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Maíra Bagodi Batista da Silva 4 º ano – medicina FAMEMA

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Maíra Bagodi Batista da Silva

4º ano – medicina FAMEMA

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Classificação

Episódios raros = CTT< 12 dias/ano

Episódios frequentes = 12<CTT< 180 dias/ano

Crônico= CTT> 180dias/ano

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Epidemiologia

prevalência de 78% (estudo Dinamarquês)relação mulher:homem = 5:4pico de prevalência entre 30 e 39 anos

Observação: o número de dias perdidos no trabalho é 3 vezes maior pela CTT do que pela migrânea

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Fatores de risco

saúde ruim em auto-avaliaçãoincapacidade de relaxar depois do trabalhodormir poucas horas por noite

Observação: depressão é um fator agravante.

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Gatilhos

estresse (mental ou físico)refeições irregulares ou inapropriadasgrande ingestão de cafeínadesidrataçãoexcesso ou falta de sonofalta de exercícios físicosproblemas psicológicosvariações hormonais (durante o ciclo

menstrual ou em substituições hormonais)

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Características da dor

BilateralPressãoEm apertoDe leve a moderada intensidadeCurtos episódiosDuração variável (nas formas episódicas) e

contínuo (nas formas crônicas)Não é associada a vômitos, fotofobia ou fonofobia

severas.Observação: Apenas na forma crônica, pode haver

leve náusea.

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Diagnóstico

exame físico geralexame físico neurológicodiário diagnóstico de cefaléia (mínimo- 4

semanas) com registro das drogas utilizadas.

Observação: muitas cefaléias secundárias podem mimetizar a CTT e portanto o diagnóstico de CTT exige exclusão de outras desordens orgânicas.

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Fisiopatologia

Limiares de detecção de dor são diminuídos nesses pacientes.

A origem da dor na cefaléia era tradicionalmente atribuída ao aumento de contração e isquemia dos músculos da cabeça e pescoço. 

Pontos-gatilho miofasciais: há aumento de atividade ENMG e isso durante um longo período, possivelmente pode ser suficiente para a excitação ou sensibilização de nociceptores periféricos.

Mecanismos periféricos provavelmente também desempenham um papel na fisiopatologia da cefaléia tensional.

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Fisiopatologia Estudos demonstraram maior sensibilidade a dor

em tecidos miofasciais pericranianos (associação + com intensidade e frequência da cefaléia).

A hipersensibilidade nociceptiva ocorre em resposta a diferentes modalidades de estímulo em vários tecidos cefálicos e extracefálicos  

Essa hipersensibilidade (em pacientes com CTT crônica) em locais que não teriam sintomas, indica que a transmissão sináptica de entrada nociceptiva no SNC é aumentada nesse indivíduos pois a sensibilização periférica teria efeitos mais localizados.

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FisiopatologiaOs fatores centrais que podem causar o

aumento da sensibilidade miofascial de dor, seriam:

a sensibilização de neurônios de segunda ordem ao nível do corno dorsal da coluna vertebral/núcleo trigeminal

sensibilização de neurônios supraespinhaisdiminuição da atividade antinociceptiva de

estruturas supraespinhais (ou seja, inibição descendente deficiente)

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Fisiopatologiao processamento nociceptivo no SNC é

aumentado em pacientes com CTT crônica. Enquanto esse processamento parece ser normal em pacientes com CTT frequente.

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FisiopatologiaHipótese: a sensibilização central pode ser

causada por entrada nociceptiva prolongada em tecidos miofasciais pericranianos.

Apoio: foi demonstrado uma redução do volume de estruturas da massa cinzenta envolvidas no processamento da dor em pacientes com CTT crônica e essa redução foi relacionada positivamente com a duração da dor de cabeça.

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Tratamento

as evidências científicas da maioria dos tratamentos são escassas.

comorbidades significativas (ex: ansiedade ou depressão) devem ser identificadas e tratadas concomitantemente

A eficácia do tratamento. é muitas vezes, modesto.

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Tratamentotratamento não farmacológico:fisioterapia (incluindo melhora da postura,

relaxamento, massagem, estimulação elétrica...) = efeito modesto

acupuntura = têm-se resultados conflitantes sobre sua eficácia.

terapia = eficácia com apoio cientifico razoávelterapia cognitivo-comportamental (gestão de

estresse- ensina o paciente a identificar pensamentos e crenças que geram estresse e agravam a cefaléia) = eficácia comparável ao tratamento farmacológico.

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TratamentoTratamento farmacológico:analgésicos simples= eficácia diminui com o

aumento da freqüência CTTaspirina (500 a 1000mg) e acetoaminofeno

(1000mg)= eficácia equivalente e comprovada na dor aguda.

AINEs = a maioria deles (não todos) tem maior eficácia do que a aspirina e o acetoaminofeno

Observação: a combinação de analgésicos não deve ser utilizada pelo risco de dependência, abuso e cronificação da cefaléia.

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TratamentoTratamento farmacológico:triptanos, relaxantes musculares e opióides=

não tem eficácia no tratamento.acetaminofeno (1000mg)= droga de 1a

escolha ( por < efeito colateral gástrico)

ibuprofeno(400mg)= droga de 2a escolha

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TratamentoFarmacoterapia profilática:deve ser considerada em pacientes com CTT

crônica que não respondem ao tratamento não farmacológico.

amitriptilina= é a única droga que provou efetividade em vários estudos

A terapia deve ser trocada caso o paciente não responda em 4 semanas.

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TratamentoFarmacoterapia profilática:Antidepressivos com ação na serotonina ou na

noradrenalina são tão efetivas quanto a amitriptilina e têm a vantagem que podem ser usados em doses para tratamento concomitante de depressão.

tizanidine, toxina botulínica, propranolol e ácido valpróico = não são recomendados.

uso diário de analgésicos = deve ser evitadoObservação: a interrupção do tratamento deve

ser tentada a cada 6 a 12 meses

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Referências

Bendtsen L. , Jensen R. , Tension-type headache, Neurol Clin 27 (2009) 525–535

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Obrigada!!