 0,71 0,12 2,44 0,052
Erro total 26 1,26 0,05
Total 38 9,43
R2 = 0,8661 e CV = 4,93%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade.
Tabela 33. Resumo da análise de variância e resultado do teste de significância estatística da
condutividade elétrica (CE) nos reservatórios de 121 L ao final do experimento.
Fonte de variação GL Soma de quadrados Quadrado médio F p-valor
Modelo 12 6,975 0,558 557,24 <0,0001*
Irrigação manual 1 0,282 0,282 281,11 <0,0001*
SN 2 6,356 3,178 3173,02 <0,0001*
CVA 3 0,045 0,015 14,83 <0,0001*
SN×CVA 6 0,015 0,003 2,53 0,0458**
Erro total 26 0,026 0,001
Total 38 6,724
R2 = 0,9961 e CV = 2,60%. Onde * = significativo a 1% de probabilidade e ** = significativo a 5% de
probabilidade.
No caso da CE, houve efeito de todos os fatores (p < 0,0001, R2 = 0,9961) e da
interação SN×CVA (p = 0,0458), o que foi igual ao ocorrido na análise semanal de CE
(Figura 32) e na análise aos 0, 30, 60 e 90 DAIE no substrato (Figura 33). Os tratamentos
com concentrações crescentes de SN apresentaram valores dentro do esperado ao longo do
experimento em comparação com a concentração das SN padrão.
Com o propósito de monitorar o pH e a CE ao longo do período experimental
também realizaram-se amostragens semanais (Figura 35) das soluções padrões que estavam
armazenadas nos reservatórios de 1.000 L e que foram usadas para o abastecimento de SN nos
reservatórios de 121 L, na solução aplicada pelo viveirista e na água de abastecimento. Além
disso, realizaram-se coletas mensais para monitorar o pH, CE e concentração de
macronutrientes nessas soluções (Tabelas 55 a 59 do Apêndice 8.2)
129
Dias após o início do experimento, DAIE
6 11 18 25 32 39 46 54 61 67 73 80 87
CE
(d
S m
-1)
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
2,4
Padrão de SN 25%
Padrão de SN 50%
Padrão de SN 75%
Padrão do viveirista
H20 de abstecimento
6 11 18 25 32 39 46 54 61 67 73 80 87
pH
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
Figura 35. Variação do pH e da condutividade elétrica (CE) ao longo do período experimental
para as soluções nutritivas (SN) padrão de cada tratamento, do viveirista e da água de
abastecimento.
Observa-se variação nos valores de pH para a água de abastecimento, que
provavelmente foi a causa das diferenças entre as leituras semanais das diferentes soluções
padrão. Com relação a CE, a única variação significativa foi na SN do sistema de produção do
viveirista, provocada por problemas de uniformidade na aplicação de SN pelo dosador
automático (mencionado anteriormente) e pela ausência de aplicação de SN no DAIE 61, 67 e
80 em razão da falta de produto comercial para preparo da mesma no viveiro.
4.4.4 Detecção da presença de Phytophthora spp.
Ao término do experimento houve análise fitopatológica para detecção de
Phytophthora spp. na SN presente nos reservatórios de 121 L, com resultados negativos
(ausência) para todos os tratamentos testados. Esses resultados foram iguais aos encontrados
no substrato, indicando a inexistência desse patógeno na SN usada na fertirrigação dessa área
de produção.
O bom saneamento e o uso de métodos adequados de controle são necessários para
garantir as condições fitossanitárias adequadas para o cultivo de plantas em sistemas com
recirculação de SN. Portanto, manter a área de produção e a SN limpa de resíduos de material
130
vegetal que podem proporcionar o crescimento secundário da doença, e realizar aeração do
reservatório, são procedimentos simples e eficientes para os produtores que estão usando
sistemas de recirculação (BAUERLE, 1990).
4.5 Estimativa de custo do sistema
Além dos fatores técnicos de operação e eficiência envolvidos com a escolha de um
sistema de irrigação, o aspecto econômico é determinante para o agricultor decidir pela
aquisição de novas tecnologias. Com o objetivo de estimar o custo aproximado de implantação
do novo sistema e dos equipamentos de automação para monitoramento da umidade e controle
da subirrigação, e a economia proporcionada pela redução de mão de obra para irrigação e de
uso e descarte de fertilizantes, realizou-se o levantamento de alguns componentes fixos e
variáveis dos custos de produção no próprio viveiro e do custo de implantação da subirrigação
com informações adaptadas de RIBEIRO (2013). Os demais componentes de custo do sistema
de produção convencional não foram considerados por serem similares à subirrigação ou pelo
fato de não fazerem parte do escopo desse estudo. Por se tratar de uma estimativa de custos
simplificada, os fatores envolvidos com análises econômicas (custos fixos e variáveis totais,
depreciação, juros, custo de investimento, taxa de retorno do capital e outros), os custos
intangíveis e aqueles envolvidos com os riscos potenciais da atividade não foram
considerados.
4.5.1 Custo do material para a montagem e instalação da subirrigação
O material necessário para a montagem e instalação de uma mesa de subirrigação foi
indicado no estudo de RIBEIRO (2013), que estabeleceu critérios adequados de projeto para
mesas desenvolvidas na FEAGRI/UNICAMP, cujos custos para fabricação e instalação estão
indicados na Tabela 34. O equipamento projetado para aplicação da subirrigação por esse
autor apresentava largura de 1,58 m, comprimento variável em múltiplos de 0,5 m, altura da
borda de 0,06 m, moldagem em placas de poliestireno de alto impacto (PSAI) e estrutura
construída em perfis de alumínio. Como valor de referência trabalhou-se com uma mesa de
1,58 × 5,32 × 0,06 m (L × C × A) e área total de aproximadamente 8,4 m2.
Embora esse equipamento ainda não seja produzido em escala comercial, seu valor
pode ser comparado com equipamentos produzidos nos EUA e na Europa, onde a tecnologia é
131
disseminada e empregada com sucesso no cultivo de diversas espécies e existem diversos
fabricantes de equipamentos e revendedores e instaladores desses sistemas. Observa-se na
Tabela 35 os custos com equipamentos e instalação das mesas por uma empresa norte-
americana (Midwest GRO Master, Maple Park/IL, EUA) decrescem com o aumento da largura
das mesas. Para uma largura similar à descrita por RIBEIRO (2013), o preço praticado nos
EUA é 26,5% inferior ao valor indicado por esse autor, cujo projeto ainda está na fase de
desenvolvimento e pode ser reduzido.
Tabela 34. Custo do material para a montagem e instalação de uma mesa de subirrigação.
Adaptado de RIBEIRO (2013).
Item Valor (R$)
Perfis de alumínio para base da mesa R$ 875,00
Eletrodos para solda da base da mesa R$ 70,00
Placas de poliestireno de alto impacto (PSAI) R$ 276,00
Moldagem (custo do molde incluso) R$ 250,00
Material de união das mesas (parafusos e massa de calafetar) R$ 88,20
Mão de obra para soldagem e montagem R$ 600,00
Valor para uma mesa de 8,4 m2 R$ 2.159,20
Valor por m2 R$ 256,88
Tabela 35. Custo com equipamentos e instalação de mesas de subirrigação tipo ebb-and-flow
nos EUA.
Largura da mesa Preço por m2 para mesas ≥ 6 m
USD1 R$
0,911 m 121,09 245,82
1,219 m 113,67 230,74
1,524 m 92,89 188,57
1,829 m 96,34 195,56
2,0117 m 89,88 182,45 1 Cotação do dólar utilizada: R$ 2,03 (25/05/2013). Custos obtidos diretamente do site da empresa
(www.midgro.com).
No caso da sementeira da Citrograf Mudas usada para esse experimento, que
apresentava uma área total de 825,3 m2 e uma área com corredores de 298,1 m2 (ocupação de
somente 63,8%), a área de 527,2 m2 de bancadas convencionais de produção poderia ser
convertida em mesas de subirrigação. Multiplicando-se essa área pelo valor do metro
132
quadrado proveniente da Tabela 34 (R$ 256,88), o custo para implantação do sistema seria de
R$ 135.425,22.
4.5.2 Custo dos equipamentos para monitoramento da umidade e controle da irrigação
Pode-se utilizar duas configurações diferentes de equipamentos para monitoramento
da umidade e controle da subirrigação usando sensores capacitivos acoplados a data loggers e
controladores de saída:
uso de uma interface pré-definida no computador, de fácil configuração e
possibilidade de obtenção dos dados in loco (data logger EM-50®, Decagon
Devices, Pullmman/WA, EUA) ou via internet 3G (data logger EM-50G®,
Decagon Devices, Pullmman/WA, EUA), para 5 sensores capacitivos EC-5®,
sem possibilidade de controle da irrigação;
uso de uma interface customizada no computador (LoggerNet®), que exige
conhecimento de programação e eletrônica para montagem do sistema, também
com possibilidade de obtenção dos dados via internet wi-fi (data logger CR-
1000®), para 8 sensores capacitivos EC-5®, com bateria de 12V e possibilidade
de controle da irrigação por relês de estado sólido G3NA-210B® para 10A (AC
100-120V) (Omron Corporation, Japão) instalados dentro de uma caixa selada 16
x 18”.
Os preços das duas configurações de equipamentos estão listados na Tabela 36, com
as opções de valores para importação direta ou aquisição no Brasil. A importação direta é uma
modalidade na qual o comprador (pessoa física ou jurídica, pública ou privada) paga os
equipamentos diretamente para o fabricante no país de origem e os recebe via correio, com
garantia legal do representante da marca no Brasil. Se houver cobrança de impostos (60%), o
comprador paga diretamente para a Receita Federal do Brasil.
No caso da primeira configuração deve-se escolher entre o uso de data logger por
conexão local (# 1 na Tabela 36) ou via internet 3G (# 2 na Tabela 36). No entanto, essa
configuração não permite o controle da irrigação pela ausência de controladores de saída nos
equipamentos dessa empresa. Por isso, para essa simulação de custos, optou-se pelo uso de
relês de estado sólido (# 3 na Tabela 36), que são mais econômicos e fáceis de adquirir em
133
comparação com os equipamentos usados nesse experimento, pois havia um elevado número
de bombas submersas para a irrigação das 39 parcelas.
Tabela 36. Custos dos equipamentos para monitoramento da umidade e controle da
subirrigação usando sensores capacitivos acoplados a data loggers e controladores de saída.
# Item Quant.
Valor para importação direta1 Valor para aquisição no
Brasil
Unitário
(USD)2
Unitário
(R$)
Total
(R$)
Unitário
(R$)
Total
(R$)
1
Data logger EM-50® 1 458 930 930 2.940 2.940
Sensor EC-5® 5 120 244 1.218 475 2.373
Taxas de importação 1 200 406 406 - -
Subtotal 1 778 1.580 2.554 3.415 5.313
2
Data logger EM-50G® 1 1.030 2.091 2.094 6.600 6.600
Sensor EC-5® 5 120 244 1.218 475 2.373
Taxas de importação 1 200 406 406 - -
Subtotal 1 1.350 2.740,50 3.715 7.075 8.973
3
Data logger CR-1000® 1 1.611 3.271 3.271 9.000 9.000
Sensor EC-5® 5 120 244 1.218 475 2.373
Bateria de 12V 1 269 547 547 1.700 1.700
Software 1 357 726 726 4.800 4.800
Caixa selada 16 x 18" 1 435 882 882 2.500 2.500
Taxas de importação 1 350 710 710 - -
Relê de estado sólido
G3NA-210B® 1 - - - 70 70
Subtotal
3.142 6.381 7.356 18.545 20.443 1 Modalidade de importação na qual o comprador (pessoa física ou jurídica, pública ou privada)
paga os equipamentos diretamente para o fabricante no país de origem e recebe via correio, com
garantia legal do representante da marca no Brasil. Se houver cobrança de impostos (60%), o
comprador paga diretamente para a Receita Federal do Brasil. 2 Cotação do dólar utilizada: R$ 2,03
(25/05/2013).
O monitoramento da umidade do substrato permite a aplicação de água (e nutrientes)
na quantidade e no momento adequado, sem proporcionar déficit ou estresse hídrico e
aumentando o potencial produtivo das plantas. Verificou-se nesse experimento que o uso
dessas tecnologias foi eficiente ao longo de todo o período. Além disso, houve rapidez e a
facilidade para obtenção dos dados de umidade. Por isso, apesar do alto custo inicial para
compra dos equipamentos, a redução de uso de mão de obra e a otimização da eficiência de
irrigação ao longo do tempo podem compensar a aquisição dessas tecnologias.
134
4.5.3 Custo de mão de obra no sistema convencional
A mão de obra usada para produção dos PE de limão Cravo realiza atividades
relacionadas à semeadura, arrumação de plantas, organização da sementeira, manutenção e
limpeza interna, manejo fitossanitário, descarte geral, irrigação e fertirrigação, cujos
rendimentos operacionais, número de trabalhadores para as atividades e participação dos
custos podem ser observados na Tabela 37.
Esses dados foram obtidos por meio de levantamentos sucessivos realizados pelo
próprio viveirista com o propósito de direcionar o planejamento e gestão da mão de obra para
as atividades cotidianas realizadas na sementeira. O rendimento operacional foi estabelecido
para cada tarefa, considerando-se o número de tubetes manuseados por pessoa por dia, seguido
da quantificação do número de vezes que a tarefa é realizada por ciclo, dias e trabalhadores
necessários para cada tarefa. Considerou-se para obtenção dos valores um ciclo de produção
de 4 meses (120 dias), ocupação completa das bancadas das estufas (340.000 plantas), e
remuneração de R$ 1.400 por funcionário/mês (incluindo salários, encargos e benefícios). Para
cálculo do número de trabalhadores para a atividade consideraram-se 21 dias úteis de trabalho
por mês com 9 h de serviço por dia, incluindo a atividade de plantão realizada aos finais de
semana.
Pela Tabela 37 é possível verificar que são necessários 30,81 funcionários para que
todas as tarefas necessárias para produção de PE sejam realizadas, o que representa um custo
total de R$ 43.134,00 por ciclo ou R$ 129.402,00 por ano, considerando 3 ciclos anuais. Desse
total de pessoal, 0,99 funcionários são necessários para realizar a irrigação e fertirrigação
manual, representando 3,2% do custo com mão de obra (R$ 1.380,29 por ciclo ou R$ 4.140,87
por ano).
Verifica-se, portanto, que o custo da mão de obra para irrigação e fertirrigação tem
uma participação relativamente pequena em relação aos outros custos, principalmente em
relação à tarefa de organização de PE por tamanho, que é a que demanda mais mão de obra
(54,7%), seguida da semeadura (21%) e do descarte de PE (13,2%).
135
Tabela 37. Custo de mão de obra para as diferentes tarefas realizadas na produção de porta-enxertos cítricos, com valores de
rendimentos operacionais, número de trabalhadores para as atividades e participação dos custos com mão de obra na sementeira.
Considerou-se um ciclo de produção de 4 meses (120 dias), ocupação completa das bancadas (340.000 plantas), 21 dias úteis de
trabalho por mês com 9 h de serviço por dia, e remuneração de R$ 1.400 por funcionário (incluindo salários, encargos e benefícios).
Tipo de
atividades Tarefas
Rendimento
operacional4 Vezes
por
ciclo
Total de
tubetes
por ciclo
Dias
necessá-
rios2
Núm. de
trabalha-
dores3
Custo
tubetes/
pessoa/dia1
segundos/
tubete % R$
Semeadura
Semeadura 2.500 12,96 1 340.000 136,00 6,48 21,0 9.058,14
Enchimento de bandejas com substrato 19.330 1,68 1 340.000 17,59 0,84 2,7 1.164,62
Descascamento de sementes 51.000 0,64 1 340.000 6,67 0,32 1,0 431,34
Organização e
Arrumação
Raleio de plantas 17.000 1,91 1 340.000 20,00 0,95 3,1 1.337,15
Organização de sementeira 1.360.000 0,02 4 1.360.000 1,00 0,05 0,2 86,27
Organização de PE por tamanho 3.840 8,44 4 1.360.000 354,17 16,87 54,7 23.594,30
Manutenção e
limpeza interna Verificação de furos e frestas nas telas 2.720.000 0,01 4 1.360.000 0,50 0,02 0,1 43,13
Manejo
fitossanitário
Inspeção de pragas e doenças 2.025.000 0,02 16 5.440.000 2,69 0,13 0,4 172,54
Pulverização em geral 4.050.000 0,01 8 2.720.000 0,67 0,03 0,1 43,13
Pulverização usando fog 2.720.000 0,01 4 1.360.000 0,50 0,02 0,1 43,13
Descarte geral Descarte de PE 15.936 2,03 4 136.000 85,34 4,06 13,2 5.693,69
Irrigação e
Fertirrigação
Irrigação/Fertirrigação 2.025.000 0,02 124 42.160.000 20,82 0,99 3,2 1.380,29
Coleta de lixiviado 2.720.000 0,01 8 2.720.000 1,00 0,05 0,2 86,27
Quantidade mensal de mão de obra necessária para uma sementeira com 825 m2 646,94 30,81 100 43.134,00 1 O rendimento operacional foi estabelecido pelo viveiro para calcular o número de funcionários para cada atividade e setor. 2 Quantidade de dias necessários =
Total de tubetes ao longo do ciclo / Rendimento em tubetes por dia com 9 h de serviço. 3 Número de trabalhadores para a atividade = Quantidade de dias
necessários / N° de dias úteis no mês. OBS: uma bandeja tem capacidade para 196 tubetes. 4 Comunicação pessoal, Rafael Augusto Bordignon Fadel, Citrograf
Mudas (2013).
136
4.5.4 Custo com fertilizantes para fertirrigação no sistema convencional
De acordo com custos informados pela Citrograf Mudas2, o custo com fertilizantes
para a produção de um tubete por ciclo é de R$ 0,024 (esse valor não contempla a energia
elétrica para bombeamento). Para a produção de 340.000 tubetes, o custo total é de R$
8.160,00 por ciclo ou de R$ 24.480,00 por ano. A partir dos resultados dessa pesquisa, na qual
se observou que é possível a redução da concentração da SN utilizada na subirrigação em 50%
em razão da concentração de sais no substrato sem prejuízo no crescimento das plantas, o uso
dessa estratégia de manejo irá reduzir o valor gasto com fertilizantes pela metade, gerando
uma economia de R$ 4.080,00 por ciclo ou de R$ 12.240,00 por ano.
Além disso, segundo os custos informados pela Citrograf Mudas2, a irrigação manual
aplica aproximadamente 10 mL de água (ou SN) por tubete por irrigação na produção de PE
cítricos, e como se realizam 30 irrigações por mês e as plantas são cultivadas durante um ciclo
de 4 meses (120 dias), obtém-se a utilização de 1,2 L de água (ou SN) por tubete por ciclo ou
3,6 L por ano. Para a produção de 340.000 plantas, utiliza-se 408.000 L por ciclo ou 1.224.000
L anualmente. Como aproximadamente 50% desse volume é água (204.000 L) e os outros
50% são SN (204.000 L), são necessários 510 L da solução concentrada Brennfeed AGRBRA
258® (usada na dosagem de 2,5 L 1000 L-1) e 61,2 kg de sulfato de magnésio hepta-hidratado
Magnesol® (usado na dosagem de 0,3 kg 1000 L-1) para preparo desse volume de SN. Como
de acordo com SALVADOR et al. (2013)3 as perdas de SN chegam a 70% da quantidade
aplicada, verifica-se que 357 L de Brennfeed AGRBRA 258® (a um custo de R$ 10/L) e 42,8
kg de sulfato de magnésio (a um custo de R$ 5/kg) são perdidos anualmente com o descarte de
SN no piso das estufas, gerando um prejuízo total de R$ 3.784,00 por ciclo ou R$ 11.352,00
por ano.
4.5.5 Estimativa simplificada de retorno
A soma do custo total de implantação do sistema de subirrigação (R$ 135.425,22)
com o valor dos equipamentos para monitoramento da umidade e controle da subirrigação
2 Comunicação pessoal, Rafael Augusto Bordignon Fadel, Citrograf Mudas, 2013. 3 SALVADOR, C. A.; FERRAREZI, R. S.; BARRETO, C. V. G.; TESTEZLAF, R. Metodologia de
avaliação do desempenho da irrigação por aspersão manual na produção de porta-enxertos cítricos.
Engenharia Agrícola, No prelo, 2013.
137
usando sensores capacitivos acoplados a data loggers e controladores de saída (R$ 20.443,00),
atingiria um custo total de R$ 155.868,22.
Por outro lado, a soma do valor gasto somente com mão de obra para irrigação (R$
4.140,87) com os valores economizados em fertilizantes pela redução da concentração da SN
(R$ 12.240,00) e pela eliminação das perdas de SN para o piso das estufas (R$ 11.352,00),
resulta em uma economia total de R$ 27.732,87 por ano com o uso da subirrigação em
substituição à irrigação manual.
A divisão dos custos totais da implantação do sistema de subirrigação e dos
equipamentos para monitoramento da umidade e controle da subirrigação pelos custos totais
da economia de mão de obra e fertilizantes permite afirmar de forma simplista que o custo de
investimento seria pago em 5,6 anos pela economia gerada pela modificação tecnológica.
4.5.6 Custos não considerados
O custo com bombeamento poderia ser considerado para efeito de cálculos,
verificando se há aumento do custo com acionamento das bombas em função da maior
frequência de irrigação. Porém, para isso se faz necessário o dimensionamento de dois
sistemas de irrigação (subirrigação e convencional por aspersão manual), contemplando todos
os constituintes (tubos, conexões, mesas, bombas, controladores etc.), a estimativa do custo
para instalação e do número de horas necessárias para um trabalhador operar o sistema, para
analisar se haverá agregação de novos custos de produção, o que foge do objetivo principal
desse trabalho.
Além disso, também se deve considerar que haverá mitigação de contaminações
ambientais pela redução/eliminação da liberação de água com nutrientes e pesticidas no meio
ambiente, como redução da salinização do solo e da contaminação de águas superficiais e
subterrâneas, redução nos custos de tratamento da água para utilização e redução da queda de
produção pela contaminação por sais. No entanto, o cálculo dessas variáveis é difícil de ser
realizado pelos diversos componentes envolvidos, que não são objetos diretos de estudo deste
trabalho.
138
4.6 Considerações finais
A subirrigação proporcionou maior altura das plantas, diâmetro de caule, área foliar e
precocidade de produção de limão Cravo em comparação com a irrigação manual, resultando
na antecipação do ciclo de produção em 30 dias. As respostas fisiológicas foram influenciadas
pelo aumento do CVA para acionamento da irrigação, não se recomendando a combinação
com CVA de 0,12 m3 m-3 e SN de 75% pelo efeito negativo no crescimento das plantas.
Embora a subirrigação tenha a característica de acumular sais no substrato em razão
da evaporação, o presente experimento obteve resultados similares com a literatura, que
indicam que a estratégia para que esse aumento da salinidade não cause problemas às plantas
seja a de redução da concentração da SN fornecida ao longo do tempo.
A utilização comercial do sistema empregado no experimento dependerá de estudos
futuros que reduzam os custos dos componentes.
Após a finalização desse estudo, sugerem-se algumas recomendações para a aplicação
da subirrigação:
A escolha correta do tipo de substrato é essencial para o sucesso da subirrigação, pois nem
todos os substratos apresentam capilaridade adequada para a subirrigação, devendo-se
realizar a curva de calibração específica dos sensores para cada substrato a ser empregado,
com o propósito de se obter a conversão das leituras de tensão em conteúdo volumétrico
de água;
A operação adequada do sistema depende do perfeito nivelamento das mesas, para que a
altura de saturação planejada e a ascensão capilar sejam atingidas;
Para evitar a disseminação de pragas e doenças, deve-se realizar frequentemente a limpeza
das mesas para remoção dos resíduos de substratos e de partes de plantas, e a lavagem das
mesas para retirada de algas, principalmente nas mesas acionadas com maior frequência
(tratamentos com CVA iguais ou superiores a 0,48 m3 m-3);
Uma das melhorias possíveis no sistema de subirrigação seria o desenvolvimento e
instalação de um sistema automatizado de reposição da SN ou água, com medição
automática do volume adicionado.
139
5 CONCLUSÕES
De acordo com os resultados obtidos foi possível concluir que:
A automação de mesas de subirrigação por meio da utilização de sensores
capacitivos para monitoramento da umidade do substrato e controle da irrigação funcionou
adequadamente ao longo de todo o período experimental:
o No monitoramento da umidade, os sensores apresentaram maior amplitude de
variação do CVA nos tratamentos com menor CVA (0,12 e 0,24 m3 m-3);
o No controle da irrigação, os sensores proporcionaram o acionamento no
momento correto das bombas submersas quando as leituras foram menores que as
estipuladas como tratamentos.
O volume médio de SN aplicado por CVA obedeceu a sequência dos tratamentos
para CVA de 0,12 < 0,24 < 0,36 < Irrigação manual ≈ 0,48 m3 m-3, indicando menor
quantidade de água e nutrientes aplicada pela subirrigação em comparação com a irrigação
manual por chuveiro, com exceção dos tratamentos com CVA de 0,48 m3 m-3, onde o elevado
número de irrigações e a alta frequência de irrigação promoveram valores semelhantes ao
sistema de produção do viveirista;
Umidades crescentes do substrato para acionamento da subirrigação
proporcionaram aumento da altura das plantas, diâmetro de caule e área foliar de limão Cravo
em comparação com a irrigação manual, com exceção nos tratamentos com CVA de 0,12 m3
m-3, que foram insuficientes para manter a umidade em níveis satisfatórios para o
desenvolvimento das plantas;
Os tratamentos com 50% da concentração recomendada de nutrientes na SN para a
produção de PE de limão Cravo proporcionaram maior crescimento em altura das plantas,
diâmetro de caule e área foliar total, mantendo a concentração de sais no substrato dentro das
faixas aceitáveis para cultivo;
As plantas produzidas nas mesas de subirrigação apresentaram maior altura,
diâmetro de caule e precocidade no desenvolvimento do que as plantas irrigadas manualmente,
o que permitiria o transplantio antecipado em sacolas plásticas ou citruspotes de 4 a 7 L para
realização da enxertia, possibilitando mais ciclos de cultivo e um maior número de plantas
produzidas por ano, com exceção nos tratamentos com CVA de 0,12 m3 m-3;
140
Em razão da manutenção do pH e da CE em níveis recomendados, da
concentração adequada de macro e micronutrientes no substrato, parte aérea e sistema
radicular, da ausência de sintomas visuais de deficiência de nutrientes, da maior eficiência no
uso da água, do desenvolvimento uniforme, do maior crescimento das plantas e da antecipação
no período de transplantio para realização da enxertia, indica-se como manejo hídrico o
tratamento com CVA de 0,48 m3 m-3 para acionamento da irrigação, e como manejo
nutricional a utilização de SN com 50% da concentração recomendada para a produção de PE
de limão Cravo em tubetes na fase de sementeira, permitindo a redução do uso de fertilizantes;
O período de retorno da substituição do sistema convencional de irrigação manual
por chuveiros obtido somente com o valor economizado pela redução do uso de mão de obra,
redução da concentração de SN para 50% e eliminação do descarte de fertilizantes foi de 5,6
anos considerando-se essas condições experimentais (ou seja, ainda sem a existência de
equipamentos comerciais, que tendem a ter custo reduzido em comparação com testes de
pequena escala).
A partir das conclusões dessa pesquisa é possível afirmar que hipótese proposta foi
parcialmente validada, indicando que a subirrigação automatizada por sensores capacitivos
com reuso e recirculação reduziu a quantidade de SN aplicada nos tratamentos com CVA de
até 0,36 m3 m-3, com os valores do CVA de 0,48 m3 m-3 sendo iguais à irrigação manual, e
promoveu maior altura das plantas, diâmetro do caule e precocidade de transplantio para
realização da enxertia quando comparado ao sistema convencional de irrigação por aspersão
manual usando chuveiro adotado atualmente pelos viveiristas.
141
6 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS
Algumas oportunidades de pesquisas são sugeridas para o desenvolvimento de novos
estudos nessa área. No caso das mudas cítricas, sugere-se o uso de substratos com composição
diversificada; testes com PE distintos; cultivo em diferentes épocas do ano; experimentos com
PE e mudas enxertadas em sacolas plásticas ou citruspotes de 4 a 7 L; comparação do
desenvolvimento a campo de mudas produzidas pela subirrigação e mudas irrigadas
manualmente; e comparação do desempenho da subirrigação com SN e com fertilizante de
liberação controlada. Também sugere-se a realização de testes para avaliação da utilização: da
subirrigação na produção de mudas de espécies florestais, frutíferas (café), cana-de-açúcar,
plantas ornamentais e outras; de sensores capacitivos de outros modelos e marcas; de outros
tipos de sensores para determinação da umidade em tempo real; e estudos de alternativas para
o controle automatizado da subirrigação.
142
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159
8 APÊNDICES
8.1 Programa do CR10X usado para a automação do sistema de subirrigação
;OBJECTIVES:
;1) to establish subirrigation water and
nutrient management for Rangpur Lime
production in cone-tainers, and
;2) to automate a subirrigation system
using soil moisture sensors to monitor and
control volumetric water content in
substrate, promoting irrigation according to
plant water requirements
;PROCEDURES:
;monitor substrate volumetric soil moisture
using ECH2O EC-5 sensors on the top of
substrate in cone-tainers and control
subirrigation, comparing these values with
set points,
;irrigating the ebb-and-flow benches
turning submersible pumps on and off
;TREATMENTS:
;3 nutrient solution concentrations (25%,
50% and 75% of recommendation for
citrus rootstocks production) and 4
substrate volumetric water content (0.12;
0.24; 0.36 and 0.48 m3 m-3),
;with an additional treatment (manual
irrigation), totaling 39 experimental units
;TREATMENTS IDENTIFICATION:
;nutrient solution (NS1 = 25%, NS2 = 50%
and NS3 = 75% of recommendation)
;volumetric water content (VWC1 = 0.12,
VWC2 = 0.24, VWC3 = 0.36, VWC4 =
0.48 m3 m-3)
;additional treatment (Manual irrigation)
;replications (R1 = replication 1, R2 =
replication 2, R3 = replication 3)
;EXPERIMENTAL UNIT:
;one ebb-and-flow bench with one tray
with 187 plants
;3 replications
;SUBIRRIGATION EQUIPMENTS:
;ebb-and-flow bench (0.70 x 0.55 m) with
an individual 121 L-tank and a submersible
pump inside
;AUTOMATION EQUIPMENTS:
;39 ECH2O EC-5 sensors (Decagon
Devices), 1 for each ebb-and-flow bench
;1 CR10X data logger (Campbell
Scientific)
;1 AM16/32B multiplexer (Campbell
Scientific) in 4x16 mode
;3 SDM-CD16AC relay drivers (Campbell
Scientific)
;Sensors ECH2O EC-5 (Decagon Devices)
connection on to Multiplexer AM16/32B
(Campbell Scientific)
;WIRING (white): 3 wires of 3 sensors
were connected in an adaptor, and them at
H1 port
;WIRING (red): each wire of 3 sensors
were respectively connected in ports L1,
H2 and L2
;WIRING (shield): 3 wires of 3 sensors
were connected in an adaptor, and them at
H1 SHIELD port
;CR10X (Campbell Scientific) connection
on to Multiplexer AM16/32B (Campbell
Scientific)
;WIRING GROUP 1:
;Port E1 was connected to COM H1 port
in Multiplexer with white cable
;Port H1 was connected to COM L1 port
in Multiplexer with green cable
;Port L1 was connected to COM H2 port
in Multiplexer with black cable
;Port H2 was connected to COM L2 port
in Multiplexer with red cable
;Port G was connected to COM G port in
Multiplexer with orange cable
;WIRING GROUP 2:
;C5 port was connected to RES port in
Multiplexer with white cable
160
;C4 port was connected to CLK port in
Multiplexer with green cable
;G port was connected to GND port in
Multiplexer with black cable
;12 V port was connected to 12V port in
Multiplexer with red cable
;Relay drivers SDM-CD16AC (Campbell
Scientific) connection on to CR10X
(Campbell Scientific)
;12 V port was connected to 12V port in
CR10X with red cable (three cables in the
same slot)
;GND port was connected to G port in
CR10X with orange cable (three cables in
the same slot)
;C1 port was connected to C1 port in
CR10X with white cable (three cables in
the same slot)
;C2 port was connected to C2 port in
CR10X with green cable (three cables in
the same slot)
;C3 port was connected to C3 port in
CR10X with black cable (three cables in
the same slot)
;Submersible pumps NK-2 (Little Giant)
connection on to Relay drivers SDM-
CD16AC (Campbell Scientific)
;The hot wire from the electrical supply
was connected to the COM port in the relay
drivers, and a wire from the NO port went
to the submersible pumps
;The ground and the neutral came directly
to the electrical supply and were connected
to the pumps
; **********************************
; HERE WE PUT THE FREQUENCY OF
PROGRAM EXECUTION
*Table 1 Program
01: 600 Execution Interval (seconds)
; **********************************
; The following 39 statements set are the
set points for irrigation control
; When the substrate water content drops
below these values, the irrigation is turned
on
1: If Flag/Port (P91)
1: 21 Do if Flag 1 is Low
2: 30 Then Do
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 1:
2: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 79 Z Loc [ Set_1 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 1:
3: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 80 Z Loc [ Set_2 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 1:
4: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 81 Z Loc [ Set_3 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 1:
5: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 82 Z Loc [ Set_4 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 1:
161
6: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 83 Z Loc [ Set_5 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 1:
7: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 84 Z Loc [ Set_6 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 1:
8: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 85 Z Loc [ Set_7 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 1:
9: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 86 Z Loc [ Set_8 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 1:
10: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 87 Z Loc [ Set_9 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 1:
11: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 88 Z Loc [ Set_10 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 1:
12: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 89 Z Loc [ Set_11 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 1:
13: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 90 Z Loc [ Set_12 ]
; Next set point in the NS manually
irrigated, replication 1:
14: Z=F (P30)
1: .05 F
2: 00 Exponent of 10
3: 91 Z Loc [ Set_13 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 2:
15: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 92 Z Loc [ Set_14 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 2:
16: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 93 Z Loc [ Set_15 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 2:
17: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 94 Z Loc [ Set_16 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 2:
162
18: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 95 Z Loc [ Set_17 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 2:
19: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 96 Z Loc [ Set_18 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 2:
20: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 97 Z Loc [ Set_19 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 2:
21: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 98 Z Loc [ Set_20 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 2:
22: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 99 Z Loc [ Set_21 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 2:
23: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 100 Z Loc [ Set_22 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 2:
24: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 101 Z Loc [ Set_23 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 2:
25: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 102 Z Loc [ Set_24 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 2:
26: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 103 Z Loc [ Set_25 ]
; Next set point in the NS manually
irrigated, replication 2:
27: Z=F (P30)
1: .05 F
2: 00 Exponent of 10
3: 104 Z Loc [ Set_26 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 3:
28: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 105 Z Loc [ Set_27 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 3:
163
29: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 106 Z Loc [ Set_28 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.12 m3 m-3 treatment, replication 3:
30: Z=F (P30)
1: .12 F
2: 00 Exponent of 10
3: 107 Z Loc [ Set_29 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 3:
31: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 108 Z Loc [ Set_30 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 3:
32: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 109 Z Loc [ Set_31 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.24 m3 m-3 treatment, replication 3:
33: Z=F (P30)
1: .24 F
2: 00 Exponent of 10
3: 110 Z Loc [ Set_32 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 3:
34: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 111 Z Loc [ Set_33 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 3:
35: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 112 Z Loc [ Set_34 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.36 m3 m-3 treatment, replication 3:
36: Z=F (P30)
1: .36 F
2: 00 Exponent of 10
3: 113 Z Loc [ Set_35 ]
; Next set point in the NS1 (25%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 3:
37: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 114 Z Loc [ Set_36 ]
; Next set point in the NS2 (50%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 3:
38: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 115 Z Loc [ Set_37 ]
; Next set point in the NS3 (75%), VWC
0.48 m3 m-3 treatment, replication 3:
39: Z=F (P30)
1: .48 F
2: 00 Exponent of 10
3: 116 Z Loc [ Set_38 ]
; Next set point in the NS manually
irrigated, replication 3:
40: Z=F (P30)
1: .05 F
2: 00 Exponent of 10
3: 117 Z Loc [ Set_39 ]
164
; Setting Flag 1 low will cause the previous
part of the program to be skipped after it
runs one time
41: Do (P86)
1: 11 Set Flag 1 High
42: End (P95)
43: Do (P86)
1: 45 Set Port 5 High
;Loop is repetition of some operation for a
defined time
44: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 13 Loop Count
45: Do (P86)
1: 74 Pulse Port 4
46: Step Loop Index (P90)
1: 3 Step
47: Excite-Delay (SE) (P4)
1: 3 Reps
2: 5 2500 mV Slow Range
3: 1 SE Channel
4: 1 Excite all reps w/Exchan 1
5: 1 Delay (0.01 sec units)
6: 2500 mV Excitation
7: 1 -- Loc [ Sensor1 ]
8: 0.001 Mult
9: 0 Offset
;Commands 8 and 9 in P4 is variable in
function of the calibration of the
measurement
;In this case, the measurements is done in
mV and transformed to V by the 0.001
Mult value
48: End (P95)
49: Do (P86)
1: 55 Set Port 5 Low
;The next procedure is to transform the
measurement to V in Volumetric Water
Content (VWC)
50: Beginning of Loop (P87)
1: 0 Delay
2: 39 Loop Count
51: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
; This calibration is to be used only on
Tropstrato HA (Pine bark) substrate, with
CR10X data logger (slope value)
52: Z=X*F (P37)
1: 1 -- X Loc [ Sensor1 ]
2: 1.4662 F
3: 1 -- Z Loc [ Sensor1 ]
; This calibration is to be used only on
Tropstrato HA (Pine bark) substrate, with
CR10X data logger (intercept value)
53: Z=X+F (P34)
1: 1 -- X Loc [ Sensor1 ]
2: -0.4197 F
3: 1 -- Z Loc [ Sensor1 ]
54: End (P95)
; We will compare the MEASUREMENTS
with the set points (at the beginning of
program)
55: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 39 Loop Count
56: If (X<=>Y) (P88)
1: 1 -- X Loc [ Sensor1 ]
2: 4 <
3: 79 -- Y Loc [ Set_1 ]
4: 30 Then Do
165
; When the VWC is less than the set point,
location 67 is set to 1, and the irrigation
starts
57: Z=F x 10^n (P30)
1: 1 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 40 -- Z Loc [ Pump1 ]
; If we program a pump to open, we also
increase this counter by 1.
; This way, this counter keeps track of how
often we water each treatment.
; If you know how much water is applied in
each irrigation, you can use this to
calculate the total
; amount of water applied to each treatment
58: Z=Z+1 (P32)
1: 118 -- Z Loc [ AcIrr_1 ]
59: Else (P94)
60: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 40 -- Z Loc [ Pump1 ]
61: End (P95)
62: End (P95)
; **********************************
;This step is to say where the
measurements will be send (Average and
data sampling)
; Output is collected every 1 minute
63: If time is (P92)
1: 0 Minutes (Seconds --) into a
2: 60 Interval (same units as above)
3: 10 Set Output Flag High
64: Set Active Storage Area (P80)^5775
1: 1 Final Storage Area 1
2: 123 Array ID
65: Real Time (P77)^6408
1: 1110 Year,Day,Hour/Minute (midnight
= 0000)
66: Sample (P70)^9682
1: 39 Reps
2: 1 Loc [ Sensor1 ]
67: Sample (P70)^293
1: 39 Reps
2: 118 Loc [ AcIrr_1 ]
; **********************************
; The next commands are to send signals to
the pumps be on,
; but only 8 pumps at time (to prevent
electrical problems).
;FIRST RELAY DRIVER, IN B0A0
ADDRESSES
; All of the Relays 1-16 information need
to be closed (equal 0).
68: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 16 Loop Count
69: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
70: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 157 -- Z Loc [ Relay1 ]
71: End (P95)
; After that, we need to say to the program
; that the Pumps 1-8 information is the
same of the Relays 1-8.
72: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
73: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
166
74: Z=X (P31)
1: 40 -- X Loc [ Pump1 ]
2: 157 -- Z Loc [ Relay1 ]
75: End (P95)
; Now, we will send all the information to
Relays 1-8
; Remember that every time the location
below need to be Relay1
76: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 00 SDM Address
3: 157 Loc [ Relay1 ]
77: Excitation with Delay (P22)
1: 1 Ex Channel
2: 4000 Delay W/Ex (0.01 sec units)
3: 4000 Delay After Ex (0.01 sec units)
4: 0000 mV Excitation
; After that, we need to say to the program
; that the Pump 9-16 information is the
same of the Relay 9-16.
78: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
79: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
80: Z=X (P31)
1: 48 -- X Loc [ Pump9 ]
2: 165 -- Z Loc [ Relay9 ]
81: End (P95)
82: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
83: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
84: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 157 -- Z Loc [ Relay1 ]
85: End (P95)
; Now, we will send all the information to
Relay 9-16
; Remember that every time the location
below need to be Relay1
86: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 00 SDM Address
3: 157 Loc [ Relay1 ]
87: Excitation with Delay (P22)
1: 1 Ex Channel
2: 4000 Delay W/Ex (0.01 sec units)
3: 4000 Delay After Ex (0.01 sec units)
4: 0000 mV Excitation
; Now, we need to turn all the Relay 9-16
closed (equal 0)
88: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
89: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
90: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 165 -- Z Loc [ Relay9 ]
91: End (P95)
; And finally, we need to close all Relay 1-
16 (equal 0)
92: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 00 SDM Address
3: 157 Loc [ Relay1 ]
167
;SECOND RELAY DRIVER, IN B0A1
ADDRESSES
; only 8 pumps will be turned on at time (to
prevent electrical problems).
; All of the Relays 17-32 information need
to be closed (equal 0).
93: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 16 Loop Count
94: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
95: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 173 -- Z Loc [ Relay17 ]
96: End (P95)
; After that, we need to say to the program
; that the Pumps 17-32 information is the
same of the Relays 17-32.
97: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
98: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
99: Z=X (P31)
1: 56 -- X Loc [ Pump17 ]
2: 173 -- Z Loc [ Relay17 ]
100: End (P95)
; Now, we will send all the information to
Relays 17-24
; Remember that every time the location
below need to be Relay17
101: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 01 SDM Address
3: 173 Loc [ Relay17 ]
102: Excitation with Delay (P22)
1: 1 Ex Channel
2: 4000 Delay W/Ex (0.01 sec units)
3: 4000 Delay After Ex (0.01 sec units)
4: 0000 mV Excitation
; After that, we need to say to the program
; that the Pump 25-32 information is the
same of the Relay 25-32.
103: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
104: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
105: Z=X (P31)
1: 64 -- X Loc [ Pump25 ]
2: 181 -- Z Loc [ Relay25 ]
106: End (P95)
107: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
108: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
109: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 173 -- Z Loc [ Relay17 ]
110: End (P95)
; Now, we will send all the information to
Relay 25-32
; Remember that every time the location
below need to be Relay17
111: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 01 SDM Address
3: 173 Loc [ Relay17 ]
168
112: Excitation with Delay (P22)
1: 1 Ex Channel
2: 4000 Delay W/Ex (0.01 sec units)
3: 4000 Delay After Ex (0.01 sec units)
4: 0000 mV Excitation
; Now, we need to turn all the Relay 25-32
closed (equal 0)
113: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 8 Loop Count
114: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
115: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 181 -- Z Loc [ Relay25 ]
116: End (P95)
; And finally, we need to close all Relay
17-32 (equal 0)
117: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 01 SDM Address
3: 173 Loc [ Relay17 ]
;THIRD RELAY DRIVER, IN B0A2
ADDRESSES
; only 8 pumps will be turned on at time (to
prevent electrical problems).
; All of the Relays 33-39 information need
to be closed (equal 0).
118: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 7 Loop Count
119: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
120: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 189 -- Z Loc [ Relay33 ]
121: End (P95)
; After that, we need to say to the program
; that the Pumps 33-39 information is the
same of the Relays 33-39.
122: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 7 Loop Count
123: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
124: Z=X (P31)
1: 72 -- X Loc [ Pump33 ]
2: 189 -- Z Loc [ Relay33 ]
125: End (P95)
; Now, we will send all the information to
Relays 33-39
; Remember that every time the location
below need to be Relay33
126: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 02 SDM Address
3: 189 Loc [ Relay33 ]
127: Excitation with Delay (P22)
1: 1 Ex Channel
2: 4000 Delay W/Ex (0.01 sec units)
3: 4000 Delay After Ex (0.01 sec units)
4: 0000 mV Excitation
; After that, we need to say to the program
; that the Pump 33-39 information is the
same of the Relay 33-39.
128: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 7 Loop Count
169
129: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
130: Z=X (P31)
1: 72 -- X Loc [ Pump33 ]
2: 189 -- Z Loc [ Relay33 ]
131: End (P95)
132: Beginning of Loop (P87)
1: 0000 Delay
2: 7 Loop Count
133: Step Loop Index (P90)
1: 1 Step
134: Z=F x 10^n (P30)
1: 0.0 F
2: 00 n, Exponent of 10
3: 189 -- Z Loc [ Relay33 ]
135: End (P95)
; And finally, we need to close all Relay
33-39 (equal 0)
136: SDM-CD16 / SDM-CD16AC (P104)
1: 1 Reps
2: 02 SDM Address
3: 189 Loc [ Relay33 ]
*Table 2 Program
02: 0.0000 Execution Interval (seconds)
*Table 3 Subroutines
End Program
8.2 Tabelas com médias e desvio padrão das variáveis monitoradas em diferentes
épocas ao longo do período experimental
170
Tabela 38. Valores de pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de nitrogênio total (N-total) e amoniacal (N-NH4) no substrato
aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
pH Condutividade elétrica, CE (dS m-1)
Manual 6,6±0 6,0±0,1 6,2±0 6,0±0 0,6±0 0,8±0,2 0,2±0 0,4±0,1
25%, 0,12 6,6±0 5,5±0,2 5,6±0,2 6,0±0,2 1,3±0 1,5±0,3 1,1±0,3 1,2±0,1
25%, 0,24 6,7±0 5,8±0 5,9±0,1 5,9±0,1 0,7±0 1,1±0 0,9±0,2 1,3±0,2
25%, 0,36 6,7±0 6,0±0,2 5,9±0 5,9±0,1 0,5±0 0,9±0,4 0,8±0,2 1,3±0,2
25%, 0,48 6,7±0 5,9±0,2 5,9±0 6,0±0,1 0,6±0 1,2±0,1 0,7±0,1 1,4±0,2
50%, 0,12 6,7±0 5,6±0,1 5,6±0,1 5,9±0,2 0,9±0 1,6±0,1 1,3±0,1 1,6±0,6
50%, 0,24 6,6±0 5,7±0,1 5,6±0 5,8±0,1 0,7±0 1,8±0,4 1,6±0,1 2,8±0,1
50%, 0,36 6,6±0 5,8±0,1 5,7±0 5,7±0,1 0,8±0 1,7±0,2 1,8±0,1 2,8±0
50%, 0,48 6,6±0 5,9±0,2 5,6±0 5,5±0,1 0,8±0 1,2±0,2 1,5±0,5 3,5±0,1
75%, 0,12 6,7±0 5,5±0,1 5,6±0,1 6,2±0,2 0,7±0 2±0,2 1,6±0,3 1,2±0,4
75%, 0,24 6,6±0 5,6±0,1 5,5±0,1 5,7±0,1 0,7±0 2,1±0,1 1,8±0,5 2,8±0,5
75%, 0,36 6,6±0 5,6±0,2 5,6±0,1 5,4±0,1 0,7±0 2,4±0,1 1,6±0,3 3,3±0,4
75%, 0,48 6,6±0 5,6±0,2 5,6±0 5,3±0,1 0,7±0 2,3±0,2 1,5±0,2 3,7±0,3
N-total (mg L-1) N-NH4 (mg L-1)
Manual 17,1±0 16,4±2,2 16,1±3,4 15,7±4,5 6,2±0 3,8±0,1 2,5±0,2 1,3±0,3
25%, 0,12 25,3±0 38,0±6,1 44,4±9,1 50,8±12,2 5,4±0 6,7±1,0 7,3±1,5 8,0±2,0
25%, 0,24 17,3±0 22,4±6,6 25±9,9,0 27,5±13,2 7,2±0 5,5±0,7 4,6±1,0 3,7±1,4
25%, 0,36 14,9±0 20,8±5,2 23,8±7,8 26,8±10,4 6,2±0 5,2±0,6 4,7±0,9 4,2±1,2
25%, 0,48 17,5±0 24,3±2,7 29,6±4,0 31,1±5,3 7,0±0 5,9±0,4 7,2±0,7 4,7±0,9
50%, 0,12 19,9±0 54,7±17,5 72,1±26,3 89,5±35,1 6,5±0 6,0±0,5 5,7±0,8 5,4±1,1
50%, 0,24 16,3±0 82,8±4,0 116,1±6,0 149,3±8,0 5,4±0 6,7±0,8 7,3±1,2 8±1,6
50%, 0,36 32,2±0 95,1±7,5 126,6±11,3 158,0±15,1 8,7±0 8,9±1,7 9,1±2,6 9,2±3,5
50%, 0,48 23,1±0 124,3±11,3 174,9±17 225,6±22,7 9,0±0 8,4±0,5 8,0±0,7 7,7±0,9
75%, 0,12 19,5±0 49±14,7 63,7±22,0 78,4±29,4 7,6±0 5,6±0,3 4,6±0,4 3,6±0,5
75%, 0,24 19,2±0 106±20,4 149,4±30,6 192,7±40,8 6,5±0 6,0±0,3 5,8±0,5 5,5±0,7
75%, 0,36 18,9±0 136,5±20 195,2±29,9 254,0±39,9 6,2±0 6,1±1,3 6,1±2 6,0±2,7
75%, 0,48 20,6±0 176,4±40,8 254,3±61,2 332,2±81,6 7,2±0 6,0±0,3 5,4±0,5 4,8±0,7
171
Tabela 39. Concentração de nitrogênio nítrico (N-NO3), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias
após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
N-NO3 (mg L-1) P (mg L-1)
Manual 10,9±0 12,7±2,2 13,5±3,3 14,4±4,4 2,0±0 7,0±0,3 9,3±0,7 9,7±0,5
25%, 0,12 19,9±0 31,4±5,6 37,1±8,3 42,8±11,1 1,7±0 5,9±2 9,2±2,4 6,8±3,5
25%, 0,24 10,1±0 16,9±6,1 20,3±9,2 23,8±12,3 2±0 6,0±1,2 8,4±2,1 7,6±1,5
25%, 0,36 8,7±0 15,6±4,6 19,1±6,9 22,6±9,2 2,5±0 5,5±0,4 7,5±0,8 6,6±0,8
25%, 0,48 10,5±0 18,5±2,2 22,4±3,4 26,4±4,5 2,0±0 5,3±0,8 7,6±1,5 6,3±0,9
50%, 0,12 13,4±0 48,7±17,6 66,4±26,3 84,1±35,1 2,0±0 5,2±0,8 7,9±0,6 5,8±1,9
50%, 0,24 10,9±0 76,1±3,4 108,7±5,1 141,4±6,8 1,9±0 6,6±1,3 9,4±2,6 8,5±1,3
50%, 0,36 23,5±0 86,2±6,2 117,5±9,4 148,8±12,5 1,9±0 6,2±0,9 9,0±1,7 7,8±1
50%, 0,48 14,1±0 116±11 166,9±16,5 217,8±22 1,7±0 6,4±0,6 8,6±0,9 8,8±1
75%, 0,12 11,9±0 43,3±14,9 59,1±22,3 74,8±29,7 2,0±0 4,2±0,2 7,0±0,3 3,6±0,5
75%, 0,24 12,7±0 99,9±20,7 143,6±31,1 187,2±41,4 1,9±0 6,7±1 9,0±1,6 9,2±1,6
75%, 0,36 12,7±0 130,3±21,2 189,2±31,8 248±42,3 1,9±0 6,3±0,4 8,3±0,9 8,7±0,8
75%, 0,48 13,4±0 170,4±40,9 248,9±61,4 327,4±81,9 1,8±0 7,6±0,9 9,4±1,5 11,7±1,3
K (mg L-1) Ca (mg L-1)
Manual 52,3±0 77±4,9 25,8±3,7 36,1±5,7 43,4±0 58,2±14,8 15,3±3,2 21,4±4,4
25%, 0,12 100,8±0 136,8±23,9 61,5±15,6 94,6±5,8 105,9±0 136,5±35 91,2±28,5 66,9±5,6
25%, 0,24 53,1±0 96,3±4 45,3±6,9 75,9±17 45,8±0 95,3±6,8 71,5±13,5 82,2±13,9
25%, 0,36 43,6±0 80,2±34,6 40,7±10 69,1±20,9 32,3±0 76,9±35,8 63±16,3 78,1±13,7
25%, 0,48 44,5±0 97,7±17,7 41,3±8,7 66,6±16,4 35,3±0 103,0±17 58,7±6,1 81,1±12,4
50%, 0,12 68,3±0 141,7±17,4 89,3±7,5 146,7±44,1 69,1±0 141,5±7,8 103,3±6,8 97,5±38,1
50%, 0,24 58,9±0 145,8±29,7 102,7±9 208±4,3 51,4±0 169,7±43,9 135,3±10,5 182,4±10,3
50%, 0,36 60,9±0 129,3±15,4 93,7±5,4 170,3±7,8 53,3±0 145,7±16,7 154,7±9 167,9±3,2
50%, 0,48 62,2±0 100,7±20,4 78,7±26,7 231,2±9,5 64,2±0 104,7±16,9 124±39,7 227,4±6,9
75%, 0,12 55,9±0 157,5±17,8 99,3±18,7 115±29,6 47,5±0 186,7±11,2 126,2±25,5 72,2±29,9
75%, 0,24 59,3±0 166,7±5,9 116,5±32,5 241,1±44,9 53,6±0 183,3±19 148,7±45,8 174,8±34,6
75%, 0,36 57,7±0 180±3,5 103,7±15,3 277,4±34,9 53,0±0 218,3±4,2 133,3±21,7 216,9±31,9
75%, 0,48 57,4±0 183,3±9,4 87,7±6,5 263,8±13,7 49,7±0 202,5±21,3 127,7±24,3 240,4±1,8
172
Tabela 40. Concentração de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B), cobre (Cu) e ferro (Fe) no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias após o
início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Mg (mg L-1) Fe (mg L-1)
Manual 25,9±0 58,8±0 13,0±3,2 0±0 0,1±0 1,4±0,4 1,5±0,5 2±0,4
25%, 0,12 59,2±0 133,6±0 85,3±16,2 0,1±0 0,1±0 0,3±0,1 0,3±0,1 1,1±0,5
25%, 0,24 26,0±0 62,7±0 107±15,5 0,1±0 0,1±0 0,4±0,1 0,6±0,1 1,8±0,1
25%, 0,36 19,9±0 46,5±0 91,1±17,1 0,1±0 1,3±0 0,5±0,2 0,9±0,1 1,4±0,1
25%, 0,48 21,3±0 48,9±0 81,1±15,8 0,1±0 0,1±0 0,8±0,2 0,8±0,3 1,2±0,1
50%, 0,12 37,5±0 91,4±0 96,4±29,9 0,1±0 0,1±0 0,4±0,1 0,5±0 1,0±0,3
50%, 0,24 29,8±0 69,6±0 162,2±11,7 0,1±0 0,2±0 0,7±0,1 1,0±0 2,0±0,2
50%, 0,36 30,9±0 73,1±0 100,4±14,7 0,1±0 0,2±0 1,0±0,2 1,2±0,2 2,1±0,5
50%, 0,48 36,4±0 82,9±0 134,4±17,7 0±0 0,1±0 0,9±0,2 1,2±0,2 2,7±0,4
75%, 0,12 27,4±0 65,9±0 56,7±24,2 0,1±0 0,3±0 0,4±0 0,6±0,1 0,8±0,1
75%, 0,24 30,7±0 72,0±0 116,8±29,4 0,1±0 0,1±0 1,2±0,1 1,5±0,3 2,4±0,5
75%, 0,36 30,4±0 71,4±0 125,7±19,2 0,1±0 0,1±0 1,4±0,3 1,1±0,2 2,6±0,4
75%, 0,48 29,7±0 67,1±0 117,4±2,4 0±0 0,1±0 1,8±0,1 1,5±0,3 3,4±0,5
Cu (mg L-1) S (mg L-1) (0 e 90 DAIE) B (mg L-1) (0 e 90 DAIE)
Manual 0±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 35±8,5 8,2±1,8 12,7±2,1
25%, 0,12 0±0 0±0 0,1±0 0±0 0,1±0 90±25,5 62,4±21,3 49,7±4,2
25%, 0,24 0±0 0±0 0±0 0,1±0 0,1±0 60,2±4,2 45,8±11,6 61,8±10,7
25%, 0,36 0±0 0±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 45,8±22,5 38,7±9,3 59,8±10,7
25%, 0,48 0±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 59,7±8,5 39,1±3,1 63,6±11
50%, 0,12 0±0 0±0 0±0 0±0 0,1±0 97±8,6 77,3±7,3 73±29,2
50%, 0,24 0±0 0,1±0 0,1±0,1 0,1±0 0,1±0 106±33,8 97,8±12 128,4±8,6
50%, 0,36 0±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,2±0 92,5±17,2 100±9,9 128,9±5,6
50%, 0,48 0±0 0,1±0 0,2±0,1 0,5±0,1 0,3±0 60,8±10 85,5±29,6 128,1±1,9
75%, 0,12 0±0 0±0 0±0 0±0 0,1±0 125,3±12,7 91,3±21,2 52,1±20
75%, 0,24 0±0 0,1±0 0,1±0,1 0,1±0 0,2±0 123±10,7 92,5±31,5 112,3±19,9
75%, 0,36 0±0 0,1±0 0,1±0,1 0,2±0,1 0,3±0 125,3±4,6 81,3±13 122,4±1,7
75%, 0,48 0±0 0,2±0 0,2±0,1 0,5±0,1 0,4±0 126,3±7,4 78,5±13,4 122±2,3
173
Tabela 41. Concentração de manganês (Mn), zinco (Zn), cloro (Cl) e sódio (Na) no substrato aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Mn (mg L-1) Zn (mg L-1)
Manual 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
25%, 0,12 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
25%, 0,24 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
25%, 0,36 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
25%, 0,48 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
50%, 0,12 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
50%, 0,24 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
50%, 0,36 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
50%, 0,48 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,2±0
75%, 0,12 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
75%, 0,24 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,1±0
75%, 0,36 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0,1 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,2±0
75%, 0,48 0,1±0 0,1±0 0,1±0 0,3±0,1 0,1±0 0,2±0 0,2±0 0,2±0
Cl (mg L-1) Na (mg L-1)
Manual 6,4±0 - - 26,3±4,3 7,9±0 17,5±1,3 9,0±1,2 8,1±0,8
25%, 0,12 13,1±0 - - 73,5±20,3 14,5±0 29,4±7,1 19,6±3,9 22,7±2,6
25%, 0,24 5,3±0 - - 131,4±8,1 7,8±0 25,8±3,5 19,0±3 34,5±1,9
25%, 0,36 3,2±0 - - 161,2±28,9 7,7±0 23,4±6,7 21,2±2,5 36,8±4,7
25%, 0,48 4,3±0 - - 202±42 7,1±0 24,4±2,3 21,7±1 39,9±5,8
50%, 0,12 6,7±0 - - 107,1±64,9 10,6±0 29,7±2 20,6±1,3 26,5±10,2
50%, 0,24 6,4±0 - - 246,7±15,7 9,0±0 32,5±10,7 26,3±2,1 45,6±2,7
50%, 0,36 5,7±0 - - 350,3±9,3 8,6±0 31,0±3,8 34,0±3,5 57,1±2,5
50%, 0,48 6,7±0 - - 441,4±3,3 9,0±0 25,1±2,6 29,1±9,1 69,9±0,4
75%, 0,12 4,3±0 - - 80,5±17,7 7,9±0 35,3±5,7 21,8±5 19,5±3,4
75%, 0,24 4,3±0 - - 217,9±58,4 8,0±0 34,5±4,3 25,3±5,6 41,4±8,9
75%, 0,36 6±0 - - 304,1±15,5 8,3±0 35,0±3,4 25,8±0,9 53,5±4,5
75%, 0,48 6,4±0 - - 344,9±5 8,2±0 36,6±5,1 24,5±3,6 56,0±2
174
Tabela 42. Teor de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) na parte aérea (folhas e caule) de porta-enxertos de limão
Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
N na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1) P na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1)
Manual 46,5±0 32,2±3 26,3±2,7 36,8±0,8 5,4±0 1,8±0,1 1,7±0 2,2±0,1
25%, 0,12 46,5±0 27,9±2,4 22,5±3,4 23,5±2,1 5,4±0 2,0±0,1 1,4±0,1 1,7±0,2
25%, 0,24 46,5±0 25,1±1,1 20,6±1,7 22,9±3,5 5,4±0 1,7±0,1 1,4±0 1,8±0,1
25%, 0,36 46,5±0 27,4±3,2 22,1±2,2 27,3±1,3 5,4±0 1,8±0,2 1,4±0,1 1,8±0,2
25%, 0,48 46,5±0 28,8±5,5 22,7±1,3 25,8±0,8 5,4±0 1,9±0,2 1,3±0,1 1,6±0,1
50%, 0,12 46,5±0 24,9±1,1 24,5±1 26,1±1,7 5,4±0 1,7±0,1 1,4±0,1 1,7±0,2
50%, 0,24 46,5±0 24,9±3,3 25,4±0,9 32,6±1,3 5,4±0 1,8±0 1,4±0,1 2,0±0,2
50%, 0,36 46,5±0 26,8±2,9 26,3±1,2 30,8±0,8 5,4±0 1,9±0,1 1,5±0 1,9±0,1
50%, 0,48 46,5±0 30,9±5 25,5±1,8 28,3±1,1 5,4±0 2,1±0 1,6±0,1 1,8±0
75%, 0,12 46,5±0 28,8±0,6 26,6±1,6 29,3±2,1 5,4±0 1,9±0,1 1,5±0,1 1,5±0,1
75%, 0,24 46,5±0 25,9±1,2 25,3±1,3 30,9±0,8 5,4±0 1,7±0,1 1,4±0 1,8±0,2
75%, 0,36 46,5±0 28,4±2,4 25,7±0,2 30,6±0,8 5,4±0 1,9±0,1 1,5±0 1,9±0,1
75%, 0,48 46,5±0 31,7±5,4 25,7±1,8 31,5±0,6 5,4±0 2,1±0,1 1,6±0 2,1±0,1
K na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1) Ca na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1)
Manual 35,8±0 20,2±0,5 23,7±2,6 17,2±5,7 16,3±0 10,1±0,2 10,3±1,3 13,9±6,5
25%, 0,12 35,8±0 21,8±2,2 21,6±0,6 11,6±1,4 16,3±0 9,7±1 9,0±0,7 8,9±0,2
25%, 0,24 35,8±0 18,6±2 24,2±5,3 10,9±1,1 16,3±0 8,3±0,9 10,1±1,6 10,0±1,7
25%, 0,36 35,8±0 21,1±2,2 21,8±6,4 12,4±0,8 16,3±0 8,4±0,4 9,6±1,4 9,3±1,6
25%, 0,48 35,8±0 21,1±1,5 25,4±0,8 15,4±4,7 16,3±0 8±0,2 8,8±0,2 14,1±5,4
50%, 0,12 35,8±0 20,0±0,4 22,5±2,2 11,6±0,7 16,3±0 8,8±0,7 10,7±1 10,5±1,7
50%, 0,24 35,8±0 20,3±0,7 20,4±1,9 12,1±0,7 16,3±0 10,3±0,4 11,3±1,5 11,3±2,7
50%, 0,36 35,8±0 19,3±1,5 22,5±2,2 12,1±0,2 16,3±0 8,2±1 9,9±0,6 10,7±1
50%, 0,48 35,8±0 23,1±4,9 27,3±7,9 14,6±4,3 16,3±0 8,8±1 10,5±2 12,7±5,5
75%, 0,12 35,8±0 23,4±1,9 24,8±0,4 11,8±1,4 16,3±0 10,9±1,7 13,2±1,2 9,0±0,8
75%, 0,24 35,8±0 19,2±0,4 20,3±1,6 11,2±1,7 16,3±0 11,1±0,5 12,8±2,4 11,5±2,7
75%, 0,36 35,8±0 18,9±0,5 21,6±2 11,0±0,4 16,3±0 9,9±0,3 11,2±0,8 10,9±0,7
75%, 0,48 35,8±0 17,5±1,2 21±1,2 14,6±4,6 16,3±0 8,8±0,3 10,4±1,5 15,9±6,5
175
Tabela 43. Teor de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B) e cobre (Cu) na parte aérea (folhas e caule) de porta-enxertos de limão
Cravo aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Mg na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1) S na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1)
Manual 5,7±0 3,9±0,2 3,5±0,3 2,8±0,3 8,6±0 2,3±0,4 1,9±0,2 2,2±0,1
25%, 0,12 5,7±0 4,6±0,8 4,1±0,3 2,7±0,5 8,6±0 4,9±0,9 3,2±0,9 2,5±0,2
25%, 0,24 5,7±0 3,0±0,4 3,3±0,5 2,6±0,3 8,6±0 2,7±0,4 2,4±0,8 2,0±0,1
25%, 0,36 5,7±0 2,9±0,2 3,1±0 2,7±0,5 8,6±0 2,3±0,3 1,5±0,2 2,0±0,1
25%, 0,48 5,7±0 2,6±0,2 2,9±0,1 2,5±0,3 8,6±0 2,2±0,5 1,7±0,5 1,8±0,1
50%, 0,12 5,7±0 3,9±0,1 4,5±0,4 3,2±0,5 8,6±0 4,2±0,8 2,9±0,4 3,2±0,8
50%, 0,24 5,7±0 3,9±0,2 4,3±0,4 3,2±0,5 8,6±0 3,0±0,3 2,0±0,2 2,5±0,2
50%, 0,36 5,7±0 2,8±0,2 3,4±0,4 2,6±0,2 8,6±0 2,1±0,2 1,6±0,1 2,3±0,1
50%, 0,48 5,7±0 2,8±0,2 2,8±0,1 2,5±0,4 8,6±0 2,7±0,2 2,0±0,4 2,1±0,1
75%, 0,12 5,7±0 5,2±0,9 6,9±0,6 3,4±0,5 8,6±0 4,7±0,5 4,0±0,7 2,7±0,3
75%, 0,24 5,7±0 4,3±0,2 4,7±0,4 3,4±0,6 8,6±0 2,9±0,3 2,0±0,2 2,3±0,2
75%, 0,36 5,7±0 3,8±0,2 4,2±0,5 3,2±0,2 8,6±0 2,5±0,2 1,6±0,1 2,2±0,1
75%, 0,48 5,7±0 3,1±0,2 3,1±0,1 2,8±0,5 8,6±0 2,5±0,1 1,4±0,1 2,3±0,1
B na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1) Cu na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1)
Manual 42,3±0 54,5±2,1 69,9±3,2 30,8±5,8 9,5±0 14,7±0,6 12,2±1,2 11,5±1
25%, 0,12 42,3±0 69,9±2,9 93,6±7,9 33,3±2,9 9,5±0 13,3±0,8 7,5±2,9 8,0±1,2
25%, 0,24 42,3±0 58,3±6 68,8±4,3 33,0±1,1 9,5±0 10,3±1 6,3±0,8 8,2±0,3
25%, 0,36 42,3±0 53,3±1,7 62,9±10,9 27,9±7,6 9,5±0 12,8±3,3 3,8±0,5 7,1±1,9
25%, 0,48 42,3±0 42,3±7,5 84,3±52 21,8±2,6 9,5±0 8,7±1,2 4,0±0,8 5,7±0,9
50%, 0,12 42,3±0 67,9±4,5 96,1±19,6 35,0±1,3 9,5±0 12,5±0,8 8,0±2,9 8,9±1,2
50%, 0,24 42,3±0 68,7±7,3 79,5±11,8 41,0±7,8 9,5±0 12,3±0,6 7,8±1,4 11,9±2,5
50%, 0,36 42,3±0 53,6±5,4 61,9±10,5 23,6±2,1 9,5±0 11,0±0,4 5,5±1,1 8,4±0,8
50%, 0,48 42,3±0 45,9±6 66,3±19,2 23,1±3,3 9,5±0 10,2±0,2 6,3±1,2 7,9±1,1
75%, 0,12 42,3±0 72,5±7 102±3,6 37,0±9,6 9,5±0 11,2±1,2 8,7±2,7 9,5±2,1
75%, 0,24 42,3±0 60,7±4,4 84,2±27,1 43,0±7 9,5±0 15,2±7 4,2±2,6 9,6±2
75%, 0,36 42,3±0 59,4±7,1 85,6±8,6 36,3±3,9 9,5±0 14,5±0,8 6,8±1,4 10,2±1,4
75%, 0,48 42,3±0 54,2±5,6 59,7±3,9 31,2±5,1 9,5±0 12,8±0,2 5,2±1 8,3±1
176
Tabela 44. Teor de e ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) na parte aérea (folhas e caule) de porta-enxertos de limão Cravo aos 0,
30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Fe na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1) Mn na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1)
Manual 243,4±0 120,0±8,2 148,3±11,8 87,8±17 38±0 51,7±23,9 16,7±2,4 11,3±3,1
25%, 0,12 243,4±0 110,0±17,8 131,7±45,2 71,2±16,9 38±0 60,0±34,9 18,3±4,7 7,1±1,5
25%, 0,24 243,4±0 78,3±4,7 135±17,8 68,3±18 38±0 131,7±114,5 11,7±2,4 5,6±0,7
25%, 0,36 243,4±0 78,3±18,9 106,7±2,4 66,0±19,8 38±0 38,3±17 11,7±2,4 5,6±1,6
25%, 0,48 243,4±0 73,3±12,5 101,7±8,5 63,4±15 38±0 51,7±4,7 15,0±0 8,2±2,7
50%, 0,12 243,4±0 81,7±6,2 123,3±36,6 95,7±29,3 38±0 80,0±61,8 20±4,1 9,1±0,7
50%, 0,24 243,4±0 86,7±2,4 111,7±10,3 80,4±27,4 38±0 100,0±87,3 16,7±2,4 10,5±3
50%, 0,36 243,4±0 66,7±2,4 103,3±4,7 55,5±8,2 38±0 36,7±18,9 15,0±0 8,2±1,5
50%, 0,48 243,4±0 85±14,7 96,7±11,8 58,6±14,1 38±0 51,7±10,3 16,7±2,4 11,4±2,6
75%, 0,12 243,4±0 95,0±14,7 148,3±33,2 75,5±21 38±0 70,0±64,8 26,7±2,4 8,9±2,3
75%, 0,24 243,4±0 93,3±14,3 118,3±8,5 85±28,4 38±0 80,0±53,5 18,3±2,4 16,7±5,1
75%, 0,36 243,4±0 71,7±10,3 103,3±10,3 65,1±9,8 38±0 33,3±14,3 21,7±2,4 15,8±3,4
75%, 0,48 243,4±0 83,3±8,5 101,7±6,2 72,6±23,2 38±0 68,3±11,8 18,3±2,4 17,6±6
Zn na parte aérea (folhas e caule) (g kg-1)
Manual 27,1±0 38,5±21,3 17±6,2 9,1±1,2
25%, 0,12 27,1±0 30,0±1,1 11,2±1,7 9,2±1
25%, 0,24 27,1±0 22,5±2,5 13,3±0,8 9,9±0,2
25%, 0,36 27,1±0 26,5±4,9 14,5±1,6 9,7±2,4
25%, 0,48 27,1±0 28,2±5,3 18,5±2,9 10,1±1,9
50%, 0,12 27,1±0 25,2±0,5 12,7±3,5 10,3±1,5
50%, 0,24 27,1±0 25,7±6,6 16±2,5 13,6±2,2
50%, 0,36 27,1±0 22,3±2,5 13,7±3,3 11,0±0,6
50%, 0,48 27,1±0 30,0±3,3 15,5±4 11,3±0,6
75%, 0,12 27,1±0 28,0±1,8 21,0±1,6 11,2±2,5
75%, 0,24 27,1±0 26,3±4,1 16,5±1,6 14,2±3
75%, 0,36 27,1±0 27,8±2,1 16,2±2,8 13,1±0,9
75%, 0,48 27,1±0 29,0±7 16,2±2,1 14±2,7
177
Tabela 45. Teor de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) no sistema radicular de porta-enxertos de limão Cravo aos 0,
30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
N no sistema radicular (g kg-1) P no sistema radicular (g kg-1)
Manual 42,2±0 22,3±0,8 21,1±1 21,4±1,9 4,7±0 1,8±0,1 1,5±0,1 1,5±0,4
25%, 0,12 42,2±0 18,5±2,9 18,2±0,9 22,2±7,1 4,7±0 1,7±0,2 1,3±0,1 1,5±0,2
25%, 0,24 42,2±0 16,9±0,3 16,2±0,1 17,4±4,7 4,7±0 1,6±0,1 1,2±0 0,9±0,6
25%, 0,36 42,2±0 18,2±3,6 14,7±0,9 16,9±1,8 4,7±0 1,7±0,2 1,2±0,1 1,2±0
25%, 0,48 42,2±0 21,9±2,2 17,4±4 14,9±2,3 4,7±0 1,8±0,1 1,4±0,2 1,2±0,2
50%, 0,12 42,2±0 18,3±1,9 22,4±2,3 19,5±1,9 4,7±0 1,6±0,1 1,2±0 1,2±0,4
50%, 0,24 42,2±0 20,4±1,2 19,6±1 29,8±12,6 4,7±0 1,8±0,1 1,2±0,1 1,5±0,2
50%, 0,36 42,2±0 20,5±0,7 20,8±2,8 19,5±1,8 4,7±0 1,8±0,1 1,5±0,2 1,7±0,2
50%, 0,48 42,2±0 23,4±1,8 21,8±0,6 24,3±4 4,7±0 1,7±0,2 1,6±0,1 1,6±0,2
75%, 0,12 42,2±0 19,0±1 23,4±3,5 20,4±5,3 4,7±0 1,5±0,2 1,8±0,8 1,1±0,6
75%, 0,24 42,2±0 19,4±2,2 21,2±0,9 23,8±0,8 4,7±0 1,6±0,2 1,3±0,1 1,6±0,1
75%, 0,36 42,2±0 21,5±0,9 20,1±1 22,3±1,8 4,7±0 1,8±0 1,4±0,1 1,9±0,2
75%, 0,48 42,2±0 25,8±2,1 19,3±0,4 19,9±1,8 4,7±0 1,9±0,1 1,6±0 1,8±0,6
K no sistema radicular (g kg-1) Ca no sistema radicular (g kg-1)
Manual 35,4±0 21,7±1 18,3±2,5 9,5±0,6 11,4±0 5,7±0,3 5,6±0,3 5,5±1,5
25%, 0,12 35,4±0 18,0±0,7 20,3±4,7 10,1±0,6 11,4±0 7,8±2 5,4±1,5 4,7±0,3
25%, 0,24 35,4±0 19,7±0,2 21,4±1,6 7,7±0,9 11,4±0 5,6±0,4 6,3±1,3 4,1±0,6
25%, 0,36 35,4±0 21,3±2,9 17,4±1 5,9±0,7 11,4±0 5,9±1,4 5,3±0,7 4,1±0,9
25%, 0,48 35,4±0 27,6±1,4 19±1,1 5,7±0,4 11,4±0 5,5±0,9 5,6±1 3,6±0,6
50%, 0,12 35,4±0 17,3±1,1 21,7±3,2 7,8±1,7 11,4±0 8,1±2,2 6,9±1,9 6,7±1,9
50%, 0,24 35,4±0 17,7±0,7 22,2±2,1 8,6±0,5 11,4±0 8,3±1,3 6,9±0,6 4,6±0,4
50%, 0,36 35,4±0 22,4±0,8 23,3±1,8 7,8±0,6 11,4±0 5,5±0,5 7,4±1,1 4,6±0,3
50%, 0,48 35,4±0 28,7±1 23,1±1,9 8,0±0,9 11,4±0 5,2±0,3 6,9±1,3 6,9±2
75%, 0,12 35,4±0 14,1±2,6 17,3±0,5 9,1±1 11,4±0 9,8±2,2 9,9±3,4 5,2±0,4
75%, 0,24 35,4±0 17,5±0,2 21,3±2,4 8,3±0,9 11,4±0 6,7±0,7 7,0±1 4,5±0,9
75%, 0,36 35,4±0 22,3±1,1 18,7±2,2 7,8±0,5 11,4±0 5,3±0,7 6,2±0,8 4,8±0,7
75%, 0,48 35,4±0 26,3±1,2 21,4±1,1 9,3±1,3 11,4±0 4,8±0,5 6,9±0,2 7,5±2,3
178
Tabela 46. Teor de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B) e cobre (Cu) no sistema radicular de porta-enxertos de limão Cravo aos 0,
30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Mg no sistema radicular (g kg-1) S no sistema radicular (g kg-1)
Manual 7,9±0 6,2±0,5 4,7±0,6 2,7±0,2 13,3±0 5,5±0,5 3,0±0,2 1,4±0,2
25%, 0,12 7,9±0 7,3±0,6 8,6±4,2 3,9±0,5 13,3±0 6,6±0 5,8±0,1 5,5±0,5
25%, 0,24 7,9±0 6,3±0,3 5,6±0,7 2,7±0,7 13,3±0 6,6±0 5,0±0,4 2,8±0,8
25%, 0,36 7,9±0 5,1±0,6 4,4±0,4 1,9±0,3 13,3±0 6,3±0,3 3,6±0,3 2,0±0,1
25%, 0,48 7,9±0 4,2±0,1 4,1±0,5 1,6±0,2 13,3±0 5,9±0,3 3,8±0,6 1,9±0,4
50%, 0,12 7,9±0 7,6±0,5 7,3±0,3 4,5±1,3 13,3±0 6,7±0,1 6,0±0 5,9±1,2
50%, 0,24 7,9±0 8,3±0,6 7,3±0,2 3,2±0,4 13,3±0 6,7±0,1 5,9±0,2 4,6±0,4
50%, 0,36 7,9±0 5,2±0,4 5,0±0,6 2,6±0,3 13,3±0 6,4±0,1 4,5±0,4 2,9±0,2
50%, 0,48 7,9±0 4,2±0,5 4,3±0,4 3,0±0,5 13,3±0 6,1±0,3 4,5±0,1 2,3±0,1
75%, 0,12 7,9±0 7,3±1,5 6,3±0,8 5,0±0,5 13,3±0 6,6±0 5,9±0,1 6,0±0,3
75%, 0,24 7,9±0 6,8±0,5 6,5±0,5 3,4±0,7 13,3±0 6,6±0 5,7±0,2 4,1±0,4
75%, 0,36 7,9±0 5,6±0,6 5,2±0,3 2,8±0,3 13,3±0 6,5±0,2 4,8±0,3 3,1±0,6
75%, 0,48 7,9±0 4,2±0,6 4,7±0,5 3,0±0,4 13,3±0 6,2±0,1 4,4±0,2 3,0±0,2
B no sistema radicular (g kg-1) Cu no sistema radicular (g kg-1)
Manual 31,3±0 50,3±6,6 159,1±70,5 6,7±1,3 11,5±0 34,8±6,1 24,5±2,5 15,1±1
25%, 0,12 31,3±0 47,8±4,6 74,5±11,3 10,6±4,7 11,5±0 22,0±5,1 20,0±7,8 11,5±2,2
25%, 0,24 31,3±0 43,9±2,9 118,5±57,4 6,7±4,9 11,5±0 28,0±0,7 23,0±2,3 15,8±3,8
25%, 0,36 31,3±0 44,8±8 140,8±62,9 6,6±2,8 11,5±0 31,5±7 30,7±5 18,0±1,3
25%, 0,48 31,3±0 55,4±9,7 136,3±58 4,5±4,9 11,5±0 58,3±10,9 54,2±17,6 20,2±8,4
50%, 0,12 31,3±0 46,2±5,6 64,5±6,7 13,3±10 11,5±0 23,2±4,8 25,0±8,1 22,4±8,6
50%, 0,24 31,3±0 56,1±2,5 107,9±85,3 7,2±4,1 11,5±0 37,0±5,9 48,0±1,1 39,2±7,6
50%, 0,36 31,3±0 64,9±2,8 184,9±28,1 10,9±2 11,5±0 48,2±5,2 63,7±12,1 46,8±10,5
50%, 0,48 31,3±0 56,4±7,2 188,8±68,6 8,8±6,1 11,5±0 73,8±19,5 91,3±17,7 48,2±5
75%, 0,12 31,3±0 40,9±1,7 65,0±1,6 10,0±6 11,5±0 21,7±4,7 23,3±3,9 16,2±2
75%, 0,24 31,3±0 55,3±10,6 99,3±35,3 8,2±5 11,5±0 45,5±4,9 32,5±8,8 27,6±5,8
75%, 0,36 31,3±0 56,6±7,3 138,0±53,2 7,9±0,6 11,5±0 65,5±4,2 45,8±12,9 31,1±12,4
75%, 0,48 31,3±0 56,6±9,6 157,0±39,4 12,7±7,8 11,5±0 88,8±7,8 83,7±13,7 55,2±15,8
179
Tabela 47. Teor de ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn) no sistema radicular de porta-enxertos de limão Cravo aos 0, 30, 60 e 90
dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Fe no sistema radicular (g kg-1) Mn no sistema radicular (g kg-1)
Manual 886,2±0 451,7±27,2 603,3±53,9 477,8±104,2 57±0 33,3±6,2 36,7±4,7 27,1±1,7
25%, 0,12 886,2±0 353,3±6,2 580±46,4 480,7±80,6 57±0 30,0±4,1 45,0±25,5 14,1±3,3
25%, 0,24 886,2±0 491,7±10,3 578,3±89,9 284,9±198,9 57±0 30,0±4,1 28,3±6,2 16,3±4,3
25%, 0,36 886,2±0 465,0±64,2 448,3±34 231,4±45,4 57±0 46,7±15,5 36,7±2,4 14,1±5,1
25%, 0,48 886,2±0 353,3±81,7 588,3±156,9 167,3±34 57±0 111,7±24,9 71,7±10,3 13,6±4,2
50%, 0,12 886,2±0 410,0±28,6 618,3±10,3 681,9±380 57±0 28,3±2,4 35,0±7,1 22±4,2
50%, 0,24 886,2±0 463,3±34 568,3±33,2 335,1±95,7 57±0 38,3±6,2 41,7±2,4 28,5±2,4
50%, 0,36 886,2±0 480,0±39,4 668,3±169,4 345,0±77,8 57±0 66,7±8,5 96,7±20,9 42,1±8,3
50%, 0,48 886,2±0 326,7±34,7 545±69,8 279,8±164,4 57±0 143,3±35,7 156,7±54,4 37,4±6,3
75%, 0,12 886,2±0 368,3±51,4 786,7±129,6 501,7±261,6 57±0 25,0±7,1 33,3±6,2 15,8±2,9
75%, 0,24 886,2±0 488,3±24,9 576,7±103,4 247,6±27,8 57±0 51,7±6,2 61,7±20,9 33,5±12,6
75%, 0,36 886,2±0 393,3±55,1 583,3±48,7 204,8±54,4 57±0 86,7±23,2 121,7±20,1 45,3±16,5
75%, 0,48 886,2±0 331,7±51,4 586,7±29 295,9±160,5 57±0 105±46 175±10,8 115,3±41,8
Zn no sistema radicular (g kg-1)
Manual 46,0±0 29,5±1,5 27,8±2,6 14,0±0,5
25%, 0,12 46,0±0 34,5±3,3 27,7±8,4 17,0±2,3
25%, 0,24 46,0±0 40,7±6,9 24,0±6,6 24,1±6,7
25%, 0,36 46,0±0 39,0±3,5 31,5±3,6 17,7±5
25%, 0,48 46,0±0 49,2±9,6 44,8±12 20,5±9,8
50%, 0,12 46,0±0 33,3±2,5 26,7±3,7 19,5±3,7
50%, 0,24 46,0±0 38,8±6,9 26,5±2,9 26,7±7,3
50%, 0,36 46,0±0 40,0±2,7 32,3±6,6 27,2±5,5
50%, 0,48 46,0±0 39,7±3,7 44,7±0,8 25,6±1,2
75%, 0,12 46,0±0 35,7±5,2 28,3±4,9 22,5±3
75%, 0,24 46,0±0 35,0±3,6 30,7±5,2 19,1±3,1
75%, 0,36 46,0±0 37,8±1,7 26,8±5,2 19,5±3,3
75%, 0,48 46,0±0 42,2±4 32,8±4,9 31,5±7,4
180
Tabela 48. Altura das plantas, diâmetro do caule e área foliar total (AFT) aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos
(SN, CVA)
DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Altura das plantas (cm) Diâmetro do caule (mm)
Manual 2,2±0,1 4,6±0,3 13,3±0,2 24,5±0,7 1,2±0,1 1,6±0 2,4±0,1 2,9±0,1
25%, 0,12 2,7±0,2 3,7±0,9 6,8±3,5 13,9±5,9 1,2±0,1 1,4±0,1 1,7±0,2 2,1±0,2
25%, 0,24 2,9±0,1 6,4±0,2 18,3±0,9 29,7±0,6 1,2±0 1,7±0 2,4±0,1 2,9±0,1
25%, 0,36 2,9±0,4 7,7±0,1 22,4±1,6 36,1±3 1,1±0 1,8±0 2,5±0,2 3,2±0,2
25%, 0,48 2,7±0,2 9±1,7 25,1±1,7 38,4±1,6 1,2±0 1,8±0,1 2,7±0,2 3,4±0,1
50%, 0,12 2,6±0,1 3,2±0,7 6,8±3 9,9±7,2 1,1±0 1,3±0,1 1,6±0,1 1,6±0,5
50%, 0,24 3±0,1 5,5±0,5 14±1,5 24,1±1,4 1,2±0 1,6±0 2±0 2,4±0,1
50%, 0,36 2,4±0,2 7,9±1,7 24,2±0,6 40,9±2,4 1,2±0 1,8±0,1 2,4±0 3±0,2
50%, 0,48 2,5±0,5 8,7±1,1 24,9±0,9 44,6±3,3 1,3±0,1 1,8±0,1 2,7±0,1 3,5±0,2
75%, 0,12 2,4±0,2 2,6±0,3 3,6±1 4,7±1,1 1,2±0 1,3±0,1 1,5±0,3 1,5±0,1
75%, 0,24 2,7±0,1 4,7±0,7 14,7±2,6 20,5±3,1 1,2±0 1,5±0,1 2±0,2 2,4±0,2
75%, 0,36 2,6±0,3 6,4±0,5 19,4±1,3 28,3±2,4 1,1±0 1,6±0,1 2,2±0,1 2,7±0,2
75%, 0,48 2,5±0,3 7,8±0,9 24,1±1,9 41,1±2,2 1,1±0 1,8±0,1 2,5±0,2 3,1±0,1
Área foliar total, AFT (cm2)
Manual 2,8±0,1 20,1±2,4 71,1±4,4 139,3±6,8
25%, 0,12 2,6±0 8,3±3,9 22,2±10,9 57,2±25,6
25%, 0,24 2,9±0,1 23,5±4,3 82,8±5,4 165,2±10,1
25%, 0,36 3±0,2 32,6±3,2 130,1±7,2 219,4±20,4
25%, 0,48 2,8±0,2 41,3±6,9 128,9±6,9 248,7±19,5
50%, 0,12 2,6±0,2 8,1±3,2 22,7±10,6 35,6±38,1
50%, 0,24 2,7±0,1 17,4±2,9 49±2,8 106,5±8,8
50%, 0,36 2,8±0,2 34±9,2 121,5±11,6 269,2±14,7
50%, 0,48 2,8±0,1 41,3±9,4 150,6±15,3 320,7±44
75%, 0,12 2,7±0,2 4,7±0,3 9,4±4 19,2±4,7
75%, 0,24 2,8±0,3 16,4±3 53,5±13,4 83,7±19,6
75%, 0,36 2,7±0,1 25,5±0,3 90,4±6,7 149,7±24,8
75%, 0,48 2,5±0,1 35,3±4,6 126,6±6,2 260,7±13,5
181
Tabela 49. Valores médios da massa seca da parte aérea, das raízes e total aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento
(DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos
(SN, CVA)
DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Massa seca da parte aérea (g planta-1) Massa seca das raízes (g planta-1)
Manual 0,02±0 0,11±0,03 0,51±0,01 1,13±0,08 0,02±0 0,07±0,01 0,16±0,01 0,36±0,04
25%, 0,12 0,02±0 0,06±0,01 0,18±0,07 0,38±0,21 0,02±0 0,04±0,01 0,08±0,05 0,21±0,04
25%, 0,24 0,02±0 0,15±0,01 0,58±0,04 1,33±0,09 0,02±0 0,1±0,01 0,21±0,02 0,46±0,04
25%, 0,36 0,02±0 0,21±0,02 0,81±0,06 1,83±0,19 0,02±0 0,11±0,01 0,2±0,02 0,44±0,06
25%, 0,48 0,02±0 0,24±0,04 0,92±0,06 2,27±0,28 0,02±0 0,1±0,01 0,18±0,01 0,46±0,06
50%, 0,12 0,02±0 0,06±0,01 0,18±0,07 0,27±0,24 0,02±0 0,04±0,01 0,08±0,03 0,15±0,1
50%, 0,24 0,02±0 0,12±0,02 0,39±0,03 0,84±0,08 0,02±0 0,07±0,01 0,15±0,01 0,27±0,02
50%, 0,36 0,02±0 0,21±0,07 0,89±0,08 2,18±0,21 0,03±0 0,09±0,01 0,18±0,02 0,4±0,05
50%, 0,48 0,02±0 0,24±0,06 1,02±0,05 2,87±0,4 0,02±0 0,09±0,02 0,19±0,02 0,5±0,06
75%, 0,12 0,01±0 0,04±0 0,43±0,49 0,11±0,04 0,02±0 0,03±0 0,04±0,01 0,12±0,02
75%, 0,24 0,02±0 0,1±0,03 0,43±0,11 0,77±0,18 0,02±0 0,06±0,01 0,14±0,03 0,3±0,04
75%, 0,36 0,01±0 0,16±0,01 0,67±0,06 1,29±0,19 0,02±0 0,07±0 0,18±0,01 0,38±0,04
75%, 0,48 0,02±0 0,2±0,02 0,96±0,13 2,25±0,16 0,02±0 0,08±0 0,18±0,03 0,4±0,03
Massa seca total (g planta-1)
Manual 0,04±0 0,17±0,04 0,67±0,01 1,49±0,12
25%, 0,12 0,04±0 0,1±0,02 0,26±0,12 0,59±0,24
25%, 0,24 0,04±0 0,24±0,01 0,79±0,06 1,79±0,13
25%, 0,36 0,04±0 0,32±0,02 1,01±0,08 2,27±0,25
25%, 0,48 0,04±0 0,33±0,05 1,1±0,07 2,73±0,32
50%, 0,12 0,04±0 0,1±0,01 0,26±0,1 0,41±0,34
50%, 0,24 0,04±0,01 0,18±0,02 0,54±0,04 1,11±0,1
50%, 0,36 0,05±0 0,3±0,08 1,07±0,09 2,58±0,25
50%, 0,48 0,04±0 0,33±0,08 1,21±0,07 3,37±0,44
75%, 0,12 0,04±0,01 0,07±0,01 0,47±0,5 0,24±0,06
75%, 0,24 0,04±0 0,17±0,04 0,57±0,14 1,07±0,22
75%, 0,36 0,03±0 0,23±0,01 0,85±0,07 1,67±0,22
75%, 0,48 0,04±0,01 0,28±0,02 1,15±0,16 2,65±0,18
182
Tabela 50. Valores de pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de nitrogênio total (N-total) e amoniacal (N-NH4) na solução
nutritiva dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
pH Condutividade elétrica, CE (dS m-1)
Manual 6,2±0 4,5±0,1 4,8±0,4 4,6±0 1,3±0 2,6±0,5 2,0±0,1 1,7±0,1
25%, 0,12 6,6±0 4,3±0,2 4,6±0,2 4,3±0,1 0,7±0 0,8±0 0,8±0 0,7±0
25%, 0,24 6,6±0 4,5±0,3 4,7±0,1 4,5±0,1 0,7±0 0,7±0 0,7±0 0,7±0
25%, 0,36 6,6±0 4,4±0 4,6±0,1 4,5±0 0,7±0 0,8±0 0,8±0 0,7±0
25%, 0,48 6,6±0 4,3±0,1 4,7±0,1 4,6±0,2 0,7±0 0,8±0 0,8±0,1 0,7±0
50%, 0,12 6,2±0 4,5±0 4,3±0,2 4,3±0 1,2±0 1,3±0 1,4±0 1,2±0
50%, 0,24 6,2±0 4,5±0,1 4,6±0,1 4,2±0,1 1,2±0 1,3±0 1,3±0 1,2±0
50%, 0,36 6,2±0 4,6±0,2 4,3±0 4,4±0,2 1,2±0 1,3±0 1,4±0,1 1,3±0
50%, 0,48 6,2±0 4,4±0,2 4,4±0,1 4,6±0,2 1,2±0 1,4±0 1,4±0,1 1,4±0
75%, 0,12 6,1±0 4,5±0,1 4,6±0,2 4,2±0 1,8±0 2,0±0 2,1±0 1,8±0
75%, 0,24 6,1±0 4,7±0,1 4,7±0,1 4,2±0 1,8±0 2,0±0,1 2,2±0,1 1,8±0
75%, 0,36 6,1±0 4,7±0,1 4,5±0 4,3±0,1 1,8±0 2,0±0,1 2,3±0,1 1,8±0
75%, 0,48 6,1±0 4,7±0,2 4,3±0,1 4,3±0,3 1,8±0 2,1±0,2 2,2±0,2 1,9±0,1
N-total (mg L-1) N-NH4 (mg L-1)
Manual 158,5±0 171,4±4,8 177,8±7,2 184,3±9,6 38,4±0 38,4±5,6 38,4±8,5 38,4±11,3
25%, 0,12 64,0±0 65,0±1,2 65,4±1,8 65,9±2,4 15,6±0 14,0±0,2 13,2±0,3 12,4±0,3
25%, 0,24 64,0±0 67,1±0,1 68,7±0,2 70,2±0,3 15,6±0 15,0±0,4 14,7±0,6 14,5±0,8
25%, 0,36 64,0±0 68,0±0,9 70,0±1,3 72,0±1,8 15,6±0 15,0±0,5 14,7±0,8 14,5±1
25%, 0,48 64,0±0 65,9±2,5 66,9±3,7 67,8±5 15,6±0 14,4±0,9 13,8±1,3 13,3±1,7
50%, 0,12 93,0±0 122,8±4,9 122,1±7,4 121,5±9,9 26,4±0 30,4±1,2 28,9±1,8 27,5±2,4
50%, 0,24 93,0±0 127,8±2,2 129,6±3,3 131,5±4,4 26,4±0 32,0±0,5 31,4±0,8 30,8±1,1
50%, 0,36 93,0±0 131,9±2,6 135,8±3,9 139,7±5,2 26,4±0 32,1±0,5 31,5±0,7 30,9±0,9
50%, 0,48 93,0±0 132,7±0,6 137,1±0,9 141,4±1,2 26,4±0 32,4±0,6 32,0±0,9 31,6±1,2
75%, 0,12 124,1±0 142,3±2 166,9±3 191,5±4 33,3±0 36,1±0,5 41±0,7 45,8±0,9
75%, 0,24 124,1±0 145,0±1,8 171,1±2,7 197,1±3,6 33,3±0 36,7±1,3 41,9±1,9 47,0±2,6
75%, 0,36 124,1±0 147,8±1,4 175,2±2 202,6±2,7 33,3±0 36,7±0,3 41,9±0,4 47,0±0,6
75%, 0,48 124,1±0 151,1±5,9 180,1±8,9 209,1±11,9 33,3±0 36,4±0,9 41,3±1,3 46,3±1,8
183
Tabela 51. Concentração de nitrogênio nítrico (N-NO3), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca) na solução nutritiva (SN) dos
reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
N-NO3 (mg L-1) P (mg L-1)
Manual 120,1±0 133±1,6 139,5±2,4 145,9±3,3 14,9±0 15,3±2,8 16,5±1,3 15,7±1
25%, 0,12 48,5±0 51±1,3 52,2±1,9 53,4±2,5 7,4±0 6,9±0,2 8,2±1 6,6±0,2
25%, 0,24 48,5±0 52,1±0,5 53,9±0,8 55,7±1 7,4±0 6,9±0,3 7,5±0,7 6,7±0,2
25%, 0,36 48,5±0 53±0,5 55,3±0,8 57,5±1 7,4±0 7,2±0,7 8,2±0,5 6,8±0,2
25%, 0,48 48,5±0 51,5±1,6 53±2,4 54,5±3,2 7,4±0 7,3±0,3 8,5±0,9 6,8±0,3
50%, 0,12 66,6±0 92,4±3,8 93,2±5,7 94±7,7 11,7±0 13,2±0,6 15,2±1,6 12,5±0,5
50%, 0,24 66,6±0 95,8±1,7 98,2±2,6 100,7±3,5 11,7±0 13,5±1,1 13,8±1 12,4±0,4
50%, 0,36 66,6±0 99,8±2,9 104,3±4,3 108,8±5,8 11,7±0 13,8±1,4 15,7±2,1 13,2±0,7
50%, 0,48 66,6±0 100,3±0,6 105±0,9 109,8±1,2 11,7±0 14,3±0,4 16,2±1,4 13,8±0,3
75%, 0,12 90,8±0 106,1±1,9 125,9±2,8 145,7±3,8 17,5±0 18,1±0,2 22±1,6 18,6±0,7
75%, 0,24 90,8±0 108,3±2,2 129,2±3,3 150±4,4 17,5±0 16,9±1,5 21,6±0,5 19,1±0,8
75%, 0,36 90,8±0 111,1±1,6 133,3±2,3 155,6±3,1 17,5±0 16,8±2,1 23,5±1,5 19,1±0,8
75%, 0,48 90,8±0 114,7±5,1 138,8±7,7 162,8±10,3 17,5±0 17,9±0,6 26,6±3 20,3±0,8
K (mg L-1) Ca (mg L-1)
Manual 127,4±0 121,7±50,7 128,3±5,9 163,5±5,8 86,5±0 180±31,9 150±4,1 95,9±4,7
25%, 0,12 47±0 64,2±24 46,7±1,9 60,8±1,4 42±0 48,5±3,7 52,5±2,7 35,2±2
25%, 0,24 47±0 63,3±22,4 45±2,2 60,9±0,7 42±0 48,3±0,8 49,3±1,2 34,5±1,7
25%, 0,36 47±0 49,3±2,1 50±4,9 63,9±1,4 42±0 48,8±1,3 50,7±1,2 34,1±2
25%, 0,48 47±0 55,7±1,2 50,7±2,1 64,1±0,8 42±0 52,5±2,5 56±3,6 34,5±1,6
50%, 0,12 95,7±0 90,2±3 86±5 119,4±0,3 71,2±0 83,7±1,7 86±5,1 57,4±1,8
50%, 0,24 95,7±0 89±4,9 93±3,3 121,4±1,5 71,2±0 84,3±2,1 84,7±0,5 57,2±2
50%, 0,36 95,7±0 95,7±3,1 98,2±7,6 125,7±3,7 71,2±0 85,3±1,9 84,3±6,8 61,4±3,3
50%, 0,48 95,7±0 107±5,9 106±17,7 132,6±0,9 71,2±0 91,7±4 91±3,6 67,2±1,9
75%, 0,12 145,7±0 113,5±42,9 132,5±6,1 174,7±1,7 103,5±0 134±1,4 140±2,8 85±2,7
75%, 0,24 145,7±0 141,7±13,3 136,7±3,1 178,4±0,9 103,5±0 136,7±6,8 142,3±3,7 84,6±3,9
75%, 0,36 145,7±0 153,3±1,2 146,7±7,2 180,1±2,9 103,5±0 137±0,8 144,3±3,8 84,7±3,4
75%, 0,48 145,7±0 151,7±13,1 159,2±21,8 189±7,3 103,5±0 135,7±17,2 180,7±40 94,2±7,1
184
Tabela 52. Concentração de magnésio (Mg), enxofre (S), boro (B) e cobre (Cu) na solução nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L
aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Mg (mg L-1) S (mg L-1)
Manual 24,6±0 94,7±24,9 70,8±1,9 45,4±1,5 5,3±0 59,3±14,7 36,3±3,4 9±0,2
25%, 0,12 18,9±0 23,2±3,8 27,7±5,6 19,7±0,8 8,7±0 21,4±0,9 33,1±3,3 14,4±1,9
25%, 0,24 18,9±0 21,8±0,2 23,8±0,8 19,7±0,4 8,7±0 22,4±1,1 36,7±6,1 12,9±0,4
25%, 0,36 18,9±0 22,8±1,8 26,2±2,9 22±0,4 8,7±0 20,4±1,8 37,6±8 14,1±0,2
25%, 0,48 18,9±0 27,8±3,1 30±3,2 21,7±0,3 8,7±0 21,9±2,8 36,9±10,3 13,7±0,1
50%, 0,12 31,8±0 37,5±1,5 41,2±1,2 33,6±0,2 16,8±0 31,1±1,6 47,3±0,5 24,5±1,1
50%, 0,24 31,8±0 40,2±1,3 40±2,3 34,9±1 16,8±0 31,9±0,7 54,2±13,9 24,4±0,4
50%, 0,36 31,8±0 41±0,8 49,8±2,6 39,1±1,7 16,8±0 30,7±0,2 48,3±4,5 24,9±0,4
50%, 0,48 31,8±0 47,3±1,2 48,8±3 40,5±0,9 16,8±0 33,4±1,3 42,8±2,4 25,6±0,3
75%, 0,12 45,5±0 63,5±1,1 63,7±0,6 48,6±0,5 24,8±0 47,3±11,7 53,8±2,2 37,7±1
75%, 0,24 45,5±0 62,3±1,4 71,8±6,2 50,5±0,7 24,8±0 46,5±10,9 50,5±11,3 36,2±0,4
75%, 0,36 45,5±0 62±0,8 74,2±2,9 51,1±1,2 24,8±0 56,1±11,7 45,4±4,9 36,1±0,7
75%, 0,48 45,5±0 65,8±6,9 89,2±19,9 55,1±3,1 24,8±0 48,7±15,2 46,6±11,6 37,9±1,4
B (mg L-1) Cu (mg L-1)
Manual 0,2±0 0,4±0,1 0,4±0 0,2±0 2,8±0 2,6±0,5 2,5±0,2 2,5±0,1
25%, 0,12 0,1±0 0,2±0 0,2±0 0,1±0 1,1±0 2,4±0,8 1,7±0 1,4±0,1
25%, 0,24 0,1±0 0,2±0 0,2±0 0,1±0 1,1±0 2,4±0,8 1,7±0,1 1,5±0
25%, 0,36 0,1±0 0,1±0 0,2±0 0,1±0 1,1±0 1,8±0 1,7±0,1 1,6±0,1
25%, 0,48 0,1±0 0,2±0 0,2±0 0,1±0 1,1±0 1,9±0,1 1,8±0,1 1,6±0,2
50%, 0,12 0,2±0 0,3±0 0,3±0 0,2±0 2,3±0 4,1±0,9 3,1±0,1 2,3±0,1
50%, 0,24 0,2±0 0,3±0 0,3±0 0,2±0 2,3±0 4±0,8 3,1±0 2,4±0,1
50%, 0,36 0,2±0 0,3±0 0,3±0 0,2±0 2,3±0 3,5±0 3,2±0,1 2,5±0,1
50%, 0,48 0,2±0 0,3±0 0,3±0 0,2±0 2,3±0 3,5±0,2 2,9±0,4 2,6±0,1
75%, 0,12 0,3±0 0,4±0 0,5±0 0,3±0 3,3±0 4,3±1,7 5,1±0,1 3,5±0,1
75%, 0,24 0,3±0 0,4±0 0,5±0 0,3±0 3,3±0 5,4±0,1 5±0,2 3,5±0,1
75%, 0,36 0,3±0 0,4±0,1 0,5±0 0,3±0 3,3±0 5,3±0,1 4,9±0,3 3,6±0,2
75%, 0,48 0,3±0 0,4±0,1 0,5±0 0,3±0 3,3±0 5,2±0 4,9±0,1 3,8±0,2
185
Tabela 53. Concentração de ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e sódio (Na) na solução nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L
aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90 DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Fe (mg L-1) Mn (mg L-1)
Manual 0,6±0 1,3±0,6 2±0 1,6±0,1 0,4±0 0,4±0,2 0,4±0 0,4±0
25%, 0,12 0,2±0 0,7±0 0,5±0,1 0,4±0 0,2±0 0,3±0,1 0,3±0,1 0,2±0
25%, 0,24 0,2±0 0,7±0,3 0,3±0,1 0,4±0 0,2±0 0,3±0 0,2±0 0,2±0
25%, 0,36 0,2±0 0,5±0 0,4±0,1 0,4±0 0,2±0 0,3±0,1 0,3±0 0,2±0
25%, 0,48 0,2±0 0,5±0,1 0,2±0,1 0,4±0,1 0,2±0 0,3±0 0,3±0 0,2±0
50%, 0,12 0,5±0 1±0,3 1±0,1 0,7±0 0,4±0 0,5±0,1 0,5±0 0,4±0
50%, 0,24 0,5±0 0,8±0,3 0,9±0 0,6±0,1 0,4±0 0,5±0,1 0,4±0 0,4±0
50%, 0,36 0,5±0 0,7±0,2 1±0 0,9±0 0,4±0 0,5±0 0,5±0 0,4±0
50%, 0,48 0,5±0 0,9±0 0,9±0 0,9±0,1 0,4±0 0,5±0,1 0,4±0 0,5±0
75%, 0,12 0,7±0 0,9±0,3 1±0,2 1,2±0,1 0,5±0 0,6±0,3 0,7±0 0,5±0
75%, 0,24 0,7±0 0,9±0,2 1,1±0,1 1,1±0,2 0,5±0 0,7±0 0,7±0 0,5±0
75%, 0,36 0,7±0 0,9±0,3 1,3±0,1 1±0,1 0,5±0 0,7±0 0,7±0 0,5±0
75%, 0,48 0,7±0 1,1±0,2 1,6±0,2 1,3±0,1 0,5±0 0,7±0 0,8±0,1 0,6±0
Zn (mg L-1) Na (mg L-1)
Manual 0,3±0 0,3±0 0,3±0 0,3±0 14,8±0 19,3±9 28,8±3,7 20,9±0,5
25%, 0,12 0,1±0 0,4±0,1 0,6±0,3 0,3±0 6,3±0 8,7±2,4 8,7±0,9 8,8±0,2
25%, 0,24 0,1±0 0,4±0,1 0,6±0,1 0,3±0 6,3±0 9,8±1,8 8,6±0,6 8,8±0,1
25%, 0,36 0,1±0 0,3±0,1 0,6±0,2 0,3±0,1 6,3±0 7,5±0,1 9,4±0,4 9,8±0,3
25%, 0,48 0,1±0 0,4±0,1 0,8±0,2 0,4±0,1 6,3±0 8,5±0,6 10,2±0,3 9,7±0,2
50%, 0,12 0,3±0 0,5±0,1 0,7±0,3 0,4±0 11,5±0 14,1±2 13,4±0,8 14,3±0,3
50%, 0,24 0,3±0 0,5±0,2 0,5±0 0,4±0 11,5±0 12,6±0,5 13,8±0,9 14,4±0,3
50%, 0,36 0,3±0 0,4±0,1 0,6±0,1 0,4±0,2 11,5±0 16,5±5,2 11,9±4,7 16,1±0,5
50%, 0,48 0,3±0 0,4±0 0,5±0 0,5±0 11,5±0 14±0,5 15,7±1,1 16,7±0,1
75%, 0,12 0,4±0 0,6±0,2 0,8±0,1 0,5±0 16,9±0 14±4,8 22,2±1,8 19,4±0,5
75%, 0,24 0,4±0 0,7±0,1 0,7±0,1 0,5±0 16,9±0 17,6±1,5 21,6±1,5 20,5±0,2
75%, 0,36 0,4±0 0,6±0,1 0,7±0,1 0,5±0,1 16,9±0 17,8±0,3 23,1±1,8 20,2±0,6
75%, 0,48 0,4±0 0,6±0,1 0,9±0,2 0,5±0,1 16,9±0 18,1±1,9 25,9±3,6 21,6±0,7
186
Tabela 54. Concentração de cloro (Cl) na solução nutritiva (SN) dos reservatórios de 121 L aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do
experimento (DAIE). Média±desvio padrão de 3 repetições.
Tratamentos (SN, CVA) DAIE 0 DAIE 30 DAIE 60 DAIE 90
Cl (mg L-1)
Manual 106,5±0 - - 134,5±12,7
25%, 0,12 48,3±0 - - 41,1±2,8
25%, 0,24 48,3±0 - - 41,4±1,6
25%, 0,36 48,3±0 - - 44,5±1
25%, 0,48 48,3±0 - - 47±9,6
50%, 0,12 88,4±0 - - 78,1±4,4
50%, 0,24 88,4±0 - - 81,3±5,2
50%, 0,36 88,4±0 - - 89,8±5,3
50%, 0,48 88,4±0 - - 90,5±5,3
75%, 0,12 127,8±0 - - 115±6,6
75%, 0,24 127,8±0 - - 112,9±8,8
75%, 0,36 127,8±0 - - 119,6±8,2
75%, 0,48 127,8±0 - - 126,4±4,5
Tabela 55. pH, condutividade elétrica (CE) e concentração de nitrogênio total (N-total) na água de abastecimento e soluções nutritivas
(SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
SN
pH CE N-total
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
------------- dS m-1 ------------- ------------- mg L-1 -------------
H20 abastecimento 6,80 6,40 6,40 6,40 0,12 0,08 0,05 0,12 2,39 2,13 2,01 1,88
SN padrão 25% 6,60 5,00 4,60 4,60 0,67 0,61 0,59 0,65 64,05 63,32 62,96 62,60
SN padrão 50% 6,20 4,30 4,80 4,70 1,17 1,12 1,05 1,17 93,0 119,77 117,60 115,43
SN padrão 75% 6,10 4,30 4,50 4,20 1,80 1,68 1,57 1,37 124,1 138,77 161,66 184,54
SN viveirista 6,20 4,30 4,50 4,20 2,0 2,13 1,67 1,67 158,49 154,15 151,98 149,81
187
Tabela 56. Concentração de nitrogênio amoniacal (N-NH4), nítrico (N-NO3) e fósforo (P) na água de abastecimento e soluções
nutritivas (SN) padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
SN
N-NH4 N-NO3 P
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
------------------------------------------------------------- mg L-1 --------------------------------------------------------------
H20 abastecimento 0,80 0,72 0,69 0,65 1,59 1,41 1,32 1,23 0,01 0,03 0,00 0,12
SN padrão 25% 15,56 13,75 12,85 11,94 48,49 49,57 50,12 50,66 7,40 6,96 7,36 6,35
SN padrão 50% 26,4 28,59 26,23 23,88 66,6 91,19 91,37 91,55 11,67 11,53 14,11 12,11
SN padrão 75% 33,3 34,19 38,08 41,97 90,8 104,57 123,57 142,57 17,54 18,68 18,81 18,45
SN viveirista 38,36 34,38 32,39 30,40 120,13 119,77 119,59 119,41 14,91 17,35 20,17 19,73
Tabela 57. Concentração de potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) na água de abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão e
do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
SN
K Ca Mg
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
------------------------------------------------------------- mg L-1 -------------------------------------------------------------
H20 abastecimento 1,69 1,97 2,30 1,64 4,75 4,32 4,80 3,85 2,28 2,47 2,38 2,56
SN padrão 25% 47,01 43,00 41,00 56,68 42,01 39,50 37,00 33,04 18,90 19,70 17,50 18,28
SN padrão 50% 95,75 89,00 82,50 111,75 71,23 78,00 61,50 52,96 31,75 33,00 32,00 31,43
SN padrão 75% 145,71 117,50 112,50 170,56 103,45 112,00 93,00 77,35 45,53 50,50 48,00 46,15
SN viveirista 127,44 167,50 130,00 170,14 86,49 140,00 105,00 75,02 24,62 39,00 31,50 24,33
188
Tabela 58. Concentração de enxofre (S), boro (B), cobre (Cu) e ferro (Fe) na água de abastecimento e soluções nutritivas (SN) padrão
e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
SN S B Cu Fe
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
------------------------------------------------------------- mg L-1 -------------------------------------------------------------
H20 abastecimento 0,39 5,08 9,61 0,55 0,01 0,07 0,07 0,07 0,01 0,02 0,02 0,01 0,02 0,06 0,10 0,03
SN padrão 25% 8,71 13,11 20,27 11,99 0,11 0,11 0,15 0,11 1,15 1,59 1,31 1,23 0,25 0,20 0,20 0,42
SN padrão 50% 16,77 23,64 41,53 21,81 0,21 0,20 0,21 0,17 2,34 3,09 2,52 2,23 0,51 0,40 0,60 0,78
SN padrão 75% 24,84 32,84 57,98 33,86 0,33 0,32 0,25 0,25 3,32 4,88 3,85 3,40 0,73 0,60 0,70 1,10
SN viveirista 5,33 12,79 72,81 7,59 0,24 0,34 0,30 0,27 2,83 6,02 4,55 3,07 0,61 1,40 1,10 1,24
Tabela 59. Concentração de manganês (Mn), zinco (Zn), cloro (Cl) e sódio (Na) na água de abastecimento e soluções nutritivas (SN)
padrão e do viveirista aos 0, 30, 60 e 90 dias após o início do experimento (DAIE).
SN Mn Zn Cl Na
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
90
DAIE
0
DAIE
30
DAIE
60
DAIE
90
------------------------------------------------------------- mg L-1 -------------------------------------------------------------
H20 abastecimento 0,01 0,06 0,10 0,02 0,01 0,03 0,05 0,02 0,01 0,71 1,30 2,63 2,75 2,50
SN padrão 25% 0,17 0,20 0,20 0,22 0,12 0,15 0,15 0,24 48,28 39,05 6,34 7,30 6,65 8,01
SN padrão 50% 0,35 0,40 0,30 0,37 0,25 0,25 0,25 0,23 88,40 113,96 11,50 12,40 10,60 13,35
SN padrão 75% 0,52 0,60 0,50 0,50 0,38 0,45 0,37 0,32 127,80 111,83 16,87 17,80 14,45 19,17
SN viveirista 0,36 0,80 0,60 0,48 0,27 0,50 0,42 0,42 106,50 112,89 14,77 22,70 17,60 17,15