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Escola Secundária João Gonçalves Zarco Biologia e Geologia (ano 2) Professora Natércia Vieira Charruadas MAGMATISMO ROCHAS MAGMÁTICAS

magmatismo

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Escola Secundária João Gonçalves Zarco

Biologia e Geologia (ano 2)

Professora Natércia Vieira Charruadas

MAGMATISMO

ROCHAS MAGMÁTICAS

Page 2: magmatismo

EXTRUSIVAS:

arrefecimento rápido, poucos cristais,pasta vítrea

INTRUSIVAS:

arrefecimento lento, em profundidade,cristais visíveismacroscopicamente

MAGMA

ROCHAS MAGMÁTICAS

Os dois maiores grupos de rochas

magmáticas incluem as rochas

intrusivas e extrusivas. As primeiras

são formadas a partir de um

arrefecimento lento do magma no

interior da crosta terrestre e

apresentam cristais discerníveis à

vista desarmada. As rochas extrusivas

são originadas por um arrefecimento

rápido do magma, próximo da

superfície, resultando numa pasta de

natureza vítrea ou exibindo cristais de

pequenas dimensões. 

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As rochas magmáticas estão bem representadas em Portugal:

- os basaltos, são as rochas que mais abundam nos

arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Exemplo: Curral das Freiras, Madeira.

- na parte continental, são sobretudo os granitos que afloram em extensas áreas

localizadas, essencialmente, a norte do rio Tejo;

Exemplo: Sortelha.

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Paisagem granítica de uma região interior (aldeia de Souto de Escarão - distrito de Vila Real).

Paisagem granítica de uma região litoral (granito de Lavadores - Gaia).

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Qual a origem das rochas magmáticas?Como se formam?

ÍgneaMagmática =

Do latim ignis que significa fogo

Ond

e se

form

a?

Magma – substância líquida, constituída essencialmente, por uma mistura de rochas em estado de fusão, com percentagem variável de gases. Ocorre a temperaturas muito elevadas (entre 800º C e 1500ºC).

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A

Ambientes tectónicos nos quais ocorre formação de magmas:

A – zona de afastamento das placas;

B – zona de colisão de uma placa continental com uma placa oceânica,

C – zona de colisão entre duas placas oceânicas;

D – zona intraplaca.

B

D

C

Fig. 1 do manual, p. 88

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• Quais os processos de formação do próprio magma?

• Será um único magma capaz de originar a grande diversidade de rochas

ígneas presentes na Natureza?

• Pelo contrário, existirão diferentes tipos de magmas?

• Que mecanismos são responsáveis pela consolidação de um magma?

• Quais são os factores intervenientes na cristalização magmática?

• Qual a origem do calor existente no interior da Terra? 

MESMO SABENDO QUE O MAGMA SE FORMA EM DIFERENTES LOCAIS, PODEM COLOCAR-SE VÁRIAS QUESTÕES:

COMECEMOS POR TENTAR RESPONDER À QUESTÃO: ONDE E COMO SE FORMAM OS MAGMAS?

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Magma Basáltico

(resultado da fusão de

materiais a nível do manto

superior)

Magma Riolítico(resultado do choque entre

placas, originando a formação de

cadeias montanhosas)

Magma Andesítico

(resultado da subducção da

placa oceânica,

provocando a fusão de materiais)

“hot spots”

Relaciona-se a formação dos diferentes tipos de magma com a teoria da tectónica de placas. Segundo esta perspectiva, a formação do magma pode estar associada ao tipo de fronteiras entre placas tectónicas.

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DIVERSIDADE DE MAGMAS

Já sabemos que, por consolidação dos magmas, são geradas rochas

intrusivas e rochas extrusivas, conforme o magma consolida,

respectivamente, em profundidade ou perto da superfície.

Os principais tipos de magmas são três: basáltico, andesítico e riolítico.

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Magma basáltico – contém cerca de 50% de SiO2 e uma pequena quantidade de gases dissolvidos.

Magma andesítico – contém cerca de 60% de SiO2 e bastantes gases dissolvidos.

Magma riolítico – contém cerca de 70% de SiO2 e uma elevada quantidade de gases dissolvidos. Fig. do manual, p. 89

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MAGMAS BASÁLTICOS

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MAGMAS BASÁLTICOS

são expelidos principalmente ao longo dos riftes e dos pontos quentes;

originam-se a partir das rochas do manto superior;

ao nível dos riftes, a subida dos magmas relaciona-se com correntes ascendentes de materiais provenientes do manto, o peridotito;

  o peridotito tem uma composição semelhante à do basalto, mas mais rica em minerais ferromagnesianos;

nos pontos quentes, ascendem plumas quentes oriundas do manto profundo, mesmo da zona de separação entre o manto e o núcleo terrestre;

os pontos quentes são fontes de magma responsáveis pela extrusão de grandes quantidades de basalto, podendo constituir ilhas como as do Hawai.

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O magma proveniente do manto acumula-se em câmaras magmáticas a uma profundidade de 10 a 30 Km, permitindo a génese de rochas plutónicas chamadas gabros.

 

Quando a velocidade de ascensão do magma é superior à do arrefecimento, o magma pode chegar à superfície sem ter consolidado e, neste caso, verificam-se erupções de lava que, por solidificação, originam rochas vulcânicas, os basaltos.

A viscosidade dos magmas depende da:

densidade;

riqueza em sílica;

temperatura;

quantidade de fluidos que contém.

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Os basaltos têm uma textura que revela duas fases de formação:

-   uma durante a ascensão que possibilita a génese de cristais;

-  e, outra, mais rápida, já à superfície ou próximo dela, conducente à formação de cristais microscópicos e, por vezes, mesmo de algum material não cristalizado;

- se a ascensão é muito rápida, pode não haver tempo para a cristalização, formando-se rochas com textura vítrea.

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Fusão dos minerais ferromagnesianos do peridotito do manto

Ascensão do magma a temperaturas elevadas

Intrusão de um magma de composição

basáltica

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As duas principais rochas geradas a partir deste tipo de magma são os basaltos e os gabros.

Consolidação à superfície.

BASALTO GABRO

Consolidação em profundidade.

Composição mineralógica essencial: plagioclase, piroxenas e olivina.

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MAGMAS ANDESÍTICOS

-formam-se em especial nas zonas de subducção;

-relacionam-se com zonas altamente vulcânicas, tais como os Andes, América do Sul e Alasca;

-nestas regiões, os referidos magmas são gerados por subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental.

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-a composição destes magmas depende da quantidade e da qualidade do material do fundo oceânico subductado;

-este material inclui água, sedimentos e uma mistura com origem, quer na crosta oceânica, quer na crosta continental;

-a água a temperaturas elevadas e sob pressões variáveis facilita a fusão dos materiais, originando magmas com composições diversas.

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As rochas que, geralmente, se formam a partir deste magma são o andesito e o diorito.

ANDESITO DIORITO

Consolidação em profundidade.

Consolidação à superfície.

Composição mineralógica essencial: plagioclase,biotite e anfíbola.

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formam-se a partir da fusão parcial das rochas constituintes da crosta continental;

estes magmas tendem a ser muito ricos em gases, resultando da fusão das rochas da crosta continental ricas em água e dióxido de carbono;

durante a fusão das rochas continentais, os gases concentram-se no magma;

a presença de água faz baixar o ponto de fusão dos minerais, no entanto a baixas pressões esse efeito deixa de se verificar, isto é, em zonas próximas da superfície.

MAGMAS RIOLÍTICOS

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As rochas que se formam neste tipo de ambiente geodinâmico são o granito e o riolito.

RIOLITO GRANITO

Consolidação em profundidade.

Consolidação à superfície.

Composição mineralógica essencial: quartzo, ortoclase e plagioclase.

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Magma basáltico

Magma andesítico

Magma riolítico

Origem Manto Crosta oceânicaCrosta continental

Crosta continental

Características Magma fluidoPobre em sílicaTemperatura – 1200 ºC

Magma pouco viscosoRiqueza média em sílica

Magma viscosoRico em sílicaTemperatura – 800 ºC

Rochas formadas

GabroBasalto

DioritoAndesito

GranitoRiólito

Localização Zonas de riftes Zonas de fossas oceânicas

Zonas de colisão de placas continentais

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CONSOLIDAÇÃO DOS MAGMAS

Processos de formação de minerais

Todos os minerais têm textura cristalina;

A formação e o desenvolvimento de cristais implicam determinadas condições do meio;

Os principais factores externos que condicionam a cristalização são:

- a agitação do meio em que se encontram;

- o tempo;

- o espaço disponível;

- a temperatura.

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Processo segundo o qual uma variedade de minerais pode cristalizar a partir de

um magma homogéneo, a diferentes temperaturas. Durante o processo de

cristalização a composição do magma muda, à medida que este é despojado dos

elementos químicos retirados para a cristalização dos minerais. 

DIFERENCIAÇÃO MAGMÁTICA

Durante o processo de diferenciação magmática surgem dois padrões de

cristalização perfeitamente distintos, mas que ocorrem simultaneamente. Um padrão

é ilustrado pelas plagioclases; caracteriza-se pela alteração contínua e gradual da

composição dos minerais formados, à medida que o processo de cristalização avança

e denomina-se série de reacção contínua.

O segundo padrão refere-se à cristalização dos minerais máficos, cuja composição

muda, de forma descontínua, durante o arrefecimento do magma. Neste caso,

quando é atingida uma temperatura específica, o mineral existente reage com o

líquido residual dando origem a um mineral diferente. Trata-se da série de reacção

descontínua.

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CRISTALIZAÇÃO SIMULTÂNEA

OLIVINA

PIROXENA

ANFÍBOLA

BIOTITE

PLAGIO-CLASERICA EM CÁLCIO

FELDSPATO POTÁSSICO

MOSCOVITE

QUARTZO

RI

E

DE

R

EA

ÃO

C

ON

NU

A

SÉR

IE DE REACÇÃO DESCONTÍNUA

ARREFECIMENTO

PLAGIO-CLASERICA EM SÓDIO

SÉRIE REACCIONAL DE BOWEN

Fig. do manual, p. 90 e quadro p. 91

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Baseada em experiências laboratoriais, a

teoria apresentada sobre a cristalização

magmática parece consistente.

Todavia surgem novas questões:

• Como se explica a presença de olivina ou

plagioclase cálcica nas rochas ígneas se, ao

longo da diferenciação magmática, vão

sendo substituídas por outros minerais?

Os processos de cristalização

fraccionada e separação gravítica

constituem uma resposta possível.

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CRISTALIZAÇÃO FRACCIONADA

Representação esquemática do

processo de cristalização fraccionada

(adaptado de Press & Siever, 2000). A -

Os cristais depositam-se no fundo da

câmara magmática. B - Acumulação

dos primeiros cristais formados. C -

Veios e diques. D - O magma migra

para uma câmara secundária, onde

continua a cristalizar. E - A massa

formada pelos primeiros minerais a

cristalizar é conservada e comprimida,

formando um corpo intrusivo distinto.

 

A

B

CD

E

Page 28: magmatismo

Obrigada pela atenção!