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Malaparte Curzio - El Volga Nace en Europa

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C U R Z I O M A L A P A R T E

EL V O L C A N A C E

E N E U R O P A

E D I T O R A L A T I N O A M E R I C A N A , S . A .

G u a t e m a l a 1 0 - 2 2 0 M é x i c o , D . F .

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Título de la obra original: GUERRA Y HUELGA

I L V O L G A N A S C E I N E U R O P A

Traducción directa del italiano deM A N U E L A L O N S O M U Ñ O Z

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C

uando en juni o de 1941, al inicio de la gue rra a lem ana co ntr a la Rusia Soviética , comenzaron a aparecer en e l Corridella Sera w O) mis notic ias del frente ucraniano, susci

ron en el publico italiano un inmenso estupor. Casi un escánda

Ampliamente repetidas por la prensa inglesa , americana, sza , escandinava, fueron acogidas por la opinión pública in terncional como el único do cume nto objetivo, el único test imo nimparcial que juzgaba los campos de batalla soviéticos. A mucsimos les parece aún, en Italia, que mis observaciones y mis cosideraciones nacieron, no ya de un honesto y valiente proposde decir la verdad, s ino de una part icular s impatía mía por Rusia comunista , y por lo tanto de una parcia l y arbitrar ia v is ide los acontecimientos.

Del hecho que yo escrib iese en absoluto contraste con toaquello que se pensaba y escribía en aquellos días en los perdicos i ta l ianos, sobre la facil idad y brevedad de la guerra conRusia , y de que mis notic ias fueran en abierta contradción con las noticias de todos los otros enviados especiales dmismo "Corriere della Sera" muchos lectores l legaron a la coclusión de que yo estuviese animado por un espír i tu parcia l ,numerosos fueron los que me denunciaron como "destructoinvocando a grandes voces mi inmediato re t iro del frente rusasí como mi arresto . Hoy todos están en posibil idad de dacuenta de que yo veía c laro y que mi a tacada s impatía por

(1) , — "El Cor reo de l a noche" , impor t an te d i ado de I t a l i a .

- I -

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R u si a co m u n i s t a , n o e r a m ás q u e u n a i n t e l i g en c i a o b j e t i v a , co m oh ab í a d ec l a r ad o e l m i s m o T o g l i a t t í cu an d o , e l d í a d e Pas cu a d e1 9 4 4 , v i n o a m i ca s a a f e l i c i t a r m e p o r aq u e l l a s n o t i c i a s q u em a n d é .

Pu r o l a i n t e l i g en c i a o b j e t i v a e r a u n d e l i t o en aq u e l l o s t i em

p o s . E n S ep t i em b r e d e 1 9 4 1 , p o r ó r d en es d e G o eb b e l s , l a s au t o r i d a d e s m i l i t a r e s a l e m a n a s m e e x p u l s a r o n d e l f r e n t e , n o o b s t a n t e l a s p r o t e s t a s d e l g en e r a l M es s e , co m an d an t e d e l a s f u e r za sex p ed i c i o n a r i a s i t a l i an as en R u s i a . A u n q u e l a c en s u r a f a s c i s t a ,t an t o m i l i t a r co m o p o l í t i c a , h ab í a p e r m i t i d o a r eg añ ad i en t e s l ap u b l i cac i ó n d e m i s n o t i c i a s , M u s s o l i n i p r i m er o m e am en azo co nr eg r e s a r m e a L i p a r i y d e s p u és m e t u v o en cu a r en t en a p o r cu a t r om es e s , h a s t a q u e en E n e r o d e 1 94 2 , cu an d o l o s aco n t ec i m i en t o sm i l i t a r e s co n f i r m ar o n l a ex ac t i t u d d e m i s j u i c i o s y m i s p r ev i s i o n e s , e n t o n c e s o rd e n ó q u e f u e r a n u e v a m e n t e e n v i a d o a l f r e n t er u s o . E s t a v ez . p o r t em o r a s e r v í c t i m a d e a l g u n a r ep r e s a l i aa l em an a , s o l i c i t é y o b t u v e s e r en v i ad o a F i n l an d i a , en d o n d e

H i t l e r n o t en í a n i n g u n a au t o r i d ad . Y e s t u v e en F i n l an d i a d o sañ o s , h a s t a , e l a r r e s t o d e M u s s o l i n i , E l 2 7 d e j u l i o d e 1 9 4 3 r eg r e s é a I t a l i a a m i p u es t o d e r e s p o n s ab i l i d ad en l a l u ch a co n t r a l o sa l e m a n e s , l u c h a q u e y a j u z g a b a y o i n e v i t a b l e e i n m i n e n t e .

E n l o s o r i m e r o s m es es d e l a g u e r r a co n t r a R u s i a , y o e r ae l ú n i co co r r e s p o n s a l d e g u e r r a ( j u n t o co n L i n o Pe l l eg r i n i , aq u i en m e l l ev e d e co m p añ e r o p a r a t en e r u n t e s t i g o d e l a v e r d add e lo q u e e s c r i b í a ) , q u e se en co n t r ab a en l a l í n ea d e f u eg o s o b r ee l f r en t e Sov ié ti co . N o h ab í a en t o n ces n i n g ú n o t r o co r r e s p o n s a li t a l i an o n i en U c r an i a n i en n i n g u n a o t r a p a r t e d e l f r en t e r u s o »d e s d e M u r m a n s k h a s t a e l M a r N e g r o . L o s m i s m o s c o r r e s p o n s a l e s i n g l e s e s y am er i can o s , f u e r o n p r o h i b i d o s p o r l a s au t o r i d ad es

s o v i é t i c a d e i n t e r n a r s e en e l f r en t e , y s e h ab í an q u ed ad o enM o s cú . Y l o q u e e s c r i b í an d en o t ab a e l t o n o f o r zad o , e l m o d o ep i s ó d i co , e l l en g u a j e i n c i e r t o y l a r e t ó r i ca d e q u i en e s c r i b e p o rh ab e r l o o í d o y n o p o r d i r ec t a ex p e r i en c i a . Pa r a co n v en ce r s e b a s -

— I I

t a l e e r la s n o t i c i a s q u e e l e s c r i t o r n o r t ea m e r i ca n o E r s k i nC a l d w e l l , au t o r d e P i cco l o C am p o y V í a d e l T ab acco , h a d e s p u ér eco p i l ad o en u n v o l u m en q u e t i t u l ó " M o s co w U nd e r F i r e " ( H ut

ch i n s o n & C o . , L o n d o n - N ew Y o r k - M e l b o u r n e , 1 9 4 2 ) . E s t o n o l o dg o p o r v an i d ad , s i n o p a r a p o n e r en r e l i ev e aq u e l l o q u e l a p r en s

i n g l e s a y a m e r i c a n a a f i r m a b a e n t o n c e s , c o m p a r a d o c o n e l ú n i cj u i c i o o b j e t i v o d e l a g u e r r a a l e m a n a c o n t r a R u s i a , q u e e r a uj u i c i o i t a l i an o , y q u e , a d i f e r en c i a d e l o s co r r e s p o n s a l e s i n g l e s ey a m e r i c a n o s , c i u d a d a n o s d e n a c i o n e s d e m o c r á t i c a s l i b r e s , y o nacep t ab a l a o b l i g ac i ó n d e n a r r a r n i n g u n a co s a d e l a cu a l n o t uv i e r a e x p e r i e n c i a d i r e c t a , n i a c e p t a b a h a c e r o b r a d e p r o p a g a n den u n s en t i d o o en o t r o .

A p a r t e e l h ech o d e q u e y o f u e s e , j u n t o co n L i n o Pe l l eg r i ne l ú n i co co r r e s p o n s a l d e g u e r r a q u e s e en co n t r ab a en l a p r o p il í n ea d e f u eg o en e l f r en t e r u s o , y f u e s e p o r l o t an t o e l ú n i cq u e p o d í a v e r co m o en r ea l i d ad e s t ab an l a s co s a s , d eb o d ec i r q u em í an t i g u o co n o c i m i en t o d e l a R u s i a So v i é t i c a y s u s p r o b l em as

m e a y u d a b a m u c h í s i m o a j u z g a r l a n a t u r a l e z a d e l o s a c o n t e c im i en t o s y p r ev en i r s u i n ev i t ab l e ev o l u c i ó n . T o d o aq u e l l o q u e yv en í a " o b s e r v an d o en e l c am p o d e b a t a l l a , n o e r a o t r a co s a q u e lco n f i r m ac i ó n y p r u eb a d e aq u e l l o q u e yo h a b í a v e n i d o o b s e r v a nd o y e s c r i b i en d o d es d e h ac í a v e i n t e añ o s , ( L a r i v o l t a d e i s an tm a l e d e t t í , 1 9 2 1 ; í n t e l l ig e n z a d i L e n i n , 1 9 3 0 ; S o d o m a y G o m o r r a1 9 3 1 ; T e c h n í q u e d u c o u p d ' e t a t . , l 9 3 1 ; L e b o n h o m m e L é n i n e1 9 3 2 ; a l g u n as p ág i n as s u e l t a s d e l a R o n d a , 1 9 2 1 ; y d e R ev o l uzione l ibérale , 1922 , y mi prefacio de I l vo l to de l b o l s cev i s m o , dFü l o p - M i l l e r , 1 9 3 0 ) .

E n t o d a m i ex p e r i en c i a p e r s o n a l d e l a s co s a s r u s a s , m e h er e h u s a d o s i e m p r e a j u z g a r a l a R u s i a c o m u n i s t a d e s d e u n p u n t o

l l a m é m o s l e " B u r g u é s " , p o r q u e e s u n p u n t o d e v i s t a n e c e s a r i am en t e n o o b j e t i v o . " L a o b j e t i v i d ad n o e s e l e l em en t o f u n d am ental de l a in te l igen cia burguesa", escr ib ía yo en 1930 en mi pref acioa I l v o l t o d e l b o l acev i s m o d e l F í i l o p e - M i í l e r ( B o m p i an i - 1 9 3 0 )

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Y agregaba, que "la más segura defensa de la in te ligencia burguesa del peligro del bolchevismo, debería consis t ir en la comprensión de los fenómenos revolucionarios de la edad moderna.La incomprensión de ta les fenómenos era la señal más c lara dela decadencia de la burguesía" . Y no solo de la burguesía i ta l iana,(que se conservó f ie l , cuando los hechos rusos, a aquellos prejuic ios ingenuos, de los cuales es un e jemplo lo que escrib ía Fra nceso

de Sanctis en 1864, en su breve ensayo "El Testamento dePedro e l Grande", aparecido en los periódicos de la AsociaciónConsti tucionalis ta Unitar ia de Napóles , I ta l ia) , s ino de toda laburguesía europea; de la inglesa en part icular . Sobre esta ú lt ima,el ju ic io más in teresante y en c ierto sentido defin it ivo, es , aúnahora, aquel que e l famoso economista l iberal inglés Keynes, exponía en su opúsculo A Short View of Rusia (The Hogarth Press ,London, 1929). Niego que se pueda juzgar a la Rusia soviéticasin antes despojarse de los prejuic ios burgueses: y es c laro quequien no comprende a la Rusia soviética , no puede combatir la ymucho menos vencerla .

Entre los muchos prejuic ios burgueses sobre la Rusia comunis-ta , e l más osten tado es aquel de considerar e l bolchevismo como unfenómeno t íp icamente asiá t ico . Esta explicación de la revoluciónbolchevique y de sus problemas, es muy fácil y cómoda porque sepuede acoger s in peligro . El t í tu lo de este l ibro , "El Volga Naceen Europa" (e l t í tu lo orig inal que la censura fascis ta prohibió ,era o tro como lo explicaré más adelante) quiere ser precisamente un reclamo a ese mezquino prejuic io . Ya en 1930, en mi prólogo aquí antes recordado, a l ensayo del Fülop-Miller , escrib ía yoque "el rostro del bolchevismo no es , como se cree , un rostro delincamientos asiá t icos. Es un rostro de l ineamientos europeos".La verdad es que e l bolchevismo es un fenómeno t íp icamente eu

ropeo.Tras las columnas dóricas del P ia ti le tk i , e l P lan Quinquenal,

tras del columnado de las estadís t icas del Gosplan, se extiende

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no Asia , s ino otra Europa: " la o tra Europa '* . (En aquel mismsentido por e l cual aún América es o tra Europa). La cúpula deacero del marxismo-leninismo-sta lin ismo (la g igantesca dínamde la U . R . S .S . s egún la fó rmu la de Le n ín : S ov ie t -e lec t r i f icación=bolchevismo) no es e l mausoleo de Gengis Khan, s ino —precisamente en e l sentido que no le gusta a l burgués— el o trPartenón de Europa. "El Volga, —dice Piln iak— se gesta en eMar Carpió". S í , pero no nace en Asia: nace en Europa. Es u

río europeo. El Támesis , e l Sena, e l Potomac, son sus af luentes .Esta verdad era recordada entonces, en 1941 (y también lrecuerdo hoy) cuando muchos se abandonaban a la fácil presunción de que la guerra a lemana contra la Rusia soviética era s imp lemen te una gue r ra de Eu ropa con t ra As ia . En 1941 , l a Eu ropAlemana combatía contra pueblos europeos, contra ideologías eropeas : ya sea que comba t ie se con t ra Ing la te r ra y Es tados Undos o sea que combatiese con la Rusia soviética .

"Un día , —escribía yo entonces— cuando el fragor de larmas se haya aplacado, y se pueda juzgar serenamente , se veque esta guerra contra la Rusia soviética no está consideracomo una lucha contra las hordas mongólicas de un nuevo GengKhan, s ino como una de esas guerras sociales que s iempre precden, y preparan, un nuevo asentamiento polí t ico y social de l

pueb los" .Estas palabras , que escrib ía yo en 1941, s i eran verdader

entonces, ahora lo son mucho más: porque el "s logan" de la gurra a lemana de 1941 (una guerra burguesa por excelencia) cotra la Rusia soviética , Europa contra Asia , ahora se ha convtido en e l "s logan" del Pacto del Atlántico . También hoy comen 1941, las dos fuerzas en contra no son Europ a y Asia , sla moral burguesa contra la moral obrera .

Este l ibro es e l primero, y hasta ahora e l único, que rev

el oculto sentido de aquella inmensa tragedia europea que fuéguerra a lemana contra la Rusia soviética . El motivo es por e

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aún ahora , de g ran ac tua l idad , no porque mues t r e e l car ác te r"social" de aquel la o de cualquier otra eventual guerra contrala Rusia soviét ica, s ino porque pone de rel ieve el problema fundamental de la Europa actual : la i r reconciabi l idad entre la moralburguesa y la moral obrera que es la moral del mundo moderno.

No se olvide nunca, leyendo es tas páginas , la expres ión "moral obrera" . A propósi to de el lo, me parece oportuno adver t i r que

es te l ibro mío debió habe r tenido, según n i p r ime ra intención, elt í tulo de "Guerra y Huelga" . Lo había escogido, no por una incons c ien te y qu izás a lgo mus ica l r emembranza a " Guer r a y Paz" ,ni porque presumiera de ref lejar en mis páginas las intencionesdescubier tas en la novela de Tols toi y mucho menos porque pensar a que 3a gu erra alem ana co ntra la Rusia soviét ica tuviesecualquier lejana analogía con la otro tanto desafor tunada e imbéci l campaña napoleónica: s ino porque el t í tulo de "Guerra yHuelga" me parecía que ponía en rel ieve claramente el caráctersocial de aquel la guerra y la fundamental importancia que teníala " mora l obrera" , mis ma que t endrá mañana , en l a po tenc ia mi l i tar soviét ica, donde predominaban, y predominan, junto a las

armas , a los elementos del ar te mil i tar , la discipl ina, el adies tramiento técnico, la organización táct ica, etc. , etc. , todos aquel loselementos sociales de la lucha de clases y de la técnica revolucionar ia proletar ia, que se puede comprender y def inir en la solapalabra "huelga" . .

La censura fascis ta prohibió el t í tulo de "Guerra y Huelga"s in duda por el legí t imo temor de que los lectores pudieran dara ese t í tulo el valor de una premeditada y pel igrosa contraposición del hecho "Guerra" al hecho "Huelga" y fuesen inducidos apensar que el arma más ef icaz contra la guerra, contra cualquierguerra, fuese la huelga. No quer ía entender solamente eso con

ese t í tulo, pero también quer ía entender lo. Y debo reconocer quela censura fascis ta no andaba equivocada, desde su punto dev i s t a .

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Al cuidado del edi tor Bompiani , es te l ibro mío es taba ya l is topara enviarse a las l ibrer ías , cuando el bombardeo inglés del 19de febrero de 1943 des truyó la impres ión, desapareciendo entrelas l lamas la edición completa de "El Volga Nace en Europa" .Nuevamente ed i t ado e impres o en o t r a impren ta , e l vo lumenapareció a f ines de agos to de 1943. Algu nos días despu és , el 15de sept iembre de 1943, las autor idades alemanas , que en ese t iem

po se habían apoderado de I tal ia, ordenaron su secues tro: ell ibro fué condenado a la des trucción y por eso se puede decir que"El Volga Nace en Europa" ve la luz pr imera en I tal ia hoy, cones ta nueva edición. (En Francia ya apareció en 1948, edi tado porD o m a t d e P a r í s ) .

Para evi tar el pel igro de engañar al lector haciéndole creerque s e t r a t a de una obra nueva , he deb ido r enunciar a r es t i tu i ra es te l ibro su pr imer t í tulo vetado por la censura: "Guerra yHuelga" . E ra es e todav ía s u t í tu lo verdadero : que me habr íaconsentido poner , de modo inmediato, el lector hones to e intel i gente, ante la neces idad de ref lejar ser iamente el sent ido de es taguerra, de cons iderar con ojo objet ivo su aspecto de guerra so

cial , y de reconocer en esa feroz lucha contra la Rusia soviét icaa todos aquel los elementos sociales que escr ibieron entre todosy has ta hoy, el episodio más terr ible de la lucha de clases enE u r o p a .

Curzío Malapar te

Fuer t e de Marmi , 1951 .

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L I B R O P R I M E R O

P O R Q U E R U S I A

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I

L O S C U E R V O S D E G A L A T Z

Ga la t z , 1 8 d e j u n io d e 1 9 4 1 .

Ga la t z su r g e d e l a l a g u n a , e n t r e e l P r u t y e l Da n u b io , y r e s p i ra e l o lor del fan go , de los pece s, de los cañ ave ra le s secos (ene s t a h ú m e d a n o c h e d e j u n io , e l l á n g u id o o lo r d e l l o d o im p r e g n a

l a s h o j a s d e l o s á r b o l e s , e l c a b e l lo d e l a s m u je r e s , l a s c e r d a s d elos cabal los, las largas capas de terc iopelo de los scopzi , los coc h e r o s c a s t r a d o s d e l a f a m o sa se c t a r u sa , c u y o ú l t im o r e f u g ioy t e m p lo e s Ga la t z ) . De B r a i l l a a Ga la t z , a Su lm a y h a s t a l o sm o n te s d e Do b r u g ia , e l e n o r m e d e l t a d e l Da n u b io e s t o d o u n b r i l l a r d e l a g u a . L o s d e sh i e lo s d e p r im a v e r a h a n h e c h o d e e s t a r e g ió n u n i n m e n so p a n t a n o . Aq u í , l a i n m e n sa y p l a n a l l a n u r a o n d e ac o m o u n a b a n d e r a a l v i e n to ; se su b l e v a d e v e z e n c u a n d o , a q u íy a l l á , c o n c a n sa d a s o l a s d e p o lv o a m a r i l l o , f u e r a d e e s t a a g u af a n g o sa q u e d e sc a n sa e n m ó r b id o s p l i e g u e s , f o r m a n d o u n a e s p e c i e d e c u r v a s c r e s t a s , u n a l e v e c u e n c a , d o n d e e l l a g o d e B r a t e sese a p o y a e n u n a p e r e n n e b r u m a t r a n sp a r e n t e , d e u n c o lo r a z u l ín o .

Ga la t z su r g e d e l a c r e s t a d e e s t a c u e n c a , e n e l v é r t i c e d e lt r i á n g u lo f o r m a d o p o r e l Da n u b io y e l P r u t q u e se e n c u e n t r a n

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u n p o c o a b a jo d e l a c iu d a d . L o s m o n te s d e Do b r u g ia , a l l á e n er e m o to h o r i z o n te , s i r v e n d e so s t é n a e s t e h ú m e d o p a i sa j e , a sub a j a s c a sa s , a su s p a n t a n o s , a su s b r u m a s l i g e r a s , y p a r e c e na lo le jos, e l Tifa ta , que es tá sobre Cap ua, t ien en e l mis mo láng u id o a z u l a d o , e l m i sm o v e r d e q u e c a s i s e e s f u m a , l a m i sm a d el i c a d a y r o m á n t i c a i n o c e n c i a . De v e z e n c u a n d o d e sa p a r e c e n e n t rl o n u b la d o d e l h o r i z o n te , d e j a n d o u n t r i s t e e i n c i e r to r e c u e r d oa lg o c o n c i e r t a c o sa f e m e n in a e n e l a i r e d e s i l u s io n a d o .

( E n t r e l a R u s i a so v i é t i c a y m i c u a r to d e l h o t e l , n o m e d ia m áq u e l a c o r r i e n t e d e l P r u t : u n l e n to y a m a r i l l e n to r í o , q u e a q u íy a e n l a d e se m b o c a d u r a , s e a l a r g a h a s t a f o r m a r c a s i u n l a g o , uin m e n so e s t a n q u e t ó r b id o , e l B r a t e se , r o to a q u í y a l l á p o r l o s v e rd e s c o p e t e s d e c a ñ a s y j u n c o s q u e su r g e n e n t r e l o s b a n c o s dl o d o . E l P r u t p a r e c e e x t r a ñ a m e n t e d e s i e r t o e n e s t o s d í a s : n i n g úr e m o lc a d o r , n in g u n a l a n c h a , n i s i q u i e r a u n a b a r q u i l l a , su r c a n lc o r r i e n t e . Só lo a lg ú n b o t e d e p e sc a d o r e s , p e g a d o a l a r i b e r a r um a n a , s e m e c e s o b r e l o s f a n g o s o s a r r o y o s .

Pero ay de aquel la que se a le je de la o r i l la , ay de aquel lq u e se m e ta e n m e d io d e l r í o : l o s r u so s d i sp a r a n i n m e d ia t a m e n

t e . L o s c e n t in e l a s so v i é t i c o s n o c tu r n o s , h a c e n f u e g o a l p r im er u id o , a l m e n o r r u m o r ; b a s t a p a r a m e te r lo s e n a l a r m a , e l l e vr u id o q u e h a c e n l a s a g u a s d e l P r u t a l c h i c a r c o n t r a l a r i b e r a .

A o jo d e sn u d o , d e sd e l a v e n t a n a d e m i c u a r to , s e v e n l ac a sa s d e l a r i b e r a r u sa , l o s a lm a c e n e s d e m a d e r a , e l h u m o da lg ú n r e m o lc a d o r a t r a c a d o e n e l p u e r to f l u v i a l . Po r l a c a l l e q u ec o s t e a e l r í o , s e p u e d e d i s t i n g u i r , c o n u n o s g e m e lo s , g r u p o s dg e n t e s , s e g u r a m e n t e s o l d a d o s ; c o l u m n a s d e a u t o m ó v i l e s , p a t r ul l a s d e c a b a l l e r í a . Du r a n t e l a n o c h e , l a o r i l l a so v i é t i c a a p a r e cn e g r a y c i e g a . Pa r e c e q u e l a n o c h e c o m ie n z a a l l á a b a jo , e n l ao t r a r i b e r a , q u e se l e v a n t a a b a jo d u r a y l i s a c o m o u n m u r o n e

g r o , d e f r e n t e a l a o r i l l a r u m a n a c e n t e l l e a n t e d e l u c e s . A l a lb al a r i b e r a so v i é t i c a p a r e c e u n p á r p a d o a b i e r to q u e se a b r e p o c o

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a p o c o , d e j a n d o c o r r e r so b r e e l r í o u n a p á l i d a m i r a d a , d e sc o lo r i d a y e x t r a o r d i n a r i a m e n t e t r i s t e e i n q u i e t a n t e .

E n l a s c a l l e ju e l a s d e l o s j a r d in e s p ú b l i c o s d e Ga la t z , g r u p o sde n iños juegan c a r r e t e á n d o s e , g r u p o s d e g e n t e s a p o y a d a s e n e lp a r a p e to d e l M i r a d o r , e l e v a d o p o b r e u n a r o j i z a p o r c ió n d e t e r r e n o p a n t a n o s o , t a l l a d a a t r a v e sa n d o e l t e r r a p l é n d e la v ía d e l t r e n ,o b se r v a n l a r i b e r a r u sa h a c i é n d o se so m b r a e n l o s o jo s c o n su sp r o p ia s m a n o s ; a l l á a b a jo , e n f r e n t e , d e l a o t r a p a r t e d e l Pu n t ,u n a b u f a n d a d e h u m o d e se d a a z u l , s e e l e v a d e l a s c a sa s d e R e n iy d e d i su e tv e p e r e z o sa m e n te e n e l p o lv o r i e n to a i r e . ( . Au n d o sd ía ; ; , qu izás un d ía , só lo pocas horas) . Me sorprendo a l ver e l re lo jd e l M u n ic ip io , m ie n t r a s b a jo e n u n a c a r r e t a p o r e l p u e n te d e R e n i

Un o lo r f u e r t e , u n o lo r v io l e n to y g r a so so , m e v i e n e a l e n c u e n t r o d e l B r a t e se . L a f e t i d e z d e a lg u n a c a r r o ñ a se p u l t a d a b a joe l f a n g o . A lg u n a s m o sc a s g r a n d e s , v e r d e s y a z u l e s , y c o n l a s a l a sser mi - d o r a d a s , m e v u e l a n a l r e d e d o r i n s i s t e n t e m e n te . U n g r u p od e z a p a d o r e s r u m a n o s e s t á p r e p a r a n d o u n a m i n a p a r a h a c e r s a l tar e l puente que une la o r i l la de Gala tz a la o r i l la sov ié t ica deReni , Los so ldados hab ían , en tre e l los con voz a l ta , r iendo . Lastú r b id a s a g u a s d e l B r a t e se i l u m in a n d e a m a r i l l e n to s r e f l e jo s e lp a i sa j e e n a g o n ía - , p e r e z o so y o lv id a d i z o , u n p a i sa j e d e sh e c h o .L a i n m i n e n t e g u e r r a s e a d v i e r t e c o m o u n t e m p o r a l s u s p e n d i d oe n e l a i r e , c o m a u n a c o sa su p e r io r a l a f u e r z a h u m a n a , c a s i c o m ou n h e c h o d e ! a n a tu r a l e z a ( Aq u í , E u r o p a e s t á y a f u e r a d e l ar a z o n , d e l a a r q u i t e c tu r a m o r a l : só lo e s u n p r e t e x to , u n c o n t i n e n t e d e c a r n e - d e sh e c h a . E n lo m á s a l t o d e l p u e n te , e n e l u m b r a lde la U. R , S. S, surge e l rúst ico arco t r iunfa l ruso , coronadoc o n l a h o z y e l m a r t i l l o . No t e n g a m a s q u e a t r a v e sa r e l p u e n te ,

r e c o r r e r n i s i g u i e r a u n c e n t e n a r d e p a so s p a r a sa l i r d e e s t aE u r o p a y p a sa r l a f r o n t e r a d e l a o t r a E u r o p a . De u n a E u r o p a a

la otra el paso es b re ve . Pero, d i r ía yo , mu cho más larg o de la

Tierra

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Ve r d a d e r a m e n te se r e sp i r a a lg o d e i n c i e r to e n e s t e p a i sa j e ,a lg o d e p r o v i s io n a l . E l a sp e c to m i sm o d e l a c iu d a d , q u e e l t e r r e m o to d e l ú l t im o n o v ie m b r e h a se m b r a d o d e r u in a s y e sc o m b r o s ,su g i e r e a l o jo h u m a n o u n m u n d o f u g a z , d e u n a c iv i l i z a c ió n e nd e c a d e n c i a . M u c h a s so n l a s c a sa s e n r u in a ; c a s i t o d a s o s t e n t a np r o f u n d a s h e r id a s , a u n a s l e s f a l t a e l t e c h o , a o t r a s u n m u r o ;a o t r a s l a f a c h a d a ; a e s t a s l e s a r r u in a r o n Jo s b a l c o n e s ; é s t a so t r a s m u e s t r a n f u e r t e s c u a r t e a d u r a s , a t r a v é s d e l a s c u a l e s s e

v e n su s b u r g u e se s m o r a d o r e s , c o n su s c a sa s c u b ie r t a s d e t a p e t e stu r c o s , su s c a m a s v i e n e sa s . l o s h o r r ib l e s ó l e o s c o n q u e so n t a p i z a d a s l a s p a r e d e s d e t o d a s l a s c a sa s o r i e n t a l e s . C e r c a h a y u n ac a l l e e n t e r a , l a B r a sc io v e n i , e n d o n d e l a s f a c h a d a s d e t o d a s l a sc a sa s e s t á n h u n d id a s ; s e v e a l a g e n t e m o v e r se a t r a v é s d e l o sb io m b o s d e t e l a y p a p e l q u e su b s t i t u y e n a l o s m u r o s , c o m o s i e s tu v i e r a n so b r e e l t a b l a d o d e u n f o r o , d e l a n t e d e u n l u n e t a r io c l a m o r o so e i n d i f e r e n t e . Pa r e c e u n a e sc e n o g r a f í a d e P i sc a to r . L a sv ig a s q u e a p u n ta l a n l a s f a c h a d a s y c o s t a d o s d e l a s c a sa s , f o r m a n u n a l a r g a v e r e d a , u n a e sp e c i e d e c o n t in u o e m p a r r a d o o b l i c uo , b a jo e l c u a l l a g e n t e d e c a d a r a z a y c a d a l e n g u a , g r i t a , s ee m p u ja , s e a p r i e t a , s e e n c im a e n u n a f u g a z c r u z a d a , e n u n t ú

m u lo im p r e v i s to . L o a e sc o m b r o s , e n m u c h o s p u n to s , e sp e c i a l m e n te e n e l b a r r i o a l r e d e d o r d e l a c a l l e C o r o n e l B o y le , a u n e s to r b a n m u c h o a l o s v e h í c u lo s q u e b a j a n a l p u e r to . E n t r e a q u e l lo se sc o m b r o s , b a jo a q u e l lo s e m p a r r a d o s d e v ig a s i n c l i n a d a s , e n t r ea q u e l l o s m u r o s t a m b a l e a n t e s d e p r o f u n d a s h e r i d a s , e n f r e n t e d ea q u e l f o r o q u e so n l a s c a sa s s i n f a c h a d a , u n g e n t ío d e g r i e g o s ,d e a r m e n io s , d e z ín g a r o s , d e t u r c o s , d e h e b r e o s , p u lu l a n e n u n an u b e d e a m a r i l l e n to p o lv o , e n t r e u n c l a m o r d e v o c e s a g r i a s , d eg r i t o s , d e r i sa , d e p a l a b r a s , d e r u id o d e g r a m ó f o n o s , e n t r e a q u e lpest i len te o lor de or ina de cabal lo y acei te de rosa , que es e l o lord e l L e v a n te , e l o lo r d e l M a r Ne g r o .

So b r e l a s b a n q u e t a s d e c a d a c a l l e , s e a b r e n , c a d a c e n t e n a rd e m e t r o s , l o s c a f é s , l a s p e r f u m e r í a s , l o s b o d e g u c h a s d e l o s b a r -

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beros los negocios de curiosidades, los aparadores de croitori , laspanaderías , los gabinetes de los dentis tas . Los barberos griegos,de la enorme ceja negra , del rostro o livastro a travesado por uninmenso bigote negro, re luciente de bri l lantina; los coafor paradama, de cabelleras tupidas, enchinadas con el r izador de f ierro ,compuestas en arquitectura barroca; los paste leros turcos conlas manos l lenas de miel y mantequil la , con los brazos l lenos hasta los codos de a lmendra molida y pis tache en polvo; los perfu

mistas , los zapateros, los fo tógrafos, los sastres , ios tabaqueros,los dentis tas , todos te sa ludan con voz cantante , con gestos solemnes, con grandes inclinaciones. Todos te invitan a entrar , a .sentarte , a probar e l peine, la navaja de afeitar , e l vestido, loszapatos, e l sombrero , e l c in turón para hernia , los anteojos, la dent a d u r a ; te invitan a perfumarte , a enrizarte , a depilar te , a teñir te ,en tanto e l café turco espumea en las pequeñas te teras de cobrereluciente , y los pequeños voceadores anuncian e l t í tu lo del Ac¬tiunea o rec itan en alta voz los últim os comunicado s sobre la"si tuatia pe fronturi le de lupta" , e in terminables corte jos de mujeres velludas. muy maquil ladas, del pelo r izado, van y vienenpo r las calles frente a sus mesas de los cafés llenos de gordos le

vantinos sentados con las p iernas abiertas , como en los d iseñosde Pasci, que era de Braila.

Es p ron to aun para i r a desayunar a Suré . Así , dejo la cafe-teria gr iega de M axav ina to y ba jo a l pue r to po r la l a rga Dom-neasca, que es la calle principal de Galatz. En la calle Brasciove-ni, el agudo chirr ido de las ruedas del tranvía ta l la los v idriosde las ventanas; las carrozas de los scopzi t irados por parejas decaballos l impios y majestuosos, pasan al galope levantando nubes de polvo. (El scopez, sentado arr iba , envuelto en su larga capa, e l rostro de un hombre castrado, agudo y f laquísimo; de unaflaqueza, d ir ía , f lo ja y resbalosa) . Bandas de perros y mucha

chos se s iguen de una acera a la o tra , mientras sobre mi cabeza,en los letreros de los negocios, alternan los escritos en hebreo, en

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armenio, en turco, en griego, en rumano. Hasta que desembocen la calle del puerto .

El Danubio está l leno de l luvia , grandes barcas se bamboleaatracadas en e l muelle . La calle que está a l lado del puerto , euna especie de in terminable "muralla" de casas bajas , mediderrocadas por e l terremoto, apuntaladas con vigas. Son barracas de ladri l lo las más r icas; de t ierra empastada con cal laotras; de bodoques de paja amontonada las más pobres . En la

plantas bajas se encuentran obscuras bodeguchas en donde samontonan barr i les de chapopote , de brea , de pimienta , de sulfato de cobre, de pescado seco, de uvas, de especias de todos géneros; los dueños y encargados de estos amplios negocios de t ipo colonial, son los griegos. Flacos y negros, o gordos y pálidoestán de pie en e l porta l de la bodega, con los brazos cruzadosobre el pecho, el cigarrillo pegado al labio inferior, la inmensceja negra cae sobre e l o jo opaco, sobre la larga nariz aguileñhuesuda, ro ja y palpitante , v iva y delicada, en e l v iso color sepi

La misma agitación re ina en todo el Badalán, que es e l barr idel puerto. La ribera del río está llena de soldados. Una compa

ñía de infantería está descargando algunas barcas cargadas dbueyes, de pacas de heno, de sacos de cereal , de montones dmadera . Son viejos soldados de cabello b lanco. Hacen la guardentre las barcas y e l muelle , bajando y subiendo los puentes dlos barcos, como amaril los insectos . Sobre e l puente de una baca, a lgun as mujeres ( l levan par agu as de seda, verdes, amaril lorojos) están sentadas en c írculo comiendo dulces . Son las mujeres de los capitanes, de los p ilo tos , de los dueños de las barcaLa escena es v iva y dulce; aquellos soldados amaril los , encorvados bajo e l peso de cajas y sacos, aquellas mujeres sobre e l puent e , aquellos colores vivos y aquellos gestos blandos, en el vientdel r ío , l leno de bri l lantes larvas de insectos .

Sobre la rivera, en los pastaderos de los bueyes, algunos sodados preparan el rancho. Son soldados jóvenes, r íen , a lguno

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l imp ian a jo s y cebollas, otros ponen frijoles en las cacerolas, otrospelan papas, o tros embarran unto en los largos sartenes, o tros s

corta n en pedazos la carn e para freiría. L a sopa de frijoles hier-ve en los cazos. Un capitán está vigilando a los cocineros y deves en cuando vuelve la cabeza mirando con indiferencia al puer-_to , a las mujeres sentadas sobre los puentes de las barcas , losbueyes,la riv era rusa , y abajo, al fondo, el lago de Bra tes c. Másallá surge la Fundición Titan-Nadrag-Calan, v igilada por centi-

nelas con la bayoneta calada.Una inmensa nube de humo negro surge de las cortas chü

meneas de la fundición, envuelve el puerto, las casas, los hombreslos bueyes, las barcas . Parece, por momentos, que e l puerto ardeque todo el barrio de Badalán está en llamas. Se ven soldadoscorriendo detrás de los bueyes en fuga, detrás de caballos desbo.cados. Un tren de carga hace maniobras , s i lbando s in descansardetenido en la estación también destruida por e l terremoto. Todoestá p intado de un color turquesa en e l barr io de Badalán: ventanas, persianas, puertas , pasamanos, re jas , le treros y hasta lasfachadas de las casas . Es casi un recuerdo insolente del mar, sobrela ribera de este río pálido, casi blanco.

Cerca de un depósito de cereales, at rá s de la fundición, ungrupo de soldados y de obreros están parados con la cara a l v ien-to , enfrente de un anuncio mural , que un hombre acaba de pegaren la pared. Es un anuncio en el que el Gobierno da a conocerque se ha condenado a trabajos forzados y perpetuos a Horia

Sima y otros jefes legionarios . Están ahí, quietos frente a l anun-ció. como si estuvieran observando un cuadro. Me viene la dudaque seguramente no sabrán leer . Tienen los o jos apagados, e\

rostro inerte : nó, no saben leer . Después, un soldado r íe , losotros se ponen a hablar entre ellos. Hablan de los precios de losimpuestos de los animales; de la guerra inminente . Mientras re-

gresan, una obscura nube se a lza del Bratesc . Es una inmensaala negra que obscurece el cielo sobre el puerto, sobre el río, so-

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bre la c iudad: Es una nube de cuervos. Los fúnebres pajarracgraznan tr is tes sobre los techos de las casas . Salgo por la calBrascioveni. A cierto punto, algo cae del cielo sobre la acerprecisam ente en medio de la gente . .Ningun o se detiene, nadvoltea. Me acerco y veo. Es un pedazo de carne podrida que ucuervo ha dejado caer del pico.

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L A G U E R R A R O J A

Jasci , junio 22

La guerra contra la Rusia soviética ha comenzado esta mañana a la hora del alba. Hacía ya dos meses (la última vez bajolos muros de Leningrado, en e l ú lt imo abril) , que yo no oía laronca voz de los cañones. En esta inmensa l lanura sembrada detr igo, en esta in terminable "selva" de girasoles , la guerra se meaparece nuevamente con la precis ión de su orden metálico , conla bri l lantez del acero de sus máquinas, con el rumor continuoy s imilar de sus miles de motores (Honegger, Hindemith) . Elolor de la gasolina opaca nuevamente el olor del hombre y delcaballo. (Ayer, subiendo el Prut, por el noroeste, de Galatz aJasci , a lo largo de la frontera soviética , he vuelto a encontrar ,quietos en los cruceros, con la tarjeta de latón colgada al cuello,a los Feldgendarmen impasible y severos, armados de su banderade señales ro ja y b lanca. "Alt!" . Me he quedado quieto dos horasen un mismo crucero para dejar pasar una columna alemana. Era

una divis ión motorizada, precedida de una hilera de carros pesados. Venía de Grecia . Había remontado el Attica , la Beozia , la

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Tessaglia , Macedonia , Bulgaria , Rumania , de las columnas dóricas del Partenón, a las columnas de acero de la P iati le tka. Lossoldados, sentados en las bancas a travesadas de los carros abiert os , aparecían blancos de polvo. Sobre el cofre de cada camiónestaba dibujado con pintura una especie de Partenón: una puerilh ilera de columnas dóricas , p intadas con el barniz b lanco sobreel metal gris obscuro del cofre. Bajo la máscara de polvo se adi-vinaban los rostros , ennegrecidos por e l sol , quemados por e l

v iento griego. Los soldados iban sentados sobre las bancas conuna extraña r ig idez, tenían e l aspecto de esta tuas. Parecían demármol por lo b lanco que estaban del polvo.

Uno de ellos llevaba en el puño una lechuza, una lechuza viva. Y era s in duda una lechuza de Acrópolis , de aquellas que cantan en la noche entre los mármoles del Partenón (e l pájaro sagrado de Atenas, la Atena de " los o jos de lechuza", g laucopisAthena). Sacudía las a las de vez en cuando para quitarse e l polv o : y entre aquel b lanquerío del polvo, sus o jos re lucían esplendorosos, c laros y bell ís imos. También el soldado alemán teníalos mismos ojos c laros, bell ís imos. Y había en aquellos o jos unamirada misteriosa y antigua, l lena de aquel antiguo misteriososentido de lo inexorable .

Grises camiones de acero sonaban detrás de unos sauces, alo largo de la ribera del Prut. De los tubos de escape de los Pan-zer escapaban azules lenguas de humo: en e l a ire f lo ta un vaporazul-negruzco que se funde con el verde húmedo de la h ierba ycon el ref le jo dorado del tr igo. Bajo e l arco s i lbante de los "Stu-k a s " , las columnas móviles de tanques parecen suti les señalesde un lápiz sobre la inmensa pizarra verde de la l lanura moldava.

Ribera derecha del Prut , junio 23.

He pasado la noche en una pequeña aldea sobre la r ibera derecha del Pr ut . E ntr e e l rabioso crep itar de la l luvia y entre e l fragor

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d e lo s e l e m e n to s d e se n c a d e n a d o s , s e e sc u c h a b a n d e v e z e n c u a n d olo s c a ñ o n e s t r o n a n d o e n e l h o r i z o n te . De sp u é s , u n d e n so y o p a c os i l e n c i o s e d e s m o r o n a b a s o b r e l a l l a n u r a . P a s a b a n e n t r e l a o b s c u r id a d , s i g u i e n d o l a r u t a d e l o s r e l á m p a g o s , c o lu m n a s d e c a m io n e s q u e a t r a v e sa b a n l a s c a l l e ju e l a s d e l a a ld e a , b a t a l l o n e s d ei n f a n t e r í a , a r t i l l e r í a t i r a d a p o r p o t e n t e s c a r r o s m i l i t a r e s . E l r u i d o d e l o s m o to r e s , l a s p i sa d a s d e l o s c a b a l lo s , l a s r o n c a s v o c e s ,l l e n a b a n l a n o c h e d e a q u e l l a i n q u ie tu d a n s io sa d e q u e e s t á h e c h a

l a e sp e r a c e r c a d e l a l í n e a d e f u e g o .L u e g o , u n a m a n e c e r i n c i e r t o h a d e s p e r t a d o l a s l e j a n a s v o c e s

d e l o s c a ñ o n e s . L a n i e b l a , e sc u á l id a y so r d a , c u e lg a d e l a s r a m a sd e l a s á r b o l e s c o m o a lg o d ó n . E l so l se l e v a n t a l e n t a m e n te , a m a r i l l o y f l o jo , c o m o u n a y e m a d e h u e v o .

" I n a i n t e , i n a i n t e , b a é t z i ! S a m e r g e m s a m e r g e m ! " . . L o s s o l d a d o s , d e p i e so b r e l a s c a r r e t a s , h a c e n so n a r l o s l á t i g o s , a z o t a nlo s su d o r o so s l o m o s d e l o s c a b a l lo s . " I n a in t e , i n a in t e , b a é t z i ! Ad e l a n t e , a d e l a n t e , m u c h a c h o s ! " . L a s r u e d a s r e c h i n a n y s e e n t i e r r a ne n e l f a n g o c a s i h a s t a l o s e j e s . Po r t o d a s l a s c a r r e t e r a s a l o l a r - (

go del P r u t s e a l a r g a n i n t e r m i n a b l e s c o l u m n a s d e c a r r e t a s m i l i

t a r e s r u m a n a s , t i r a d a s p o r p a r e j a s d e p e l u d o s c a b a l l o s ( e s a e s p e c i e d e c a r u z e d e l o s a ld e a n o s , d e l a r g o t im ó n y c o n lo s l a d o sh e c h o s c o m o r a s t r i l l o s ) . " S a m e r g e m , s a m e r g e m ! " . C o l u m n a sm o t o r i z a d a s vuelven a p a sa r , r o z a n d o a q u e l r í o d e c a r r e t a s , l o sm e c á n i c o s a s o m a n d e l o s c a m i o n e s g r i t a n d o : " W e g ! W e g ! ¡ L a r g o ! ¡ L a r g o ! " . L a s c a r r e t a s se a v i e n t a n a l o s f o so s y l o s c a b a l lo sc a e n e n e l p r o f u n d o lo d a z a l ; l o s so ld a d o s r u m a n o s g r i t a n , b l a s f e m a n , r í e n , h a c e n so n a r su s l á t i g o s , a z o t a n d o l a g r u p a su d o r o sa d elo s f l a c o s c a b a l lo s p e lu d o s . E l c i e lo e s t á c a s i t o t a lm e n te c u b ie r tod e a l a s m e tá l i c a s , p o r e l c o n t in u o y v e lo z p a so d e l o s a v io n e s a l e m a n e s q u e d e j a n e n e l c i e lo u n a se ñ a l c o m o l a d e l d i a m a n te e n e l

v id r io . E l r o n q u id o d e l o s m o to r e s b a j a a l a l l a n u r a c o n e l d u l c egoteo de la l luv ia .

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C e r c a d e Hu sc i , j u n io 2

Ha s t a h o y , e n e s to s p r im e r o s d í a s d e l u c h a , e l e j é r c i t o r o jn o se h a e m p e ñ a d o a ú n . S u s m a s a s d e t a n q u e s , s u s u n i d a d e s m oto r i z a d a s , su s d iv i s io n e s d e a sa l t o , su s g r u p o s d e e sp e c i a l i s t a( q u e a u n e n e l e j é r c i t o , c o m o e n e l c a m p o d e l a p r o d u c c ió n i nd u s t r i a l , r e c i b e n e l n o m b r e d e s t a k a n o w z i , d e u d á m i k i ) n o h ae n t r a d o a ú n e n a c c i ó n . E s t a s q u e t e n e m o s e n f r e n t e s o n l a s a v a n

z a d a s p o c o n u m e r o sa s : su p l e n e l n ú m e r o c o n l a m o v i l i d a d y l ao b s t i n a c ió n . Po r q u e l o s so ld a d o s so v i é t i c o s s í s e b a t e n . L a r e t ir a d a d e l a s t r o p a s r o j a s d e B e s a r a b i a e s t á m u y l e j a n a d e t e n ee l c a r á c t e r d e u n a f u g a . E s u n r e p l i e g a m i e n t o g r a d u a l d e g r u p ol i g e r o s d e r e t a g u a r d i a , c o m p u e s t o d e a m e t r a l l a d o r i s t a s , d e e sc u a d r o n e s d e c a b a l l e r í a , d e e s p e c i a l i s t a s . U n a r e t i r a d a m e t ó d i c ad e l a r g o t i e m p o p r e p a r a d a . S ó l o e n a l g u n o s p u n t o s l a s h u e l l ad e l a b a t a l l a s e h a c e n m á s n o t o r i a s ( a l d e a s q u e m a d a s , c a r r o ñ ad e c a b a l lo s t i r a d a e n l o s h o y o s , c a m io n e s i n c e n c i a d o s , a lg ú n c ad á v e r a q u í y a l l á , p e r o p o c o s , e x t r a ñ a m e n te p o c o s , c o m o s i l at r o p a s s o v i é t i c a s t u v i e r a n l a o r d e n d e t r a n s p o r t a r s e c o n e l l a s a

s u s p r o p í o s m u e r t o s ) . S e a d v i e r t e n s e ñ a l e s d e u n a b a n d o n o n op r e d i sp u e s to , d e a lg o q u e r e v e l a l a so r p r e sa . ( Au n q u e se a c l a rq u e l o s r u so s n o f u e r o n so r p r e n d id o s p o r l a g u e r r a , a l m e n o s m il i t a r m e n t e ) .

Pe r o n o e s e l c a so d e a f r o n t a r u n j u i c io ; l a f i so n o m ía d e e s tod í a s d e l u c h a n o lo p e r m i t e . L a s b a t a l l a s s o s t e n i d a s h a s t a a h o rp o r l a s d i v i s i o n e s g e r m a n a s y r u m a n a s , s o n c o m b a t e s d e r e t ag u a r d i a . E l g r u e so d e l e j é r c i t o r u so d e l f r e n t e u c r a n i a n o n o e nt r a r á e n l a l u c h a , p r o b a b l e m e n t e , s i n o h a s t a l a p r o p i a l i n e a d er e s i s t e n c i a a l o l a r g o d e l D n i é p e r . T r a t a r á d e r e t a r d a r l a a v a n z ad a a l e m a n a a g r u p á n d o s e e n l a r i b e r a d e l D n i é s t e r , p e r o e l e n c u e n

t r o r e a l , l a b a t a l l a e n s í , n o t e n d r á l u g a r s i n o h a s t a l a l í n e a dD n i é p e r .

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Cerca de Stefanesti , junio 27.

He encontrado hoy un grupo de pris ioneros soviéticos. Bajaban de un camión frente a un centro del Comando táctico a lemán. Jóvenes, a l tos , pelados a rape, vestidos con una casaca decuero. Parecían más bien mecánicos que soldados. Me acerquéal más joven y le h ice a lgunas preguntas en ruso. Me miró s inre sponde rme . In s i s t í y me miró f i j amen te un momen to , con lo sojos fr íos y opacos. Después me dijo con algo de irr i tación en la

voz : "Nié magú, no puedo". Le ofrecí un c igarr i l lo : lo aceptó conindiferencia . Después de dos o tres fumadas lo arrojó a l suelo ,y como para excusarse de este acto insolente , casi para justif ica r se , me ha devue l to una son r i sa , t an ex t raña y humi l lan teque mejor hubiera preferido que me hubiese mirado con odio .

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I I I

O B R E R O S S O L D A D OS

Ribera izquierda del Prut, junio

En este inmenso espacio verde a lrededor, parece que casi se respira más e l o lor del hombre. (Sólo un cacho de cadáaquí y a l lá , cerca de las a ldeas, cerca de los agujeros y fosos donde los soldados soviéticos han resis t ido hasta lo ú lt imo:

casi un olor v ivo, un olor de cosa viva) . .Toda la noche, el cielo obscuro, pesado, ruidoso, un cielo p iedrecil las , ha aplastado la l lanura como la prensa de una fdic ión. En la mañana, en las ori l las del pantano, adentro del bque, e l campo alemán ha despertado con un estrépito de ta lNo es precisamente lo que pudiéramos l lamar un campo; s inovivac de máquinas d ispuestas en forma euadrangular en un l lacerca de la carre tera , una veintena de camiones y cuatro Pan

wagen pesados. Rápidamente , apenas despiertos , los soldados manes se han puesto a trabajar en los motores , con pinzas,nazas , desa rmadores , mar t i l lo s . Los e s to rnudos de l ca rbu raapagan los re l inchos de los caballos de un escuadrón de lancrumanos que pasaron la noche cerca del v ivac a lemán. Del p

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tano surge un sonido alegre de voces: son soldados a lemanesque se bañan, se avientan e l agua encima y corretean por la ori l la .Más a llá , los caballos rumanos en e l bebedero, hacen saltar e lfango alrededor de sus impacientes pezuñas. En el campamentorumano los soldados han encendido un fuego, preparan el café .Un cabo alemán, cubierto con una red de camouflage que le bajahasta las rodil las , camina con la cabeza baja entre las h ierbas,seguramente buscando algo. También los Panzerwagen y los camiones e s tán envue l to s en una g ran red camuf lado ra . Ramas de

árboles son puestas encima de los montones de cajas y barr i lesde gasolina puestos cerca del fogón.

Vestidos de negro, con las boinas vascas inclinadas sobre laoreja , (en la boina hay una placa de acero con una cabeza demuer to ) , lo s tanqu is ta s a lemanes van hac ia su s tanques y rev i san las orugas, tocando en las ruedas con unos pesados marti l los ,como hacen los ferrocarr i leros para verif icar los frenos. Algunossuben a los tanques y abren la portezuela superior , entrando ysaliendo del tanque. Un ta l ler portá t i l es tá montado bajo un granárbol. Un soldado hace girar la manivela del fuelle . Otro pegacon el marti l lo sobre e l yunque. Otros desmontan un motor yotros verif ican la presión de las l lantas con un manómetro . Unolor de aceite quemado , de ácido carbónico, de gasolina y de f ierroincandescente crea en e l bosque una part icular a tmósfera de patiode ta l ler . (Este es e l o lor de la guerra moderna, y mejor aún, dela gue r ra mo to r izada ) . Es necesa r io a le ja r se un cen tena r de pa sos para se ntir e l fuerte o lor de la orina de los caballos y del sudorhumano. Sentados sobre la h ierba, frente a sus t iendas, los soldados rumanos l impian sus carabinas, hablan entre e l los a vozalta y r iendo. Son todos jóvenes. Todos campesinos. Basta o ir leshablar , basta verlos como actúan, como se mueven, como caminan; basta ver como sostienen sus fusiles en e l puño, como desmontan el obturador, como ven el cañón de sus r if les , para com

prender que son campesinos.

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Sus ofic ia les , un capitán y dos subalternos, caminan de arr ibaa abajo en la ori l la del pantano, pegándose en las botas con susf u s t a s . (Bajo la ori l la de las botas , cerca de la rodil la , es ta pegada una roseta de oro que es e l d is t in tivo de la caballer ía) . Ungrupo de jóvenes campesinas se ha acercado al campamento,ofreciendo cerezas, fresas , cazos l lenos de una especie de yogurthque aquí l lamam os leche búlgara . Del cie lo l lueve un largo e i n tenso zumbido de insectos . Los soldados a lzan la v is ta . Son tres aviones soviéticos. Altís imos. Van hacia Husci . Durante la noche los

aviones soviéticos duermen. Se a lzan al amanecer y vuelan por ecie lo toda la mañana, hasta desaparecer cerca de mediodía . Regresan al ocaso. Van a soltar bombas sobre Jassy, sobre Galatzsobre Braila , sobre Tulcea, sobre Bucarest . También los a lemanes levantan la v is ta . Observan en s i lencio los aviones enemigosDespués se ponen a t r aba ja r nuevamen te .

Los veo trabajar , veo como mueven las manos, como tomalos objetos , como se encorvan sobre e l cofre . Son los mismosoldados que he vis to " trabajar" sobre las calles de Banato , frente a Be lg rado . Los mismos ro s t ro s f r ío s y a ten to s , lo s mismogestos calmados, lentos , precisos, la misma grave serenidad, l

misma desatención de todo aquello que no forma parte de su trabajo . P ienso que seguramente t ienen el mismo carácter técnicde esta guerra , eso que impone su esti lo a los combatientes . Máque soldados l is tos para combatir , parecen obreros trabajandoafanados a lrededor de una máquina compleja y delicada. Se agachan sobre las ametralladoras , aprie tan e l gati l lo , manejan lúcido obturador, toman la doble manija de un arma antiaérecon la misma delicada rudeza, quiero decir , con la misma brutdelicadeza con la cual aprie tan la tuerca de un tornil lo , controlacon la palma de la mano, con solo dos dedos, el movimiento dun cil indro , e l juego de un tornil lo , e l respiro de una válvula . S

len de las cúpulas de los tanques como si escalaran las escaleri l l

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de f ierro de una turbina, de una dínamo, de una caldera . S í , realmente parecen obreros trabajando en lugar de soldados en guerra .

Su mismo modo de gesticular , de hablar , de caminar, es aquelde los obreros, no de los soldados. Los heridos t ienen aquel a irequieto y un poco rabioso de los obreros heridos por un accidentede trabajo . Hay en su disciplina , aquella soltura , aquella s implic idad de modales que re ina entre los obreros de un mismo equipo . Su mismo espír i tu de cuerpo es un espír i tu de equipe, un es

pír i tu de conjunto y a l mismo tiempo de especialidad. Estánapegados a sus afecciones, a su conjunto, como obreros a susmáquinas: como electr ic is tas a su dínamo, como mecánicos a sutorno, a su caldera, a su laminadora. Sus oficíales son los técnico s ; los suboficiales son sus cabezas obreras, sus cabezas de grupo , ( los "maestros" de México(1). No hay ni s iquiera un ofic ia len esta pequeña columna de tanques. El grupo de Panzerwagenestá comandado por un sargento . Un cabo comanda los veintecarros . Son todos obreros especializados. Quiero decir que sonespecializados en su trabajo: saben todo aquello que deben hacer ,dónde deben ir , cómo deben comportarse en cada c ircunstancia .

Ahora la columna está l is ta para part ir . Los mecánicos ya-

l lenaron los tanques de gasolina, tres Panzerwagen se han puestoa la cabeza, el cuarto a la cola. Los motores, al mínimo, resuenandulcemente . El motociclis ta mensajero no ha regresado aún. Elsargento ordena apagar los motores . Todos se s ientan sobre lahierba, se ponen a comer.

El sol apenas salió , e l bosque suena maravil losamente por e lcanto de los pájaros, las hojas de los árboles se coloran de rosa,el agua del estanque se tiñe de verde poco a poco. Los troncosde los árboles re lumbran, parecen barnizados de fresco. Los soldados me invitan a comer con ellos , me s iento sobre la h ierba,e l cabo exprime sobre una rebanada de pan negro un poco de

1 ) . — I . de l T .

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queso de un tubito de estaño , (parece e l tubo de un dentr íf ico)lo coloca sobre el pan con un cuchillo. Me pongo a comer con ellHe dejado en el camión una botella de zuica, que es un vino mano hecho de c iruela . "¿Quieren un poco de zuica?". Los sdados comen y beben sonriendo y hablando, y a l ra to me dcuenta de que hay un extraño sentado en medio de e llos , un vencil lo rubio , de cabeza rapada, vestido con un uniforme kaUn p r i s ione ro .

Es c ier tamente un obrero . Tiene la quijada dura , los labgruesos, los o jos con las cejas salientes . La expresión del roses .obstinada y a l mismo tiempo dis tra ída. Por a lgunas pequeseñales me doy cuenta que los soldados a lemanes lo tra tan cuna levís ima señal de respeto: es un ofic ia l . Le hablo en ru" N o , gracias , no tengo hambre". Acepta solamente un poco zuica . "Ah, ¿ sabe hablar e l ruso ?, me dice e l sargento . "Estepo no sabe una palabra de a lemán. No podemos hacernos entder" . Pregunto en donde lo aprehendieron. Ayer en la nochela mitad del camino, tranquilamente . Apenas vio los tanques hun gesto como diciendo: "Es inúti l" . Estaba armado con pis toNo tenía ya cartuchos. Mientras hablo con el sargento , e l pris

nero me mira f i jamente como si quis iera adivinar lo que decimUn rato después, a largando la mano y tocándome en el bra"Hicimos todo lo posible" , d ice . "Mis hombres se batieron. Squedamos dos", agrega arrojando el c igarr i l lo . "El o tro mupor e l camino". Le pregunto s i e l o tro era un soldado. "Sí, un soldado", responde viéndome sorprendido. "Era un soldadrepite , como si sólo ahora com prendiese e l sentido de mi preg un

Nos ponemos a d iscutir , yo hablo despacio , buscando las labras rusas; e l pris ionero me responde despacio , como si bcase también las palabras , pero por una diversa razón. Sus odesti lan desconfianza, d ir ía que desconfía hasta de é l mismo,sólo de mí. Le vuelvo a preguntar s i quiere comer a lgo. Sondice: "Sí, con mucho gusto . Desde ayer en la mañana estoy

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ayunas". El cabo le ofrece un pedazo de salchicha entre dosgruesas rebanadas de pan. "Ocin spassibo, gracias" , d ice e l pris ionero . Se pone a comer ávidamente , f i jando los o jos en la oruga de un tanque. El sargento que comanda el grupo de los Pan-zerwagen s igue la mirada del pris ionero y después sonríe y exclama: "Ach!". Se levanta , saca de una bolsa una l lave inglesa ,se agacha sobre la oruga, aprie ta un tornil lo y todos los soldadosríen , hasta e l pris ionero r íe . Está un poco desconfiado, le parecehaber cometido algo que no debía, algo como una indiscreción, ledisgusta haberse dado cuenta del tornil lo f lo jo . "Gracias" , le grita e l sargento . El pris ionero enrojece, también él r íe . Le pregunto s i es un ofic ia l de carrera . Me responde que s í . Despuésme agrega que ha entrado en e l e jército sólo de hace dos años."¿Y p r imero?" , l e p regun to . P r imero e s taba t r aba jando en untaller mecánico de Charcow, en Ucrania .

Es un s takanovista , un udarnik , es to es , un "atrevido del trabajo". Para premiarlo , lo han hecho entrar en una escuela ofic ia l . Los grupos motorizados del e jército soviético están l lenosde ex-stakanovistas de la industr ia mecánica. "Es un pecado",dice e l pris ionero , "privar a la industr ia de sus mejores e lemen

t o s " . Mueve la cabeza, habla lentamente , como con un imperceptib le acento de aburrimiento en la voz. Habla como si ya estuviese separado de todo. No puedo hacerme una idea de lo que piensa,de lo que s iente en este momento.

Mientras d iscutíamos, regresa e l motociclis ta mensajero . "Va-monos", d ice e l sargento . El pris ionero se levanta , se pasa lamano por su cabeza rapada, ve con profundo in terés los Panzer-wagen, los camiones. S í , ahora comprendo. No le importa másnada de todo el resto , aquello que le in teresa es solamente lamáqu ina . Obse rva a ten tamen te la s o rugas , l a s cúpu la s ab ie r ta s ,l a s ame t ra l lado ras an t iaé reas mon tadas sob re la s p la ta fo rmas delos camiones, los cañoncil los anticarro t irados a remolque. No es

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un ofic ia l : es un obrero . Las máquinas, y no hay nada más quele in terese .

"Vamonos", d ice e l cabo. Le pregunto qué harán con el pris ionero . "Lo consignaremos al primer Feldgendarme que encontremos", me responde, "Hasta luego", ' d igo a l pris ionero . Me dice "Dosvidania", después me extiende la mano, me la aprie ta , yse acomoda sobre un camión, la columna se pone en movimiento ,entra en la carre tera , se a le ja sonando, desaparece.

Los caballos del escuadrón re linchan, p isotean impacientes ,aplastando con la pezuña la bri l lante h ierba verdís ima. A unaorden de los ofic ia les , los soldados montan las cabalgaduras . Elescuadrón se abre paso, "La revedere", gri to . "La revedere", meresponden los soldados. El cañón llama, a voz baja, desde alláabajo , en e l cercano horizonte .

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IV

M A S A L L Á D E L P R U T

Shante-B ani , en Bes arab ia , j u l io 9 .

El t iempo era incier to, un viento vivido y f r ío soplaba ayer ,s i lbando en las inmensas extens iones de juncos , en donde pas tanmanadas de bueyes y grupos de cabal los . Después de cinco horasy medía, como a las diez, es tába mos cerca de Stefan es t i (de Jascia Stefanes t i , por cerca de ochenta ki lómetros , la carretera sedesenvuelve a lo largo de la r ibera derecha del Prut , en la cres tadel amplío val le pantanoso que sólo hace unos pocos días era. laseñal f ronter iza entre Rumania y Rusia) y ya se entreven, enla nublada mañana, toda manchada de sol los techos de laminade aquel gran caser ío, cas i una ciudad, cuando el ruido de motor es , y el sonido caracter ís t ico de los proyect i les de la defensaantiaérea, nos aconsejan detenernos y esconder los camiones bajoun grupo de á rbo les . Des pués de a lgunos ins t an tes , l as . p r ime-ras bombas soviét icas explotaban al lá abajo, f rente a nosotros ,entre las casas de Stefanes t i . Era un bombardeo violento, ins is

t e n t e : que terminó solamente porque en el cielo se perf i laron losapara tos de una pa t ru l l a de " Mes s er s chmi t t " . La ba ta l l a aér ea

~ 3 Ó —

se desenvuelve entre las densas nubes , fuera del alcance de nuestra mirada, alejándose hacia el cielo de Besarabia. Así podemoponernos nuevamente en movimien to y en t r amos a S tef anes t i .

De aquel la graciosa ciudad del Prut , no ha quedado ya, después de los continuos bombardeos soviét icos , más que un montón de ru inas humeantes . Muchas cas as a rden ; en l as des ie r t acal les , grupos de soldados alemanes pasan l levando camil las piados amente cub ier t as con t e l a encerada ; en una p lazue la , de t r á

de l a ig l es i a , dos g randes au to t r ans por tes germanos , bombardeados de l leno, no eran ya s ino una masa de f ierros retorcidos . Unagran bomba hab ía ca ído prec i s amente a l a en t r ada de aquel lespecie de jardín que hay alrededor de la igles ia, a pocos pasodel pequeño cementer io en donde duermen los soldados alemanevíct imas de los bombardeos de los úl t imos días . De pie, al centrodel crucero, el Feldgendarme es taba r ígido, inmóvil , con el ros troinundado de s angre : no s e hab ía movido de s u pues to .

" ¿Para i r a l puen te?" , l e p r egunto . Levan tó s u bandera b lanca y roja, extendiendo el brazo en la dirección del puente. Y avoltearse, notó cinco o seis muchachos , el mayor tendr ía unos diez

años , que se habían reunido, l lenos de miedo, en la puer ta delcafé que es tá en la esquina de la cal le. (En el letrero que colgabade la puer ta, leo maquinalmente: "Café Central de lancu Lieber-man") .El inter ior aparecía des truido, un poco de humo sal ía dela puer t a . " Weg, Weg, Kinder I" gr i tó e l Fe ldgendarme con vozdura pero al mismo t iempo bonachona. Sonreía y se secaba conel dorso de la mano el ros tro ensangrentado. A aquel la voz, losmuchachos huyeron en s i lencio, se escondieron entre las ruinasde una casa cercana. El Feldgendarme nos dice r iendo que es taban todo el día mirándolo mover los brazos , agi tar el bander ín,vol tearse para dejar vía l ibre. "No se van ni s iquiera cuando l lue

ven l as bombas " , agrega . " Me t i enen más miedo a mí que a la sbombas s ov ié t i cas : apenas vo l t eo l a es pa lda . . . " . Y en e f ec to , lo s

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chicos estaban allá , asomándose con cautela tras un muro en ruin a s . "Nichts zu machen", d ice e l Feldgendarme r iendo.

Los puentes que había sobre e l Prut para Stefanesti , erandos , construidos de gruesas v igas de madera: a l in ic io de lashosti l idades, los rusos los volaron. Y parecía que la destrucciónde los dos puentes había hecho imposible a los alemanes el pasodel r ío . Y en efecto , en este sector , las tropas germanas no semovieron en los primeros días de la guerra . Ni s iquiera un disparo de cañón, n i s iquiera un t iro de fusil part ía de la r ibera

rumana contra la soviética . Todo un id il io . La guerra aquí se desenvolvía en e l a ire , entre los aeroplanos soviéticos que bombardean Stefanesti y las formaciones de cazas germanos apoyadospor la "Flak". Pero anteayer, in tempestivamente , los ingenierosalemanes, tranquilos bajo e l fuego ruso, se metieron a construirun puente de barcazas. Y tres horas después de in ic iado el comb a t e , los tanques de una divis ión Panzer recorrían la r ibera soviét ica .

Atravesamos esta mañana el puente de barcazas, cerca de lacual la organización Todt está ya construyendo un segundo puent e . Si b ien perturbados a lgo por los continuos bombardeos aéreos,e l trabajo prosigue rápido y ordenado, como si las tropas soviét icas estuvieran a c ien kilómetros de dis tancia: y no están a másde una veintena de kilómetros, a l lá abajo , tras las colinas .

Pasamos bajo e l rústico arco tr iunfal adornado con la hoz yel martillo, que los bolcheviques alzaban en cada puesto suyo dela frontera.. Ni una casa de las aldeas so viéti ca, sutes de Stefanesti,

aparece destruida. Los a lemanes han deseado respetar las casasde aquellos pobres campesinos rumanos de Besarabia; han pasado el r ío s in d isparar un solo t iro de art i l ler ía , con una audaciafr ía e insolente . Una decena de blancas cruces de acacia estanalineadas a un lado de la calle , entre la in tacta a ldea. Me detengoa leer los nombres de los caídos: son todos muy jóvenes, mucha

chos de veinte a veintic inco años. Los soldados a lemanes bajan

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de sus camiones, cortan flores del campo y las colocan sobre tumbas de sus compañeros.

Miro a lrededor. Las casas de la a ldea son l indas, con sus predes b lancas por la cal , con los techos de paja .Los marcos las ventanas son de madera ta l lada a mano, con bellos adorntallados. Grupos de mujeres y muchachos, de pie tras las cercdel pequeño jardín que c ircunda a cada casa , miran pasar la clumna motorizada. Los vie jos , sentados en los portones, es tquietos , la cabeza l igeramente agachada sobre e l pecho. No hjóvenes, n i hombres de tre in ta a cuarenta años. Muchos niñomuchos muchachos, muy jóvenes y no s in gracia en sus vestidde colores v ivos, con la frente cubierta por un pedazo de tb lanca o ro ja . Todos t ienen los o jos sonrientes , pero e l rostr o epálido, de una tr is teza casi dura . No es la palidez del hambsino un sentimiento que no sabría explicar en palabras . Es toun complejo moral , del cual , quizás yo hablaré en seguida, cuado yo mismo haya podido comprender e l secreto de aquellos o jsonrientes en aquel rostro pálido y tr is te .

Es maravil loso ver pastar a las bestias en los prados, los b ios campos de mieses ondulantes a l v iento , las gall inas escarb

entre las orugas de los tanques, en e l polvoriento camino. Habmos dejado hace poco la r ibera rumana cubierta de fango, y aqencontramos el polvo. Y esto depende, creo, del hecho de que r ibera rumana es baja , pantanosa, en contraste con la r ibera viética, que se eleva poco a poco asi amplias ondulaciones por linm ensos circuios de un anfiteatro de colinas cub ier tas de fo r rjes y bosques.

Apenas fuera de la a ldea, es tá parada la columna motorizaalemana con la cual debemos proseguir hasta la l ínea de fuego.

Hacia mediodía , la columna se pone en movimiento . Una t ís ima nube de polvo se levanta a nuestro paso, ofusca e l verde las colinas, parec e el hum o de un gr an incendio. Las columnde vanguardia nos preceden de pocas horas , las señales de bat

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l la , a lrededor nuestro , es tán , se puede decir , aún calientes . Y sonlas señales de encuentros rápidos y v iolentos, más bien que lastrazas de combates reales y verdaderos. El a taque alemán eneste sector ha progresado lentamente , pero s in obstáculos: superando con alternativa continua de maniobras y de choques, lamovilidad de la defensa rusa , que, apoyada por tanques, lanzafrecuentes contraofensivas contra la cabeza y los costados de laco lumna .

Pero son contrataques conducidos débilmente , más para retardar , que para detener la marcha a lemana. Parece, aun así ,que desde e s ta mañ ana la s t ropa s sov ié t ica s reacc ionan con ma yorviolencia sobre las colinas al este y al norte de Zaicani, a unadecena de kilómetros de aquí. El ru ido de la ar t i l ler ía , que seacompaña por las explosiones secas de las baterías antiaéreas ,se hace de tanto en tanto más ronco.

Procedemos con lenti tud. Ya sea por la confusión del tránsit o , sea por salvar los obstáculos que los rusos en re tirada hansembrado en e l terreno. De vez en cuando la carre tera se ve obstru ida por e l crá ter de una mina. (Alrededor, en un gran radio ,carrocerías de carros deshechas por la explosión, motocicle tasretorcidas, cascos de acero esparcidos en la h ierba) . Palmo a palmo vamos subiendo por la c ima de la colina que está sobre Stefa-nesti , e l terreno viene mostrando más frecuentes y profundas lashuellas de la lucha. Cada metro está deshecho por los agujerosde los proyecti les . Hasta que en una curva, cargado a un lado, enla ori l la de la carre tera , se nos aparece un tanque soviético , laslargas bocas de sus cañones apuntan hacia e l valle . Es aquí donde la bata lla se ha adelantado largamente , rabiosa y tenaz. Eltanque ruso estaba solo , apoyado por exiguos grupos de fusilerosdel Turkestan, a tr incherados aquí y a l lá en los campos de tr igoy en los bosques. Parece casi que el aire esté lleno del sonido de

la s explosiones, suspendido sobre nosotros con aquella v ibraciónlarga que s igue a las roncas explosiones de art i l ler ía . Nubes de

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pequeños pájaros grises vuelan rozando el tr igo junto con unalluvia de balas de ametralladora .

Durante e l breve a lto , impuesto por una de las tantas in terrupciones de la carre tera , bajamos a observar e l terreno de lalucha. El tanque soviético está part ido en un lado, del cual sa lenlos in teriores de hierro re torcido. Por todos los lados que buscamos ni un cadáver ruso. Las tropas bolcheviques, cuando es posible, se l levan con ellas sus propios muertos . S iempre les quitan

los papeles que llevan consigo y los distintivos de los batallonesa que pertenecen, un grupo de soldados a lemanes se re tarda paraobse rva r e l t anque . P a rece que a s i s ten a una jun ta , a una reu nión de expertos . Aquello que in teresa sobre todo a los soldadosalemanes, es la calidad del materia l enemigo y e l modo como ésteviene s iendo usado sobre e l terreno: es la técnica soviética , quiero decir , en su doble aspecto industr ia l y táctico . Observan laspequeñas tr incheras cavadas por los rusos, los casquil los de loscartuchos, los fusiles abandonados, los agujeros de las granadasen torno al tanque, examinan el acero del vehículo , e l mecanismo de sus dos cañon es, y mue ven la cabeza diciendo: "Ja , jaabe r . . . " . E l sec re to de l éx i to a lemán e s tá en g ran pa r te en e s t e " ab e r . . . " , en e s te "pe ro . . . " .

Nuestra columna se pone nuevamente en movimiento , sa lende nuevo batallones de infantería , trenes de art i l ler ía , escuadrones de caballería. El ruido de los motores rasga la roja nube depolvo que cubre las colinas . Fríos rayos de sol cortan aquel densoholl ín y brincan sobre e l acero de los carros , sobre la grupa delos caballos b lancos de espuma. Heladas ráfagas de viento formanen el polvo bodoques cortantes de t ierra . La boca se l lena de arena, los o jos arden, los párpados sangran. Estamos en ju lio y e lfr ío es in tenso. ¿Cuántas horas hace que estamos en camino?¿Cuántos k ilómetros habremos recorrido? Es ya e l ocaso, la hu

medad de la noche inminente hace más pesadas las nubes de polvo , empaña el acero de los carros . El cañón pega en e l horizonte

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como un inmenso madero. El ru ido se acerca, se a le ja , en un interno cambio de ecos sonoros sofocados.

A cierto punto , un motociclis ta transmite a la columna la orden de detenerse y de disponerse a l descanso en un prado quecircunda la carre tera , a la entrada de un bosque. En breve t iempo la columna asume la formación prescri ta para la s iesta noctur-na. Un rumor de motores baja del c ie lo sobre las colinas y sobrelos valles ya húmedos de sombra. "Allá abajo se combate", medice e l teniente Lauser , un joven de Lipsia , de espaldas a t lé t icas

y juveniles o jos tras los gruesos anteojos de miope (es Dozeflten cualquier universidad s i no me equivoco), y me señala unpunto del próximo horizonte donde la nube de polvo es más a lta ,más densa, parecida a l humo de un incendio .

Una noche verde se posa l igera sobre los árboles y e l tr igo.P o r la ca r re te ra pasan a lgunas ambu lanc ia s ca rgadas de he r idos .¡ Cuan diversos los heridos de esta g uer ra de aquellos de la gu err ade hace veintinco años! Lo he dicho otra vez: parecen obrerosvictimas de un accidente de trabajo , más bien que soldados her idos combatien do. Fum an en s i lencio , un poco pálidos. Un autobús de la C.F .R. de Budapest , so lic i tado por e l servicio sanita

r io , se detiene por a lgunos instantes cerca de nuestra columna-Está l leno de heridos l igeros, muchísimos t ienen la cabeza vendada. Un tanquista a lemán t iene los dos brazos vendados hastalos hombros. Un compañero le mete entre los labios un cigarr i l loencendido. La amplia boina vasca de paño negro, inclinada sobreel ojo. E l tan qui sta , fuma en silencio, viéndose. por todos lados.Sedir ía que no sufren. Seguramente e l dolor no puede nada sobreaquellas a lmas ín timamente dis tra ídas del sufr imiento de las her idas , sobre estas a lmas ausentes , secretamente absortas . Pasanaquellos rostros pálidos en la noche verde.

Los soldados de nuestra columna se s ientan sobre la h ierba,comen rebanadas de pan con mermelada, beben el té que han l le

vado en los termos, gri tan , bromean entre e l los , hablan en voz

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baja . No hablan de la guerra . He observado que no hablan jamáde la guerra . Cantan, pero casi s iempre por cuenta propia , no encoro. Terminado el breve refr igerio , se meten alrededor de locamiones, aprie tan tornil los , tuercas , lubrican los engranes, sacuestan bajo e l v ientre de los carros a verif icar , a a justar . Después, cuando ha l legado la noche, se envuelven en las cobijasdurmiendo sobre los asientos de sus respectivos carros . Me envuelvo también yo en mi cobija , tra to de dormir .

Un fulgor nace poco a poco, y es el fulgor de la luna. Yo pien

so en la re t irada de las tropas soviéticas , en aquella tr is te solitar ia , desesperada lucha suya. No es la c lásica re t irada rusaaquella de Guerra y Paz, la re t irada en e l fragor de los incendiossobre las calles l lenas de fugit ivos, de heridos, de armas abandonadas. Es esta una re tirada, que deja en e l a ire la fr ía , vacía ,desierta a tmósfera de los patios de las fábricas después de unahue lga f ru s t rada . Cua lqu ie r a rma po r t i e r ra , cua lqu ie r indumento , cualquier parte de la armazón de un camión.Una eno rme hue lga y f ru s t rada . No hay segu ramen te , en e s tecampo de batalla , n ingún And rea Wolkonski extendido en e l tr igo , como en la noche de Austerl i tz : s ino sólo a lgún s takanovistade los tanques, a lgún fusilero del Turkestán. Al ra to , o igo pasar

gente por la carre tera . Después, de improviso , una voz ronca, unavoz tr is te . Habla en ruso y dice: "Niet , n ie t" , con insis tencia , como un g r i to , d ice : "Nie t" , (no ) , como una p ro te s ta . E l p i so teose a le ja . No puedo ver la cara de los pris ioneros, y poco a pocome adormezco, me sumo a ojos cerrados dentro de la voz decañón.

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V

T É C N I C A Y M O R A L O B R E R A

Zaicani, en Besarabia , ju lio 6 .

Ayer , mien t ra s nues t ra co lumna avanzaba de l P ru t hac iaShant e-Ba ni, en un paisaje verde orlado de nube s rojas (era np rec isamen te nubes ro ja s , pa rec ían anunc io s de p ropaganda co munista pegados en e l c ie lo) , y se desenvolvía en torno a mí, so

bre la pantalla de campos de tr igo, en aquella maravil losa r iqueza de tr igo ya l is to para la cosecha, e l escuálido f i lm del campode batalla , esparcido de tanques soviéticos reventados por lasgranadas, de carros arruinados, de fusiles ro tos , de casquil los deca r tuchos , me d i je que has ta c ie r to pun to é s ta no e s una gue r racomo la s o t ra s , y que segu ramen te la t a rea de un a ten to obse r vador, de un test igo sereno y objetivo de esta campaña de Rusia"modelo 1941" , debe r ía se r mucho más d ive rsa de la misma ta reade un test igo sereno y objetivo de cualquier o tra guerra .

Me he dicho que aquello que importa no es describ ir los armazones de los tanques, las carroñas de los caballos , las señales ,

en suma, de la bata lla , las cuales se presentan a la mirada, s inode in tentar captar e l s ignif icado profundo, e l sentido secreto de

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esta guerra s ingular , de poner en luz su part icular , inconfundible carácter; de notar objetivamente , s in inúti les y estúpidopartidarismos, todos los e lementos caracterís t icos de esta guerraelementos que no se encuentran en ninguna de las campañas combatidas hasta ahora en Polonia , en Francia , en Grecia , en Áfricaen Yugoeslavia . Carros destruidos y caballos muertos , pensabase encuen t ran en todos los campos de batalla . Son los e lementoinevitables de cada guerra . Pero para poder proporcionar a l lector los e lementos de un objetivo ju ic io moral , h is tórico , socia

humano, más bien que estra tégico, hay mucho más que decir de otro in terés , sobre esta campaña contra la Rusia soviética .

La primera cosa a poner en c laro , es que no se tra ta de unguerra fácil , de un enemigo fácil . Un eventual ju ic io moral sobrel Estado soviético , no contrasta con el reconocimiento de laenormes dif icultades a las cuales e l e jército germano debe hacef ren te en e s ta gue r ra . Las t ropas sov ié t ica s comba ten á spe ramente , se defienden con tenacidad y bravura . Se agrega queaun s i las d ivis iones rusas se re t irasen s in oponer resis tencia , lavanzada alemana en este frente no se desenvolvería con r i tmdiverso . Es ya un milagro que se logre avanzar pocos kilómetro

al d ía sobre este espantoso terreno.Ayer he temido, en c ier to punto , que nos debiésemos detene

renunciar a seguir adelante . Imagínese millares y millares dau to t ranspo r te s , ( t anques , r emo lques de a r t i l l e r ía pesada y l igera , tanques de gasolina, convoyes de municiones, carros hornocarros calderas , ambulancias , carros antiaéreos, e tc . , e tc . ) , imagínese que estos millares y millares de carros pesados encolumnados sobre estrechos senderos del campo, donde se entierrhasta la rodil la en una arcil la negra , durís ima, v iscosa, e lást icaque los soldados a lemanes l laman Buna, con el nombre del husinté tico . A las d if icultades del terreno, agregúese una defenssoviética movidís ima, obstinada, empeñosa y técnicamente ef ica

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y después juzgúese s i es to no es bas tante para expl icar las dif i cul t ades de l a avanzada a l emana.

Para comprender , de o t r a par t e , l as r azones verdaderas de l ainfer ior idad del ejérci to ruso en comparación al alemán, no esabsolutamente necesar io r ecur r i r a los argumentos polémicos : a lcómodo s is tema (al cual no recurr i ré nunca por ninguna razón)de denigrar al adversar io o descr ibir lo vi l o inepto. Basta ver decerca es t a hor r ib l e máquina de guer ra que es e l e j ér c i to a l emán.

Estaba es ta mañana parado en la or i l la de la col ina que baja ala aldea de Zaicani . Adelante de nosotros volaba la nube de polvorojo de la batal la. El cañón t ronaba s in reposo. Formaciones aér eas a l emanas y sovié t i cas g i r aban a l t í s imas sobre nues t r as cabezas , ent r e enormes nubes b lancas .

Y allá abajo, a los lados de la colina, al fondo del valle, sobrela pendiente opuesta, por mil lares y mil lares , en todo lo que podíaabarcar mi mi rada, aquel lo que yo veía avanzar l entamente , noera un ejérci to, s ino un inmenso tal ler ambulante, un formidablees tablecimiento metalúrgico móvil . Era como s i las mil chimeneasy las mil grúas , y los mil puentes de f ierro, los miles de cas t i l los

de acero, los miles de ruedas dentadas , los miles y miles de engranajes , los cientos y cientos de al tos hornos y laminadoras detoda la Vestfal ia, de todo el Ruhr , se hubiesen puesto en movimiento por la inmensa extensión de los campos de t r igo de la Be-sarabia. Era como s i un enorme Tal ler Krupp, una formidableEssen, caminasen al asal to de las col inas de Zaicani , de Shofron-cani y Bratosceni . No tenía bajo los ojos un ejérci to, s ino unagigantesca fábr ica de acero, en donde una mult i tud de obrerosaparecía a t enta a l t r abajo , en un orden que en todo momento es condía a los ojos la inmensidad del esfuerzo. Y aquel lo que másmaravi l laba, era el ver es ta gigantesca fábr ica móvil de acero,dejar a su paso no ru inas humeantes , no montones de escombros ,no campos destruidos , s ino aldeas serenas e intactas extensionesde sembradíos de t r igo .

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Es ta ba cercano a l so ldado Kar l , a r t i ll ero ant i car ro . "Lo s ro jose ret i ran" , me di jo Karl , señalándome la nube roja que se levantaba al es te de Bratosceni , a cinco o seis ki lómetros adelante denosotros , sobre la col ina que es tá t ras Zaicani . Al pr incipio, pensque fuera una nube de humo; que los rusos , r e t i r ándose , i ncendiaran campos y aldeas . "Nein, nein" , exclamó Karl moviendo lcabeza. No, no, los rojos no destruyen los campos y las aldeas . Nimplica ningún elogio a las t ropas soviét icas el hecho que el lorespeten las cosechas y las aldeas . Es la misma técnica de laguerra moderna que respeta los campos. Sólo las ciudades es tánexpuestas a las ofensas . Las ciudades con los centros de conjunción o de producción, de los medios técnicos , de los mater ialesde l as máquinas , e t c . Son e l l as mismas una máquina de guer raLos ejérci tos modernos dir igen su mira a des truir el complemento técnico adversar io: no los campos, no las aldeas . Es la máquina, en el sent ido exacto de la palabra, quien destruye la máquinaenemiga. Apagado e l f r ago r de l a bata l la , pasada l a g igan tescfábr ica móvil de acero, se oyen nuevamente, como después de latempestad leopardina, las voces de los animales , el murmullo delos vientos en los campos de t r igo.

Ayer en l a mañana, apenas a t r avesado e l Prut , y ayer en lnoche en Shante-Bani , las vacas rozaban con los cuernos las paredes de acero de los tanques pesados , las gal l inas rascaban entrelos orugas de los tanques . Los puercos gruñían en los pat ios . Loscampesinos ofrecían a los soldados largas rebanadas de pan blanco . Pocas horas hace, en una aldea cercana a Zaicani , un puercoha terminado bajo las ruedas de un camión. Algunos soldados sehan r eunido a l r ededor del cerdo muer to ; s e veía que " se mor íande las ganas de l levárselo para comerlo f r i to, y se lo l levaron, dehecho, después de haber compensado al propietar io, un viejocampesino, con cualquier centenar de lei . Parecía a todos un he

cho natural , y al campesino antes que a los otros , aquel t ranqui lomercado, aquel pacíf ico contrato, al margen de la batal la.

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L o s s o l d a d o s , r e c o g i d o e l p u e r c o , s e r e g r e s a r o n r i e n d o a s u st r a n s p o r t e s , c o n a q u e l l a s i m p l i c i d a d e n l a a l e g r í a q u e e s c a r á c t e rm á s v i s i b l e e n e s t o s s o l d a d o s - o b r e r o s . M e s o r p r e n d í a p r o f u n d a m e n t e , d e p a r t e d e e l l o s , a q u e l r e s p e t o c a s i o b v i o d e l o s d e r e c h o sd e l o s c a m p e s i n o s y , d e p a r t e d e l o s c a m p e s i n o s , a q u e l a c e p t a rs i m p l e m e n t e , t a m b i é n c o m o c o s a o b v i a , el r e c o n o c i m i e n t o d e s u sd e r e c h o s . Y s e g u r a m e n t e r e g í a s o b r e t o d o e s t o , n o s o l o u n p r i n c i p i o m o r a l , s i n o l a m i s m a i n f l u e n c i a q u e t i e n e s o b r e l a m o r a ld e l p u e b l o l a p r e c i s i ó n d e l a t é c n i c a m o d e r n a , d e l a m á q u i n a , d e l

t r a b a j o i n d u s t r i a l . P o r q u e e s t á f u e r a d e d u d a q u e e n l o s s o l d a d o s- o b r e r o s , l a t é c n i c a a c a b a p o r i n f l u i r p r o f u n d a m e n t e s o b r e s u sp r i n c i p i o s m o r a l e s , p a r a c o n v e r t i r s e e l l a m i s m a e n u n e l e m e n t om o r a l .

H a b í a m o s d e j a d o s ó lo p o c a s h o r a s a n t e s l a a l d e a d e S h a n t e -B a n i , y y a l o s e s p e c i a l i s t a s d e l g e n i o t r a b a j a b a n p a r a e x t e n d e ru n a l í n e a t e l e f ó n i c a s o b r e e l c a m i n o d e l a a v a n z a d a , i n m e d i a t a m e n t e a e s p a l d a s d e l a s c o l u m n a s d e v a n g u a r d i a . E s c u a d r o n e s d es o l d a d o s e s t á n c o r t a n d o , c o n u n a s i e r r a p o r t á t i l , m o v i d a p o r u np e q u e ñ o m o t o r d e e x p l o s i ó n a p l i c a d o a l m a n g o , t r o n c o s d e a c a c i a ;o t r o s , c o n u n a p e q u e ñ a h a c h a , q u i t a n l a c o r t e z a a l o s t r o n c o s ;

o t r o s l o s d e s p u n t a n ; o tr os l o s p e r f o r a n c o n u n b a r r e n o p a r a i n t r o d u c i r l o s a i s l a d o r e s d e p o r c e l a n a ; o t r o s , e n t a n t o , e x c a v a n , ar e g u l a r d i s t a n c i a u n o d el o t r o , l o s a g u j e r o s d o n d e p l a n t a r á n l o sp o s t e s ; y e n b r e v e , u n a l a r g u í s i m a h i l e r a r e c t i l í n e a d e p o s t e sb lancos , co r ta l a co l ina , e l va l l e , l a co l ina de en f r en te , a t r av ies ae l b o s q u e , d e s a p a r e c e a l a m i r a d a e n d i r e c c i ó n a S t e f a n e s t i . . Y y a ,t r e p a d o s e n l a p u n t a d e l o s p o s t e s , c o n l o s z a p a t o s d e n t a d o s e nl o s p i e s , l o s i n g e n i e r o s e x t i e n d e n e l b r i l l a n t e a l a m b r e d e c o b r e .E s u n t r a b a j o d e l c u a l n o s e s a b e s i a d m i r a r m á s l a r a p i d e z , l ap r ec i s ión o e l o rden .

D o n d e l o s i n g e n i e r o s e s t á n p l a n t a n d o e n e l h o y o e l ú l t i m o p o s

t e , a q u e l m á s c e r c a n o a n o s o t r o s , u n g r u p o d e s o l d a d o s i n t e n t ae x c a v a r l a s f o s a s d e u n p e q u e ñ o c e m e n t e r i o . C o n s t r u y e l a s c r u -

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ces de b lanca madera de acac ia , e in s c r ibe s ob re l a s c ruces , coun f i e r ro a rd iendo a l r o jo v ivo , lo s nombres de lo s ca ídos ; y log e s t o s d e e s t o s s o l d a d o s , s u s m o v i m i e n t o s , t i e n e n l a m i s m a a rm o n í a , l a s m i s m a s i m p l i c i d a d , q u i e r o d e c i r l a m i s m a p r e c i s i ó nd e l o s g e s t o s y m o v i m i e n t o s d e l o s i n g e n i e r o s q u e c o n s t r u y e n ll í n e a t e l e f ó n i c a ; o d e a q u e ll o s m e c á n i c o s , a h í c e r c a , q u e e s t á n r ep a r a n d o u n m o t o r ; o d e a q u e l l o s a m e t r a l l a d o r i s t a s q u e u n e n l ap a r t e s d e u n a a m e t r a l l a d o r a a n t i a é r e a s o b r e a q u e l c a m i ó n c e r c ano a mí . H ay en lo s ges to s , en lo s mov imien tos de todos es to

s o l d a d o s , u n a m i s m a c l a r i d a d , u n a m i s m a s o b r i e d a d , q u e a m í mp a r e c e n el r e f l e j o d e u n a h u m a n i d a d n o f u n d a d a s o l a m e n t e es en t imien tos , s ino en un p r inc ip io mora l un ido a l a t écn ica , qu ie rd e c i r , a l g o d e p r o f u n d o y a l m i s m o t i e m p o a b s t r a c t o , a l g o dp r o f u n d a m e n t e í n t i m o y p u r o .

A r r i b a m o s a Z a i c a n i e n l a s p r i m e r a s h o r a s d e l a t a r d e . L at r o p a s s o v i é t i c a s h a n d e j a d o l a a l d e a h a c e p o c a s h o r a s s o l a m e nt e . M e pongo a pas ea r en t r e l a s cas as y lo s huer to s . En l a o r i l l aque es tá t r a s l a be l l a ig les i t a b lanca , de l a s cúpu las de l a tón c la roc e n t e n a r e s d e á n a d e s s e m e c e n i n d o l e n t e s e n t r e l a s a l t a s h i e r b aa c u á t i c a s . M a n a d a s d e c a b a l l o s p a s t a n e n l o s p r a d o s , l a s g a l l i n ar a s c a n e n e l s u e l o , l a s v a c a s f o r m a n , e n e l v e r d e , b l a n c a s m a n c h as o b r e l a p e n d i e n t e d e l a c o l i n a . P a n d i l l a s d e m u c h a c h o s c o r r e n aa d m i r a r l a s m á q u i n a s a l e m a n a s ; l a s m u j e r e s s e a s o m a n p o r l oj a r d i n e s r i e n d o ; l o s v i e j o s s e s i e n t a n e n l o s p o r t o n e s d e l a s c as a s , l a s f r e n t e s c u b i e r t a s d e u n a l t o g o r r o d e p e l o d e t e r n e r a : e sl a m i s m a e s c e n a , l a m i s m a a b s u r d a e s c e n a d e e s t a s a l d e a s , s e r enas y un poco t ímidas en e l s u r co de l a ba ta l l a .

M e d e t e n g o f r e n t e a u n a i g l e s i t a d e c a m p a ñ a , u n a d e a q u e l l a sr ú s t i c a s i g l e s i t a s d e l c a m p o , q u e s e e n c u e n t r a n e n c a d a e n c r u c ij a d a d e m o n t a ñ a , h a s t a e n n u e s t r a s p r o v i n c i a s d e l A l t o A d i g óP e r o n o e s t á l a C r u z , n o e s t á e l C r i s t o d e m a d e r a p i n t a d a . L ai g l e s i l l a a p a r e c e b a r n i z a d a r e c i e n t e m e n t e p o r l a m a n o p i a d o s ad e l o s h a b i t a n t e s : p e r o e l C r i s t o n o e s t á , n o e s t á y a l a C r u z . U n

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campesino se me acerca, se qui ta la gorra de pelo, la cacicula, yse hace la señal de la cruz. Me dice: " los bolcheviques no quer íanni imágene s ni es ta tua s de Cris to. ¡En!- No las quer ía n" , y sepone a reí r , como s i de la impiedad comunis ta no pudiera hacerseotra cosa que reírse de el la. Un of icial alemán me dice más tarde, que los jóvenes de la aldea no parece que piensen igual quelos viejos . Tienen el ai re de no importar les .

Entro en la igles ia. Todo es tá en orden, todo es tá l impio, losmuros aparecen blanqueados r ecientemente: pero no hay santos ,no hay cruces , nada que recuerde el cul to a Cris to. Hasta las cruces levantadas sobre las cúpulas de las igles ias han desaparecido.Algunas mujeres me dicen: "Han s ido los bolcheviques quieneshan quitado las cruces . ¡ E h ! No quer ían sabe r nada de el las" , yr íen, como s i también el las tomaran la impiedad con r isa. Pero entanto se pers ignan y después besan la punta de los dedos .

El Comando de nuestra columna se ha metido en la escuelade la aldea. Estaremos en Zaicani pocas horas solamente; pero yala central i l la telefónica del Comando funciona. Los soldados mecanógrafos t r abajan ya sobre l as máquinas de escr ib i r . El aulade la escuela es l inda, los muros han s ido blanqueados con cal

hace poco. Los bancos son nuevos, pero ya manchados de t inta ytal lados por los cor taplumas de los muchachos. En una pared es tácolgado un car tel en ruso con el hora r io de las lecciones . E s un horar io demasiado complicado para una escuela rural . Muchas horasa la semana son dedicadas a l a "moral prole t ar i a" . Mient r as r egreso hacia la columna, las bater ías de la "Flak" comienzan a disparar r abiosamente . Una formación de veint i t r és bombarderossoviét icos pasa sobre nuestras cabezas , a cerca de mil quinientosmetros de al tura. Se dis t inguen claramente, entre el cielo azul yblanco, las s i luetas de los "Mart in Bomber" . Los proyect i les ant i aéreos explotan muy cerca de los aparatos . La patrul la de cola se

desbanda; vuelve a acomodarse. Se dir igen hacia el es te, regre-

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sando de cualquier acción de bombardeo sobre nues t r a r e t aguadia.

Después de a lgunos s egundos , dos cazas a l emanes r asgan vlocís imos el cielo. Pers iguen a la formación soviét ica, que deaparece dent ro de una gran nube suspendida en e l hor i zonte .

"La aviación rusa es tá muy act iva en es tos días" , me dice uof icial de es tado mayor de nuestro comando; el capi tán Zel le"Bombardean los puentes del Prut , a t acan nues t r as columnas dre t aguardia . Nos per turban, pero hacen poco daño" .

Me habla de la res is tencia de las t ropas soviét icas , y me habla como mil i tar , s in exageración, objet ivamente, s in expresaningún juicio pol í t ico, s in valerse de ningún argumento que nsea de orden técnico. "No logramos hacer más que pocos pr is ioneros , porque se baten has t a lo ú l t imo. No se ar r edran. Su mater ial no se puede comparar con el nuestro, pero lo saben aprovecha r " .

Me confirma que en es te f rente las divis iones soviét icas están compuestas pr incipalmente de elementos as iát icos . Sólo logrupos de especial is tas son rusos . Vamos a ver a dos of icialepr is ioneros , dos tenientes , un pi loto y un tanquis ta.

"Son muy pr imit ivos" , observa el capi tán Zel ler . Es el únicjuicio de orden no técnico que le ha sal ido de los labios . Y es , mi parecer , un ju i c io er róneo: un ju i c io "burgués" .

El teniente pi loto fuma lentamente, mirándonos con ins is tencia. Observa mis ins ignias de of icial de los Alpinos con evidentcur ios idad Pero no habla. De los dos , me dicen, es el más reacioa hablar . Se ha rehusado a hacer cualquier declaración. Tiene easpecto de un hombre del pueblo, seguramente de una famil iacampesina. Tiene la cara angulosa, rasada, la nar iz un poco larga. Se lanzó con el paracaídas del aparato en l lamas. Cuando sven forzados a aterr izar entre las l íneas alemanas , la mayor parte de los aviadores rusos se def ienden con la pis tola. Este es taba

desarmado. Al descender con el paracaídas la pis tola se le había

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sal ido de la funda. Se ha dejado capturar con indi ferencia. El teniente tanquista es de una est ructura sol ida y maciza. Tiene una.cara dura, de l ineamientos toscos. Es seguramente de origenobrero. Es rubio, t iene los ojos claros, las orejas más bien grandes . Fuma sonr i endo . Me mi ra . Le d i r i j o l a pa l abra en ruso . Medice que le disgusta el haber sido aprehendido.

"¿Quieres regresar a combat i r?" .No me responde. Después dice que no es culpa suya. Ha hecho

su deber . No t i ene nada de que a r repen t i r se ."¿Eres comuni s t a?" . No me responde . Me d i ce después queha sido obrero algunos años en una fábrica de coj inetes de esfe-ra, en Gorki ; que en un t iempo se l lamaba Ni jni Novgorod. Observa a algunos soldados que están desmontando el ci l indro deun motor . Se ve que l e gus t a r í a ponerse t ambién é l a t raba j a ral rededor de aquel motor. Ti ra el cigarri l lo, se qui ta la gorra, serasca la cabeza. Tiene el ai re de un obrero sin t rabajo.

Por la noche, nuest ra columna se pone nuevamente en movi-miento. Adiós, Zaicani . Las ruedas de los camiones se ent ierran.en el fango hasta los ejes. Se necesi ta impulsarlos a fuerza de

brazos. Pasamos un largo t ren de art i l lería, cada parte, cada cajón de municiones, es t i rada por ocho, por seis parejas de caballos. Un escuadrón de cabal lería se perfi la en la ori l la de la colina, con tra el cielo lleno de blanca s nub es, qu e el sol cort a pordentro con tórbidos rayos sanguíneos. Después de algunos ki lo-metros se aparece, en una verde cuenca, la aldea dé Shofroncani ,Las col inas de su al rededor están aún bañadas de luz, pero ya lacuenca donde posa el val le está cubierta de una densa sombra,húmeda . Un ra to después , un ru ido de av iones ba j a de l as nub es ;una bomba cae sobre las casas de Shofroncani ; después ot ras,después o t ras m ás . Las l l amaradas r o j as de l as exp losiones abrenla sombra al lá abajo, frente a nosot ros. De improviso, una co

lumna roja se alza de un ext remo de la aldea, una terrible expío-.sión se propaga de col ina en col ina. Deben ser dos o t res apara-.

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tos , no más. Pero dos cazas alemanes cortan el cielo purpúreo docaso, y se di rigen contra los bombarderos soviét icos. Un "Mat in" se precipi ta en l lamas hacia el bosque, cerca de BratoscePoco después un motocicl i sta nos advierte que el puente de Shfroncani ha sido dest ruido y que una bomba ha caído sobre dau to t ranspor t es ca rgados de munic iones . Hay muchos muer toNuest ra columna debe detenerse sobre la col ina y esperar que puen t e sea recons t ru ido . Es t a remos , s i n duda a lguna , por m uch

horas . A lgunas casas de Shofroncan i a rden . A nues t ra derecha poca distancia de nosot ros, baterías de obuses disparan sin csar, se oye lejano el sonido de las explosiones. Aquí y al lá, en t ransparen t e noche , resuenan l os d i sparos de a lgunos so ldadrusos dispersos. Una luna pál ida y solemne se eleva lentamendel t r igo.

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V I

M I R E N B I E N E N L A C A R A A E S T O S M U E R T O S

Bratosceni , jul io 7.

Es ya medianoche cuando la columna se pone nuevamente enmovimiento. Un viento frío corta de sesgo el vidrio l i so del ai re.Es un ai re t ransparente, de los reflejos de agua bajo la luna. Ba

jamos hacia Shofroncani . Una casa, al fondo de la aldea, ardeaún. Más que una aldea, Shofroncani es un gran caserío agrícola,con las blancas casas esparcidas ent re tupidos árboles de nueces,de álamos, de t i los. Tenemos órdenes de i r a colocarnos sobre lacol ina de enfrente, para proteger el f lanco izquierdo de la columna pesada, empeñada en un duro combate en las cercanías de laa ldea de Bra toscen i . Se neces i t a hacer lo ráp idamente . Habí amosperdido ya mucho t iempo frente al dest ruido puente de Shofroncani . Los camiones se ent ierran en el fango. La carretera, si asípuede l lamarse a esta especie de sendero, está cubierta de unespeso ext racto de polvo impalpable, que a cada soplo de viento

se levanta en densas nubes rojas; pero cada cuando, en donde«I terreno arci l loso ret iene el agua de la l luvia, o donde un arro-

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yo at raviesa el sendero, un lodo viscoso chupa las l lantas, chul a cadena , l os ca r ros se en t i e r ran l en t amente en l a Buna comen la arena movediza.

Los soldados empujan los camiones a fuerza de brazos. Eel furioso rugido de los motores, el ronco respi ro de los hombrt iene cualquier cosa de fel ino.

Con la luna ya en lo al to, en la noche ya densa, los soldadsoviét icos dispersos en los bosques, en los campos de t rigo, dparan contra nosot ros. El si lbido de las balas pasa muy al to sb re nues t ras cabezas . Nadi e t i ene e l a i re de p reocuparse . Se ncesi ta ot ra cosa para dist raer a estos soldados-obreros de su tbajo. El motocicl i sta del teniente Wei l , mient ras l levaba una oden a Zaicani , ha sido blanco de algunos disparos de ametraldora. No son francot i radores en el sent ido exacto de la palabson soldados soviét icos desbandados. Disparan contra los hombaislados, contra los lados y la espalda de la columna.

Así l legamos a Shofroncani , at ravesamos el puenteci l lo de mdera que los ingenieros han reconst ruido en pocas horas: lt roncos de árbol , lanzados sobre burdas vigas, se bambolea

sal tan, se doblan-bajo el peso de los camiones. Los habi tantes la aldea han huido hacia el bosque, para l ibrarse de los bombdeos soviét icos. Sólo han quedado los perros, ladrando dende los pat ios, en torno a las casas vacías. N os t oma más de uhora a t ravesar l a a l dea . Debemos empujar e impul sar l os ca r rcon los brazos. El fango se me cuela por toda la pierna, me l lel as bo t as . Tengo hambre . Tengo aún una rebanada de pan , poco de queso.

Al lá abajo, frente a nosot ros, las explosiones de las granadrasgan la noche con rojos resplandores. El ruido de los grandproyect i les tapa el rugido de los motores. Un oficial gri ta , t ie

una voz metá l i ca , dura y cor t an t e . En c i e r t o pun to , nues t ro cmión cae en un hoyo l leno de lodo. Debemos esperar a que camión con orugas at rás lo saque a remolque, lo arranque a v

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fuerza de la tenaza viscosa y elást ica de la Buna. Mi cámara fotográfica ha quedado en el fondo del hoyo. Me disgusta por elrol lo ya tomado. Pero, para consolarme, pienso que me podría i rpeor. Más al lá, pasamos las úl t imas casas de Shofroncani y l legamos a la pendiente de la col ina. La carretera está int ransi table. Los camiones arrancan para sal i r , pero resbalan ret rocediendo. Es mejor i rse de lado a t ravés de un campo de soya. Lasruedas hacen apoyo sobre las largas hojas, sobre los largos tal los

fibrosos.Una amet ra l l adora nues t ra comienza a d i spara r sus rá fagas

en la inmensa y ondulada extensión de los campos a nuest ra izquierda, para dispersar cualquier núcleo soviét ico anidado ent reel t r igo. Es ya el alba, cuando nuest ra columna l lega al tope dela col ina. Al lá adelante, en la ori l la de una floja al tura desnudade árboles y dorada de mieses, un tanque soviét ico se perfi lacontra el cielo claro. Se mueve lentamente, bajando hacia noso t ros , disparando. Se det iene, dispara con el cañón de proa. Sepone nuevamente en movimien to , se oye i nd i s t i n t amente e l es t rép i t o de l as o rugas : parece ras t rea r e l a i re , buscar una hue l l ainvisible ent re los surcos.

Al poco rato comienza a disparar con las ametral ladoras, perosin furia, como si quisiera probar sus armas. Después baja velozpor la pendiente, hacia nosot ros, pero ret rocede con larga vuel ta,disparando con el cañón. Se di ría que está buscando, que estál lamando a alguien. Hasta que* surgen de l t r i go a lgunos hombres , caminan derechos ; o t ros su rgen aqu í y a l l á ; se rán en t retodos unos cien. Debe ser cualquier batal lón de retaguardia, oalgún batal lón que ha quedado cortado del grueso del ejérci to.Los hombres parecen exci tados. Buscan una vía de escape: "Arme Leuts", (pobre gen te) , dice jun to a mí el tenie nte Wei l .

Y he ahí que los soldados soviét icos se ponen a bajar hacianosotros disparando. Después, de improviso, desaparecen. Debehaber una gran zanja en la pendiente de la col ina, cualquier pl ie-

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gue en el terreno en aquel punto. Se ven al rededor del tanque remol inos levantados por los proyect i les de nuest ros morteros. crepi tar de las ametral ladoras se propaga a lo largo del f lanco nuest ra columna, como el est remecimiento de un cierre metál iDespués , a l gunos so ldados a l emanes apunt an hac i a nues t ra drecha , a l l á aba jo , caminando agachados , d i sparando . Avanzan cadena, haciendo fuego con los íusi les ametral ladoras. Una piean t i t anque d i spara a lgunos go lpes con t ra e l t anque sov i é t i c

Y luego dos Panzer alemanes se colocan sobre la ori l la de la cl ina, precisamente a espaldas del tanque ruso. Nuest ra columrecibe la orden de seguir adelante, en apoyo de los elementos pun t a . Los ro jos se re t i ran l en t amente , s i n de j a r de hacer fueg

Bajamos de la col ina, descendiendo por la pendiente opuesUn soldado alemán, herido en una pierna, está sentado en el slo . Ríe, secándose con el dorso de la mano la cara sucia de lodUn enfermero se le acerca riendo, se le hinca junto y se ponel impiar l e l a her i da . Los rusos se re t i ran l en t amente , caminanderechos ent re el t r igo, disparando. El tanque soviét ico yadeshecho a un lado.

Poco después , l a voz enorme de un a l t opar l an t e g r i t a : "Actung , ach tung" . Y ráp idamente l os acordes de un t ango i n t e r rupen, l lenos de sonidos metál icos, de la garganta de un gran ebudo fi jado sobre el techo del carro de sonido de la P.K., de Propaganda Kompanie . Los so ldadas g r i t an de gus to . Aquefragorosa música se acompaña del ruido de los motores, del cpi tar de las ametral ladoras, de la est ridencia de los dientes l as o rugas .

" Ich habe d i ch l i eb , b raune Madonna . . . " , can t a l a b ru t a l vdel al toparlante. La columna se det iene; el si lbido rabioso l as rá faga s de amet ra l l adora nos pasa sobre l a cabeza . Me acea l t en i en t e que comanda e l g rupo de l a P .K . agregado a nuescolumna. Le ofrezco un cigarri l lo y me doy cuenta que ext ienla mano buscando a t ientas el cigarro, como un ciego. Ha perd

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do los anteojos . Ríe, se acar icia un párpado con dos dedos , y dice:"Es la segunda vez, desde el pr incipio de la guerra, que me sucede perder los anteojos . Ent r é a Par í s a t i entas " .

La columna se pone en movimiento. Después de un poco, pasamos cerca del tanque ruso deshecho. Algunos muertos soviét icos es tán t i rados a su alrededor , entre el t r igo. Dos es tán acost ados bocabajo , l as p i ernas abier t as ; l os o t ros yacen abandonados a un lado. Serán unos veinte, esparcidos aquí y al lá. Son mongoles cas i todos . Sólo dos me parecen rusos . Un enfermero sesepara de la columna y se acerca a los caídos , los toca, los examina uno a uno: la columna se det iene. Los soldados se bajan de 'los camiones viendo a los muertos .

"Nicht s zu machen" , (no hay nada que hacer ) , d i ce e l enf ermero.

Están vest idos algunos con un paño gr is oscuro, con unascomo l is tas azules y rojas , otros de kaki . Todos t ienen botas .Llevan gorras , no casco de acero. Dos de el los , de los cuales unoes mogol , t iene la cabeza cubier ta con una especie de casco decuero, como aquel los que usan los aviadores . Debían formar par

t e s eguramente de l a dotación del t anque. Ext r años es tos muer - -tos de es ta guerra. Yacen entre el t r igo, como una apar ición arbi t r ar i a . As í ext r años , t ambién para és t e c i e lo inmenso, apoyadolevemente en la cima de la col ina. El respiro del t r igo se difundeen el ai re con tonos verdes y amari l los . El viento pasa en loscampos como una ola; la ola de t r igo bate el hor izonte, se oye ellargo y mis ter ioso murmullo de las mieses . Los muertos , comonáufragos dejados a merced de la tempestad. Lanzados a la r i bera de la dulce ola del t r igo.

El sol surge ní t ido en la f r ía mañana. De la aldea de Bratos-ceni , un poco atrás de nosotros , surge un ronco canto de gal los ,

un mugido de bueyes . Grupos de campesinos se asoman preocupados a las cercas de sus casas ; algunos salen a gatas de losinmensos pajares . Las mujeres y los niños han dormido escon-

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didos ent r e l a paja . Ext r aña guer ra . El acero gr i s de l as colunas bl indadas , roza las aldeas , roza la del icada ola del t r igo, rlas f rági les construcciones de paja empastadas con malta: roza s in tocar las . Parece un milagro, y no es más que el resudo de una técnica l levada a la perfección, de un método cient í fde guer ra .

Una columna bl indada, es un r eal y verdadero ins t rumentoprecis ión. Parece que sólo las máquinas son vulnerables ; quevida humana deba ser r espetada por es t a ext r aordinar i a guerHe ahí porqué los muertos , sobre es tos campos de batal la, pacen accidentes fuera de la lógica de es ta guerra: t ienen cualqucosa de absurdo, susci tan en los mismos soldados un movimiede sorpresa, cas i de incomprensión. Como real idad fuera de caregla, de cada ley: como la inesperada revelación de un expemento que sal ió mal , de cualquier defecto de la -misma máqude guerra. Aquel lo que da a los muertos una apar iencia de readad, aquel lo que los introduce nuevamente en la lógica de la turaleza, es el hecho de lo i lógico, de lo absurdo de su muerte.

Hace poco, durante aquel breve combate , he t enido a c i e

punto , l a c l ar a impres ión de que l as máquinas actuasen cocuerpos vivos , cas i como personas , que tuviesen una voluntuna intel igencia. Y esos hombres , que en medio del t r igo camnaban di sparando cont r a l a dura cos t r a de acero de los Panzme parecía fuesen extraños a aquel cambio, a aquel terr ible chque de máquinas . Me acerco a aquel los muertos , los miro unouno . Son mongoles cas i todos . No combaten ya con el fus i l soo la larga lanza, en la grupa de f lacos cabal los de la es tepa, s icon las máquinas , met iendo acei te en los motores , espiando cl as ore j as e l r i tmo de esos motores . Ya no combaten más agchados sobre el cuel lo de los cabal los , s ino plegados f rente a

apara to l l eno de manómet ros . Los s t akanovi s t as del e j ér c i to s tl iniano, los udárniki , los productos genuínos de los Piat i letki , lresul tados de la famosa fórmula Ieniniana (Soviet + electr i f ic

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c ión = bo l chev ismo) mue s t ran saber res i s t i r l a t e r r i b l e comparación sangrienta con los soldados-obreros del ejérci to alemán.(La motorización de los ejérci tos no solo es reforzada con la "es-pecial ización" de la masa obrera, sino con el adiest ramiento téc-níco de las masas alcanzado a t ravés de la indust rial ización de laagr i cu l t u ra . He aqu í p rec i samente e l sen t i do de es t a guer ra , e lsigni ficado de esta comparación ent re Alemania y Rusia. No unacomparac ión de hombres so l amente : s i no de máquinas , de t écn i cas, de sistemas de indust rial ización. No solamente ent re los ingen i e ros de Goer ing y l os de S t akan ow: s i no en t r e l a obra de re const rucción y de organización del nacional -social i smo y la Pia-t i letki , los planes quinquenales soviét icos. Una comparación ent re dos pueblos, por lo tanto, que a t ravés de la indust rial ización,o mejor d i cho , l a "motor i zac ión de l a agr i cu l t u ra" , han adqui r i d o no solamente la técnica, sino la "moral" obrera, indispensablepara poder combat i r en es t a guer ra . Aquel l os que se enf ren t anen es t a campaña de Rus i a son , t an to de par t e sov i é t i ca como depar t e a l emana , dos e j é rc i t os cuyo nerv io es t á compues to de p re ferencia por obreros especial izados y por campesinos "indust rial izados"). Del modo como el soldado soviét ico combate, aparece

claro que el mugik 1941 combate él también como un obrero moderno , no como un mugik . Es es t a l a p r imera vez , en l a h i s t o r i ade las guerras, que se asiste a la comparación de dos ejérci tosen los cuales el espí ri tu mi l i tar se al ia al espí ri tu obrero, a la"moral obrera", y la discipl ina mi l i tar se confunda con la disci pl ina técnica, del t rabajo, de los equipos, de los grupos de espec i a l i s t as .

También del punto de vista social , es indudable que tal hecho es de singular interés. Y pienso en el error comet ido porcuantos han esperado, al inicio de la guerra contra Rusia, que elprimer golpe de la revolución habría reventado a Moscú. Se es

pan t aban , en o t ras pa l abras , que a l hundimien to de l s i s t ema s i gu i ese e l hundimien to de l e j é rc i t o . Es tos demost raban no haber

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comprendido el espí ri tu de la sociedad soviét ica. Más que los hoz, las grandes haciendas agrícolas colect ivas; más que losgan t escos t a l l e res c reados por l os rusos ; más que su i nduspesada, la mayor creación indust rial del comunismo es el ejér

Todo en él , de las armas al espí ri tu, es el resul tado de veaños de organización indust rial ; de educación técnica de las sas cal i ficadas. El verdadero cuerpo social soviét ico es el ejérNo según un ve t ado concep to mi l i t a r i s t a : s i no porque es eejérci to que se puede medir el grado de desenvolvimiento y

progreso alcanzado por la sociedad comunista. (Así , por parte, como el ejérci to alemán es la medida y la suma del g reso t écn i co i ndus t r i a l a l canzado por l a A lemania moderLos mi smos rusos han i ns i s ti do s i empre en es t e concep to. Es to que esta inesperada confi rmación, venga a el los de un tessereno y objet ivo, del modo como el ejérci to comunista reacciy res iste, en el choque con el alemán , del modo como combatencampesinos indust rial izados, los obreros especial izados, la gmasa stakanovista de la revolución soviét ica.

Ent re es tos muer tos , he d i cho ya , hay dos rusos . A l tos , cizos, de los brazos largos. Tienen los ojos abiertos, clarísim

Son dos especial i stas, dos stakanovistas. Algunos soldados manes los miran en si lencio. Uno de el los busca flores al redeno hay más que flores rojas del t r igo, una especie de amapoEl so ldado vac i l a f ren t e a aque l l as f l o res ; después , cor t a un nojo de espigas, cubre con el las dos visos apagados. Los osoldados observan en si lencio, mast icando un poco de pan. ren los b i en a es tos muer tos , es t os muer tos t á r t a ros , es t os mtos rusos . Son cadáveres nuevos , comple t amente "nuevos" . Anas sal idos de la gran fábrica de la Piat i letki . Miren como claros sus ojos. La frente est recha. La boca de labios grue¿Campes inos? ¿Obreros? Son t raba j adores , son espec i a l i s

udárniki : de uno cualquiera de los mi les y mi les de kolhozalguna de las mi les y mi les fábricas de la U.R.S.S. Obsérve

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bien la f r ente : e s t r echa, dura , obs t inada. Son todos as í . Cons t ru í -

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dos en s er i e . Se asemejan. Es una r aza nueva, una r aza dura .Es tos cadáveres de obreros muer tos en un accidente de t r abajo) .

El car ro de sonido vuelve a cantar : "Ich liebe dich so t i e f . . . " .

Los soldados r íen. Están sentados en las salpicaderos de los camiones , en el lomo de los tanques , con las piernas colgando dent ro , y comen. En es t a columna no hay hora del r ancho. Se comecuando se puede. Cada soldado se l leva con él su pan negro, sumermelada, su t ermo de t é . De vez en cuando, aún durante e lcombate, el soldado saca de su mochi la un pedazo de pan, lo em

barra de mermelada, se lo l leva a la boca con una mano (y con laotra apr ieta el volante o el gat i l lo de su ametral ladora) . Los of i ciales comen con los soldados, como los soldados. ' Ich l iebe dichs o t i e f . . . " canta e l car ro de sonido.

El ai re es tá t ibio. El t r igo ondea al viento. Los campos desoya mandan un murmullo de seda: las selvas de girasoles sevuelven sobre los largos tal los hacia el sol , abren lentamente sugran ojo amari l lo. Enormes nubes blancas se derrumban del cielo.Los soldados rusos duermen extendidos en los surcos , el ros trocubier to de espigas .

Sobre la col ina, enfrente, se alzan las fuentes de t ierra de las

granadas soviét icas . Un ruso disperso dispara var ios t i ros defusi l , escondido entre el t r igo. Las balas pasan sobre nuestrascabezas con un silbido leve. Los soldados ríen, comen y ríen. Losmotores suenan. El ros tro de los soldados , sus manos, parecenmás rosadas , más vivas , más del icadas en contras te con las cor azas de acero .

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V I I

H A C I E N D A R O J A

Skuratovoi, julio

Es taremos parados todo e l d í a en es t a hacienda. Alguna hde reposo, f inalmente. Estamos a una decena de ki lómetros al nes te de Bratosceni , entre las aldeas de Ketruscica Nova y de Ktuscica Stara. La local idad donde surge la hacienda, se l lama Sratovoi , y seguramente es la misma hacienda la que ha dado

nombre al lugar . De lejos Skuratovoi aparece como un bosquemejor dir ía, como el parque de una vi l la véneta. El recinto que cierra es te bosque, no es todavía, como en el Véneto, un muro, mbien es una cerca. Las casas , los es tablos , los otros edif icios dehacienda, no se ven desde lejos , porque son muy bajos , aplas tadbajo el gran peso verd e de las f rondas de los árboles . Pero acercdose, (eran cerca de las t res y media de es ta mañana cuando nutra columna, dejando Kretuscica Nova, sobre la izquierda, ha lgado a las cercanías de Skuratovoi) , se ven poco a poco despunentre los árboles , los techos y blanquear los muros de las casas ,los es tablos , de los heni les . Alrededor , el campo se ext iende inmso , ondulado como un mar de t r igo: un paisaje bel l ís imo, extra

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dinar i amente femenino , por l a a rmonía de sus fo rmas , por l a fe cundidad de su seno, por aquel lo que de materno, quiero deci rpróximo a la maternidad, t ienen los campos de t rigo cuando lacosecha está cercana.

Ent ramos en e l pa t í o . Nadi e . La hac i enda aparece des i e r t a .Una desordenada famil ia de patos, de gatos, de gal l inas, se dispersa a l aparecer noso t ros . (Una per ra , con t res per r i t os pegados a l os pezones , nos mi raba s i n moverse . Es t aba t i rada sobreun poco de paja, junto al muro del establo; el sol naciente, se ex

tendía poco a poco sobre el muro, como una t ibia mancha de acei t e ) . Pero el ai re estaba frío: el viento, que en el corazón de lanoche sé hab í a adormecido , ahora desper t aba l en t amente , conl a rgos es t remecimien tos . Mien t ras a t ravesamos e l pa t i o , apareceun viejo en el portal del establo. Y det rás del ángulo de un heni l ,desembocan una docena de mujeres y muchachos, y por úl t imoun hombre, de unos cincuenta años, que t raía por la cabeza, aun caba l l o amarrado a una car re t a . Es t aban , se ve í a , muer tosde cansanc io , parec í a que regresaran de una l a rga y fa t i gosa caminata. Tenían los rost ros opacos de sueño, sucios de t ierra, losvest idos y los cabel los l lenos de paja y pedazos de hierba. Pen

sar que c i e r t amente hab í an hu ido a l os campos , se hab í an quedado dos o t res días escondidos ent re el t r igo, por temor de labatal la que de Shofroncani sal ía hacia Bratosceni y de Bratosce-n i se acercaba a Skura tovo i . Ahora regresaban , encont raban l ahacienda intacta, las casas, los establos, los heni les intactos.

Y me maravi l laba, casi me ofendía, su indi ferencia. No parecían sorprendidos. Ni tampoco contentos. No nos di jeron ni si qu i e ra "buenos d i as . E l v i e jo se qu i t a e l a l t o gorro de pe lo det e rnera , l os o t ros nos mi ran f i j amente : después , t odos j un tos semovieron, los niños huyeron a t ravés del pat io, las muchachas se

escondieron t ras una casa, el hombre desató al cabal lo, y se di ri gió hacia el establo. Y el viejo se me acercó, se hizo la señal de la

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cruz , me d io e l buen d í a en ruso , e i nmedia t amente agregór u m a n o : " S a n o t a t e " ( s a l u d o s ) .

Es t a es una hac i enda sov i é t i ca , pensaba . Hace pocas hoque los bolcheviques han dejado el pueblo, pocas horas hace este terri torio no está ya sujeto a las leyes soviét icas: pocas ras so l amente . Es t as a l deas a l rededor , és t a hac i enda , no foya parte del si stema económico, pol í t ico y social de la U.R.La es t ruc tu ra , l a o rgan i zac ión de l rég imen comuni s t a , es t á a

aún intacta: no se ha tenido t iempo de borrar la huel la soviétde deformar l as l í neas de l a a rqu i t ec tu ra c omuni s t a . Es t a hacda , me parece , en es tos momentos , por pocos i ns t an t es aun , psaba, como por pocos instantes, antes de disolverse en polvo, arecieron los Atrides a los ojos de Schl iemann, cuando pasó el bral de la tumba de Micene. Quiero observarla bien, cuanto mprofundamente sea pos ib l e . Además que es t a hac i enda es célula del cuerpo económico y social soviét ico, un microcosintacto y perfecto, de la sociedad comunista, de la economía acola de la U.R.S.S. Me tocaba la inesperada fortuna de poder at i r al cambio, se puede deci r , de aquel la célula, del cuerpo socpol í t ico, económico soviét ico, a ot ro cuerpo: me acontecía de der cap t a r es t a met amorfos i s en su i ns t an t e c r í t i co . E ra un mmento único, aquel que yo vivía en ese instante: una experienhistóricamente única. De la sociedad comunista yo no podía ctar, en aquel la "célula", más que un conjunto de detal les; peroprecisamente de los detal les (que yo referi ré objet ivamente, intención polémica: una posición mental polémica, será aquí , so lu t amente i nopor tuna) , y p rec i samente de l os de t a l l es , aunmínimos, observados de cerca, es que se puede captar el sentde una metamorfosis tal , como mejor que de una ampl ia yj ana perspec t i va .

Mientras la columna se coloca en orden de descanso, ( tamb

el orden de descanso es un orden de batal la), y los soldados bren con manojos de t rigo y de centeno, de gi rasoles y de ta

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de soya, las grises máquinas de acero, y emplazan aquí y al lá,en el campo, los cañones ant icarro y las ametral ladoras ant iaéreas (los carros del Comando se meten en un vasto recinto t rasla hacienda, al amparo de una hi lera de árboles), yo me pongo apasear por la hacienda, observando todo cuanto hay a mi al rededor .

A la izquierda, ent rando en el primer pat io, veo una const rucción, un establo. Me asomo al umbral . Delante del pesebrel l eno de heno , una vaca me mi ra , rumiando t ranqui l amente . E lestablo está en desorden: heno t i rado por el suelo, t r identes, cántaros rotos, aquí y al lá. Salgo, y me encuentro frente al viejo,que se me había aparecido primero. Un hombre y una muchacha,al fondo del pat ío, están amarrando a una carreta dos flacos cabal los peludos. El hombre t iene unos cuarenta años, es lento ensus movimientos; la muchacha t iene el rost ro duro, enérgico, intel igente, se mueve con violencia, casi con rabia. Ni siquiera sevol tea a verme. Una mujer aparece en la puerta de la casa, estádespeinada, t iene la cara sucia de t ierra, los ojos hinchados yro jo s . Me mira desde lejos y después se vol tea, cerrando la puerta t ras su espalda.

Pregunto al viejo dónde está el heni l ."Aquí está", me dice, "pero está vacío"."¿No t i enen más heno? ¿En verdad?" ."No , señor" .En real idad no me dice: '"No, señor". Me dice: Niet tavarisc",

Pero ráp idamente agrega en rumano: "Nu, dommi l e" . Despuésagrega cualquier palabra en alemán que no ent iendo.

"El heno se \o l levaron los soldados rojos", me dice."¿Había aquí cabal lería bolchevique?"."Aquí no, sino en Kretuscica Nova. Había muchísimos ca

bal los. Han tomado todo el heno de los heni les de los contornos.

También e l m ío" ." ¿ S e l o p a g a r o n ? " .

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" N a t u r a l m e n t e " ."¿Se lo pagaron con bonos de requisición o con dinero?"."Me han dado un bono" ."¿Cómo hará para cobrar l o?" ."En Shofroncani , en el Colector agrícola"."Ya están los alemanes en Shofroncani . Los comunistas

fueron . ¿No lo sabes?" ."Sí, lo sé. ¿Pero cree que también el Colector se haya ido?"

"Eso s í . Pero en su l ugar o rgan i zaremos o t ro ráp idamente""¿El mi smo Colec to r?" ."E l mismo no . Otro".

El viejo me mira y dice en ruso: "Da, da, panimaiu, (ya, ycomprend o) . Después agrega en ruma no: "Eh , in t é l eg , (compred o ) . Se ve que piensa, que se esfuerza en comprender. Pero parece preocupado por aquel bono que no podrá cobrar. Tengo impresión que piensa en ot ra cosa, en alguna cosa de menor prcisión, y aun de mayor gravedad, de más urgencia. Junto al etablo hay mi gran cuarto, una especie de granero. Casi todo cuarto está ocupado por una montaña de semil las redondas y pqueñas, de color gris obscuro. Pregunté al viejo cuál es el nombre de aquel las semil las y para que si rven. "Son semil las oleagnosas", responde. Deben ser semil las de soya. En una pared esapoyada una enorme pi la de sacos vacíos: a lo largo de la pareopuesta una montaña de sacos l lenos de semil las. "Estábamos l lnando los sacos de semillas", dice el viejo, "pero t uv imos que it e r rumpi r e l t raba jo . Nos t ocó escapar" .

En t ramos por una pequeña puer t a , en una g ran es t anc i a at igua, l lena de un enorme montón de semil las de gi rasol .

—¿Deben cons ignar a l Es t ado t odas es t as semi l l as? —prgunto al viejo.

—¿Al Estado? No. Debemos l levarlas al Colector —repi te.

—¿Se l as pagan?—¡ N a t u r a l m e n t e !

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El viejo agrega que este año, la cosecha de semil las oleaginosas es ópt ima. También la cosecha del t r igo se anuncia ópt ima."Pero con esta confusión", dice, "con esta guerra '" (primero dice"va ina" y después agrega en rumano " rasbo iu") , "se rá un desast re para nosot ros si no logramos vender la cosecha. Los comuni s t as nos compraban t odo" , d i ce .

—Sin duda encontrarás a quién venderla, como antes, —ledigo.

—¿Cómo an t es? ¿A qu i én?—Consignarán las semil las y el t r igo al Colector y se las pag a r á n .

—¿Al Colector soviét ico?—No, al alemán.—¡Ahí ¿También us t edes t i enen Colec to r?— N a t u r a l m e n t e .El viejo me mira fi jamente, se gi ra el gorro ent re las manos,

qu i s i e ra p regunt a r a l go , pero se ve que no se a t reve .—¿Cuántos caba l l os t i enen? —le p regunto .Me responde que había una quincena en total en la hacienda.

Los mejores se los l levaron los bolcheviques. Les quedaron nueve . A t ravesamos e l pa t i o , y en t ramos en un g ran es t ab lo . F ren t ea los pesebres hay siete cabal los. En una esquina del establo estáamontonado el forraje fresco: una montaña de hierba, de avenaverde, de t rébol . Son caballuchos flacos, peludos de los costadoshuesudos. Me maravi l la que con tanta abundancia de forraje enel lugar, todos los cabal los de esta región sean así de sufridos."Es la raza, no es buena", dice el viejo. Volvemos a at ravesar elpat io y ent ramos en el garage de las máquinas agrícolas. Dost r i l ladoras , cua t ro o c inco segadoras , me parece , una sembrado ra .Contra el muro están al ineadas latas de pet róleo, de gasol ina, deacei te. Las t ri l ladoras, especialmente, me parecen en malas con

diciones. "Eh", me dice el viejo, "para hacerlas reparar, o solamente para poder p rocurarse una re facc ión de l motor e ra t oda

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una historia. Debíamos esperar que viniesen los mecánicos kolhoz. En el kolhoz de Shofroncaní no había nunca un mecániNecesi taban hacerlo venir de Chiscinau, algunas veces de BalCuando i ba a Shofroncan í me dec í an : "Mañana , regresa mañna" , y as í l as máquinas van en de t e r i o ro" .

Agi ta la cabeza, se rasca el blanco pelo, corto y duro, que cubre e l mentón .

—¿Son vues t ras es t as máquinas?—Las t ri l ladoras son del kolhoz. Las tenemos en consign

Debemos pres t a r l as a l as o t ras hac i endas cuando l a cosecha . Lo t ras máquinas son de l a hac i enda .

Visi tamos ot ros establos, ot ros heni les, ot ros depósi tos semil las oleaginosas, dos vastos graneros. Es una hacienda m

bien g rande , y me parece t ambién b i en do t ada . Pero he con t admien t ras t an to , t res vacas so l amente . Me parecen pocas para uhac i enda as í r i ca .

La hacienda completa comprende, en su complemento, también una "vi l la" esto es, la casa del ant iguo propietario. Es ucasa ba j a , de muros de pa j a empas t ada con mal t a , ac i ca l ada exterior y al interior por una espesa capa de yeso. A lo largo

la fachada corre un barandal de columni l las de madera. Alreddor de la casa se ext iende una especie de jardín, l leno de basurde andra jos podr idos , de pa j a mohosa . A lgunas ga l l i nas rascaentre aquel la inmundicia.

E l v i e jo me d i ce que e l an t i guo "pa t rón" e ra un hebreo rmano. Me paro en el umbral y me pongo a reí r . Pat rón. Aquelpalabra, en aquel momento, en aquel lugar, en aquel las ci rcuntancias, me parece absurda, r idicula, una pobre e insípida, uan t i qu í s ima pa l abra . Me pongo a re í r . Una pa l abra de una l engmuer t a . Por razones d iversas , s i n duda mucho más d iversas , mparece que aquel la palabra, tanto para el anciano campesino c

rno para mí , t iene un sonido ext raño, casi no t iene ya sent idPero e l v i e jo no se mues t ra p reocupado por e l even tua l re t o rn

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del an t i guo pa t rón , (me parece aún que d iga "hebreo" con c i e r t aamargura . Después agrega : "También l os comisar i os de l as re quisiciones y de los Colectores eran todos hebreos". Gira el gorroen t re l as manos y me mi ra . Comprendo per fec t amente qué es l o -que piensa, pero finjo no comprender). Aquel lo que le preocupaes saber s i l as t i e r ras acaparadas por l os ko lhoz se rán res t i t u i das a sus v i e jos p rop i e t a r i os . También una t i e r ra que per t enecía a la hacienda de Skuratovoi ha pasado al kolhoz de Shofroncan*. No sé. Todo depende de como termine la guerra.

Me siento sobre una si l la , en una estancia que me parece deb ió se r e l es t ud io de l "pa t rón" . Hay has t a un d iván . En un g ranl ibrero hay, dispuestos en desorden, un centenar de l ibros. Engran par t e ed i c iones f rancesas , na tu ra lmente muchos l i b ros dePau l de Kock . A lgunos de Max Nordau . En l a "v i l l a" han hab i tado por algún t iempo dos funcionarios soviét icos, dos inspectores de los Colectores me parece.

" ¿ E s t á c a n s a d o ?" vme dice el viejo. Me aconseja de acostarme sobre el diván. Gracias, pero no confio. "¡ Eh! si hubiese Colector de chinches", digo, "seria una magnifica cosecha. El viejor íe , rascándose l a barba .

—¿T iene un poco de pan, un poco de queso? —le pido.—Sí, creo que si —dice el viejo.Sal imos de la "vi l la". Al fondo del pat io, intentando cuidar

e l t raba jo de t res campes inos , t res hombres anc i anos , que es t ánl lenando los sacos de semil las oleaginosas, vemos una muchachacon un pañuelo rojo en la cabeza: es la misma de antes, queayudó a l hombre a amarra r l os caba l l os a l a ca r re t a . La muchacha de vez en cuando alza la voz. Los t res campesinos cont inúantrabajando sin responderle. El viejo se acerca a la muchacha.

—Pan sí , queso no, —me dice la muchacha secamente. Elviejo t iene el ai re mort i ficado.

—¿Podr í a consegu i rse a lgo de l eche?—¿Leche? Vaya t ambién a aque l es t ab lo . La t i ene l a vaca .

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Entonces le apoyo la mano sobre el brazo, le digo:—Domnisciaara bolseevika, yo no sé ordeñar tas vacas".La mucha r í e , d i ce :

—Perdone , domnule , pero sepa . . .—Vea, les pago vuest ra leche.—No por eso . . . No es necesar i o que me l a pague .Se di rige hacia el establo, toma un cántaro colgado al m

le echa una ojeada para ver si está l impio, y sale para i r al pa lavarlo, regresa, se hinca junto a la vaca. Después se levame a larg a el cánta ro con dos dedos, de leche. El viejo me l levbel lo pedazo de pan blanco. Un poco duro, pero bueno.

Le mojo en aquel los dos dedos de leche en el fondo del taro. La mujer me mira comer. Después se va sin siquiera sdarme. "La han hab i t uado mal " . (Después sonr ío . Debe se rbuena muchacha. Trabaja, l leva adelante todo el la. Me gustael fondo. Pienso que muy bien hubiera podido ordeñar la con mi s manos .

—Una bel la best ia —digo.—La pagamos en t rescientos rublos —dice el viejo.—¿A qui én se l a compraron?

—Al kolhoz.—¿Trescientos rublos, —digo— ¿Solamente t rescientos

blos? (Trescientos rublos son como mil l i ras).—Es cara, lo sé. Pero es una bel la best ia.Un so ldado a l emán se asoma a l a puer t a de l es t ab lo . P re gu

al viejo si le puede vender un pato. El viejo dice: "Sí , creo s í " . Los dos sa l en . Los veo a t rave sar e l pa ti o , desaparecer de nde la casa al fondo.

Entonces ent ro en la gran estancia de las semil las, me tsobre la fi la de sacos. Me despierto t ras un par de horas. El viestá ahí , frente a mí , junto a la muchacha. Se qui ta el gorro

me a l a rga un pedazo de pape l .—¿ Cuánto le hizo pagar por el pato al soldado? —le pregu

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—Cincuenta lei . —dice el viejo— Lo sé, cincuenta lei son mu anexa a la U . R . S . S de un año solamente, el problema de regres

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chos , pero todo está caro hoy*' .—¿Cincuenta lei? Son cinco l i ras. —Doy una ojeada al peda-

so de papel . Es una nota de requisición de dos cabal los. Está enalemán, con la fi rma de un oficial alemán.

—Los han requ i sado prec i samente ahora . ¿Cree que nos l op a g a r á n ? — m e p r e g u n t a la m u c h a c h a .

—Natura lmente , d igo . Es un bono en reg l a . Un bono a l emán .—¿Y cree que nos pagarán bien los dos cabal los?

—Un poco más que el pato, con certeza, —dijo riendo.La muchacha me mi ra confusa . Se rubor i za l evemente .—Mire ,— me d i ce— seguramente e l v i e jo ha ped ido dema

siado por el pato. Cincuenta lei son demasiados, lo comprendo.Pero nos deben perdonar . ¿Qué cosa esperan de noso t ros que nosabemos nada de los precios¿ Los bolcheviques nos decían: estocues t a t an to , aque l l o cues t a t an to . Debí an hacer us t edes l o mi s mo. Debían deci rnos cuanto vale el lei respecto al rublo".

Habl a con se r i edad , a r rugando l a f ren t e . "Es una muchachain t e l i gen t e" , p i enso , "una buena muchacha" . Les aconse jo i r a lComando, les digo riendo, "a pedir que el coronel fi je el precio

de los patos, si no quieren que dentro de cinco minutos toda lacolumna venga a comprar sus patos a cincuenta lei cada uno". Lamuchacha r í e , pegándose con l as manos en ¡os l ados . Después ,tapándose la cara, y ruborizándose poco a poco, como si no osarareve l a r su pensamien to , me d i ce :

— ¿ C r e e q u e e l v i e j o p a t r ó n r e g r e s a r á ?—Aquél p r imero no , porque e ra hebreo . Vendrá o t ro .—¿No nos de j a rán l a t i e r ra?No sé qué cosa responderle. Quisiera poder deci r que sí . La

re forma agrar i a rea l i zada en Rumania por Bra t i anu ( l a mása t rev ida re forma agrar i a que j amás se haya e fec tuado en Eu

ropa, en el sent ido pequeño burgués) ha resuel to el problema, almenos en sus aspec tos i nmedia tos . P i enso que para Besarab i a ,

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al si stema económico burgués no será cosa grave, como sería ela Rusia soviét ica. Porque en Ucrania, porque en toda Rusia, eprob l ema se p resen t a r í a , s i n duda , i n f i n i t amente más comple joy deber í a se r a f ron t ado con gran p rudenc i a .

—Verán que t odo andará b i en —digo a l a muchacha—. Apr inc ip io , se comprende , t endrán cua lqu i e r i ncer t i dumbre . No efác i l cambiar t odo de un d í a para o t ro .

En e l pa t i o , f ren t e a nues t ra puer t a , se ha parado un g rup

de gen t e : son hombres anc i anos ( los jóvenes fueron t odos l l amados a l as a rmas) , mujeres , muchachos , n iños y cua lqu i e r j ovenc i l l o , seguramente demas i ado j oven para se r so ldado , o rehusadpor e l rec lu t amien to . Me mi ran i n t ensamente , l os hombres anc i anos están con la cabeza descubierta, los jóvenes t ienen el ai re dmás segur idad , no t i enen nada de t im idez en e l aspec to y el a mi rada .

—¿Qué cosa qu i e ren? —pregunto a l a muchacha .—Esperan que a lgu i en d iga qué cosa deben hacer .—Deben segu i r hac i endo l o que hac í an an t es , aque l lo que ha

hecho has t a hoy —respondo un poco embarazado—. Me parec

que es lo mejor, al menos en estos días.La muchacha f runce l as ce j as , y me mi ra s i n responder . "Euna muchacha i n t e l i gen t e" , p i enso , "una buena muchacha . Eel la la que ha l levado adelante la hacienda hasta hoy. Es el la lque ha tenido cabeza ante los funcionarios del kolhoz, ante loinspectores de los Colectores, an te los comisarios de las req ui sic iones . Es una buena muchacha" , p i enso . Es e l l a qu i én daba ó rdenes , quién decía a los campesinos lo que debían hacer, es el lqu i én ha defend ido l a hac i enda . Ahora ya no cuen t a más nadano puede comandar más .

—Cont inúen haciendo lo que han hecho hasta hoy —le digo—

hast a que no l es d igan qué hay de nuevo qué es l o que ha cambiado .

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La muchacha sonr í e , se rubor i za :—Defendimos nues t ros campos , no h i c imos nada malo .Es exactamente como si la hacienda de Skuratovoi , como si

l as a l deas de Kre tusc i ca S t a ra y Kre tusc i ca Nova , como s i Bra-tosceni y Shofroncani y Zaicani , como si todos estos campesinos,es t as a l deas , es t os campos , es t as i nmensas ex t ens iones de t r i gales , hubiesen quedado en vi lo ent re un orden social , pol í t ico, económico y ot ro orden social , pol í t ico, económico, a aquél contrario,en el instante cri t ico de un cambio de un orden al ot ro.

-"No, e fec t i vamente , no h i c i e ron nada malo —digo .(Las l i neas s i gu i en t es fueron supr imidas por l a censura fa -

c i s t a ) .Una hora más t a rde , hab i endo sa l i do de l hen i l , a t rav i eso e l

pat io de la hacienda. Me había adormecido en el heni l : despertando, siento la boca l lena de polvo. Tengo sed. Un si lencio ext raño pesa sobre la hacienda. El viejo está sentado en el umbral deles t ab lo ; l e sup l i co darme un vaso de agua . Me mi ra con una mi rad a ab i e r t a , s i n respo nderm e: voy hac i a e l pozo . A u n t recho»por t ierra, contra el muro de la cabal leriza, veo un pañuelo rojo,dos p i e rnas desnudas . Es l a muchacha : t i ene l a ca ra ensangren

t ada . Le cubro e l ros t ro con mi pañue lo . "No, no has hecho nadamalo" , d igo en t re mi .

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VI I

L O S C A B A L L O S B E A C E R O

Gornolenca, jul io 1

No es aún e l a l ba cuando de j amos l a hac i enda de Skura tovLos motores es to rnudan . Me v i ene en mente e l famoso es to rnude l au to r g r i ego Senofon t e : "Kai re ! Kai re !" . E l c i e lo , a o r i en testá de una pal idez de plata. El t r igo hace un rumor leve, com

de agua que corre ent re flojas riberas. Sobre la pendiente de lcol inas, (que poco a poco se suavizan, t ienen ya la forma de snos , en t re una y o t ra de es t as ampl i as ondul ac iones de l t e r rense ahueca un l igero pl iegue: no un val le, sino apenas un lugde sombra, de abandono, de reposo); se divisan las pat rul las los rast ri l leros caminar a lo largo de los surcos, perfi larse cot ra el cielo pal idísimo.

La ba t a l l a se enfurece f ren t e a noso t ros . Los rusos con t ra tcan. La acción contraofensiva de las t ropas soviét icas no se deenvue lve t an to en nues t ro f ren t e , s i no más a l sudes t e , en d i rección de Belzi , en el sector cubierto por las divisiones rumana

Pat ru l l as de caba l l e r í a rumana aparecen y desaparecen a nuet r a derecha . Son l a conex ión en t re nue s t ra co lumna y un a co lum

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na mix t a rumano-a l emana , que avanza ob l i cuamente a nues t ro

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e j e de marcha .En el ruido igual de la art i l lería, se oyen las explosiones secas

de los pesados ant icarro, aquel las más roncas de los cañonci tosde l os Panzer . Nues t ra co lumna avanza l en t amente en t re l a h i e r ba ní t ida y fría; el cielo, a oriente, es papel tela levemente arrugado .

E l humo que sa l e de l os t ubos de escape fo rma una l eve aureola azul en torno a los camiones. Después, a un t recho, en don

de la col ina desciende en dulce pendiente, una nube roja de polvose levanta a nuest ro paso, alzada por el cruj ido de las ruedas, laest ridencia de las orugas, el al to zumbido de los motores.

Una columna acorazada es simi lar a un t ren bl indado. Mesubí a l ca r ro de l Ober l eu t enan t Schul t z ; he t omado un l ugar a sulado, acomodándome lo mejor posible sobre una caja de municiones . Le pregunto si ha leído aquel famoso l ibro del escri tor comuni s t a Leonov: "E l t ren b l i ndado No. 1469" .

"S í " , d i ce , " t i ene razón , una co lumna acorazada es exac t a mente como un t ren bl indado". Ay de quien baje del t ren, dequien se aleje de la columna. El terreno al rededor está l leno de

insidias. Nuest ro t ren bl indado se desl iza sobre rieles invisibles.Las ba l as de l os so ldados sov i é t i cos en desbandada , en acechoentre el t r igo (estaba por deci r en acecho a lo largo de la escarpada de l a l í nea fe r rov i a r i a , rebo t an con t ra l as paredes de nuest ros t ransp or t es . "¿ Se recuerda e l asa l t o a l t re n 1469 ?" . Pero esimpos ib l e de t ener l a marcha de nues t ra co lumna , hacer sa l t a rlos invisibles rieles sobre los que corre nuest ro t ren bl indado.

Hablamos de l i t e ra tu ra comuni s t a .E l Ober l eu t enan t Schul t z (es Dozen t en una un ivers idad) se

ocupa de los problemas sociales, ha publ icado algunos ensayossobre l a Rus i a sov i é t i ca , ahora comanda e l g rupo an t i aé reo de

nues t ra co lumna motor i zada) me d i ce que muy probab l emente ,Rus i a , después de l a der ro t a , rev iv i rá un per í odo muy parec ido ,

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en cierto sent ido, al descri to en "Anual idad [Desnuda", de Pi lnia"Con es t a d i fe renc i a" , agregó , "que e l d rama escr i t o por P in i ak , se desar ro l laba , por dec i r as í , en un l abora to r i o exper imeta l . La Rus i a rev iv i rá e l m i smo drama, pero en e l pa t i o de unfábrica, de un establecimiento metalúrgico, en el cl ima escuál idde una revue l t a obrera deshecha" . Después me mi ra , sonr í e tm idamente y me d i ce : " l as máquinas , desde e l pun to de v i ssoc i a l , son persona j es muy i n t e resan t es y pe l i g rosos" . Me cof i esa que es t e p rob l ema l o apas iona en fo rma ex t raord inar i a .

Los soldados, de un carro al ot ro, se l laman, se hacen señase lanzan objetos: peines, cepi l los, cajas de cigarri l los, pedazde jabón, toal las. La orden de part ida ha l legado de improvismuchos son los que ni siquiera han tenido t iempo de lavarse, drasurarse . Ahora se a r reg l an como pueden : a l gunos , en equ i lb r i o con sus l a rgas p i e rnas sobre l a p l a t a forma de un camióant iaéreo, se lavan con el torso desnudo en ciertas vasi jas de tla , ot ros se rasuran hincados frente a un espejo colgado de loarmeros de los fusi les, o colgado en el t r ipie de una ametral ldora , o t ros más se l avan l as bo t as con agua y j abón .

El sol despedaza el casco del horizonte, surge en un cie

manchado de verde , enc i ende t ím idamen te l as corazas de l as mquinas . Una l eve cabe l l e ra rosa nace de l as g r i ses p l anchas dacero. En la cabeza de la columna, los tanques pesados se t iñede rojos reflejos, mandando resplandores del icados y vivos. Y un t recho, al lá abajo, frente a nosot ros, en fondo al horizonten aquel la inmensa ola de t rigo que corre como un río de oro, hahí , a un t recho, en el fondo, en la pendiente de la col ina, un mvido reluci r de acero, un resplandor de corazas.

Un gr i t o se p ropaga por l a co lumna: " ¡ ¡Los mongoles ! ¡Lomongoles!". Ya los soldados saben dist inguir, por el modo comcombaten, por su mismo orden técnico, a los grupos mongol

de l os o t ros g rupos sov i é t i cos . En genera l l os t anques manejdos por dotaciones asiát icas no combaten en formación, sino ai

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l ados , o en grupos de dos o t r es cuando máximo. Es una t ác t i ca laraña de arrugas , vivas y sensibles , que palpi taban como la

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que recuerda, en cier to sent ido, a aquel la de las patrul las de cabal ler ía. Los Panzerpferde los l laman los soldados alemanes: los"cabal los acorazados" , mote puesto hace poco. Ha quedado algodel ant iguo espír i tu de los soldados de cabal ler ía tár taros , a loscuales la industr ial ización soviét ica y el s takanovismo mil i tarhan conver t ido en obreros especial izados , mecánicos , pi lotos det anque .

Algunos pr i s ioneros t ár t aros , capturados ayer en l a noche y

conducidos a la hacienda de Skuratovoi , han confirmado que last ropas soviét icas a las cuales es tá conf iada la defensa de Ucra- ,nía (y por el lo de la cuenca industr ial y minera del Dniéper , delDon, de las vías que conducen al Cáucaso, al petróleo de Bakú) ,son en su mayor par t e t ropas as i á t i cas : son t ár t aros de Cr imea,los res tos de La Horda de Oro, son mongoles de las r iberas delDon, del Volga, del Caspio, de las es tepas de Tashkent y dé Samarca nda, . son or ig inar ios del Turk es tán . Son lo mejor que haproducido el plan quinquenal de las Repúblicas mongoles , son losproductos sal idos de la industr ial ización de la Rusia de Asia, losjóvenes r eclutas del s t akanovi smo mi l i t ar .

Los pr is ioneros , juntados en el pat io de la hacienda, eran unosquince, de es tatura un poco mayor a la media, f lacos , pero demiembros bien proporcionados, ági les y vigorosos . Parecen apr ime ra v i s t a m uy jóv enes , pero es un engaño de l a cara . Yo di r í a ent r e veint i c inco y t r e in t a años . Es taban ves t idos con ununiforme de kaki muy s imple, s in ningún dis t int ivo, ni s iquieraun número en el cuel lo de la guerrera. Sobre los negros y lucientes cabel los l levaban una gorr i ta del mismo color kaki . Estabancalzados con botas de es t i lo tár taro, de piel gr is , blandís imas:igualmente cómodas para cabalgar que para es t ar met ido en e linter ior de un tanque. Tenían los ojos es trechos , obl icuos , la bocapequeña. En tomo a los ojos , difundida por toda la s ien, una te-

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nervaduras en las alas de las l ibélulas .Estaban sentados en el suelo, a lo largo del muro del es tablo

apoyados en la mancha de acei te del sol en el ocaso. Comían semi l las de g i r asol ; i ndi f erentes , parecían , y a l mismo t i empo a t ent ís imos. Una sospecha se escondía bajo aquel la f r ía y l isa indif erencia . L a manch a del so l en e l muro se a cor t aba s i em pre má shas ta que s e convi rt ió en una pequeña man cha br i l l ante en e l rostro de uno de el los .

La máscara amar i l l a , i n t ensamente i luminada por e l ú l t imfuego del sol agonizante, es taba f i ja, inmóvil ; quieta la es t rechboca, quieta la l isa f rente, quietos los oj i l los s in sombra. Solamente aquel l as dos t e l ar añas de ar rugas en tomo a sus o jos v ibran, sut i les y del icadas . Aquel ros tro parecía, no sé por quéun pájaro agonizante . Cuando e l so l desaparece , aquel pájaramar i l lo , cer r adas l as a l as , s e abandonó iner t e .

Habían s ido capturados mient r as , a bordo de dos car ros b l indados , t r a t aban de r eplegar se hacia e l grueso de l a formaciónEl t anque que los protegía había quedada deshecho en un campo , a algunos ki lómetros al es te de Skuratovoi . Se habían defendido braviamente cont r a un Panzer germano pesado, que l es había cor tado la ret i rada. Defensa inút i l . Contra los Panzer el fuegode ametralladora no t iene ningu na eficacia. Una pa r te h abías ido muertos , los supervivientes es taban ahí , sentados a lo largdel muro del pat io de la hacienda. Reían sus semil las de girasol e s , apr etan do los pequ eños ojos oblicuos .

Parecían desper t ar de aquel l e t argo suyo, solamente cuandentró en el pat io una de esas motocicletas movidas por orugas , l a cual es t á in j er t ado un pequeño car ro b l indado, t ambién movido por orugas .El l as cons t i tuyen una novedad en e l e j ér c i to germano; han hecho su pr imera apar i c ión en es t a campaña de Ru

sia. No se t rata propiamente de una motocicleta, a la cual sepegada un Car t erpi l ar ; más b ien s e t r a t a de un Car t epi l l ar guia

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do y al mismo t iempo t i rado por una especie de motocicleta, la de es ta guerra de tanques , combatida por los mongoles en es ta

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cual surge del carro con una sola rueda movida por oruga. Elmecánico se s ienta a horcajadas en la motocicleta, las espaldasapoyadas en e l Car t epi l l ar . Parece , a l ver lo , un autot r anspor t ede repl iegue, l igero, de escasa potencia. Pero los alemanes hablanmaravi l las de él por su grandís ima potencia de t racción y de aufs-teigen. Se t repa a todo. Había es tado concebida por su constructor pa ra l a gue r r a de mon taña. Empleado por pr imera vez en es t asl lanuras rusas , ha sorprendido a los técnicos por sus extraordi

nar i as cual idades mecánicas y práct i cas . S i rve más que nada p arael t r anspor t e de munciones y t anques de gasol ina . Durante e lcombate, es tos extraños vehículos s iguen de cerca las formaciones de t anques , haciendo car r eras de un Panzer a o t ro . Hay a l gunos dest inados a jalar , a remolcar piezas l igeras ant icarro. Sonveloces , y en medio del t r igo son cas i invis ibles .

Los pr i s ioneros t ár t aros observan aquel ext r año t r anspor t econ viví s imo in terés . Yo mi raba sus manos . Eran pequeñas , bur d a s , todas sucias de acei te, del pulgar cal loso. La piel , entre elíndice y el pulgar , aparecía l lena de profundas arrugas negras ,como l as manos de quien maneja ins t rumentos de f i er ro . Manos

de mecánicos . A cuanto parece, los mongoles resul tan magníf icosobreros mecánicos . No impreparados s ino r eales y verdaderosobreros cal i f icados . En la industr ia metalúrgica rusa, t rabajanya muchos jóvenes mongoles , especialmente en aquel la región deKharkov. Tienen una pas ión ext r aordinar i a por l as máquinas . Elinterés precioso por el juego de los motores , de los engranajes ,de los manómetros , ha subst i tuido en la juventud de la Mongoliasoviet izada, la ant igua pasión por los cabal los . Parecen nacidospara es t a movidí s ima guer ra , para es t a t ác t i ca de fuerzas ofens ivas de tanques , muy parecidas a las fuerzas de grupos de cabal ler ía en la guerra de otro t iempo. Dir ía, por lo tanto, que usanel tanque como en un t iempo usaron el cabal lo. Con la misma técnica. Según un pr incipio individual en el cual consis te la novedad

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l lanuras ucranianas . Vienen adelante no en masa, s ino ais ladosSe mueven en largas espirales entre los campos de t r igo, dir íque hacen evoluciones como en un inmenso manejo. Esta insolencia suya recuerda la clás ica insolencia de la cabal ler ía.

"¡Los mongoles! ¡Los mongoles!" , gr i tan los soldados alemanes . Son t res pequeños tanques , que caminan velozmente por lleve pendiente de una col ina, a una dis tancia de no más de t reki lómetros f rente a nosotros . De la cabeza de nuestra column

se desprenden dos grupos Panzer : les vemos proceder a t ravédel t r igo, uno a la derech a, él otro a la izquierda aumentandpaso a paso la dis tancia entre el los , como s i quis ieran cor tar ecamino a los adversar ios . Los t res pequeños tanques mongolese dispersan. Inician una ser ie de extrañas evoluciones , cas i comodiseñando cada uno una larga espiral sobre el ondulado terrenoque de vez en cuando los esconde a la vis ta. Se dir ía que t ratande ganar t iempo, de atraer a los carros alemanes hacia una especie de emboscada, dar t iempo al grueso de su formación de ocurr ien su ayuda, o de ret i rarse. Al poco rato, los dos grandes Panzeinician el fuego con sus cañones .

Se ven los proyect i les levantar al tas fuentes de t ierra al rededor de los pequeños tanques soviét icos . El combate no duras ino diez minutos: más veloces que los Panzer , los t res tanquesrusos se sus traen al fuego y escapan t ras la col ina. "Es una táct ica de invi tación", me dice el Oberlfutenant Schul tz. "En es taguerra móvil de columnas, los Panzerpferde mongoles t ienen unatarea audaz y muy ar r i esgada. Se neces i t a es t ar muy a t entos ano dejarse atraer por aquel ins idioso juego de invi tación, sobrecualquier terreno minado o en cualquier emboscada de grandesgrupos acorazados , escondidos t ras un bosque o una col ina" .

Llegamos a la aldea de Cornolenca después de algunas horasLa aldea es tá intacta ,pero desier ta. Un poco afuera de la aldea,un grupo de casas es tá en l lamas. Nuestra columna ha recibido

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orden de tomar posociones at rás de una columna cerca de un

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ki lómetro de Cornolenca. Pasamos la tarde en una espera enervante. Una pieza nuest ra de cal ibre medio, emplazada ent re lascasas de la aldea, dispara un t i ro cada cuando, con ri tmo regular.Un d i sparo cada t res m inu tos . Numerosas ba t e r í as , apos t adas anues t ra derecha , d i sparan s i n i n t e r rupc ión .

Por la noche, vemos l legar hasta nosot ros unos diez camiones alemanes escol tados por un Panzer. De un camión bajan seispr i s i oneros : cua t ro mongoles y dos rusos .

Después del interrogatorio, mient ras los prisioneros van a serencerrados en una pieza de una casa de la aldea, el OberleutenaatSchul ts se me acerca y me dice: "Tengo la sospecha de que unode estos prisioneros sea un comisario poí t ico. ¿Observó su uni f o r m e ?

Est aba ya obscuro cuando no t é un ex t raño andar y v e n i rcerca de la casa en donde estaban custodiados los prisioneros.Mientras me acerco a la casa, encuentro a Schul tz. Me dice queel "comisario pol í t ico" ha sido encontrado muerto, est rangulado , Y muest ra un papel escri to con lápiz, en ruso. En el papel leoes t as pa l abras : "He dado yo mi smo a mi s hombres l a o rden dematarme' ' . La fi rma es clara: "Basi l Vol inski , comisario pol í t icoagregado a la XV dívision bl indada".

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HE A H Í E L D N I E S T E R

He ahí el Dniester. He ahí el Dniester en el est recho y profundo val le, de los lados de dura arci l la surcada de arrugas blanca s y rojas. Sobre la ori l la de la ribera ucraniana, en el verde demaíz, en el oro del t r igo, ent re los bosques de acacias, y ent re e

tupido de los campos de gi rasoles y de soya, está ahí abajo elaberinto de fierro y de cemento de la Línea Stal in.Es un complejo sistema de subterráneos de concreto, de ca

minos en zig-zag, de bunker con las cúpulas de acero. Vista desde aquí, de lo alto del dique que se desploma sobre Soroca, ll ínea Stal in se me aparece corao una sene de blancas let ras deal fabeto, grabadas sobre la pizarra arci l losa de la ribera. Aquel l' T " apenas percept ible en un campo de soya, es un puesto decañones ant icarro; aquel la "A", aquel la "C", aquel la "D" al revés, aquel la "Z", aquel la "I", son fuertes, bunker, t r incheras, caminos, nidos de ametral ladoras. Es casi una clave, un lenguajeconvencional , una ortografía misteriosa, que los art i l leros alemanes están pacientemente desci frando con la ayuda de los ma

pas de t i ro , para p r epa rar e l ú l t imo asa l t o . Ya l os g rupos de asa l A pocos k i l ómet ros de F l ahes ty , aparecen l as p r imeras t u

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to l legan al terreno de la batal la. El est répi to de las orugas puebla el denso ai re de polvo. Parece que gruesos dientes de acerorompen el orden estát ico del mediodía est ival . El golpe de los ca-ñones de aceró pega sobre las planchas de acero de la canícula.Inmensos cast i l los de nubes blancas se desmoronan en el horizont e , sobre el verde y la ori l la de la l lanura ucraniana.

He ahí el Dniester. Habíamos dejado hace dos días la divi s i ón motor i zada a l a cua l es t ábamos agregados , y sal imos más

a l su r , para l l egamos has t a una co lumna de i n fan t e r í a de asa l t o .Es és t a , una guerra p rofundamente d iversa de aque l l a de l a cua lhe s i do t es t i go en l os d í as pasados . No es más l a guer ra mecán i ca, el choque de grandes formaciones de carros bl indados pesados,s i no l a an t i gua guerra de i n fan t e r í a , de ba t e r í as t i radas por ca bal los. El olor del est iércol de cabal lo me es grato, después det an to o lo r de ace i t e y gasol ina. Las voces de los hombres mesuenan al oído como las voces de una humanidad finalmentevue l t a a encont ra r .

Del frente de Moghi lev hasta aquí , en Soroca, el viaje ha est ado más b i en duro . Por ca r re t e ras l l enas de car rua j es , de t re

nes de art i l lería, de columnas de infantería, de interminablesconvoyes de au to t ranspor t es , en una densa nube de po lvo ro jo ,cegante. A los lados de la carretera, aquí y al lá, camiones retorcidos, vehículos carbonizados, tanques soviét icos volcados sobreun lado. Hacia Belzy las señales de la lucha se hacen más frecuen t es . Grupos de p r i s i oneros ya t raba j an en repara r l a ca r re t e ra . Me mi ran pasar con pa t en t e cur ios idad , observando mi un i fo rme de A lp ino . Descansan un i ns t an t e apoyados en e l mangode ! pico o de la pala, pero inmediatamente los l laman al t rabajolas voces de los soldados alemanes que los vigi lan. De vez encuando, en los grupos de prisioneros, cualquier rost ro mongolforma una redonda mancha amari l la . Los ojos est rechos y obl i cuos, la boca pequeña, el cráneo rapado.

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bas sov i é t i cas , ce rca de a lgunos t anques rusos des t ru idos . Ss imples p romontor ios de t i e r ra s i n una c ruz , s i n un nombre , una seña l : fuera de un casco sov i é t i co pesado sobre l a t i e r ra movida hace poco ; o de un gorro con l a v i se ra de cuero ; o una guerre ra despedazada co lor kak i . Del o t ro l ado de l a ca rt e ra es t án a l i neadas l as c ruces de l cementer i o a l emán: l as t ubas están cubiertas de flores, y sobre cada cruz, bajo el cade acero que la cubre, el nombre, el grado, la edad del caído.

b re l a t umba de un av i ador (e l "Messerschmi t t " yace en un capo de t rigo con las alas quemadas y el fuselaje torcido) una cal l e ra de amet ra l l adora es t á enro l l ada en l a c ruz . Parece queserp i en t e , s ímbolo de l a e t e rn idad , que l os an t i guos p in t aban bre l os muros de l as casas y en l as paredes de l as t ambas .

También en la suntuosidad del paisaje, en la riqueza del t rmaduro, en la opulencia de las blancas nubes extendidas soel l leno seno de las col inas, hay un presagio de muerte, una sede disolución. Es la señal secreta del est ío. Los hombres muercomo l as es t ac iones . Es una muer t e r i ca , en l a más r i ca es t ac idel año. Después viene el otoño con sus dulces frutos de púrpu

íDesde lejos, Belzy aparece duramente probada por la bataque por más d í as ha enfurec ido en t omo a l a c i udad . (Yo es t amás a l nor t e , en Skura tovo i , cuando Bel zy cayó en manos de alemanes. Desde Skuratovoi se veían las l lamas teñi r el cielopúrpu ra , hac i a nue s t ra derecha , un poco a nues t r as espa ldas . Yúl t ima noche de la batal la no podía yo coger el sueño, tan cerno así parecía el ruido de la art i l lería).

Cuando l legamos a los suburbios de Belzy, algunos aviosoviét icos están bombardeando el campo de aviación. Una escdri l la de cazas alemanes toma vuelo y se enfrenta a los "Rasov i é t i cos . En t re l os 'Messerschmi t t " y l os "Rat a" , e l comb

es b reve y v io l en to . E l ca r ruse l aé reo se desar ro l l a en t re l a grosa de t i ro de la "Flak", las explosiones se suceden blancas

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rojas al rededor de los aparatos soviét icos, que desaparecen velo una nube de harina. Un viejo hebreo, sentado en la puerta

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ces ent re las nubes hacia el este. Intento seguir las viscisi tudesdel comba te aéreo, y p or eso no me doy, cuenta, ai principio, delespantoso aspecto de la ciudad. Estamos cercanos, en un paisajea nivel , a la ext remidad de una especie de anden: sobre los rielessa fados , yacen enormes montones de h i e r ro ennegrec ido por e lhumo de las explosiones; carros volcados; una locomotora part i da por l a g ran bomba de un "S tuka" . La l ocomotora es t á paraday parece sal i r de bajo t ierra, como un carro plutónico. Las ruedas humean, un si lbido largo, sut i l í simo, se desprende del interior de la caldera reventada. Sobre la chimenea de la locomotora,a l l á a r r i ba , f i j ado como una bandera , hay un t rapo desgar radocolor azul , seguramente un pedazo del overol del maquinista.

Recorro la cal le principal de la ciudad, dest ruida por el bombardeo aéreo, por las explosiones de las minas, por los incendios,por los t i ros de la art i l lería contraria. Esqueletos de casas se elevan tambaleando contra e! cielo azul . Turbas de gente miserable (la población de Belzy vive desde hace un mes en los bosqueso escondida en las bodegas; pero ya los más valerosos, los másdesesperados, se at reven a dejar los escondi tes, son mujeres, vie

jo s , niños con las señales en la cara del miedo, del hambre, delinsomnio) buscan ent re las ruinas, recogen fragmentos de objetos inút i les, pedazos de colchones quemados, botel las vacias. Grupos de barbudos hebreos, cuidados por mi l i tares del S.S. , t rabajan para demoler, con la ayuda de picos, de barretas de acero yde largas pért igas, los muros pel igrosos. Se oye aquí y al lá, porla muerta ciudad, el ruido de las piedras y los ladri l los. Turbas decanes y gatos famél icos se asoman por ent re las ruinas. Esta esBelzy, en un t iempo rica ciudad, pegada a un fért i l í simo val lerubio de espigas. Algunas casas arden aún, hacia el campo deaviación, a lo largo de la carretera a Soroca. Una ametral ladora

ant iaérea dispara sol i taria, al lá abajo; los proyect i les especialesque van de j ando ras t ro , agu j e rean una b l anquí s ima nube , parece .

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una bodega de fruta, me gri ta en alemán: "Ál les gut , al ies g¡Todo bien, todo bien!".

"¡Proletarios de todo el mundo, unios!", está escri to con grdes caracteres sobre la fachada de la Casa del Soviet en Belen el mismo centro de la ciudad. Es un edi ficio grande, más bque una casa, da el aspecto de una vi l la del ochocientos, rodepor un bel lo jardín. Un cent inela germano está plantado en lado de la ent rada, precisamente bajo el gran escri to comuniEl lado que da sobre el jardín, es recorrido, en el primer ppor una l a rga t e r raza con baranda l de f i e r ro p in t ada de b l anEn el jardín, la estatua de Stal in (el dictador rojo está esculpen su clásica pose: de pie, la frente cubierta por una gorra la viscera de cuero, los grandes bigotes, la mano derecha enlada ent re los dos botones del largo y ampl io capote de corte l i tar, el gesto napoleónico) ha caído del pedestal , con la caraf ren t e ; ahora yace e l ros t ro por t i e r ra , parece morder e l po lEs una es t a tua de yeso , b l anquí s ima en t re l a h i e rba verde .

El puente sobre el r ío, apenas fuera de la ciudad, está replde camiones. Una columna de prisioneros descansa en espera

poder pasar e l puen t e . Es t án sen t ados a l o l a rgo de l os mude una casa en ruinas, la cabeza bamboleante por el cansany el calor.

Me de t engo a i n t e r rogar los . Son l a mayor par t e , ucran i ao de Besarab i a . A cada p regu nt a mía responden i nvar i ab l emen"Dá s í " . Me miran con los ojos abiertos de par en par, en

cuales enciende el miedo una breve l lama obscura. El soldado amán que los vigi la me dice que t ienen miedo. Temen ser fusdos de un momento a ot ro. El soldado alemán ríe. No saben bi tuarse, dice, a la idea de estar aun vivos. Los prisioneros

mi ran t ra t ando de comprender , por l a expres ión de mi rosde qué cosa estamos hablando. Enciendo un cigarri l lo, arrojo

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fósforo. Un pr is ionero recoge el cer i l lo apagado y lo observa A algunos ki lómetros de Soroca, a t ravés de la nube de po

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a t en t am en t e .

Algunos ki lómetros después de Belzy, sobre la carretera paraSoroca, pasado el campo de aviación, nos detenemos para comeralguna cosa. Nuestras provis iones son miserables . No tenemosmás que unas veinte cajas de conserva de j i tomate, y cualquierbotel la de agua mineral , un tarro de té y un poco de azúcar . Flacos recursos .

Abrimos una caja de j i tomate, embarramos con la conservaun poco de pan y comemos. Son ya t res días que comemos soloconserva de j i t omate y t engo ya náuseas . Terminado aquel f l acorefr iger io, nos t i ramos a dormir en el t r igo, y t ras una hora, denuevo en camino.

Recor r ida una veintena de k i lómet ros , encont r amos a lgunostanques soviét icos deshechos por los t i ros de la "Pak". Entreel montón de hierros retorcidos , hay un carro que nos interesapar t i cularmente . Es uno de esos car ros armados especia l es , quesirven para el t ransporte de las t ropas de asal to. De la proa delcarro surge el cañón de una ametral ladora de grueso cal ibre. Lapar te de atrás del carro t iene la forma de una "T" al revés . A losdos lados la coraza es tá plegada en formas de bancas . Sobre estas dos bancas de acero se s ientan los soldados . Durante el comb a t e , los soldados se t i ran de las bancas y combaten a pie, apoyados por el fuego del carro. Dentro de uno de es tos Panzer detransporte y asal to, vi aún el cuerpo carbonizado del pi loto. Lacolumna ver tebral es tá derecha, apoyada en el respaldo del as iento . Los huesos de las piernas y de los brazos , yacen amontonadosentre el as iento y los pedales .

Paso a paso nos acercamos al Dnies ter , las señales de batal lase nos aparecen con evidencia y f recuencia impresionantes . Son

las señales de la desesperada lucha combatida por los t r ipulantesde los tanques rusos contra lo excesivo de la fuerza enemiga.

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rojo que una columna de camiones levanta, divisamos en el fodel val le del Cainar i , un puente volado. En medio del puente,el fondo del injer to de los dos t ravesanos centrales , colgado cen forma de "V" , yace un gran t anque ruso de 45 toneladas . mons t ruo de acero , i n t acto en apar i encia . No t i ene una herNi s iquiera una plancha se ha movido. Ha volado junto conpuente mient r as es t aba por r e t i r ar se . Se ha r e t ardado unos t r eta segundos, no más. Bajo el puente, sobre la or i l la del Cain

hay un promontor io de t i er r a . Sobre e l promontor io hay planda una cruz ro ja , con l as palabras : "Ein rus s i s che Panzer schzer " . Un t anqui s t a ruso . Es es t a l a pr imera tumba sovié t i ca , ronada por una cruz , que nos hemos encont r ado.

El sol es tá ya en el ocaso cuando l legamos a Vántzina. Enmes aglomeraciones de nubes rojas caen sobre la obscura l lara, rota de profundas , f recuentes gargantas , donde un hi l i l loagua gr i s s erpentea permanentemente . Has ta donde e l o jo a l cza, se ve el esplendor del t r igo. Quis iera cas i decir el resplandel t r igo en el ocaso, mientras el vivo ref lejo de los inmencampos de espigas se atenúa, se opaca poco a poco, se apcomo un cielo.

La carretera, después de Vántzina, sale por el lado de la cna , de l a par t e en donde es t á Soroca, Las pr imeras casas deciudad surgen sobre la cima del cerro. Nos paramos cerca de gran hacienda ennegrecida por los incendios . Es el ant iguo Senar io construido por el Zar Nicolás . El edif icio, de muy s implíneas neoclás icas , (de aquel neoclás ico ruso que es un Empírere t ardo y de s egunda mano) , de l as columnas de es tuco apeen rel ieve sobre la fachada, con el mismo esquema del capjónico, parece, de cerca, cas i completamente destruido. El tees t á ca ído, l os muros in t er iores es t án en ru inas . En pie es

aún los muros exter iores , pero cuar t eados por e l fuego. Pedade vigas quemadas l lenan la vas ta plaza que hay f rente al ed

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CÍO. Y por t odos l ados , en un l a rgu í s imo rad io en t omo a l Semi L a r g a s s o m b r a s n a c e n de l t r igo, como lenguas de fuego n

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nar io , donde los bolcheviques habían puesto la sede de un Consorcio Agrario, y el depósi to de las máquinas agrícolas que elConsorcio se disponía a dist ribui r a los varios kolhoz del dist ri tode Soroca, (había un kolhoz en Vantzina, un segundo en Zipi lova,un terc ero en Kogn iski , un cuarto en (Valano kulo), por todos lados hay t rac to res , t r i l l adoras enormes , segadoras , sembradoras ,desgranadoras y a rados . Es un cementer i o de máquinas agr í col as .

También l a ca r re t e ra que sa l e de Vánt z ina hac i a Soroca es t árodeada de máquinas abandonadas , dañadas en g ran par t e , peroa lgunas en buen es t ado . Me acerco a observar t res g randes t r i l l a dora s i n t ac t a s . Son de m arca hún gara , sa l i das de l a fábr i caHofherr -Schran t a -C láy ton-Sut tSewor th , de Budapes t .

Ya es noche, bajar a Soroca, nos dice un Feldgendarme, es pel igroso. Las baterías rusas emplazadas sobre la ribera del Dniest e r apun t an sobre l a c i udad , l evan t ando enormes nubes de po lvob l anco . Se oye has t a acá e l ca rac t e r í s t i co ru ido de l os muros , e lchi rrido de los ladri l los calcinados y de los tabiques, qué sigue a

cada explosión. Un gran incendio i lumina el horizonte, det rás deJampol , en di rección de Olscianka. Buscamos donde pasar la noche . Golpeamos en l a puer t a de una casucha que surge a unosdoscientos me tros del Seminario. E s una famil ia d e pobre s cam pesino s, dos viejos y un muchachito. Nos acogen gent i lmen te, not i enen nada que o f recemos , só lo una mesa para dormi r . No impor t a . Pe l l egr in i dorm i rá sobre l a mesa , yo dormi ré en e l camión .Comemos un poco de pan con conserva de j i t omate y mien t rast an to nos p reparamos una t aza de t é . Después me acues to den t rodel camión, y a cada rato me levanto sobre los codos para admirarel bri l lar de ¡os incendios, que se levanta de una parte a ot ra delhor i zon t e .

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Escuadri l ias de aparatos soviét icos zumban en el est redo c i e lo . Una amet ra l l adora rusa d i spara de una par t e a o t ra río, con el sonido de una máquina de coser. Aquel "toc-toc-tque cose los párpados Henos de sueño.

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de Rusia, me parecen consis t i r no tanto en los problemas de etrategia, cuanto en los problemas sociales , económicos , moral

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UCRANIA, TUMBA DEL TRIGO

Frente a Moghilev, sobre e l Dnies t er , julio 18 .

La batal la de Ucrania, que desde hace algunos días se desenvuelve con f iereza sobre todo el f rente del Dnies ter , f rente a lal ínea Stal in, es seguramente la que decidirá la suer te de las"Puer t as de As ia" . Seguramente e l públ i co , suges t ionado por losgrandes recuerdos evocados por el nombre de las ciudades, Mos¬

cu , Leningrado, Smolensk, que constituyen los objetivos de laavanzada alemana al nor te y al centro del inmenso campo debata l l a , aún no ha comprendido que l a verdadera par t ida s e es t ájugando sobre el f rente meridional , que el teatro decis ivo de lacampaña es és te de Ucrania, donde se combate no solamente porla posesión del granero ruso, s ino por la posesión de las carreteras que conducen hacia las cuencas industr iales y minerales delDnieper y del Don, hacia el petróleo de Bakú, hacia el Asia.

Pero también, aún cuando pueda sal i r de la reserva y descr i bir los sucesos de es ta gigantesca batal la, yo seguiré manteniendo mis correspondencias con aquel especial carácter , digamos as í ,de "correspondencias sociales" , al cual me he atenido desde unprincipio. Porque el interés y el enorme alcance de es ta campaña

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y pol í t icos (y son problemas absolutamente nuevos, absolutmente excepcionales) que el la propone.

Tengo de Rus ia y sus problemas , una exper i encia per sonque no data de hoy. Es e l p l an de t r abajo que me he propuesdesde mis pr imeras cor r espondencias y , preci samente por esno sólo de refer i r los hechos que se desarrol lan ante mis ojos ino de interpretar los y de poner en claro con absoluta objet iv

dad, los problemas esenciales de es te grandioso confl icto.El lector atento recordará que he tenido cuidado, desde pr incipio, de no crear en él la i lus ión de una escasa combatividen el ejérci to soviét ico. No he dejado nunca escapar la ocaside repet i r le que las t ropas soviét icas se def ienden, res is ten, cobaten bien . Y he t r a t ado de indagar , mediante l a observación drecta del adies tramiento técnico del soldado rojo y de su mode combatir , aquel la que pueda ser la inf luencia de la organizacisocial y pol í t ica soviét ica de la "moral obrera" , sobre la combavidad y el rendimiento táct ico de las t ropas comunis tas . Y no fal tado de adver t i r que no era de esperarse que al pr imer golla revolución hubiese es tal lado en Moscú, que a la derrota drégimen bolchevique habr ía precedido la derrota total del ejéc i t o : porque, decía, el verdadero "cuerpo social" soviét ico es ejérci to, la mayor real ización industr ial del comunismo (mucmás que las grandes haciendas agr ícolas colect ivas , As kolhomucho más que los g igantescos t a l l er es de l a indus t r i a pesades el ejérci to, s iendo el ejérci to soviét ico el resul tado de veincinco años de organización industr ial y de educación técnica skanovis ta de los obreros técnicos cal i f icados .

Ahora yo creo que, habiendo ya penet r ado mucho más prfundamente en terr i tor io soviét ico, teniendo la posibi l idad de oservar de cerca los grandes kolhoz de Ucrania, y acercado a lregiones industr iales del Dnieper , haya l legado el momento

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acentuar el carácter social de mis correspondencias (s in todavíadescuidar la his tor ia de nuestra avanzada, y de los combates a

actual idad, y que s e podr í a ú t i lmente exhumar de los ar chivdel Minis ter io.

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los cuales as is to) , para poder dar al lector no solamente una fotograf ía, s ino una interpretación f ielmente objet iva, de los hechos de que soy tes t igo, que comprenden todos ios elementos económicos , sociales , pol í t icos , rel igiosos y morales del grandiosoproblema soviét ico.

Di ré antes que nada, que l as autor idades germanas mues t r anuna cier ta cautela, s i bien no precisamente aquel la que se desea

r ía, al enfrentarse a la organización económica soviét ica, especialmente a la agr ícola. Para comprender la razón de es ta cautela, debe reflexionarse que la prop agan da co munis ta, por mediode manif ies tos , y ut i l izando la radio, t rata de hacer pres ión sobre l as masas campes inas de Ucrania para que "ent i er r en" e lt r i go . He vis to algunos de es tos manif ies tos . El los dicen: "Campesinos , la ocupación fascis ta es vuestra ruina. ¿A quién venderán los productos de la t ierra? ¿Al kolhoz? Los fascis tas des-t ruirán los kolhoz. ¿A los Consorcios? ¿A las Cooperat ivas?¿A los Oficiales Estatales de la cosecha del t r igo? Los fascis tasdes t ru i r án todo. El los tomarán vues t ro t r igo s in pagar lo . Parasalvar vues t ro t r igo , ¡ ent i ér r enlo! " .

Es te "enter r amiento" del t r igo es un vie jo problema. El mis mo Carlos XII de Suecia, cuando se metió a la conquis ta de Ucrania, tuvo que conocer el problema y sufr i r lo. Fué una de las causas de su ruina, el prólogo de Pól t ava.

En 1918, cuando ocupaban Ucrania, los alemanes no hicieronpor procurarse la cosecha; los campesinos habían "enterrado" elt r i go . Sobre e l s i s t ema de es t e "enter r amiento" , no s e t enían entonces s ino escasas not icias . En la pr imavera de 1920, un funcionar io de nuestro Minis ter io del Exter ior , Virgi l i Amadori , fuéenviado a Ucrania para darse cuenta de las condiciones de aquel la región, y nos reportó un amplio es tudio sobre var ios s is temasde "enter r amiento"del t r igo , es tudio que hoy es de grandí s ima

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Yo me encontraba en aquel año, en 1920, en Varsovia, comdiplomático en la Legación, y tenía modo de leer aquel es tudiode ent r e t enerme en hablar del asunto con e l mismo Vi rgi l i Amdor i . Del problema del " enter r am iento" del t r igo , s e ocupaba t abién en ese t iempo. Monseñor Genocchi , el cual había s ido eviado a Ucrania por la Santa Sede, por par te de los intereses la Igles ia Unida. Conocí a Monseñor Gonecchi cerca del Nunc

Apostól ico de Varsovia, el entonces Monseñor Acholle Rat t i . Y rcibí de él muchas indicaciones que me fueron precíosas , cuanpoco después , en junio de 1920, acompañé a las t ropas polacdel Mar i scal P i i sudski has t a Kiev, durante l a campaña de Ucnia, Las consecuencias del "enterramiento" del t r igo fueron grves para el ejérci to polaco, como habían s ido graves , dos aña n t e s , para el ejercí to alemán de ocupación; yo tuve manera, aquel la ocasión, de darme cuenta personalmente del problemade sus ref lejos económicos y sociales ; lo que me fué út i l en sguida para comprender la razón de la áspera lucha conducida plos bolcheviques en Ucrania contra el sabotaje agr ícola. Sobre "enterramiento" del t r igo, exis ten en Moscú, en la sección ag

cola de la Bibl ioteca de Lenín, documentos y es tudios interesat ís imos, en var ias lenguas , de los cuales he podido tener conomiento durante mi úl t ima es tancia en la U.R.S.S.

Hoy, los alema nes , que sobre tales argumentos ha n condudo , después de la grave exper iencia de 1918, aver iguaciones s ingular in t er és , mues t r an l a in t ención de querer adoptar , paeste problema, la solución de ios colectores .

Porque para evi t ar e l " enter r amiento" del t r igo , s e neces isobre todo, subst i tuir el s is tema de ios "Colectores soviét icocon un s is tema análogo. De un retomo puro y s imple, a un s isma " l iberal" , no es ni s iquiera el caso de hablar . El campesiruso ya se encuentra acostumbrado a la organización soviét ica

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l o s c o l e c t o r e s y k a t e r m i n a d o p o r e n c o n t r a r s u p r o p i o i n t e r é s ,A bo l id le lo s ko lhoz , abo l id le lo s co lec to r es , y e l campes ino ya

H a b r í a s i d o a q u e l u n s i s t e m a d e s a b o t a j e a g r í c o l a m u c hs i m p l e y r á p i d o q u e e l " e n t e r r a m i e n t o " . E 1 g r a n o e s t á m

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n o s a b r á a q u i é n e n t r e g a r l e s u p r o p i o t r i g o , o t e n d r á l ó g i c a m e n t e l a s o s p e c h a d e u n a r e q u i s i c i ó n m i l i t a r f o r z o s a , y e n t o n c e s ,a ú n p r e f i r i e n d o a l o s i n s e c t o s , l o " e n t e r r a r á " .

C o m o s e p r e o c u p a n d e h a c e r s a l t a r l o s p u e n t e s , d e d e s t r u i r l a sv í a s d e f e r r o c a r r i l , d e i n t e r r u m p i r l a s c a r r e t e r a s , d e s a b o t e a rl a m a q u i n a r i a d e l a s p l a n t a s i n d u s t r i a l e s , e t c . , a s í m i s m o l o s b o l c h e v i q u e s s e p r e o c u p a n d e d e s t r u i r t o d o a q u e l l o d e s u o r g a n i z a c i ó n e c o n ó m i c a q u e p u e d a s e r v i r a l o s a l e m a n e s p a r a e l d i s f r u t a -m i e n t o a g r í c o l a d e U c r a n i a . L a p r e s e n c i a d e n u m e r o s o s a g e n t e sp o l í t i c o s s i g u i e n d o a l a s t r o p a s s o v i é t i c a s , r e s p o n d e a l a n e c e s i dad de un con t ro l po l í t i co s ob re l a conduc ta de l a guer r a y a l an e c e s i d a d d e l a p r o p a g a n d a p a r a e l " s a b o t a j e " a g r í c o l a c o n t r al a i n v a s i ó n .

E n a l g u n a s a l d e a s d e P o d i ó l a s e h a n e n c o n t r a d o m u c h o s a g u j e r o s l i s t o s p a r a e n t e r r a r l a c o s e c h a . E n l o s o f i c i n a s d e l o s k o l h o z y a c e n m o n t o n e s d e f o l l e t o s c o n t e n i e n d o l a s i n s t r u c c i o n e s p a r a u n r a c i o n a l " e n t e r r a m i e n t o " d e l t r i g o . L o s b o l c h e v i q u e s n oh a n t e n i d o t i e m p o d e d i s t r i b u i r l o s a l o s c a m p e s i n o s . E s t a p r o p a g a n d a n o t i e n e p o r a h o r a m á s q u e r e s u l t a d o s m u y e s c a s o s : p o r

q u e l a a u t o r i d a d a l e m a n a s e h a e n f r e n t a d o i n m e d i a t a m e n t e , e nl o s t e r r i t o r i o s o c u p a d o s , a a d v e r t i r a l a p o b l a c i ó n q u e e n s u b s t i tuc ión de lo s ko lhoz , s e r án c r eados lo s co lec to r es de g r ano , a lo sc u a l e s l o s c a m p e s i n o s d e b e r à n e n t r e g a r l a c o s e c h a m e d i a n t e e lpago de l nuevo p rec io , e s t ab lec ido s ob re l a bas e de una e f ec t ivaa l z a d e l p r e c i o e n r u b l o s p a g a d o h a s t a a h o r a . Y h e p o d i d o c o n s t a t a r y o m i s m o , e n m u c h a s a l d e a s , q u e l o s c a m p e s i n o s h a n a c e p t a d o e s t a m e d i d a c o n c i e r t o a l i v i o , c o m o l a ú n i c a q u e p u e d a g a r a n t i z a r l a r á p i d a v e n t a d e l a c o s e c h a s o b r e l a b a s e d e u n p r e c i or e l a t i v a m e n t e e s t a b l e .

M e h e p r e g u n t a d o , p o r o t r a p a r t e , y m u c h a s v e c e s , p o r q u é

l o s b o l c h e v i q u e s n o h a n i n c e n d i a d o l a c o s e c h a a n t e s d e r e t i r a r s e .

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l a m i e s e s t á c e r c a n a , b a s t a u n c e r i l l o p a r a h a c e r e n c e n d e r d a l a U c r a n i a u n e s p a n t o s o i n c e n d i o . P e r o l o s c a m p e s i n o s hs i n d u d a r e s p o n d i d o c o n l a i n s u r r e c c i ó n a l a t e n t a t i v a dt r u i r l a c o s e c h a . Y l a s i n s u r r e c c i o n e s , e n U c r a n i a , h a b r í a nr e c i d o d e m a s i a d o l o s p l a n e s d e l o s a l e m a n e s p a r a q u e l o s v i q u e s o s a s e n p r o v o c a r l a s . ( D i r é a e s t e p u n t o , q u e t o d a s t i c i a s c i r c u l a n t e s s o b r e l a s i s t e m á t i c a d e s t r u c c i ó n p o r pl o s b o l c h e v i q u e s , d e l a c o s e c h a d e U c r a n i a , s o n f a l s a s ) .

M a ñ a n a , q u i z á s d e n t r o d e p o c a s h o r a s s o l a m e n t e , l a de l D n iés te r ha b r á l l egado a s u t érmino , ( M i en t r a s e s c r ibn o t a s s o b r e l a p l a t a f o r m a d e u n c a r r o a n t i a é r e o , l a s e x p ld e l a a r t i l l e r í a h a c e n s a c u d i r , a l l á a l f o n d o , s o b r e l a p i n gn u r a u c r a n i a n a , l a s r o j a s n u b e s d e l o c a s o . P a s a n , a p i e , g r uh e r i d o s a l e m a n e s y r u m a n o s ; e l r o s t r o b a ñ a d o e n s u d o r , ljuven ilmen te a le g re s . U n o f ic ia l s ov ié t i co , g r av em en te e n e l a b d o m e n , e s t á e x t e n d i d o s o b r e u n a c a m i l l a , c e r c a n o ad e e n f e r m e r í a . U n P a n z e r p e s a d o l l e g a , s e d e t i e n e , l a p ua c e r o s e a b r e , l o s h o m b r e s d e l a t r i p u l a c i ó n b a j a n u n o a u nd o f u e r t e . L a n o c h e b a j a h ú m e d a y o l o r o s a a t r i g o ) . N o

a ú n d e c i r n a d a d e lo s s u c e d i d o s d e l a b a t a l l a . D e b o c o n t ec o n p r e p a r a r a l l e c t o r a l a c o m p r e n s i ó n d e l o s g r a n d e s m a s , e n l a n a t u r a l e z a d e l o s c u a l e s c o n s i s t e g r a n p a r t e d ef i cado de es ta gu er r a y de s u importancia. D e n t r o de d í a s , c u a n d o n o s i n t r o d u z c a m o s e n l a s r e g i o n e s d e l o s k o l h o z , e s t o s p r o b l e m a s s e c o n v e r t i r á n d e e n o r m e i n t e r é sv e n d r á , q u e n o o t r a c o s a , a j u s t i f i c a r l a s g r a n d e s i n c o m oy l o s p e l i g r o s q u e a c o m p a ñ a n , t a m b i é n a m i , a l a e r r a n t et o r e s c a e x i s t e n c i a d e l a s c o l u m n a s m o t o r i z a d a s a l e m a n al a s c a r r e t e r a s d e U c r a n i a .

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El sol apenas ha sal ido, cuando nos volvemos a meter en

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X I

E S P E C T R O S

Soroca, sobre el Dniester, agosto 6 .

Durante toda la noche los aviones soviét icos han volado sobreSoroca , t ra t ando de des t ru i r e l mat e r i a l que l os puen t e ros a l e manes es t án acumulando sobre l a r i bera de l Dniés t e r , f ren t e aJampol . El ruido de las explosiones repercute a lo largo del valle.Al alba, el bombardeo y el t i ro de la "Flak" se han hecho tanviolentos, que yo he renunciado al reposo.

Mientras me rasuraba al descubierto, frente a un espejo col gado en un clavo met ido en la puerta del establo, me puse aplaticar con el viejo campesino. Hablando del kolhoz, el viejomovía ' la cabeza, mirándome con el rabo del ojo. Está preocupado por la siega. No sabe qué hacer. Fal tan los brazos, los hombres fuertes están combat iendo en las fi las del ejérci to rojo, lasmáquinas agr í co l as es t án dañadas en g ran par t e . Se neces i t at i empo para repara r l as , y mien t ras t an to l a cosecha amenazaperderse . Mi ra a l c i e l o : negras nubes se amontonan en e l hor i zonte. Es un año l luvioso. Se necesi ta t rabajar rápido con el t r i

go . Las mujeres no bastan para la siega. Menea la cabeza, mep r e g u n t a : " ¿ C ó m o h a r e m o s ? " .

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mino. Bajamos a Soroca. Es una pequeña ciudad. Soroca, sida en bel la posición, en un ampl io costado del río, ent re el Dnter y la al ta rivera que desciende hacia el val le. En un recodocamino, (un camino rapidísim o, l leno 'de carro s, de t ren es det i l lería, de parque del genio) se nos ofrece de improviso unpecto bel l í simo y al mismo t iempo terrorí fico, de la ciudad.cast i l lo, en la rivera del r ío, alza sus redondas torres amuradas sobre una mare j ada de casuchas der rumbadas por e l b

bardeo, dest ruidas por el incendio. Es un cast i l lo genovés, después fué moldavo, después turco, después moscovi ta. Enmos en la ciudad en ruinas, vagamos a lo largo ent re los escbros , encontrándonos con grupos de gente descalza, laceradalos cabel los enmarañados, el rost ro negro de hol l ín, que t ranstan sobre la espalda colchones, si l las, colchonetas quemadas.Fe ldgendarme, de guard i a en un c rucero , nos aconse j a a l e j adel cent ro de la ciudad, aún muy cast igada por la art i l leríaviét ica emplazada en la ot ra ribera del r ío. "Hacia los suburbinos dice, "encontrarán alguna casa intacta". Desembocamos una larga cal le, el carro brinca ent re los escombros, sobre montones de ruinas calcinadas, sobre los pedazos de vigas

madas. En cierto punto, desembocamos frente al jardín públ

Es una pausa verde ent re los montones carbonizados demísera ciudad. Son al tos álamos, t i las frondosas, acacias, peqños arbust i l los, enredaderas que parecen a la vid si lvest re. Simesas , a rmar ios , camas , es t án esparc idos a g rane l en t remanchas verdes de los prados. Una t ina l lena de agua amari lta , en el agua flotan pedazos de madera, hojas caídas, papel rrefleja un cielo l ímpido y terso, ent re las arabescas de las froy de las hojas.

A lguna mujer a t rav i esa e l j a rd ín , a l gún muchacho . Es

de aquel los jardines públ icos de provincia, los cuales encueuno siempre en todas las novelas o en todos los cuentos de

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escr i tores rusos , del es t i lo de Postoiewski . Verde, húmedo. Henode densas sombras , b landas , esponjosas , un románt i co j ardín , hu

pecto severo. En aquel la casa es taba la sede del Soviet de SorEmpujo l a puer t a , ent ro en e l Sovie t , En l a es t ancia r e in

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milde y digno entre las casas bajas , entre los habi tuales aspectosde es t a pobre arqui t ec tura provincia l . Un piar de pájaros des menuza e l azul ent r e l as a l t as r amas .

Sobre una banca es t á posado un volumen de Puschkin , Eugenio Oníeghin, impreso en Moscú en 1937, el año del centenar iodel poeta. Abro el volumen, leo los pr imeros versos:

Moi diadia samike ces tnikh pravi l ,kagdá nie v s c in tku sanemog.

Aquel dulce sonido me conmueve ha s t a lo más profundo. (Al gunos años hace, en los contornos de Moscú, vis i té la vi l la endonde Puschkin t r anscur r ió los ú l t imos t i empos de su breve vi da. He tocado, he acar iciado sus objetos famil iares , su cama, sucoj ín, su pluma, su t intero, el medal lón donde es tá custodiada unmechón de su cabel lo) . Me temblaban los dedos hojeando el volumen de Eugenio Onieghin . Ent r e l as páginas , como señaladorde aquel segundo canto, que se abre con la ci tación horaciana:"O rus ! " , hay un guante sucio , descos ido. Yo l eo:

Ach, on l iubil , kak v nasci l i e t auje n i e l i ubia t ; kak adná

Y apr i e to aquel guante como s i apre t ase una mano.Una mujer aún joven, rubia, ves t ida con pobreza, recorre las

cal les l levando de la mano a una niña, seguramente de t res años ,pal idís ima y rubia . Tienen las cara s sucias , los cabellos deshecho s ,pendientes en r izos sobre las mej i l las , los ves t idos sucios de polvo , La mujer , al pasar , me mira con cur ios idad, cas i con pudor .Siento su mirada posarse sobre raí , como sobre un doloroso recuerdo.

Frente a la entrada del jardín públ ico, a pocos pasos del so-vie tk ino o c inematógrafo ruso, surge una casa de p iedra , de as -

desorden indescr ip t ib l e . Mesas vol t eadas , armar ios ro tos , mbles despedazados , montones de papel esparcidos por el suelolos muros es tán colgados aún los ret ratos de Lenin, Stal inMolotov; y mani f i es tos , car t e l es de propaganda.

Uno sobre todos me interesa: es el plano topográf ico ddu da d de Pe ter sburg o, s eñalada en ro jo l a colocación de l as fzas soviét icas en los días de la insurrección de octubre de 1

La es t r a t egia r evolucionar i a , que Lenín había es tudiado encabezas de Clausevi tz, aparece en esa car ta, como ya lo Joh n Reed en su carnet , en sus Diez días que sacudieron al do . Con una pequeña bandera ro ja , es t á s eñalado e l Ins tSmolny, cuar tel general de la revolución bolchevique.

En los muros , l os car t e lones de propaganda para l a CajAhorro soviét ica, se al ternan con los car telones de la propada agr ícola, con los cuadros que muestran el funcionamientuna t r i l ladora, con la ef igie de los mayores comisar ios del puecon el ret rato del célebre aviador ruso Chkalok, que voló poPolo Norte de Rusia a América; con las es tadís t icas sobre la

t rucción elemental en las var ias Repúblicas de la Unión, concar telones que inci tan a los jóvenes comunis tas a enrolarse cvoluntar ios en l a Armada rusa .

En el cajón de un escr i tor io, hay muchas tar jetas del t i do Comunis t a , a lgunas ya prontas para l a ent r ega, con l atograf ía del comunis ta y la f i rma del Pres idente del Soviet deroca y del Pres idente del kolhoz. Sobre una mesa, vacías , botel las de Sovietskoie Champanskoie, el espumante soviéun pedazo de pan, una pipa, una caja de cer i l los con la hozmart i l lo impresos en la et iqueta, un peine desdentado.

La explosion de una bomba (debe haber es tal lado muy cer

me hace sal i r a la puer ta, los aparatos soviét icos huyen amrándose entre las nubes blancas y rojas de los proyect i les d

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"Flak"' . En la carretera pasa t ina columna de saqueadores, quealgunos soldados rumanos l levan hacia la sede de la pol icía mi

LA señora de los cabel los claros me viene al encuentro pot e r raza , me ruega acomodarme. Es una señora sobre c incue

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l i t a r .Son campesinos de los contomos: algunos son hebreos, ot ros

son zíngaros del rost ro obscuro, de los ojos bri l lantes y los cabel los largos. No daría un centavo por su piel . Motocicl i stas germano s pasan ve loces en t re una nube de po lvo . P reg unto a uno deellos en donde está el Comando de la columna a la cual deboagregarme. Es t á más a l nor t e , a unos d i ez k i l ómet ros de Soroca ,

f ren t e a Jampol . Pero a es t a hora no se puede pasar . La car re tera está siendo atacada. Me aconseja detenerme en Soroca yesperar has t a l a noche .

' D a n k e s c h ü n " .

Atravieso el jardín y me pongo a pasear por las cal les delbar r i o , que es t á ce rca de l j a rd ín . Las casas aparecen i n t ac t as :son las únicas casas que quedaron en pié en Soroca. Leo los nombres de las cal les: Cal le de Engels, Cal le Carlos Marx, Cal le La-sal le, Via Bakunin. En la Cal le Carlos Marx está el Liceo Femenino, una especie de club para las muchachas acomodadas de Soroca. Los comunistas han hecho una escuela para las hi jas delos obreros. Tras la escuela, en la Avenida Príncipe Nicolás, en elnúmero 25, se esconde una casa de modesta apariencia. Las vent anas es t án cer radas , l as pers i anas ba j adas . Tocamos . Nos abreuna vieja, Nos dice en ruso:" Padajditie pa j a lu i s t a , esperen porfavor" , y vue lve a ce r ra r l a puer t a . Después de a lgunos i ns t an t e ,ot ra mujer, de cabel los clarísimos, no sé si rubios o blancos, seasoma de una ventana y me pregunta en perfecto francés si buscoa alguien. No, no busco a ninguna. Quisiera descansar algunashoras . "Den vue l t a a l a casa" , d i ce , "en t ren por l a t e r raza" . Sobre la terraza están dispuestos en bel lo orden, en tomo a unamesa de bejuco, algunas si l las mecedoras, también de bejuco, de

aquel las que se usan en las casas de campo o en el mar.

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quizás un poco gorda, de movimientos lentos, levemente sunsa. Parece casi que reci ta. Habla uñ francés buenísimo, consombra de afectación. Es el francés de la inst i tut riz de una na famil ia, el francés de la Bibl ioteca Rosa y el de los cuede Madame Ségur. Sí , un par de estancias están l impias, enden, pero sin colchones y sin sábanas. Le agradezco, me bastdiván. La señora hace un gesto, sonríe, sale en la punta dep i es . Es toy por abr i r una ca j a de conserva de j i t omate , cuaen t ra l a v i e j a que me hab í a ab i e r t o p r imero .

Es una señora de uno setenta años, de l ineamientos dupero de la voz, de la mirada, de los gestos de una ext rema zura. Es la dueña de la casa. Es rusa. Se l lama Anna Ghighiewna Brasul . Su marido, el hi jo, la nuera, han sido depodos a Siberia. Es sola, vive sola.

"¿ Qué quiere que ha ga, Ja p adajdá , esp ero", dice. Hab lavoz bajá, sonriendo. Son ya más de veinte años que espera. vest ida pobremente, de viejos pedazos desteñidos, pero remdados y planchados con cuidado.

(De la ventana de la pieza se ven las filas de los árbolesjardín público, un camión incendiado en la esquina de las caCarlos Marx y Engels, dos niños que juegan en el suelo, el tedel Club Femenino. Las explosiones de las bombas lanzadalos aeroplanos soviét icos hacen temblar los muros. El espejoun armarío, en la pieza de junto, t int inea. Ya pasó el mediouna luz muerta ent ra en la pieza, un rayo de sol pega sobrrodi l la de la vieja sentada frente a mí .

Con la mano l lena de venas color violeta, la vieja ac aricia aqrayo de sol , dice: "¡Hace tanto t iempo que no veo un l imón!mira con los ojos nublados el l imón que he sacado fuera demochi la. Y así me habla de Crimea, de las naranjas de Yal ta,

fel iz t iempo pasado, me habla del bolchevismo con un horror

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dír ia mat e rno . S í , p rec i samente , un horror m at e rn o . Gomo demuchachi tos que la habían hecho sufri r tanto en la vida.

como ins t i t u t r i z de una nob l e fami l i a rusa : me hab l a de sus pt as p re fe r i dos : Coppée , Lemontow, Lamar t i n , Puschk in . No

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He doy cuen t a que es t á con t en t a de poder mos t ra rse gen t i l ,de hacer gala de su buena educación. Habla en voz baja, sonriendo , de vez en cuando se a jus t a sobre l a f ren t e l a pe ine t a negraque le det iene los cabel los. Tiene un aspecto ant iquísimo, nuncahe v i s t o una mujer as í de v i e j a , t resc i en tos años seguramente ;parece sa l i da de un v i e jo anuar io , de un v i e jo cuadro . Mien t rashab l amos , una espec i e de s i rv i en t e nos l l eva una sopera rep l e t a

de borsce . Es un viejo siervo ucraniano, que camina descalzo, seIncl ina ante la pat rona y los huéspedes. Es un tol tóvska, t iene lospantalones largos, un pobre par de pantalones de algodón, conlas ori l las deshi lacl iadas, detenido en tomo a la cintura por unpedazo de b ramante . Después de l borsce , e l s i e rvo nos l l eva unat aza de cacao , pan b l ando , mermelada . Y mien t ras t an to , l a v i e j a hab l a , sonr í e , se a j us t a l a negra pe ine t a sobre l a a r rugadafrente y habla ndo me mira , t iene una bel lí sima mira da, u nabe l l i s ima sonr i sa , un ros t ro bueno , t odo encan t ado por l a so r p resa , por l a novedad . Es p rec i samente , como d i cen l os f rance-ces, aux unges. Me ofrece un poco de todo aquel lo que posee»

un poco de todo aquel lo que ha logrado salvar.Tras a lgunos minu tos , se oyen unas p i sadas en l a t e r raza . LaVieja dice : "Vamos a l a t e r raza" . Y as í sa l imos y nos v i enen a lencuentro, uno a uno, como si viniesen a una recepción, la señorade los cabel los claros con él marido (e l hombre es más j ovenque el la, con barba de diez días, pero la ropa blanca l impia, lavadas) y ot ra vieja señora, después de un hombre flaco y largo conel al to cuel lo almidonado. Tiene una pierna torcida, el saco conl as mangas remendadas . Es un ex- fundonar io de l an t i guo rég i men; has t a hace pocos d í as t raba j aba como sub- j e fe de l Univer -mag , que es una espede de "Supermercado" sov i é t i co . La conversación fluye fáci lmente, hablamos francés y ruso. La señorade l oe cabe l l os daros ha es t ado en Su i za , en Franc i a , en I t a l i a ,

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noce n ingún escr i t o r bo l chev ique : pero l a señora Brasu l , l a mjer del prefecto, los ha leído, dice, esos hool igans (es una pabra amer i cana en t rada en l a j e rga bo l chev ique , y que s i gn i fs i nvergüenza de a r r i ba a aba jo ) , esos s invergüenzas , d i ce desprecio; per o el suy o es un desprecio social, no li tera rio .t i empo t ranscurre du l cemente . Yo qu i s i e ra par t i r para enconta l Comando de l a co lumna an t es de l a noche , pero no oso rom

aquel encan to y me pres to a esa triste ficción, a aquel la t r i stdulce comedia.Es u n recibimiento en ext re mis . A poco, la vieja señor a se

van t a , camina co j eando , l en t amente , s i n hacer s i qu i e ra un l erumor , abre un a rmar io , descue lga de un gancho un v i e jo ves tde noche de hace unos t re i n t a años , qu i zás has t a cuaren t a , cel cuel lo de encaje sostenido por pequeñas plegaderas. Me dque l levaba aquel vest ido cuando fué invi tada a no sé qué fiesobre un acorazado de la flota imperial en Odessa. Después sal evan t ando en a l t o e l ves t i do para que no se a r ras t re en e l suey yo espero ver l a regresar ves t i da de ga l a , como l a baronesa

Saint -Auriol , de la Isabel la de Gide, en aquel la inolvidable esceen el cast i l lo de Quart fouché. Pero regresa sosteniendo con manos una charola, sobre la cual hay un pol lo cocido, y quiere qlo comamos: y así todos comemos un poco, y son ya las t res, qu i e ro par t i r , e s t a rde , me s i en to moles to en t re aque l l os gen t iespect ros: pero no oso interrumpir aquel la piadosa ficcción, aqt r i s t e encan t amien to . Qui s i e ra besar l a mano de l a señora Braspero t engo asco de aque l l as venas l l enas , y en c i e r t o momencierro los ojos, me doy fuerzas, le beso la mano, y la vieja efel iz, mira al rededor, mira a las amigas precisamente con el ade una v i e j a dama; es t á f i e ra y fe l i z , una l ágr ima asoma en párpado , pero su a i re de fel ic idad mu ndan a se apag a apena s

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bajo los escalones de la terraza. Es como si un telón negro cayese sobre el úl t imo cuadro de una t ri ste y fel iz comedia. t res niños", y no conozco a ninguna de las personas de las qu

hablo: pero la señora Orlandel l i está fel iz de aquel las inocua

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Estoy por i rme en el carro, cuando se acerca jadeante, ansiosa, l lorando, una mujer de unos cuarenta años. Es i tal iana, se l lama Al icia Orlandel l i , de Parma, está aquí desde los catorce años,vino a Soroca en 1927 a encontrar a su hermano comerciante, hasabido esta mañana, por casual idad, que había un oficial i tal ianoen Soroca, ha buscado por toda la ciudad, y ahí finalmente nosha encontrado. Ríe l lorando, dice: "Sí , soy i tal iana, de Parma,soy i tal iana", y entonces yo regreso, la tomo por los brazos, laayudo a sentarse en un si l lón de bejuco, y la Orlandel l i r íe , l lora*dice: "Oh, como soy fel iz", y las ot ras señoras la l laman "Ma-dame Ot l ande l l e y t odas e l l as es t án t ambién con t en t as , hab l an ,hablan, yo no comprendo lo que dicen, la señora Orlandel l i mezcla el i tal iano con el ruso y el rumano, hasta que el viejo siervoucraniano t ropieza y cae de rodi l las t i rando sobre el tapete unabandeja l lena de ci ruelas envinadas. "¡Grígori !", exclama la dueña de la casa con voz de reproche. Después sacude la cabeza, como d i c i endo: " ¡Qué t i empos , qué gen t e !" , m ien t ras t odos nosot ros nos agachamos a recoger del tapete las ci ruelas.

La señora Or l ande l li nos cuen t a qu e es guardar ro pa en e l hos

pi tal de Soroca, que ha tenido mucho t rabajo, que los bolcheviques l a t ra t aban bas t an t e b i en , pero l e pagaban poco , t en í a quet rabajar de la mañana a la noche: cuando se fueron, los comun i s t as quer í an l l evárse l a con ellos, pero la señora Orlandelli serehusó . "Me quedé con mi s enfe rmos" , d i ce , y ahora espera queel hospi tal empiece nuevamente a funcionar, ya no hay sábanas,no hay gasa , n i medi c inas . Has t a l os i ns t rumentos qu i rú rg i cosse los l levaron. Está fel iz, conmovida, se t raba al hablar, repi telas frases dos o t res veces, como si yo no comprendiera. Me pregunta si conozco Parma. Sí , efect ivamente, conozco Parma. Mepide not icias de esta o aquel la famil ia. Y yo respondo siempre:

"Están todos bien, la muchacha se casó, él ha muerto, la tal t iene

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invenciones mías. Y ríe, l lora, y al rato se alza, corre, regresat ras un cuarto de hora con un vaso de miel y una l inda rebanadde brinza, que es un queso fresco. Quiere que me lo coma, y yolo como para darle gusto: todos probamos aquel la miel y aquebr inza .

Pero son ya l as cua t ro , debemos par t i r , "S í , regresaremoesta noche, regresaremos a dormir". Y así nos despedimos co

aque l l a cor t és ment i ra . Es t án t odos mi rándonos desde l a t e r razanos hacen ges tos de sa ludo , y l a señora Anna Ghieorgh i ewnBrasul agi ta un velo blanco, sí , precisamente un velo blanco, lagi ta con gracia melancól ica, cansadamente: y cuando damos lvuel ta en la esquina y me viene a la vista, frente a los ojos, eescenario de la ciudad en ruinas y la calle l lena de escombrosme parece de haber regresado vivo. Me siento un poco t ri stepensando en aquel los espect ros de ot ra edad, asomados al umbra l de un mundo des t ru ido . P i enso que ya no saben espera r má ssolamente quedaron el los y el recuerdo, un ant iguo recuerdo, única cosa viva e intacta en aquel la muerta ciudad.

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puente, que los cont inuos y furiosos contraataques soviét ícost ra t an de con t ener y des t rozar .

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XII

L O S H I P O P O T A M O S D E L D N I É S T E R

Fren t e a Jampol , agos to 6 .

De lo al to de la ribera derecha del Dniester, la mirada abarcatodo el terreno de la batalla que desde hace algunos días se h aenfurecido fre nte a la l inea Stalin , a lo lar go del cu rso del Dn iéster y en las l lanuras de Podol ia. (Desde los montes de Jampol ,

un poco sobre Moghi lev, la l ínea Stal in se separa del r ío y sed i r i ge a nor t e -noroes t e a t ravés de Ucran i a , para cubr i r l as ca r re t e ras de acceso a K iev) ,

Es una región plana, l igeramente ondulada, dulcísima al ojopor el dorado esplendor del t r igo, que reviste las ampl ias curvasde l t e r ren o y los lados de las hendeduras excavadas por los torrent es en l a negra t i e r ra . Bosques verd í s imos dan , aqu í y a l l á , des canso a la vista. En este paisaje sereno, i luminado de una luzd e n s a y quieta, se combate desde hace algunos días una de lasmás sangr i en t as ba t a l l as de es t a campaña de Rus i a . A tmvesan-do el Dniéster a fuerza viva, los grupos de asal to de nuest ra columna han const i tuido sobre la ribera ucraniana, una cabeza de

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Hubo un mom ento ayer en e l que parec í a que l as escasas fuer -zas rumanas, enc aram ada s en la ribera enemiga, habían sidovencidas por la violenta reacción soviét ica. Pero durante la nochese ha restablecido la si tuación con el arribo de refuerzos germanos , t ranspor t ados en l os S tunnboole o l anchas motor de asa l to (son pequeñas "fuera de borda") velocísimas. La lucha se hareanudado es t a mañana , b rava y fe roz , con g raves pérd idas deambas par t es , en e l t e r reno pan t anoso que se ex t i ende en t omoa Jampol , ent re la ribera del Dniester y los elementos avanzadosde la línea Stalin.Es ésta la fase crítica de la batalla.

"E l ata qu e decisivo est á fi jado para ma ñan a por la mañana,al alba", nos dice el general Rtw,, que comanda nuest ra columna.El general está sentado frente a una mesa al ai re l ibre, cerca deuna casa des t ru ida . Sobre l a mesa es t á ex t end ida l a ca r t a a l25,000 de la l ínea Stal in en el sector de Jampol . "No es una si tua-ción muy fáci l la nuest ra", nos dice el general , siguiendo con eldedo, sobre la carta, el t razado ruso de la l ínea Stal in, "pero lomás es t á hecho" .

A nuest ra izquierda, las t ropas de la columna norte han logrado a l a rgar l a cabeza de puen t e sobre Moghi l ev . A nues t raderecha, en el val le de Soroca, algunos grupos rumanos han pasado el r ío. agrupándose en la ribera ucraniana. Es una luchamuy dura, Pero mañana por la mañana la si tuación estará aclarada. El general sonríe, dice: "¿Quiere dar una ojeada al campode ba t a l l a?" .

Nos di rigimos a pie con el Sonderführer Hei tel hacia la ori l ladel dique que se desploma sobre el r io. Son casi las cinco. Elhúmedo calor de la tarde se estanca sobre los campos de t rigo, unai re polvoriento se nos cuela ent re los dientes, nos quema lospulmones. Al lá, enfríente, la ribera soviét ica se levanta con brus

ca impaciencia, most rando el corte claro de su pendiente lado ar-

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ci l loso, l leno de casas blancas y de largos techos cubier tos delámina. En tomo a nosot ros , e l t er r eno es t á r egado de bosque-

"¿Quiere un sorbo de vodka sovié t i ca?" , gr i t a , para sobrepasar las explosiones de la ar t i l ler ía. Se sube al tanque, se encorv

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ci l ios de acacias , tupidos y verdís imos, donde han s ido anidadaslas piezas ant iaéreas , los depósi tos de munciones , las es tacionestelefónicas y de radiofonía de campaña. Y a poco, en pr imer plano , sobre el fondo de aquel sereno paisaje de nubes blancas y espigas doradas , s e me aparece un grupo de muer tos rusos ; unsoldado es tá sentado en el suelo, con la espalda apoyada al cuerpo encogido de un compañero. Tiene la cabeza recl inada sobre el

pecho y mira de arr iba a abajo con los ojos desorbi tados . Es unaclás ica imagen de guerra, al margen del al to es tupor del mediod ía ; un adorno bodoniano sobre el f ront ispicio de la batal la.

Numerosas piezas de medio cal ibre es tán esparcidas aquí yal lá por los campos. En tomo a cada pieza, para evi tar los incendios, el t r igo se ha segado con cuidado, en largo círculo, como sehace con los cabel los al rededor de una her ida. Entre un disparoy otro (es un fuego r í tmico y violento, roto de vez en cuando porbreves pausas , en las cuales se oye el ruido de las explosionespropagarse sobre la r ibera opuesta) se alzan las voces de los soldados , los llamados de los oficiales . Algunos ar t i l leros , con el tor

so desnudo, es t án excavando pequeñas t r incheras para l a r eservade las municiones . Otros duermen extendidos en el suelo, conuna toal la sobre la cabeza.

En un pl iegue del terreno, dispuestos en l ínea de f rente, cincotanques mandan gr i s es r ef l e jos bajo e l enmascaramiento de l asglor ietas de acacias y los montones de espigas . Los t r ipulantes ,sentados alrededor de los tanques , comen, leen, fuman. Un tan-quis ta es tá cosiendo un j i rón de la guerrera de paño negro. Nocon el entretenido empeño de un sas tre, s ino con el arrebato violento de un zapatero. Parece que cosa una suela. Un teniente delos Panzerschi i tzer es tá sentado sobre una lata de gasol ina, leyendo un l ibro. Me saluda, me ofrece un cigarr i l lo. Es joven, rubio, con una larga cicatr iz, una mensur, sobre la mej i l la derecha.

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en la cúpula, mete un brazo, hurga, t rae una botel la. "Prosi t , pro

s i t" , A un lado del tanque, con una pintura verde, hay escr i to unnombre de mujer : "Hilda" . El of icial apoya la mano sobre enombre, y cubre la pr imera s í laba. Doy una hojeada al l ibro questá leyendo. Es una edición soviét ica, en lengua alemana, dlos Problemas del Leninismo de Stal in. Trotzki ha escr i to unaguda cr í t i ca , por muchos aspectos , muy divergente .

"Lo he encontrado en la bibl ioteca del kolhoz de Vántzina"dice el of icial de los Panzerschi i tzer .Nos ponemos a hablar del l ibro, que yo ya conozco,"Es puro bizant ismo", dice el of icial . "¿Otro sorbo de vodka?Me separo del teniente de los Panzerschiitzer y pros igo haci

un observator io de ar t i l ler ía poco dis tante. El of icial observadome indica una cor t ina de humo, a t res ki lómetros del Dnies ter .

"Los nuestros es tán al lá" , dice. He ahí Jampoi , abajo, f rentea nosot ros , un poco hacia nues t r a derecha: no es ya más que unmontón informe de ru inas carbonizadas . Un grupo de casas ardea la extremidad de la ciudad (es más bien un caser ío agr ícola, con

algún, molino, alguna cur t idur ía, cualquier homo de ladr i l los)Intactas , entre jardines , huer tos , bosqueci l los de acacia, parecenviéndolas desde aquí , las casas de la per i fer ia y los largos techosde los heni les , de los graneros o de los es tablos del kolhoz cercano a la ribera del río.

"¿Qué cosa es esa construcción baja, con aquel gran pat io?¿U n kolhoz?", pregunto a l observador .

"Es un cuar tel de cabal ler ía" , me responde. Cerca del diquedel r ío, al lá abajo, en la l lanura, a lo largo de la carretera quel l eva a Ol scianka, ( es l a car r e t er a para Bal t a , l a car r e t er a paraKiev y Odesa) , se levanta el humo rojo y blanco de las explosio

nes . La ar t i l l er í a a l emana t i r a a l a car r e t er a hacia Ol sciankal lena de carruajes rusos . En cualquier t recho, a los lados de la

—III—

c ar r e te r a , e l t r i go ar d e . Un b os q u e e s tá e n l l amas a l l á a b a j o . E l

r u i d o d e l a s b ate r í as a l e man as d e - a s a l t o , q u e e m p l a z a d a s e n l ar ibe r a uc r an iana mar t i l l an l os b u n k e r s ov ié t i cos , s e con funde COA

D e j a m o s e l o b s e r v a t o r i o , b a j a m o s h a c i a e l r ío , e n t r e l o s b o sques de acac ia y b r e ves fo l l a j e s ve rd es , donde cua lqu ie r va caa b a n d o n a d a a l z a l a t r o m p a d e l a h i e r b a c o n c u r i o s i d a d , s i n s o s

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e l s o n i d o d e l a s p i e z a s r u s a s , e n u n a v o z r o n c a i g u a lD e a c u e r d o a l a ex tens ión y a l a f i e r eza de l a ba ta l l a , l a a r

t i l l e r í a d e s e g u n d a y t e r c e r a l í n e a e s , d e a m b o s l a d o s , p o c o n u m e r o s a . L a s b a t a l l a s m o d e r n a s s e c o m b a t e n p r i n c i p a l m e n t e c o nl a s ' ' p i s t o l a s c o r t a s " . T o d o e l e s f u e r z o d e l o s d o s e j é r c i t o s g r a v i t as o b r e l a p r i m e r a l í n e a , d o n d e l a a r t i l l e r í a d e m e d i o c a l i b r e , m o t o r i z a d a , y t i r a d a a b r a z o , y f r e c u e n t e m e n t e h a s t a l a s b a t e r í a s

d e g r u e s o c a l i b r e , p r o t e g e n , a y u d a n y c o m p l e t a n e l t r a b a j o d e l a" l l a m a o x h í d r i c a " q u e l o s g r u p o s d e p i o n e r o s s o p l e t e a n s o b r e l o sb l i n d a j e s d e l o s b u n k e r y s o b r e e l e m p l a z a m i e n t o a d v e r s a r i o . E lf r a g o r , e n l a s p r i m e r a s l í n e a s , e s i n f e r n a l . U n p o c o a t r á s , e n l as e g u n d a l í n e a , e l c a m p o d e b a t a l l a e s t á s u m i d o e n u n a h o r a q u i e t a , e n u n a l u z e s f u m a d a , d e s i e s t a d e m e d i o d í a .

" L a l l a m a o x h í d r i c a n o b a s t a p a r a d e s o l d a r l a l í n e a S t a l i n " ,

m e d i c e e l o b s e r v a d o r . " M a ñ a n a x>or l a m a ñ a n a c o m e n z a r á e l t r a

b a j o d e l o s " S t u k a s " .

L e p r e g u n t o p o r q u é r a z ó n l a a r t i l l e r í a s o v i é t i c a n o t r a t a d e

d i s t u r b a r e l t r á f i c o d e la s v í a s t r a s e r a s a l e m a n a s ." E s t á o c u p a d a e n m a r t i l l a r n u e s t r a s p r i m e r a s l í n e a s " , m e

r e s p o n d e , " p e r o d e v e z e n c u a n d o c u a l q u i e r p i e z a d e g r u e s o c a

l i b r e a l a r g a e l t i r o h a s t a e s t a p a r t e d e l r í o . ¿ V e a q u é l e l k a w é ? " ,

( l o s a l e m a n e s l l a m a n ekcawé a s u s c a r r o s p e s a d o s , d e i n i c i a l e s

L . K . W . , d e l a p a l a b r a c o m p u e s t a L a s t - K r a f t - W a g e n ) . G o l p e a do

de l l eno po r un p royec t i l r u s o de g rues o ca l ib r e , e l e lkaw é ha s a l

t a d o a l a i r e . P o r a l g u n o s c e n t e n a r e s d e m e t r o s a l a r e d o n d a , e l

t e r r e n o e s t á n e g r o , l l e n o d e c a s q u i l l o s d e g r a n a d a , d e c a r t u c h o s

e x p l o t a d o s . U n a , v e i n t e n a d e c r u c e s , m o n t a d a s s o b r e e l S t a h l e m ,

es tá n a l ine ados en e l t r i go . L a t i e r r a de lo s p romon to rios e s tá

a ú n f r e s c a .

-112-

p e c h a . B a j o u n á r b o l , d o s s o l d a d o s a l e m a n e s s e l a v a n l o s p i e se n u n a p o z a d e a g u a f a n g o s a . T i e n e n l o s d e d o s h i n c h a d o s , d e f o r m a d o s p o r l a s l a r g a s m a r c h a s b a j o e l c a l o r . L o s p i e s b l a n c o se n o r m e s , s a l e n f u e r a d e l g r i s - v e r d e d e l u n i f o r m e , c o m o d o s r a mas de á rbo l s in co r teza . P iens o que lo s p ies de D afne deb ie rons e r a s í , en l a c r i s i s de l a me tamor fos i s .

F r e n t e a n o s o t r o s e s t á e m p l a z a d a u n a b a t e r í a d e o b u s e s p e

s a d a . L o s a r t i l l e r o s e s t á n d e s n u d o s , l o s l a d o s c u b i e r t o s p o r u n p a rde ca lzonc i l lo s . T ienen l a p ie l r o ja , de aque l r o jo de cuerpos ru b i o s q u e m a d o s p o r e l s o l . E l m i s m o c o l o r d e l a s f i g u r a s h u m a n a se n l o s h o l o c a u s t o s d e l a s t u m b a s t r u s c a s . U n h e r c ú l e o a r t i l l e r os e ace r ca l l evando en l a s e s pa ldas un g r an p royec t i l . Los ca lzon c i l l o s l e r e s b a l a n . C o n t i n ú a c a m i n a n d o a s í , r o j o e n t r e l a h i e r b av e r d e , c o m p l e t a m e n t e d e s n u d o , e n t r e l a s c a r c a j a d a s d e l o s c o m p a ñ e r o s . A q u e l l o s h o m b r e s d e s n u d o s e n t o m o a l a s p i e z a s , c o m o c i e r t a s f i g u r a s d e A l i g i S a s s u .

A u n t r e c h o , u n a g r a n a d a s o v i é t i c a e x p l o t a j u n t o a u n a b a t e r í a . L l e g a m o s a l l u g a r d e l a e x p l o s i ó n c u a n d o y a l o s h e r i d o s

es tán s i endo r ecog idos po r l a s cami l l a s . U n o f ic ia l g r i t a una o rdenen un mic ró fono de campaña . A que l l a voz metá l i ca en e l a i r ea ú n v i b r a n t e d e l a e x p l o s i ó n . T r a s u n c e n t e n a r d e m e t r o s n o sde t ene mo s en l a o r i l l a de una p ro funda ba r r a nc a . E l campo deba ta l l a , des de aqu í , s e r eve la amp l í s imo ; e l o jo r eco r r e e l va l l ey la l l a n u r a l i b r e m e n t e .

Las nubes de humo de lo s incend ios s e mecen en e l ho r izon te ,c o m o e n o r m e s h o n g o s l i s t o s a s e p a r a r s e d e l a t i e r r a . A l o l a r g od e t o d o e l e m p l a z a m i e n t o d e l a s c o l u m n a s d e a t a q u e , s e a l z a u n aco r t ina de po lvo ro jo y de ca l íg ine p lúmbea , una es pec ie de in m e n s a c o r t i n a , e n d o n d e e l s o l , d e c l i n a n d o , d i s e ñ a b o r d a d o s a m a

r i l lo s y pú rpu ras .

- 1 1 3 -

Directamente sobre nuestras cabezas, una escuadril la de"Messerschmitt" g ira a lrededor de una formación de aparatos f undo, subterrán eo, casi la voz de la t ier ra , la voz de la no

Se levanta en la obscuridad un estrépito de ruedas. Son los

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soviéticos, de aquellos nuevos apara tos , probab lemente de modeloamericano, pero construidos en Rusia , que los a lemanes l lamanSpitzmause, o trompa de ra tón, que consti tuyen la novedad másinteresante de estos ú lt imos días . Hace una semana apenas quehan hecho su primera aparición en el cielo de la batalla <son aparatos b imotores , de caza y bombardeo, velocís imos y de gran facil idad de maniobra) . Los Spitzmause soviéticos traen de cabeza

bravamente a los "Messerschmitt" . Se oye e l " toc-toc-toc" lentoy grave de sus ametralladoras , se oye nít ido e l crepitar rapidís imo de las armas de los cazas a lemanes. Después toman altura y

se d ir igen hacia e l es te . Un gigantesco árbol de humo abre depar en par su folla je , a l lá abajo , a trás de la l ínea Stalin .

A un centenar de metros de nosotros , en e l fondo de la barranca, se nota entre e l verde, una columna de infantería a lemana. Los soldados caminan encorvados bajo la pesada mochila, elcuello de la guerrera abierto, el casco de acero colgando en la cintura . Bajan lentamente hacia e l r ío , entran en la bata lla con modos tranquilos . Me ven, reconocen el uniforme y gri tan: "I ta l ia-ner , I ta l ianer!" . El sol ya ha desaparecido. Se oye aquí y a l lá , enla sombra verde, re ír , hablar en voz a lta , re l inchidos.

Con una la rga vue l ta , r eg re samos has ta e l Ornando . Es yanoche. Una t in iebla húmeda y pesada cae sobre los campos debatalla . En torno al Comando hay un ir y venir de oficiales y demensajeros motociclis tas .

"Es tam os" , me d ice, pasándome ce rca, e l mayor W eme r . T raspocas horas nuestra columna pasará e l r ío sobre un puente improvisado, irá a dar más fuerza a las tropas agrupadas en la r ibera soviética . Todo está l is to para e l gran choque, que decidiráseguramente la suerte de esta formidable batalla de Ucrania . Elcañón truena s in reposo, es un ruido bajo , igual , que de cuando

en cuando se hace ronco y grave, se convierte en un sonido pro-

- 1 1 4 -

rruajes de los bata llones, los trenes de art i l ler ía , las ambucias , los camiones de las municiones. Me extiendo_bajo un áme envuelvo en la cobija , in tento dormir .

Mañana en la mañana, dentro de pocas horas . Estoy cande verdad, no puedo pegar e l sueño. Al a lba, c ien mil hombrelanzarán al asalto de la l ínea Stalin , se abrirán un paso e

cintura de cemento y de acero , irrumpirán en la l lanura ucrana, sobre la carre tera de Kiev, sobre la carre tera de Odesa.bri l lar d ifuso nace a lo largo del r ío . No es la luna. Es e l brde las explosiones. Ha sta donde el o jo l lega, la l ínea Stalin a pce como un tubo de neón. S í , es esta la imagen justa : un inminable tubo de neón, de color v iole ta . Los proyecti les , aqallá , por la inmensa l lanura , hurgan en e l c ie lo . Llueve del cun ruido de motores. Pega sobre Soroca. Cada vez, en el tono sde los d isparos a lemanes de part ida , d is t ingo la explosión lrante de a lguna gruesa granada l legando. Tiran aquí cerca .soldado pasa gri tando: "Schnell! Schnel!" . Cierro los o jos chirr ido de las ruedas, e l rumor de las cadenas, hacen en e l

medo aire un estrépito dulce . Parece una música de HindemNo es aún el a lba cuando me despierta , de improviso , un

do fort ís imo, un fragor infernal . Soroca, a nuestra derecha, en l lamas. También Jampol está en l lamas. Toda la r ibera sovtica arde. Enormes chorros de t ierra se levantan aquí y a l lá ;mensos penachos de humo. Mala Yaruka arde. También Zihiwallá a l fondo, está en l lamas. Escuadril las de "Stakas" se avtan con horrendo s i lb ido sobre los bunker soviéticos. La art ir ía de medio calibre metralla e l terreno entre las obras fortcadas de la l ínea Stalin . Los grupos lanzallamas ya l iquidaronplanchas de acero de los subterráneos. Se ven largas l lamas

hídricas agujerear e l humo de las explosiones.

- 1 1 5 -

Alrededor mío, los soldados gr i ta n: "Schn el l ! Sch nel l ! . E sla palabra de orden de cada batal la alemana, el secreto de cada

zo . Pero seguramente no es un ges to de sa ludo , no es un gesde gozo . Hay s i empre cua lqu i e r cosa t r i s t e , como un desprend

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-victoria germana: "Schuel l ! Schnel l !» iRápido! ¡Rápido!". Losgrupos de asa l t o de nues t ra co lumna han pasado ya e l r i o , ahorase mueven los batal lones de infanteria, uno después del ot ro,schnel l , schnel l Dentro de poco tocará al grupo del cual yo tormo

p a r t e .

A un centenar de pasos de la ribera del r ío, dent ro de unacarretera escondida, pasamos al cubierto de una fi la de acacias

y álamos. En la luz incierta del alba, al lá, frente a nosot ros, seoye el golpear de los mart i l los sobre los tableros del puente, quelos i ngen i e ros t e rminan de cons t ru i r , m ien t ras se desenvue lveel paso de la infantería, El rio en este punto es largo y profundo.Un río bel lo el Dniester, tan verde en la luz láctea de la mañana.

En c i e r t o pun to o imos e l c rep i t a r de una amet ra l l adora , e lmar t i l l a r seco de l os caños an t i ca r ro . En l os montes de Jampol ,un poco a nues t ra i zqu i e rda , dos g randes t anques rusos surcanlas agu as del r ío. Son los famosos carro s anfibios soviét icos. Elcañonc i t o que sa l e de l a t o r re d i spara fu r i osamente con t ra e lpuen t e . Son dos en o r m e s bes t i as de acero , dos mons t ruos f l o t an-tes. Los "hipopótamos", los l laman los soldados alemanes. Detoda la ribera germana los cañones de la "Flak" ladran furibundos con t ra l os dos "h ipopót amos" , que surcan l en t amente l acorr i en t e , en t r e l os chorros , l evan t ados por l as g ran adas . Uno delos dos monst ruos, tocado, nada con di ficul tad, la proa casi tot a lmente sumerg ida . Desaparecen a nues t ra v i s t a , t ras un recodo del río. Gri to s de gozo se elevan a lo largo de la ribera, en t relos cañaverales, ent re los bosqueci l los de acacias. En tanto, el" t oc- t oc- t oc" de l as po l emió t sov i é t i cas se hace más ra ro , másdébi l , el ruido de las explosiones se aleja.

En e l so l que ya surge , desembarazándose fa t i gosamente dela niebla del horizonte, bajan grupos de heridos alemanes haciael puente, y algunos agi tan los brazos en señal de saludo y de go-

-116-

mien to , como un recuerdo amargo , s i empre cua lqu i e r cosa "descontado" en el gozo de una victoria.

- 1 1 7 —

incendios. Apenas fuera de Jampol , oímos los gri tos: "Khl iéb!Khl i éb! ¡Pan! ¡Pan! Dent ro de una de aque l l as l a rgas fosas quesi rven para la cosecha del abono, se han refugiado unos cuarenta

de la l ínea Stal in, por eso, no signi fica necesariamente que e j é rc i t o ruso de Ucran i a haya s i do des t ru ido . No me cansaré más de repe t i r que l a guer ra con t ra Rus i a se rá dura , d i f í c i l

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muchachos , mujeres , v i e jos barbudos . Son t odos hebreos . Losmuchachos se suben sobre la ori l la de la fosa, los viejos se qui tane l s o m b r e r o a g i t a n d o l o s b r a z o s , l a s m u j e r e s g r i t a n : " K h l i é b !Khl i éb!" .

Un oficial alemán da ordenes a algunos soldados de dist ribui run poco de pan a aquel los infel ices. Las mujeres toman los panes, los despedazan con las manos furiosamente y lo dist ribuyen

a los muchachos y a los viejos. Una de aquel las mujeres, unamuchacha , me pregun t a s i pueden regres ar a sus casas . ' "No, aúnno . Los rusos d i sparan sobre Jampol . Seguramente mañana" . Sequedarán en aquel la fosa de abono ot ro día, ot ros dos días aún.Después regresarán a l os escombros de sus casas . Dent ro de unasemana e l caser í o des t ru ido comenzará nuevamente a v iv i r . Lav ida humana es una p l an t a t e r r i b l emente t enaz , que nada l ogradest rui r . Es una fuerza bel l í sima y espantosa.

Proseguimos lentam ente sobre !a larga carr ete ra emp edrad aque l leva a Olscianka. Es la carretera para Bal ta, la carretera pa-ra Odesa y para Kiev. la l ínea Stal in se desenvuelve paralela al

río, sobre nuest ra derecha. No es como aparecía de lejos, una suces ión i n in t e r rumpida de fo r t i nes , de sub t e r ráneos , de bunker ,enlazados uno al ot ro por un sistema de caminos. Sino un complejo sistema de obras fort if icadas indepen dientes una de la ot ra ,separadas por vas t as zonas i ndefensas . Y no t i ene nada que hacer, ni por la técnica, ni por la extensión, con la l ínea Maginot ocon el Westwal l : es una est recha faja de fort i f icaciones campales, de apenas t res o cuat ro ki lómetros de profundidad, no más.Es de creerse que la l ínea Stal in const i tuyese una ópt ima basepara una defensa móvi l , elást ica, más que un sistema rígido deresistencia fi ja . Necesi ta reconocerse que ha cumpl ido su tarea»

una simple tarea de cobertura, con innegable eficacia. La caída

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larga. Y no es cierto que el derrumbamiento de la l ínea Staa c o r t a r á l a g u e r r a .

La car re t e ra es t á l l ena de car ros vo l cados , de ca r roña de cba l l os , de au to t ranspor t es i ncend i ados . Los cadáveres sov i é t i cson muy ra ros . <Es sorprenden t e observar e l escaso número muer tos que se encuen t ran sobre l as ca r re t e ras de l as re t i radrusas . D i ré en o t ra ocas ión , e l porqué dé es t e ex t raord inar io h

cho , que en l os p r imeros d í as de l a guer ra impres ionaba g randmente a los soldados alemanes, y del cual no se sabía dar en p r i nc ip io más que exp l i cac iones co n t rad i c to r i as ) . Cua lqu i e r m ueto germano aquí y al lá, que los camil leros recogen piadosamen

Los hoyos de l as g ranada s , l os c rá t e r es de l as m inas , l os enomes embudos excavados por l as bombas de l os "S tukas" , nobl igan a largos descansos algunas veces, ot ras, a sal i r de ca r re t e ra , a pasar por e l campo. Avanzamos l en t amente en t re unube de polvo, densa como una niebla de al ta montaña. Pero una niebla cal iente, ardiente, cegadora, que sofoca y dá vért igparecida a aquel las nubes de acres vapores que se elevan de lmetales y de los ácidos de los establecimientos de la indust rquímica. Una niebla venenosa, asfixiante, en la cual los hombrelos caba l l os , l as máquinas , asumen fo rmas ex t rañas , s i ngu l a rproporc iones. , El rever ber o del sol en esta nube d e polvo rojagiganta, como un espej ismo desért ico, la medida de los hombry de l as cosas : me parece caminar en t re sombras g igan t escaen t re enormes l a rvas ges t i cu l an t es . Los g r i t os , l as voces , e l et répi to de las ruedas y de las orugas, el rel inchar de los cabal lose repercu t en con f ragor espan toso en es t a n i eb l a a rd i en t e , comsi , rebo t ando sobre un muro i nv i s i b l e , nos der ramara enc ima u

alud de sonidos terrorí ficos.

—121 —

Me separo un centenar de met ros de l a car r e t er a para hui rde aquel espej ismo de formas y sonidos . Alrededor de mi, has tadonde alcanza el ojo, se ext iende un mar de espigas , que el viento

caja de municiones , n i una bomba de mano, nada. Ni s iquieaquel los t rozos de tela, aquel los pedazos de papel , aquel los j i rnes de gasa , aquel los indumentos manchados de s angre , que s

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r ecor re con l argas y mórbidas ráfagas . Se levanta lejana, en elfondo de la l lanura, la al ta nube de polvo levantada por la columna que avanza a nuestra izquierda, a protección de nuestro f lanco . A cerca de t res ki lómetros adelante de nosotros , los grupos l igeros de nuestra columna mantienen combate con el enemig o : que no huye, s ino que se ret i ra combatiendo paso a paso, con

f recuentes empujes cont r aofens ivos de fuer t es r e t aguardias . Seoye indi s t in t amente e l cr epi t ar de l as amet ra l l adoras , l as explos iones lacerantes de los morteros , la ronca explosión de los proyect i les de grueso cal ibre. La táct ica seguida por los rusos , ess in duda, bajo cier tos aspectos , muy ef icaz. La res is tencia de losgrupos móviles , de los carros l igeros , y de los núcleos de infanter ía, es sos tenida por una ar t i l ler ía numerosís ima, en gran par-t e bater í as de medio cal ibre autot r anspor t adas . Y bajo l a protección del fuego de su ar t i l ler ía, los rusos logran t ransportar todo con el los , y no abandonar sobre el terreno enemigo ni s iquieraun fus i l despedazado, ni s iquiera el t r ipié de una ametral ladora.

Una de las caracter ís t icas de es tos campos de batal la, es elextremo orden en que los vienen dejando los rusos en ret i rada.Un orden paradój ico, que susci ta entre los soldados y of icialesalemanes una gran maravi l l a . Has ta los cascos de los car tuchosse l levan con el los . Rastr i l lan el terreno con un cuidado que parece increíble. Se dir ía que se preocupan por no dejar ningunahuel l a de su presencia , n ingún e l emento que pueda ay udar a l enemigo a comprender su forma de combatir , su táct ica, la compo-s ición de su unidad, la naturaleza o empleo de su armamento.

Tras horas y horas de lucha, es impres ionante l l egar a l l ugarde bata l l a y encont r ar se f r ente a un t er r eno per f ectamente l i so ,l impio, donde no aparece ni un casco abandonado, ni una mochil a , n i una máscara ant igás , n i una c in ta de amet ra l l adora , n i una

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los res iduos inevi tables de una batal la. No dejan más que muerto aquí y al lá; los úl t imos caídos , los úl t imos que se quedron a proteger la ret i rada de los compañeros . Pero pocos , cincdiez , no más . Y es ext r aordinar i amente impres ionante l a v i s ide aquel los pobres muer tos abandonados sobre un t er r eno l impio, ras tr i l lado con cuidado. Yacen entre la verde hierba como fuesen caídos del cielo.

Quedamos profundamente sorprendidos , por eso , cuando l lgando f r ente a l a a ldea de Kacikowska, nos sucede sorprendun campo de batal la l leno de centenares de cadáveres rusos , y todos aquel los desperdicios que la batal la deja ordinar iament ras de s í . Cerca de Kacikowska, s e r ecor re una inmensa l l anuabsolutamente p lana, s imi l ar a una es t epa: y es ya e l anuncio la es tepa que se ext iende más al or iente, más al lá del Bug, mal lá del Dniéper . Pero poco a poco, a una veintena de ki lómetrmás al lá de Jampol , acercándose a Kacikowska, la l lanura se lvanta l entamente , has t a que baja sobre e l margen de una prfunda planicie verde, llena de árboles, en fondo a la cual, sob

las r iberas de un delgado torrente, yace la aldea de KacikowskLlegamos hacia las diez a un par de ki lómetros de la or i l

de la l lanura. Los rusos , at r incherados en la ceja de la planicres is ten. Debemos descansar algunos horas f rente a Kacikowsken espera de que los grupos de asal to de nues t r a columna logredespedazar la formidable res is tencia soviét ica. A mediodía combate cont inúa aún. Y en tanto l legan, tomando posición los campos, en medio del t r igo, numerosas bater ías alemanas campaña y de medio cal ibre. Mart i l lados por el fuego de la ar tl ler ía, los rusos res is ten ferozmente. Una y otra vez i r rumpen con trataq ue, rechaz ando a los alem anes . La ar ti llera soviét iapoya l a acción de aquel desesperado grupo, s eguramente apen

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un batal lón, con un fuego terrible de obst ruccionamientó y decon t raba t e r í a , que ob l i ga a l os a l emanes a cambiar con t i nuament e sus p rop i as p i ezas , a causa de l as g raves pérd idas en l a i n

batal la sobre el cual los rusos no han tenido t iempo, antes re t i ra rse , de "hacer l impieza" . Y con un sen t i do de t emor , comsi caminase sobre un t e r reno vedado , me meto sobre e l camp

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fan t e r í a a l emana . Los germanos a f i rman que l os rusos se hanrevelado como los mejores soldados ent re todos aquel los con loscua l es se han encont rado has t a ahora en es t a guer ra . Mejores quelos polacos, mejores que los mismos ingleses. No se arredran.Combaten has t a l e ú l t imo, con g rave y ca lmada obs t i nac ión .

Cerca de l as cua t ro de la t a rde vemos ba j a r hac i a l a re t ag uar

d i a l os p r imeros g rupos de p r i s i oneros , l a mayor par t e her i dos .Sin vendajes, la cara empastada de sangre y polvo, los vest idoshechos una p i l t ra fa , l as manos ennegrec idas por e l humo. Ba j anlentamente, sonriéndose uno al ot ro. Sus declaraciones confi rmantodo cuanto se suponía. £1 grueso de la armada de Budienni j nose ha empeñado aún a fondo , en e l f ren t e de Ucran i a . Los g ruposque sost ienen el choque alemán están const i tuidos en su mayoríapor l os j óvenes rec lu t as o por rese rv i s t as anc i anos , l l amados alas armas el primero de jul io. Campesinos en uni forme, no sol dados reales y verdaderos. Salvo los grupos especial izados, laaviación, la art i l lería, los tanques, el ejérci to ruso, aquél , digamosas i , pe rmanent e , espera e l choque dec i s i vo más a t rás , segura

mente sobre las riberas del Dnieper seguramente al lá en el Don.En t an to , m ien t ras hab l amos , e l " t oc- t oc- t oc" de l as pu l emió t

rusas ( l as amet ra l l adoras sov i é t i cas t i enen un t i ro l en to , un son ido g rave y ronco) , se aleja, el fuego de la art i l lería se afloja."Se van", me dice un suboficial alemán herido en la cabeza, yse mi ra l as g ruesas manos nudosas , l l enas de ace i t e , negras det i e r r a .

Cuando l legamos al l ími te de la l lanura, al lá donde decl inabruscamente hacia el val le, en fondo a la cusd yace la aldea deKacikowska , un g r i t o de marav i l l a sa l e de nues t ros l ab ios . Porvez p r imera en es t a guer ra , se nos aparece f ren t e a l os o jos un

campo de ba t a l l a sembrado de muer tos sov i é t i cos , un campo de

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de ba t a l l a , en t re l os muer tos enemigos que parecen segu i r colos ojos cada uno de mis pasos, cada uno de mis movimientos. Mven con una mirada l lena de estupor y de reproche ,como si yv in i ese a comprender un secre to suyo , a p rofanar e l hor rendy vedado desorden de l a ba t a l l a y de l a muer t e .

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conocida y temida suer te. Como s i los muertos huyesen despde haber qui tado al campo de batal la cualquier señal de la flucha, cualquier obje to que pueda evocar e l choque sangr i eturbar con su presencia la paz de los bosques , de los campo

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X IV

L A F U G A D E L O S M U E R T O S

Kacikowska, agos to 8 .

Las t ropas sovié t i cas , r e t i r ándose , no abandonan sus muer tos en el campo de batal la, ni los ent ierran en el mismo lugar . Selos l levan. Van a enterrar los a veinte, t reinta ki lómetros másadentro, en lo espeso del bosque, en el fondo de un val le. Engrandes fosas comunes: y sobre las fosas no plantan cruces ni

dejan señal alguna. Aplanan con los pies la t ierra f loja y la cubren con hojas , hierba, ramas de árbol , en muchos casos mon-tones de abono, para que ninguno pueda j amás violar aquel l ast um bas s ec r e t a s .

Hay cualquier cosa de t er r ib l e y de mis t er iosa en es t a inhumación c l andes t ina , en es t e t r ans fugamiento de los muer tos ."Eine Totenf lucht " , m e ha d icho es t a maña na un soldado a l emán.Sí , eso es precisamente, una "fuga de muertos" , como s i los muertos s e l evantaran en pie f a t igosamente , s e a l e j ar an l entamente ,ayudándose uno al otro, y por desconocidos senderos atravesaran el t r igo y los bosques , como s i huyeran no por miedo, s ino

para sus t r aer se a cualquier ext r ema aventura , a cualquiera des -

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t r i go , de las doradas extensiones de. girasoles . Sí , parece cas is ean los mismos mu er tos quienes "ha cen l impieza" en los camde bata l l a . Después huyen l entamente , desaparecen para s i emno dejan en el los ninguna señal mortal , ni s iquiera la huel lsus zapatos en el fango, ni s iquiera el fus i l que la as t i l la de aha hecho pedazos ent r e sus manos .

Es es t e un hecho que impres iona grandemente a cuantosnen l a aventura de a t r avesar uno de es tos campos de bata l l a ,media t amente después de cesar l a lucha. También en e l s enorte, también en los otros sectores del f rente, los rusos en rada se l levan con el los a sus muertos . Tras enteros días , ensemanas de batal la dur ís ima, después de la feroz mezcla, desdel choque rei terado por formidables masas de tanques , los dados alemanes , en lugar de los mil lares de cadáveres soviétque la ferocidad de la lucha hace preveer , no encuentran se l t er r eno más que a lgún muer to aquí y a l l á : o lv idado más que abandonado. Es ta ausencia de cadáveres sobre e l campo

batal la, parece más bien que un sor t i legio hum ano , un prode la naturaleza. Da al terreno de la lucha un aspecto especPorque nada en e l mundo puede ser más espect r a l , que un cade batal la des ier to de muertos . Es como un lecho fúnebre desde que la salma ha s ido l levada. Ha y cualquier cosa de desnde demasiado blanco, en aquel la sábana gél idamente desheen aquel la alm ohada de la f r ía huel la. Hay. algo parecido, algdesnudo y helado en la hierba, en las piedras , en los terrenoun campo de batal la al que le han robado sus caídos .

Me encuent ro sobre e l f r ente ruso , con l as t ropas a l emadesde los pr imeros días de la guerra. He seguido paso a pas

avanzada de una columna motor i zada, de Stefanes t i a Mogh- 1 2 7 -

Con una columna de infanter ía he seguido después la marcha deBelzy hasta Soroca y de Soroca, por Jampol , has ta aqui , en elcorazón de Ucrania . Me encuent ro ahora en l a ext r emidad de l a

detrás de los matorrales , aún con los fus i les es t rechados cop u ñ o , o caldos sobre la espalda, los brazo s abier tos , sorprenpor la mu ert e en aquel suprem o gesto de aband ono del ho

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punta más avanzada, hacia e l es t e , de todo e l i nmenso emplazamiento germano. Y no había v i s to aún, antes de es t a mañana,un campo de batal la cubier to de muertos soviét icos . Cualquiercaído, eso era todo: como sobre aquel l a col ina cerca de Skurato-voi o den tro de aquel los tanq ues en la car rete ra de Belzy. Pe roesta mañana, por pr imera vez, cuando l legamos a la or i l la de laplanicie, al fondo de la cual es tá la aldea de Kacikowska, he vis toun campo de bata l l a l i t er a lmente s embrado de muer tos rusos ,un campo de batal la intacto, s in que nadie haya metido aún lasmanos, del cual los rusos no han podido l levarse nada, ni s iquierasus propios caídos .

El terreno sobre el cual se ha desenvuel to el áspero combatede hoy, que duró de las diez de la mañana hasta el ocaso, se ext iende hasta el l ímite extremo de la l lanura, cas i has ta la or i l ladel val le de Kacikowska. Es un terreno plano, cubier to de t r igoy de campos de girasoles . El borde del val le es tá l leno de árbolesde acacia y otras especies . Un bel lo bosque de nueces baja porlos pendientes lados , has ta cerca de las casas de la aldea. Los ru

sos es tán agazapados en la or i l la del decl ive, en posición cas idesesperada por la imposibi l idad de maniobrar , por tener a lasespaldas ios lados descendientes del val le; pero magníf ica paradefenderse, enf i lada como es ta al t i ro de ar t i l ler ía. Hasta que nose l lega al lugar de la lucha, nada aparece al ojo que revele loses t r agos o evoque l a fur i a del combate . Los muer tos yacen par t emás al lá de la or i l la del val le, a lo largo del lado de la escarpada;par te en los campos de girasoles o entre el t r igo; par te en last r inche ras excavadas preci samente a lo l argo de l a or il l a ext r em ade la l lanura. Donde la res is tencia se ha mostrado más feroz, losmuer tos yacen en grupos , unos juntos a los o t ros , a lgunas veces

unos sobre los o t ros . En ot r as par t es es t á n r egados de dos a t r es

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golpeado en el pecho. Otros , encogidos sobre s í mism o, con aqpal idez l ívida que dan las her idas en el vientre.

Algunos her idos de muerte, se s ientan inmóviles con la esda apoyada a los t roncos de los árboles , o recostados de ladse lam enta n en voz baja, cas i po r un secreto pud or: "BogeBoge moí ! ¡Dios mío! ¡Dios mío! Es ta suprema invocación,hace jus t i c i a a t antas obl igaciones , a t antos ins t in tos contena lo l argo del t i empo, por t anta doct r ina y t anta propagat iene en aquel las pobres bocas un sonido inesperado y nuevogo de puro y verdadero , de ext r emadamente verdadero . ''m o i ! Boge moi!" . Un of icial es tá extendido en el t r igo, coboca por t ierra, una pierna plegada bajo la otra, el brazo cho doblado sobre el pecho. Por t i er r a hay esparcidos cascocar tuchos , c in t as de amet ra l l adoras , paquetes de municionesdos aquel los obje tos que s e encuent r an abandonados sobrcampo de batal la.

Mi pie pisa indumentos sucios de t ierra y de sangre, pzos de papel , cajas de leche vacías , tanques y cant imploras ,

cos de acero, gorras de tela kaki , cinturones de cuero, fudespedazados . Un perro, amarrado al t ronco de un árbol , miserablemente , t r a t a de romper l a cuerda con violentas t i rUn ojo le cuelga sangriento de la órbi ta.

por un radio de cerca de un par de ki lómetros , aquel estáculo se repi te claro, preciso, idént ico hasta en los más pequdetal les , obsesionante. En el lugar donde ha caído un proyde grueso cal ibre, o la bomba de un "Stuka", los muertos ydesperdicios de la batal la forman un amontonamiento únicorece que hayan s ido ar r as t r ados ahí por una inmensa cor r icomo sucede en las aguas de un r ío. Muchos cadáveres es tán

midesnudos; desvest idos por el terr ible viento de las explosi

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De una mochila reventada, han caído al suelo a lgunos panes. Esun pan obscuro, de migaja compacta . Le doy una mordida. El sabor es bueno, la costra se me deshace en los d ientes como la de

mula química", d iré asi , con la cual son amalgamados sus vay contrastados e lementos polí t icos, sociales , racia les , ideológimili tares , económicos. Ninguno de este grupo ha huido, n ing

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un bizcocho. Un soldado con la cara sucia de sangre (está casisentado dentro del hoyo de una granada), t iene l lenas las rodil las ,y su a lrededor, de c ientos de pequeñas part ículas de aquel quesofresco que en estas partes l laman brinza. Aún t iene la boca l lenade comida. Estaba comiendo, cuando la ast i l la de una granadalo ha tocado de lleno en la sien.

Los camineros a lemanes giran por e l campo de batalla , caminan cautos, un poco agachados. Buscan entre los muertos , ponenlos heridos en las camillas . Un gran s i lencio ha bajado mientrastanto a l campo. Hasta los cañones han bajado la voz. (Se combate aún allá abajo , a tres o cuatro kilómetros frente a nosotros ,hacia Sciumi, hacia Olscianka). Alguna casa arde tras aquel bosque, al otro lado del valle. Una escuadra" de soldados germanoses tá cavando una fo sa ; o t ro s amon tonan lo s muer to s ru sos enla ori lla de la fosa . La fosa e stá l is ta . U no a uno los cadáveres sonmetidos en la tumba. Después, los soldados re llenan el hoyo detierra . Un piquete de honor presenta las armas. La voz de unofic ia l suena dura y precisa . Cualquier bala perdida suena entre

las hojas de los árboles . Ráfagas de ametralladoras pasan arr iba ,sobre nuestras cabezas. El sol , ya en e l ocaso, está caliente , e la ire denso, pesado.

Me siento a la sombra de un árbol, miro a mi a lrededor. Elgrupo soviético que ha combatido aquí, era muy pequeño, seguramente apenas s í un batallón. Ha resis t ido hasta lo ú lt imo, seha sacrif icado para cubrir la re t irada del grueso. Un batallón dedesesperados, abandonados a su suerte . Sobre e l terreno de la lucha, nadie ha podido "hacer l impieza". Todo está todavía comoestaba hace media hora . Y es así , como logra por primera vez"sorprender" la in timidad y naturaleza de este e jército , de ob

servar de cerca la s ingular composición suya, de estudiar la "fór-

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de ios heridos graves se ha rendido. Era por lo tanto un bgrupo. Los ofic ia les tenían en un puño a sus hombres. Han qdado todos f irmes en sus puestos . Y antes que nada, estudiaen qué bases se apoya la disciplina de este grupo, su eficietécnica , me sorprende esta unidad de e lementos polí t icos y mtares , es te s ingularis imo equil ibrio de e lementos así d iversos,

c ia les , polí t icos, mili tares , humanos, es ta extraordinaria a l iaentre e l Reglamento de disciplina y e l Esta tuto del Part ido munista , entre e l Código Penal Mili tar y e l Manual del soldrojo .

Hay cerca de aquí, una caja l lena de papeles , de regis tUna máquina de escrib ir , de modelo americano, pero de fabrción soviética , es tá puesta sobre la caja . Un número del Pradel 24 de junio últ imo, todo arrugado y l leno de t ierra , anuncon enormes t i tu lares e l es ta l l ido de la guerra , los primeros cbates en Polonia , en Galiz ia , en Besarabia . En la segunda páges tán impresas t r e s b iog ra f ía s de "ag i tado res" : l a p r imera t ipor suje to a un grupo de gentes en un ta l ler ; la segunda enpatio de un kolhoz; y la tercera o tro grupo en un campamentosoldados. (Los "agitadores" son los propagandistas del ParComunista . En t iempo de guerra t ienen la tarea de inflamarpueblo a la resis tencia , de explicar las razones de la lucha, decitar a las masas obreras y campesinas a in tensif icar la prodción por la necesidad de la defensa nacional) . Tienen los rosduros, las quijadas apretadas: y a lrededor, los mismos rostseveros y a tentos, de los obreros, de los campesinos, de los dados.

Me levanto , recorro lentamente e l campo de batalla . En ciepunto , mi p ie tropieza con una pila e léctr ica , de esas l lama

"secas". Los dos hilos de la p ila están conectados a una lámp

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enganchada en un c l avo pues to en un l ado de una ca j a de m aderacubierta de latón. Sobre la caja hay una pluma est i lográfica rot a , un cuaderno l l eno de apunt es . Dent ro de l a ca j a es t á met idoun grueso a lbúm encuad ernado , de car t ón ro jo , sobre e l cua l es t á

Pero l a cosa más i n t e resan t e es un á lbum de 24 d i scos qu

l leva escr i t o sobre l a cub i e r t a : "Doclad t ava rkc i a S t a l i na nc 'reviciainom VIII vsiesoiusnom siesdie so vietow 25 Noiabr

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escr i t o con grandes carac t e res : 'T re t í a s t a l i n i ska i a P i a t i l e t ka" .El álbum i lust ra el tercer Flan Quinquenal concebido por Stal in,(que es t a ahora aún en curso de rea l i zac ión) con l os da tos es t a díst icos relat ivos a la const rucción de las nuevas fábricas, a laorganización indust rial y a la producción. Mientras estoy hojeando el álbum, un soldado aleman me indica una cosa ent re las ra

mas de los árboles. Alzo los ojos. Es un al toparlante. A lo largodel t ronco del árbol , cuelga un alambre eléct rico. Seguimos elcamino de l a l ambre .

A pocos metros de distancia del árbol , en un hoyo, un soldado soviét ico está muerto, encogido con el busto hacia adelante,como cubr i endo una g ruesa ca j a metá l i ca : un rad iogramófono .Alrededor, esparcidos ent re la hierba, los fragmentos de algunosdiscos fonográficos. Trato de reunir los pedazos para leer los t í t u los de l as g rabac iones : "La In t emaciona l " , "La Marcha de Bu-d i enn i j " , "La M archa de l a f l o t a de l Ma r Negro " , és t a de los marineros de Krons tadt , aqué l la de la aviación roja, algun os discos

de pedagogía social , pol í t ica, mi l i tar.Sobre la et iqueta roja de un disco, leo estas palabras escri tas

e n n e g r o : "Na. p o d m o g ú a g h i t a t o r u - v i d a n n a i a z k k p / 6 / ü / N o ,5-1941". Es una especie de catecismo fonográfico, de manual delper fec to "ag i t ador" . Los d i c t ámenes de es t e ca t ec i smo, se ve í anrepet idos, con la voz profunda e imperiosa del al toparlante, parainci tar a los soldados a cumpl i r con su deber hasta el f inal . Otrod i sco l l eva es t e t í t u lo : Po i asn i t e l n ij t e s t . E s c i e r t ame nte o t ra es pecie de catecismo, de vade mecum del soldado comunista. Sobreot ro disco está escri to: "Tecé rcc 'ka nevel ic 'ka". Es el t í tulo deuna "canción de fábrica", aquel las que los bolcheviques l laman

de zavod.

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1936 6 . O . p ro i ek t e kons t i t uz i i so iusa SSR". Sobre l as cuareny ocho car as de los 24 discos, está grab ado todo el larguísimo discurso pronunciado por Stal in en 1936, en el gran Teat ro de Moscúpara la promulgación de la Const i tución Soviét ica.E1 soldado alemán, que me ha ayudado a recoger los discos, me mira en si lencio. Después, levanta los ojos, observa el ampl i ficador de sonid

colgado a las ramas del árbol . Mira al soldado soviét ico muertorecl inado sobre la caja metál ica del radiogramófono. El rost rdel soldado alemán es serio, casi t r i ste: de aquel la t r i steza, quen los hombres simples, acompaña al estupor o a la incomprensión. Es un campesino este soldado alemán: no es un obrero. Ucampesino bávaro, de las cercanias de Augsburg. No posee aquel lque yo l lamo la "moral obrera", sus métodos, su abst racción, sreal i smo violento y fanát ico. (Durante el combate, la voz dStal in, agigantada por el al toparlante, cae con violencia sobre lohombres hincados en los hoyos; junto con el t repidar de laametral ladoras, resuena en las orejas de los soldados extendidoentre los matorr ales , en las de los soldados adoloridos en el sueloAquel la voz que el al toparlante hace renca, dura, metál ica. Algde diaból ico, y al mismo t iempo de terriblemente ingenuo, hay

en estos soldados que combaten hasta la úl t imo, inci tados polas oraciones de Stalin sobre la Constitución Soviética, del sub

rayamiento verbal de los preceptos morales, sociales, pol í t icos ymil i tares de los "agi tadores". En estos soldados que no se arredran, en todos estos muertos, esparcidos a mi al rededor, en lomovimientos ext remos de la obst inación, de la violencia, de la soledad, de la terrible soledad sobre el campo de batal la, en el rui do de l a l t opar l an t e ) .

Agacho los ojos, y a mis pies, descubre ent re la hierba unespecie de l ibreta con la cubierta de cuero. Es la l ibreta persona

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del soldado Semion Stol ienko. Un nombre ucraniano. Junto alnúmero de matr ícula 568352, es tá escr i ta, con t inta roja» la pal abra "Bezpar t i jn i j " , o s ea " s in par t ido" , apol í t i co . Después hay

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algunos datos que no ent iendo a qué cosa se ref ieren. La fechade nacimiento: 3 de febrero de 1909, nacido en Nemirowski . Esun amet ra l l ador i s t a . Después l eo: 'Traktor " . Era por lo t anto , uncampes ino, s eguramente t r abajaba en un kolhoz, mecánico de unt r actor agr í cola . En l a t er cera página , ar r iba , es t á escr i to a mano , con t inta roja: "Bosbojnik" , es to es , l i teralmente, "s in Dios" .

Este soldado ucraniano, es te Semion Stol ienko de 32 años , quese profesa bezpar t i jni j , o sea apol í t ico, y bezbojnik, o sea ateo,es te campesino que combate inci tado por la voz imperiosa delal topar lante, y no se arredra, y se bate has ta lo úl t imo, es te sold a d o . . . Pero es t á muer to . Se ha bat ido has t a lo ú l t imo. No sea r r ed r ó . E s t á m ue r t o .

El viento que mueve las f rondas de los árboles y las ramasdes t roncadas y ro tas por l as granadas , hace murmurar l a h i erbahada donde yacen los cadáveres . Los indumentos manchados desangre, los papeles regados por el suelo, se mueven en el viento.Un murmullo nace poco a poco y recorre la hierba, las hojas . Elros tro de los muertos , cas i por un prodigio, se aclara. Es la luzdel día que decl ina, la que aviva aquel los pobres ros tros . Un crepi tar de ametral ladoras l lega con el viento de la aldea de Sciumi.El cañón bate como un yunque al lá abajo, en el muro verde deun bosque. Un ní t ido lamento sale del fondo del val le. Cualquierdisparo de fus i l muere entre los pl iegues de la noche púrpura,como ent r e los p l i egues de una inmensa bandera ro ja .

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X V

EL BIVACCO NEGRO

Sciumi , agos

Du ran te la noche no se comb ate. Los hom bres , los animlas armas, reposan. Ni un disparo de fus i l rompe el húmedlencio nocturno. También el cañón cal la. Apenas el sol ha cay l as pr imeras sombras de l a noche serpentean ent r e e l t r igya las columnas alemanas se disponen para la s ies ta noct

Es una s i es t a de paz , de r eposo. Una t r egua de l as armas . especie de armis t icio. Los dos ejérci tos adversar ios se t i rala hierba a dormir .

Las duras voces de los of iciales , que imparten el ordedescanso, se alzan entre la leve niebla que surge de los bosqLa s vangu ardia s se det ienen, se abr en en abanico, en protede la columna. Todos los formidables medios de ataque se lladelante, se concentran a la cabeza de la columna. En es te plazamiento, defensivo y ofensivo al mismo t iempo, la coluasume, durante toda la duración de la noche, la forma dgran clavo con la punta dir igida hacia el enemígo. (Estas conas alemanas es tán hechas en forma de mart i l lo. Y el emp

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miento nocturno permi te d i sparos has t a en e l sueño, dar un gol -pe al enemigo, inf i l t rar el clavo en la defensa enemiga aunquea ojos cerrados , en la pr imera incer teza de la sorpresa y del desp e r t a r ) .

Un profund o s i lencio f lota sob re el reposo de la columna. Desp ués ,al alba, la lucha vuelve a encenderse con f iera violencia.

Pero aunque el sol fuese calado en un pedazo, aunque la no

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La noche cae f r ia y pesada sobre los hombres encogidos enlas fosas , en las t r incheras individuales improvisadas , excavadasde pr isa en medio del t r igo, junto a las bater ías de asal to de pequeño y medio cal ibre, a las piezas ant icarro de la "Pak", a lasgrandes amet ra l l adoras ant i aéreas , a los mor teros , a todas l asarmas de las cuales se compone el "mart i l lo" . Después , el viento

se alza, es un viento húmedo y f r ió, que introduce en los huesosun cansancio duro y perezoso. (Es el viento de es ta l lanura ucraniana, oloroso de miles ef luvios de hierbas y de plantas) . Se oyeentre las sombras l legar a t ravés de los campos, el difuso rumor-ci l lo de los girasoles , que la humedad de la noche recl ina sobreél al to tal lo arrugado. El t r igo provoca un mórbido rumor, cas i .e l ru ido de una- fa lda de s eda. Un vas to murmul lo nace ent r e l aobscura campiña, recorr ida de lentos soplos , de profundos respir o s . Los hombres se abandonan al sueño, bajo la protección delos vigías y las patrul las . (Allá enfrente, en el t r igo, dentro dela negra y compacta mater ia de la cual son hechos los bosques

nocturnos , al lá abajo, cerca de la profunda arruga l isa y f r ia delval le, el enemigo duerme: nos l lega su ronco respiro, su fuer teolor , un olor de acei te, de gasol ina, de sudor) .

A es tos descansos nocturnos los soldados alemanes los l laman "bivaccos(1) negros" , No es la vela febr i l , nerviosa, de lague r r a de t r i nche r a s . Es un sueño profundo, un t ranqui lo reposo,a los lados de la carretera, en los campos de t r igo, en los bosques ,a pocos pasos del enemigo. Una especie de bivacco; pero es unbivacco s in hoguera, s in cantos , s in voces , un "bivacco negro" .

(1) Bivacco : nombre dado en algunos países de Europa a las reuniones de los

soldados alrededor de una hoguera , durante un descanso.

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che ya bajase leve y cauta del cielo apagado, la orden de descansotardaba en veni r . Habíamos ya l l egado a l as pr imeras casas deKacikowska, y ya las vanguardias de la columna sal ían al ladoopuesto de la pendiente del val le, en dirección de Olscianka,cuando un mensajero motor izado nos regó la not icia de que pasáramos l a noche en Sdumi , una a ldea a l a mi t ad del caminoentre Kacikowska y Olscianka. Aún unos diez ki lómetros . E1 combat e , abajo , f r ente a nosot ros , hacia Ol scianka, t ardaba aún enapagar se , como un incendio que e l v i ento a t i za cont inuamente .Era un a l t ernar se de pausas y de desper t ar es improvi sos , fur iosos. Los inmensos aludes de sombras , que se precipi tan del cielode la batal la, no lograban sofocar el incendio.

¡ Cuánto mejor h ubiera s ido quedar se en Kacikowska ! E s tá-bamos muertos de cansancio, y el olor de la aldea era t ibio en lanoche f r ía, un olor de homo y de es tablo. "¡ Viva el Pr imero deMayo!" , es t aba escr i to en l e t r as b l ancas sobre una gran t i r a detela roja colgada sobre la fachada de un kolhoz a la entrada dela aldea. Los cabal los , husmeando el agua cercana a la húmeda

hierba del val le, rel inchaban impacientes . Los soldados mirabancon ojos de deseo las blancas casas (de techo de paja las másmíseras , de techo de lámina barnizada de verde y de rojo aquel lasde los campesinos más acomodados) , Sal ian de la aldea las milvoces petulantes y murmurante que hacen los animales domést icos al acercarse la noche. Los perros ladraban haciendo f ies tas ,en la puer ta de los verdes recintos , mirando entre los girasolesque circundan las casas . Se oía el gruñir secreto de los puercos ,el sordo mugido de las vacas encerradas en los es tablos , el muerto t añi r de sus campanas de bronce.

La aldea no parecía haber sufr ido por la batal la de pocas ho

ras antes . Cualquier golpe de medio cal ibre había caído, s in he-

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ri rlo, cerca del puenteci l lo de mampos ter í a que a t r aviesa e l ar roj o . Él negocio del Univermág (en todas las aldeas soviét icas hayun a o má s sucursales del Un iverm ág, la t ienda coop erat iva quesubs t i tuye en gran par t e a l l i br e comercio en l a U.R.S.S . ) , apa

té ondulada, decl ina a formar un val le, en el fondo del cual aldea yace en la r ibera del arroyuelo gr is . De tal manera qvi s t a desde l a l l anura . Ucrania aparece des i er t a : l a v ida de efecunda y pobladís ima región, se cuela entre los pl iegues del

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r ecía s aqueado. Fre nte a l a puer t a forzada, había esparc idos montones de papel ro to , de cajas de car tón abier t as , de cachar ros deb a r r o , de paja par a, emp acar , toda s las míse ras visce ras que els aqueo esparce en tomo a l as casas des t ru idas . Pero en su mayoría la aldea es taba intacta, con sus casas pintadas de blanco,de verde, de azul ci rcundadas , la mayor par te, por una especie

de terraza, que el techo sal iente forma al apoyarse sobre colum-ni l l as de madera l abrada y t a l l ada con ar t e . Pandi l l as de muchachos concur r í an de todas par t es para ver pasar l a columna. Delas ventanas de las casas a lo largo del camino, los her idos alemanes , que s e habían r efugiado en espera de l as ambulanciasque los t r anspor t asen a l a r e t aguardia , s acaban l as cabezas vend a d a s , agi taban los brazos l lenos de gasa. Mujeres y viejos separaban s i lenciosos , un poco t r is tes (o seguramente sólo impacientes) en los umbrales de las casas o de los es tablos , aún aturdidos, aún incier tos , aún t emerosos .

Pasado el puenteci l lo que l lega a la or i l la del val le, y t ras un

breve t r amo, l a car r e t er a s e asoma nuevamente a l a l l anura . Elgran soplo cal iente del t r igo nos envuelve, un soplo dulce en contras te con el al iento ya f r ío de la noche que se avecina. Y el orden de descanso no l l ega . ¿Es tará aún l e j ana l a a ldea de Sciumi?Seguramente marcharemos toda l a noche. He dejado e l car roen la cola de la columna, en el amontonamiento de vehículos yme dir i jo a pie en medio de un grupo de infanter ía, por la carret er a que l l eva a Ol sdanka.

A cinco ki lómetros de aquí es tá la aldea de Sciumi, al fondode un pequeño val le. Todas las aldeas ucranianas se escondenentre una verde hendedura del terreno. De vez en cuando, la l la

nura , en a lgunos puntos absolutamente p lana, en o t ros l evemen-

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r r e n o , se hace secreta y esquiva, en armonía con el mismo carter de su población, de bel los aspectos , de dulces costumbres , maneras gent i les , de piedad sensibi l ís ima.

Después de algunos ki lómetros , la marcha se alenta. Yacañón cal la, el crepi tar de las ametral ladoras aclara ronco y j ano , es como un croar de ranas a lo largo de las obscuras , f

gosas r iveras del hor izonte. El cañón cal la, seguramente el poso es tá cercano. Duro día de fat iga y de lucha: mañanabata l l a s e r eencenderá f r ente a Ol scianka. "Al t ! Al t ! Al t ! " .gr i to resuena entre la columna, repet ido por los mensajeros mtor izados que corren con la boca abier ta; cas i el gr i to repercen sus bocas como en un megáfono. Estamos en la or i l la val le: al lá abajo, f rente a nosotros , la pequeña aldea de Sciblanquea incier t a ent r e l a sombra . La vanguardia es t á ya avis ta de las pr imeras casas de Olscianka. "Alt! Alt! Alt!" .

Apenas me he s entado en l a or i l l a de l a car r e t er a , apenascomenzado a comer (s iempre aquel las rebanadas de pan se

s i empre aquel l a conserva de j i t omate) , cuando una voz en sombras gr i t a : " ¿Dónde es t á e l of i c i a l i t a l i ano?" ."¿Quién me quiere? ¡Aquí es toy! " ."Buenas noches , señor capi tán"? dice una voz alegre, en p

fecto i tal iano, con un leve acento que me parece t r ies t ino. Un sof icial alemán, un Feldwebel , es tá ahí f rente a mí , f i rme. Estámangas de camisa , es pequeño de es t a tura . Tiene anteojos ,cabel los caídos sobre la f rente baja, la boca alegre y r isueña

"¿Quiere aceptar una t aza de t é?" ."¿Por qué no? Danke schon" .

"Oh, puede hablar en i tal iano", dice el Feldwebel . "Mi

dre es t r i es t ina" .

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Si no fuese de noche, el Feldwebel se daría cuenta de que meruborizo de placer, de gusto.

Sigo al FeldwebeL Entro t ras él en una casucha a la ori l la de

de vino rojo, del color y el sabor ext raños. No es vino, sino algdu l ce , per fumado . ¿Vino de zarzam ora? ¿Vino de c i rue l a? .

"Lo encontramos en Jampol , en la cant ina de un kolhoz" dce el FeldwebeL

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l a ca r re t e ra , apenas fuera de l a a l dea , ce rca de l puen t e . En l aestancia, del techo rojo, una cama en un ángulo, una mesa, unextraño botel lón de fierro y sobre una banca a lo largo del muro,una buena cant idad de pan, de latas de carne en conserva y demermelada. Sobre la mesa, una parri l la de campo, y sobre laparri l la una vasi ja l lena de té cal iente. En las paredes hay imá

genes sagradas , recor t es de rev i s t as y de per i ód i cos i l us t rados ,un reloj de péndulo, un calendario soviét ico, y el inevi table ret ra t o de S t a l i n .

El Feldwebel me ofrece una taza de té, me dice que nacióen A le j andr í a , Eg ip to , que su madre es t r i es t i na , que t i ene cuarenta y dos años y es voluntario de guerra, y que pertenece a laVerkhers Aufscht , la pol icía de caminos. Está fel iz de encontrarse con un oficial i taliano, ¡un oficial de los Alpinos! Muy feliz.Mien t ras hab l a , en t ran a lgunos motoc i c l i s t as de l a VerkhersAufscht . Se sientan en tomo a la mesa, se qui tan los guantes dehule, se secan la cara cubierta de una máscara de polvo y sudor,

beben una t aza de t é , comen pedazos de pan e mbarrado s con man-teca de cerdo. Ríen, cuentan los incidentes y aventuras del día,de las vol teretas, de las carreras pasadas bajo el t i ro de los sol dados rusos anidados ent re el t r igo. Me hablan con aquel la ext raña famil iaridad que hay en el ejérci to alemán ent re los sol dados y oficiales: una famil iaridad, de la cual quisiera, un díau o t ro , hab l a r l a rgamente , por parecerme uno de l os ca rac t e resmás s i ngu l a res , (porque es una fami l i a r i dad a fondo , mucho mássocial que pol í t ica) de la Wehrmacht .

"Ah, ahora le ofreceré un vaso de un vino ext raordinario ' , ,me dice el Feldwebel , y me vierte en el vaso, de aquel ext raño

botel lón de fierro que está en medio de la estancia, una espede

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Tenemos los ojos un poco bri l losos. Y el Feldwebel , que enacido en Egipto, comienza a embrol larse con las lenguas; pone a hablar árabe, después cae en el t r iest ino, y mezcla gustosamente el alemán con el i tal iano, con el árabe, como hacen cietos personajes en las ant iguas novelas provenzales.

Pero es t a rde , es necesar i o que vaya a buscar un l ugar dondpasar l a noche .

"Yo le di ría de dormir en la pieza de junto", me dice el Feldwebel," Pero ya se la dimos al capel lán".

"¿Al cape l l án?" ."Sí , está aquí por casual idad", me dice el Feldwebel , "ha v

n ido acá con l as ambulanc i as , pero se i rá mañan a por l a maña na"Me gust aría hablarle", d igo al FeldwebeL'Lo encont ra rá con segur idad cerca de l as ambulanc i as" , m

dice , acompañándome has t a l a puer t a . Después agrega ; "Hasla vista, sior capi tán", con su dulce acento t riest ino.

"Has t a l a v i s t a , y que sea muy pron to" .

Me di ri jo hacia las ambulancias. E1 capel lán alemán no estha ido a recorrer la aldea para recoger los heridos. (Había ucen t enar re fug i ados en l as casas) . Me t oca renunc i a r a ver l o hab l a r l e . N i duran t e l a campaña deYugoes l av i a , n i duran t e etos p r imeros meses de guerra en e l f ren t e ruso , no he aún l ogrado ver un capel lán mi l i tar alemán.

Los capel lanes, en el ejérci to alemán, sea catól icos o protet an t es , son ra ros . Uno de l os ca rac t e res más i n t e resan t es de es tejérci to, es precisamente el ser laico, Y es este, uno de los tantoaspec tos de un p rob l ema mucho más comple jo de cuan to se puda Juzgar a primera vista. El sent ido rel igioso, en el ejérci to al

mán , ex i s t e y es , en c i e r t o modo , fo r t í s imo; pero es t ransp or t ad

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sobre ot ros elementos, sobre ot ros mot ivos, en lugar de los usuales. La re l i g ión es cons iderada un hecho pr i vado , abso lu t amenteindividual , personal . Y los capel lanes mi l i tares, en número l imit ad í s imo, rea l i zan una t a rea que es t á muy l e j ana de aque l l a de

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la asistencia rel igiosa. Afi rman una presencia, son un test imon io , nada más .

Con estos pensamientos, l levo mi carro al fondo del val le, precisamente a la ribera del arroyo. Me ext iendo sobre los coj ines,me envuelvo en la cobi ja. Hace frío. Alrededor mío la columnaduerme, el sueño de los hombres y de los animales t iene un res

pi ro ronco, si lbante. La voz del arroyo, ahí cerca, se levanta y sebaja con un ri tmo igual . Parece que la guerra esté lejana, casiun remoto recuerdo . Es l a t regua noc turna , una t regua de a rmas ,la paz y el reposo del "bivacco negro".

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X V I

D I O S R E G R E S A A C A S A

Olscianka, agosto 12.

Es t a mañana he v i s t o a D ios regresar a Su casa , después deveinte años de exi l io. Un pequeño gent ío de viejos campesinosLe ha abierto la puerta de un almacén de semil las oleaginosas.Le ha d i cho s implemente : "Ent ra , Señor , es t a es Tu i g l es i a" .

Es t a mañana he t en ido l a fo r t una de as i s t i r a un ep i sod io

extraordinario, que just i fica él solo todas las fat igas y todos lospel igros a los cuales voy en encuentro desde hace dos meses, para segu i r de ce rca , a l gunas veces demas i ado cerca , es t a campaña de Rusia. Llegamos a Alscianka como a las diez de la maña-na , tras una fatigosa marcha de veinte k i l o m e t r o s , entre el sofo-

cante polvo rojo de estos caminos ucranianos. Y es aquí , en Ols-cianka, gran caserío agrícola al sur de Kiev, sobre la carreterapara Bal ta y Odesa, en donde el problema rel igioso de la Rusiasoviét ica se me ha revelado por primera vez en toda su complej idad y del icadeza.

He tocado ya este problema al principio del úl t imo jul io, cuan

do seguía la avanzada de una columna motorizada alemana en el

frente de Moghi lev. Pero en aquel la ocasión (estábamos en Zai-

cani, y desc ribía las iglesias sin crucifijo , las iglesias sin imá genes , los viejos campesinos que se hacían la señal de la cruzfrente al al tar desnudo, convert ido en sala para conferencia so

c ruz a t res b razos que encabeza l os campanar ios ) . Puede darsque la Iglesia Unida, fuerte sobre todo en Gal izia oriental , puedaen un futuro no muy lejano, acrecentar su influencia en daño dla Iglesia Ortodoxa rusa, pravaslavni , en toda la Ucrania occidental y meridional , especialmente en la región dicha de Zadnes

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bre el si stema agrario comunista de los kolhoz), pero en aquel laocasión, digo, me había l imi tado a desflorar el argumento, sinent rar en el vivo de la cuest ión. Una mayor esperanza de cosasvistas, de episodios cul t ivados en el vivo, una más seria documentación de hombres, de ideas, de hechos por mí mismo cosechados real í st icamente en los lugares, en dos meses de observa

ción di recta, de invest igaciones objet ivas, de test imonios persona l es , me permi t en hoy regresar a aque l a rgumento de maneramás expl íci ta. El problema rel igioso es, sin duda, uno de los másgraves ent re todos aquel los que la guerra contra Rusia pone a laa t enc ión de la Europa c iv i l; e i n t e resa d i rec t amente , por m uchasrazones, a todos los pueblos del Occidente, sea por la importanciay la complej idad de sus varios aspectos, sea por las consecuenciasque en la vida del pueblo ruso tendrá inevi tablemente, y por mucho t iempo, la pol í t ica ant i rrel igiosa de los Soviets.

Recorr i do e l vas to t ramo que separa l a a l dea de Kac ikowskade Olscianka, apenas nos asomamos a la ori l la de la verde cuen

ca que dulcemente decl ina formando un ampl io val le, donde estáasentado el caserío de Olscianka, se me aparece, un poco a la izquierda de la provincia, en lo al to, la iglesia, plantada sobre unaj ibosidad del terreno: una iglesia blanca, de l íneas vagamentebarrocas , con su burdo campanar io , (más que un campanar ioverdadero, es solo una especie de cúpula), de los techos recubiertos de lámina plateada. La iglesia de Olscianka, como aquel l as de muchas o t ras a l deas de Ucran i a , no es p rop i amente o r t o dox a: sino unida, esto es, de aquel la part icular confesión orto doxa que reconoce la autoridad del Sumo Pont í fice. (Las iglesiasunidas con el residuo de la ant igua influencia polaca en Ucrania,

y se d i s t i nguen de l as o t ras ya por su a rqu i t ec tu ra , ya por l a

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t roie, de l N i s t ro . Pero se t i enen muchas se r i as razones para dudar. De todos modos, esto de la Iglesia Unida es un problema l imi tado y part icular, en el complejo problema, mucho más gravedel "vacío" dejado en la conciencia de las jóvenes generacionerusas por la pol í t ica ant i rrel igiosa de los Soviets, y por la gravísima, i rreparable decadencia de la ortodoxia.

E n t r a m o s entonces a Olscianka, y nos paramos en medio delugar, donde el camino, alargándose, forma una especie de plazuela en descenso, que baja de la al tura sobre la cual está la iglesia, y se apoya en su lado mayor, al largo muro que ci rcunda ungran ko lhoz . Las vanguard i as a l emanas que han conqui s t ado laldea, han pasado por aquí apenas hace media hora. El ai re estáaún cal iente, se puede deci r , por el reciente combate. A la ent rada de la aldea, escuadri l las de soldados están enterrando piadosamente a los compañeros caídos en el asal to.

Bajo la plazuela, se abre una verde cuenca, donde brota un

fuente, l impia y muy fría: es la primera fuente que se encuent ra , desde Jampol has t a aqu í . A l rededor de l a fuen t e , un g rupde her i dos es t án l avándose l as l l agas . Es t án sen t ados en g randepiedras, esperando las ambulancias. Ríen, desenvuelven los rol lode gasa , ayudándose unos a o t ros a cubr i rse l as her i das .

A un t recho, un vocerío confuso baja de la al tura de dondesurge la iglesia. Me voy por el sendero, y frente a la iglesia, sobre el at rio l leno de hierbas, (había una máquina agrícola en unángulo de l a t r i o , una t r i l l adora i n t ac t a ) , se me aparece un g rupode mujeres , l a mayor pa r t e v i e j as, de c incuen t a años para a r r i bapocas, solamente cinco o seis, de dieciseis a veinte años, ocupadas en desempolvar, en l impiar, en qui tar los montones de moho

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en fregar, en lust rar, con la ayuda de t rapos y cuchi l los, algunosgrandes candelabros de madera pintada de plata, de aquel los al tos y macizos candelabros que se ponen a los lados del al tar y

sobre a l a l t a r m i smo. O t ras mujeres , encorvadas en l a puer t a ,a r ran can con l as manos , rab iosamente , l os yerba jos que ame nazan

en un almacén para semil las, la iglesia estaba ya cerrada desdhacía un año.

Pero las viejas alzan las manos, amenazando a los muchachosgri tando: "Pasciól l ! Pasciól l ! ¡(Vayanse! ¡Vayanse!, gri tándole

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invadir la iglesia; ot ras, con azadones y azadas, ext i rpan los zarzales crecidos en el at rio.

Me acerco a las mujeres, y digo:"¡Eh, han vuel to a poner en bel lo estado vuest ra iglesia!".Las muchachas me mi ran r i endo , s i n i n t e r rumpi r e l movi

miento cont inuo de los vigorosos brazos, redondos y morenos, bajo la corta manga de la camiseta blanca, de l ino, orlada de encajes rojos. Una vieja qui ta las manos del candelabro, se hace t resveces seguidas la señal de la cruz, se incl ina, me l lama barin (osea "señor", al ant iguo modo ruso, ya subst i tuido por el término tavarisc) y me dice que no es culpa de el las, que desde haceveinte años la iglesia de Olscianka había sido t ransformada enun almacén de semil las oleaginosas, en una especie de depósi tode cereales, para semil las de soya y gi rasol .

"No es culpa nuest ra", repi te, "fueron los comunistas, ¡oh,Santa María Virgen, no es culpa nuest ra!". Y se pone a l lorar,

apre t ándose l as s i enes en t re l as manos . Las muchachas g r i t an :" ¡Eh , eh , l a babuschka l l o ra !" .Y ríen, pero sin maldad, den solamente por la simple razón

que a sus ojos es cosa ridicula , l lorar, tan solo porque la iglesiase ha convert ido en un almacén de semil las oleaginosas. Algunosjovenzuelos (pero no sé como l lamarlos, porque no son aquel losque nosot ros l lamamos "jovenzuelos", sino muchachos de dieci -siete a dieciocho años) se han acercado en tanto, y también el losse ponen a reí r , y uno de el los dice:

"Oh, babuschka, ¿dónde querías que met ieran las semil las?",y ot ro, di rigiéndose a mi , me expl ica que cuando la convirt ieron

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que son malcriados, que son paganos, hi jos de turco, y mientratanto se hacen la señal de la cruz t res veces seguidas, escupiendo al suelo. Y los jovenzuelos se carcajean, mast icando un hi lde hierba, el gorro caldo sobre la nuca pelada al modo bolchevique. No t ienen el ai re de mal ignos, r íen en si lencio, sin maldad(y de vez en cuando me miran, miran a los oficiales alemanesque mientras sucedía esto, han ent rado a la iglesia y están obsentando la escena con algo de t imidez, como si temieran hacealgo prohibido). Uno de los oficiales alemanes se vol tea hacia mdic i endo: "Es un p rob l ema grave" .

Sí , es un problema grave y del icado, y no hay que pensar quen Rusia, desaparecida la vieja generación, pueda sobrevivi r mucho de la ant igua Iglesia ortodoxa. Las nuevas generacionesaquel las que han nacido después de 1917, no t ienen ningún interés por los problemas rel igiosos. Ignoran todo de la rel igión ypor deci r una frase pobre, no les importa nada. No t ienen e

verdad miedo del infierno.

Las viejas y las muchachas l impian los candelabros de madera; las viejas con respeto, con cautela, casi con devoción; las jóvenes con cierta agi l idad. Las muchachas parece que l impien unmueble, o un utensilio de la cocina.

"¿Cuando t e rminarán de hacer l impieza?" , p regunt a con vozal ta u na mu chac ha desde el umb ral de. la iglesia. "Siciás, siciasráp idamen te" , g r i t an l as muchachas . Se comprende per fec t amente que el las no at ribuyen a "hacer l impieza" ningún part iculasigni ficado, especialmente ningún ri tual . No dan importancia la cosa. En aquel término casero "hacer l impieza", está comprendida toda la indi ferencia de las jóvenes generaciones por un pro

blema del cual el las no comprenden ni la naturaleza ni la impor

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tanda, y del cual no están en grado de medir ni la del icadezani la gravedad. Es un problema, para el las, superado, uno de lost an tos p rob l emas que es t án ún i camente en e l corazón de l osstariki , de los viejos.

los problemas rel igiosos, esforzándose por sofocar en el alma dpueblo, no sólo cad a mov imiento de fé, cada espe ranza , sino tab i en cada pos ib l e re tomo a l a an t i gua fé , cada i nconsc i en t e p i rac ión a l a v ida fu tu ra . Todo , en es tos ca r t as , es t á i nsp i ra

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Bel interior de la iglesia surge un rumor de voces, un est ré-pi to de mart i l los, y aquel l igero rumor que hace el t r igo u ot rocereal , cuando lo vacían de una pala en u n saco. Me asom o al um-bra l . En t re l a puer t a de en t rada y e l i n t e r i o r de l a i g l es i a , hayuna especie de at rio, una pieza de techo muy al to. En él , algunosviejos campesinos están amontonando con palas y escobas, lassemil las oleaginosas. En el interior de la iglesia un grupo de sta-l i ld está met iendo las semil las en sacos, los hombres manejas laspa l as , mie ntr as las mu jeres mant ie nen abierta s, alargándolas conambas manos, las bocas de los sacos. Otros cepi l lan el pavimento , ot ros , con l a rgas pér t i gas , qu i t an l as t e l a rañas de l os ángulosdel techo, ot ros t ransportan, sobre las espaldas, los sacos l lenosfuera de la iglesia, ot ros aún, amontonan en una esquina las se-mi l l as regadas por e l sue lo , l l enan con l as pa l as a l gunas cará t u l as de mano . Es t odo un va ivén , un a fanarse , un t raba j a r depala y escoba, dent ro de una gris nube de polvo, con olor de mohoy de acei te rancio. Alrededor, a lo largo de las paredes, cuelgan

cartelones de propaganda agrícola, sobre la importancia y el valorde la producción de semil las oleaginosas; grandes carteles a colo res que i l us t ran l a mejor manera de cu idar t as p l an t as de soyay de gi rasol , de conservar las semil las, de orearlas, de defenderlas de los insectos, del moho y de los ratones. Nada, en las paredes , de aque l l a p ropaganda a t ea , que es t á en muchas i g l es i aspor mi v i s i t adas , t ransformadas en museos an t i r re l i g iosos , encines, o el local de reuniones o de espectáculos para el rabociec lub i (después de l t raba jo ) en sa l as par a l as f i es t as danzan t esde loe campesinos, con el palco de la orquesta instalado t ras e!al tar. Nada de aquel las parodias del Via Crucis, ni de aquel los

cartelones con los cual les los comunistas presentan a las masas

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en la nueva función a la cual está dedicada la iglesia. Ningumención a la dest inación ant igua ni al cul to suprimido.

AL fondo de la iglesia, hay apoyados al muro cuadros de stos y ví rgenes, y objetos sacros. Grupos de viejos campesines t án desempolvando l as sagradas imágenes , quedadas , por ve

t e años , sepu l t adas ba jo l os montones de semi l l as , o re l egadde t rás de l a l t a r , donde l os comuni s t as guardaban l as pa l as plos periódicos oreos de las semil las. Me acerco a observar las imgenes : a lgunos son verdaderos y rea l es san tos o r t odoxos , sany ví rgenes del rost ro negro, met idos en sol idos nichos de cobde latón, o de metal blanco. Otros son cuadros semejantes a imágenes catól icas. Un viejo, subido sobre una escalera, eclavando un clavo en el muro, para colgar una cuadro que umuchacha l e dá . Dos babuschke , de l ros t ro l l eno de negras a rgas, con un azadón .en la mano , dan c aza a un nido de rata s, l ido a la luz bajo mo ntón de semil las de gi r as ol Y los mismjovenzue los , en g rupo , es t án observando l a escena , r í en , b rome a

do con l as muchachas , y no se sabe s i en sus pa l abras , en sges tos , en l a expres ión de su s ros t ros , se v i s l umbra e l menospcio, o quizá, simplemente un desprendimiento, una indi ferendivert ida, una leve insolencia juveni l , s in todavía maldad. Algnos hombres de edad madura , sobre cuaren t a y c inco años (esgenerac ión i nc i e r t a , aque ll a de l a g ran g uerra , l a generac ión qtenía 20 años en 1917, cuando Lenin se apoderó del poder) estmirando con las manos en las bolsas, indecisos de ayudar a viejos o de darse el ai re de sonrientes.

"¿Dónde ponemos l os cande l abros?" , p regunt a una de s t a r i k i a l as muchachas que han t e rminado de l us t ra r l os cand

labros y ahora los l levan a la Iglesia, disponiendolos en una «

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quina en t re el al ta r y la pared . Todos t iene el ai r e de hab erolvidado dónde deben poner los candelabros,

"Sobre las gradas del al tar", dice una vieja, "los más chicoses necesario meterlos aquí , precisamente sobre el al tar".

Sobre l a mesa de l a l t a r , ha y una p i l a de g ruesos reg i s t ros . U n

Ya la iglesia está en orden. Desempolvada, l impia, sin másamontonam ien to de semi l las , con l as imágenes sa grada s co lgadade los mismos clavos, de los cuales pendían hasta hace poco loscartelones de propaganda agrícola comunista. Loa vidrios están

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viejo está vol teando y revol teando, con las manos polvorientas,las páginas amari l las, cubiertas de columnas de ci fras y de anotaciones en los márgenes. Son los regist ros del almacén, y elviejo no sabe si deba t i rarlos o guardarlos, en un lugar seguro.Aquel los regist ros son preciosos: representan la contabi l idad dela Iglesia los úl t imos años, quiero deci r la contabi l idad del almacén de semil las oleaginosas: t iene dentro todo el debe y el haberde los campesinos de Olscianka, los datos y el montaje de sus ent regas de semil las y sus cobros en dinero. El viejo, f inalmente, sedecide. Toma los gruesos regist ros, los desempolva con cuidado y.los vuelve a meter dent ro del nicho que hay en medio del al tar.Una babuschka , que es t á observando desde hace a lgunos minu tosaquel manejo, se mete a gri tar con voz ronca, agi tando los bra-l os : t odas l as o t ras babuschke ocurren , y t ambién se ponen agri tar. Aquel lo es el lugar de los l ibros sagrados, no de aquel lossucios regist ros. Los jovenzuelos intervienen y toman la defensade l os reg i s t ros , p ro t es t ando que han es t ado s i empre ah í y ah í

deben quedar, no hay ninguna razón para qui tarlos de su lugar^los qui tarán cuando vengan los l ibros sagrados.

¡Después, poco a poco, el tu m ul to se aplaca, las voces bajan 'de tono, las viejas se resignan, mueven la cabeza gruñendo, losjóvenes d i cen : "Eh , babuschke , dennos l os cande l abros" . Y ayudan a las babuschke a poner los candelabros sobre el al tar. Perolos viejos miran perplejos diciendo:

"¿Dónde i remos a encont ra r l as ce ras? . ¿Los g ruesos c i r i osde an t es ? i Si t uv i ésemos a l menos unas ve l as ! Pero hace var i os ,años que no vemos una".

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lavados con cuidado, tersos. Una vieja se me acerca, me l lamabar in y me p regunt a s i e l pop de su i g l es ia regre sará p ron to . Está en Siberia desde hace doce años.

"Puede se r que no regrese"» respondo ."S i no regresa nues t ro pop , no podremos vo lver a consagra

la iglesia", dice la babuschka, mientras todos escuchan atentosapretando el cerco a mi al rededor.

"Tendremos que espera r un buen ra to" , d i ce una muchacha"De S iber i a a O l sc i anka l a ca r re t e ra es muy l a rga" .

Los jovenzuelos se ponen a reí r , los viejos me miran perplejos . T i enen e l a i re de p regunt a rse ; "¿Qué cosa haremos de nuest ra i g l es i a s i nues t ro pop no regresa?" . Los j óvenes sonr í en como si quisieran deci r: "Eh, volvemos a meter las semil las si epop no regresa" .

"Puede se r que se haya muer to" , d igo , "s i no regresa é l , puevendrá o t ro" .

A poco , un v i e jo d i ce : "¿Y l as campanas?" . O t ro d i ce : "Yaes c i e r t o , ¿y l as campanas?" .

Campanas, en ruso, se dice kalakalú. Es una bel l í sima palabra , ka l aka lú represen t a p rec i samente e l son ido de l as campanarusas, así l impio, casi l íquido, en el ai re dulce de la campiñucran i ana . "Ea l aka l á , ka l aka l á , ka l aka l á" , rep i t en t odos a mi a lrededor, parece, en aquel la armoniosa onomatopeya, de oí r urepicar de fiesta bajar del campanario, volar lejano sobre lcampiña verde y dorada, sobre los inmensos campos de t rigo. Uviejo dice: "Padajdi t ie , esperen", y sale corriendo. Y nosotros lseguimos, sal imos al at rio, y de ahí vemos al viejo bajar por eprado , hac i a a l gunas vacas que pas t an en e l rec in to de l an t i gu

kolhoz. Lo vemos acercarse a una vaca y arrancar del cuel lo d

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l a bes t i a l a gruesa campana de bronce, r egresar se a l egre , subi rel sendero, y todos , mirándolo, dicen: "Kalakalá kalakala, kala"kalá" . Un jóven se ofrece para subir al tope del campanar io, y as ívolvemos a entrar a la igles ia; los s tar íkí toman una escalera,

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la apoyan en el inter ior del campanar io, y el joven se t repa so-bre los pr imeros escalones y desaparece; después de un r a to ,oímos la campana de bronce mandar de lo al to su repiqueteo grave y dulce. El sonido se propaga gent i l y profundo por el val le,todos levantan los ojos , también los her idos sentados en la fuen-t e , hacia aquel l impio repicar : parece realmente que una vaca

pastara en los azules prados del cielo y mandara aquel sonidograve, nuevo, gent i l .

Y uno de aquel los jovenzuelos , uno de esos muchachi l los "malcr iados" , dice r iendo: "Escucha la karowa, escucha la vaca" . Todos r íen, pero yo tomo a aquel jovenzuelo por el brazo, lo agi torudamente, le digo: "No r ías" . Y él me mira, se ruboriza, quis iera decirme algo, mueve los labios , pero no logra encontrarlas palabras . Yo quis iera decir le: "es una cosa bel la aquel campanar io de vaca al lá arr iba" . Pero ni yo logro encontrar las pal abras .

(Las l íneas s iguientes fueron supr imidas por la censara fasc i s t a ) .

Mient ras escuchamos e l sonido de l a campana, una columnade ar t i l ler ía alemana se det iene f rente a la igles ia. Un of icialdesmonta de la montura, dá órdenes de desatar los cabal los , ent ra en la igles ia. Sale cas i inmediatamente, y gr i ta con voz dura:"Metan los cabal los dentro de la igles ia" .

Las viejas campesinas se hacen la señal de la cruz, los viejosbajan la cabeza, se alejan en s i lencio. Los jóvenes me miran ysonr í en di s imuladamente .

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X V I I

P O L V O Y L L U V I A

P e t s danka , s ep t i em b

Después de una semana de l luvia, f inalmente ha l legado buen t iempo. Retoma el polvo, y los soldados lo respiran con l icia. (Regresa el polvo sofocante, la maldi ta nube de polvo roY aún as í , la respiramos con placer , la saludamos con goce,

mo una quer ida amiga, después de t antos d í as de f ango, despude tantas fat igas sobre aquel los terr ibles caminos que la l luhabía conver t ido en a lgo parecido a losas de v idr io embar rade vasel ina . Bas ta un s imple aguácero pa ra cub r i r e l fondo cart e r o , un fondo arci l loso, impermeable al agua, duro y compacen un velo de lodo viscoso, resbaloso, que de vez en cuandorompe, formando profundos fosos , gr i e t as ins id iosas ) . Por podemos r eanudar l a avanzada, marchar hacia e l Dniesper . "Snel l ' Schnel l !" . El gr i to resuena de una lado a otro de la columlos cañones han vuel to a l adrar a l hor i zonte , l as r áf agas de amtral ladoras s i lban en el al to t r igo ondulante. Se ha puesto a

ver hace ocho días .

Hubo un momento, hace una semana, poco antes de que comenzara a l lover, en que me di je: "Ahora regreso, ya tengo bast an t e" . No pod í a más . Yo soy i nvá l i do de guerra (de l a o t raguerra, aquel la del 1914-1918, por lesión pulmonar de gas). Y no

Me t i ré sobre la cama, en un cuarto del hotel Europieiski j , ydormí dos días seguidos.

Algo de aquel terrible verano lo he vuel to a encontrar en lopr imeros d í as de es t a dura marcha . Todav í a , recorr i endo e l t recho que se ext iende hasta cerca de Sciumi , se respi raba algo de

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lograba respi rar en aquel la nube de polvo densa y acre, que rael lenaba la boca, me quemaba los pulmones, me part ía los labios,las narices, los párpados. Invocaba la l luvia. Escudriñaba el l ímpido horizonte, buscaba la sombra de una nube de temporal en elcielo cruelmente azul . Me había detenido ya dos o t res veces, con

el propósi to de dejar andar adelante a la columna, de sal i r deaquel la densa estela de polvo. Y ya la columna está lejana, marchaba rápidamente para no perder el contacto con el enemigo enret i rada. Aunque haciéndolo rápido, no la habría alcanzado antesde un par de horas. Había quedado rezagado. Y aún así , no meimportaba nada. Estaba cansado de toser en aquel polvo rojo sofocante, "Si no l lueve antes de la noche", me decía, "yo me reg r e s o " .

Hace un calor terrible. Pero algo de incierto, de equívoco, estaba en el ai re. El cielo estaba terso, y aún asi se sent ía que al gun a cosa se estaba prepara ndo , den t ro de los pl iegues secretosde l hor i zon t e . "Es t e no es e l verdadero verano ucran i ano" , pen

saba. Sabía ya, por experiencia, qué cosa era verdaderamente elverano en Ucrania: una estación calurosísima, recorrida por ellargo y lento escalofrío de un viento sofocante, que roba a loscampos de t rigo, su sabor de paja, su ext raño olor. En 1920, cuando el ejérci to de! Ma riscal Pi lsudski invadió Ucran ia y m arch ósobre Kiev, yo estaba con las t ropas polacas, (como oficial observador i tal iano) y seguí con su avanzada hasta Kiev. Era mayo.Pero la canícula ya teñía de cobre las inmensas extensiones deespigas. A centenares y centenares, los cabal los sucumbían anteel calor, ante la sed, ante la fat iga. Yo tenía las rodi l las l lagadasde la montura. La noche se nos t i raba a dormir en el t r igo, ent re

las espigas ardientes. Llegamos a Kiev en condiciones piadosas.

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incierto, de equívoco, en el ai re sofocante. Casi el presagio de untemporal . Yo seguía con los ojos el vuelo perezoso, lent ísimo, deuno de aquel los aparatos de reconocimiento que los alemanes l laman "c igüeñas" , cuando de p ron to , me parece descubr i r , a l l á enel fondo, al l ími te del horizonte, algo de rojo-dorado, algo negro

un rast ro de lápiz sobre la pizarra azul del cielo. La "cigüeña"volaba a flor de t ierra, lent ísima, parecía que sint iese la l luviacercana .

Pero den t ro de mí dec í a : " ¡L loverá , f i na lmente , t e rminaráde una buena vez es t e mald i t o po lvo!" . Y mien t ras a t ravesábamos la aldea de Üimit raskowska (el cañón t ronaba sin reposo, at re s o cua t ro ki lómetros de ahí , fre nte a nos ot ro s), un camiónalemán nos alcanza, el mecánico se asoma y me gri ta en i tal iano"Regresen a t rás , es t a c a r re t e ra es t á s i endo a t acada po r la . a r t il lería rusa, hay orden de desviar el t ráfico abajo, por el arroyoEs un camini l lo infernal , pero es más seguro". Paramos los ca

miones ba jo un á rbo l , pa ra sus t raer l os de l a observac ión aéreabajamos, y nos viene al encuentro el mecánico alemán todo sonriente. Es un joven de unos veinte a veint icinco años, parece unmuchacho. Le pregunto donde aprendió el i tal iano. "En Roma"me responde . "Era camarero en e l ho t e l Minerva , t ras e l Panteón". Después agrega, con perfecto acento romano: "Li possínoammazzal l i , sent i te mo'come spareno!". Y ríe, pasándose la manopor la cara cubierta de una máscara de polvo.

Sobre la fachada de la iglesia, a los dos lados de la puerta, están pegados dos cartelones a colores de publ icidad cinematográfica. La iglesia había sido transformada en sov kino . en un cine

ma soviét ico. El cartelón anuncia un fi lm de amor, al menos as- 1 5 5 .

me parece , a j uzgar por l as ac t i t udes de l os persona j es : un j o ven y una muchacha, él con el mismo usual gorro de mecánicode kolhoz, el la con el mismo usual pañuelo colorado envuel to al rededor de l a cabeza y anudado ba jo e l mentón , que se abrazan ,bajo el fondo de un paisaje de campos de t rigo y de máquinas

t ran oleadas de polvo y sonidos, es el ruido de los cañones, cercano, ahora lejano. Un -herido se pone a toser. Sal imos iglesia en la punta de los pies. A lo largo del muro de unaadyacen t e a l a i g l es i a , veo , enormes pedazos de carne sangl en t a , co lgados de a lgunos ganchos . Par t es de buey , de pu

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agrícolas, bajo un cielo al t í simo, de un azul denso, "además delamor", es el t í tulo del f i lm.

Ent ramos en l a i g l es i a , donde se ha i ns t a l ado un Pe ld l azare t ,un hosp i t a l a l emán de campaña . En l as paredes cue lgan l as ca r t u l i nas de l os ya usua l es f i lms de p ropaganda comuni s t a . A lgu-nos t ienen por objeto la lucha contra el anal fabet ismo, el alcohol i smo, la tuberculosis, ot ros la vida en el kolhoz, ot ros la organización de la Armada roja, ot ros las glorias de la aviación soviét ica, de la indust rial ización soviét ica. El protagonista principalde l f i lm sobre l a Armada ro j a es S t a l i n , represen t ado en var i oscuadros en los cuales está dividido el cartelón, en act i tud de conductor. El fi lm narra algunos episodios de la guerra de 1919 yde 1920 '21 con t ra l os po l acos , con t ra l os "par t i dar i os" de Macnóy de Pe t l i u ra , con t ra l os "b l ancos" de Wrange l , de Kolc i ak , deDenik in . Jun to a S t a l i n aparece , en cada imo de aque l l os ep i sodios, el f iel Vorosci lof, el bigotón Budiénni j y Timoscenko, y Ki-

rof, y Ciapaief: pero no veo ni a Trotzki ni a Tucacevski ni ao t r o s .

Los her i dos es t án ex t end idos sobre co l chones de pa j a improv i sados , a l o l a rgo de l os mures , p rec i samente ba jo l os ca r t e -lones publ ici tarios de las pel ículas. Botel las de desinfectantes están al ineadas sobre el al tar, y rol los de vendas, paquetes de al -¿Odón , i ns t rumentos qu i rú rg i cos . Sobre l a b l anca pan t a l l a , puesta sobre el al tar, son colgadas, con al fi leres, las hojas cl ínicas.Dos oficiales médicos, del cráneo rapado, de los miopes y dulceso jos t ras l os l en t es con var i l l as de o ro , van l en t amente de her i doen herido, encorvándose sobre los colchones de paja y hablando

entre el los con voz baja. De los vidrios rotos de las ventanas, en-

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Es la carnicería del hospi tal de campaña. Cercana a la car í a , es t á l a coc ina . Un grupo de her i dos l i geros es t á reun idoto a la caldera, en espera de la sopa cal iente.

Aquí a l gunos so ldados es t án excavando una fosa , o t ros t an t oscas c ruces de madera b l anca sobre l os p romontor i

t ierra fresca. El at rio gi ra en tomo a la iglesia, se convierthuer to , después , más l e j os , en cementer i o . En e l huer to , en tg ruesas ho j as de l as papas , l os her i dos pasean o comen en cio, sentados en el suelo, las piernas l lenas de vendas mancde sangre. Un joven oficial , elegant ísimo, con una fusta mano , nos pasa j un to , pegándose en l as bo t as . T i ene un b racuel lo. Camina si lbando.

En el cielo polvoriento, el sol quema como en el interiuna n i eb l a . Sen t ado sobre un montón de p i edras , a l fondhuer to , un her i do suena su f i l a rmónica . Es un a i re du l ce y dente, una canción de país húmedo y nublado. (El cielo

nuest ra cabeza está l leno de polvo, en los caminos, un vientosacude l as esp igas po lvor i en t as ) . Hay una du l zura qu i e t a ,dedor , una paz se rena de pa t i o de conven to , en es t e huer teste cementerio, en este at rio l leno de tumbas, de gi rasolesp l an t as de papa . No se oye un l amento , n i s i qu i e ra esos gemroncos que el del i rio arranca de los labios part idos por lá sebri l . ¡Cuan diversos son estos heridos de aquel los de lag u e r r a ! M e r e c u e r d o . . . P e r o ¿ q u i é n n o r e c u e r d a l a s a l t a s dolientes, los gri tos en vano sofocados, las imprecaciones, l las invocaciones desesperadas, el sordo gemir de los agonizaEn es t a guer ra , l os hombres dan p rueba de mayor v i r i l i da

mayor f i rmeza en e l do lor . Seguramente de mayor sap i e

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c u a n d o n o s e a u n a a c e p t a c i ó n m á s s e r i a , m á s s e r e n a . L o s h e r i d o s m e p a r e c e n m á s c e r r a d o s , m á s r e h a c i o s a r e v e l a r s u s u f r i m i e n t o . Y n o s o l a m e n t e l o s a l e m a n e s , s i n o t a m b i é n l o s o t r o s , t a m b i é n l o s r u m a n o s , t a m b i é n l o s r u s o s s o n a s í . N o s e l a m e n t a n , n og i m e n , n o r u e g a n . ( S i n d u d a h a y a l g o e s c o n d i d o , a l g o s e c r e t o ,

m u j e r e s t i e n e n p a ñ u e l o s d e v i v o s c o l o r e s a l r e d e d o r d e l a c al a s t r e n z a s a n u d a d a s b a j o e l m e n t ó n . L a s b l u s a s y l a s c a p a s sd e a l g o d ó n e s t a m p a d o , c o n d i b u j o s v i v í s i m o s d e x ) e q u e ñ a s f l oa m a r i l l a s , v e r d e s , r o j a s . L o s h o m b r e s , j ó v e n e s y v i e j o s , e s tves t idos con s acos de a lgodón g r i s , lo s pan ta lones s on de aque

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e n t r e l o s p l i e g u e s d e e s t e s i l e n c i o d u r o y t e r s o ) .E l s o l d a d o a l e m á n q u e h a s i d o c a m a r e r o e n e l h o t e l M i n e r v a ,

e n R o m a , m e v i e n e a d e c i r q u e s e r í a b u e n o i r s e , l a c a r r e t e r a e sp é s i m a , y a d e m á s , d e u n m o m e n t o a o t r o , e l t i e m p o s e p o d r í ades componer . Y a lza lo s o jo s a l c i e lo , ind icándome una nube ne

g ra , de un neg ro chapopo te , a l l á aba jo , que poco a poco s e d i l a t a ,ocupa todo e l ho r izon te . D e jamos l a ig les ia , vo lvemos a s ub i r a lc a m i ó n . L a c a r r e t e r a d e s c i e n d e p r e c i p i t a d a m e n t e , c o n b r u s c a scu rvas . Es un a r royo s eco , á r ido , l l eno de p ied ras e s pon jos as , noe s u n a c a r r e t e r a . H a s t a q u e l l e g a m o s a l a r r o y u e l o q u e c o r r e a lf o n d o d e l e s t r e c h o v a l l e . S e p a s a s o b r e a l g u n o s t a b l o n e s t e m b l ó -ro s os , un idos con un cab le de ace ro . A lo l a rgo de l a r ive r a yae s t á n a c a m p a d o s l o s s o l d a d o s d e u n t r e n d e a r t i l l e r í a d e m e d i oca l ib r e , lo s caba l lo s e s tán qu ie to s en med io de l a co r r i en te , cone l agua has ta l a r od i l l a , o t ro s pas tan en un p r ado vec ino . D e l ao t r a p a r t e d e l a r r o y o , u n c o n v o y d e m u n i c i o n e s l l e n a l a c a r r e t e r a a l a s a l i d a . G r u p o s d e s o l d a d o s e m p u j a n a b r a z o l a s r u e d a s ,l o s c a b a l l o s h a c e n f u e r z a r a b i o s a m e n t e c o n l a s p e z u ñ a s , m o s t r a n d o l o s l a r g o s d i e n t e s a m a r i l l o s e n u n m u d o g e s t o d e d o l o r .D os g ru es o s cam iones rumanos, dos " S ko da" , a r r a nc an con unr u i d o f u r i o s o p o r l a c u e s t a p o l v o r i e n t a . L o s h o m b r e s t i e n e n l ac a r a c u b i e r t a d e u n a m á s c a r a d e p o l v o , d o n d e e l s u d o r e x c a v ap r o f u n d a s c i c a t r i c e s .

U n p e q u e ñ o g e n t í o d e c a m p e s i n o s , v i e j o s , m u j e r e s , c h a m a cos l a m ay or pa r t e , y joven zue lo s de d ieces, d iec iocho años , s ea r r e m o l i n a n p a r a v e r e l t u m u l t o d e l o s h o m b r e s y l o s a n i m a l e s .E s t á n m i r a n d o s i n t e m o r a p a r e n t e , c o n u n a c u r i o s i d a d t r a n q u i l a .

L o s m u c h a c h o s e s t á n a l e g r e s , a v i s p a d o s , u n p o c o t í m i d o s . L a s

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t e l a azu l de l a cua l s e hacen lo s overo les de lo s mecán icos . Lm u g i k i , y a n o l l v a n m á s l a t o l s t ó v k a a b o t o n a d a a u n l a d o , n i b o t a s , n i i o s g o r r o s d e p e l o . P a r e c e n a r t e s a n o s , o b r e r o s , n o c apes inos . E l go r ro de c ic l i s t a l e s dá un a i r e de a r r aba l de c iudV e i n t i c i n c o a ñ o s d e b o l c h e v i s m o , d e k o l h o z y d e m á q u i n a s a gc o l a s, h a n t r a n s f o r m a d o p r o f u n d a m e n t e a i os m u g i k i ; l es hh e c h o j o r n a l e r o s , o b r e r o s m e c á n i c o s . E s e n t o n c e s q u e , p a r a a pvechar aque l des cans o fo r zado , ab ro e l s aco de l a s p rov i s ionesm e p o n g o a c o m e r , m e m i r a n c o n c u r i o s a a t e n c i ó n , h a b l á n d oen tr e el los y r iendo.

" D e b a j o d e l a s i e n t o " , d i g o a P e l l e g r i n i , " d e b e h a b e r a ú n p a q u e t e d e c a r a m e l o s " .

P e l l e g r i n i s e p o n e a d i s t r i b u i r c a r a m e l o s a l o s m u c h a c h o s . a c e r c a n t í m i d o s , a l a r g a n l a m a n o , q u i t a n c o n d e d o s d e l i c a d o s p a p e l q u e e n v u e l v e l o s c a r a m e l o s , l o s p r u e b a n l e n t a m e n t e , y du lce s abo r ab ren lo s o jo s de pa r en pa r s on r iendo f e l i ces . S om u c h a c h o s , i g u a l e s a t o d o s l o s o t r o s m u c h a c h o s d e l m u n d o . Sc a r a m e l o s h a b í a e n e l n e g o c i o c o o p e r a t i v o d e l U n i v e r m á g d e Dm i s t r a s k o w s k a , d e a q u e l l o s p e q u e ñ o s c a r a m e l o s s o v i é t i c o s , d e sb o r l e v e m e n t e s a l a d o : p e r o e r a n c a r o s , d e m a s i a d o c a r o s . O b s ev o a t e n t a m e n t e e s t o s m u c h a c h o s s o v i é t i c o s d e 1 9 4 1 , t a n d i fr en tes de lo s de 1929 , de 1921 . T ie nen lo s cabe l lo s e nm ara ña dob a j o s u s g o r r i t a s d e c i c l i s t a , o b a j o a q u e l l a s p e q u e ñ a s c a c h u c h ab o r d a d a s d e e s t i l o c o s a c o . L o s v a r o n e s v i s t e n p a n t a l o n e s d e t et u r q u e s a , d e m a s i a d o l a r g o s o d e m a s i a d o c o r t o s , l a s n i ñ a s l l e v auna f a ld i t a , un de lan ta l , un pañue lo co lo r ado a l r ededo r de l a cabeza . S e hab ían en t r e e l lo s en voz ba ja , r i endo . S iguen con in tensc u r i o s i d a d c a d a m o v i m i e n t o m í o , y a c a d a m o m e n t o s e v o l t e a

- 1 5 9 -

a v e r l o s p e s a d o s t i r o s d e a r t i l l e r í a a l e m a n a , l o s c a b a l l o s h a c e nf u e r z a e n l a s p e z u ñ a s p a r a s u b i r l a s a l i d a , l o s c a m i o n e s q u e h a c e nh u m o y r u i d o d e l a o t r a p a r t e d e l r í o . P e l l e g r i n i , m i e n t r a s t a n t o ,ha p r e nd i do l a pa rr il la de a lcoho l y ha ce ca len ta r un poco dea g u a p a r a e l t é . Y o e x t r a i g a u n l i m ó n d e l s a c o d e m o n t a ñ a , y l o a

f e r m o , t o d o r o j o e h i n c h a d o , B e b e s e r a r t r i t i s . M e m i r a l a m et á n d o s e : " M a n i é b o u l n o , m e d u e l e" ^ Y m i e n t r a s t a n t o o b s e r v a l i m ó n , t a m b i é n l a m u c h a c h a y e l v i e j o l o o b s e r v a n . E l v i e j o d i c" ¡ P e r o e s t o e s u n l i m ó n ! " . H a c e m á s d e v e i n t e a ñ o s q u e n o t e na n t e s u s o j o s u n l i m ó n . " Y e s o q u e l a C r i m e a e s t á c e r c a n a " , d i g

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m u c h a c h o s m e r o d e a n , o b s e r v a n e l l i m ó n , h u e l e n e l a i r e . U n op r e g u n t a : " C t o e t o t a k o i e ? ¿ Q u é c o s a e s ? " . " E s u n l i m ó n " , r e a -p o n d o . " U n l i m ó n , u n l i m ó n " , s e r e p i t e n e n t r e e l l o s m i s m o s l o sm u c h a c h o s . A q u e l d e l p r i n c i p i o , m e d i c e q u e j a m á s h a b í a n v i s t ou n l i m ó n . " E s u n p o c o a g r i o " , d i g o y o , " p e r o e s b u e n o . ¿ Q u i e r e s

p r o b a r l o ? " . L e h a g o p r o b a r u n p e d a c i t o . E l m u c h a c h o s e m e t een l a boca e l pedazo de l imón , hace un ges to y lo e s cupe . O t ro ,m á s a v i s p a d o , l o r e c o g e d e l s u e l o , l o c h u p a u n p o c o , h a c e u n g e s t o y s e l o p a s a a u n c o m p a ñ e r o . T o d o s h a c e n e l g e s t o , e s c u p e n .N o h a n v i s t o j a m á s u n l i m ó n .

A poco , comienza a l lover . Es una l luv ia du lce a l p r inc ip io ,s i l e n c i o s a , p a u l a t i n a . D e s p u é s s e t o m a e n h u r a c á n , c a e a t o r r e n t e s . Y o as p i ro con de l i c i a l a f r e s ca ca r i c ia de l a l luv ia , me l avo l aca r a , lo s cabe l lo s , con aque l l a agua ace rba y pu ra , me l l eno go l o s a m e n t e l a b o c a . ¡ A h , f i n a l m e n t e l l u e v e ! A l r e d e d o r e s u n c o r od e g r i t o s , d e b l a s f e m i a s . L o s s o l d a d o s a l e m a n e s a l z a n l o s o j o s a lc i e l o g r i t a n d o e i m p r e c a n d o . L o s t i r o s d e a r t i l l e r í a s e d e t i e n e n ,l o s c a b a l l o s r e s b a l a n e l f a n g o , l o s c a m i o n e s d e r r a p a n e n l a v i s c o s a c a r r e t e r a . " ¡ A h , l l u v i a m a l d i t a ! " , g r i t a n l o s a r t i l l e r o s y l o sm e c á n i c o s , a l r e d e d o r d e l a s p i e z a s y l o s c a m i o n e s e n t e r r a d o s e ne l l o d o . A h í , c e r c a a l a c a s a d e u n c a m p e s i n o , u n a m u c h a c h a s ea s o m a p o r l a p u e r t a , n o s h a c e s e ñ a d e e n t r a r . " P a j a l a u i s t a , p a -j a l á u i s t a , p o r f a v o r , p o r f a v o r " , d i c e . E n t r a m o s . S o b r e u n a b a n c a e s t á n s e n t a d o s u n v i e j o y u n j o v e n z u e l o . P e l l e g r i n i s e a s o m aa ve r l a pa r r i l l a de a lcoho l , e l agua de l t é ya comienza a ca len t a r s e . Y o m e s i e n t o e n u n a e s q u i n a , b a j o l a s i m á g e n e s , q u e e nl a s c a s a s r u s a s e s e l l u g a r d e h o n o r d e l o s h u é s p e d e s . M e p o n g oa c o r t a r u n a r e b a n a d a d e l i m ó n . E l j o v e n z u e l o t i e n e u n p i e e n -

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" S í " , r e s p o n d e e l v i e j o , " p e r o s e g u r a m e n t e , q u i é n s a b e , l a s p l at a s d e l i m ó n d e l a C r i m e a s e h a n a r r u i n a d o t o d a s " . ( L a v e r de s q u e l a s a u t o r i d a d e s s o v i é t i c a s d e s t i n a b a n a l a e x p o r t a c i ó n td a l a c o s e c h a c í t r i c a d e C r i m e a : f u e r a d e l o s g r a n d e s c e n t r oM o s c ú , L e n i n g r a d o , K i e v , O d e s a , n o s e p o d í a c o m p r a r u n l i mo u n a n a r a n j a e n t o d a R u s i a ) . L o s v i e j o s , l o s h o m b r e s d e c ur e n t a a ñ o s p a r a a r r i b a , r e c u e r d a n l o s l i m o n e s . F o r m a n p a r t e l o s r e c u e r d o s d e l a n t i g u o r é g i m e n . P e r o l o s j ó v e n e s n o , n o s a bn i s i q u i e r a q u é c o s a s o n .

V a c i a m o s e l t é e n l o s v a s o s , y e n c a d a v a s o , e n c a d a s t a kc i a i a , u n a b e l l a r e b a n a d a d e l i m ó n . E l v i e j o r í e c o n t e n t o , t a m b il a m u c h a c h a r íe c o n t e n t a , b e b i e n d o s u t é . P e r o e l j o v e n c o n p i e e n f e r m o t i e n e e l a i r e t r i s t e y h u m i l l a d o . " D u r a n t e l a og u e r r a , l a g h e r m a n s k a v a i n a . . . " , d i c e e l v i e j o . L a l l a m a n ag h e r m a n s k a v a i n a , o s e a l a g u e r r a a l e m a n a . H a c o m b a t i d o G a r p a z i , e n 1 9 1 6 , e l v i e j o . D e s p u é s e x t i e n d e l a m a n o h a c i a b o t e l l a d e a l c o h o l p a r a q u e m a r , q u e P e l l e g r i n i h a d e j a d o s o bla mes a , l a des tapa , l a hue le ce r r ando lo s o jo s con de l i c i a . " Cu n p o c o d e a g u a " , d i c e , " s e r í a b u e n o p a r a b e b e r " . S o n y a t rme s es , de cua ndo comenz ó l a guer ra , que no p r ue ba un a go ta v o d k a . N o , n a d a d e v o d k a . Y o m e p o n g o a r e í r , t a m b i é n l o s o t rr í en , y P e l l eg r in i toma s u bo te l l a y s e l a me te a l a bo l s a , ms e g u r a .

N o s a s o m a m o s a l a p u e r t a . E l c a m i n o e s u n t o r r e n t e d e f ag o . L a l l u v i a h a c e s a d o , a h o r a s o p l a u n v i e n t o f r í o , i n s i s t e ná r i d o y á s p e r o , c o m o u n a l e n g u a d e g a t o , " D e b e n p a s a r a q u í n o c h e , m a ñ a n a e l c a m i n o e s t a r á s e c o " , m e d i c e e l v i e j o . Y a s í p r e c i s a m e n t e . B a s t a u n a m e d i a h o r a d e l l u v i a p a r a c a m b i a r a q u

-161-

l los caminos ucranianos en profundos pantanos. La guerra se de-bate en la opresión viscosa del fango los soldados alemanes corrende un caballo a otro, de un camión al otro, gritando. Nada sepuede hacer. Se necesita esperar a que los caminos se sequen.El cañón truena allá abajo, tras aquel bosque. ¡ Eh, la guerra enUcrania! ¡Polvo, fango, polvo, fango. Maldito el polvo, maldito el

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fang o! De las col inas baja un estrépito confuso, formado por voces y relinchos. Son tropas que llegan, no pueden bajar, debenpasar la noche allá arriba, mañana por la mañana las carreterasestarán secas.

(Y polvo y lluvia, polvo y fango, mañana los caminos estarán

secos, los inmensos campos de girasoles murmurando en el áridoy caluroso viento, después retomará el fango, y esta es Rusia,

es és ta la Rusia de los Zares, la Santa Rusia de los Zares y ést a

e s tamb ién la URSS, polvo y lluvia, polvo y fango, es ést a la

eterna guerra rusa, la guerra de Rusia 1941. Nichts zu machen,

nichts zu machen. Mañana los caminos estarán secos, después

regresará el fango, y siempre muertos, casas quemadas, turbas

de prisioneros desgarrados, de los ojos de perro enfermo, y siem-

pre carroña de caballos y de máquinas, carroña de tanques, de

aeroplanos, de elkawé, de cañones, de oficiales, suboficiales y sol

dados, de mujeres, de viejos, de niños, de perros, carroña de ca

sas de aldea, de ciudad, de ríos, de florestas, nichts zu mach'en,nichts zu machen, lejos, siempre más lejos, en fondo al "contí-

nente ruso", allá por el Bug, por el Dniéper, por el Donetz, hacia

el Don, hada el Volga, hacia él Caspio. Ja, ja jawohl. Wir Kamp-)'

fen un das nachkte Leben. Y después vendrá el invierno, él gra

ciosísimo invierno. Después aun polvo y lluvia, polvo y fango,

hasta que será invierno, el graciosísimo invierno de la Santa Ru

sia, el invierno de acero y de cemento de la U.R.S.S, ésta es la

guerra contra la Rusia 1941. Da, da, da. Wir siegen unsere Tot e).

LIBRO SEGUNDO

L A F O R T A L E Z A O B R E R A

- 1 6 2 -

do . Los campesinos rusos de menos de cuarenta años, hombreey mujeres , han s i do p rofundamente t ransformados por l as t ressuces ivas P i a t i l e t k i o P l anes Quinquena l es : sus i ns t rumentos det rabajo no son ya la azada, el azadón, la hoz, sino las máquinaagrícolas, t r i l ladora s, semb rado ras, arad ora s, etc. , - etc. Cada kol

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XVII

EL S I T I O 0 E L E N I N G R A D O

R EGR ESA DO a Ital ia a fines de sept iem bre de 1941, me volvía i r (después de haber descontado los cuat ro meses de amonestación infl igidos a pet ición de los alemanes por el "ca

rác t e r i nopor tuno" de mi s no t i c i as de guerra ) para e l f ren t eNor t e ; y a t ravés de Po lon i a , L i t uan i a , Le ton i a y Es ton i a , mediri jo a Finlandia, a las t r incheras frente a Leningrado.

Lo que me l lamaba al lá arriba, era el propósi to de observar

de cerca en qué modo l a masa o brera de Len ingrado reacc ionabaante los problemas morales, sociales y pol í t icos de la guerra. Alprincipio de la campaña de Rusia, y durante todo el verano de1941, en mis correspondencias del frente de Ucrania, había most rado en que forma, la masa campesina de la U.R,S.S. , educaday t ransformada por la indust rial ización, o para deci rlo mejor, porla mecanización de la agricul tura, reacciona a los problemas dela guerra, insist iendo especialmente en el concepto que el secretode la guerra rusa consiste sobre todo en la "moral obrera '" delproletariado rural . (Un hecho que se necesi ta absolutamente noolvidar, es que, por efecto de la indust rial ización, o mejor, de la

mecanización de la agricul tura, el ant iguo mugik ha desapareci -

-164-

hoz posee cen t enares y cen t enares de máquinas agr í co l as . Tat ransformación ha estado igualmente profunda en el vest i r , enlas costumbres, en los hábi tos, en la mental idad: no más la an-t igua vida de la aldea rusa, no más el ant iguo fatal i smo, no másla ant igua pereza, y no más botas, ni gorras de pelo, ni camisas

ni barbas; sino todo azul , sacos de cuero, rost ros y cráneos rasurado s, gor ras de visera cor ta; sino la vida violenta, act iva, durasino la discipl ina despiadada de los kolhoz y el imperio absolutode la técnica. Y eso vale no tanto po r su cul tura, en defini t iva mucho más elemental y en cierto sent ido ingenua, ni por su espe-cial ización técnica, de un nivel mucho más inferior a aquel la, poejemplo, de un campesino alemán o uno norteamericano, cuantopor su discipl ina en el t rabajo y por su "moral obrera". Los ant iguos mugiki se han convert ido en una especie de obreros mecánicos, combaten también el los como obreros-soldados, ni más nimenos que los obreros de las grandes ciudades indust ríales.

Aquel lo que ahora me proponía estudiar de cerca, sobre efrente del si t io de Leningrado, era precisamente la reacción delas masas obreras (no más de las masas campesinas) a los problemas morales, pol í t icos y sociales levantados de la guerra cont ra la U.R.S.S. Me proponía, en sustancia, de sacar, de la observación di recta d e los hechos, los. elementos pa ra una previsiónposiblemente objet iva, de eso que debía inevi tablemente sucedercuando el ejérci to germano hubiese penet rado en el corazón delas regiones indust riales del Don y del Volga: vale deci r , de es o

que sucedió después en Stal ingrado. Problema de un ext raordi nario interés (en el cual está encerrado todo el dest ino de esta

guerra), que me ha hecho descuidar los sufrimientos, los pel i -

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gros , que i r ía yo a encontrar en aquel terr ible invierno en el f rent e de Leningrado y de Krons tadt .

Las t r incheras f inlandesas de Bíelos trov y de Alexandrowka,en el Is tmo de Carel ia, excavadas a sdlo dieciseis ki lómetros dela ciudad, a lo largo del margen de los mismos suburbios de Le-

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ningrado, son e l l ugar más f avorable para s emejante empresa:dada la extrema cercanía de la "for taleza obrera" , la posibi l idadde tener not icias directas , la s ingular idad y rapidez de los detal les que se pueden recoger de la viva voz de los deser tores , de

los pr is ioneros , y de aquel los extraordinar ios informadores carel ianos , que hacen conta cto en tre la ciudad s it iada y los Com andos f inlandeses . Por un año entero he as is t ido as í , como de unbalcón, a l a t r agedia de Leningrado. No es un "espectáculo"param i : s ino una especie de examen de conciencia, s i se puede usare l t érmin o de exam en de conciencia , a propós i to de una exper i encia moral , pol í t ica y social , de la cual no era más que espectador ,porque se desenvolvía necesar i amente fuera de mí , ar r ancada dem í, con objet ividad que no excluía todavía ni la piedad, ni la másprofunda comprens ión humana.

{De mis observacion es y consideraciones sobre Lénin grado ,ve rán de hecho los lectores , que la exper ien cia de la for talez a

obr era del Nev a, la más grande ciudad obre ra de la U.R.S.S., yuna de l as mayores del mundo, anunciaba, y preparaba aquel l ade Sta l ingrado, l a gran " for t a l eza obrera" del Volga. En e l cur sode es ta inmensa t ragedia de la civi l ización de Europa, la intel i gencia no t i ene s eguramente o t r a t ar ea , s ino aquel l a de ayudara descontar en ant i c ipo de eventuales sorpresas de una guer ra ,r i ca como ninguna ot r a j amás , de sorpresas . Leningrado descuent a ant i c ipadamente , en mi exper i encia , l a t er r ib l e " sorpresa" deSta l ingrado.

Frente Denigrado, 1948

- 166 - -

XVII

ALLÁ ABAJO AR DE LENINGRADO

Helsinki , ma rzo de 1

El barco, d i r ectamente abajo de nosot ros , parecía abandodo . Ni un farol , ni s iquiera los fuegos d e a bordo , ni un a sde vida. Apris ionado en el hielo, a unas mil las de la costa de tonia , parece uno de aquel los granos de arena negra , encerdos dent ro de l a amar i l l a y rosa t r ansparencia de un gui j ar ro

ámbar . Y el mar helado, en el rosado día que moría poco a potenia r ea lmen te l a t r ansp arenc ia del ámb ar . E1 aeroplano bhas ta un a c incuentena de met ros , descr ib iendo l argos c í r culosrededor de l a nave : vemos cor r er sobre el puen te a un per ro ,l a t rompa l evantada hacia nosot ros l adrando, y un hombre amarse a una escot i l la, hacer con la mano un lento movimiede saludo. Después , se mete y desaparece. Aquí y al lá, a lo lade la costa del Golfo de Finlandia, son machos los barcos de queño tonelaje apr ís iona dos en tre el hielo. Un grup o de hombarmados ha quedado a bordo, no para cus todiar l a carga , ques ido ya t r an spor t a da a t i e r r a con los tr ineos , s ino para defen

la nave del ataque de cualquier patrul la soviét ica, de aquél

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que se impulsan algunas veces, sobre la superficie helada del mar,has t a l as cos t as f i n l andesas y es ton i as ) .

Ya el aparato volvía a ascender: y poco a poco el horizontedel Golfo de Finlandia, en aquel punto no más largo de unos sesen t a k i l ómet ros , abr í a a nues t ra mi rada sus remotas perspec t i

El ai re, dent ro de aquel globo de vidrio, era rosa y azul comoel hueco de una concha. El mido de los motores era precisamente como el ru ido de l ma r en u na concha , un son ido pur í s imo, u nvoz inmensa y leve. Y fuese el reflejo de aquel la encía sangrienta al borde del horizonte, fuese la intensa atención del ojo, y e

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vas b l ancas y azu les . So l amente una pá l i da f ran j a t u rqu esa revelaba al lá abajo, a nuest ra izquierda, la ribera finlandesa. El ojo se 'l anzaba por l a rgo t recho has t a den t ro de l a l l anura de Es ton i a ,explorando las inmensas selvas de abetos y abedules. Y Reval , anues t ra derecha , un poco a t rás de noso t ros , aparec í a ve l ada por

e l hum o que sa l ía de l as ch imeneas de sus fábr i cas . Las a l t í s imastorres de sus palacios y de sus iglesias, las cúpulas revest idas deverdes placas de cobre, los mást i les de las naves aprisionadas ent re los dientes de hielo, a lo largo de las muelas del puerto, emergían de la opaca zona de humo, parecían osci lar en el ondulantemovimiento de la luz. Y a perdida de ojo, sobre la superficie hel ada de l ma r , se d iv i saban l a rgos t renes de t r i neos y l as pa t ru l l asde esquiadores que regresaban a la ribera, o sal ían a lo anchoa exp lora r l a noche i nminen t e .

Estábamos en medio del Golfo de Finlandia, a una al tura desegura men te tresc i en tos me t ros , cuando el so l desaparece . E ra un

sol enfocado, en un bel lo rojo bermejo, que hacía duro y violentocon t ras t e con la de l icadeza de pas t e l de aque l para j e su r rea l i s t a ,álgido y puro. Como hace el disco de acero de una sierra mecánica, que ahonda y desaparece en el t ronco del árbol , así el solpene t ra en l a dur a cos t ra de l h ie lo y desaparece c ru j i endo . En ormes fumaro l as de vapor b l anquí s imo se a l za ron en e l hor i zon t e .Una encía roja, que a lo largo flameó, apagándose poco a poco,se diseñó al borde del cielo. Y el paisaje rápidamente cambió, sevuelve i rreal , se sal ió de la hora y el lugar; se sal ió, parece,de la t ierra y del mar, y yo me dí cuenta de improviso, que vol ábamos en t re un g lobo de c r i s t a l de un t enue azu l t ransparen t e ,

siguiendo una ampl ia curva, dulcísima.

cansancio del largo observar, me parecía que nuest ro vuelo sdesenvolviese a espi rales en tomo a un punto rojo, si tuado en eext remo cielo oriental , al lá abajo, en el fondo al Golfo de Finlandia, en di rección a Leningrado.

También el observador aguzaba el ojo hacia aquel punto, hacia aquel bri l lar de incen dio: y a poco, se vol tea, me hac e seña conla cabeza, casi respondiendo a una pregunta mía. El humo deincendio ahora se a l zaba du l cemente , en l a rgas ruedas , c reabuna a rqu i t ec tu ra aé rea , que e l v i en to borraba y recomponía s i nreposo, diseñando al t í simo en el cielo, casi la imagen al revés duna ciudad, con sus casas, sus palacios, sus cal les, sus plazaprofundas. Pero la agonía de Leningrado perdía poco a poco cadpresencia real , cada exact i tud y especi ficación humana, se conver t í a en una i dea abs t rac t a , una a lus ión , un recuerdo . (¿Qué eaquel humo, aquél bri l lar, al lá abajo? El humo de un incendionada más. El bri l lar de un incendio lejano. Solo eso. El humo

de una i nmensa hoguera . Nada más . La agoní a de una c iudad qut i ene un hombre mi s t e r i oso , i ncomprens ib l e . ¡ Ah! La agoní a dLeningrado. Sí , n a d a m á s ) .

Y era precisamente una cosa de nada aquel leve humo, al labajo, aquel bri l lar de incendio, aquel la inmensa arqui tectura daéreas imág enes , que e l v i en to borrab a y descomponía du l cemente en el ai re azul de la noche. De vez en cuando, del fondo de lal l anura es ton i a , a espa ldas de Oran i enbau , se a l zaba un re l ámpago rosado, como un lat i r de ceja sangrienta. Era el ojo de labatal la, al lá abajo, al l imi te oriental de Estonia. (Aquel ojo rojenorme, e l o jo de Mar t e en e l humo de l a ba t a l l a ) . Y ya ba j ab

la noche . Per o el cando r de la nieve, aquel deslu mbr ante reflej

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de la inmensa extensión de hielo, cambiaba la noche en un maravi l loso, candido día. Una luz pál ida e intensa parecía sal i r delos abismos marinos, i luminando del fondo la cost ra de hielo conuna mágica t ransparenc i a , que se d i fund í a has t a l as más l e j a nas r iberas; y t ambién l a t i e r r a se t rans paren t aba de aque l la

el rumorci l lo de un zapato en la nieve. Se acerca lentamenY nada más, fuera de aquel leve rumorci l lo, lograba dar la mdida de aquel inmenso si lencio, de aquel desierto álgido y pua l rededor .

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fría, profundísima luz. El ruido de los motores se alzaba y sebajaba en el hueco de la concha, y poco a poco se disminuía, setoma en susurro , en e l ronquido de un en j ambre de abe j as . Y e rala niebla que, levantándose de la superficie helada del mar, invadía poco a poco el cielo. Después, de improviso, una t iniebla

candida nos envolvió y navegamos en aquel obscuro suave y mist e r i oso mar .

Ahora e l apara to sa l í a , t omaba a l t u ra para t ra t a r de sa l i rfuera de la niebla. Y cuando, después de un paso, sal imos al sereno , y el cielo se encorvó nuevamente sobre nosot ros, l ibre y puro,descubr imos a l l á enf ren t e una mancha rosa , una ho j a de rosaflotante, sobre la ruta del aparato. Como pasa en la niebla, quel a l uz , apagándose , adqu i e re fuerza y se reproduce a d i s t anc i asincre íb l es , as í e l i ncend io de Len ingrado nos aparec í a ex t rañamente cercano. Aquel la hoja de rosa se movía, se envolvía, parecía respi rar. Volamos así , en el l ibre azul , un t iempo que a núme parece i n t e rminab l e , has t a que e l apara to comenzó a ba j a r ,se sumergió en la niebla.

De improviso, con una velocidad alucinante, los árboles nossalen al encuentro, se nos vienen encima como un auto que se lanza sobre una pista a doscientas mi l las por hora. Las ruedas delt re n de ater riza je desfloran la s copas de los abeto s, el aparatoenfrenó rechazó la t ier ra como el nada dor que con un golpe detalón rechaza el fondo marino para sal i r a flote. Volamos por al gunos minu tos pegados a l t echo de l a n i eb l a , como una mosca .Buscamos e l campo de Hel s ink i Y a l ra t o , es t uv imos sobre e lcampo, el aparato resbaló sobre el hielo, se paró. En aquel im

provisado si lencio, no se oyen voces, ni rumor de pasos; sino solo

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joki y para Maini la, hasta este puesto avanzado de Alexandrowk a .

Pero antes de todo, quisiera que el lector se diera cuenta delas di ficul tades de mi tarea, y de la dura vida que me espera enlos próximos días. Comenzando por el cl ima. El termómetro, estnoche, no señala más que 24 grados bajo cero. No son muchos

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XIX

LAS VOCES DE LA FLORESTA

Alexandrowka , marzo .

Aquí estoy, por lo tanto, en la primera l ínea, en un bosqueen las cercanías de la ciudad de Alexandrowka, a dieciséis ki lómet ros de l a an t i gua cap i t a l de l a Rus i a de l os Zares . Es es t e e lsec to r má s avanzado de t odo e l f ren t e de Len ingrado . E l s i ti o dela inmensa metrópol i rusa, t iene aquí el punto más sensible, lazona más nerviosa, más inquieta, más descubierta. Diré, en los

próximos días, el carácter de esta guerra de si t io, de las potentesdefensas soviét icas, de los modos y los aspectos de esta lucha sincuarte l , de las enorm es di ficul tades que los dos adversa rios de ben a f ron t a r : d i ré de l a agoní a de es t a i nmensa c iudad , que encierra, ent re la cerca de sus suburbios, cinco mi l lones de habit an t e s en t r e mi l i ta res y c iv il es (es la más g r ande gue rra de s i t i oque se haya j amás combat ido) .

Hoy, aún cansado del viaje, y aun demasiado nuevo en estef ren t e para poder hab l a r con se r i edad , me l im i t a ré a dar cuen t aal lector de las primeras impresiones, de las primeras consideraciones, de las cosas vistas en mí i t inerario de Helsinki a Vi ipuri y

de Vi ipuri a t ravés del campo de batal la de la Summa, para Teri -

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en comparación a la excepcional rigidez de este invierno: peropara mi son has t a demas i ados . ( " ¡Qué c l imas!" , exc l amaba Leopardi hablando, en sent ido moral , de los países Septent rionales)En semejantes condiciones no es fáci l t rabajar. El korsu dond

me he cubierto en espera del Coronel Lukander (el korsu es unreflejo a flor de t ierra, medio sepul tado en la nieve; una especide bar raca de t roneos de á rbo l , bueno para p ro t eger de l as ba l ade shrapnwel l , pe ro no de l as g ranadas) , es pequeño , es t rechohelado. Los soldados que lo ocupan no han regresado aún del cot idiano servicio de vigi lancia, de pat rul la y de corvée, y la estufaes t á apagada .

Ix)s dedos se me congelan, el papel sobre el que escribo scubre de un levisimo velo de escarcha, parece casi que la hojse empaña , me parece exac t amente es t a r esc r i b i endo sobre uvidrio empañado. Las señales de mi escri tura t ienen un aspect

borroso , como aque l l as de una v i e j a ca r t a exhumada después daños y años del fondo de un cajón: es el hielo que las vela. Finalmente ent ra un soldado l levando un puñado de leña, son pedazode t ronco de abedul , claros y l i sos, con la corteza manchada damari l lo y blanco. Un grato olor de humo resinoso se di funddespués de poco en el korsu, el papel sobre el cual estoy escribiendo se deshiela, el velo de escarcha se deshace. Gruesas gotas de sudor corren a lo largo de la hoja.

He dispuesto mí equipaje en una esquina del korsu, a los piede la tabla que si rve de camast ro. (Es un real y verdadero camast ro, como aquel de las prisioneros mi l i tares; soldados y oficiales se duermen juntos; los oficiales de una parte, los soldado

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de ot ra, sobre colchones de gruesa tela. Todo está ordenado, l impio, simple, senci l lo. Cada cosa en su lugar, las gavetas, los fusiles, l as ca r t ucheras , l as bombas de mano , l os e fec tos de ves tuar i o , las botas de nieve, las camisas blancas, los esquíes, las raque t as ) .

Aunque no haya ven ido aqu í para combat i r , s i no para ob

encuen t ra e l corone l Lukander , regresa a dec i rme que ha sa l i doa inspeccionar las l íneas.

"¿es t a rá aqu í den t ro de poco" , agrega .Es un joven, al to, rubio, f laco, Svíardst rom, de sonrisa ext ra

ñamente t ímida, y al mismo t iempo mal iciosa. Habla mezclandoel alemán al f inlandés y de vez en cuando rie como para excu

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se rvar de cerca y nar ra r , l a s fo rmas y aspec tos de l s i t i o de Le-ningrado, el mío es un equipaje de guerra, completo: un saco depelo, un capote forrado de pelo de ternera, un capuchín esquimalde pe lo , un saco de montaña , un par de zapa tos de repues to , una

botel la de vino, y víveres de reserva en lata. Tenga presente ellector, que en el ejérci to finlandés que los oficiales no t ienen asistentes, y que por eso me toca l levar todo sobre las espaldas.

No he ven ido aqu í para combat i r : s i no para mi ra r a l l á aba jo ,más al lá del parapeto de la t r inchera, más al lá de las sierpes dealambradas, más al lá de los bunker soviét icos, más al lá de losbosques y de las extensiones de nieve, más al lá del bulbo doradode la iglesia de Alexandrowka, al lá abajo, frente a mí , los caminos de l as fábr i cas , l os campanar ios , l as cúpul as de Len ingrado .Inmensa ciudad Leningrado, plana, l ineal , sin rascacielos, sin al tas torres; const ruida sobre el lodo, en los pantanos del del ta delNeva , para que a fonde cada d í a más en e l l imo de sus es t anques

y canales. Se perfi la baja en el horizonte, y la leve bruma azul inala esconde a los ojos de cuando en cuando. Después, a un t recho,en una improv i sada c l a r i dad l a ves su rg i r enf ren t e , cas i podr í astocar l a a l a rgando l a mano . (Ta l me parec ió hace poco , l l egandoa es t e bosque . La n i eb l a se hab í a l evan t ado un i ns t an t e y yome he quedado quieto en medio de la carretera, los ojos fi jo» enaquel la espect ral , bel l í sima aparición).

Es toy aqu í desde hace más de una hora , sen t ado en e l korsu ,en espera que el coronel Lukander, comandante de este sector,me mande l l amar . E l t en i en t e Svards t rdm, que ha ven ido conmigo de Vi ipuri , y a quién he rogado i r a informarse dónde se

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sarse . Comienza a nevar du l cemente . E l t i empo t ranscurre conlent i tud, en un si lencio perezoso.

"Voy a ver si el coronel ya regresó", dice Svardst róm sal iendo de la barraca. Quedo solo con el soldado que aviva la estufa.Es un muchacho moreno, del viso duro, de la mirada gent i l . Mient ra s esc r i bo , me mi r a de reo jo , observa mi un i fo rme, e l sombreroa lp ino , l as l lamas verdes , l as bar r i t as . "Kapt e en i ?" , me pregu nt a ,"Sí , soy un cap i t án" . Sonr í e , rep i t e "Kapt een i " ,

Levanto los ojos de la hoja, escucho las voces de la floresta,de es t a ex t e rminada , obscura , p rofunda flooresta en t omo a noso t ros . ¿Son voces de hombres? ¿De an imales? ¿De p l an t as? ¿Demáquinas? É l que no es nac ido en es t as se lvas f i n l andesas , seex t rav í a "menta lmente" como en un l aber in to . No qu i e ro dec i ren un laberinto de ramas y t roncos, sino como en un laberintomenta l , en un abs t rac to des i e r t o , en un i r rea l pa í s , donde e l es pí ri tu pierde cada contacto con la real idad, y todo, al rededor, se

t ransforma, cambia aspec to , en una con t i nua , a l uc inan t e meta morfosis. Los sent idos se engañan, la mente se precipi ta en unavorágine sin fondo. Las voces, los sonmos, las formas, adquierenun sent ido misterioso, algo de secreto, de mágico. Un gri to se alzalejano. •"Se on ko ira, es un p err o", dice e! soldado. Yo le soy gra -t o para t raduc i rme en un l engua j e humano l as voces de l bosque .Bel la palabra "koira", me suena al oído como una palabra griega,me t rae a la memoria los korai de Acrópol is. Se oye un ruido remoto , que ráp id ame nte se acerca , desemboca en t re l os á rbo les como una flor, como el chorro de una fuente, como la cabel lera deuna mujer al viento. "Se on tykki , es un cañón", dice el soldado.

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Un disparo de grueso cal ibre. El eco de la explosión se repercuteen el bosque como la voz de un río. El soldado me m ira fi jo, escu chando. Y le agradezco esta ayuda, no conozco las voces de estasselvas de Finlandia, no reconozco las voces de los hombres, delos an imales , de l as p l an t as , de l as máquinas , en es t a ex t e rmina da, misteriosa selva finlandesa, "On tuul i , es el viento", dice el

sión de la paz, en vi rtud de una cláusula del t ratado de MosEn el pasado agosto, cuando las t ropas soviét icas fueron obgadas a abandonarla, la ciudad tuvo que sufri r at rozmente minas y los incendios. Casa por casa, edi ficio por edi ficio, toVüpuri fué hecha sal tar por el modernísimo método de aquelradio-minas, movidas por un minúsculo aparato, que, arregla

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soldado. "Se on hovonen, es un cabal lo", dice el soldado.

Un sonido de voces se acerca a la puerta del korsu. El soldado alza los ojos, mira a t ravés de la ventana y dice: ' 'Se on vena-lainei t karkuri , es un prisionero soviét ico, un desertor". Un hom

bre pequeño, espantado, del viso flaco y pal idísimo, los ojos cansados e inciertos. Tiene la cabeza mal pelada, l lena de greñas.Es t á ah í , de p i e f ren t e a un g rupo de so ldados , apre t ando en t resus manos , con ges to convul so , su gorra t á r t a ra a pun t a . Gruesasgo t as de sudor , seguramente por e l m iedo , seguramente por debi l idad, le emperlan la frente. Se seca el sudor de cuando en cuando con la gorra. Dice: "Ja niesnaiu, no sé". Habla con voz t ímida, un poco ronca. Un prisionero soviét ico. Quisiera que no mein t e resase , que no me impor t ase nada . Y t ambién me desp i e r t ap i edad , y a l m i smo t i empo una t r i s t e rab i a . He v i s t o muchos ,desde ayer, de estos prisioneros soviét icos, todos pequeños, espantados, pal idísimos, todos con los ojos cansados e inciertos, inmensamente ado lor idos y es tupefac tos . Me v i ene p regunt a rmeespontáneamente cómo sea posible que estos soldados del ai re t í mido y sufrido, de la voz humilde, inquieta, sean los mismos quehan des t ru ido Vüpur i , que de Care l i a han hecho un des i e r t o ,que han de j ado Kar j a l an Kannas (es e l nombre f i nés de l I s tmode Carel ia) en las espantosas condiciones en que se me ha apa-rec ido es t a mañana .

Nada es más at roz que el espectáculo de Vüpuri , ( la Viborgde l os suecos) , de aque l l as negras ru inas ba jo l a n i eve . Duran t el a "guerra i nverna l " de l 1939-1940 , Vüpur i no fué conqui s t adapor los rusos: el los la ocuparon solamente después de la cooclu-

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sobre una determinada onda, es hecho explotar con la emisión a lgunas no t as mus i ca l es .

Mientras recorría esta mañana las cal les de Vüpuri , el vienululaba ent re los espect ros de las casas. Un cielo gris , hecho

una materia dura y opaca, estaba en acecho al fondo de las cías órb i tas de las "ventanas. Fuer te, r ica, noble ciudad V üpubaluarte de Escandinavia contra la Rusia en todos los t iempsobre la carretera que de Leningrado, de Novogorod, de Moscl leva a Helsinki , a Estocolmo, a Oslo, a Copenhague, al At lánco . El lugar, mismo e stá en arm onía con su des t ino. Al inicio Istmo, donde Carel ia se aprieta ent re el Golfo de Finlandia y Lago Ladoga, Vüpuri yace recogida en tomo a su cast i l lo sueen fondo a un profundo y est rechísimo golfo l leno de i slas y escol los. El mar se adentra en la t ierra, ci rcunda la ciudad, abraza, penet ra ent re sus casas, para servi r de fondo a sus p

zas, a los pat ios de sus edi ficios. Quién t iene en el puño a Vüput iene en el puño a Finlandia. Es la l lave de esa cerradura queel Istmo de Carel ia, el Karjalan Karmas. Y es precisamente esdest ino guerrero suyo, que t iene de siglo en siglo, de si t io sítio, que ha compenetrado en el la las l ineas de su a rqu i t ec tu rlos aspectos de su gracia y de su fuerza. Vista desde el mar, del margen de las florestas que la ci rcundan de cerca. Vüpuri prece uno de esos cast i l los que Poussin pintaba al fondo de hmedos y sombreados bosques, en perspect iva de verdes val labierto s al cielo azul, l leno de blancas nubes. . Uno de esos bar ril lenos de torres de Lazio, en las incisiones en cobre que adornaciertas ediciones del setecientos de la Eneide.

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El Cas t i l lo e s tá cons t ru ido s ob re un i s lo te , s eparado de l ac i u d a d p o r u n b r a z o d e m a r , s o b r e e l c u a l l o s r u s o s , d u r a n t e s ub r e v e o c u p a c i ó n , h a n p u e s t o d o s p u e n t e s d e b a r c a s . E s u n a m a c i z a c o n s t r u c c i ó n d o m i n a d a p o r u n a a l t í s i m a t o r r e , c u y a b a s ee s t á c i r c u n d a d a p o r u n t e r r a p l é n d e g r a n i t o d e f o r m a r e d o n d a .L a f o r t a l e z a r e a l y v e r d a d e r a , e s t á t o d a e n c e r r a d a d e n t r o d e l

ojos q u i e t o s , l o s r o s t r o s d u r o s y a t e n t o s . Y a c a s i s o n d o c e m i l ,d e l a a n t i g u a p o b l a c i ó n d e o c h e n t a m i l a l m a s , l o s h a b i t a n t e s d eV i i p u r i q u e h a n r e g r e s a d o a s u s c a s a s e n r u i n a s . V i v e n e n t r e l a sc u a r t e a d a s p a r e d e s , e n f o n d o a l o s p a t i o s H e n o s d e e s c o m b r o s , e nb o d e g a s m e d i o l l e n a s d e o b j e t o s c a l c i n a d o s , e n b u h a r d i l l a s p o rcae r , en lo s des cans os de l a s e s ca le r as s in t echo , en lo s ú l t imos

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c e r c ó d e a q u e l t e r r a p l é n : c u a r t e l e s , d e p ó s i t o s d e m u n i c i o n e s , a l m a c e n e s , c a s a s . L a c i u d a d v i e j a s e e x t i e n d e f r e n t e a l C a s t i l l o , s o b r e l a o p u e s t a r i b e r a d e l e s t r e c h o b r a z o d e m a r ; u n c a s e r í o d ec a l l e s t o r t u o s a s , d e l o s e d i f i c i o s d e a q u e l l a a r q u i t e c t u r a m i l i t a r

s u e c a , d o n d e t o d a v í a s o n c l a r a s l a s s e ñ a l e s d e l a a n t i g u a i n f l u e n c i a r u s a ( u n c i e r t o t o n o a N o v o g o r o d ) y d e u n a t a r d í a i m i t a c i ó n f r a n c e s a . A l r e d e d o r s e e x t i e n d e l a c i u d a d m o d e r n a , c o n s u sed i f i c io s de ace ro , de v id r io y de cemen to , b lanqueando aqu í ya l l á en t r e lo s to s cos pa lac io s de p r inc ip io s de s ig lo , en aque l e s t i l o q u e e n B e r l í n s e l l a m a J u g e n d .

H e l l egado has ta lo más a l to de l a to r r e de l Cas t i l lo , s ub iendopor lo s e s ca lones de f i e r ro f i j ados en l a s pa r edes a desplome e ne l vac ío . E l p ie r e s ba laba s ob re e l f i e r ro ba rn izado de h ie lo . D ea l l á a r r i b a , d e l o b s e r v a t o r i o e x t e r i o r d e l a t o r r e , d i r e c t a s o b r ela c iudad , un a t roz es pec tácu lo s e me o f r ece a l a v i s t a : e l inmens o c e m e n t e r i o d e c a s a s c o n l o s t e c h o s d e s c u b i e r t o s , l o s m u r o sc u a r t e a d o s y e n n e g r e c i d o s p o r e l h u m o ; e l p u e r t o p o b l a d o d eá r b o l e s y d e c h i m e n e a s d e s t r o n c a d a s , d e g r ú a s t o r c i d a s , d e q u i l l a s r even tadas , y po r cada l ado de l ho r izon te , has ta donde a lcan z a e l o j o , m o n t a ñ a s d e e s c o m b r o s , d e ti z o n e s a p a g a d o s , t r á g i c o se s c e n a r i o s d e m u r o s p o r c a e r , s o b r e l a d e s i e r t a a n g u s t i a d e l a sp lazas y l a s ca l l e s . A que l candor s ob rehumano de l a n ieve ent o m o a l a s n e g r a s r u i n a s , a q u e l a z u l a d o e s p l e n d o r d e l m a r h e l a d o , do lo ros am en te exa l t ab an e l mied o , l a p iedad , e l ho rror .

D es pués que ba jé de l a to r r e , l a gen te , en l a s ca l l e s , t en ía , am i s o j o s , u n a s p e c t o s e v e r o , s o l i t a r i o , y a l m i s m o t i e m p o c o r d i a ly h u m a n o . N o e s p e c t r o s , s i n o p r e s e n c i a s v i v a s y c a l i e n t e s . L o s

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p i s o s d e l o s e d i f ic i o s r e v e n t a d o s . M a g n í f i c a v i t a l i d a d d e e s t e p u e blo , f r í o , t a c i t u r n o y t o d a v í a c o n s t a n t e y v i o l e n t o e n s u s p r o p ó s i t o s , e n l a s p a s i o n e s , e n l a v o l u n t a d . ( A q u e l l a m u c h a c h a q u e b a j a b a l a s e s c a l e r a s d e u n e d i f i c i o d e s t r u i d o e n l a K a j a p o r t i n k a t u ,

s a l t a n d o c o n l i g e r e z a l o s e s c a l o n e s q u e f a l t a b a n , c o m o u n a a c r ó b a t a s o b r e l a e s c a l e r a d e c u e r d a d e u n t r a p e c i o ; a q u e l r o s t r o d en i ñ a t r a s l o s v i d r i o s d e u n a v e n t a n a , e n l a f a c h a d a d e u n a c a s ad e R e p o l a n k a t u , v a c i a d a d e l i n t e r i o r p o r u n a b o m b a d e g r u e s oc a l i b r e . Y a q u e l l a m u j e r q u e a r r e g l a b a l e n t a m e n t e , a f e c t u o s a m e n t e , u n a m e s a , e n l a e s t a n c i a d e u n a c a s a d e L i n n a n k a t u , e nu n a p i e z a d e l a c u a l s ó l o q u e d a b a n d e p i e d o s p a r e d e s ) .

D e l a e s t a c i ó n f e r r o v i a r i a , c o n v e r t i d a e n u n a i n m e n s a m o n t a ñ a d e e s c o m b r o s y d e v i g a s d e f i e r r o r e t o r c i d a s p o r e l i n c e n dio , u n a l o c o m o t o r a l l a m a b a c o n v o z e s t r i d e n t e , i n s i s t e n t e . ( Y e lbanc o de aqu e l pues to de mercanc ías, s o lo en med i o a l a p laza ,

f r e n t e a l a s r u i n a s d e l m e r c a d o , c o n l a v i e j e c i l l a s e n t a d a s o b r eu n t a b u r e t e t r a s s u p o b r e m e r c a n c í a q u e l a n i e v e c u b r e p o c o apoco . Y e l r e lo j in tac to de l a K e l lo tomi , l a ún ica to r r e con aque l l ad e l C a s t i l l o , q u e h a q u e d a d o i n c ó l u m e e n e l i n m e n s o c e m e n t e r i od e c a s a s ) .

H e d e j a d o V i i p u r i e s t a m a ñ a n a , n a u s e a d o d e t a n t a m i n a , d et a n t a f u r i a b e s t i a l . Y a h o r a l a v o z d e l d e s e r t o r s o v i é t i c o q u eh a b l a f r e n t e a l a p u e r t a d e l k o r s u y d ice : " D a , pa ja lo i s t a , da , da ,da" , m e s ue na en l a s o r e jas con in s i s t enc ia t r i s t e e inú ti l H edes p ie r t a p ieda d y r enc o r , y qu i s i e r a no o í r l a , qu i s i e r a hacer lac a l l a r . S a l g o d e l k o r s u , m e p o n g o a c a m i n a r e n t r e l o s á r b o l e s ,

f r en te a l a ba r r aca de l Comando de l s ec to r . A l lá aba jo , a l f ondo

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de la carretera que l leva a Leningrado (una magnífica carretera,larga, derecha, pavimentada de gui jarros como las vías papalesde Lazio; y se ent reven los gui jarros bajo la cost ra de hielo), heah í , en el fondo a las casas de los suburbios, los caminos de lasfábricas, las cúpulas doradas de las iglesias. La ciudad prohibidase sume lentamente en la niebla azul ina. Los art i l leros ríen en

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tomo a las piezas esparcidas aquí y al lá en los bosques, t ras simples diques de ramas de abeto. Grupos de esquiadores resbalandulcemente sobre la nieve. Aquel las t ibias voces suyas en el ai rehelado. De los puestos avanzados l lega el crepi tar ronco de una

ametralladora soviética, el "t ap um " seco de un fusil . (U n ruidolejano, un ruido ronco , un estall ido. Son las naves de la flota rus ade Kronstadt , aprisionadas ent re el hielo, que disparan sobre lacar rete ra de Terí joki . Y el teniente Sva rdst r om me l laman delumbral del Comando: "Entre", me dice, "el coronel Lukanderlo espera") .

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X X

MUCHACHOS EN UNIFORME

Frente a Leningrado, Abri l

Bajaban por el bosque hacia la retaguardia, acompañados porun so ldado f i n l andés. E ra n unos t re i n t a , unos t re i n t a muchachos .Vest idos con el uni form e soviético, con el gran cap ote color taba co , las botas de cuero duro, la gorra de est i lo tártaro a punta, conlas dos alas pendientes sobre las orejas. Cada uno con su plato-

sartén de campaña a la cintura, y los gruesos guantes de piel decarnero l igados junto a una cinta. Tenían la cara sucia, negrade humo. Apenas vieron a los esquiadores vest idos de blanco, l i g e r o s y veloces en t re l os á rbo l es , se de tuv i e ron a mi ra r l os ,Po i s ,

p o i s ! ¡Vamos, vamos!", gri tó el soldado que los escol taba. Perotambién él era un muchacho, t iene también un gran deseo dedetenerse, y también se detuvo. Al principio los prisioneros miraban atentos y serios. Después comenzaron a reí r , se veía quese divert ían, y algunos hicieron el movimiento de probar a resbalar por la nieve, comenzaron a aventarse ent re el los, por jueg o ; uno recogió un poco de nieve, hizo una bola, la t iró a la espalda de un compañero. Todos se pusieron a reí r , diciendo: "Du-

rák , durá k, baboso, baboso", y el soldado de escol ta gr i tó : Pois ,po i s " . Y as í volvieron a caminar , vol t eando hacia a t r ás de vezen cuando mient r a s e l grupo de esquiadores f in landeses , t ambiénel los muy jóvenes , los alcanzaban, los pasaban. Resbalaban velo-ees entre los árboles . Era un día de sol , la nieve centel leaba, lasr amas de los árboles , cargadas de h ie lo , parecían de p la t a en

aún; es tán contentos de vivir , de sent i rse vivir , fel ices de p i r ar , de no t ener nada a que t emer , de haber s ido f inalmsus t r a ídos de l a pesadil l a , de l a angus t i a de l a mue r t e ; pero dmucho que ellos se den cuenta de la naturaleza de sus missent imientos . Quiero deci r que no t i enen problemas apar t eaquel los puramente f ís icos , animales . A los dieciocho años , c

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aquel la luz viva y fel iz.

En Viipur i , el otro día, vagaba yo entre las ruinas , entre iosespectros de las casas . Grupos de pr is ioneros soviét icos t raba-jaban en las cal les a qui tar la nieve, a escombrar las ruinas de

los pat ios , a t i rar los muros pel igrosos . Parecían hormigas , as ipequeñas y obscuras en l a n i eve. El a l to gor ro t ár t aro sobre l aes t r echa f r ente infant i l , hacía todavía más f l aco, más mísero ,más sucio, el ros tro af i lado y f rági l . Casi todos son muy jóven e s , no más de d ieci s i e t e años : y parecen muchachos de catorce ,de doce años . Pequeños de es t a tura , maci l entos , i nformes , aúnlejos del pr imer grado de desarrol lo de la adolescencia. Apenasme veian, dejaban un ins tante el t rabajo, me seguían con losojos , observando con cur ios idad mi uniforme. Si hacía acto devolver la cara hacia el los y de mirar los , rápidamente bajaban losojos , espantados y confusos , exactamente como hacen los mu-chachos.

Los iciales y soldados finlandeses, están de acuerdo en re-concer que estos muchachos pelean bien, con una valentía obst inada y f i rme, que es todo lo opuesto del coraje infanti l Pe rodesde él punto de vis ta mil i tar , técnico, son inef icientes . Sobreesto no hay duda. (Y sorprende por su s ingular idad, por su contradicción, el que, en es tos muchac hos f ís icamente as í tar dío s ,se ha desarrol lado solamente el coraje, que en el los es ya, encier to sent ido, vir i l ) . Aquel lo que más l lama la atención sobretodo a los of iciales y soldados f inlandeses , no es el retardo ensu desarrol lo f ís ico, s ino el de su desarrol lo moral e intelectual .Su intel igencia es tá en el es tado embrional . Se ve que son niños

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quier hombre normalmente desarrol lado, en cualquier nacióncualquier clase social que per tenezca, t iene sus problemas deturaleza intelectual y moral- Estos pr is ioneros soviét icos , emuchachos - soldados , no t i enen problemas que no sean puramte mater i a l es . No saben ni s iquiera r esponder a l as pregumás s imples . Alguna vez a una pregunta que el los no compden, sus ojos se l lenan de lágr imas. No son más que niñostoda la acepción de la palabra.

Uno de los s íntomas caracter ís t icos de es ta fal ta de desarde el los , es la faci l idad con la cual se refugian, por defensalas lágr imas. Lo que es , ni más ni menos, de la ps icología int i l . El otro día, en Viipur i , había at ravesado la plaza de dsurge la Bibl ioteca Cívica (el edif icio, de arqui tectura modsima, es tá intacto, e intactos sus muchos mil lares de l ibros guos y modernos , entre los cuales hay preciosos documentola his tor ia de Viipur i) , cuando al desembocar de la cal le que

del puer to, me he encontrado con un grupo de pr is ioneros st icos. Es taban solos , s in cus todia . (En general t r abajan l icuidados solamente por las ronda) que recorren con ese f ica l l es de l a c iudad) . Es taban parados f r ente a un negocio dedas des t ru ido por una bomba. Mient r as t r abajaban para esbrar el negocio de las ruinas , habían descubier to bajo el lamaniquí de madera , uno de esos bus tos de mujer de los cse s i rven los s as t r es . Aquel los muchachos habían dejado deba jar y se hab ían junt ad o alrededor del ma niquí , ob servácon cur ios idad. Tenían el ros tro ser io, no comprendían quéfuese , para qué pudiera s ervi r . Uno de e l los , mient r as t anto

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había sacado de entre la t ierra un sombrer i to de tela roja y azul ,un inocente sombrer i l lo con una f lor de tela, una especie de rosaamari l la cosida a un lado, se lo había puesto en la cabeza y t odosr i eron, a l argando t ímidamente l a mano para tocar l a rosa .

Al poco rato, se han dado cuenta de mi presencia. Y aquí hasucedido un hecho s ingular . Su pr imer Impulso ha s ido huír , de

conocimiento de su deber ; y ent iendo que no sólo de su propdeber de soldados , s ino también, y sobre todo, de ciudadanoesto es , el conocimiento de cuanto el los deben al país , en un momento as í decis ivo para la exis tencia y el futuro de Finlandia

(De aquel lo que m e dicen es tos soldados , especialmente lmás jóvenes , de aquel lo que logro oír cuando hablan entre el lo

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esconderse, como hacen los chamacos, cuando alguno, de quient ienen miedo, los sorprende en juego para el los prohibido. Perorápidamente , por un impul so cont r ar io , s e han r eagrupado, conlos ojos .bajos , asustados y confusos . Aquel del sombrero se ha

puesto a l lorar , dándome la espalda. Confieso que, al pr incipio,me quedé en entredicho, y cas i confuso; y no encontré nada mejor que deci r , que: 'Rabóta i t í e , r abóta i t i e! ¡Trabajen, t r abajen!" . Con aquel la palabra, pronunciada con voz áspera, los hesacado del miedo y de la confusión. Han vuel to a tomar las palas y los picos y se pusieron a t rabajar . Estaban otra vez cont entos y t r anqui los , me mi raban de ar r iba a abajo sonr i endo.

También en el ejérci to f inlandés , junto a los veteranos de la"gu err a invernal" d e 1939-1940, num erosís imos son los soldadosde las úl t imas levas , muchachos de dieciseis , de diecis iete años ,¡ Pero cuan diversos de los rusos! Son ya hombres; y s i bien nohan l legado al desarrol lo f ís ico que un joven de nosotros t iene aesa edad (en el Norte el desarrol lo es mucho más tardío que enlos países del Mediodía: un joven de dieciocho años de nosotros ,ya ha l legado a un desarrol lo f ís ico completo; en el Norte, la mayoría de las veces , es aún impúber) , el los t ienen todavía en lafrente, en los ojos , aquel la marca de la vir i l idad que es un hechomoral , no f ís ico. Son ya hombres: en el sent ido moral , civi l , social . Poseen una conciencia ya madura, vir i l , que los hace no solamente soldados , s ino ciudadanos.

Aquel la serenidad suya en el pel igro, aquel la s implicidad ysever idad suya en el sacr i f icio, aquel la objet ividad de juicio suyo , 1a auster idad de sus costumbres , son la señal de un profundo

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(y que me t r aducen e l capi t án Leppo, e l t eniente Svards t rom los of iciales del batal lón de infanter ía que ocupa es te t ramo dl ínea , ent r e Vaikeasaar i y Alexandrowka) , me vengo per sudiendo cada día más, que los soldados f inlandeses , veteranos

jóvenes , son no solamente de los más valerosos del mundo, s inde los más civi les . En cada palabra suya, en cada acto suyo, hata en los más espontáneos y l ibres , s iempre se advier te la prsencia de una conciencia s ingularmente a t enta y s ens ible . Es tátodos, ha sta los má s jóven es , perfe ctam ente al corr iente de s i tuación pol í t ica y mil i ta r de su país , de la natu ralez a y f inde la guerra que se combate en Europa y en el mundo, y discten con una ser iedad, con un sent ido de responsabi l idad, verdderamen te admi rable en soldados que per t enecen, en BU mayopar t e , a l a gente del pueblo: campes inos , obreros , guardaboques , pescadores , pas tores de r enos , habi tuados a l a v ida durdesnuda y sol i tar ia de los bosques , de los lagos , de los inmenso

desier tos del Norte. Son soldados "civi les" en el sent ido más ato y más noble de la palabra. Y es precisamente su vigi lante sensible conciencia moral , que hacen de la guerra f inlandesa, des ta guerra por excelencia "nacional" , una guerra, cas i dir ía, gratu i t a , des in teresada.

Es ta mañana, hablando de es tos jóvenes pr i s ioneros sovié tcos, un soldado fin l andés ha d icho: "Son mu chachos decadentesTal bellísima, dolorosa expresión, no ha salido de los labios dun veterano de la "guerra invernal" , s ino de los labios de un muchacho de diecis iete años , de uno de los tantos muchachos duniforme de esquiador , de las ins ignias verdes bajo la camis

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blanca, del puñal , el puukko, colgado a la cintura; de uno deaquel los tantos muchachos-soldados, del viso imberbe y de la mirada t ím ida ( hay todavía algo de decidido, de duro, en el fondode aquel los ojos), que de meses y meses combaten en la primeral ínea, de las florestas del Mar Blanco a las t r incheras frente aLeningrado . "Muchachos decaden t es" . Bas t a r í a es t a expres ión

vi l de aquel los muertos, helados ent re el bloque de cristall ímpido, preciso, lúcido).

Y t ambién e l c rep i t a r de l as amet ra l l adoras sov i é t i cas , y" t a pum " rab ioso , i ns i s t en t e , y e l ru ido de los g ruesos ca l i b rel as naves de l a f l o t a sov i é t i ca , que de Krons t ad t d i sparan de fi lada sobre el f lanco de nuest ro emplazamiento, y aquel la

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para hacer comprender con qué conoc imien to y con cuán t a res ponsab i l i dad (y qu i zá con exces iva amargura) , l a generosa j u ventud finlandesa juzga las condiciones fí sicas y morales de laj uven tud sov i é t i ca , h i s t ó r i ca y soc i a lmente mucho más p robada ,

y en cierto sent ido, más infel iz.Cada vez que en t rínchera, en los caminos excavados en lanieve, o en los korsut , me viene de inmiscuirme con estos inmber-bes soldados finlandeses, siempre su aspecto, su sonrisa, su simpl icidad, aquel la deport iva Indi ferencia frente al pel igro, la humanidad de su d i sc ipl i na, me hacen sen t i r p rofundamente l a gent i l eza , l a pureza mora l de es t a guer ra f i n l andesa . Una guerraáspera , i nexorab l e , dur í s ima: pero pura . Has t a l a muer t e t i eneun sent ido gent i l . Diría que su presencia i lumina, mete a fuego,solamente el aspecto más puro de las cosas. (Al lá abajo, en elbosque, frente al korsu donde estoy escribiendo, hay una Lo-t a l l a , un pues to de res t auran t e y descanso de l a "Lot t a -Svárd" :cerca de l umbra l , dos muchacha s en ba t as g r i ses y b l ancas , es t ánhaciendo la comida en una cuba l lena de agua cal iente, y de vezen cuando sacan l a cabeza fuera de l a nube de vapor , para mi ra ra su al rededor riendo. Algunos soldados están cargando sobre un

t r ineo los cadáveres de t res soldados soviét icos, aprisionadosdentro de un bloque de hielo, como dentro de un bloque de crist a l . Los han encont rado de casua l i dad es t a mañana , m ien t rasexcavaban un hoyo para las municiones. Un cabal lo huye a galope ent re los árboles, seguido de un art i l lero que gri ta agi tandolos brazos. Las muchachas ríen, los soldados que están cargandolos cadáveres sobre el t r ineo, se vol tean riendo. El gesto inmó-

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mil la, que cuat ro soldados l levan en hombros a t ravés del bosqy el herido extendido en la camil la, con el rost ro cubierto de vdas, y la ri sa de aquel los muchachos, me parecen como imágey son idos gen t i l es , de una hum anidad profunda y pura , como

sodios y voces de una vida t ransfigurada más al lá de la real ide una al ta y noble conciencia moral .

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X X I

g u n a s , l a mayor par t e desnudas ; a una profundidad de cercaun metro bajo el montón de t ierra delgada, el pico encuentrgrani to . Y en c i er tos puntos , e l grani to es t á descubier to , foun escalón de roca de cuatro a cinco metros de al tura, t racual se esconden los korsut , es to es , los refugios f inlandeses ,chos de t roncos de árbol . En t r e u na y ot r a de es t a s ondulacio

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C I U D A D P R O H I B I D A

F r en t e a L en i ng r ade , ab r i l .

De las t r incheras del sector de Valkeasaar i , el Bielos trov delos rusos , al margen de la ciudad soviét ica de Alexandrowka,la metrópol i s i t iada se ofrece a mi mirada como una de aquel losmodelos de yeso de planif icación de ciudad, de una muestra dearqui t ec tura urbana. (El mismo blancor de l a n i eve sugiere l aidea del yeso) . Es ta par t e del f r ente , es t á más b ien en r e l i eve ,l igeramente elevada sobre el nivel de las l lanuras donde yaceLeningrado. De las t r incheras , los soldados f inlandeses se asoman, como de un balcón, sobre la ant igua capi tal de los Zares .El terreno es var iado, de leves ondulaciones , paralelas , de pocosmet ros de a l tura . Pero aún aquel los pocos met ros son suf i c i entes a dar l iber tad al ojo, ampli tud y profundidad a la mirada.

¡De aquí a los suburbios de Leningrado, no hay, en l ínea recta, más de dieciocho ki lómetros . Y de al lá abajo, de los puestosavanzados a l nor t e de Alexandrowka, a donde i r emos dent ro depoco, la dis tancia se reduce a dieciseis ki lómetros apenas . Talesondulaciones del terreno, es tán cubier tas de árboles pelados al-

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el terreno se sume en amplia y dulce curva; al fondo de eamontonamientos cor r e un ar royo que en es t a es t ac ión es t ábier to de una cos t r a de h ie lo , o s e r eúne a l agua de un es t ano se ext i ende en un prado pantanoso, del cual emergen, a t r

de la helada superf icie, las agudas puntas de sut i l ís imos junEn cualquier t r amo l a hoquedad es t á cubier t a de árboles : pgeneralmente e l t er r eno es t á desnudo, y of r ece a l o jo una fde planos incl inados , blancos de nieve.

Del lugar donde nos encontramos, o sea del borde de unoesos escalones de grani to, a media carretera entre el bosque de es tá el Comando del sector y la l ínea de los puestos avanzala mirada recorre un inmenso espacio l ibre. Las enormes f lotas del Karjalan Kannas , del Is tmo de Carel ia, ya poco a pmás r aras y menos f r ecuentes a medida que nos acercamos asuburbios de l a met rópol i , t e rminan a nues t r as espaldas , e

la aldea de Maini la y la de Valkeasaar i . Son f lores tas de árbno muy al tos , entre los cuales abundan los abedules del folclaro y de los t roncos plateados en el turquesa obscuro deabetos. Más allá de Valkeasaari y Alexandrowka, hacia Legrado, el terreno, como ya he dicho, se desnuda, convirtiénen campo abier to, interrumpido aquí y al lá, por f lacos boscilios, y a l mismo t i empo l as a ldeas s e hacen más cercanas de la otra, se convier ten en suburbios , y el paisaje asume pa poco el usual aspecto de los contomos de una gran ciudad

Ent re una y o t r a de es t as a ldeas , s e r epi t en más f r ecueaquel l as casas rús t i cas , que en ruso se l l aman dad, donde en

t i empo l a burgues ía de Petesburgo iba a t r anscur r i r l os me- 1 8 9 —

d e v e r a n o . E s t a s d a c i s o n c a s a s d e m a d e r a d e a b e d u l , p i n t a d a sd e a z u l , d e v e r d e t i e r n o , d e r o s a p á l i d o . E l l a s p e r t e n e c e n y a al o s t r u s t s e s t a t a l e s s o v i é t i c o s , a l a s o r g a n i z a c i o n e s s i n d i c a l e s , al o s i n s t i t u t o s d e a s i s t e n c i a s o c i a l , q u e e n v í a n a s u s p r o p i o s m i e m b r o s , o b r e r o s y f u n c i o n a r i o s , c o n s u s f a m i l i a s , a p a s a r l a s v a c a c i o n e s a n u a l e s o l o s p e r í o d o s d e c o n v a l e s c e n c i a . A l g u n o s a ñ o s

v e , l o s. o b s t á c u l o s d e a l a m b r e d e a c e r o d e l o s a l a m b r a d o s s o v i ét i cos . M e a s o m o a l a t r o n e r a , o b s e r v o l a l l a n u r a q u e l e n t a m e n t er e s b a l a h a c i a L e n i n g r a d o . D e s p u é s d e l a z o n a d e l a s d a c i , c om i e n z a a q u e l t e r r e n o i n c u l t i v a d o , a q u e l " t e r r e n o v a g o " , l l e n o d eb a s u r a y d e s h e c h o s i n d u s t r i a l e s , q u e c a r a c t e r i z a l o s i n m e d i a t oc o n t o m o s d e u n a g r a n c i u d a d m o d e r n a . A o j o d e s n u d o , l a s p e r sp e c t i v a s y l o s p l a n o s s e a c o r t a n , p e n e t r a n d o u n o d e n t r o d e l o t r o

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h a c e , h e p o d i d o a s i s t i r a l r e g r e s o d e u n g r u p o d e o b r e r o s d e u n ae x c u r s i ó n q u e u n t r u s t i n d u s t r i a l d e L e n i n g r a d o h a b í a o r g a n i z a d o e n l o s c o n t o m o s d e A l e x a n d r o w k a . C a m i n a b a u n a n o c h e al o l a r g o d e l N e v a , e n c o m p a ñ í a d e a l g u n o s a m i g o s , c u a n d o , d e l

p u e n t e q u e a t r a v i e s a e l r í o e n l a s c e r c a n í a s d e l a F o r t a l e z a P e d r oy P a b l o , v i m o s l l e g a r u n c o n v o y d e t o r p e d e r o s c a r g a d o s d e j ó v e n e s y m u c h a c h a s d e l p u e b l o . L o s t o r p e d e r o s s e f o r m a r o n p r e c i s a m e n t e a e s p a l d a s d e l P a l a c i o d e I n v i e r n o , y b a j ó l a a l e g r ec o m i t i v a , c a n t a n d o y r ie nd o: l a s m u c h a c h a s c a r g a b a n e n t r e l o sb r a z o s r a m o s d e f l o r e s c a m p e s t r e s , m a r c h i t a s p o r e l c a l o r y e lp o l v o ( s í , e r a e l p r i n c i p i o d e l a p r i m a v e r a , y e l c a r a c t e r í s t i c o ,h u m e d o c a l o r d e L e n i n g r a d o , c o m e n z a b a a h a c e r s e s e n t i r ) , l o sh o m b r e s , r a m a s d e a b e d u l y b a s t o n e s d e m a d e r a b r e s c a c o n e lm a n g o c o r t a d o c o n e l c u c h i l lo . P r e g u n t a m o s a d o n d e h a b í a n i d od e j i r a , r e s p o n d i é n d o n o s q u e r e g r e s a b a n d e A l e x a n d r o w k a , e nC a r e l i a . D i j e r o n p r e c i s a m e n t e A l e x a n d r o w k a , r e c u e r d o l a c i r c u n s t a n c i a , p o r e l h e c h o q u e , e s c r i b i e n d o e n a q u e l t i e m p o u n ab i o g r a f í a d e L e n i n , h a b í a p e d i d o p e r m i s o a l a s a u t o r i d a d e s s o v i é t i c a s p a r a d i r i g i r m e a A l e x a n d r o w k a , a v i s i t a r e l l u g a r d o n d eL e n i n s e h a b í a e s c o n d i d o e n l o s p r i m e r o s t i e m p o s , p o c o a n t e s d e ll e v a n t a m i e n t o d e o c t u b r e d e 1 9 1 7 . E l p e r m i s o m e f u é n e g a d o ,p o r e s t a r A l e x a n d r o w k a v e c i n a a l a f r o n t e r a f i n l a n d e s a , y p o rlo t a n t o s i t uad a en una zona de in te r és mi li ta r, p roh ib id a a lo se x t r a n j e r o s .

A q u e l l a c o m i t i v a d e o b r e r o s , r e g r e s a b a p o r l o t a n t o d e a q u í ,s e g u r a m e n t e d e e s t o s m i s m o s p r a d o s y d e e s t o s m i s m o s b o s q u e s

d e c l a r o s a b e d u l e s , d o n d e a h o r a r e l u c e n s o b r e e l b r i l l a r d e l a n i e -

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como lo s p li egues d e l f ue l l e de un a cá m ar a fo tog rá f i ca , e s cond i e n d o e n t r e e s o s p l i e g u e s m i s m o s , l o s d e t a l l e s y l a v a r i e d a d d ep a i s a j e . P e r o a p e n a s p o n g o e l o j o e n l o s b i n o c u l a r e s d e l o b s e rv a t o r i o d e p r i m e r a l í n e a , l o s p l i e g u e s d e l f u e l l e s e a l a r g a n , l a s

p e r s p e c t i v a s y l o s p l a n o s s e s e p a r a n u n o d e l o t r o y , l a m i r a d ap e n e t r a e n l o s i n t e r v a l o s , e n t r e l o s p l i e g u e s , d i g a m o s a s í , d e li m a g i n a r i o f u e l l e , p u d i e n d o o b s e r v a r s e e l t e r r e n o , o b s e r v a r l o e nc a d a d e t a l l e s u y o .

F r e n t e a m í , a u n a d i s t a n c i a d e s e g u r a m e n t e d o s c i e n t o s m e t r o s , m e a p a r e c e n ( a s í c e r c a n o s q u e p a r e c e d e p o d e r l a s t o c a rc o n l a m a n o ) , l o s o b s t á c u l o s d e l a s a l a m b r a d a s r u s a s , l a s l í n e a sd e l a s t r i n c h e r a s , i n t e r r u m p i d a s d e v e z e n c u a n d o p a r a d e j a rU b r e e l c a m p o d e t i r o a l o s b u n k e r d e c e m e n t o , y p o r e l t r a z a d oa z i g - z a g d e l o s c a m i n o s . Q u i e n q u i e r a q u e h a y a c o m b a t i d o e n l ag u e r r a m u n d i a l , r e c o n o c e r í a , e n e s t e p a i s a j e , u n o d e l o s t í p i c o s

p a i s a j e s d e l a g u e r r a d e t r i n c h e r a s , o b s e r v a d o d e u n a t r o n e r a d ep r i m e r a l í n e a . L a g u e r r a a q u í , s e h a a f e r r a d o a l t e r r e n o , h a r e g r e s ad o a lo s mo dos y as pec to s de l a ' gu e r r a d e pos ic ión , de l ao t r a g u e r r a . M e p a r e c e h a b e r r e t r o c e d i d o v e i n t i c i n c o a ñ o s , d eh a b e r r e j u v e n e c i d o v e i n t i c i n c o a ñ o s . H a s t a e l " t a p u m " i n s i s t e n t e d e l o s c e n t i n e l a s so v i é t i c o s ( " E s t á n u n p o c o n e r v i o s o s h o y " ,m e d i c e s o n r i e n d o e l c o r o n e l L u k a n d e r ) , m e p a r e c e u n s o n i d of a m i l i a r , u n a v o z a m i g a . Y a q u e l l o s m u e r t o s e x t e n d i d o s e n l o sa l a m b r a d o s , a q u e l l o s c a d á v e r e s h e l a d o s , p a r a l i z a d o s p a r a s i e m p r e e n e l ú l t i m o m o v i m i e n t o , y a q u e l s o l d a d o s o v i é t i c o a l l á a b a j o , d e r o d i l l a s , e n t r e l o s a l a m b r a d o s e s p i n a d o s d e a c e r o , c o n e l

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rost ro vol teado hacia nosot ros, la frente oscura en la sombra desu gorra de pelo de oveja, cubierto por una capa de nieve, ¿cuántas veces Jo he visto ya, de cuá ntos año s lo conozco? Nad a hacambiado en estos veint icinco años: el mismo escenario, los mismos sonidos, los mismos olores, ios mismos gestos.

Pero aque l l o que da un s i ngu l a r va lo r , un sen t i do ex t raord i

imagen esenc i a l , sec re t a , l a " rad iograf í a" , d i r í a , de es t a guer ra ,en todos sus elementos técnicos, indust riales, sociales, en todosu s i gn i f i cado moderno de guerra de máquinas , de guerra t éc nica y social Un paisaje duro, compacto, l i so como un muro.Como e l muro que c i rcunda una i nmensa fac to r í a . Y es t a imagenno parecerá a rb i t ra r i a , a qu i en re f l ex ione que Len ingrado , es t a

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nar i amente nuevo e i nesperado , a es t e usua l pa i sa j e de l a guer rade t rinchera, es el fondo sobre el cual este paisaje se apoya. Noes más, como en la ot ra guerra, un fondo de col inas ásperas yrotas, de árboles esquelét icos a causa de los bombardeos, de l la

nuras descompues t as por l as g ranadas , recorr i do en t odos l ossent idos del laberinto de las t r incheras y los senderos, de casasen ruina, sol i tarias en medio a los prados y los campos desnudos,l lenos de cascos de acero, de fusi les dest ron cados, de m ochi las, dec in t as de amet ra l l adoras : e l usua l fondo mi serab l e y t r i s t e quese abría a las espaldas de las primeras l íneas sobre todos losf ren t es de guerra .

Este es, un fondo de fábricas, de casas, de cal les de suburbio,un fondo que el binocular revela parecido a una gigantesca mural la de blancas fachadas de cemento y vidrio, a una inmensamaqueta, (es la l lanura sepul tada bajo la nieve, la que sugierel a imagen) , a una i nmensa maquet a de h i e lo , que abre e l hor i zonte. Una de las más grandes y populosas ciudades del mundo,una de l as mayores met rópo l i s modernas , es t á a l l á , hac i endo defondo a este campo de batal la. Un paisaje, donde los elementosesenciales no son aquel los creados por la naturaleza: campos,bosques , p rados , aguas , s i no aque l l os c reados por e l hombre : l osa l t os muros g r i ses de l as casas obreras , agu j e reados de i nnumerables ventanas, los caminos de los tal leres, los desnudos y preciosos bloques de cemento y vidrio, los puentes de acero, las colosales grúas de las fundiciones, las campanas de l os gasóm et ros ,los gigantescos t rapecios de las l íneas de al ta tensión. Un paisaj e ex t raord inar i amente p rop io a dar l a verdadera imagen , l a

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lución comunista de octubre de 1917, es la más grande ciudadindus t r i a l de l a U .R .S .S . , una de l as más g randes de l mundo .

Ya Len ingrado es t á en agoní a . Sus fábr i cas es t án vac í as ,

abandonadas , sus máquinas qu i e t as , sus a l t os hornos apagados .Los b razos de sus po t en t es yunques , de l g ran puño de acero suspendido en aquel siniest ro si lencio, están dest rozados. Sus ochoc i en tos mi l obreros han s i do t ranspor t ados en par t e a l os cent ros indust riales del Este, más al lá del Volga, más al lá de losUra l es , y en par t e enro l ados en l os g rupos " t écn i cos" de asa l t o ,const i tuído con las masas especial izadas y los act ivistas del Part i do ( l os spez i y l os s t akanovi s t as ) , pa ra l a desesperada defensa de la ciudad.

El ojo, casi aferrado de aquel fondo de cemento y vidrio, deaque l la i nmensa 'maque t a de muro s compactos y l i sos , busca re poso al margen de aquel duro escenario, donde los bosques y loscampos cubiertos de nieve vuelven a ser los protagonistas delpaisaje. Al norte de la ciudad, se percibe una mancha obscura,un bosque, que, alargándose poco a poco fuera del aprétujamien-to de las casas, se ext iende hasta la ribera del mar, se dist inguenc l a ramente , a t ravés de l os á rbo l es , l as l a rgas venas he l adas de lNeva, que aquí se ramifica para formar el del ta. Aquel bosquees e l parque de Len ingrado , l l amado Las I s l as . No hay , seguramente, a excepción de los al rededores de la plaza-del Heno, quees uno de l os más v i e jos bar r i os de Len ingrado , un l ugar másunido que éste, a los recuerdos de la ant igua vida románt ica dePe t esburgo . En aque l parque , en Las I s l as , e ra donde l a soc i e -

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dad e l egan t e de l a cap i t a l amaba pasar l as ca l i en t es noches deverano, las "noches blancas", en los innumerables cafés y rest auran t es que hacen de aque l verde revo l t i j o de cana l es , de bos-queci l los, de senderos, de cal les, de kioscos sepul tados ent re losárboles, una especie de Luna Park, noble y rúst ica al mismot i empo, de t ono re f i nado y campes t re j un tos .

ta en una leve sombra de humo. A mi derecha, se encorvabacemente l a r i vera de l I s tmo de Care l i a (es t e mi smo donde me encuentro), se desvanecía en el crepúsculo luminoso, losdos al rededor de Alexandrowka, los bosques de Valkeasaarip rados , l os bosques donde me encuen t ro en es t e momeAquel l a banca es t á d i s t an t e de aqu í apenas pocos k i l óme

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Es al lá abajó, en Las Islas, donde se desenvuelven algunasde las más inolvidables escenas de "El Idiota" de Dostoiewski .Es en aquel las cal lejuelas que Natassia Fi l ipovna recorría encar roza , en t re e l murmul lo de l a gen t e , en t re l as no t as de l as

orquest inas, frente a los torvos ojos de Ragoj in y a los pál idosojos del príncipe Muisehkin. ¿Quién no ha dejado huel las leveso profundas en el polvo de aquel las cal lejuelas, en la hierba deaquel los "senderos? Gogol está aún ahí , ent re aquel los árboles.Puschk in se pasea t r i s t emente con Eugenio Oniegh in . A lgunosaños hace , hab i endo regresado a Len ingrado en verano , t oméuna noche un t ranvía y fui a dar a Las Islas. Bajé en los al rededores de una l a rga aven ida aún de dudad , y , encaminándomea pie por una cal lejuela, l legué a la ext remidad del parque, y mesen t é en una banca de madera , separada de l a r i bera de l marpor un redondo baranda l de mármol , que en aque l pun to fo rma

una espec i e de mi rador macho más concurr i do por l os f recuentadores de Las Islas. El lugar y la hora eran de una indeciblet r i s t eza . No recuerdo b i en s i e ra un domingo: pero me pareceque sí , porque grupos de obreros, de muchachas, de soldados, demarineros, vagaban ent re los árboles, en si lencio, o se sentabant ac i t u rnos , sobre l as o t ras bancas de l m i rador . E l so l hab í a desaparecido hada poco, pero el rojo reflejo del ocaso, como sucedeen aquel la estación, se retardaba aún en el cielo de occidente,y ya al oriente, el cielo se teñía de rosa. Era aún el ocaso y yaera el alba.

El mar aparecia l i so, quieto, de un color de leche. Respi raba

apenas. Al lá, frente a mí , descubría la i sla de Kronstadt , envuel-- 1 9 4 -

Veía desde al lá abajo este terreno ampl io, ondulado, este cde batal la.

E l parque de Las I s l as no e ra más aque l de una vez , saga l a v ida e legan t e de Pe t esburgo . Cerrados l os res t a uran t es

r rados l os ca fés , abandonados l os k ioscos , l as v i l l as t ransfdas en rabocie clubi . Era una imagen, también aquel la, dnueva v ida sov i é t i ca : severa , g r i s y en c i e r t o sen t i do auspero l lena de t ri steza y soledad. Y aún así , cuánto me parecece esa imagen, en la memoria, si pienso en la agonía de Lgrado, de aquel los cinco mi l lones de hombres encerrados dde aque l l a i nmensa j au l a de cemento , de h i e r ro , de a l ambre nado, de campos de minas. (Si qui tas el obturador, si mirel cañón del fusi l , aquel la inmensa jaula te aparece frenteboca del arma, al lá, a! fondo, pero pequeña, minúscula, nogra nde qu e una bala de cal ibre seis) . E s una ago nía que du

cinco meses. No me gusta, y es inút i l insist i r sobre los detde aque l l a i nmensa t raged i a . Una t raged i a que só lo puede ginarse (y solamente en parte) quien conoce de cerca losmentos característ icos de la vida soviét ica, quién ha vivido,que sea de espectador, la existencia de las masas en la soccomunista, quién se ha mezclado, en las cal les, en los t ranen los teat ros, en los cines, en los ferrocarri les, en los muen los jardines públ icos, en los rabocie clubi de los tal lerelos stalovie populares, a aquel los gent íos anónimos, grises,formes, taci turnos, de las ciudades de la U.R.S.S. : al gentLeningrado, a aquel los ríos de gente que día y noche marsin meta, en si lencio, sobre el asfal to de la diagonal 25 de

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t u b r e , l a a n t i g u a d i a g o n a l N e w s k i ; q u e d í a y n o c h e s e a r r e m o l inan en s i l enc io en tomo a l a s e s tac iones , a lo s cua r te le s , a l a sf á b r i c a s , a l o s h o s p i t a l e s ; q u e d í a y n o c h e d e s e m b o c a n e n s i l e n c io en l a eno rme p laza de l A lmi r an tazgo ; que d ía y noche l l enanen s i l enc io l a s ca l l e s y l a s ca l l e jue las en tomo a l a p laza de l H eno .

En t r e todos lo s pueb los de Eu ropa , e l pueb lo ru s o es aque lq u e a c e p t a lo s s u f r i m i e n t o s y e l h a m b r e c o n m a y o r i n d i f e r e n

X X I I

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c i a , e s e l p u e b l o q u e m u e r e m á s f á c i l m e n t e . N o e s e s t o i c i s m o :s i n o a l g o d i v e r s o , m á s p r o f u n d o q u i z á s . A l g o m i s t e r i o s o . Y e s oq u e m u c h o s c u e n t a n , d e c i n c o m i l l o n e s d e h o m b r e s h a m b r i e n t o s ,

y a e n p u e r t a a l a d e s e s p e r a c i ó n , li s t o s p a r a l a r e v u e l t a , d e c i n c om i l l o n e s d e h o m b r e s p r e g a n t e s e n e l h e l a d o y o b s c u r o d e s i e r t ode l a s cas as s in fuego , s in agua , s in luz , s in pan , no es más queu n a f á b u l a , u n a a t r o z f á b u l a . L a r e a l i d a d e s s e g u r a m e n t e m á sd u r a . L o s i n f o r m a n t e s , l o s p r i s i o n e r o s , l o s d e s e r t o r e s , e s t á n d ea c u e r d o e n d e s c r i b i r e l s i t i o d e L e n i n g r a d o c o m o u n a a g o n í a t a c i t u r n a , t e s t a r u d a . U n l e n t a m u e r t e , u n a g r i s m u e r t e . ( M u e r e na mi l l a r es cada d ía , po r e l hambre , po r lo s s u f r imien tos , po r l ap e s t e ) . E l s e c r e t o d e l a r e s i s t e n c i a d e e s t a i n m e n s a c i u d a d , m á sque en l a s a rmas , más que en l a va len t í a de s u s s o ldados , con s i s t e en l a inc r e íb le capac idad de s u f r i r . Tras l a s de f ens as dec e m e n t o y a c e r o , L e n i n g r a d o a g o n i z a e n t r e e l g r i t o i n c e s a n t ede lo s amp l i f i cado res de l a r ad io , que de l a e s qu ina de cada ca l l e ,lan za n pa lab ras de fueg o, palabras de hi err o , sob re ¿aquellos cin c o m i l l o n e s d e m o r i b u n d o s , t a c i t u r n o s v t e s t a r u d o s .

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L A A C R Ó P O L I S O B R E R A

F r e n t e a L e n i n g r a d o , a

P a r a r e f u g i a r s e e n e l p e q u e ñ o p u e s t o q u e e s t á f r e n t e a x a n d r o w k a , e s n e c e s a r i o a t r a v e s a r u n l a r g o t r e c h o d e t ed e s c u b i e r t o , s e g u r a m e n t e u n k i l ó m e t r o , a t a c a d o d e f r e n t e l ado po r e l t i r o de lo s fu s i l e s de lo s " cec ch in i " s o v ié t i co s e1q u e ñ o p u e s t o e s t á s i t u a d o a l a e x t r e m i d a d d e u n a s a l i e n t e ,s e i n t r o d u c e p r o f u n d a m e n t e e n l a s l í n e a s r u s a s ) . A l p r i n c i p

c a m i n a s o b r e u n a e s p e c i e d e s e n d e r o , q u e n o e s o t r a c o s au n a e s t r e c h a c o r n i s a d e h i e l o , o m e j o r , u n a c i n t a d e h i e l o , y a d a , d i r i a , s o b r e l a p r o f u n d a n i e v e h a r i n o s a . Q u i e n d a u n en f a l s o , a de r echa o i zqu ie rda de l a c in ta de h ie lo , s e s uml a n i e v e h a s t a e 1 v i e n t r e . P a r e c i d o s i n c i d e n t e s e s m e j o r n o ar a r l o s ; p o r q u e i o s " c e c c h i n i " s o v i é t i c o s , a r m a d o s c o n f u s i l em i r a t e l e s c ó p i c a , e s t á n e n a c e c h o a l o l a r g o d e l m a r g e n ds a l i e n t e , a d o s o t r e s c i e n t o s m e t r o s d e d i s t a n c i a , y n o e s pm á s q u e e l m o m e n t o b u e n o , p a r a h a c e r s i l b a r , e n e l m e j olo s cas os , una ba la po r l a s o r e jas .

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Por fortuna, el ai re está un poco nublado, y l legamos sin inc iden t e has t a l a boca de un camino , donde den t ro de una g ru t aexcavada en l a n i eve , encont ramos un pues to de guard i a , aque lque en la ot ra guerra hubiese sido l lamado un puesto de unión.Es en esta especie de gruta, en donde los soldados, al refugiarseen el pequeño puesto, dejan los esquíes, cont inuando a pie pore l camino , y l os vue lven a t omar a l regreso , para poder recorre rve lozmente e l t recho descub i e r t o has t a l a p r imera l í nea .

obl icuamente la ciudad, de noroeste a sudeste, de una ori l la a otdel Neva, es la diagonal 25 de octubre, la ant igua diagonal Newki . Aquel la baja nube al lá abajo, a la ext remidad opuesta de Lningrado, está suspendida sobre la zona del Tal lar Put i low, ude las mayores fábricas de acero del mundo, el más impres inante coloso de la indust ria metalúrgica soviét ica. (Es una nubde humo, l a nube de humo de un i ncend io) . Y s i regresand o a t rá

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Cuando l legamos al puesto de guardia, presidido por un cabo,un korpraa l i , con dos so ldados , nos encont ramos dos por t aorde-nes que regresan del pequeño puesto, y están escogiendo sus es

quíes del montón de el los apoyados en la pared.Nos de t enemos un i ns t an t e para reposar ( t uv imos que recorrer el t recho pel igroso a buen paso, por temor de que un soplode viento disipara la niebla, y nos sorprendiera de improviso), ydespués nos vo lvemos a poner en camino . Es una es t recha t r i pa ,poco profunda , por donde nos t oca caminar encorvados para noasomar l a cabeza . L l egamos f i na lmente a l pequeño pues to : esuna boca excavada en la base de uno de aquel los escalones degrani to, de los cuales he hablado describiendo el campo de bat a l l a a l rededor de Len ingrado , Nos t repamos sobre una esca l e rade madera, y levantamos los ojos hasta el nivel del parapeto denieve: he ahí , al fondo, la ciudad. Asi ní t ida en el ai re imprevis

tamente l impio, que en real idad parece, vista desde aquí , uno deaquel los modelos de yeso de que se hacen las maquetas para unamues t ra de a rqu i t ec tu ra u rbana . De aque l l ugar en a l t o , se d i s t i nguen c l a ramente , en e l i nmenso bosque compacto fo rmado porlas masas de los edi ficios, las leves sombras verdosas que revelan el t razado de las cal les y las plazas.

Aquel la gran mancha de sombra, abajo a la izquierda, másal lá del barrio de Las Islas, de la vena azul ina del Neva, es laplaza del Almirantazgo, la plaza donde surgen el Palacio de Invierno, el Museo del Ermitage. Aquel surco derecho que corta

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a lo largo de la diagonal 25 de Octubre, gi ro en cierto punto hcia mi izquierda, encuentro t ras un poco, una especie de señal dlápiz, una gran curva color sepia, y reconozco la Kontanka, cana l que a t rav i esa uno de l os bar r i os señor i a l es , seguramen

el más señor i a l de l a an t i gua Pe t esburgo .Busco a t en t amente , en aque l l a maque t a de yeso , e l f ron tó

neoclásico del Inst i tuto Smolny, el colegio de los alumnos nobleque en los "diez días" de Octubre de 1917, fué el cuartel general de la insurrección bolchevique, donde estaba el Comité rvolucionario. Eso es, debe estar en aquel la parte, al lá abajo. ¡Cómo parece cercano desde aquí! Y como los acontecimientos deste terrible invierno de si t io t raen a la memoria, por su analogía, los acontecimientos de octubre de 1917!

Porque la defensa de Leningrado, capi tal de la revolución comunista, está confiada a los mismos elementos que fueron lo

pro t ago ni s t as de l a i nsur recc ión de oc tubre . La t ác t i ca defens ivadoptada por el Comando mil i tar y pol í t ico de Leningrado ebajo muchos aspectos y en sus elementos fundamentales, aquelmisma adoptada por el Comité revolucionario, en 1917, contrlos cosacos de la Díkaia Divisa, la división salvaje, y, más tardecontra los "blancos" del general Judenich. El nervio de la defensa de Leningrado está const i tuido, hoy como entonces, por loobreros de l a i ndus t r i a met a lú rg i ca y por l os mar ineros de lflota del Bál t ico.

El úl t imo verano, colgada a una pared de la sala de reuniones de la Casa del Soviet de Soroca, en el Dniéster, junto a la

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usuales car tas geográf icas de la U.R.R.S., a los usuales car telesa colores de la propaganda agr ícola e industr ial , a usuales car te-lones del Ossoaviachim ( la organización de propaganda para laguerra química y la aviación) , a los imprescindibles ret ratos deLenin, de Stal in, de Vorosci lof , de Budienni j , he encontrado elplano topográf ico de la insurrección de octubre, es to es , el planotopográf ico de Leningrado, con todo el disposi t ivo insurrecional(dis t r ibuciones del Comando, de los grupos de asal to, de las br i

ahí es tuviese la sede del Comando Pol í t ico) . Pero de todas lnot icias e informaciones que, del inter ior de la misma ciudad t i ada , l l egan a l Es tado Mayor Finlandés , r esul t a fuera de toduda que la f isonomía de la defensa de Leningrado t iene un crácter mucho más pol í t i co que mi l i t ar . Es preci samente l a ecepcional importancia de Leningrado, en cuanto a capi tal de revolución de octubre y ciudadela del extremismo comunis ta, que imprime a la defensa de Leningrado, y dir ía impone, su e

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gadas obreras , e t c . ) , s eñalado en ro jo has t a en sus más mínimosdeta l l es .

Flechas bermejas indicaban l a d i r ección del a t aque; dent ro

de círculos rojos , aparecían, escr i tas en negro, las fechas de ocu-pación de los centros de res is tencia enemigos , y entre banderasescar l a t as , de formas y d imens iones d iver sas , s e s eñalaban l assedes de los t res pr incipales Comandos revolucionar ios : el de labr igada de asal to de los Tal leres Put i low, el de los des tacamentos de mar ineros de Krons tadt , e l del crucero Aurora , a bordodel cual es taba el Comando revolucionar io de la f lota del Bál t ico.(El crucero Aurora había surcado e l Neva, y anclado en mediodel r ío, a la al tura de la For taleza de Pedro y Pablo, había, en elmomento decis ivo, apoyado la acción de los grupos obreros y mar i n o s , abriendo fuego contra el Palacio de Invierno, el Almiran-tazgo y contra los var ios núcleos de res is tencia de las fuerzas

kerenskanas ) . Sobre e l Ins t i tu to Smolny, cuar t e l general de l ar evolución, había impresa una gran bandera ro ja , con un escr i toen l e t r as b l ancas , de sólo un nombre: "Lenin" .

Aquel la car ta topográf ica de la insurrecc ión de octubre , podr ía perfecta me nte serv ir hoy, para indicar los elemen tos fun-damentales de l a ac tual defensa de Leningrado. Es probable , ycasi seguro, que el disposi t ivo puramente táct ico, la dis locaciónde los Comandos, etc. , sean diversos de aquel los de entonces , yque el Cuar tea General del Comando mil i tar soviét ico no tengasu sede en e l Ins t i tu to Sm olny. (No me m aravi l l ar í a , todavía , qu e

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pecial carácter pol í t ico y social .

He t enido ya opor tunidad de acentuar l as deplorables condciones f ís icas de los soldados soviét icos de la úl t ima leva. Y

expresa do ya mi es tup or al constatar que la defen sa de Lenigrado (decis iva "desde el punto de vis ta pol í t ico" en la economgeneral de la guerra) , ha es tado confiada no solo a t ropas f ís icmente escogidas y mi l i t armente adies t r adas y aguer r idas , s ina grupos de infanter í a de r eciente formación, en gran p ar t e cont i tu idos de e l ementos muy jóvenes , mal ins t ru idos y por lo t ande escasa ef i c i encia , además ópt imamente armados y equipado(Se sabe, por las ver i f icaciones hechas sobre el f rente del LaIhnen, de Smolensk y del Don, es to es , sobre los f rentes dondse cumple en es t as ú l t imas s emanas e l máximo es fuerzo cont rofensivo soviét ico, que las mejo res unidad es de la Arma da rohan s ido di sgregadas en es tos s ectores de mayor empeño) . ¿Pro qué cosa hay t ras las espaldas de es tos grupos raquí t icos dcampesinos y muchachos técnicamente inef icientes , pero val iet es y obs t inados? Es tán , hoy como en 1917, los mar ineros dla f lota del Bál t ico y los obreros de los tal leres metalúrgicos Leningrado.

Si debiese expl icar , con una imagen inmediata, la s i tuaciópol í t ica y mil i tar de Lenin grado , no ten dr ía má s que refer irma aquel car tel , que quedará como el más t ípico de la iconografde la revolución comunis ta, en el cual , sobre un fondo de chimneas humeantes , apa rece repre senta do un marinero de Kro nsta

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y un obrero de las fábr icas de acero Put i low, armados de fus i les ,en act i tud de combate , E1 mar inero , con su camiseta a r ayasblancas y azules , y las dos largas cintas colgando en la par te deatrás de la gorra, sobre la espalda (el nombre del acorazado"Aurora"es t á escr i to sobre l a c in t a a l r ededor de l a gor ra) y depie, en act i tud de vol t ear se a t r ás gr i t ando palabras de inci t ac ióna invis ibles masas de t rabajadores , el fus i l en la mano izquierda,l a mano derecha a l argada, i ndicando a l enemigo; e l obrero l e

a las cuales es necesar io agregar los grupos de especial is tas paral a guer r a de minas , es t án d i s t r ibuidos en los puntos más vulnerables , no solamente del f rente mil i tar , s ino del pol í t ico. Las t ropas de infanter í a r eunidas , r egadas en pr imera l ínea para sos t ener el peso de la extenuante guerra de s i t io, se apoyan en aquel laosadía t í p i camente comunis t a que r esuelva una t ar ea sobre todopol í t ica, y combate según una táct ica que no t iene nada que hacer con la guerra de posiciones: combate, es to es , según una tác

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esté al lado, un poco de costado, el fus i l es t rechado entre las manos nerviosas , el ros tro duro, la f rente es trecha y oscura. Estecar tel es , aún hoy como en 1917, e1 t ípico emblema de la res is

t encia de Leningradó. Y nada mejor que es t a r epresentaciónpotentemente expres iva , podr í a dar una c l ar a idea de los e l ement os , sobre todo pol í t icos y sociales , sobre los cuales se apoya ladefensa de la ciudad.

No se debe perder de vis ta, al juzgar la s i tuación, un hechofundamental que Leningrado es t á práct i camente , desde hacecinco meses , cor tada fuera del res to de Rusia, s in ninguna posibi l idad de recibir refuerzos de hombres , de víveres y de municion e s , s i no es por la pis ta helada que atraviesa la superf icie congelada del i nmenso Lago Ladoga, e l más grande l ago de Europa.Y es ta imposibi l idad de recibir refuerzos , junto al carácter obre

ro y al par t icular s ignif icado pol í t ico de la ciudad, es lo que hainducido al Comando soviét ico a adoptar , en la defensa de Leningrado, l a t ác t i ca t í p i camente comunis t a de l as br igadas deasal to de obreros y mar ineros . La enorme masa de t r abajadores ,que no ha s ido evacuada a t íempo hacia la región industr ial deles te de Rusia, ha es tado organizada en especiales formacionesde asal to, en las cuales se encuentran los mismos elementos delas organizaciones insur r eccionales ideadas y actua das por Trot s -ki en octubre de 1917: los grupos de técnicos , los grupos de mecánicos para los r egimientos de t anques y de ar t i l l er í a , l os grupos de marineros de la f lota del Bál t ico. Estas br igadas de asal to,

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t ica t ípica insurrec ciona] , la táct ic a de - la gue rra civi l.Este s i t io, en cier to sent ido, señala el regreso del proletar ia

do de Leningrado (marxi s t i camente e l más adelantado, e l más

i n t r ans igen t e de l a U R S S ) a l e s p i ri t u com un i st a , m ás b i en quea la táct ica, de la guerra civi l . Los grupos de obreros armados,fal tos de ins trucción mil i tar , pero técnicamente ef icient ís imos,y animados del más violento fanat ismo, conservan las caracter ís ticas de aquel las br igad as de asal to de spezi , de udárni ki y des t akanowzj , o s t akanovi s t as , como se quiera deci r , f ormadas enquince años de industr ial ización integral y de Piat i letki , de Planes Quinquenales . El los son, s in duda, con los marineros de f lotadel Bál t ico, los mejores y más seguros elementos del Par t ido Comunis ta. ¿Pero cuál es el punto débi l de es ta organización obrera, que controla directamente no sólo la población civi l de Lenin

grado, s ino las mismas autor idades mil i tares , y t iene en el puñoa todo s los gangl ios vi tale s de la defensa de la ciudad ?Su punto débi l es tá en su mismo or igen, en su misma natu

raleza pol í t ica, en su fanat ismo y al mismo t iempo en las caracter ís t icas de la guerra de s i t io. Si se observa, ante todo, que lassensibles pérdidas , debidas no tanto a los combates , s ino al hamb r e , a los sufr imientos , a la pes te (el solo t i fo de los piojos , matacada día, en Leningrado, cerca de dos mil hombres) adelgazanlos grupos de es t as masas obreras . El Par t ido pierde as í , en l adefensa pas iva de l a dudad, sus mejores e l ementos , sus miembros t écnicamente y pol í t i camente más adelantados y más s egu-

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r o s . Pierde su ar is tocracia obrera. El inmenso cuerpo pol i t ico ruso p ierde su osamenta .

Para reducir al mínimo es ta diezma cot idiana de sus mejor es e l ementos , e l Comando sovié t i co t r a t a de ahor rar cuanto máses posible los grupos obreros . (Hasta hoy, a lo que resul ta, lasbr igadas de asal to obreras han es t ado empleadas únicamente enel f rente de Oranienbaum, en el sector de Sonlüsselburg y en elTzarskoie Selo) . En el campo de batal la, los grupos obreros han

ext r emismo comunis t a de Leningrado, t r adic ionalmente inquieto y l ioso, el más grave elemento de desorden de todo el Par t ido.(Es notor ia la feroz repres ión hecha por Lenin en 1930 entrelas f i las de los obreros de Leningrado y los marineros de Kronstadt , es to es , entre las f i las de la "vieja guardia de la revolución",acusados de amenazar l a in t egr idad del Par t ido y de poner enpel igro la suer te de la dictadura del proletar iado. El recuerdo de

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dado» aún una vez más, pruebas de valent ía y de ef iciencia técnica indi scut ib l es : pero aparecen ya profundamente desvas tadospor cinco meses de inacción y polémica intes t ina.

La inacción, es sabido, es para algunas t ropas un grave pel i -gro de d i sgregación: t anto más grave, cuando se t r a t a de for maciones mi l i t ar es de carácter pol í t i co . En es t as ú l t imas s ema-nas , el proceso de disgregación, en su t ípico aspecto de la luchade t endencias , ha logrado ya f a t a lmente , en e l s eno de l as masasobreras de Leningrado, progresos cons iderables . Se t i enen not i cias de una creciente tendencia a subordinar las causas de ungrave descontento , de ásperas luchas de problemas puramentemil i tares con problemas puramente pol í t icos . La izquierda delPar t ido , que cont rola l a gran mayor ía del prole t ar i ado de Leningrado, acentúa cada día más su idea de cr i t ica a las autor idadespol í t icas y mil i tares de Moscú, a las cuales acusa de no haberadoptado, en la conducta de la guerra, aquel los que los extremist as l l aman l a " es t r a t egia comuní s t a" .

¿Qué cosa podrá s er ,desde e l punto de v i s t a mi l i t ar , es t a"es t r a t egia comuni s t a?" , no es t á b i en c l aro: pero es evidenteque tales expres iones se ref ieren, más que a la conducta mil i tarde la guerra, a aquel la puramente pol í t ica. Es una cr í t ica quet i ene su or igen, s in duda en una cues t ión in t erna , de par t ido: delas comunes cuest iones internas , que, nacidas de las tantas einevi tables corrupciones o desviaciones de la idea marxis ta, y deuna de las tantas interpretaciones del leninismo, han hecho del

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aquel los es t ragos , es tá s iempre vivo en la memoria de las masasobreras de la capi tal de la revolución de octubre, y de los marineros de la flota del Báltico, y no es cierto eso de favorecer unadeterminación r ecibida de par t e de Leningrado y de Krons tadten un eventual plei to pol í t ico con Moscú) .

El hambre, la inacción, el cot idiano, terr ible espectáculo delos sufrimientos que el sitio impone a la población civil, esto es,a las famil ias , a las mujeres , a los niños de la misma clase obrera, contr ibuyen s in duda, por una par te, a favorecer el surgimiento de propósi tos desesperados , de la otra, a obl igar a lasmasas obreras a la búsqueda de una solución, de una vía de sal ida, sobre el terreno pol í t ico de la lucha de tendencias , de la violencia intes t ina. El es tado de ánimo del proletar iado de Leningrado, es extremadamente del icado y pel igroso: y preocupa ser iamente a las auto r idad es pol í t icas y mil i tares de Moscú, im

potentes , por efecto del s i t io, a t ratar de mejorar la s i tuaciónmil i tar y de al imentar la ciudad. Moscú se da perfecta cuentaque un es tado tal de cosas podría debi l i tar , a largo andar , la ef i ciencia mil i tar de los grupos obreros .

Antes de dejar el pequeño puesto, alzo nuevamente los ojospara observar la ciudad s i t iada. Un leve velo de niebla se levantade la superf icie helada del Golfo de Finlandia, entre Kronstadt yla desembocadura del Neva. Poco a poco, Leningrado asume, enel blanco igual al paisaje, un aspecto s inies tro. Parece una apar ición i r real , un espej ismo en el candido desier to de nieve. (Alláaba jo , en la zona industr ial , de los Tal leres Put i low, bajo el ince-

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san t e mar t i l l eo de l as g randes a r t i l l e r í as a l emanas , se a l za unadensa nube de humo ( . Regresa mos hac i a a t rá s , enf i lamos por e lcamino , nos paramos un i ns t an t e en e l pues to de guard i a , des pués nos di rigimos a buen paso por la est recha cinta de hielo,t ra t ando de aprovechar l a n i eb l a para hu i r de l a cor t an t e mi radade los "cecchini" soviét icos.

Es tarde, y ya desciende la noche, cuando l legamos a la pri

peado en el brazo por uno de estos duros terrones helados. Yme siento un t remendo golpe en e! costado, que me qui ta el respi ro. Una ast i l la , de hielo por fortuna, no de acero. ¿Nada maloNo, nada malo. Nos ponemos a reí r , y también los dos soldadodesnudos, sentados sobre la nieve, r íen alegremente. Están desnudos como gusanos, y bañados de sudor. Es precisamente ecaso, me parece, de sudar frío.

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mera l ínea. El mayor Junqvist , que con su batal lón presidia elsector de Alexandrowka, se det iene brevemente en el korsa de suComando para o f recemos una t aza de t é . Mien t ras , sa l i endo de l

korsu, recibimos saludos del mayor Junqvist y de sus oficiales,mi atención es at raída por un espectáculo que me es ya famil iar,pero que no fa l t a , cada vez , de parecerme ex t rañ í s imo: de l i n t e r i o r de una sauna i r rumpen de car re ra , dos hombres comple t a mente desnudos , bañados en sudor , y van a revo l carse en t re l anieve.

(El lector sabe ya, sin duda alguna, que cosa es una sauna.Es el característ ico baño de vapor del cual los finlandeses no sepueden pr i var n i s i qu i e ra en p r imera l í nea . En l a bar raca quecons t i t uye l a sauna , en l as t r i ncheras , hay p rend ida una es tu fa ,una espec i e de homo que en l a par t e super io r es t á ab i e r t o , y t i e

ne una sól ida parri l la de acero. Sobre esta parri l la , son amontonadas a lgunas g ran des p i edras , que a l con t ac to con l a f l ama serevien tan, por deci rlo así y sobre las cuales se lanzan baldes deagua para p roduc i r e l vapor . Después de haber sudado abundant emente , l os bañados , de un ca lo r de 60 g rados , sa l en de car re raafuera , a l descub i e r t o , en una t empera tu ra de 20 a 30 g radosbajo cero, a revolcarse en la nieve).

Es p rec i samente en aque l momento , que l a g ranada nos exp lo t a j un to con un g r i t o ronco , s i n s i qu i e ra damos t i empo parat i ramos a l sue lo . Explo t a a unos ve in t e pasos de noso t ros , nosenvuelve en una t romba de ast i l las de hielo, de terrones de nieve

y de t ierra helada. El capi tán Leppo, que está junto a mí , es gol -

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X X I I I I

s i t a r en es t a ex t raña guerra . P resc ind i endo de su carác t e r po l í t i co , de su grandísima importancia pol í t ica (Kronstadt , como ellector sabe ya, no es más que un sector del frente de Leningra-do , pero, desde el pu nto de vista p ol í t ico, es el corazón, e s 1aacrópol is , di ría, de la ciudadela roja de Leningrado), el frente deKronstadt , es sin duda, el más interesante y en cierto sent ido elmás di fíci l mi l i tarmente, de todo el inmenso desplazamiento que

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L A B A N D E R A R O J A D E L " A U R O R A "

Fren t e a Krons t ad t , abr i l .

He ahí , frente a mí . Kronstadt , la Isla de Kronstadt , refugio yprisión de la flota soviét ica del Bál t ico. De la ribera de Teri joki ,la Isla de Kronstadt , se perfi la plateada, gris y azul , como la si -lueta de u na nav e, sobre. la superficie helad a del Golfo de Fin lan-d i a . La mañana c l a ra , i nundada de una l uz ex t raord inar i amentel ímpida y leve. Ya los días se alargan. Es el primer t ímido avisode l a p r imavera : pero e l f r í o res i s t e , e l t e rmómet ro , es t aba ma-ñana , cuando par t imos de l f ren t e de A lexandrowka , marcaba 35grados bajo cero. (Y en Ital ia la hierba está ya verde, los árbo-les han florecido ya).

De las t r incheras de Alexandrowka y de Bielostov, hasta Te-ri joki, no hay má s que unos pocos ki lómetros. Pero los aspecto sde la guerra (los tantos aspectos de este si t io de Leningrado)cambian t an to , en es t e b reve t recho , que me parece haber re ,corrido una distancia de un cen tenar de ki lómetros. El frentede Teri joki , frente a Kronstadt , es sin duda el más singular, elmás pintoresco, de todos los frentes que he tenido ocasión de vi .

de Murmansk a Sebastopol . Porque impone no ya una soluciónmás o menos nueva de viejos problemas, como el caso de losot ros sectores del frente oriental , s ino soluciones nuevas de prob l emas abso lu t amente nuevos , que nunca , an t es de hoy , se ha

bían ofrecido a los estudiosos del arte de la guerra.El frente de Terijoki sigue la ribera del mar, una ribera ba

j a , de a l t u ra más b i en regu l a r . Las t r i ncheras f i n l andesas cor rena lo largo de la ribera, y al lá, enfrente, a un centenar de metrosde los cañones de las ametral ladoras, se ext ienden sobre la helada superficie marina, los obstáculos de las alambradas. inter rumpidos de vez en cuando por pasos ab i e r t os para e l t ráns i t ode las pat rul las. A lo largo de la ribera, inmediatamente at rásde l as t r i ncheras , pasa l a ca r re t e ra : una l a rga car re t e ra f l anqueada de casas y vi l las de madera, serenas y gent i les en la flaqueza desnuda y delicada del paisaje de nieve y de florestas. Los

abedules, los abetos, los pinos árt icos, bajan hasta el mar, acáespesos, al lá más raros, acá densos y salvajes como el corazón delas selvas carel ianas, y al lá esparcido^ a formar casi un parqoe<¿s cárífao' , coa ódaqaíáís <fe ma<fer£i y ÁIÚSCÚS p a r a ¿a . mtís ica ,cal lejuelas tortuosas ent re los t roncos revest idos de musgo.

En t iempo de los Zares. Teri joki era uno de los más amenose interesantes lugares para vacacionar de todo el Golfo de Finlandia, era la playa señorial de la capi tal . Pero no se piense queuna playa mundana de lujo: más bien una t ranqui la y dulce aldearegada ent re los bosques, a la ribera de un mar pál ido y t ibiocomo un lago.

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Era el t iempo (lOh! una edad ya olvidada en la memoria, unÓleo borroso colgado al muro blanco de la memoria), era el t iempo fel iz en él cual las famil ias de la buena sociedad de Petesbur-go venían a Teri joki a pasar los calurosos meses de verano, a lasombra olorosa de los abedules: y en la noche, en el candor diáfano de l as "noches b l ancas" , sobre l as barandas de madera delas columnas tal ladas, pintadas de tonos verdes, rojos, azules, lafamil ia se sentaba en tomo a los vasos de dái . Aquel dulce pla

blanco, ya menos azul : será seguramente este olor de leña qumada, (olor de pino, olor de abedul , olor de aquel las ramas vedes que si rven en las sauna para la flageladdn de los bañadoserá este olor de calor de humo, no sé: pero la guerra no mestá presente, hoy, como una real idad viva y cmel , sino comun recuerdo, como un paisaje que ya vuelvo a encontrar en fondo ant iguo de mi conciencia.

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t icar femenino de los ant iguos rusos, aquel hablar y hablar, yregresar al mismo argumento y del lado más di fíci l ; aquel discut i r de cosas que no existen, o existen apenas, o aquel la gracia

del repet i rse y del plat icar sin descanso, y aquel la nobleza en ol vidar, aún razonando, las cosas, las personas, la hora y los lugares. Y se percibían remotos, al lá abajo, volar en el candidoai re nocturno, las señales luminosas, verdes, rojas, amari l las, delas naves de guerra ancladas f3:«nte a Kronstadt .

Hoy, aquel t iempo fel iz ha pasado para siempre: los caminosde Teri jold están l lenos de soldados, los cañones relucen aquí yal lá ent re los árboles, y t ras el montón de t izones de la iglesia,dest ruida por el incendio, los muertos finlandeses duermen serenos ba jo l a desnuda c ruz l u t e rana . Orupos de amet ra l l ador i s t asestán sentados sobre las cajas de municiones, a lo largo del mar

gen de l a ca r re t e ra , en t omo a l os t r i p i es de l as amet ra l l adoras-Pasan t rineos t i rados por Bel los cabal los fineses de largas y mórb idas c r i neras rub i as de \éñ ojos t i e rnamente femeninos .

Este aspecto de paz, de sereno reposo, en prinlera l ínea, enuna aldea bat ida por la gruesa art i l lería naval soviét ica de largoalcance» en la ori l la de un mar cubierto de una reluciente capade hielo, es cuanto más ext raño, cuanto más dulce, que se haya 'o f rec ido has t a ahora á mi s o jos , en es t a dura guerra . Será se guramente , en l a f r í a y dará mañana , es t e t enue p resag io de p r i mavera, que aparece y» en el diverso color de la luz, en él fríoya menos cortante, en el reflejo de la nieve y el hielo, ya menos

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y he aquí esta paz, este sereno reposo, (quiero deci r este rcuerdo, este paisaje), son rotos de improvisó por la dura voz dcañón. Es el 381 de una nave de Kronstadt . Una voz enorme, u

voz lenta, larga, paciente, que se encorva como un arco i ri s entKronstadt y Teri joki . El proyect i l del 381 explota en el bosqual lá at rás: el ai re se despedaza en mi l fragmentos de vidrio, londas de la explosión pasan a t ravés del paisaje, que osci la cmo un escenario de tela movido por el viento. 'KÜbmienzan nuvamente", dice sonriendo el teniente Svardst rdm.

Desde hace algunos días, hay algo de nuevo en KronstadLas baterías pesadas alemanas, emplazadas sobre la ori l la opueta del gol fo, mart i l lan sin t regua a las columnas soviét icas quvan y vienen sobre la superficie helada del mar, ent re Leningrdo y l a I s l a de Krons t ad t . Es un movimien to ex t raño , un andy venir ordenado, metódico, a hora fi ja , auno si casi se t ratarde e j e rc i t adones . ¿Qué d i ab los l l evan a Krons t ad t l os rusos¿Y qué diablos se l levan? La observación aérea, sobre este puntes expl íci ta: son columnas de camiones de infantería, que ec i e r t as horas de l d í a y de l a noche hacen i n in t e r rumpidamenla ronda en t re Len ingrado y Krons t ad t . (Las noches comienzaa se r cor t as y s i empre más darás ) . La h ipó t es i s , p r t ^mes t a aprincipio, de que los Ck}mandos soviéticos, ante la inminencide la p r imavera se p reocupabas de re forzar l a defensa de l a basnaval , enviando a la i sla víveres y munidones, no puede ser exact a . Los v íveres y l as munidones fa l t an g ravemente t ambién el a an t i gua cap i t a l . IJO^ primeros en necesi tarla son los defenso

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res üe Len ingrado . (Pero e l s i t i o de Krons t ad t durará c i e r t ament e más que e l de henijigrado: y no es presumible que la base naval se prive de sus reservas precisamente al inicio de la prima^vera) . ¿Se t ra t a rá qu i zás de re fuerzo de hombres? N i s i qu i e raes t a segunda h ipó t es i s puede se r exac t a . Krons t ad t no neces i t ahombres . T i ene muchas t ropas , y l a cuen t a es hecha ráp idament e : todas las dotaciones de la flota del Bál t ico, más todos losSTUpos de art i l lería de las baterías costeras diseminadas a lo lar

cionarias de los Comandos pol i t icos, en el seno de las masas obras y en su confron t e con l os Comandos mi l i t a res . Gran pade esos hombres, ya inut i l izables, desde el punto de vista est rtam ente naval , dada la imposibi l idad, , pa ra la flota, hoy prisnera áé í hielo y mañana, cuando venga el deshielo, prisionera los campos de minas que cubren el Colfo de Finlandia), de saa ofrecer batal la, y dado iwr eso, el necesario carácter de la dfensa de Kro nsta dt , que es má s él de uxia fortaleza ma rí t im a q

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go del perímetro de la i sla, más los grupos del genio naval , máslas guarniciones de los i slotes art i f iciales de cemento y acero,de los cuales el mayor se l lama Tot leben, esparcidos al rededor de

l a i s l a de Krons t ad t , más l as masas obreras , var í as decenas demil lares, del arsenal .

La hipótesis, que, por v aria s not icias concordan tes, parece se rla verdadera, es aquel la que toma en cuenta del part icular carác t e r po lí ti co de Kron s t ad t . Como he a f i rmado var ios veces(desde el úl t imo año, hasta los primeros días de esta guerra cont ra la U.R.S.S. , aquel pol í t ico, es un cri terio del cual no se puededist raer, sin pel igro de graves errores, en el juicio de la Rusiasoviét ica, su ánimo, su capacidad de resistencia, sus posibi l idades de reacción, su fanát ica voluntad. Especialmente al juzgar loselementos principales de la defensa de Leningrado. (Me perdone

e l l ec to r s i t oda™ una vez , como sucederá f recuen t emente enseguida, le repi to que la clave de la si tuación pol í t ica de la U.R.S.S. , es Leningrado, ciuda<íéla del ext remismo y de la int ransi gencia comunista. Quien tenga presente este concepto, podrácomprender muchas cosas y muchos hechos, de los cuales desconocería, de ot ra manera, la importancia de su signi ficado).

La hipótesis, que por lo tanto parece ser lá más justa, es quelos rusos hac í an a f l u i r a Len ingrado gran .par t e de l os hombresde la flota del Bál t ico, para const i tui r nuevas brigadas de asal to,des t i nadas a re fo rzar l as t ropas de p r imera l í nea , y a l m i smot i empo a apoyar l a acd t e de con t ro l y de i n t rans igenc i a revo lu-

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e! de una flota.El movimiento de las columnas de camiones y de infanter

que desde hace t res o cua t ro d í as hacen l a ronda en t r e L en ing

do y Krons t ad t , no se r í a o t ra , por l o t an to , que una maniobsoviét ica para engañar al enemigo sobre la verdadera di reccide aque l movimien to en "sen t i do ún i co" , es t o es , para enmasrar el aflui r a Leningrado de parte de los hombres de la flodel Bál t ico. Es siempre el carácter pol í t ico de Kronstadt , su fución, y por lo tanto su dest ino de "acrópol is" de la capi tal derevolución de octubre, aquel lo que en úl t imo anál isis , decidecondu cta de ^ gu err a en la defensa de Lenin grado , del emptáct ico de las t ropas y de las brigadas de asal to de obreros y mrinos. No pasará mucho t iempo, que la función pol í t ica de hombres de Krons t ad t y de l os obreros de Len ingrado , aparecrá en toda su capacidad decisiva, hasta en confronte con MOS

Es opor tuno , en t an to , observar de cerca Krons t ad t , t rade coger, de esta posición avanzada, los diversos elementos este formidable si t io en toda su variedad y singularidad; Del gar donde me encuen t ro (es la par t e má s a l t a de una de aque lt o r r es de v ig í as c ruzada s , de unos met ros de a l t u ra , que l os rusconst ruyen aquí y al lá, para cuidar los caminos y los bosques, las del icadas zonas de frontera y en las cercanías de las ciudes), el ojo abraza el inmenso panorama de las dos riveras dGk>lfo. Un sol claro ilumina oblicuamente (el sol no está jamdi rec to en es tos c l imas) l a ex t e rminada d i s t anc i a de mar he

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do , que manda un resplandor azul , como s i fuese i luminado no delo al to, s ino del fondo. Lejan o, en la o puesta or i l la del golfo, haciala cabeza de puente de Oranienbaum, que los rusos def ienden conincreíble f iereza contra la pinza alemana, surgen los br i l los delos incendios , sobre el fondo de una nube negr ís ima, de contomosduros y precisos . También Leningrado arde, al lá abajo, a mi izquierda. La ar t i l ler ía alemana pesada, dispara s in descanso so-bre la zona industr ial del barr io Uri tski j , donde es tán las fábr i

puede combatir . "Ha perdido las piernas" , dicen los soldados f il andeses . Una f lo t a entera amural l ada v iva . Sobre una a l t a tor ralgo obscuro se mueve.

" ¿Q ué cos a e s ?" p r egun t o a l c ap i tán L eppo , " ¿un a ba nd e r a"La radio de Moscú ha anunciado que es la bandera del fa

moso crucero Aurora" , me dice el capi tán Leppo, " izada sobla tor r e del Almi rantazgo de Krons tadt " .

No es una bandera de mar ina , es una bandera ro ja . Aquel

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cas de acero de Put i low.

Allá, en medio al golfo, Kronstadt me parece envuel to enuna leve bruma opaca, parecida a la niebla vaporosa de una "no

che blanca" . Se descubren desde aquí , l impís imas, las lámparasde señales , rojas , amari l las , verdes , azules , de las naves y de losis lotes ar t i f iciales que hacen corona a la is la de Kronstadt . Esuna apar ición i r real , aquel encenderse y aquel apagar se de f a tuosfuego a medio aire, en los vapores plateados de la leve brumamatut ina. Aquel los fuegos volantes parecen alas de mariposasque se encienden a t r avesando un . r ayo de sol y r ápidamente s eapagan, para volverse a prender más lejos , en otro rayo de sol .Es como una l ímpida noche de verano, aquel los vapores , unaIbnpida noche de pleni lunio, i luminada por los del icados resplandores de las luciérnagas . Dos al tas col iminas de humo gr is , pare

cidas a dos inmensos árboles , se elevan de las dos extremidadesde la Is la de Kronstadt . De cuando en cuando, un rayo rosas trorompe la costra de hielo ei^ .re t ierra f í rme y la punta or ientalde la is la. Son las bater ías pesadas alemanas que baten el t ráns i to de las- col iminas entre Kr ons tadt y Len ingrad o.

El capi tán Leppo me da unos binóculos . Y he ahí , a t ravésdel azul reverbero del mar helado, la selva de chimeneas y torresde acero de las naves , ancladas en el puer to de Kronstadt , que seme aparecen ní t idamen te . Es un espectáculo impres ionante , aque l la f lota entera, la más potente de la U.R.S.S., apr is ionada en elhielo, como en una colada de cemento. No se puede mover , no

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que los marinos del Aurora, en octubre de 1917, izaron sobre casa real de los Zares . (El color rojo de la bandera no se dis t ique desde aquí . Es a lgo obscuro , a lgo fúnebre) . Es opor tuno r

cordar , en es te momento, para quien desee comprender la s i tución pol í t ica del extre mism o com unis ta d e Leningra do y dKronstadt , en confronte a Moscú, que a cier to punto, en las hras decis ivas de octubre de 1917, la bandera roja del Aurora hcausado miedo hasta al propio .Lenín.

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X X I V

esta lucha de infantería, armada de fusi les y de bombas de mno , contra los gruesos cal ibres de la art i l lería naval . En las nches de luna, aclaradas por ei reflejo azul del hielo, (el hielo t ine una luminosidad suya propia, una luz diáfana que surge dfondo de los abismos marinos) las pat rul las de esquiadores salede ent re los pasos abiertos en las alambradas y se aventuran ea l t a mar .

He asist ido, la ot ra noche, a la sal ida de una de estas colum

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P R I S I Ó N D E N A V E S

F r e n t e ' a K r o n s t a d t , a b r i l .

Una ext raña batal la aquel la que se combate desde hace varios meses al rededor de la Isla de Kronstadt . Una batal la singularísima, ent re la flota amural lada viva en el bloque de cementodel mar helado, imposibi l i tada a moverse, a maniobrar, y iosaguerr i dos e j é rc i t os t e r res t res , que l a ased i an por t odas par t es -Una ba t a l l a nava l , d i r í a , que se combate ' sobre t i e r ra f i rme .

Porque eso que const i tuye la singularidad de esta si tuaciónparadój ica, es el hecho que la nota soviét ica del Bál t ico no estáseparada de sus adversarios«por la azul extensión de las olas marinas, sino de un inmenso pavimento de mármol , l i so y helado,sobre el cual las infanterías finlandesas, provistas de esquíes, seaventuran al abordaje —por deci r así— de los acorazados rusos.

Imagínese una flota inmóvi l , paral izada, est rechada por elhielo que la sofoca de cada lado. Imagínese un asal to de esquiadores a es t as naves p r i s i oneras , y t endrán una i dea bas t an t e c l a ra(si bien lejanísima de la real idad, que es mucho más t rágica, másparadój ica) de esta batal la de hombres contra acorazados, de

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nas de ataque (a deci r verdad, ei término ^'columna" es impropiporque apenas salen de las alambradas los grupos se abren eabanico, se dividen en grupos de dos o t res esquiadores cad

uno, que se esparcen ent re la ininterminable distancia de las olpe t r i f i cadas) . Nada es más impres ionan t e y más conmovedoque estas sal idas de esquiadores hacia el mar abierto. El mprofundo si lencio reinaba a lo largo del labio helado del mar. Lpar t i da de aque l l as pa t ru l l as , que zarpaban con t ra una de l as bses nava l es más fuer t es de l mundo , me recordaba ex t rañamenaquel la part ida de una flot i l la de botes pesqueros de un puerde pescadores. Las mujeres, los viejos, los muchachos, saludaen si lencio desde el muel le, agi tando las manos, a las barcas qbajo el impulso de los remos, se separan de la rivera. Y las velse abren, respi ran el viento, mient ras las barcas se alejan rebalando sobre la superficie del mar.

Era exac t amente como una par t i da de ve l as : en e ! a i re he ldo , oloroso de hielo y abedul , (aqut l olor frío y descamado dhielo, t ibio, y profundo del abedul), yo advert ía el toque de lalgas, del agua marina, de las escamas de los peces.

Bespués de u na ho ra má s o menos , o ímos los p r imeros l e j andisparos de fusi les. Llegaban de un horizonte, obscuro, pet ransparente. Cohetes verdes y rojos se alzaban de la interminble distancia de hielo, como chorro s de f uenteci l las. Las pat ru l lf i n l andesas hab í an hecho con t ac to con l as pa t ru l l as rusas . Lcuales no están compuestas, —como en el frente de la Carel

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o r i e n t a l , o e n e l d e a u n a s , e n t r e e l L a g o L a d o g a y e l O n e g a — d ee s q u i a d o r e s s i b e r i a n o s , s i n o d e m a r i n o s d e l a f l o t a d e l B á l t i c o .I E x t r a ñ e z a s d e e s t a g u e r r a ! D e l o s a c o r a z a d o s p r i s i o n e r o s e n t r ee l h i e l o , l o s m a r i n o s b a j a n p r o v i s t o s d e e s q u í e s , a c o m b a t i r s o b r ee l m a r . S e a c e r c a n a l g u n a s v e c e s h a s t a l a r i b e r a f i n l a n d e s a , h a s t a f r e n t e a T e r i j o k i . L u c h a s f u r i o s a s s e e n c i e n d e n d e c u a n d o e nc u a n d o a l r e d e d o r d e l a I s l a d e H o g l a n d , a l o c c i d e n t e d e K r o n s -t a d t , q u e l o s f i n l a n d e s e s h a n a r r a n c a d o e n e s t o s d í a s a l o s m a r i

r a p o d e r c o n o c e r l o e n c a d a u n o d e s u s e l e m e n t o s , e n c a d a ud e s u s d e t a l l e s , e s n e c e s a r i o d e t e n e r s e e n c a d a s e c t o r , e n c a dp u e s t o a v a n z a d o , a d i s t a n c i a s d e c e n t e n a r e s y c e n t e n a r e s d e kl ó m e t r o s . P o r q u e n o e s p o s i b l e , p o r e j e m p l o , d i r i g i r a e d e l I s t md e C a r e l i a , d o n d e m e e n c u e n t r o a h o r a , a l I s t m o d e A u n u s a t rv é s d e l L a d o g a : e s n e c e s a r i o r e g r e s a r h a s t a H e l s i n k i , y v o l va s a l i r h a c i a e l n o r t e e n e l i n t e r i o r d e F i n l a n d i a , b a j a r d e s p uh a c i a e l s u r e s t e , p a r a u n r e c o r r i d o c o m p l e t o d e u n m i l l a r d e k

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n e r o s s o v i é t i c o s . E s u n a g u e r r a d e a r d i d e s : u n a l u c h a , r e p i t o , d eh o m b r e s c o n t r a a c o r a z a d o s , d e e s q u i a d o r e s a r m a d o s d e f u s i l e sc o n t r a l a s t o r r e s d e a c e r o d e l o s 3 8 1 .

Los es qu iado res f ines es vue lan s ob re e l h ie lo , e s cond iéndos et r a s l o s i i e q u e ñ o s t r i n e o s , d e l a s a m e t r a l l a d o r a s p e s a d a s y d e l a sc a j a s d e m u n i c i o n e s . E s s o b r e e s t o s p e q u e ñ o s t r i n e o s d o n d e l o sh e r i d o s y l o s m u e r t o s s o n t r a n s p o r t a d o s h a c i a a t r á s , h a d a l a sl i n e a s . ( U n a c o s a t i e n e n e n c o m ú n l o s m a r i n e r o s s o v i é t i c o s y l o ss i s s i t f i n e s e s : n o a b a n d o n a n a s u s m u e r t o s . L a g e n t e d e m a r— t a m b i é n l o s e s q u i a d o r e s f i n l a n d e s e s s o n e n g r a n p a r t e g e n t ed e m a r , p e s c a d o r e s d e l G o l f o d e F i n l a n d i a y d e l G o l f o d e B o t n i a -e s c e l o s a d e s u s p r o p i o s m u e r t o s . S a b e q u e e l m a r e s g o l o s o : s ec o m e a l o s m u e r t o s , l o s d e v o r a . H a y u n c a n t o p o p u l a r d e l o s p e s c a d o r e s f i n e s e s d e l a c o s t a d e T u r k u , é n e l c u a l e l m a r , a p r i s i o n a do ba jo l a capa de h ie lo , g r i t a e impreca , go lpeando con l a cabezae n e l d u r o , t r a n s p a r e n t e , t e c h o a z u l , m i e n t r a s u n g r u p o d e p e s c a d o r e s c a m i n a s o b r e l a s u p a r f i c i e h e l a d a l l e v a n d o e n l a s e s p a l d a s a u n c o m p a ñ e r o m u e r t o ) .

N o s e n e c e s i t a c r e e r , t o d a v í a , q u e e l s i t i o d e K r o n s t a d t s ea g o t e e n e s t o s e p is o d i o s d e 2a g u e r r a d e p a t r u l l a s . L a l u c h a e nt o m o a K r o n s t a d t , n o e s m á s q u e u n o d e l o s t a n t o s e p i s o d i o s d e ls i t i o d e L e n i n g r a d o : d e l o s o t r o s a s p e c t o s d e e s t e f o r m i d a b l e s i t i o h a b l a r é c u a n d o m e v a y a a l f r e n t e d e L a d o g a y e i d e A u n u s ,a e s p a l d a s d e I ^ e n i n g r a d o . E s u n c e r c o i n m e n s o , e l q u e e s t r e c h al a c a p i t a l d e l a r e v o l u c i ó n c o m u n i s t a . Y p a r a r e c o r r e r l o t o d o , p a -

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l ó m e t r o s . Y e s t o b a s t e , p o r a h o r a , p a r a d a r u n a i d e a d e l a d i fc u l t a d q u e p r e s e n t a u n s i t i o e n t a n g r a n e s c a l a , R e d e d o r d e uc i u d a d e n o r m e , a t r a v é s d e u n t e r r i t o r i o q u e h a q u e d a d o i m p o s

b le po r e l h ie lo de inv ie rno , de lo s l agos y de lo s cha rcos en lb u e n a e s t a c i ó n .

M u c h a s v e c e s h e t r a t a d o y a d e d i b u j a r e l a n d a r d e l f r e nd e l s i t i o , l a c o n f i g u r a c i ó n d e e s t e i n m e n s o c a m i w a t r i n c h e r a dE s u n a e s p e c i e d e v a s t í s i m o c u a d r i l á t e r o , q u e d e l I s t m o d e A un u s , en t r e e l I ^ adoga y e l O n e g a , s e i m p u l s a h a s t a e l I s t m o d e Cr e l i a , y d e S c h l ü s s e l b u r g h a s t a Peterhof. E l c o n j u n t o d e f e n s i vd e L e n i n g r a d o e s c u a n t o m á s f o r m i d a b l e %e p u e d a i m a g i n a r : u n s i s t e m a d e f o r t i f i c a c i o n e s d e c a m p a ñ a y d e f o r t i f i c a c i o np e r m a n e n t e s — d e l a s c u a l e s a l g u n a s s o n d e t i e m p o s d e P e de l G r a n d e — c o m p l e t a d o y r e f o r z a d o c o n p o t e n t e s o b r a s d e i n g

n i e r í a m i l i t a r , c o n u n a d o b l e l í n e a d e b u n k e r d e c e m e n t o y dc ú p u l a s d e a c e r o , c o n t o d o s l o s m o d e r n o s a d e l a n t o s y l o s ú l t i m od e s c u b r i m i e n t o s d e l a t é c n i c a d e l a s < í o r t i f i c a c i o n e s , s e g ú n u n ds e ñ o q u e s e p o d r í a l l a m a r e n c i e r t o m o d o , d e V a u b a n , e n c u a n ta l a topog ra f í a , y pegún l a exper ienc ia de M adr id , en cuan to a r t e ( e n e l c u a l l o & ^ m u n i s t a s s o n d e s t a c a d o s ) , d e t r a n s f o r m ae n f o r t a l e z a u n a c i u d a d m o d e r n a . E x p e r i e n c i a a q u e l l a d e M a d r iq u e e n m a t e r i a d e s i t i o s e s a ú n h o y d e a c t u a l i d a d . ( U n p á r r a fa p a r t e a m e r i t a e l h e c h o i n d i s c u t i b l e q u e l o s c o m u n i s t a s h a n m o st r a d o , e n l a g u e r r a c i v i l e s p a ñ o l a , y e n e l c u i d o d e l a m i s m a c a mpaña de Rus ia , de pos ee r e l más a l to g r ado de l a t écn ica en l

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defensa de una ciudad, aunque sea contra un ejérci to modernoy po t en t emente a rmado y acorazado : y se r í a un pár ra fo i n t e re san t í s imo, porque una razón debe haber en es t e hecho : y no debeser so l amente una razón mi l i t a r ) .

El si stema defensivo de Leningrado no sería completo sinK r o n s t a d t . ha . base nava l de Krons t ad t es , en su con jun to , aquel la misma que Pedro el Grande diseñó con la ayuda de los ingenieros mi l i tares franceses, sofore el modelo de las grandes bases

isla, el bloque obscuro de la ciudad, encerrada dentro del ani l lde acero de las obi -as fort i f icadas, ant iguas y modernas. La cúpula verde de la catedral , los techos de lámina de los almacenemi l i t a res y de l os hangares , l as i nmensas paredes de v id r i o dlos a rsena l es , l as t o r res acorazadas de l os g ruesos bunker en t errados a lo largo del perímetro de la i sla, los tanques de naftabri l lando de cuando en cuando al sol . Bl l al to t rapecio de acero dia estadón de radio, diseña una sut i l telaraña en el cielo pal idí

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navales de P*rancia, y de las inglesas que él mismo había visi tadoen su famoso viaje a Inglaterra. Pero la novedad técnica de lap l aza fuer t e de Kro ns t ad t , ya fo rmidab l e por na tu ra l eza , l a cons

t i tuyen dos i sias, ia Tot íeben y ¡a , Krasnoarmíesia, y fos síeíeislotes art i f iciales de cemento y acero, que hacen corona al rededor de la Isla de Kronstadt . Estos siete escol los art i f iciales,surgen del fondo del mar como excelsas torres, como sut i les picoscolomitas sacando del agua solamente la frente, parecidas, del e jos , a t o r t ugas mar inas . Es t a imagen es t ra í da a l a mente , nosólo por su aspecto, que es exacto al de las tortugas, sino delhecho que l a I s l a de Krons t ad t t i ene l a fo rma de una enorme cabeza de tortuga marina, a la cual hacen corona la Tot leben, laKrasnoarmiesk i y l as o t ras pequeñas . s i e t e t o r t ugas de cemento .Todo e l s i s t ema defens ivo de Len ingrado se puede represen t a r

como una i nmensa t o r t uga t end ida sobre e l Gol fo de F in l and i a .Krons t ad t es l a cabeza de es l ^ t o r t uga , una cabeza apenas sa l iente del agua, y unida al "resto del cuerpo por un largo cuel lo,formado por el canal que permite a 1 Í ^ naves de la flota l legar alpuer to de Len ingrado , aún duran t e l a ba j a marea .• Pla na y gris , en medio a la corona de sus arreci fes fort i f icados, la Isla de Kronstadt me parece, en fondo a la mira telescópica, como una masa l i sa, sin cortes, sin cavidades, sin obst rucciones para el ojo: pero poco a poco se me vienen revelando lasmanchas amari l las de sus fort i f icadones, los espacios blancos delos dos campos de aviadón, si tuados en los dos ext remos de la

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simo. Y ahí , más al lá de una larga l ínea de techos bajos, las naves prisioneras, laet naves de la flota del Bál t ico, la más potente de la U.R.S.S.

Una f l o t a en t e ra , compues t a de 70 un idades , en t re g randey pequeñas , y de cerca de 60 sumerg ib l es , reun ida en t an b revespacio, parecería a primera vista, ofrecer un fáci l blanco a lobombardeos en picí ida y al fuego de los grandes cal ibres emplazados a la ribera del Golfo de Finlandia. Y aún así , la experiencia del úl t imo otoño, junto con la experiencia de este inviernoha demost rado prec i samente que e l hecho de es t a r reun ida en uest recho espacio, puede cíMist i tui r para una flota, su mejor defensa. Es una experiencia pel igrosa, a la cual el Almirantazgsoviét ico no ha podido sust raerse, Pero si se piensa en aquel lque es la flota de ICronstadt : una inmensa fortaleza de acero, u

con jun to fo rmidab l e de t o r res b l i ndadas y de puen t es acoraaados, l l enos de a r t i l l e r í a y de amet ra l l adoras con t raéreas . Se caculan en núUares y mi l lares las bocas de fuego di rigidas haciel cielo por las unidades de flota, por las fortíficacion*vs de lisla, de la de Totleben, de Krasnoarmieski y de los siet; _e.-icollode cemento .

Los apara tos a i reos no pueden a f ron t a r , s i n exponerse a useguro pe l i g ro mor t a l , una concen t rac ión de fuego t an fo rmidable. Se agrega el hecho que la ofensiva invernal soviét ica, aúrevelándose est ratégicamente ineficaz, ha obl igado todavía aComando germano a re t roceder e l emplazamien to de l a a r t i l l e r i

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pesada, disturbando así el t i ro de los gruesos cal ibres contra lap l aza fuer t e de Krons t ad t .

Pero cuanto mi tarea me obl iga a no descuidar el factor pu ramente mil i tar de la si tuación, no quisiera todavía que los aspectos mi l i tares del si t io de Leningrado hicieran perder de vistaal lector, la importancia ext raordinaria de este si t io, desde el punto de vista pol í t ico y social . Porque en esto consiste cada problema ruso actual : en un problema pol í t ico y social , más bien que

quiadores, capaces de recorrer un centenar de ki lómetros en t i cua t ro horas . Es t ábamos sen t ados en una Lot t a l a , un pude restaurant de la * 'Lot ta-Svard", ent re los árboles de un que exactamente a la ent rada de Teri joki . La Lot tala estabana de soldados que se sentaban en si lencio en tomo a las mfrente a los vasos Henos de una bebida roj iza, una especiponche cal iente, de agradable sabor. Las Lot ta, en su uni fgr i s , gi raban en t re l as mesas de j ando vas i j as y vasos . JJn s

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militar. Diré, inclusiye, que el problema militar del sit io de XiC-ningr ado, no es más que un asp ecto del problema pol í t ico y social .

Este part icular detal le de la lucha, que desde hace varios meses se combate en tomo a la capi tal de la revolución de octubre,no elude a los soldados finlandeses, que son, sin duda alguna,los más adelantados socialmente en toda Europa y los más propicios a coger los elementos sociales en los aspectos más variados del problema. Cada vez que yo me ent retengo con uno deellos, me admira la sensibi l idad, la del icadeza de este pueblo,fi nés , su perfecto sent ido de just icia: y más aún, el sent ido deltodo crist iano, de las comparaciones sociales, del pecado aunquecomo hecho social . No ¿a es tado aún en medio a la luz de n i n ^ .no, —que yo sepa— que sobre el frente de Leningrado choquendos menta l i dades , en t re l as i n t rans igen t es y más ex t remas de

Europa: si Leningrado es la rocafuerte de la int ransigencia leninista, del ext remismo comunista, Finlandia es, en cierto sent ido , la rocafuerte de aquel*luteranismo que es sent ido más como hecho de conciencia, que como hecho histórico, esto es, máscomo hecho ínt imo que como hecho extemo, que pone por eso,los "problemas sociales, a la base d e la propia co ncepción de lav ida .

Me he ent retenido también esta mañana, con uno de estos sol dados fineses, de retomo de una acción de pat rul la. Estaba t ranquilo. Sonreía. De la ribera de Teri joki a Tot leben, no hay másque siete ki lómetros: una bagatela para estos infat igables es-

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do , junto a nosot ros, se estaba cosiendo un j i rón en la mde la guerrera. Muchos escribían, muchos ot ros leían. Desentró un art i l lero con una fi larmónica, y se puso a tocar

canción popular, algo como un lamento amoroso, de una t risol i taria y vi ri l , l ios soldados poco a poco unieron sus voccanto del inst rumento: era un coro sumiso, y aquel las vocej a s , casi respetuosas de la quietud de la hora y del lugar, hmás dulce y boni ta aquel la t r i ste música. De vez en cuandovidrios de las ventanas t int i laban. Eran los gruesos cal ibrela art i l lería naval de Ejronstadt , las granadas explotaban a distancia de la aldea, en el fondo del bosque. El acre humlas explosiones ent raba como tapón en la estancia, cada vezl a puer t a se abr í a . E ra una escena s imple y c l a ra , un " i n t el leno de serenidad y dulzura. Y estábamos a veinte t )asos p r imera l i nea , (bas t a a t ravesar l a ca l l e para encont ra rse eparape tos de l as t r i ncheras ) , ba jo e l t i ro de l os g randes cañde la flota del Báltic o. <

El soldado me hablaba t ranqui lamente, sonriendo, en sgenuo alemán, mezclado de incomprensibles palabras finesascontaba que los i slotes art i f iciales, vistos de cerca, parecen t i vamente t o r t ugas mar inas : a l más l eve rumor a l zan l a cafuera de la cost ra de hielo, miran al rededor con sus cortojos de reflectores, arrazan la superficie helada con rabiosafagas de ametral ladora. Me decía que los marineros soviéson val ientes, pero "demasiado preocupados" del hecho téc

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(Quería deci r embarazados de su misma especial ización técnica.Aquel soldado finés, era un obrero, y su atención era at raída porlos hechos de orden técnico, como el embarazo producido por lapropia especial ización en un obrero obl igado a un t rabajo no suyo). Se mueven sobre el hielo, sobre aquel la diseminada extensión de hielo como si aún se encontrasen sobre el puente de unacorazado . Parece que es t én p reocupados de no d i s t u rbar l á maniobra de las piezas, de las maquinarías y de las armas de a bor

es el fondo de esta guerra finlandesa contra la U.R.S.S. : la cociencia de combat i r para defender no solamente el terri torio dona l , s i no sus p rop i as conqui s t as soc i a l es , sus p rop i as o rgazaciones obreras, su propia dignidad y l ibertad de t rabajadore

Tras un rato, sal imos a lo abierto, nos pusimos a caminarlo largo de la ribera del mar. A algunos centenares de metrfuera de las alambradas ha sucedido, la ot ra noche, un encutro de pat rul las. Nos di rigimos hacia el lugar del encuentro,

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do . Están demasiado al legados a la nave, para poder conduciruna guerra de pat rul las sobre la superficie del mar, que es unaguerra l ibre, una guerra no sólo de ext remo movimiento, de ex

t rema l ibertad de maniobra, sino al mismo t iempo, de "equipos".(Quería deci r , se ent iende, equipos en el sen t ido ob rero, no ene l sen t i do mi l i t a r ) .

£1 soldado que me hablaba era un jovenzuelo de unos t reintaa ñ o s ; t rabajaba antes de la guerra en una fábrica de celulosa enHámeenl inna, en el interior de Finlandia. (Yo observaba en suspalabras, en sus gestos, en la expresión calmada y severa del rost r o , en aquel la mirada suya honesta y derecha, la huel la comúnde todos los fineses, sean de la clase que sean: la huel la de unaclara t radición de autogobierno, de organización social y de progreso t écn i co) . En sus pa l abras v ib raba , en comparac ión de l os

t rabajadores y soldados de la U.R.S.S. , como una especie deamarga , v i r i l remembranza . Cas i reprochaba a l os adversar i os deproc lamar se comu nistas, de h. iencionar a Mar x y a Lenin y alTrásmO lÁem iío • mo s^ts T \ a in ^ ^ u\> c>\xft;st TiwsítfípteiiSfíííXi í»e \tí s \)fe-neficios que el pueblo finés se ha asegurado con su propia orga-ni2ación social.

**Finlandia", decía, "No es un pueblo de capi tal i stas: es unpueb lo de t raba j adores" . Como s i empre , como para cada obrerofinlandés, aquel problema era, para él , un problema de concien 'cia: de conciencia social . Y he escuchado por primera vez, hablando con aquel soldado, en la l iOt tala de Terí joki , aquel lo que

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minando con precaución ent re los picos de madera que señalJos limites de los campos de minas. El hielo estaba cubiei-to a rmas , de gorras , de capas y guan t es de pe lo , de esqu í es ro to

todo aquel lo que quedaba de una pat rul la de una veintena mar ineros de Krons t ad t , seguramente perd idos en l a t o rmenquizá i lusos de poder sorprender la vigi lancia finesa. He recogdo la gorra de un marinero soviét ico, con dos t i ras azules apendientes en la cola de la ori l la posterior. I>a t i ra con el nobre de la nave había sido qui tada, seguramente por el mismo mrinero, antes de sal i r en pat rul la, j Qué cosa t ri ste, aquel los mseros restos sobre la superficia helada del mar! Como aquel lrestos del naufragio de una expedición árt ica, que después años y años, el hielo escupe sobre la blai iquicie polar: inespedos, t rág i cos t es t imonios .

Mientras regresamos, comienza a nevar. El paisaje se veEn el dulce reverbero de la nieve, los más pequeños detal les, lobjetos, las rajadas del hielo, se mz revelan al ojo, como ampU•^üíh *¡f3i 'íiV. ^fí^>íh, t-íríL 'iíiíh, ^-^cíéÁJíí -efJvVí^t^-^fífifrfií. '\^i -zatp

abandonado» el esquí despedazado, la caja de cerillos con la hy el mart i l lo en la et iqueta, la horma de una bota lapona, el cgulo en las vendas negras de sangre, atoradas en las espinas las alambradas, y sobre la ribera, juní "•} arma, el ametradorista que está fumando t ranqui lo, ct , ¡ los ojos ent recerradl a boca es t recha y a r rugada) . Sobre e ! CÍ,.IÍ!: grupos de esqudores, de sissi t , se pasean juntos, se saludar, sonriendo. La v

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de los gruesos cal ibres de las naves del Kronstadt se eleva opacaa t ravés del mar, el r i tmo de las explosiones se hacen poco a pO'co má s frecuente, má s cercano, aquí o al lá en el bosque al rededo rde Ter í j ok i ; y el ai re t iembla, como si las bocas de los cañonesde Krons t ad t p ronunc i a ran pa l abras secre t as , m i s t e r i osas , l i e -ñas de un t ímido, del icado, enorme pudor.

X XV

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L A S A K G R E O B R K R A

B i d o s t r o T , a b r

De Teri joM había regresado tarde, en la noche, a Alexandrowka, y dormía en el korsa del Gomando del sector, cuando ronco sonido de un violento bombardeo de gruesos cal ibres se hl evan t ado de Le^ingrado . Kran l as dos de l a madrugada . Me t idel camast ro y sal í a descubierto.

El Üempo había vuel to a ser sereno. El presagio de la lundoraba la inmensa extensión de los bosques de Carel ia, el luciete candor de la nieve. El cielo, sobi j i los suburbios sud-occide

enfureda sobre e l bar r i o de Ur i t zk i j , sobre l a zona de l a fundción Put i low, de los Tal leres Kirov, de los Establecimientos Mtalúrgicos 25 de Octubre, de los al tos hornos Vorosci lof. De lt r incheras de Alexandrowka, la ribera de Terí joki , que está fret e a Krons tda t , a l l á aba jo a nues t ra derecha (no hay más qpocos ki lómetros, en l ínea recta, de aquí a Teri jokí ), no es visble, escondida como está a la mirada, por el leve realce del terrno en el cual se apoya el poblado de Alexandrowka. Pero el cie

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aunque en d i r ecc ión de K rons tda t , apa rec ía de un ro jo cob re»c o r t a d o p o r t i r a s v e r t i c a l e s n e g r a s , c i e r t a m e n t e c o l u m n a s d eh u m o .

L a a r t i l l e r í a d e l a r g o a l c a n c e d e l a f l o t a d e K r o n s t a d t ( e n e lfo rmidab le ce r co s e d i s t ingu ían l a s voces de lo s g rues os ca l ib r esde lo s dos mayores aco razados s ov ié t i cos , e l M ara t y e l Revo lu c i ó n d e o c t u b r e ) r e s p o n d í a a l f u e g o d e l o s m o r t e r o s a l e m a n e s c o nu n v i o l e n t o t i r o d e c o n t r a b a t e r í a , q u e d e m i n u t o e n m i n u t o s ehac ía más r ab io s o y ce r r ado . La cúpu la de l a ig les ia dé A lexan -

c i é m a g a s , y a l t í s i m o s á r b o l e s d e h u m o s u r g í a n d e i m p r o v i s o , cy e n d o r á p i d a m e n t e s o b r e e l l o s m i s m o s c o ñ i o e n o r m e s g e y s e r .

E l b o m b a r d e o d e u n a c i u d a d n o e s n i s i q u i e r a l e j a n a m e ncomparab le , po r s u s e s pan tos os e f ec to s , a aque l de una l ínea t r i n c h e r a . P o r c u a n t o l a s c a s a s s e a n h e c h a s d e m a t e r i a m u e ri n e r t e , e l b o m b a r d e o p a r e c e q u e l a s a n i m a d e u n a v i d a v i o l e np a r e c e q u e l e s i n f u n d e v i t a l i d a d f o r m i d a b l e . E l r u i d o d e l a s ep lo s iones , en t r e lo s muros de l a s cas as y lo s pa lac io s , en t r e lbas t ido res de lo s ed i f i c io s , en l a s ca l l e s y en l a s p lazas des ie r t

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d r o w k a s e r e c o r t a b a , c o n c o n t o m o s d u r o s y p r e c i s o s , c o n t r a a q u e lc i el o d e c o b r e r e v e n t a d o . E r a u n e s p e c t á c u l o i m p r e s i o n a n t e , d e

u n a b e l l e z a s a l v a j e , d e s n u d a y v i o l e n t a , e n e l q u e h a c í a e x t r a ñ í s i m o c o n t r a s t e e l s i l e n c i o p r o f u n d o q u e r e i n a b a e n l a s t r i n c h e r a s f i n l a n d e s a s .

L o s s o l d a d o s s e m o v í a n e n t o m o a m í s i n r u m o r e s , h a b l a n d oen voz ba ja en t r e e l lo s . S e o ía s o lamen te e l l eve murmul lo de io ses qu íes s ob re l a n ieve , e l r e l inchar de lo s caba l lo s de l a s ba te r í a s ,l a nevada en e l bos que , e l s eco c ru j ido de l a s cu la tas de l a s p ie z a s , q u e l o s a r t i l l e r o s p r e p a r a b a n p a r a l a e v e n t u a l i d a d d e U n f u e g o d e d e t e n c i ó n , e n c a s o d e a t a q u e e n e m i g o . P e r o t a m b i é n l a sp o s i c i o n e s s o v i é t i c a s , a p o c o s c e n t e n a r e s d e m e t r o s f r e n t e a n o s o t r o s , e s t a b a n s u m e r g i d a s e n e l m á s p r o f u n d o s i l e n c i o .

N i una voz , n i un t i r o de fu s i l . N i s iqu ie r a aque l ind i s t in torumorc i l lo , aque l con jun to da s on idos b r eves , me tá l i cos ( e l cho -í5\3.ft df t \i. culRt?. d^ l<i«, t^s.vlft¥> ftix \2& gs^ ve tss , «.w l*a?. «.scudos- de. l a st r i n c h e r a s , e n l a s c a j a s d e m u n i c i o n e s ) , q u e r e v e l a n l a i n q u i e t u d , l a e s p e r a i n c i e r t a , a n s i o s a , l o s ú l t i m o s p r e p a r a t i v o s . S i n d u d a , e n a q u e l m o m e n t o , t a m b i é n l a i n f a n t e r í a s o v i é t i c a a s o m a b aa l v i s o más a l l á de l mur i l lo pos te r io r de l a s t r incheras , vo lv ién dos e hac ia l a c iudad a mi r a r e l e s pan tos o es pec tácu lo de l bomb a r d e o . N u b e s d e c h i s p a s r o j a s s e a l z a b a n d e c u a n d o e n c u a n d od e l o s b a r r i o s d e U r i t z k i j , s i m i l a r e s a i n m e n s a s p a r v a d a s d e l u -

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r e s u e n a c o m o u n g r i t o r o n c o , i n c e s a n t e , e s p a n t o s o . P a r e c e ql a s c a s a s m i s m a s g r i t a n d e t e r r o r , t e m b l a n d o , t o r c i é n d o s e e n t

l a s l l a m a s , s a c u d i é n d o s e e n e l r e m o l i n o d e l a s e x p l o s i o n e s . E n tl o s d i c h o s c a r a c t e r í s t i c o s d e C a s t r u c c i o C a s t r a c a n e , s e ñ o r L u c c a , r e c o g i d o s p o r M a q u i a v e l o e n l a s ú l t i m a s p á g i n a s d e " V i t a d e C a s t r u c c i o " , h a y u n a i m a g e n , q u e P i r a n d e l l o h a h e cs u y a d e s p u é s . E s l a i m a g e n d e l a s " c a s a s q u e h u i r í a n d e s u s p rp i a s p u e r t a s , s i s i n t i e r a n q u e v e n í a e l t e r r e m o t o " . E n m i m e na ú n a d o r m e c i d a , e l h o r r o r d e a q u e l e s p e c t á c u l o , l a i m a g e n d e lc a s a s y l o s t a l l e r e s d e l b a r r i o U r i t z k i j , q u e h u í a n a t e r r o r i z a dd e s u s p r o p i a s p u e r t a s ( l a s c a s a s s e m i d e s n u d a s , c o n l o s c a b e l ls u e l t o s e n l a s t u r b i n a s d e h u m o y d e c h i s p a s , l o s o j o s d e s o r b i td o s , l a s m a n o s e s t r e c h a d a s e n t o m o a l a s s i e n e s , l a s b o c a s a b i et a s , i r r u m p í a n g r i t a n d o f u e r a d e s u s p r o p i a s p u e r t a s , e n t r e

r emo l ino de l a s exp los iones , en lo s r e f l e jo s pu rpú reos de lo s ic e n d i o s ) s e j u n t a b a a l a i m a g e n n o « n e n o s i m p r e s i o n a n t e , d e ls o l d a d o s a o v i é t i c o a in m á v i l f is e n . l a a t r i n c h e r a s , a i l i éJ tj aj o, í r e aa nos o t ro s , e l r o s t ro vo l t eado hac ia l a c iudad en agon ía .

P a r a n o s o t r o s q u e n o e s t a m o s e n c e r r a d o s e n l a i n m e n s a j a ude l s i t io , pa r a aque l lo s que as i s t en de l e jo s a l a t r aged ia , comn o s o t r o s , l a a g o n í a d e L e n i n g r a d o n o p u e d e s e r o t r a c o s a , y a , qu n t e r r i b l e e s p e c t á c u l o . U n e s p e c t á c u l o y n a d a m á s . L a t r a g e dd e e s t a c i u d a d e s d e t a l m a n e r a e n o r m e , d e p r o p o r c i o n e s a s í sb r e h u m a n a s , q u e n o e s p o s i b l e p a r t i c i p a r d e o t r o m o d o , s i n o c

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los ojos. No hay sentimiento cristiano, ni piedad, ni ccHnpasión,que sean tua g randes, tan profundas, de poder abrazar y compa

decer una tragedia parecida. Ella es la naturaleza de ciertas es

cenas de Esqui lo y de Shak espeare: la mente del espectador está

como sobreseída de tanta horrenda fuerza, como frente a un es

pectáculo no humano, fuera de la naturaleza y U humanidad, ex

traño a la misma historia de los cambios humanos.

Y es cosa extraordinaria cómo los comunistas puedan asistir

a similar tragedia, y vivirla, como cosa humana, como hecho hu

en una palabra, la carsu^terística ''oMomowtcina" de laburguesía rusa).

*1A misión de mi vida es combatir a Oblomow", hescrito Ijenin. Oblomow es el protag onista de la fam osde Gontciarow, que personifica la pereza, la indolencialismo de la burguesía rusa, vale decir que todo esto, heii ptoveTbío a la aola palabra de "«bloraswtcina'*. I10& tas que defienden Leningrado, están hechos de una telsima más diversa de la que están hechos los innumerab

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mano, como un elemento de su doctrina, de su lógica, de su vida.

Porque de las declaraciones de todos los prisioneros, de todos los

desertores (comprendida una veintena de comunistas españolesrefugiados en Rusia después de la cafda de la Espafia roja, y

capturados hace días en este frente), resulta un hecho preciso,

indiscutible: que la tragedia de Iieningrado no es, para la men

talidad ccanonista, más que un episodio del todo natural y lógico

de la lucha de clases, al cual los protagonistas participan con

dura volimtad, sin siquiera una sombra de terror.

£1 ejemplar humano creado por el comunismo, siempre ha

susci tado en mí un gran interés. Aquel lo que má s me ha asom

brado en Rusia, no han sido solamente las realizaciones sociales

y técnicas, los lincamientos exteriores de la sociedad colectiva,

sino sus crementos interiores, íntimos, su ejemplar hombre, la

"máquina hombre" creada por cerca de veinte años de disciplinamar xista, de stakanovismo,^ de intransige ncia lenm ista. Me h a

asombrado la violencia moral de los comunistas, su abstracción,

su indiferencia al dolor y a la muerte. (Me refiero, se entiende,

a los comunistas puros, a los verdaderos comunistas, no a aquella

innumerable clase de funcionarios del Partido y de las organiza-

dones sindicales, de empleados del Estado y de los trusts indus

tríales y agrícolas, que perpetúan en Rusia, con nombre y ma

neras nuevas, la debilidad, el egoísmo y los mezquinos compro

misos de la antigua pequeña burguesía: que perpetúan, esto es.

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mow del Partido y del Estado. Son los extremistas, los flos "duros". No hay en Europa más que una idea aprox

aquello de lo que es capaz él inexorable fanatismo de lnistas "duros".

Los obreros y los marineros de las brigadas de asaltán desangrando desde hace algunos días en furiosocontra el frente dd desplazamiento germano, de SchlüsPeterhof. El bombardeo que cubre el cielo sobre la ciudmás que el fuego de intercomunicadón alemana, detrágrupos obreros atacantes. La lucha es durísima, las pérviéticas espantosas. Las brigadas de asalto tratan de rcerco dd sitio, o esperan al menos distraer el dispositivode retardar la ofensiva primaveñd. El grueso de la iatacante está consti tuido de unidades del ejérci to regu

Armada roja, pero el nervio de los grupos de asalto estdo de obreros y marineros. £^ un» massaCTe de obrerostizados, de stakanowzi, de técnicos: la flor de las masticas.

Cuando se consideran k>s esfuerz os, el estudio, los sa

las fatigas, los años y años de selecdó n técnica, que i )a

hacer de un simple campesino, de un trabajador manu

jornalero, de un trabajador cualquiera, un obrero caliñ

obrero espedalizado, un "técnico" en el sentido verdade

sentido moderno de la palabra, se horroriza el pensam

- 2 3 1 —

esta hecatombe de obreros, ios mejores obreros de la U.R.S.S. Lacapi tal de la revolución, la "montaña" soviét ica, la "Común" in-teoroacional , es Leningrado» no Moscú. Y es aquí , en Leningrado,(más que en cualquier o^tro sector del inmenso frente ruso), donde los obreros combaten y mueren por la defensa de la revolución.

X X V I

U N A T U M B A E N I , O S S U B U R B I O S D E L E N I N G R A D O

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' 2 3 2—

(Este capí tulo, suprimido por la censura fascista, fal ta en las

4os pr imeras ed i c iones) .

Fren t e a Krons t ad t , Kuokkala , abr i l

E l año pasado , duran t e l a campaña yugoes l ava , he pasado l aPascua entre los turcos de la i sla de Ada Kalé, en medio del D0,-nubio , pa ra as i s t i r a l fo rzamiento d e l as Puer t a s de Hier ro , IA S

tropas de asal to alemanas habían at ravesado el río, ocupando porsorpresa l a r i bera sérb i ca : y yo hah^ quedada en la i sla, en espera de una barca que me l l evara a l a o r i l l a rumana . Era un domingo t ibio y claro. Me mezclaba entre aquel los buenos turcosen e l o lor g rasoso de l r sMt - lo kúm expues to en l as v i t r i nas de l ascien bodeguchas de antoj i l los y en el del icioso aroma de aqueltabaco rubio, que en los piases orientales es l lamado "Barba deSul tán". No había nada de comer, en Ada kalé, en aquel los díasde guerra : y me tuve que conformar con dos ca j as de raha t - l okám y de a lguna t aza de café .

-233—

EiSte año he pasado usa Pascua feüz en l as t r i ncheras de Te-ñJoM , de EéUomaki y de Kuokkála , sobre e l f ren t e de K rons t a d t ,entre los soldados finlandeses.

Y por p r imera vez , desde que me encuent ro sobre e l f ren t edel si t io de Lenin^rado» el délo está purísimo, sin una nube, sinel más leve velo de niebla.

Había pasado la noche en la vi l la ocupada por el Comando delsector de Kel lomaki , propiedad, antes de la revolución, de unafami l i a de Pe t esburgo . Una vü l a no ya cons t ru ida de madera de

za Roja de Moscú; extendido al lado del Minist ro de España, et aba pensando en aquel l as Minervas , en aquel l as águi l as , eaquel los escudos, en aquel los capi teles dorados, y en la vida fely t rág i ca de l a nobleza zar i s t a .

La vi l la del Comando del sector de Kel lomaki , está distande l as p r imeras l í neas apenas dosc i en tos met ros : t oda l a nochlas amet ra l l adoras hab í an can t ado e l coro de l as ranas de Ar it ó fanes ; l as pa t ru l l as sov i é t i cas hab í an probado aquí y a l l á i nt i lmente, las l íneas finlandesas; los cañones de la Tot leben h

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abedid y de pino árt ico, como la mayor parte de las vi l las de estaelesrante playa de la capi tal zarista, sino de ladri l los y piedra. £1in t er io r es t á a r reg l ado con aquel d iver t en t e mal gus to , ( l u joso ,b i zar ro , f r i vo lo) p ropio de l as casas rusas de l a segunda mi t add e l s i ^ p a s a d o . U n g u s t o q u e n o s e h a t r a n s f o r m a d o r a d ic a l mente, como él i tal iano, el francés o d alemán, al principio delnovecientos, sino que ha quedado intacto, se ha detenido sobreel umbral de nuest ro siglo, apenas incl inándose a la gracia y a lacoquetería del joven est i lo floral . Las paredes de imi tación demármol , l as co lum nas . de es tuco de l os cap i t e les dorados , l asgrand es , a l t í s imas es tufa s d e adobes b l ancos , de los ba jore li evesneoclásicos. (Minervas áeií casco de oro, águi las de dos cabezas,ex t raños monogramas t renzados den t ro de coronas nobi l i a r i as ,escudos de esmal t e verde y t u rquesa , angel es desnudos de aque

l l os que yo l l amo en ruso bez par t i j n i ^ o sea "s in par t i do") mehabían producido e l más d |Uce sueño que yo habí a probado j a má s desde los úl t imos iMas de febrero h as ta h oy.

, databa cansadí s imo, t ras una fa t i gosa j omada en e l f ren t ede Alexandipowka, donde había acompañado a mi amigo el Conde de Foxá» min i s t ro de España en Hel s ink i , ven ido has t a acápara hab l ar con un grupo de ro jos españoles hechos pr i s ionerospor los finlandeses. Nos habían preparado un lecho improvisado , sobre e l t ape t e verde de un i nmenso b i l l a r , con l as enormespat as enroscadas como l as cúpulas áe V a s ^ B l a je r m i en l a P l a^

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pi tar de las ametral ladoras, ni las explosiones de los medios calbres , hab í an l ogrado sacam os de l sueño . €bm o a l as s i e t e de

mañana , nos hab í a desper t ado e l gozoso gr i t o de "Hyváa PasiSista! íFeÜz Pascua!", que los oficiales finlandeses del Comado se cambiaban uno al ot ro. El Mayor L. (que todos l lamabcon e l sobrenom bre de Víppa ) , hab í a ven ido a dam os l as fe l ic i tciones, l levándonos dos grandes vasos l lenos de coñac. Y nos graba la cabeza cuando sal imos, con el capi tán Leppo y los teniet es Svards t rom y Eur j ensaar i , para d i r i g imos a Kuokkála a "dl a buena Pascua a l v i e jo Repin" . (E l conde de Foxá es un poede f i n í s imo gus to moderno , un hombre de cu l tu ra : y sab í a mubien aquel lo que yo quer í a dedr con eso de "dar l a bu^ i a Fasca l v i e jo Repin") .

Así , nos di rigimos a pie a lo largo del mar, caminando sobrla ori l la de las t rinch era s. Cerca d^ los korsu t exc avados en hielo, los soldados, con el tors o desnudo, se rasur ab an f rente espej i l los colgados de Ic^ t roncos de los árboles, o apoyados sobl a cu l a t a de un cañón an t i car ro , y a nues t ro paso a l zaban l a cae i^abonada , d i c i endo gent i lmente "Hyvag Páas i a i s t á l " . Bandde perros de pelo gris enredado, los perros de los sissi t y de loart i l lero s, corrían sobre d hielo a lo larg o de las alambr ada s, ldrando; y ya de los camiones de las Lotal laa sal ían columnas dhumo rubio» anunciando a los soldados que el té estaba Bsto. E

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Pascua, una Pascua Uena de sol, una jamada feliz. Y la felicidadestaba en todos, el sol brillaba en la coraza de hielo que cubre elmar, en los cartuchos de cobre de los proyectiles anticano, enlos cañones de las ametralladoras. Un remoto ronquido bajabadel nítido cielo azul, los fuegos blancos de las antiaéreas señalaban la ruta de tres aparatos soviéticos de las alas color plata enü destello del sol. Hasta el sentido del peligro, hasta el sentidode la guerra se disolvía en la tibieza de aquel sol primaveral.

Después de una hora y media de camino, llegamos a Kuo-

"ortodoxa", diría, en el sentido que los rusos dan a la palabra

'^pravaslavnaia". Y es la casa de un espíritu 3:^ro y gallardo, la

casa de un artista; pero de un artista ruso íntimamente ügado

a su tiempo y al destino de sus generaciones. Sobre la fachada

los bolcheviques, durante su breve ocupación de Koakkala, en

1940-41, han incrustado una placa de madera, con este epígrafe

escri to a fuego: "En esta casa vivió Il ia Efimovic Repin, gran

pintor ruso, nacido en 1844, muerto en 1930".

Entramos. Y rápidamente, desde el vest íbulo, un ext raño pa i

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kkala, la playa preferida de los artistas rusos de la generación deTurgheniew, de Ciakowski, de Cekov, de Andrejew. Me habían

dicho que en Kuok&ala, en el parque de su casa de campo, estásepultado Bepin, el más grande pintor ruso. £1 capitán Leppo,que conoció a Repin vivo, me había prometido conducirme a "darla buena Pascua" al buen viejo Il ia Efimov ic B e cuando en cuando está bien abrir una ventana en el muro compacto y liso de laguerra y de ahí, mirar el paisaje secreto que cada uno de nosotros lleva dentro de sí, un mundo sereno y puro. Aún si la ventana se abre sobre una tumba, se abre al mundo de los muertos.En esta dura, inexorable guerra social, una hora con Bepm, conel gran viejo extendido en su tumba, bajo el fuego de los cañones de Kronstadt, me parece un deber no ya hacia Repin solamente, sino hacia mí mismo.

A unos pasos de la ribera del mar, en medio de un gran parque lleno de n egro s árboleS; de pinos color cobre y de blan cos

abedules, surge la casa de campo de Repin: una construcción de

madera, de aquella extraña arquitectura rusa de los primeros

años de este siglo, que anuncia ya los escenarios de Baski para

los ballets de Diagilew; una gran casa formada de cuerpos sa

lientes y entrantes, de semicírculos y esquinas, de largas venta

nas en forma de herradura de caballo, de terrazas excavadas en

el bloque del edificio, y al sumo del techo, en lugar de la usual

cúpula, una alta pirámide de troncos de árbol. Una arquitectura

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saje nos acoge, explicando sus perspec t ivas íntimas, la s gracia

de sus "interiores", caprichosos y gent i les, de sus comisas de

m a d e r a tallada, alrededor de las ventanas y l as puer t as , de lagrandes es tufas de adobes b l ancos . Del ves t í bu lo pasamos a unestancia i luminada por un largo ventanal , donde nos espera solemne y t ri ste, bajo un candi l de latón de la campana de porcelanadespintada, una mesa de las patas enormes, esculpidas en f o r mde garra de l eón . De ' l a s . ven t an as cue lgan a ún l as cor t i nas dtela desteñida y rota, en el suelo yacen los restos polvorientos dtapetes persas deshüachados y descoloridos. En una esquina dla estancia duerme una si l la de patas redondas, de pies gent i lesen forma de p í es human os , parecen p i ernas de mujer . (Es extraodinaria la impresión que provocan en mí estos muebles b

zarros, ya tan cercanos a los muebles surreal istas de SalvadoDal í , a las escul turas de Giacomet t i , a las máquinas plást icas dArchipenko, a las mesas y a las si l í i i s de las piernas de mujera los respaldos esculpidos de jóvenes senos, a los sofás parecidoa chiqui l los sentados, que habi tan, —no digo amueblan— los int e r io res de Hugo para e l Orfeo de Cocteau, los paisajes de lop in tores surreaUstas , l as fo tograf í as de Max Emst . Aquel lo quel surreal ismo ha tomado del gusto de Europa fin de siécle d

lo s últimos años de la Reina Victoria, y de aquel de la edad prec iosa y burguesa de Fa l l i e res , de D 'Anunzio , de Jean Lorra ines una herencia que ni siquiera Salvador Dal í puede refutar:

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es de un sabor singrularísimo volver a encontrar en la casa deBepin , ba jo e l t i ro de l os cañones de Erons t ad t , en es t e suburb iode Leningrado , i os an t epasados , l os i nmedia tos an t epasados delos más mágr i cos y f rendíanos muebles surrea l i s t as ) .

£ l í a Ef ímovic Kepin , es s i n duda , has t a hoy , e l más grandepintor ruso. En comparación con la pintura de Occidente, la deRepín asume más b i en un va lor de cos tumbre que d e a r t e : p e r oes por s i empre , l a p in tura contemporánea de Tol s to i , de Dosto-iweski , de Mussorgski , y de aquel la edad posee el sent ido secre

dnerme a l a sombra de l os á rbo l es de su parque , ba jo e l fuegode l as ba t e r í as sov i é t i cas de Tot l eben) .

Ent ramos en una gran sa l a , nos paramos f ren t e a un a l t oespe jo po lvor i en to . Nada es más impres ionante que es t e espe jomuer to , i n t ac to en l a g ran sa l a f r í a . Sobre e l c r i s t a l , empañado ycorroído por los s^ños, hay pintadas, por la propia mano de Repín, algunas flores del icadas y pál idas, de tonos rosas, amari l los,verdes , v io le t as . Aquel los espec t ros de f l o res (es na tur a l q ue yopiense en E l Espec t ro de l a Sosa) , t i enen , en aquel l a hora , en

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to , e l fondo de amarga y c rue l t r i s t eza (has t a en sus t onos máspar i s inos , en sus acen tos "goyescos" de segunda mano, en su

e l eganci a moderna) . Recuerdo que en Moscú , y en Leningrado ,f ren t e a sus cuadros , hab í a quedado sorprendido y cas i en t r i s t e cido, de aquel la absoluta confianza suya en la edad propia, en eldest ino de su generación, en el de su pueblo. Me parecía comprender , que en é l , l a t ragedia rusa fuese ya "descontada" enant icipo. Que él hubiese ya resuel to, en su pintura, quizá con excesiva faci l idad, los problemas más complejos y más dramát icosde su t iempo y del t iempo por venir. (Una especie de Keysserl ingde l a p in tura , para en t endemos, o de Berd i a i ew) .

íY pued e ser que su grand eza, el acento má s genuin o de suar t e , cons i s t a p rec i samente en es t a aparen t e fac i l i dad mora l su

ya. (Y también la revolución comunista de octubre de 1917, y elhundimiento del Imperio, y la gran miseria del pueblo, fuerontambién para é l , como para t an tos o t ros , como para e l mi smoLeonida Andre j ew, una do lorosa sorpresa , un imprevi s to desper t a r : parec í a que has t a en tonces Repín no hubiese comprend ido nada de l des t i no de su generac ión . Huye de Pe t esburgo ,v i ene a re fug i arse en Kuokkala , en t e r r i t o r io f i n l andés , apenasa dos o t res k i l ómet ros de l a nueva f ron t era rusa , donde dos meses an t es hab í a buscado re fug io Lenin para hu i r de l a po l i c í a deKerensk i . No quiere regresar más j un to a su pueblo : n i sab í aseparárse l e . Ha muer to aquí , en su casa de madera : y ahora

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aquel l as c i rcuns t anc i as , un ex t raord inar io poder de evocadónmágica .

'Quién se ponga de l ado a l ^pe jo (pero sen t ado un poco enbajo , sobre e l l a rgo d iván s in respa ldo y s in brazos que es t á bajo el espejo, junto a la escalera), verá reflejada, de lado, en elc r i s t a l empañado , t ras l as pá l i das , espec t ra l es sombras de l asf lo res , l a imagen de l a es t anc i a , sus perspec t ivas rec t angulares ,verá l a l ámpara de pe t ró l eo co lgada de l t echo , l a g ran es tufa deadobes de esmal t e verde y azu l , l a mesa para l os zakodd invent ada y cons t ru ida por Repin (una mesa redonda , en medio de l acua l es t á f i j a una rueda que g i ra sobre s í mi sma a l más mín imoimpulso de la mano) los muebles üe caprichosas volutas florales,la tapicería desteñida y rota, y más al lá de los vidrios de las vent anas , l os á rbo l es de l parque , l as amar i l l as manchas de l so l enel blancor diáfano de la nieve, el pál ido cielo de papel azul ; delfondo de l a es t anc i a , de una pared en penimibra , verá surg i r l entamente, como del polvo azul de una noche ant igua, la cabeza deEsopo pintada por Velázquez que está en el Museo ftel Prado,en Madr id .

Después sub imos por una esca l era de made ra a l p i so super ior ,entramos en el estudio de Repin: en la luz ceni tal , l ímpida y fría,que l lueve de la vidriera del techo, me aparecen colgadas al muro dos máscaras fúnebres de yeso ; y en una reconozco l a máscara mor tuor i a de Pedro e l Grande , sus o jos bovinos , su b igo t e

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ar rogante , sus gruesos l ab ios , su vu lgar nar i z , su f ren t e dura yrebe lde . La o t ra máscara no sé de qu i én sea : y seguramente meequivocaría si di jera que es la de GogoL Tras una maciza estufade adobes , empot rada en t re e l muro y l a es tufa mi sma, es t á ,casi escondido, un busto de yeso. Y un ret rato de mujer joven,de Pablo Trubeskoi . En las mangas resopladas, en la cabel lerarecogida, en el gesto de la mano apoyada en la mej ' i l ia, en la forma de la espalda, en la frente gent i l apenas arrugada, está todala gracia milanesa del primer Trubeskoi . Aquel la mágica presen

uokkala, se repercute blandamente, como una ola, en los t ron)s de los árboles. Pasan sobre la carretera convoyes de t rineosrapos de esquiadores. Un pedazo de estuco se cae de la comiss la estufa. Hace sobre el suelo de madera un ruido sordo. Lisa de Repin m uere , pedazo a pedazo, poco a pocox

Salgo, casi huyendo, del estudio, y me asomo a la terraza don; Eepín sol ía dormir, es la recámara del pintor: una terraz)íerta, ci rcundada de columnitas de madera tal lada. Repín, eida su vida, en todos sus ochenta y seis años de exis

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cia femenina, en la casa desierta, en vi lo al margen de la guerracomo sobre el pret i l de la ventana, me conmueve extrañsmiente.

(Una presenc i a secre t a , una imagen de mujer de nombre mi s t e rioso e impronunciable).

Quedo solo por algunos minutos en el estudio del pintor.En aquel la luz tersa y helada, me decido a caminar a pasos lentos,como si tuviese los ojos vendados. (La guerra toca con blancosdedos los vidrios de la ventana. Es un golpe lejano, el eco de unru ido remoto) . Un orden sereno , una prec i sa a rmonía , v ive aúnlas desnudas paredes : es l a imagen que e l esp í r i t u de un granart ista refleja en tomo a sí misma, huel la indeleble en los objeto s , en el paraje de las cosas humanas. De cuando en cuando,un sonido, una voz, un rumor, dan un acento vivo a este muertosilencio.

Después de un poco, este extraño si lencio me turba, me opri m e. Es un si lencio en acecho, casi amenazador. Apoyo la frentea una vidriera, y miro la ribera de Kronstadt , al ta y blanca como los cl i ffs de Dover, la gran cúpula verde de la catedral , lostanques de nafta, el humo que se eleva del arsenal . La Tot lebenestá ahí , muy cercana, un poco a mi izquierda, con los costadosca ídos , aguj ereados por l as t roneras de l as casas a rmadas . Devez en cuando, un subido leve, cortante como una navaja de rasurar, corta los reflejos del sol en la marina coraza de hielo. Elruido de las explosiones, en fondo al bosque, a la extremidad de

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¡ncia, no ha dormido jamás en una estancia. También cuan> viajaba a Par ís, a Berl ín, a Viene, sacaba s u cam a al bal

ín. En pleno invierno ruso, con t reinta, cuarenta grados bajoiro, Repín se extendía al descubierto, en su camastro, no unaima propiamente dicho, sino una especie de diván sin cabeceis. Dormía, se puede decir, extendido en la ori l la del horizontesnía el horror del encerrado, la angust ia de la prisión. Un horropicamente ruso. (El pueblo ruso es como un páju*o que ha eni l l ido su propia jaula. Su t ípica manía de evasión, su horror aicierro, no es más que la Inversión de su amor por la propia pri6n: la manía de vomitar la prisión que t iene dentro de sí miso, no la manía de evadirse. Es de este contraste que está forada e l a lma rusa , l a sc i roka i a na tura de l os rusos) .

La voz del Conde de Foxá me Uama del parque. "Vamos aiscar la tumba de Repin", me gri ta. Nos di rigimos entre los•boles enterrándonos en la nieve hasta las rodi l las. La tumba¡be «s tar al lá abajo, encabezada por un a gran cruz desn uda. Gi

raos en vano buscando en l a espesura de l parque . F ina lmentet una especie de prado, al lá al fondo, me parece descubri r algoimo un promontorio. Debe ser la tumba. La cruz ya no estáás. Los bolcheviques qui taron la cruz, y erigieron sobre lamba, según su cos tumbre , una barra de madera , con su escr i -, con caracteres inscri tos a fuego, con el nombre de Repin, lacha de su nacimiento: 1844 y el año de su muerte: 1930. Pa

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rece que esté mu erto desde hace cien años. A ^ lejano es aquelmundOt así remota esa edad. Era un contemporáneo de los grandes espíritus rusos del ochocientos, ha sobrevivido a la muertede Tolstoi, de Dostoiewski, de Trugheniew, de Mussorgski. Hasobrevivido a la muerte de Repín, ha sobrevivido a si mismo.Más que en exilio de su pueblo, ha muerto en exilio de su edad,de su mundo. (Su verdadera tumba no está aqui, entre los árboles del parque, bajo la barra de leño plantada por los bolcheviques: Repin está sepultado en el espejo, en aquel espejo máe:i-

rientos. Y he ahi a Repin frente a mí, vivo. Lo veo emerger de!breve espejo negro y brillante de la película. Alto, flaco, elegante. Está en Petesburgo, en París, en Kuokkala. Frente al Troca-dero, en un parque Le Nótre, cerca de una ánfora griega demármd. En trineo por las calles de Kuokkala. En el umbral desu casa, Y aquella gentil figura de mujer, junto a él, es seguro laquerida compañera de su vida, de su exilio. AqneÓas imágenesde una edad muerta, aquellas espectrales imág^ies, me turbanprofundamente, me infunden una espede de miedo amoroso. Es

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eo «npañado y corroído por los años, bajo la pálida, espectralsombra de las flores que él pintó de joven, bajo los espectros de

aquellas jóvenes flores).Agachamos la cab^sa frente al promontorio cubierto de nie

ve, y yo le digo a Repin en voz alta, el saludo de pascua de losrusos: ''Christós vascriesew Cristo ha resucitado". De Foxá responde en voz baja: ^Taistum vascríese, en verdad ha resucitado".Eí cañón truena allá entre los árboles. Una ametralladora crepitadulcemente tras las últimas casas de Kuokkala. Y aún asf, nó ha yvoz humana que pueda vencer el silencio de esta tumba.

Regresamos y yo entro de nueve en la casa desierta. Vuelvoa subir aquellos bd^erintoa de escaleras, abro diez, veinte puertas, me demoro en aquel desnudo laberinto de estancias y de

corredores. Toda la locura (toda la incertidnmbre, toda la inquietud) del espíritu ruso, están en esta casa, hecha como una boitéá surprifies. Me parece sieíapre, de un momento á otro, empujando una puerta, que cualquier resorte escondido debe hacer sa^lir la música de un ourflSon. Es una casa construida a propósito, parece, para las evocaciones mágicas, para las presenciasinvisibles, para los espectros de las cosas.

Me siento un instante sobre el diván que está bajo el esp ejo:y entre d muro y él diván, descubro en el suelo un montón depequeños roUos de materia negra, brillante. Son viejos negativosfotográñcos. DesatvueWo uno a uno los pequeños roBos polvo-

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como ai Repin resurgiese verdaderamente, efectivamente frentea mí. Su presencia, hasta ahora invisible, se hace viva y omcreta

a mi mirada, toma forma humana.Cierro los ojos, y siento caminar en la casa. £Ss un paso leve,

dulce, casi aéreo, un rozar las cosas como al acaridarlas. Asícaminan los muertos en las casas desiertas.

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xxvnA N G E L E S , H O M B R E S Y B E S T I A S , E N L A S Ü E L V A S

de ) , el barrio de los Decabrist i y aquel de Vassi l iost rowdki , y tá

puerto de Leningrado, si tuado a la desembocadura del BalsciaiaNeva, que es el mayor y más meridional de los t res brazos ddgra n rio. IDe aquí , de las t r in che ras del Ladoga y d e las fk m»tas de Eaikkola, se está frente al suburbio de Wiborgski (aquélmismo donde Lenin quedó ocul to durante los úl t imo^ dfas qoaprecedieron a la revolución de octubre), y la vasta zona de '*t»-r renos vagos" que de l suburb io o r i en t a l de Krasnovgardd i e i sk io suburbio de la (ruardia Roja, de aquel de Piscarewka, del de

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D E L L A D O G A

Floresta de Bai lckola, a espaldas de Leningrado, abri l .

Desde que me encuentro en estas riveras meridionales del La-go Ladoga, a Ja ext reznidad nororiental del Istmo de Garel ia, estoes , a la ext rema izquierda del frente del si t io, tengo la impresiónde haber ven ido aqu í para a t acar por l as espa ldas a l os defensores de Len ingrado .

Porq ue l a ex t remidad de l a l a rga l i nea de t r incher as , que de linmenso Ladoga, el may^r de los lagos europeos (los rusos lol l aman e l Casp io de Europa) ba j a hac i a A lexandrowka y Ter i j o -k i, has t a f ren t e a Erons t ad t , e s mucho más avanzada que e lresto del frente, mucho más oriente, y se puede deci r que tomalas espaldas de la ciudad si t iada.

Las t rincheras de Bielost rov, de Alexandrowka, de Teri joki ,están frente, de hecho, a los suburbios occidentales de Leningra- 'do , y eso es el barrio de las Islas, l lamado en ruso Ost rowo, elbar r i o de Kyrow, l a pun t a de l bar r i o Pe t roswski ( fo rma par t edel núcleo más ant iguo de la ciudad fundada por Pedro el Gran-

—24 4—

Ribalskaia, sobre la ribera del Balsdaia Octá, del de Nargolow y

de Sciuwalovo, se pierden insensiblemente en las florestas y es

los pantanos que de aquel lado ci rcundan !a ciudad.Mientras en los suburbios indust riales del sudoeste, donde s

encuen t ran l os mayores es t ab l ec imien tos meta lú rg i cos de t odal a reg ión de Len ingrado , en t re l os más impor t an t es de l a U . RS. S. , están reunidas las grandes masas obreras, los suburbioaseptent rionales son habi tados por una población mixta, quizás lmá s pobre de) la ciudad, compues ta prefer entem ente de 5onia]ero s , de hortelanos, de pescadores, de artesanos. Conozco aquebarrio septent rional por haber l legado varias veces a él , cuandoescribia los primeros capí tulos de Techniqoe da coup d 'Etat , ytomaba apunt es para mi Bonhomme I j é rane .

La casqcha del suburbio de Wiborgski , en donde estuvo eacondido Lenin algunos días en octubre de 1917, precisamente enl a v í spera de l a i nsur recc ión comuni j ^ (Len in hab í a regresadohacía poco de Finlandia, de Kuokkola y de Rasl iw, donde habi»pasado, junto con Zinoview, t ras el arre&ío de Trotzki y de loot ros di rigentes de la fal l ida tentat iva de insurrección de juHolos mese s de verano en una c abana del bosque, cerca de las riberas de l pequeño l ago de RasI íw) , es una modes t a cons t racddnde madera y de ladri l los grises, una casucha obrera, ci rcundadapor un pequeño j a rd ín i nvad ido por l os yerba jos . Focas p i eaapobres, descoloridas, desnudas. Becuerdo que precisamente e

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«Quelia casa vi por pr imera vez, colgada; al muro dentro de untosco marco de mad era , l a fo tografí a de Lenín ves t ido de obrero .Sn aquel la fotograf ía, realmente impresionante, que f ígura ent r e l as i l us t raciones de mi Bonhomme Lén ine , Lenin aparece ve s -t ido de mecánico: se ha cor tado el bigote y la barba, se ha puestosobre l a f r ente una gor ra de v i s era de cuero , s e ha met ido unacamisa s in cuel lo y un saco remendado, y con aquel la bufa vest imenta , que en e l Ins t i tu to Smolny, l a noche del 25 de octubrede 1917, la noche de la insurrección, hace reír a Trotzld y paÜ-decer a Dan y Skobelew, Lenin logra huir de la búsqueda de la

casas , las vi l las , las cal les , las cercas que circundan las jardide las vi l las , los postes del telégrafo, los buzones , barnizados celes te daro, los nombres de los negocios , el ai re mismo, es tya impregnados del olor del humo, del gas , del carbón, del asfto , t iene n y a el color de la ciudad, ya .revelan la atmó sfera t ípde los al rededores de una metrópol i . Es un olor humano aquel qse advier te en Kuokkola, en Alexandrowka, en Bielos trev.

Aquí , en el f rente del Ladoga, es toda otra cosa. I ja prescia de Leningrado^ más que sent i r la, se adivina: escondida coestá a la mirada por las inmensas f lores tas de Carel ia, que c

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policía de Eerenski y permanecer s in moles t ia en su refugio delsaburbio de WiborgksM, donde escr ib í a sus f amosos "puntos"sobre la inminente revolución.

En todo es to venía pensando el otro día» mientras f rente aTer i joM, es to es , en las r iberas del Golfo de Finland ia, me d ir igíaen carro al f rente de Raikkola, sobre la r ibera del Ladoga, at ravés del Is tmo de Carel ia. Recorre la inmensa f lores ta de laregión de Tappar í , que de la or i l la del r io Vouksi , por los bosquesde Raikkola , baja has t a l as pantanosas s e lvas de Lumisuo. Esuna región selvát ica dif íci l , de una solemnidad, de una t r is teza,de una sever idad indecibles . Nevaba, y los árboles , a los lados dela carretera, formaban como los dos al tos muros del corredor deuna pr is ión. Grupos de cuervos volaban bajos graznando sobre

las copas de los árboles y de los "pinos ár t icos" , de los t roncoscubier tos de escamas color cobre . Enorm es masas de grani to roj o , el famoso grani to de Carel ia, br i l laban aquí y al lá en el fondode l a f lores t a : parecía preci samente que mandasen r ayos , delfondo blanco y negro de la nieve y del bosque. Por pr imera vezen mi v ida , mucho más que en l as junglas de Gimma, en E t iopía ,he "sent ido" todo el horror de la f lores ta.

iCu&a diverso es es te f rente de Ladoga de los f rentes deAtexandrowka y de Ter i joki ! En l as t r incheras de Alexandrow-ka y de Ter i joki , se respira ya el suburlno de la metrópol i : las

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cen hasta lamer los suburbios noror ientales de la inmensa dad. Es una presencia v iva todavía : una presencia muda,

acecho t ras el al to y compacto muro de la f lores ta. Parece cde percibirse el respiro afanoso de la ciudad en agonía. Peropr indpal protagoni s t a de es t e f r ente es l a f lores t a : e l l a domdevora, aplas ta cada cosa, prepotente y selvát ica: y aquí , el del hombre es cubier to por el olor del fuer te, acre y dulce al mmo t iempo, descamado y helado, del fol laje, de los tej idos ipugnables de l as r amas , de l as in t er columnas de t roncos neg

blan cos y rojos.Y a desd e las cerÑcanías del rio /Vuoksi, el respiro du ro y vio

to de la inmensa f lores ta de Kaikkola, viniénd(»ne al encuebajo las nubes bajas ( la tormento levanta remolinos de niev

hor i zonte) me había angus t i ado. Era un t é t r i co s a ludo, unver t imiento amenazador . Me senj¡ ía como extraviado, presun t er ror del cual , a l pr indpio , no lograba darme cuenta . Ya h í , de improviso, a sacarme de mi extravio, t res aparatosviét icos , agujereando el bajo techo de nubes densas y gr ises , recieron a mi derecha, cas i a mi espalda, hacia la aldea dekkola. Su mecánico ronquido, sus opacos ref lejos plateadosus alas de aluminio, me regresaron de golpe a la real idapeso y la medida de mis l imites humanos, como una prueba, perada y v iolenta de humanidad.

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Contra la fuerza host i l de la naturaleza, contra aquel la violencia y crueldad q ue la .flore sta —m ucho má s que el mar y laal ta montaña— exprime con una intensidad angust iosa, los hombres , aunque enemigos ent re el los, no t ienen ot ra ayuda, ot ro reposo, ot ra certeza, si no es la conciencia de la común humanidad.Dolorosa i lusión, algunas veces. Era de hecho una insidia, unengaño de mi mismo ext ravío: porque algunas horas después,ent rando en lo vivo de la inmensa floresta, debí darme cuenta quenada hace a los hombres más enemigos ent re el los, nada los

El cuerpo se adivinaba, más que se viera, ent re los rasgos del pesado overol de vuelo, un overol acoj inado, cosido a cuadros, casiuna especie de colchoneta hecha en forma humana. De las rasgaduras de aquel las colchoneta acoj inada, que recuerda la vest imenta de los jugadores de cricket , aparecía no el uni forme soviético de color tabaco, sino el finlandés color de acero, laceradoen muchos puntos. Dentro de aquel los sacos informes, los cuerpos abandonados, con los brazos colgantes, la cabeza recl inadahacia la espalda. Un viso frío, helado, de aquel color l ívido que

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exci ta y los azuza el uno contra el ot ro, nada los hace tan durose inexorables, como la violencia sobrehumana de la floresta. El

hombre, en la floresta, vuelve a encontrar sus inst intos primi t i vos. Sus profundos modos salvajes vuelven a sal i r a la superfi cie, rompen la del icada red de los nervios, reaparecen fuera de lapintura de las maneras, de las costumbres, de los prejuicios, entoda su bel l í sima y escuál ida vi rginidad.

La repent ina aparición de los aviones soviét icos, (aquel sonido al to y suave en el duro paisaje, aquel la voz desierta) mehacen inst int ivamente buscar con el alma y con los ojos, en tornoa mí , cualquier señal del hombre, todas aquel las señales humanas , aquel las imágenes de la vida humana, que pudieran dar unl ími te, una frontera, a mi ínt imo ext ravío.

La primera imagen humana, venida a mi encuentro del fondohelado y desnudo de aquel paisaje esencial , ha sido una apariciónextraordinaria. Casi dos dem«?nios en acecho, casi dos "ángelesnegros" precipi tados fuera del l ími te azul de la i ra divina, dosluci feres miserables y piadosos. Los restos de dos paracaidistassoviét icos, que quedaron atorados ent re las ramas de dos árboles, a poca distancia uno del ot ro. Un escuadrón de soldados finlandeses venía ya, t rayendo escaleras y ganchos para desenredarlos de al lá arriba y sepul tarlos.

^ Los dos míseros cuerpos eran como dos sacos colgados a losártwles. (Aquel la aparición, todavía no tenía nada de macabro).

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toman los rost ros de los colgados. Estaban al lá arriba, colgados:el plomo de loa siasit fineses, que noche y día exploran los bos

ques a caza de paracaidistas, los había fulminado en pleno ai re,mientras descendían del cielo. (Casi diario los aparatos soviét icosdejan ent re las l íneas enemigas núcleos de paracaidistas, en granpar t e ves t i dos con un i fo rme f i n l andés , para t ra t a r de engañar a ladversar i o ) . Nada hab í a de repugnan t e , rep i t o , en aque l l a aparición: parecía una de aquel las escenas que pinta ban nuest ro santecesores, donde el sent ido del horror sagrado acompañaba lasfiguraciones de "ángeles negros", de demonios. Y era realmenteun horror sagrado , aque l que yo p robaba : como s i me aparec i esea la mirada la prueba de la cólera de Dios, e! úl t imo acto de unat ragedia se desenvolviese en un reino sobrehumano, excelso, el

epí logo de un pecado de orgul lo, de una t raición, de una revuel tade "ángeles negros". Creo que Wil l iam Blake, en sus visiones infernales, no había visto jamás, i iadá de así grandiosamente terrible, de así puramente bíbl ico: ni siquiera cuando pintaba susángeles apoyados ent re las ramas de un árbol , como en aqueldibujo para "El Matrimonio de! cielo y el infierno" que está enla Galería Tate de Londres,

A uno de los dos míseros cuerpos, se le había caído un zapato , que yacía ent re la nieve al pie del árbol . Y era cosa ext raordinariamente viva, real , aquel zapato sol i tario al pie del árbolaquel zapato vacío, de duro cuero helado, aquel zapato t ri ste, ex-

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t r aviado, angus t i ado, que no podía más caminar» que no podíahui r . Un zapato ^di r é a l a manera de Foe— que "mi raba haciaar r iba" , con una expres ión angus t iosa , con cualquier cosa deanimalesca . Como un per ro que mi ra a l amo, para implorar g¿yu-

da o s a lvadón.Me acerqué a los dos árboles . Los "ángeles caídos '* es taban

demasiado al tos del suelo para poder tocar ios . Uno de el los apret aba en e l puño una cosa br i l l ante . Era una gran pi s to l a , unaHagan, la famosa pis tola soviét ica. Alrededor , sobre la nieve habían esparddos ayunos casqui l los de bala . Habla s a l ido del c i e lo

m ^ violenta . El cr epi t ar de las amet ra l l adoras s e anunclejos, el " tapum" de los fus i les , el t rueno sordo de las expnes entre los árboles . Y al fondo de aquel paisaje de sonidoscolores , dentro de un blanco de la sdva, br i l la un no se qué un no se qué br i l l ante , como el t r emolar de una i r r ea l cosar ina: e l Ladoga, l a inmensa ext ens i to helada del l od og a.

Si bien Leningrado es tá a pocos kÜÓmetros de aquí , la guen es t as f lores t as , parece r enunciar a su carácter pdí t i co cial . Me ai>arece l iberada de la vñdencia de la '*moral obsoviét ica: pero opr imida por una violencia aún más dura, aq

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di spara ndo: mand aba, n ^ han dicho los soldados, f eroces gr i to s .

Al tope de los dos abetos , las sombri l las blancas de los paracaídas 'envolvían l as grandes r amas , como dos inmensas a l as de muer t e .Una ardi l l a s a l t aba ent r e l a n i eve, a pocos pasos de mi , mi rándome f i j amente con sus pequ^os o jos br i l l osos . Los cu^ ivos pasaban graznando sobre l as c imas de los abetos , s e o í a de vez encuando un t rueno l e j ano. £1 s i l encio er a duro a l r ededor , heladoy t r ansparente , como un bloque de cr i s t a l TJOB soldados habíanya apoyado las escaleras a los dos árboles , ya comenzaban a subir . (Un "descenso de la Cruz" , s inies tra y piadoso) .

¡Paso a paso proseguía hacia la r ibera del r io Vuoksi , las señales humanas s e hacen más f r ecuentes , más preci sas , en l a in

mensa, impasible violencia de la f lores ta. Son las señales de labata l l a que por meses y meses ha enfureddo con fuerza es tosbosques profundos: armas, '^ i fus i l^ despedazados , cascos de acero,gor ras sovié t i cas de punta , de forma t ár t ar a , gor r as f in l andesasde pelo de cordero gr ises , color de plata, casqui l los de car tuchos ,cargadores , rol los de alambres de púas , todas las señales delkombre, l as miseras y esplendorosas s eñales del hombre . Has taque l legamos al r ío. La f lores ta t íene, aquí , una especie de pausa,de descanso: s e deja dóci lmente abr i r por e l r ío , que cor r e por un aamplia depres ión, de los costados leves . Pero al lá abajo, sobre lar ibera opue sta, la f lores ta recomienza, más dura, má s apre tad a,

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de l a bes t i a l idad pr imogéni t a de l á natura l eza y del hom

Asume un carácter más concreto , más s imple (y por esoter r ib l e) , s in sobrees t ructuras ideológicas o morales . Es l ar r a en su forma más absoluta . Toda ins t in to , t oda ñs i ca , be

Los grupos sovié t i cos que deñ^ iden es t e t r echo de f r entson las br igadas de asal to obreras , como sobre el f rente de xandrowka o de Bielos t rov. Son grupos del nor t e de Rus ia , r ianos de la taiga , soldados de los Urale s , ge nte nacid a y cen los bosques . Y los f ineses que es tán f rente a el los , son bién, hombres nacidos y crecidos en las f lolres tas , leñadores ,pes inos , imstores . Hombres , los unos y los otros , en la másple y genuina expres ión. Pero, s in querer disminuir el valolos soldados soviét icos , es necesar io decir que en la guerra de

res ta, los rusos son netamente infer iores a los f inlandesespor valent ía, no por espír i tu de s5cr i fLcio, y ni s iquiera poelementales cual idades humanas . S ino por e l menor s ent iddividual , por su menor ef iciencia técnica.

En l a guer r a de f lores t a , donde más que e l i ns t in to , es nsar ia una extrema rapidez de decis ión y de iniciat iva, el t i ene s i empre super ior idad sobre e l adver sar io , más l ento ,incier to , más perezoso, y , aquel lo que más cuenta , más numso , esto es , apesantado i jor el número, que en la f lores ta egrave impedimento . Las pat ru l l as rusas es t án compues ta

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t reinta, de cincuenta, al fi :unas veces hasta de cien hombres. Lasfinesas son delgados núcleos móvi l í simos, velocísimos. Los sissi tf inlandeses vuelan sobre los esquíes, surgen de todas partes sobre los adversarios, los ci rcundan, los barren con el fuego precisode sus konepistol i . Y los rusos, privados de esquíes, privadosde raque t as , marchan a p i e en t e r rándose en l a n i eve cas i has t ael vient re. Se baten ferozmente, pero sucumben. A mi juicio, estasuperioridad del f inés, no nace solamente de un más refinadosent ido del bosque, de un más agudo inst into, de una más del icada, casi animal sensibi l idad, sino del hecho de que cada finés

bien o del mal : sino a aquel lo que **morar ' s igni fica en la comrac ión soc i al y t écn i ca , no en l a pur a comparac ión hum ana ) .

E l hombre , he d i cho ya , aparece aqu í en su fo rma más aluta, máa esencial . El hombre, en la floresta, es puro; su fuestá toda en su retomo al inst into, en aquel abandono suyo fuerza obscura de aquel la inexplorada selva que rumora en el do de l as v i sceras de l género humano . Bas t a r í a su ex t raordr i a v i t a l i dad para persuad imos que l a s impl i c idad de l homnatura l se acompaña , en é l , de un cas i i nna tura l desprend imto del mundo físico. Es como un bloque de piedra, como un t

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—leñador, campesino, pescador, pastor de renos— es ayudado,

en comparación al adversario, del al t í simo grado de desenvolvi miento técnico alcanzado por Finlandia, donde la moral dominant e es una "mora! obrera" , soc í a lmente más ade l an t ada que l a so viét ica, e individualmente más di ferenciada, determinada en modo m á s se nsible de la técnica, del tecnicismo . (Si co nsideramo s,por ot ra parte que, pese a la formidable indust rial ización de laagricul tura, así como de toda la vida soviét ica, pese a los Piat i -letkí , el stakanovismo de los koQioz, de la minería, de los aserraderos, de los t rusts de la pesca, etc. , etc. , es indiscut ible que losbeneficios de tal indust rial ización no se han extendido aun a lasext rem as regione s del no rte de Rusia, ' europe a y asiát ica, esto es,a las regiones de las cuales provienen las t ropas soviét icas de

es t e sec to r de l f ren t e ) .En este sent ido, se pued¿ deci r que el pueblo finés, como el

sueco o el noruego, es leñador, campesino, pastor, pescador, y almismo t iempo obrero. Posee una **moral obrera", no una moralcampesina: t iene rapidez de decisiones y de iniciat iva, sent idoindividual , etc. (dotes que los obreros, indiscut iblemente, poseenen medida mayor que l os campes inos : y eso , en cua lqu i e r par t ede l mundo) . Su super io r i dad sobre e l ruso no es t á so l amente enel inst into: está en la moral . (Y se comprende que por moral noent iendo aquel lo que se refiere a-costumbres, o a la noción del

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co de árbol : es insensible a las fat igas, a los sufrimientos, a

heridas, al dolor de la came. Acepta la muerte con una faci l iso rprenden t e y cas i angus t i osa .

¡El coronel Merikal l io, que comanda el sector de Raikkolahabla de sus hombres con aquel la intel igencia afectuosa que nde la vida común, y de la común simpl icidad con todos, solday oficiales, afrontan la guerra en la floresta, la muerte en la resta. (El coronel Merikal l io es un hombre de unos cuarentdos años, del rost ro juveni l , de ojo profundo y claro: habla,se mueve, con una seca, inocente elegancia. Es un hombre Nor t e : es de Ouiu , en Ost rob ton i a ) . Es t amos sen t ados en su zu en medio del bosque, cerca de una aldea dest ruida. Lleganexterior las voces calmadas de los soldados, el rumor de losquíes sobre la nieve, el t rueno ronco de una hacha en el t rode un árbol , el rechinar de un t rí l leo.

E s y& el ocaso, el reflejo azul del Ladoga se obscu 'ece pa poco en el cielo lúcido como una ligadura de hielo. Sulinios puer t a de l korsu . A un cen t enar de pasos , su rgen i os es t abSe oyen los cabal los rel inchar dulcemente, en la espera del pde celulosa. (A fal ta de forraje, los cabal los finlandeses coce lu losa) . A l rededor de una t osca mesa , cua t ro Lot t a es t án t r i pando , con sus a f i l ados pnnkot , a l gunos g randes peces pedos por los sissi t en los hoyos excavados en el hielo del lago

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olor fuerte del pez llega, traído por el viento ligero que soplade la floresta. Un gnipo de soldados están reunidos frente a unabarraca. Es la barraca de la enfermería.

"¿Qué cosa hay?", pregunta el coronel Merikallio a un artillero . "Debe haber un herido", responde el artillen).

Nos dirigimos ha da la enfermería. Una Lotta enfermera, unamuchacha rubia, de bella sonrisa tímida, está ofreciendo un vasode coñac a un soldado.

"Observe aqud hombre", me dice el coronel Merikallio, apretándome el brazo.

"Así son todos", me dice el coronel sonriendo, "forman parde la floresta, son precisamente como pedazos de floresta". Nponemos a caminar por el estrecho sendero, en el tupido de lárboles. Las pi^as de campaña están esparcidas en el bosqubajo rúst icos techos de ramas. La f loresta en tomo está viva dsonidos, de voces débiles, de imperceptibles rumorcillos. El cornel Merikallio me dice que las patrullas finesas se tienen en cmunicación una con la otra, por medio de sonidos imitados de lde la naturaleza: píar de pájaros, gruñidos de ardillas entre lramas, más frecuente el canto del cúculo, el pájaro sagrado

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Es un joven alto, fuerte, moreno, palidísimo. Esta con la cabeza desnuda, y tiene una mancha roja en medio de la frente.Una pequeña mancha roja, un poco arriba del encuentro de lascejas.

£1 sddado toma el vaso con mano f irme, se lo l leva a los labios, lo vad a todo de un trago. Sonríe. Y al voltearse para regresar el vaso a la l iotta, nos mues tra la nuca. Tiene un agujero enmedio de la nuca, del cual un hilo de sangre corre lentamente.El agujero de salida de una bala. £1 proyectil le ha atravesadoel cráneo, no sé como, sin tocarie ningún centro vital. El heridohabla, ríe, ha venido a pie desde el puesto avanzado hasta la enfermería, a través del bosque. Alguno le ofrece un cigarrillo. Elherido lo toma, se pone a fumar y yo tengo casi miedo de verle

salir el hum o por el agujer o del centro de la frente. (He considerado bastante para nsrrax i ste hecho: el lector es desconfia-díV J3fZM> ífe ^íBgnechasf por h^ eoasts extrs¿^^ss22ss, Pep& «síaies un hecho verdadero. Y no puedo agregar más que un detalle:el herido se llama TJnnala Putteli Johannes Pentti. El apellidoes Pentt i ) . Está ahí de pie. frente a la puerta de la enfermería,ríe y habla como nada fuese. Dice: "He sentido un gran golpeen medio de la frente, como una pedrada. Gal de asentaderas".Alrededor, todos ríen. Pálido como una estatua de mármol. Noes solamente un hombre: es una piedra, una planta, un árbol.

—254.

Carel ia. Los sissi t caminan teniendo en la mano una rama secque cada rato rompen entre los dedos, regulando, modulando gusto d crepitar. Los sissit de la patrulla vecina descifran el rmor de la rama rota, refunden, se hablan entre el los por medde aquella vozTde la naturaleza. Para advertir de un peligro a lpatrullas lejanus, un sisai se treipa en el tronco de un árbol, agta dulcemente la dma, como haría una ardi l la. La dma de otabedul responde a lo lejos.

£1 cafion truena en k s riberas del I^dog a. £1 sonido de lexptosiones se propaga de tronco en tronco, como un batir alas, un agitar de ramas y de hojas. Y alto, aobre aquel vivo slendo que el "tapnm" solitario, el sonido remoto del cañón, acetúan con blando abandono, se alza insistente, monótono, purís

m o, el canto del cúculo, un grito que poco a poco parece que vuelve humano. Cucú, cucú, cucú, ci&cú. El coronel Merikallio mete ti caaüarK& r eatpe dieates e? Repparia bada, « / aattx»

los ]eñad<»ea ureÜAnos.

SieÍTmie nüenribúma lanlomkan ees <dl'mieron i^haKar jalan m aill KnldakakSset knkkini.

Un estremedmiento frío me corre por los huesos. Y no miedo, sino algo más profundo, más secreto: la angust ia de floresta, de la jmpas ibie violencia de la floresta.

- 2 5 5 .

xxvm

CON EL "HOMBRE MUERTO'* EN LA INMENSA FLORESTA

l e s , de un ex t raord inar io , so rprenden t e e fec to . E l a r t e & i Ís imode l a E^ue l a de Bai l e de l an t i guo Tea t ro Imper i a l , renovada porel Gobiern o Soviét ico, aquel la gigan tesca coreo grafía (se calculaba que sobre la escena, en el puntp culminante de la bataDai r rumpiesen cerca de 1 ,200 ba i l a r i nes) , t oda aque l l a fan t asmago-ria, absurda y pueri l imaginación simból ica, el bat i r de los piesvelocísimos y l igeros, el abri rse y cerrarse de aquel los mi les ymiles de braz os, los gi ros volante s de aquel los mi les y mi les ^ba i l a r i na , c reaban en e l i nmenso t ea t ro , donde un de t e rminado

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Flores t a de Lumiduo , a e^a ldas de Len ingrado , abr i l .

Hace al ffunos años, estaba sentado en una butaca de las pri meras f i l as de l Ba l sc ió i Tea t r de Moscú , e l an t i guo Tea t ro t npe-r i a l de l a Opera , e l máximo t ea t ro de l a U .R .S^. , pa ra as i s t i r ala presentación de un famoso bal let , el Krasni j mak (La Amapola Roja) que en aquel t iempo t raía en del i rio a la mul t i tud obrera de la capi tal soviét ica. Era un bal let inspi rado en la primerarevolución comunista china, aquel la capi taneada por Chiang Kai

Shek y el comisario soviét ico Karakan, el dictador rojo de China.(Estaba sentado junto al «¡scri tor Bulgakow, autor del dramaLos d í as de l a fami l i a Turb i a ) .

A cierto punto, la escena se vé invadida por una mul t i tud debai larines vest idos de rojo, que simbol izan a los comunistas chi nos, y de un inmeso grupo de bai larines vest idos de amari l lo, querepresen t aban l as fuerzas an t i r revo luc ionar i as . La ba t a l l a en t reaquel los dos ejérci tos de flores, el ejérci to de las amapolas yaquel de las flores de loto, se desenvolvía con fuerza, según unaarqui tectura coreográfica rica en evoluciones, de arcos, espi ra-

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públ ico de obreros &e agrupaba en si lencio, sosteniendo el respiro , una s . i ngu l a r l&ima a tmósfera de angus t í .

£ ] gen t í o es t aba con l os o jos i n t ensamente ab i e r t os , l as ma^nos agfuradas a l os b razos de l as bu t acas , t odo e l cuerpo t ensoechado hacia adelante, con ávida preocupación. Eí Qlor, lento ypesado de las amapolas, parecía invadir la sala, l lover sobre lamul t i t ud de espec t adores , sumida en l a onda t i b i a y densa deuna ex t raña somnolenc i a de op io . Los o jos , des lumbiados poaque l con t ras t e de ro jos y amar i l l os , vefan a r remol inarse , en unenorme rueda de luces, corolas, pist i los, pétalos, f lores, f loresflores de carne. Y de aquel la somnolencia de opio, nacía una especie de opreáión, una verdadera y rea l espera angus t i osa .

Bln un momento, la música explota en un al t í simo gri to; caSa

y los remol inos de las amapolas, y de las flores de loto, se quedan q uietos de un solo golpe, y baj<^ el ala palp i tante de los pétalos, agi tados por la respi ración afanosa de los bai larines, aparecen mi l es y mi l es de ros t ros humanos , descompues tos por l afat iga de la danza.

Fué una especie de l iberación. El gent ío de espectadores sequedó post rado en si lencio por algunos minutos. Y una jovenobrera sentada delante de mi exclamó con un suspi ro de al ivio*'Ach! ja dúmala c ' to eto pravda bi l í svet i ! ¡Ah, creía que fuesen e fec t i vamente f l o res !" . Después , un ap l auso de l i ran t e , s i nf i n , una t empes t ad de g r i t os f rené t i cos .

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fin este episodio pensaba ayer, cuando con un grupo de ofi ciales y soldados, me encontraba cerca de la primera lüiea, en )af l o res t a de Lumisuo . Porque a un t ramo, e l s i s s i de pun t a se detuvo, quedó en escucha, y todos nosot ros nos paramos, quedandoen escucha, la oreja tensa, la vista fi ja en la espesura del bosque.

La f l o res t a , en t omo a noso t ros , se hab í a ven ido an imandopoco a poco, l lenándose de rumores ext raños, de sonidos l igeros,misteriosos. Parecía que los árboles se moviesen, caminasen enl a pun t a de l os p i es sobre la n i eve . Se adver t í a en t om o un mur mul lo, un rumor, un sibi lar levísimo, casi un respi ro, como si no

t r i ncheras f i nesas , y l l egaron has t a donde encont ra ron l a mute* Simples t umb as aú n f rescas , con un pa l i to de made ra en t e r rdo en la nieve sobre cada tumba, y sobre cada palo un casco sviát ico de fiel t ro en punta, de forma . tártara. Sobre los palos etaban inscri tos los nombres de los caídos, y los nombres de lsoldados finlandeses que los habían matado.

Dent ro de l a t i enda en que pene t ré , a l gunos so ldados aemdesnudos es t aban acurrucados a l rededor de l a rud imentar i a t u fa que se encuen t ra den t ro de cada korsu y de cada una de e

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uno, sino den, no mi l , sino cien mi l ramas se rompieran con un

donido seco apenas percept ible, aquí y al lá, en lo espeso del boa-que. Era el mismo misterioso sonido que hacia un gent ío cami-l iando en si lencio en una floresta. Estábamos quietos, deteniendo e l resp i ro . Y de improv i so , aparece a nues t ra derecha , en t relo s t roncos de los árboles, una pat rul la de exploradores fineses,de sisisi t . Resbalaban cautelosamente sobre la nieve, sus blancascaianisas aparecían y desaparecían como sombras t ransparentesent re los abetos. Y yo, t ras un suspi ro de al ivio exclamé: "íAh,pens aba que en verd ad los árboles camina sen r*. Nos pusim os are í r : aque l susp i ro , aque l l a r i sa , me qu i t ó l a angus t i a . Porquela inmovilidad y el silencio de la floresta tiene mil voces, revelan su cerrada t rama de un modo cont inuo, formado de mi les de

movimientos improvisos, l a floresta es una best ia viva, unaeno rm e fiera en emboscadan^ Y la an gu sti a que da la floresta aun p rofano , nace p rec i samente de aqueüa i ns t i n t i va i nvers ión dela imaginación a la real idad, aquel "creer", aquel "sent i r" deque realmente los árboles caminan, t ienen bocas, ojos, brazos,para g r i t a r , e sp i a r t e y agar ra r t e .

Llegamos poco después a un pequeño campamento. Dos t iendas surg í an en l as márgenes de l sendero , ce rca de a lgunas t umbas d? soldados soviét icos. Eran los restos de una pat rul la deveinte* hom bres infi l t rad os el día ante rior a las espaldas de las

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tas tel tat . Un humo claro, con el grato olor de la madera de abdul , l lenaba la t ienda. Hacía calor. Cuando abrimos, los soldad

d i j e ron "Hyvaa pa iváa" , (buenos d í as ) y nos mi ra ron f i j amens in agregar pa l abra . (En l a f l o res t a nad i e hab l a . No neces i t a hblar. Los hombres, en la floresta, son piedras, plantas, árbolan imales : no só lo hombres) . Nos ve í an f i j amente , observancon curiosidad mi uni forme, mi sombrero alpino: pero sin denada , como s i fuesen mudas es t a tuas de g ran i t o o de madeHabían sido relevados de vigías hace poco. Cansados, estabsecándose en t omo a l a es t u fa cas i desnudos . Los pan t a lones , pa interio r, las -cafti isas blancas, colgaban de u n alam bre qa t ravesaba l a t i enda . Los hombres se pasaban de mano en manen si lencio, el pquete de cigarri l los que había yo ofrecido a u

de ellos. Cuan do me levanté pa ra sal i r , di jeron: " Hy vaa páivánada más. Se quedaron acurrucad(j3 al rededor de la estufa, mando; sus pequeños o jos g r i ses b r i l l aban en l a penumbra .

Los oficiales que me acompañaban, me informan que dos pt rul las soviét icas se han infi l t rado en el bosque, a espaldas de primera l ínea. Nos ponemos sobre el est recho sendero en si lecio, caminamos despacio, despacio, sin hacer rumor, aguzanla vista. Cargas de fusi les y ametral ladoras resuenan aquí y aen e l fondo de l bosque , i n t e r rumpidas por un p rofunda y l a ri n t e rva lo de s il encio . En j am bres de ba l as perd idas nos pasan zando l as cabezas , a l gunas ramas ro t as caen sobre l a n i e^ .

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aquel intervalo de si lencio, mi les de impercept ibles rumorci l lossuenan en tomo a nosot ros, es como el leve e inmenso murmul lode una g rand iosa se rp i en t e en t re l a h i e rba . La f l o res t a aparecedesierta a la vista, intacto el bordado de las sombras de las ramas y de las hojas sobre el tapete de nieve.

(Del blanco fol laje de un grupo de abedules, sale de improviso, zigzageando sut i lmente, un esquiador finlandés, un slssi ,resb ala fren te a nosot ro s, a t ra vé s d el send ero, la konepístooU{la pequeña y maravi l losa pistola ametral ladora finlandesa)abrazada fuer t emente ba jo l a ax i l a , l i s t a a hacer fuego . B l an

las pat rul las soviét icas y está l i sto para dar la alarma por mdel teléfono o de un cohete rojo. El gri to gutural que habíescuchado es l a seña l para noso t ros de que l a v í a es t á Ubresonido ronco, parecido al de un pájaro en celo, he dicho poen la floresta, ocurre disfrazar la propia voz: el gri to de unmal , e l rumor de una rama, e l t ron ido seco de un a rbus to ddazado, no son algunas veces, sino voces humanas disfraza

En t an to , l l egamos j un to a l a p r imera l í nea de fuego . Esl a rga t r i nchera excavada en z ig -zag en e l duro sue lo he l adot r i nchera p rofunda , reves t i da de maderos de abedul y p ino .

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cas sombras de sissi t resbalan si lenciosas ent re los árboles,

al lá abajo, hacia nuest ra izquierda. Los dist ingo claramente enlas sombras de la floresta que siempre se pone más densa. Unaluz tórbida se fi l t ra a t ravés de las al tas ramas de los abetos, delos pinos, de los abedules. Un palomo repi te su verso, insistente,monótono, puro como un sonido metál ico. Es esta la zona dondev i enen l os encuen t ros de pa t ru l l as . Es una zona v i rgen , se puededeci r, una especie de intermedio ent re la primera l ínea finesa ysus núcleos de resistencia esparcidos invisiblemente en el bosque. A un t recho, un l lamado gutural cae de lo al to. Es como elronco canto de un pájaro en celo. Alzo los ojos, y al ta, sobre lascimas de los árboles, veo surgi r del cerrado tej ido de la floresta,una torre de madera, una especie de t rapecio de unos quince me

t ros de al to, formado con ramas torcidas, que se adelgaza ladoa l ado e l evándose has t a t e r t n inar en una pequeña p l a t a formaaérea montada en una especie de cobert izo en la punta, simi lara un gorro mongol . Algunas escaleri l las de madera se van encontrando de un plano al ot ro, hasta l legar a la plataforma. Esuna de esas torres vigías que los rusos const ruyen aquí y al lá,en l os bosques , t ras l as p r imeras l í neas . Ahora es t án en manosde los finlandeses. De lo al to de la torre, el atalaya finés cuidaun gran t recho de floresta, sigue y acompaña con los ojos el tortuoso camino de las pat rul las de sissi t , descubre los engaños de

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y relucientes, de aquel bel lo amari l lo rojo que t iene el '*pin

t ico", de aquel blanco-amari l lento del abedul . De vez en cuse abre en l a t r i nchera l a boca de un korso , de un re fug iun n ido de amet ra l l adoras , de cañones an t i t anque , de l anznas. Todo en perfecto orden, l impio, Uso, tenido en un met icarreglo que revela no sólo la naturaleza de la discipl ina fihecha sobre todo de amor al orden, sino de la mentaUdad fp redsa de es t e pueb lo , cas i d i r í a , de su carác t e r l u t e ranoamor por la simpUcidad, la claridad, la escendaUdad. Un otodavía un poco débi l , s in imaginación: casi severo.

Aquí y aUá, en el bosque, a espaldas de las t r incheras, cdos uno sobre el ot ro, al tos, un par de metros, están al inever t i cahnen t e l os esqu í es de l os ^ss i t , y a un l ado de cadade esqu í es , cue lgan l os bas tones , l as raque t as , l os guan t epiel de reno o de piel de perro. (Son*beUos los guantes de pip e r r o , pero horribles, con ei pelo largo y blando. Y no olvjamás la impresión que susci tó en mí , al mirar, en Helsinke l aparad or de una pe l e t e r í a , una p i e l de per ro c ur t i da en t e ratodo y cabeza). A la ent rada de cada refugio, de cada ktHrslado de la escaleri l la que Ueya bajo t ierra, un armero de mabarn i zado , con su pequeño t ech l t o para guardar lo de l a naUnea los fusi les, los mosquetes, las konepistodi de loa soldque ocupan e l re fug io . Las a rmas son engrasadas con cu id

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bien br i l l antes , l as par t es de madera parecen barnizadas hacepoco, los es tuches de cuero l lenos de un sut i l extracto de vasel inapara que el hielo no los endurezca. Este perfecto orden da un sent ido de reposo, de confianza, de seguridad. Ni una basura, ni unpedazo de papel , ni un desperdicio sobre la nieve, que apareceintacta, inmaculada, a los lados de los es t rechos senderos y delas pis tas señaladas por los esquíes .

Recor remos l a t r inchera por un l argo t r amo, observando e lterreno que es tá adelante. Entre nosotros y ia l ínea soviét ica, seext iende la cadena de pequeños puestos , a cerca de t rescientosmet ros , no más . Cada uno de es tos pues tos avanzados , que en

gunos días los rusos no hacen otra cosa que t ratar de inf i l t rarsede c i r cundar los pues tos avanzados .

[Pero los Soldados f i landeses , al rededor nuestro, es tán t ranqui los , como s i nada hubiese. Sentados sobre las cajas de municiones , cerca del t r iple de sus armas, los ametraf lador is tas leetranqui lamente. (Es increíble la pas ión de los f inlandeses pola lectura. En pr imera l inea es tá prohibido el alcohol , y él tabaco es escaso. Los soldados beben leche y leen novelas , manualede ingenier ía, de electrónica, de radiotelegraf ía; . Me acerco uno de es tos ametral lador is tas y observo el l ibro que es tá leye

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f inlandés se l laman var íot , es tá unido por un teléfono a la pr i

mera l ínea . Ent r e cada pequeño pues to y e l s iguiente , hay cercade cien metros , los que bastan para sos tenerse imo a otro en casode a t aque .

Mient r as observamos e l t er r eno adelante , s e l evanta a nues t ra izquierda un violento fuego de ametral ladoras . "Son el los" ,dice uno de los of iciales que me acompañan. Desde hace algunosdías los rusos se muestran nerviosos y agres ivos . Temen que losñnlandeses es t én preparando cualquier cosa . Sus pat ru l l as t r at an de inf i l t r ar se en l as l í neas adver sar i as , para capturar cual quier pr is ionero, l levárselo vivo a sus propias t r incheras y hacer lo hablar . Es ta noche, una gruesa pat ru l l a sovié t i ca ha a t a

cado el pequeño puesto avanzado frente a nosotros . Uno de losdos v ígias ha quedado muer t a , e l o t ro , aunque her ido, ha t enidot i empo de dar l a a l arma por t e l éfono. Los rusos amar raron l asmanos de her ido, y ya es taban l levándoselo hacia sus l ínea porla nieve, cuando un grupo de s iss i t sal tó en ayuda del compañero , y después de una terr ible lucha a golpe de pnnkfco (el puñalf i n é s ) , lograron salvar al atalaya her ido de las manos del ene-nügo y volvieron a t raérselo hacia at rás . '*XJn episodio ins ignif i cante" , me dice un of icial , " la guerra en la f lores ta es tá hechadp es t as pequeñas cor t es í as r ec íprocas" . Y agrega que de a l -

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do , es un volumen de h i s tor i a natura l : La f auna ecoator í a l as i á

t ica. En las láminas a colores se-suceden t igres , elefantes , sepientes . Y en tomo a las páginas del l ibro, en tomo a las lámnas de colores l lenas de f ieras y de plantas amari l lentas y rojade sol , la nieve hace una capa dura y blanca, de un violento cotras te con aquel la fauna y aquel la f lora ecuator ial .

En una especie de rús t ico l ibrero, al lado de las armas, veal ineada una pequeña bibl ioteca: novelas pol icíacas , l ibros dhi s tor i a , de geograña, manuales t écnicos . Y a lgunos l ibros rosoencontrados en las casas y las escuelas de las aldeas , o con lopr is ioneros soviét icos . Ah, veamos entonces qué cosa leen los sodados rusos . Son, t ambién es tos , en su mayor par t e , volúmene

técnicos . Hay has t a un l ibro sobre Sta l in , r egiamente i lus t r adEl amet ra l l ador i s t a me acerca e l volumen con una i r ^ c a sonrsa . Las páginas de t exto s e a l t er a i s i con páginas fo tográf i cal l enas s i empre de r e t r a tos de Sta l in , de fo tograf í as de StaHn etodas las poses . Bajo una fotograf ía, que abarca toda la págines t á escr i to : "Sta l in y Ei rov en é l parq ue de cul tora (Fl sknt tura) de Leningrado" . Los dos hombres es t án de p ie uno junto aot ro . KiroY un poco más al to que Stal in, más f laco, los cabeDorevuel tos por el viento. Stal in sonr íe, indicando con la mano extendida un equipo de fútbol . Tras los dos hombves se abre ufondo de , juegos , de redes de tenis , de campos de juego de fútbo

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de barracas de t i ro al blanco, todo el vas to paisaje de I<unaPark, en e l i nmenso parque de d iver s iones de l a met rópol i ro j a .(Kirov, pres idente del Soviet de Leningrado, el sucesor des ignado por Sta l in para l a d i c t adura de l a U.R.S.&, ha muer to hacealgunos años , ases inado x>or elementos t rotzkis tas) .

También e l año pasado, en Ucrania , he encont r ado muchosde es tos l ibros , muchos anuncios murales en las Casa del Soviet ,en ios Tr ibunales del Pueblo, en las sedes de las Coopeíat ivas^ enlas MbUotecas de los kolhoz, representando a Stal in y Kirov, imojunto a] otro, sobre fondos de chimeneas^ de t ractores , de dínam o s , de máquinas agr ícolas . Eirov es el hombre del cual la f rac

Museo de Lenin, en Moscú, hay ima i )ared entera cubier ta caquel los d i s eños suyos : d ínamos , grúas , puentes de acero y rcacielos , rascacielos , rascacielos , todo un inmenso panorama rascacielos enormes y complicadís imos. Una especie de obsesi(del r es to ent r e es t e parentesco ent r e l a moral amer icanaaquel l a sovié t i ca , ent r e "amer icani smo" y " sovie t i smo" , s e toda una l i t er a tura , ext r emadamente in t eresante , cons t i tu ida plos grupos de técnicos y de obreros americanos , ingleses , chees lovacos , f r anceses , escandinavos , e t c . , que fueron a t r abaen l as indus t r i as de l a U.R.S.S . Son en l a mayor par t e s impopúsculos , basados en u na exper i encia , a lguna vez d ura , s i em

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ción s t iü i s i s t a del Par t ido Comunis t a , ha acusado su pérdida con

pr t tfunda condolencia . I ^ r epresal i as provocadas por su ases inato fueron atroces . Se cuentan por mil lares los obreros fus i ladostsa Leningrado e l d í a de los funerales de Ei rov. (Funerales g i gantescos , t ea t r a lmente per f ecto^ ) . Pero l a masa obrera de Le-idsgrado ha quedado ñel a l propio ext r emismo, a l a propia "herej ía '* t rotzkis ta.

£1 soldado f inés m e mue stra a Sta l in con el dedo y sonr íe .Antee de meter el volumen en el l ibrero, pegado a los mianualestécnioos soviét icos , hojea las úl t imas páginas con i rómca aten-dóin. Els tán Benas de diseños de má quin as , fotogra f ías de m áquinas . (Bajo la piel del soviet ísmo, corre una savia del "amerí-

cani^no '* sorprendente) . Los e l ementas del " amer icani smo" sonevideatfaimoe en la vida y ^ la concepción soviét icas . Vis ibles ,como f l fmb(¿o, además que en cier tas declaradas af i rmaciones yabier t as fórmulas de Lenin ( su def in i c ión "amer icana" del b<^chevi smo es notor i a : Sovie t+elect r l f ícaciÓn=bolchevi smo) t am bién en dercas manías t í p i cas suyas , más f r ecuentes en los ú l t i mos meses de su vida, cuando ya agonizaba en una vi l la cercanaa Moscú. En los días que precedieron a su muerte, I tenin pasabahoras y horas t i r ado en un g/Ma, dibujando sobre pedazos depapel , con el lá^ perf i les de máquinas y de rascacielos . En el

r=2áé~

interesant ís ima, de t res , cuatro, cinco años de i )ermanencia

los tal leres y canteras , en los koShoz y minas de la Unión Sovt ica, y publ icados por edi tores de absoluta ser iedad e imparcl idad. El los concuerdan todos con el carácter "americano" demoral comuni s t a , de l a sociedad comunis t a . Se entenderán mchas cosas , aún en comparación a la pol í t ica de los U.S.A. y l a U.B.S:S. , s i s e toma en cuenta es t a analogía) .

Sal imos de l a t r inchera y ent r amos en los bosques de los queños puestos . A derecha e izquierda del sendero se ext iendlos tabl^pos de la zona minada. Es necesar io proceder cautelosmente, s in producir el más núnimo ruido. (Allá, f rente a not ros , los vigías rojos paran el oído ai rumor de nuestros zapt o s ) . Me parece que l a n i eve suena hor r ib l emente bajo l a sude goma de mis ^Vlbram" . A der to pun to debíamos se para muno del otro y proceder a escondemos detrás de k>s árboles . Al l egamos a l pequeño pues to . Es una media luna de t roncos p inor r eforzada de p iedras y n i eve bat ida . De pie , j unto a l papeto , la cabeza apenas sal ida un poco de la f rági l mural la, el g í a f inés acecha e l bosque. Es e l "hombre muer to" , e l var t íocent inela avanzado, aquel que en un t iempo se l lamaba entre not i ros "cent inela muerto" .

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Es un soldado de unos t r e in t a años , oscuro , bajo de es t a tura ,flaco. Tiene e l ros t ro surcado de sut i l es ar rugas concént r i cas entomo a los ojos y a la boca. Un ros tro viej ís imo^ parece decrép i t o : es por el ref lejo helado de la nieve, aquel la luz azul ina delbosque, que se le mete sobre la cara como una máscara de x>apelar rugado. Los o jos f i j os , l a qui j ada f i rme, inmóvi l . Gruesas l ágr imas l e cor r en por e l ros t ro cubier to de ar rugas . Parece cas ique Hora. £s el f r ío, la tensión nerviosa, es la f i jeza de aquel lami rada aguda y helada, que l e expr imen l as l ágr imas de los o jos .Aquel la especie de l lanto s i lencioso, de l lanto vir i l , t iene algo deext r aordinar io , de mis t er ioso , de conmovente . Aquel hombre que

i rboles , l a mancha de los mator r a l es . Es una luz gr i s , ext r a ídle tenues ref lejos azules . Una extraña luz azul ina, l iquida, inmóvil , como aquel la de un lago.

"El hombre muer to" en un momento vuelve l a cabeza. Mmira. Es una mirada clar*i y f r ía. Me penetra en el cuerpo comuna de esas espadas desnudas que los t r agaespadas s e meten el a garganta . Pos iblemente es una sonr i s a aquel lo que s e d ibujBn sus labios , en aquel ros tro l lei io de lágr imas. Pero es un momento, apenas un relámpago. El var t io vuelve la cabeza y se vueve a congdUir en aquel la posición suya de es tatua. Y poco a poct ias ta^yo comienzo a percibir los miles de mudos sonidos de aqu

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l lora, solo en la f lores ta, a dos pasos de la muerte. Parece que

no respira. Cuando le l legamos por las espaldas , ni s iquiera volt ea . Es e l var t io , e l "hombre muer to" . Parece un cadáver en e lcual la vida se ha refugiado toda en los ojos y en las orejas . Está tenso a recoger el más leve sonido, los rumores impercept iblesa mi ore j a profana.

Aquel lo que para mí es s i lencio, para el var t io es un menudot r enzad o de voces, un coro inmenso de mudos rum ordl los . El v a r t io es como una antena humana que in t ercepta l as ondas sonoras de la ñores ta. El enemigo es tá al lá, f rente a él , a doscientosmetros de dis tancia. IMez, veinte ojos lo espían por detrás de lostroncos de los árboles . El perf i l de su cara osci la en vi lo sobre

diez , veinte grados . El var t io no es ya más sólo un hombre. Esuna best ia selvát ica, todo sur^ ins t intos animales es tán concentrados en la pupi la, en el lóbulo de la oreja, en la punta de losneryios . No mueve una ceja , no mueve l a cabeza. Un t emblarnervioso le palpi ta en las nar ices . Tengo la impresión de que s iuna bala le golpease en una s ien, aquel ojo suyo f i jo, no se apagar ía, aquel temblorci l lo nervioso cont inuar ía a palpi tar en sunar i z exangüe.

La luz poco a poco se hace más densa y parece que se esfumara, como un leve humo, dejando en sombras los pies de los

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inmenso s i lencio.

Es conio un respiro cal lado, un rumor, un leve rumorci l lUna r ama suena. La hoja de un abedul cae rodando. Un grapájaro vuela ent r e l as frondas . U na ardi l l a s e mete sobre e l t ronco de un pino. Y un r a to después , " s i ento" l a mi rada de los vIf ias enemigos , invis ibles al lá abajo, f rente a nosotros , a unodoscientos pasos de d i s t ancia . "Siento" que me vigi l an . Suspendo el respiro. A nuestra derecha, de improviso, se levanta ugr i to largo, un gr i to convulso, doloroso, un gr i to largo como uncarcajada. Es cas i una carcajada, dura , mala . Parece e l gr i to duna £u-di l la. Y rápidamente la carcajada, es apagada por uqdescarga de fus i les-ametral ladora: los proyect i les x>asan zumba

do por nues t r as ca bezas . (Alguien camina sobre l a n i eve a l lá a bjo . Se oyen sonar l as r amas , un r esü^ro afanoso) . Después , e l slencio.

El "hombre muer to" no se ha movido, n i s iquiera ha pes tñeado. Como un bloque de piedra, como un t ronco de árbol apoydo a l parapeto del x)equeño pues to . Ext r aña guer ra és t a de f lores ta . Ex t r año s aspectos de es t e inmenso s i ti o . Al l á abajo , paquel l as panta l l as de árboles , por l a exterminada di s t ancia de selva de Lumisuo, se adivina la enorme ciudad l lena de desespración y de voluntad fanática, las calles de los suburi!>ios llen

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de t r inche ras , de caminos , e l pue r to poblado de nav es pr i s ioneras ,en la es tación enjambres de autos y convoyes paral izados , lasplazas l lenas de gent íos s i lenciosos , entre el ruido de los al toparl a n t e s . Y aquí , en es t a f lores t a , una cadena de "hombres muer t o s " , ext r ema avanzada de un e j ér c i to f r ío , impas ible , t ac i turno.

Mientras ref lejo los s ingulares aspectos , los duros contras tesdel s i t io de I^eningrado, se oye de improviso, a nuestra izquier-da, un rápido fuego de fus i les y ametral ladoras , las explosionessordas de l as bombas de mano. El vsariio se qui t a del parapeto ,aferra la bocina del teléfono, pronuncia algunas palabras en vozbaja, lentamente vuelve a poner lá bocina en su lugar , y regresa

X X X I X

M A S C A R A S D E H I E L O

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a apoyarse al muri l lo de t roncos y piedras . **Están atacando el

pequeño pues to de nues t r a i zquierda" , me secre t ea en l a ore j a e lt en i en t e S va r ds t r om .

Debíamos r egresamos . Antes de dejar e l pues to avanzado,dejo sobre e l parapeto , j unto a l ro r t io , dos caje t i l las de c igar ros .£3 "hombre muer to" n i s iquiera vol t ea , como s i no l as hubiesevi s to . £n las arrugas de su ros tro la luz azuHna del bosque seref l e j a cansada y profunda. Parece un ros t ro de papel azul . Y denuevo, el l íquido s i lencio de 2a f lores ta. Mientras desf i lamos unoa uno por e l es t r echo sendero , una bala perdida me zumba en l aoreja y se clava rugiendo en el t ronco de un árbol . (Aquel ros troHeno de ar rugas , aquel ros t ro surcado de l ágr imas . £1 l l anto del

var t io solo en l a ñores t a) .

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Riberas del Ladoga, a espaldas de Leningrado^ abr i

Se baja a l l ago a t r avés de una cer r ada mancha de arbus tosent r e enormes masas de grani to ro jo esparcidas aquí y a l l á , en ebosque cubier to de cr á t eres de l as granadas sovié t i cas . Y a ut r echo, f r ente a nosot ros , s e abre l a inmensa extens ión azuladdel Ladoga, de es te '*Caspio de Europa". Es como un espejo dplata incrustado en el duro marco de la f lores ta. La superf icieaún helada, ref leja el cielo con un esplendor violento y ní t id(Esta mañana, el hielo es tá lúcido, ^e un bel lo color de vidr iTiene el mismo color verde-azulado del vidr io de Murano) . Lr ibera soviét ica aparece indis t inta en el hor izonte, ax>enas af lorante de un polvi l lo plateado de ref lejos de madreper la.

Este es el punto muerto del cerco del s i t io. Aquí fal ta uani l lo a l a cadena. De es t a r ibera , has t a l a punta avanzada germana de Schlüsselburg, se ext iende la inmensa superf icie hlada del Ladoga. Cuando, en el úl t imo otoño las t ropas f inlandesas provenientes de Tapper i , l l egaron a es t e t r amo ext r emo dla or i l la del Ladoga, y los alemanes , girando a la espalda de Le

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DÍngrado ocuparon Scblüsselburg, (en el punto donde el Neva,desembocando en el lago, se mete en la ciudad), el cerco del si t iopodía deci rse soldado y la ant igua capi tal de los ant iguos Zarescomple t amente encer rada . Por a l gún t i empo, de hecho , n ingunaayuda podrá romper e l b loqueo y pene t ra r en l a c i udad .

Pero viene el invierno. El lago se cubre de una espesa capade hielo. Y sucede aquel lo que estaba previsto por el Comandogermano y f i n l andés ; para un i rse has t a l a s i t i ada c iudad , e l Comando sov i é t i co i n t en t a aprovecharse de l puen t e de h i e lo de lLadoga. Aunque audacísimo, el proyecto, estudiado por los tée-^

l a t e rcera par t e de l p royec to . E l o t ro p royec to , de a r ro j a r sobrel lago el r iel del t ranvía qui tado de las cal les de Leningrad(apoyado sobre un espec i a l s i s t ema de durmien t es a perno y balanza, que debían haber absorvido y anulado los movimientode l h i e lo ) , se mos t ró i nu tü i zab l e por var i as razones t écn i cas quser í an demas i ado l a rgas de exp l i ca r y ac l a ra r . Fué dec id ida entonces, la const rucción de una doble pista para camiones.

El problema del aprovisionamiento, de víveres y municionede la población civi l y del ejérci to de Leningrado, es un problema formidable, y bajo muchos aspectos i rresoluble. No es fácabastecer por una pista bat ida por la art i l lería y la aviación, un

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nicos del genio mi l i tar ruso, podía también no aparecer, a pri^

mera v i s t a , i r rea l i zab l e . Se t ra t a nada menos que de cons t ru i r^sobre la helada superficie del lago, una vía de ferrocarri l a dobleriel , de una longi tud de cerca de cincuenta ki lómetros. La pro^paganda inglesa, dando por cierta la not icia, habló de la vía at ravés del Ladoga como de una cosa hecha. Pero las di ficul ta^des , b i en p ron to , se reve l a ron enormes . E! p r imer t ramo de h^

vía, una decena de ki lómetros, está l i sto; el convoy, l i sto para 1»inaugurac ión , se descar r i l ó .

Si bien la superficie helada del lago es poco accidentada, (enconfronte a aquel la del mar, en donde el movimiento de las olaSse advierte en imprevistos amontonatnientos de aquel las, en ba

rreras de crestas de hielo de más de un metro de al tas, por efec-^to de las olas congeladas 3¡\ se r so rprend idas por l a repen t i namordida del frío a 40 grados bajo cero), todavía el espejo heladode l Ladoga se p resen t a ondul ado , movido , ro to por p rofundasgrietas y al tas encías duras y cortantes como vidrios. Se agrega-{^quel fenómeno térmico, por el cual la cost ra del hielo se muevecont inuamente, cambia de aspecto casi cada día, según la osci 'lación del termómetro. Estos movimientos t ienen, sobre la est ruc^tura del hielo, de donde son notadas las propiedades de elast ici 'dad, efectos sensibi l í simos: tales, que el proyecto de la vía tuvoque se r abandonado , y l os t raba jos se v i e ron i n t e r rumpidos e»

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ciudad de casi cinco mi l lones de habi tantes. Los autos bl indadonecesar i os para t an g igan t esca p roeza , l e fa l t aban a Len ingradoademás de movi l izar todos los vehículos disponibles en la si t iadciudad, fué necesario hacer aflui r sobre la ribera del Ladoga, muchos centenares de camiones de la región de Moscú y convoyapor l a cabeza de puen t e de l a p i s t a una g ran par t e de l os camiones ingleses y americanos que comenzaban a l legar por la víd e M u r m a n s k .

Se t ra t aba no ya de es t ab l ecer una v í a de comunicac ión segura y defini t iva, sino de aprovechar los meses invernales pardar ox ígeno a l a c i udad s i t i ada . Se i s m i l t ranspor t es de guerr—cuantos ocurr í an por l a cadena de convoyes— neces i t aban n

menos de doce mi l choferes, sin contar con los mecánicos destnados a los tal leres de reparación ct»nst ruidos sobre la ribera soviét ica del Ladoga. No olastante la enorme di ficul tad, la const rución de la pista para los camiones a t ravés del lago, f 'xé l levada cabo, y el f lujo de abastecimientos comenzó a recorrer aqugigantesco puente de hielo.

Durante el día, vista desde el ai re, la pista parece abandonada, desierta, recorrida solo a veces por cualquier auto sol i tarioy en los días nebulosos de raros convoyes de camiones, a gradistancia uno del ot ro. Es durante la noche que el t ráfico reg

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lar corre sobre el "puente de hielo" . Y la noche, en el corazón delinvierno, es una dura enemiga. La superñde del l ago es cont i nuamente bar r ida por impetuosos v ientos que soplan del nor oeste, de la depres ión del Onega. Son los vientos del Mar Árt icoGlacia l : verdaderas bor rascas de n ieve, t ormentas de una viol encia . t er r ib l e . La inm ensa cos t r a he lada es r ecor r ida por es pantosas t rombas de n ieve, que l evantan pequeñí s imas par t í culasde hielo, al tos embudos de nieve endt i recida por e! &ío. En el inf ierno de la tormenta, los convoyes soviét icos se meten sobre lapis ta camionera, que par t iendo de la or i l la soviét ica del I^doga yde Lidnia, l lega a la r ibera opuesta, a Morie, al noroeste de Sch- i

Desde entonces , los convoyes fueron escol tados por tanques

l igeros . Una l ínea de señales luminosas fué dispuesta a lo largode los cincuenta ki lómetros de recorr ido. Patrul las de cazadoress iber ianos que real izan, se podría decir , la tarea de pohcía de caminos , r ecor ren co nt inuamente l a p i s t a par a los camiones . Y e lpaso a t ravés del Ladoga, bien o mal , se desenvuelve con cier taregular idad. Pero es dif íci l hacer un balance con la ayuda efect i va recibida del '*puente de hielo" para la res is tencia de la ciudadsi t iada. Sin duda el balance es act ivo. Pero no en una medida talde permit i r al Comando soviét ico de poder contar , en vis ta de lapróxima cont inuación pr imaveral , con suf icientes víveres y muni

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l üs selburg .

Al pr incipio, sucedía f recuentemente que es tos convoyes sesal ieran de la pis ta y perdieran el camino, o fuesen obl igados apermanecer horas y horas en medio del l ago en espera de ayuda. En a lgunos casos , l as máquinas fueron abandonadas def in i t ivamente por sus t r ipulantes , y durante e l d í a l as bombardeabanla aviación alemana y f inlandesa. I lace t iempo, por el alba máso menos, una patrul la de s iss i t f ineses que había sal ido de exploración por el lago, escuchó frente a el la, entre el polvi l lo blancode l a tormenta , un rumor de motores . Era é l " t r en de h ie lo" que,habiéndose sal ido de la pis ta, se acercaba inconscientemente a lal ínea f inlandesa. Los s iss i t , zigzageando cautelosamente sobre la

superf icie helada, los acompañaron por largo t recho con el propósi to de dejar lo acercarse lomas posible a la r ibera f inesa. Peroen c i er to punto , e l " t r en" descr ib ió una ampl i a curva y s e r egresó . Se habían dado cuenta del er ror . Fué entonces cuando l a pat rul la atacó a los camiones de la cola, aunque no fuesen armadosmás que de mosquetes y de alguna konepis tool i , los s iss i t lograron a i s l ar los e incendiar los . Empresa ext r aordinar i a , que por l ascircunstancias , por el hecho de combatirse en medio de un lagoy por la técnica de los s iss i t , recuerda en cier to sent ido el ataquea los convoyes marinos por par te de una f lot i l la de torpederos .

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ciones . Un s íntoma claro de la s i tuación se encuentra en es to: que

la act ividad de la ar t i l ler ía rusa ha venido disminuyendo día adía en los úl t imos dos meses , de un modo notabi l ís imo.De los datos recogidos por el Comando f inlandés , sobre el

f rente del Is tmo de Gareha, y especialmente en aquel los de Val-keasaar i (Bielos trov) y de Alexandrowka, que son los dos sectores más del icados de todo el cerco del s i t io, resul ta que en el mesde enero la ar t i l ler ía soviét ica disparaba, cada día, cerca de 1,500proyect i les de pequeño y medio cal ibre, por cada cinco ki lómetrocde f r ente . Una media bas t ante a l t a .

Coando yo l legué por pr imera vez al f rente de Leningrado, af ines del pasado febrero, aquel la media había bajado a 600 pro

yect i les diar ios . Dos semanas después había bajado a 250. Se observa que mient r as en enero y f ebrera l a art i l l er ía rusa a gredía al as pat ru l l as adver sar i as , y t r a t ab a de ha cer ca l l ar l os a l topar lan-tes f inlandeses de t r inch era, con el fuego de pequeñ o y medio cal ib r e , desde hac e dos meses lo hace sólo con el fuego de las am etra l l adoras y con cualquier l anzagranadas , t r a t ando as í t ambién dedi sper sar a l as pat ru l l as f inesas . Bas tar í an es tos datos para probar que el "puente de hielo" no ha dado el resul tado que el Comando sovié t ico s e promet í a . La cant idad da ma ter i a l , v íveres y

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municiones, int roducidos a la ciudad, no pudo ser ta] de asejTurar

Una defensa muy act iva,Pero dentro de poco, un día u ot ro, el "puente" se hundir^.

El deshielo ya diseña ext raños arabescos sobre la cost ra dehielo, que de lo al to de la ribera finesa aparece tal lada como u nade aquel las corazas del renacimiento^ donde los mot ivos geomét r i cos puramente decora t i vos , se en t re t e j en con d ibu jos de f i guras humanas, a festones de fruta, a paisajes de fantást ica ai*,gui tectura. Una bel l í sima coraza reluciente» manchas de vastaszonas opacas , l as zonas que denunc ian l a enfe rmedad pr i ma ve radel hielo, aquel la especie de sama, aquel la florescencia de bol i tasde ai re que se forman en el hielo en los primeros días de la pri

puenteci l lo lacust re; los carteles, con los cabal íst icos signos delComando, las flechas indicando los caminos minados, los t r ineosen forma de barqui l la para el t ransporte de los heridos, de lasarmas y de las mtmiciones( algunos son de tela o de goma, especie de barcos neumát icos, montados sobre pat ines y ot ras sonverdaderas barqui l las de madera, con la qiül la plana, como losbarcos lacust res) todo concurre» a crear en la atmósfera, a sugerir la i lusión de un puerto. Ca<i ^ par de horas se as i s t e a l a "botadura" de una pat rul la. Los sissi t se al indui en la playa, desc i enden a l agua , za rpan , se puede ded r , desaparecen ráp idamente en el reflejo azulado de] hielo. AhAjo, a l fondo , es t á l a r i b^asoviét ica, l lena de cañones en defensa del "puente de hielo" y del

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mavera , anunc i an su muer t e i nminen t e . ^1 t rá f i co a t ravés de llago, ya reducido por la disminución de las ho ras no cturn as (losd í as se a l a rgan de manera sorprenden t e : ya l as noches no sonaquel las breves pausas de blanquizca luz de sombra luminosa)se ha hecho pel igroso por el precario estado de sol idez del "puen^te de hielo", las señales luminosas se hacen siempre más frecuent e s , en él corazón de la noche: son rayos rojos, verdes, blancos,que se manifiestan de improviso en la l lanura helada, surcan elcielo, de un modo primero fulmíneo, después siempre más lento,hasta que la fuente de luces se di lata en el ai re, se confunde conel reflejo madreperl ino de la noche ya clara.

Desde que me encuentro en este frente del Xjadoga, he tomado el hábi to de esperar el alba en la ribera del lago, sobre la p«.quena p l aya de donde par t en l as pa t ru l l as de esqu i adores paralas exploraciones nocturnas. Parten de aquí , de esta pequeña ensenada, que es, se puede deci r , el puerto de las pat rul las de sissi t .Todo es t á d i spues to como en un puer to : l os a rmeros para l osmosquetes y los percheros para los esquíes y los ganchos paral as cami sas b l ancas , parecen redes de pescadores p u e s ^ a sa carse; los montones de cajas de municiones t ienen el ai re deaquel los montones de mercancías que esperan el t rayecto en el

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Canal Stal in, la gigantesca arteria const ruida por los bolcheviques para uni r el Bfar Blanco al Neva, esto es, el Golfo de Finlandia al Bál t ico. En las noches t ransparentes, se dist ingue a ojodesnudo la lámpara roja de los faros, que señalan el lugar dearribo a los convoyes de camiones provenientes del "puente". Esun relampagueo ri tmico de luces, un palpi tar de fuegos simi lar aaquel que al navegante revela desde lejos su aproximación alp u e r t o .

Era cerca de l a l ba es t a mañana , cuando un v ig í a ha seña l adoalgunos rayos en di rección al "pnente". Me subí con algunos ofi c i a l es sobre un p romontor io , desde donde l a v i s t a se ex t i ende .^

lo lejos sobre el lago. Y pocos instantes después, he podido dist inguir claramente, a breves intervatos, cinco, nueve, doce rayosverdes y rojos, escalonados^ a una <fist .ancia de unos diez kilómet r o s . Era un convoy que i n t en t aba pasar . Pero a lguna cosa deb ióhaberle sucedido, porque después de unos diez minutos, las señales se repi t ieron, esta vez con intervalos mucho más breves.

Ya los convoyes comienzan a hacerse raros, son los úl t imos.E l " p u e n t e " y a r u m o r a , & la orilla de la ribera, la orilla del hielose hace opaca, se rconpe, l lenándose de cicat rices blancas, la superficie se hace menos arrugada, la nieve, derri t iéndose deja

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desnuda l a p l and i a de c r i s t a l , y a t ravés de l vidrio se descubre e lfondo del lago. (£1 Ladoga no es muy profundo: cinco» seis met ros cuando mucho), un fondo lodoso, todo plegadizo como unafalda almidonada. Son los pl iegues que hacen las olas del lago.En a lgunos pun tos , donde l a p rofundidad de l agua es escasa , l acost ra de hielo es así de gruesa que toca el fondo. Se ven famil iasen t e ras de peces p r i s i oneras de l c r i s t a l , encer rados den t ro de

^aque l g ig^t esco " re f r i gerador" . Los so ldados van de pesca conlos picEihielos, rompen el hielo a martil lazos y con punzones ysacan l os peces como de una Melera .

Q}n e l p r im er desh i e lo , e l l ago reve la sus ex t raord ina r ios se

sod io) . Aquel l o que me ap are da en l a capa de h i e lo , e ra u na imagen maravi l losa, l lena de uña dulce y conmovedora piedad. Ercomo la sombra, del icada y viva, de hconbres desaparecidos eel misterio del lago.

1.a guerra, la muerte t iene algo de esta del icadeza misteriosal l ena de un a l t o a l i en to l ír i co . I A gue rra c i e r t as veces t i ene cu ido de t ransformar en bel leza su imagen más real í st ica» casi a uc i e r t o pun to se supera e l la m i sma de l a p i edad que e l hombre debe a sus . semejan t es , que l a na tu ra l eza debe a l hombre . S in duderan aquel las las imágenes de soldados soviét icos caídos en lt en t a t i va de pasar e l r i o . Los mí seros cue ipos permanec i e ron t o

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cretos, sos misterios. Pasaba el ot ro día cerca de una leve ensenada sombreada de muchos abedul es c l a ros . Un grupo de so ldados estaba rompiendo, a golpes de picos, con gestos violentos ypiadosos, una especie de grueso bloque de cristal verde, dent rodel cual está aprisionado el mísero cuerpo de algún soldado finlandés. (En las minas de sal de Wei lUzka, en Polonia, he visto, eneneix) pasado, prisioneros en cristales de sal , pequeños peces,p l an t as mar inas , conchas . Y ayer en l a mañana , m ien t ras paseaba hasta la ori l la del Ladoga, a la desembocadura de un riachuelo que desemboca en l a f l o res t a de Baikko l a , me he dado cuen t aque caminaba p rec i samente sobre l a bóveda de h i e lo que cubreéí río. Ola bajo de mi gorgol lar el agua, aquel rumor sofocado

de la cur í en t e . Ba j é l os o jos y v i e l agua c or re r t umu l tuosa ba jomis pies. Bfe piprecfa caminar sobre una plancha de vidrio. Estaba casi suspendido en el vacío. Y a un t recho, tuve una especiede vér t i go .

Impresa en e l h i e lo , es t ampada en e l t ransparen t e c r i s t a l ,aparec í a ba jo l a sue l a de mi s zapa tos , una f i l a de máscaras dev idr i o . (Gomo una imagen b i zan t i na) . Que me ve í an , me mi rabanfi jamente. Sus labios eran finos, consumados, los cabel los largos , l as nar i ces a f i l adas , l os o jos g randes , c i a r í amos . (No e rancuerpos humanos, no eran cadáveres. Si asi fuesen, cal laría el epi -

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do e l i nv i e rno a t rapados en e l h i e lo , hab í an ñdo agar rados pol as p r imeras cor r i en t es p r imavera l es de l r í o , deshecho de sul azos de h i e lo , pero sus ros t ros hab í an permanec ido en l a superficie de hielo, estampados en él puro, helado cristal verdazulado. Me veían con serena atención, casi me parecía que mseguían con los ojos.

Es t aba encorvado sobre e l h i e lo . Me h inqué y pasé l a mancon dulzura sobre aquel los diáfanos visos. El sol , ya cal ientt rasp asab a aque l l os ros t ros , y l os re f l e j os de l so l en e l agua , qucorr í a aba jo gorgo l l ando , b r i ncaban en a l t o , encendi éndose como un fuego de l uces en t omo a l as pá l i das f ren t es t ransparent e s .

Regresé a mediod í a sobre e l sepu l c ro de v id r i o . £1 so l ha l ^ya cas i deshecho aque l l as imágenes mu er t as . No e ra má s que recuerdo , l a sombra de l os ros t ros . As í e l hombre desaparecborrado por e l so l . Aquel l a caduca v ida suya . (Es t a mañana nhe pod ido rasura rme f ren t e a l espe jo . No , verdaderamente npodí a , he ce r rado l os o jos y me he hecho l a barba a o jos ce r rd o s ) .

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XXX

COMO EL PATIO DE UN TALLER DESPUÉS DE UN A

HUEL GA FRUSTRADA

número mujeres ) hacia cola f r ente a l a ent r ada del mausoleoFinalm ente en t r é . En l a pequeñ a pieza, cegada por l a luz des lumbrante, Cándida y f r ía de potentes ref lectores , Lenin se me aparece extendido en la caja de cr is tal , yes t ido de negro, la barba los cabel los rojos (pocos cabel los en tomo al gran cráneo calvoel ros tro blanquís imo, color cera, l leno de pecas amari l las , lmano derecha apoyada sobre el costado y la otra sobre el pechcon el puño cerrado, un minúsculo puño blanco, pecoso. Lendormía , envuel to en l a bandera ro ja de l a Comune de Par í s d1871. Su redonda cabeza, de la enorme frente, posaba sobre u

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Riberas del Ladoga, a espaldas de Leningrado, mayo.

No se puede comprender el secreto de la vida social soviét icay de la misma moral soviét ica, s i no se toma en cuenta es te hechofundamental : que l a s r andi s ima mayor ía del pueblo sovié t i co(quiero decir los jóvenes y los hombres de menos de cuarenta,cuarenta y cinco años^ es to es , aquél los que no conocieron al an-

tigruo reprimen, o porque nacieron después de la revolución, oporgue en octubre de 1917 es taban apenas en la adolescencia) not i ene un concepto de l a v ida u l t r a t er r enal , no t i enen ninguna es peranza ni ninguna sospecha del más al lá. No espera, no cree enla g lor í a fu tura . N o espera . Es u n pueblo que va hacia l a mu er t ea ojos cerrados y no espeía poder los abr ir al lá» f rente al muroblanco y l iso'de la muerte.

Algunos años hace, encontrándome en Moscú, fui a vis i tar latumba de Lenin en l a Plaza Roja . Me acompañaba un obrero conel cual había hecho conversación mientras , confundido con lamult i tud de obreros y campesinos (cas i todos jóvenes y en gran

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coj ín. "El cráneo de Lenin —ha escr i to Wells— parece el de Ba

f our" . Cua tro cent ine las , con la bayo neta calada, vigi lan los cutro lados de la es tancia, cuyas dimensiones no son mayores dcuatro metros por cuatro. Una capi l la racional , de l ineas precisaque podr í a haber s ido di señada por Gino Pont i . Una capi l l a pacustodiar las rel iquias de un santo, su osamenta de res ina s it é t i ca , de baquel i t a , de un santo moderno. Es tá prohibido parase cerca de la caja de vidr io: la gente desf i la lentamente, en f iindia, s in detenerse. Yo veía el embalsamado cadáver de I jeniYa un a momia, de una imp res ionante evidencia en aquel es t r ecespacio, en aquel ataúd de cr is tal , bajo la blanca luz deslumbrate de los ref lectores eléctr icos .

He preguntado a l obrero que me acompañaba, en tono de rproche: " ¿Por qué lo han embal samado? Lo han conver t ido m om i a" .

"Nosotros no creemos en la inmortal idad del alma", me repondió aquel .

Su r espues ta er a t er r ib l e , pero s imple y hones ta . Habr í a tdavía podido responderme algo más. Porque la cosa no se l imitano creer en la inmortal idad del alma. El respeto a los muertoel cul to a los muertos , puede surgir de un al to y sagrado eüpír i taú n s in es tarse l lamado a la creencia de la inmo rtal idad alma. Yo no creo que sea un juego la misma idea de la muert

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en su más desnuda esenc i a . La muer t e para l os comuni s t as esun muro l i so, compacto, sin ventanas. Es un sueño helado y cerrado . Un mundo v^cío. i

En es t as re f l ex iones es t aba es t a mañana , cuando en t rabaen un cementerio de guerra soviét ico. En los l ími tes de la floresta de Baikkola, en las proximidades del Ladoga, se al inean sobrelas col inas (no son precisamente col inas, sino vastas ondulaciones, dulces, largas ondas de t ierra) los cementerios soviét icos:rec in tos desnudos , c i rcundados de rús t i cas ce rcas de a l ambresde púas . Son los campos de concen t rac ión de l os muer tos . S urge ,a la ent rada de cada cementerio, una especie de arco de t riunfo,

cosas vivas. Quiero deci r que un cementerio comunista es, ecierto sent ido, la imagen perfecta, concareta, de la abst racta moral comunista, especialmente en su comparación con el mundo dlos sen t i dos . Los s ímbolos que adornan l as t umbas sov i é t i cal as bar ras p l an t adas sobre l os p romontor ios , re f l e j an con i nmediata potencia expresiva, uno de los elementos fundamentales dla moral comunista, de aquel la '*moral obrera" afinada y, di rícasi "est i l izada", por la cot idiana convivencia con las máquinacon los "an imales de acero" . A lgún d í a se podrá dec i r cuán t a responsabi l idad tuvieron las máquinas, la famil iaridad con las máquinas, en la formación del mundo moral del comunismo. Cuán

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un arco de madera pintado de rojo, con la hoz y el mart i l lo y al gunas pa l abras esc r i t as con b l anco . De es tos cementer i os , aúnmás que de los museos ant i rrel igiosos y de la l i teratura de propaganda del bezbojniki (el "sin Dios"), es posible darse cuentade la idea que los comunistas se hacen de la muerte. Es una ideaabs t rac t a , que en sus fo rmas f í s i cas , mat e r i a l es , se enc i e r ra enun dogmat ismo frío y desnudo. Quiero deci r , y espero que laatención del lector se detenga un instante en esta expresión,qu i e ro dec i r que " l a muer t e para un comuni s t a , es una máquinaqui e t a" .

Una máquina qu i e t a : he ah í l a pa l abra . Una be l l í s ima máquina moderna, de acero lucidísimo, de aquel acero casi azul , con

sus ruedas, sus ci l indros, sus válvulas, sus bielas, sus pistones,pero s i n v ida ya para l i zada . La muer t e comuni s t a . Un Tana t es deacero c romado . Una máquina : no un hecho mora l . Un hecho puramente fí sico, mecánico: no un hecho de orden moral , (Perot ambién has t a una máquina , t i ene su l ado metaf í s i co , has t a unamáquina pertenece al mundo de la metafísica. No, los comunist as no es t án aún agregados a es t a a l t a concepc ión de l a muer t ecomo "máquina metaf í s i ca" ) .

Todo, en la moral y en la Wel lansehannng comunista, se reporta al mundo de los sent idos, al mundo de los vivos y de las

responsabi l idad espera a las máquinas y a la técnica, en la det e rminac ión de l a mora l comuni s t a .Las bar ras es t án p l an t adas sobre l os p ron ion tor i os , en e l l u

gar de la cruz, con rígida simetría. Son, en su mayor parte, bar ras de h i e r ro . Rar í s imas aque l l as de p i edra , (Cerca de Main i lsobre e l f ren t e de Valkeasaar i , he v i s t o un cementer i o de guerrsoviét ico donde las barras son de piedra, de aquel bel lo grani trojo de Carel ia, del cual son const ruidos gran parte de los máant i guos pa l ac ios y monumentos de l a c i udad de Pedro e l Grande . Sobre l as bar r as de g ra n i t o es t á n i nscr i t os l os nombres de lsepul tados, casi todos pertenecientes al grupo de una formaciósoviét ica de tanques; y en lo al to, a la cabeza de la columna dlos nombres cada promontorio t iene debajo los despojos de numerosos soldados— está esculpido un sol naciente, rodeado drayos, que lo hacen ver como una rueda dentada. En el discdel sol , la hoz y el mart i l lo. Me sorprendió el insól i to hecho dque l as bar ras fueran de p i edra . Pero , dando vue l t a por l at umbas , descubr í , en e l reverso de l as bar ras , o t ros nombres , es t os e ran f i n l andeses . Un so lo nombre por cada bar ra . Y a r r i bde l nombre es t aba escu lp ida l a c ruz , l a desnuda c ruz l u t e ranEran por l o t an to , l as bar ras de un cementer i o de cua lqu i e r adea finlandesa, que los rusos habían tomado de las tumbas, 11a

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mémosl as as í , l eg í t imas , para que l es s i rv i e ran como l áp idas asus ca ídos . Debo agregar que aque l cementer i o sov i é t i co de guerra está bien dispuesto, crai cierto cuidado piadoso. El recinto noes de a l ambre con púas s i no de una ba j a ce rca de madera de abedu l ; y f ren t e a l cementer i o , en un b reve sendero , p l an t ado dep i edras de g ran i t o reun idas una a o t ra con l as cadenas de l ost anques des t ru idos que i>er t enedan a l as t r i pu l ac iones sepu l t a das en es t e rec in to . Pero és t e es e l ún i co cementer i o con bar rasde p i edra que yo haya v i s t o : t odos los demás l as t i enen de f i e r r o ) .

Aquel l as bar ras de f i e r ro p l an t adas s ímét r i cam^i t e en e l t e

po asomaba de una j au l a ce rcana a l a en t rada . V^i í a de l i n t e r i o rde un colosal hangar, un rí tmico sonido metál ico, casi el rumorde un enorme t £un- t am. Segu rame nte a lgún mar t i l l o , a l gunap r e n s a .

Y ahora este rí tmico rumor, este cadencioso mart i l lar sobrela gigantesca lámina de acero del horizonte, este oscuro, profundo t am-t am, resuena , en es t e he l ado s i l enc io , no como e l rumorde los cañones, sino como d metál ico sonido de un mart i l lo sobreun l i ngo t e de p i edr i t as . Cas i d i r ía que es t e cemen ter i o ha es t adoabandonado has t a ahora por l os obreros . Porque , por una ex t ra

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r reno desnudo , no ' son o t ra cosa que t i ras de g rueso l a t ón o es cudos de t r i nche ra , o pedazos de car r os b l i ndados , o par t e de l ascarrocerías de automóvi les y camiones, o colunmil las de piedreci -Uas qui tadas de quién sabe donde (de aquel las columni l las de lasfuentes de plaza de aldea) y basta de placas indicadoras de cal les,o simples paralelepípedos de madera revest idos de latón. Los nombre s de l os mue r tos es t án i nscr i t os descu idadamente y l a mayor í ade e l l os p in t ados . Aqui l as s i ngu l a res bar ras , aque l l os so l es nac i en t es que parecen rued as den t ad as , dan a l cementer i o el aspec tode un pa t i o de t a l l a r met a lú rg i co : de aq u ^ os pa t i os en l os cuquesyacen esparcidos, aquí y al lá, o amontonados en un ángulo, a lol a rgo de l muro qu e l o c i rcunda , pedazds de meta l en b ru to o semi -

e l aborado , par t es de máqui íu i s ox idadas , motores l i s t os para se rmontados , o e l ementos de v i e j as máquinas fuera de uso , desmontados para se r env i ados a l a fund i c ión .

Me recuerdo haber v i s i t ado , a l gunos años hace , en Essen e lTa l l e r Erupp . Y ahora , recordándome, e ! i nmenso pa t i o de l afCrupp me reaparece en l a memori a como un enorme cementer i osoviét ico, l leno de barras de acero, de columni l las de piedra, del i ngo t es , de ruedas enchuecadas , de á rbo l es t o rc idos , de pedazosde ca ldera de l áminas , de ruedas den t adas parec idas a so l es nac i en t es , de g rúas g igan t escas . E ra 1^<^ y l a Fac to r í a Krupp es taba en crisis . El pat io parecía abandonado. El casco de un Schu-

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-'vm

ña asociación de ideas, este cementerio me t rae a la memoria elpa t i o de un t a l l e r después de un a hue lga f rus t r ad a : cuando , enl a l uz s i n i es t ra de la der ro t a , l os ob j e tos , las máqu inas , l os i ns t rumentos de l abor , t odo , asume un aspec to , has t a una fo rma i n só l i t a cas i una fo rma v i l , de una t r i s t eza y de una renunc i a impres ionan t es . Como de ob j e tos , de máquinas , de ex t raños an ima"l es de acero parados f ren t e a una puer t a ce r rada , f ren t e a unmuro blanco, l i so y compacto. Como símbolos de una vida extendida hasta el l imi te preciso en el cual la máquina ya no vivem á s .

Los nombres , y l os s ímbolos abs t rac tos , i nsc r i t os y p in t adosobre las barras de fierro en el cementerio soviét ico, t ienen e

mi smo va lor , e l m i smo s ign i f i cado , ( s i n querer mos t ra r i r reyerencia o fal ta de piedad crist iana, sobre aquel los míseros restohuman os sepu l t ados ba jo l os t oscos p romontor ios ) de l as seña l ero j as y negras i nscr i t as en un manómet ro , de l as c i f ras esc r i t acon el gis sobre el pizarrón colgado de las calderas, de la escalt é rmica a l o l a rgo de l os t e rmómet ros , de l as h i l e ras de númerode los cuentavuel tas del dínamo en la cent ral eléct rica, de lasflechas rojas osci lantes en los tubos de neón de las estacionesde radio. (Hasta la luz, sobre la floresta y las col inas, helada, f ija , azul ina, parece la fria luz violenta de una cent ral eléct rica, dun laboratorio químico, de im laminador en un establecimiento

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metalúrgico) . Algo de terriblemente preciso, abstracto, matemático. . Siempre e sa obsesión de la técnica, de la especial izadón,siempre la atmósfera desnuda y violenta del stakanovismo.

Viene casi de preguntarse si los símbolos y los nombres inscritos sobre aquellas barras de fíerro no tendrán el mismo valor,el mismo significado, de aquellas columnas de cifras que sobrelos tableros aparecen a la entrada de l(m varios grupos de un ta^Her soviético, y señala el nivel y la medía de ganancias, el puntomáximo y mínimo de la producción, el grado de stakanovismo aqu& han llegado el obrero y el g rupo. Sobre las barras á^ fierrodel cementerio, nó debía estar escri to: "Aquí yace, etc. , etc. ,*sino: "Estos son el máximo de ganandas obtenidas por los ¿om-

¿Cuál será el aspecto poUtico o social, o pueda ser, de este tado de ánimo? No es i>osible conocerlo ni preverlo. ¡Demasiadelementos de la si tuación interna rusa se interponen para podjuzgar. Pero es daio hasta ahora, que nada de humano, ni nade inhumano, es eíctraño a est e pueblo. Todo en est a enorme trgedia, rompe las reglas y los Hmites de las cosas y de los hechhonm&os. £ s ya un pueblo que odia a Dios en sí mis mo, s e oa si mismo, no ^lo en sus pr(^ios semejantes, sino hasta en

animales.Salgo del cementerio, me diri jo hada la aldea. A mi alre

dor, atíbre las col inas, se encurvan los arcos de triunfo de

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pañeros sepultados en la tumba".

¿Hay algo4e rel igioso en estos fúnebres símbolos soviéticos?

En est a pasión de la muerte, en esta ob sesi fo de la muerte (un

mito de sadismo y masoquismo, propio del pueldo ruso) que ca-

ract^iza muchos aspectos de la vida soviética. La misma £alta

de fé, la misma desesperación, la misma obscuridad absoluta,

no son seguramente obscuras señales de un inconsciente senti

miento rel igioso, en cuanto, a punto, el reverso de la fe?

E!stos sc^dados soviéticos que mueren así fácilmente, que

aceptan la muerte con una indiferencia así inconsdentemente

huida, así golosa, ignoran alguna gramática religiosa, cualqniersintaxis metafísica. No saben siquiera que exista el Evangel io.

Aqndlos que saben de Cristo lo saben a través de la imagen de

documentos antirrel igiosos, la iconografía pueri l de museos antl -

rel igiosos, el fanatismo tdasfemo de la propaganda de los bez-

bojkini . (En una iglesia de Moscú, bajo un gran Cmciñjo, apa

rece un cartel i to que dice: "Jesucristo, personaje legendario que

no ha existido jamás' ' . Citado también por André Gide en su

Retour de L'UJLS.S.). Saben que morirán como muere una pie

dra, un pedazo de madera. Como una máquina.

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cementerios soviéticos, la floresta de Baikkqla derra el horiz

te con su al to muro color turquesa. Por la cal le encuentro a grupo de prisioneros, escoltados por un soldado finés. Sobre u

camil la, portada por cuatro prisioneros, va un herido ruso. M

que tirado va sentado. Tiene una pierna deshecha por la exp

sión de una IxHnba de mano. En derto punto los que cargan

camil la se detienen para cambiar de lugar. Dejando la cam

sobre la nieve, paran un momento para descansar. U n perro s

de una barraca y se acerca al herido, oliendole las vendas lle

de sangre. El herido lo toma dulcemente i>or el collar, acaric

dolo, en tanto recoge una asti l la de hido, se la acomoda en

mano, con el pico de fuera, y con ella le pega a la bestia en me

de la frente. El perro aidla de dolor, se revuelve, se agita,zafa de la fiera estrechez y huye sangrando de la frente heri

M herido rie, los prisioneros rien. ^ <H S, p d s ! ¡ A n d a n

i Andando!, gri ta el soldado de la escolta. El pequeño cortej

vuelve a poner en movimiento, desaparece entre d bosque.

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X X X I

H A S T A L A V I S T A , L E N I N G K A D O

los sufr imien tos dd t e r r i b l e i nv i erno) . Ya l a guerra parece es t aordenada , en t omo a l a ' fo r t a l eza obrera" , es un reposo , en unabandono, cas i «a un d escanso . Ya no es má s l a guerr a de ased ide l os meses pasados , aqud mar t i l l a r cont inuo .de l a a r t i l l e r ípesada, sobre los Suburbios indust riales del sudoeste, aquel teto

r itmo de a t aque y cont ra t aq ue . A lgo de maduro y de cansado ha yen es t e a i re suspendido sobre l os t echos de Leningrado: e l a i rede un recuerdo .

La i nmensa dudad ,has t a hace pocos d í as , l anguideda en l apá l ida c l a r idad de sus "noches b l ancas" que grado a grado decl inaban sobre el opaco y nebuloso pasto de otoño, en una penumbra c repuscular l í v ida y verde . Xjaa s(Hnbras de los solda

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IKdost rov , novienüt re .

Creo que ya es t i empo de que l e dé un cord i a l "has t a l a v i s t a"a Leningrado . De cas i un año ya , desde cuando v ine por p r imeravez a este frente, regreso de vez en vez a asomarme a las ori l lasde las t rincheras de Bielost rov, a ver desde las t roneras de lospequeños puestos la inmensa ciudad, gris y fria, en su marco def lores t as y pan t anos . Y s i empre , cada vez que me a l e jo de es t e

f ren t e , p ruebo una i n f in i t a t r i s t eza , s i en to par t i r de un l ugar yaquerido de mi corazón, por el recuerdo, aún vivo, ¡ay! de la dura v ida sufr ida duran t e e l i nv i erno en es t as obscuras se lvas deCarel ia. (Leningrado resiste. Mis predicciones del úl t imo febrero , cuando muchos hab l aban con l i gereza de una i nminente rendición por hambre de la si t iada ciudad, están resul tando verídi cas . Sus condiciones actuales son, en cierto sent ido, mucho mejores que en el pasado invierno. Gran parte de la población, eonel favor de los meses de verano, ha sido l levada a t ravés del Ladoga . Tropas f rescas han subs t i t u ido a l os g rupos d i ezmados por

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dos f i n l andeses , en t re l os á rbo l es , parec í an esp ec t ros en t re aquel las luces de perenne crepúsculo. Y las pat rul las rusas, a lo largodel ma rge n da ro de aquel los bosques de abedules, al lá lü^ajo, frent e a noso t ros , se mueven l en t amente como cansados , como fa t igados por l a i ns i s t enda l uminosa de l d í a . Y dent ro de poco , se ráya i nv i erno , nuevamente l as i n t e rminables noches de i nv i erno .

Qui s i e ra poder i nduci rme a descr ib i r l a melancol í a dd f r i óy húmedo verano de es t e año , después dd crud í s imo inv i erno; l amonótona caída de la l luvia otcNóal sobre las hojas, sobre los techos de l ámina de l as barracas , de l os impermeables de t da epcerada de los soldados, sobre la grupa de los cabal los. Y quisiera

poder descr ib i r l a i nmensa dudad como se me aparece hoy , enes t e t a rd ío o toño s ingularmente du l ce , a t ravés de l a pequeñaventana rec t angular de es t e kmsa , de es t e re fug io de pr imeral í nea en l as t r i nd i eras avanzadas de Bie los t rov . Una pequ^aventan i l l a , encuadrada en un marco de madera de abedul . Un v idr io l i geramente empañado hace aparecer e l pa i sa j e borroso , yun poco más pequeño de t amaño rea l , un poco más l e j ano . £n t ree l marco de l a ven t ana , l a imagen de l a dudad me parece como

una v i e j a es t ampa co lgada a l muro dd korsa , una es t ampa pol vor i en t a , con cuá lqa i er mancha de moho aquí y a l l á .

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El cielo está un poco arrugado en el ángulo, al lá en lo al to,

a la derecha; un cielo tórbído, inundado aquí y al lá de un azulc l a ro , (cas i como un r í o ^ seguramente es un re f l e jo aéreo de lNeva, que desgarrando el cielo hubiese inimdado la celeste l lanura , donde l os nubes ap arecen como i s l as de un arch ip i é l ago t ra ns parente). Observo atentamente el color del cielo, el color de lost echos , de l os bosques : ¿pero es p rec i samente e l g r i s e l que predomina en es tos pa i sa j es , en es t a v i e j a es t ampa? O más b i en e lrosa y un mórbido, vaguísimo acento de cafés y verdes, en el di fuso esclarecer azul de las hojas de los árboles ? La c iudad parece sal ida del lápiz de un dibujante en un momento de cansancio,de espera : en aquel p rec i so , l a rgu í s imo, i n t e rminable i ns t an t e ,

Soy, desde hace casi un año. test igo de este si t io, y aún me imposible asist i r a la tmgedía con el ánimo de un simple test iLa guerra ya ha t omado aquí un aspec to suyo prec i so , un caráter suyo definido. Se ha casi separado de nosotros. Es una imgen más que un drama. Una imagen an t igua . Aquí más que ot ro lugar, sobre los ot ros sectores del frente ruso, ha tomado aspecto y un valor de ant í tesis. No es la misma y demasiado ci l ant í tesis entre Oriente y Occidente, ent re Asia y Europa: siuna especie de parangón entre las dos fuerzas que chocan enseno de la civi l ización occidental . Aquí , el occidente encuentramismo, su punto más sensible y vulnerable. En el punto en que

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en que también las cosas inanimadas, así como los seres vivos,parecen vo l t earse hac i a a t rás con amargura , con deseo , con t r i s t eza , hac i a una edad fe l i z y t r i s t e muer t a para s i empre , o t ra i cionada por la desi lusión. Esto es: un momento de desi lusión.Algo ha pasado , a lgo ha muer to en e l des t i no de Leningrado .

A quien observe bien las luces que l lueven del cielo de estav i e j a es t ampa, l a mater i a de que es t án hechos sus c l a roscuros ysus sombras , l e aparecerán numerosas l as seña l es que reve l anel secreto de su desi lusión, parecida a aquel la especie de abandono que en ciertos momentos del día parecen coger un paisaje,insinuarse en el juego de las luces y las sombras, como si el final

de l a na tura l eza es tuv i era próximo, como s i una suer t e c rue l í s i ma tuviera incumbencia sobre la vida de las plantas y de los animales , sobre las perspect ivas de los árboles, de las rocas, delagua , de l as nubes . ¿Es seguramente l a sombra de l a guerra ,aquel l a que ve l a l a borrosa l uz de es t a v i e j a es t ampa? Seguramente es l a p resenc i a de un sen t imien to más profundo , e l aura ,e l emblema de a lguna cosa más í n t ima, má s secre t a , más fa t a l .

Estoy aquí dentro de este korsu de Bielost rov, delante de lapequeña ventana de los vidrios empañados. Y alzando los ojos,observo el perfi l de la ciudad cortado en el del icado horizonte.

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esp í r i t u más an t iguo , y aquel modern í s imo de Europa se ecuent ran , se miden , se p rueban .No vale la pena repet i r aquel lo que escribía Gide en "Reto

de l a Ü-R.S .S ," : "Ce que j ' a im e l e p lus dans Léningrad , c 'S a i n t - P é t e s b o u r g " . ¿ Cómo se puede en t ender e l d rama de Lengrado, que es la síntesis de todo el drama ruso, si no se abracon una sola mirada y con un solo sent imiento, no solo los pacios, las iglesias, las fortalezas, los jardines, los monumentosla imperial ciudad, sino también los edificios de cemento, de drio y acero, fábricas, escuelas, hospi tales, tal leres obreros, aql las rígidas, precisas, frías, perentorias const rucciones encladas en los márgenes de la ant igua ciudad y hasta el corazón la capi tal de los Zares? Porque no es posible, en el dest ino de Lningrado, separar aquel lo que es "imperial" de aquel lo que "obrero", aquel lo que es Santa Rusia, de aquel lo que es la Rucomunista, atea, técnica, cient í fica. El dest ino de Leningraofrece el ejemplo de una cont inuidad, de una lógica extraordirias. La "ventana'* abierta sobre la Europa occidental de Peel Grande, no es que sea una ventana abierta sobre el munlúcido y t ri ste de las máquinas, sobre el mundo cromado detécnica. Es el gesto del Zar, que abre en el muro ruso la "venna San Petesburgo", está la ant icipación de la voluntad revo

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cionaria de Lenin, que quiere hacer de la ciudad de Pedro el Grande no la capi tal de un estado asiát ico, sino la capi tal de la Europa obrera .

La suerte de los inmensos tal leres rojos del Krasni Put i lowez,es ya la misma del palacio de Invierno, del Palacio de Tauride, dela Catedral de San Isaac. Las máquinas de acero, quietas en lasdesiertas fábricas, son ya como los dorados muebles en los palacios imperiales y en las moradas principescas a lo largo de la Ton-t anka . Los re t ra tos de Lenin , de S t a l i n , de Ur i t zk i j , de Ki rov ,colgados en las paredes de los tal leres, de las escuelas, de los gimnasios, de los stalovie y de los rabocie clubi , t ienen ya la mismavacía, t ri ste desi lusión de los ret ratos del Zar, de los príncipes,

cúpulas de las iglesias en el escenario de un auto sacrameespa ñol : como en aquel la "jom ad a" d e '*E1 Mágico Prod igiode Calderón de la Barca, donde la cúpula de Ant ioquía osci laun cielo verde a las espaldas de Cipriano y del Demonio, en"e l be l l í s imo l aber in to de á rbo l es , f l o res y p l an t as") . Erablanquísimo día de invierno, t into de suaves grises, salpicadoprofundos si lencios de color azul : y levantando los ojos veo gi r de improviso, sobre los techos, y elevándose ondulando lemente sobre la prisionera ciudad, la inmensa cúpula de la Cdral de San Isaac. Parecía una bola de ai re dentro de un vien fusión, una larva de insecto portada por el viento, o una dusa marina que sal iese del fondo: y poco a poco invade el c

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de los bojari , de los generales, almirantes, embajadores, cortesanos , pegados en las paredes de las antecámaras en las salas delPalacio de Invierno y del Almirantazgo. Y los mismos soldadossoviét icos que desde la ventana de este korsu veo perfi larse a lolargo de la ori l la de los caminos, al lá abajo, cerca de Bielost rov,cerca de la vía del feri 'ocarri l , son como borrosas imágenes enmargen a una h i s to r i a t ranscurr ida , a una v ida desengañada , ya"an t ig ua" . Im ágenes desafocadas , qu i ero dec ir , ya fuera de l t i empo , de "es t e" t i empo. (La guerra quema l as e t apas de l os años ,parece casi que el si t io de Leningrado no sea ot ra cosa que enun l e j ano ep i sodio per t enec i en t e a una h i s to r i a remota) . Son

como aquel las figuras humanas que los dibujantes ponen en laori l la de una estampa, para ]a medida y la proporción hiunanadel paisaje. Quiero decir, que los hombres no cuentan en estaguerra, sino como elementos de medida, de comparación, de confrontación.

En la luz de este perenne crepúsculo del Norte, la cúpula dela Catedral de San Isaac se levanta majestuosa, bamboleándose,en el horizonte. Más diáfana y espectral que cuando la vi porpr ime ra vez , en e l pasado febrero , l evantarse sere na e i nmaculadasobre el fondo del paisaje invernal . (Aérea y espectral como las

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exac t amente como una enorme medusa .Pero hoy la cúpula osci la dulcemente, sobre un paisaje ot

verde y rosa, (todo parece olvidado, la guerra olvidada), yun pr imer p l ano toma sus t anc i a , t oma cuerpo y forma l a dadera t ragedia de l a c iudad s i t i ada : que no es l a guerra , nel si t io, es el fin de "su'* Occidente. Ya su t ragedia no es luna ciudad solamente, sino de un t iempo, de una edad, de unto . La hora, el lugar, la estación, y este extendido si lencio, atuado por cualquier sol i tario disparo de fusi l , por cualquiemoto t rueno de cañón, proponen el mot ivo de una fantasía, dsueño. La cúpula de San Isaac emerge si lenciosa en el pál ido

lo . Los motores, las máquinas, los motores de luciente acero dtal leres rojos agonizan recl inados sobre el pavimento de ceto . Las cal les desiertas, cubiertas de carroña de cabal los máquinas des t ru idas , se re f l e j an a t ravés de l as ven t anas enespejos murales de los palacios imperiales. Un cl ima de abandde reposo, casi de lejanía, vela y endulza el aspecto y los mde l a guerra . Leningrado es t á ya fuera de nues t ra edad , es ta l margen de es t e t i empo, de es t a guerra .

Has t a l a v i s t a , Leningrado . Mañana debo par t i r para l aladas soledades de Laponia, por el ext remo norte, por el f

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de Pe t sam o. Pero a lgún d ía regresaré a sen t arm e nuevamen tefrente a esta ventana, en este korsu finlandés de primera l ínea,a contemplar aún una vez más, este melancól ico paisaje de árboles y cemento. (De vez en cuando un t i ro de fusi l surca el horizonte. El remo to explo tar de los gru eso s calibres de la flotade Kronstadt , mart i l la la ondulada cort ina de si lencio). La guerrat iene estos momentos de reposo y de espera, en que la concienciahumana , y cas i l a mi sma na tura l eza , s i en t en menos i n t ensamente el vivo drama de la real idad, en que todo aparece sereno, recompuesto en el l ími te y en la arqui tectura de un orden mitológico reposado y dulce.

O q u i z á s . . .

I N D I C EP á g i n a

Los Cuervos de Galatz 16La Guerr a Roja 24Obrero s Soldados 29Más al lá del Pr ut 36Técnica y Moral Obre ra 44Miren bien la Cara a estos Muertos 54Hacienda Roja 63Los Cabal los de Acer o 75He ahí el Dnié ster 83

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Ucrania , t umb a de l t r i go 92Espect ros 98Los hipopótam os del Dnié ster 108Campo de Batal la Soviét ico 118La fuga de los mue rtos 126El Bivacco Negr o 136Dios reg res a a Casa 143Polvo y Lrluvia 153El Si t io de Lening rado 164Allá abajo arde Lenin grado 167Las voces de la Flor esta 172

Muchachos en Uni forme 181Ciudad Proh ibida 188La Acrópol is Ob rera 197La Bandera Roja de l "Au rora " 208Pr i s ión de Naves 216La Sangr e Obrera 227Una Tumba en l os Suburb ios de Leningrado 233Angeles, hom bres y best ia s en las Selvas del Ladog a 244Con el ^ 'Hombre Mu erto " en la inme nsa Flor esta 256Más caras de Hielo 269Como el Pat io de un Tal ler después de una huelga frust ra da 278Has t a l a v i s t a , Leningrado 286índice 293

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Esta ed ición de 2 ,000 ejemplaresterminó de imprimir el d ía 27 ded iciembre de 1968 , en los Tal leresLi to Offset Urqu i jo , S . A. , Norte79-B N" 75 , Colon ia Secto r Naval ,

México 16 , D. F .