584
Livro de Resumos

Livro de Resumos - icmbio.gov.br€¦ · Ecologia do parasitismo, teorias, modelos de estudos e aplicações. 4. ... Introdução aos conceitos básicos relacionados à ecologia trófica

Embed Size (px)

Citation preview

  • Livro de Resumos

  • Comisso Organizadora

    Dr. Mrcio Borges-Martins, UFRGS (Presidente)

    Dra. Laura Verrastro, UFRGS (Secretria)

    Dr. Roberto Baptista de Oliveira, FZBRS (Segundo Secretrio)

    Dr. Alexandro Tozetti, UNISINOS (Tesoureiro)

    Dra. Glucia Pontes, PUCRS (Segunda Tesoureira)

    Dr. Santiago Castroviejo-Fisher, PUCRS (Comisso Cientfica)

    Sociedade Brasileira de Herpetologia

    Diretoria SBH

    Presidente: Dr. Marcio Martins

    Secretrio: Dr. Fausto Erritto Barbo

    Segunda Secretria: Dra. Thais Barreto Guedes

    Tesoureira: Ma. Vivian Carlos Trevine

    Segunda Tesoureira: Dra. Rachel Montesinos

    Conselho Deliberativo SBH:

    Dr. Ulisses Caramaschi (MNRJ)

    Dr. Jos P. Pombal-Jr. (MNRJ)

    Dr. Magno Segalla (SBH)

    Dra. Teresa Cristina vila-Pires (MPEG)

    Dr. Taran Grant (USP)

  • Comisso Especiais

    Me. Diego Janisch Alvares, UFRGS (Comisso de Comunicao)

    Ma. Michelle Abadie de Vasconcelos, UFRGS (Comisso de Recepo)

    Ma. Thayn Mendes de Freitas Lima, UFRGS (Comisso de Festas)

    Comisso Cientfica

    Dr. Santiago J. Castroviejo-Fisher, PUCRS (coordenador)

    Me. Fernando J. M. Rojas-Runjaic, PUCRS

    Dr. Leonardo F. Bairos Moreira, UFMT

    Dr. Pedro Ivo Simes, PUCRS

    Ma. Rassa Furtado Souza, UFRGS

    Ma. Renata Perez, UFRGS

    Me. Thiago Alves Lopes de Oliveira, UFRGS

    Ma. Valentina Zaffaroni Caorsi, UFRGS

  • Apresentao

    A Sociedade Brasileira de Herpetologia e a Comisso Organizadora tem a

    satisfao de convidar toda a comunidade, interessada no estudo e na conservao dos

    anfbios e rpteis do Brasil, a participar do 7 Congresso Brasileiro de Herpetologia a

    ser realizado em Gramado (RS), entre os dias 7 a 11 de setembro de 2015.

    O 7 CBH contar com uma programao cientfica variada que incluir

    conferncias, simpsios, palestras, minicursos, apresentaes orais e de psteres. Alm

    disso, est programada uma intensa programao paralela visando proporcionar

    oportunidades de confraternizao e trocas de ideias.

    A cidade de Gramado, que ir sediar o congresso, um local privilegiado para a

    realizao de eventos. Um dos maiores plos tursticos do sul do Brasil, situada no alto

    da serra gacha, a cidade de Gramado desenvolveu um grande potencial turstico devido

    ao clima frio e beleza natural da regio, que emoldura a cidade, compondo um tpico

    cenrio da regio serrana.

  • Programao Geral

    Horrio Atividade 08/09/2015 09/09/2015 10/09/2015 11/09/2015

    09:00 -

    10:00

    Conferncia Auditrio Van

    Gogh

    Integrando dados ambientais, moleculares,

    e funcionais para entender os padres de

    diversidade de anfbios e rpteis na Mata Atlntica

    - novas abordagens e desafios

    Reptiles, genes, and the stories they tell

    Crocodilianos: Evoluo e Ecologia

    O que os herpetlogos brasileiros pesquisaram

    na ltima dcada e o que deveria ser pesquisado

    nas seguintes?

    Dra Ana C. Carnaval Dr. Jack Sites Dr. William E. Magnuson Dr. Mirco Sol

    10:00 Coffe break Coffe break Coffe break Coffe break Coffe break

    10:30 -

    12:30

    Simpsio 1 Auditrio Locatelli

    Herpetologa en los campos sulinos: Ejemplos

    de investigacin interinstitucional

    Entender para conservar - um jeito diferente de se

    pensar em cincia

    Desafios para a herpetologia brasileira nas seguintes dcadas

    A anlise de istopos estveis como

    ferramenta para estudo da biologia alimentar de

    anfbios e rpteis

    10:30 -

    12:30

    Simpsio 2 Auditrio Van

    Gogh Amphibian Systematics

    Application of molecular systematics in

    herpetology to large-scale phylogenetic

    estimation and species delimitation

    Novas abordagens filogeogrficas para o

    estudo da biogeografia da herpetofauna

    neotropical

    Desafios e perspectivas no estudo da

    herpetofauna da Amaznia

    10:30 -

    12:30

    Simpsio 3 Auditrio Da

    Vinci

    Modelos demogrficos e ecofisiolgicos da

    distribuio de espcies: Desafios e perspectivas

    Avanos nos estudos de comunicao de anfbios

    no Brasil

    Defesa qumica em anfbios

    Ecofisiologia herpetolgica no Brasil: Modelos de pesquisa e

    questes contemporneas

    10:30 -

    12:30

    Simpsio 4 Auditrio

    Rembrandt

    Biodiversidade e ecologia de parasitos em rpteis e anfbios: O estado da arte

    Informaes georreferenciadas sobre

    a herpetofauna: Aplicaes em aes de

    conservao e gerao de conhecimento

    Experincias regionais de conservao de anfbios

    no Brasil

    12:30 Almoo Almoo Almoo Almoo Almoo

    14:00 -

    16:30

    Apresentao oral

    Biogeografia; Gentica e Evoluo; Inventrio;

    Taxonomia e Sistemtica Ecologia

    Conservao e Manejo; Histria Natural e Comportamento

    Imunologia, Parasitologia e Toxicologia; Morfologia,

    Anatomia e Fisiologia

    16:30 Coffe break Coffe break Coffe break Coffe break Coffe break

    17:00 -

    18:00

    Conferncia Auditrio Van

    Gogh

    What can 65 million years of climate forced

    extinction in reptiles tell us about the impending

    sixth mass extinction due to climate change?

    Environmentally cued hatching: development,

    information, and adaptive behavior of

    embryos

    Anuran call pattern modification in response to anthropogenic noise

    and climate change: New insights

    Desafios para conservao de anfbios e

    rpteis no Brasil

    Convidado Dr. Barry Sinervo Dra Karen Warkentin Dr. Peter M. Narins Dr. Mrcio Martins

    18:00 -

    19:00 Pster

    Histria Natural e Comportamento;

    Morfologia, Anatomia e Fisiologia

    Biogeografia; Gentica e Evoluo; Inventrio;

    Taxonomia e Sistemtica

    Ecologia; Ensino e Educao Ambiental;

    Imunologia, Parasitologia e Toxicologia

    Ecologia; Biologia do Desenvolvimento e

    Embriologia; Conservao e Manejo

    19:00 Leilo de Livros SBH

    Concurso Imitao de Anfbios

    Assemblia SBH Festa Encerramento CBH

  • i

    ndice Geral

    Minicursos ....................................................................................................................... 1

    Conferncias .................................................................................................................... 4

    Palestra Convidada ........................................................................................................ 6

    Simpsios ....................................................................................................................... 15

    08 de setembro ........................................................................................................................ 15

    SIMPSIO 1 - HERPETOLOGA EN LOS CAMPOS SULINOS: EJEMPLOS DE

    INVESTIGACIN INTERINSTITUCIONAL ................................................................................ 15

    SIMPSIO 2 -AMPHIBIAN SYSTEMATICS ................................................................................ 17

    SIMPSIO 3 - MODELOS DEMOGRFICOS E ECOFISIOLGICOS DA DISTRIBUIO DE

    ESPCIES: DESAFIOS E PERSPECTIVAS .................................................................................. 19

    09 de setembro ........................................................................................................................ 21

    SIMPSIO 1 - ENTENDER PARA CONSERVAR - UM JEITO DIFERENTE DE SE PENSAR

    EM CINCIA ................................................................................................................................... 21

    SIMPSIO 2 - APPLICATION OF MOLECULAR SYSTEMATICS IN HERPETOLOGY TO

    LARGE-SCALE PHYLOGENETIC ESTIMATION AND SPECIES DELIMITATION ............... 24

    SIMPSIO 3 -AVANOS NOS ESTUDOS DE COMUNICAO DE ANFBIOS NO BRASIL

    .......................................................................................................................................................... 26

    SIMPSIO 4 - BIODIVERSIDADE E ECOLOGIA DE PARASITOS EM RPTEIS E

    ANFBIOS: O ESTADO DA ARTE ................................................................................................ 28

    10 de setembro ........................................................................................................................ 29

    SIMPSIO 1 - DESAFIOS PARA A HERPETOLOGIA BRASILEIRA NAS SEGUINTES

    DCADAS ....................................................................................................................................... 29

    SIMPSIO 2- NOVAS ABORDAGENS FILOGEOGRFICAS PARA O ESTUDO DA

    BIOGEOGRAFIA DA HERPETOFAUNA NEOTROPICAL ......................................................... 32

    SIMPSIO 3- DEFESA QUMICA EM ANFBIOS ....................................................................... 34

    SIMPSIO 4 - INFORMAES GEORREFERENCIADAS SOBRE A HERPETOFAUNA:

    APLICAES EM AES DE CONSERVAO E GERAO DE CONHECIMENTO ......... 36

    11 de setembro ........................................................................................................................ 38

    SIMPSIO 1 - A ANLISE DE ISTOPOS ESTVEIS COMO FERRAMENTA PARA

    ESTUDO DA BIOLOGIA ALIMENTAR DE ANFBIOS E RPTEIS .......................................... 38

    SIMPSIO 2 - DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO ESTUDO DA HERPETOFAUNA DA

    AMAZNIA ..................................................................................................................................... 40

    SIMPSIO 3 - ECOFISIOLOGIA HERPETOLGICA NO BRASIL: MODELOS DE PESQUISA

    E QUESTES CONTEMPORNEAS ............................................................................................ 43

    SIMPSIO 4 - EXPERINCIAS REGIONAIS DE CONSERVAO DE ANFBIOS NO

    BRASIL ............................................................................................................................................ 44

    Apresentaes Orais ..................................................................................................... 48

    08 de setembro ........................................................................................................................ 48

  • ii

    Biogeografia, Gentica e Evoluo, Inventrio, Taxonomia e Sistemtica ...................................... 48

    09 de setembro ........................................................................................................................ 73

    Ecologia ............................................................................................................................................ 73

    10 de setembro ...................................................................................................................... 103

    Conservao e Manejo, Histria Natural e Comportamento ......................................................... 103

    11 de setembro ...................................................................................................................... 133

    Imunologia, Parasitologia e Toxicologia, Morfologia, Anatomia e Fisiologia .............................. 133

    Psteres ........................................................................................................................ 154

    08 de setembro ...................................................................................................................... 154

    Histria Natural e Comportamento, Morfologia, Anatomia e Fisiologia ....................................... 154

    09 de setembro ...................................................................................................................... 258

    Biogeografia, Gentica e Evoluo, Inventrio, Taxonomia e Sistemtica .................................... 258

    10 de setembro ...................................................................................................................... 360

    Ecologia; Ensino e Educao Ambiental; Imunologia, Parasitologia e Toxicologia..................... 360

    11 de setembro ...................................................................................................................... 462

    Ecologia, Biologia do Desenvolvimento e Embriologia, Conservao e Manejo .......................... 462

    ndice de Autores ........................................................................................................ 564

  • 1

    Minicursos

    07 de setembro (08:30-12:30 e 14:00-18:00)

    1. Tcnicas de estudo e coleta de anfbios e rpteis

    ORGANIZADOR: Geraldo Jorge Barbosa de Moura (Universidade Federal Rural de

    Pernambuco)

    OBJETIVO: O curso visa fornecer informaes reflexivas sobre o estabelecimento de

    desenhos amostrais e mtodos de captura para estudos com anfbios e rpteis terrestres e

    aquticos.

    CONTEDO PROGRAMTICO:

    1. Tcnicas de Estudos Ecolgicos com anfbios e Repteis;

    2. Mtodos e Equipamentos de coleta para anfbios e Repteis (Aleatria, Estratificada e

    Sistematizada);

    3. Metodologias de Amostragem x Objetos de Estudo x Erro Amostral;

    4. Unidades Amostrais e Esforo Amostral;

    5. Alocao das Amostras no Espao e Tempo;

    6. Influncia do Coletor;

    7. Tcnicas de marcao;

    8. Rplicas x Pseudo rplicas;

    9. Estimativa, Preciso, Acurcia e Exatido em Pesquisa com Anfbios e Repteis;

    10. Curva de Acumulao; Curva de Rarefao e Estimadores de Riqueza

    2. Uso de Modelos de Distribuio de Espcies como ferramenta para Conservao da

    Herpetofauna

    ORGANIZADOR: Priscila Lemes de Azevedo Silva (Universidade Federal de

    Gois) & Fabiana Gonalves Barbosa (Universidade do Extremo Sul Catarinense)

    OBJETIVO: Nas ltimas dcadas a modelagem de distribuio de espcies tem sido um dos

    campos de pesquisa mais ativos na ecologia, biogeografia e biologia da conservao. Apesar de

    sua grande utilidade existem poucas oportunidades de treinamento formal para estudantes.

    Assim, este minicurso tem como principal objetivo introduzir os participantes aos aspectos

    tericos e prticos da modelagem de distribuio de espcies.

    CONTEDO PROGRAMTICO:

    1. Modelagem de distribuio de espcies.

    2. Exemplos de aplicaes dos modelos de distribuio de espcies na rea de herpetologia.

    3. Fontes de dados biticos e abiticos.

    4. Noes bsicas de tcnicas de modelagem.

    5. Ambientes/plataformas disponveis para modelagem.

    6. Gerao de modelos de espcie da herpetofauna escolhida pelo grupo no ambiente R.

    7. Avaliao dos modelos.

  • 2

    3. Parasitologia de Anfbios e Rpteis: mtodos de coleta, anlises e estudos

    ORGANIZADOR: Luciano Alves dos Anjos (Universidade Estadual Paulista)

    OBJETIVO: Os objetivos deste curso apresentar aos estudantes de biologia e pesquisadores

    da rea os principais grupos de helminthos endoparasitas de anfbios e rpteis que ocorrem no

    Brasil; mostrar os mtodos de coleta, fixao e preservao dos parasitas; descrever a biologia e

    morfologia dos parasitas. Apresentar os aspectos ecolgico-evolutivos da interao parasito-

    hospedeiro e os estudos mais relevantes realizados no Brasil.

    CONTEDO PROGRAMTICO:

    1. Apresentao dos grupos de endoparasitas: Protozorios, Nematoda, Cestoda, Trematoda,

    Acanthocfalo e Pentastomida.

    2. Principais stios de infeco.

    3. Biologia dos animais parasitos (sistemas reprodutores, alimentar, excretor e sensorial).

    4. Tcnicas de coleta, preparao e conservao dos parasitos.

    5. Ecologia do parasitismo, teorias, modelos de estudos e aplicaes.

    4. Introduo ao estudo de ecologia trfica de anfbios

    ORGANIZADOR: Snia Huckembeck (Universidade Federal do Rio Grande)

    OBJETIVO: Esse minicurso tem como objetivo apresentar as teorias ecolgicas aplicadas em

    redes alimentares, mtodos para a obteno de dados e a aplicao das principais anlises

    utilizadas em estudos de ecologia trfica de anfbios.

    CONTEDO PROGRAMTICO:

    1. Introduo aos conceitos bsicos relacionados ecologia trfica (cadeia trfica, controle top

    down/bottom up, nicho trfico, forrageamento timo)

    2. Mtodos utilizados para a anlise de contedo estomacal (dissecao e lavagem estomacal)

    3. Utilizao de istopos estveis em ecologia trfica

    4. ndices alimentares

    5. Determinao da amplitude de nicho

    6. Sobreposio alimentar

    7. Estratgia alimentar

    5. Gentica na conservao da espcie

    ORGANIZADOR: Tatiana Maria Barreto de Freitas (Universidade Federal do Maranho)

    OBJETIVO: Conhecer a contribuio da gentica biologia da conservao aplicada para o

    estudo da anurofauna. A gentica tornou-se uma importante ferramenta para definir estratgias

    para preservar espcies como entidades dinmicas, capazes de resistir s mudanas do ambiente.

    Estas informaes se aplicam ao manejo de populaes pequenas, resoluo de dvidas

  • 3

    taxonmicas, definio de unidades para o manejo, obteno de informaes de natureza

    ecolgica. Com base nessas informaes v-se a necessidade de conhecer essas ferramentas

    oferecidas pela gentica para elucidar muitas questes taxonmicas e populacionais.

    CONTEDO PROGRAMTICO:

    1. Aspectos Ecolgicos e Evolutivos relacionados biologia da conservao e gentica

    de populaes

    2. Diversidade gentica, importncia da diversidade gentica e mtodos de estudo

    3. Ferramentas para analisar estruturao gentica, filogenia e filogeografia em anfbios

    4. Contribuio da gentica no reconhecimento de novas espcies de anfbios anuros

    5. Gentica no planejamento de unidades de manejo

  • 4

    Conferncias

    (Auditrio Van Gogh)

    Integrando dados ambientais, moleculares, e funcionais para entender os padres de

    diversidade de anfbios e rpteis na Mata Atlntica - novas abordagens e desafios

    Dra. Ana Carolina Carnaval. City University of New York, EUA

    (08 de setembro - 9:00 10:00)

    What can 65 million years of climate forced extinction in reptiles tell us about the

    impending sixth mass extinction due to climate change.

    Dr. Barry Sinervo. University of California, Santa Cruz, EUA

    (08 de setembro - 17:00 18:00)

    Reptiles, genes, and the stories they tell.

    Dr. Jack W. Sites, Jr. Brigham Young University, EUA

    (09 de setembro - 9:00 10:00)

    Environmentally cued hatching: development, information, and adaptive behavior of

    embryos.

    Dra. Karen Warkentin. Boston University, EUA

    (09 de setembro - 17:00 18:00)

    Crocodilianos: Evoluo e Ecologia.

    Dr. William E. Magnuson. Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia, BRA.

    (09 de setembro - 9:00 10:00)

  • 5

    Anuran call pattern modification in response to anthropogenic noise and climate

    change: New insights.

    Dr. Peter M. Narins. University of California, EUA

    (10 de setembro - 17:00 18:00)

    O que os herpetlogos brasileiros pesquisaram na ltima dcada e o que deveria ser

    pesquisado nas seguintes?

    Dr. Mirco Sol. Universidade Estadual de Santa Cruz, Bahia, BRA

    (11 de setembro - 9:00 10:00)

    Desafios para conservao de anfbios e rpteis no Brasil.

    Dr. Mrcio Roberto Costa Martins, Universidade de So Paulo, BRA.

    (11 de setembro - 17:00 18:00)

  • 6

    Palestra Convidada

    08.setembro

    Auditrio Van Gogh

    Existe um gigante no meio do arco-ris! Heterocronia e sistemas de acasalamento

    podem induzir ao gigantismo in bodeos neotropicais?

    Dr. Felipe Gobbi Grazziotin

    Auditrio Locatelli

    The Evolution of Biodiversity via Adaptive Radiation

    Dr. Daniel Pincheira-Donoso

    Phylogenetic Relationships and diversity in Scinax (Anura: Hylidae)

    Dr. Julin Faivovich

    Auditrio Da Vinci

    Gazetteer Herpetolgico do Brasil: uma necessidade urgente

    Dr. Renato Brnils

    Auditrio Rembrandt

    Cobras Corais como Modelo de Pesquisa Interdisciplinar em Herpetologia

    Dr. Nelson Jorge da Silva Jr.

    09.setembro

    Auditrio Van Gogh

    The Survival of the Earth Depends on Frogs

    Dr. Jean-Marc Hero

  • 7

    Auditrio Locatelli

    A caixa-preta da diversidade biolgica

    Dr. Leandro Duarte

    Auditrio Da Vinci

    De peculiaridade zoolgica a organismo modelo. A histria do sapo parteiro

    Dr. Rafael Mrquez

    Auditrio Rembrandt

    Herpetologia Pitoresca

    Dr. Ulisses Caramashi

    10.setembro

    Auditrio Van Gogh

    Monitorando populaes: do Imprio Mongol aos modelos estatisticos

    Dr. Murilo Guimares

    Auditrio Locatelli

    Mimetic divergence and reproductive isolation in the mimic poison frog Ranitomeya

    imitator

    Dr. Evan Twomey

    Auditrio Da Vinci

    Potential of molecular tools in conservation biology: predicting the distribution of the

    olm (Proteus anguinus) in Croatia using environmental DNA

    Dra Judit Vrs

    Auditrio Rembrandt

    Conservao de anfbios em 3D: Doenas, Desmatamento & Diversidade

    Me. Guilherme Becker

  • 8

    11.setembro

    Auditrio Locatelli

    Mltiplos caminhos na especializao morfolgica de crocodilomorfos fsseis

    Dr. Marco Brandalise de Andrade

    Auditrio Da Vinci

    Habitat X Helmintofauna de anuros

    Dra Viviane Tavares

    Auditrio Rembrandt

    Museu de Cincias Naturais - Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul

    Dr. Patrick Colombo

  • 9

    THE EVOLUTION OF BIODIVERSITY VIA ADAPTIVE RADIATION

    Daniel Pincheira-Donoso

    Laboratory of Evolutionary Ecology of Adaptations, University of Lincoln, United

    Kingdom

    Adaptive radiation is the process behind biodiversity proliferations. As species invade

    novel environments, natural selection promotes the origins of new ecologically distinct

    species. This talk explores the basis of the process and its implications, with a focus on

    Liolaemus lizards, one of the most extraordinary examples of adaptive radiation known

    in nature.

    PHYLOGENETIC RELATIONSHIPS AND DIVERSITY IN SCINAX (ANURA:

    HYLIDAE)

    Julin Faivovich

    Divisin Herpetologa; Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino

    Rivadavia--CONICET

    More than 10% (113 species) of hylid diversity is included in the genus Scinax, the

    most species rich genus of new world hylids. Species of Scinax are grouped in two

    major clades, the S. catharinae and S. ruber clades. The S. catharinae clade has 45

    species occurring in the Atlantic Forest of SE Brazil and few species in gallery forests

    in the Cerrado and Pampean grasslands. The S. ruber clade, with 68 species, is

    distributed in several different biomes, from Southern Mexico to East-Central

    Argentina, but particularly concentrated in SE Brazil. In this presentation I will show

    results of an ongoing collaborative project on the phylogenetic relationships and

    diversity of this genus, stressing areas of interest, most supported nodes, and nodes that

    require further research.

    FROM ZOOLOGICAL ODDITY TO MODEL ORGANISM. THE TALE OF THE

    MIDWIFE TOAD.

    Rafael Mrquez

    Fonoteca Zoolgica. Dept. de Biodiversidad y Biologa Evolutiva, Museo Nacional de

    Ciencias Naturales-CSIC, Madrid, Spain.

    Midwife toads (Alytes, Alytidae) are primitive anurans with male terrestrial and males

    parental care. Alytes also have a highly simplified vocal communication with short

    mating calls with no harmonic structure, and simple amplitude modulation. Phenology

    and behaviour were described in some populations of continental midwife toads.

    Studies in Spain since 1987 started with descriptive measurements that showed that call

    duration and call dominant frequency were static characteristics and call interval was a

    more variable or (dynamic characteristic). Call duration was correlated with

  • 10

    temperature, and call frequency was correlated with male size. The distributions of

    advertisement call duration and frequency overlapped between different populations of

    Alytes, even if they belonged to different species. However, the covariance between

    temperature and call duration varied significantly between populations of different

    taxonomic groups. Large male reproductive advantage was found in several populations

    of both species and in several seasons resulting from the fact that larger males obtained

    more mattings and carried larger egg masses from more females. Reproductive

    character displacementIn syntopy, there was no sign of character displacement in

    male calls, but female preference was different than in allopatry. Male competitionIn

    acoustic interactions between males, these typically increase their calling rate when

    exposed to calls of a nearby competitor. The response is different if the stimulus is high

    or low in frequency, and also if its calling rate is fast or slow. Female preference

    Phonotaxis tests show that calls with lower frequencies (emitted by larger males) attract

    more females than high frequency calls. Female frequency preference is not open ended.

    Call alternation between males is non-random, both species having similar phase angles.

    Female preference for call leaders is significant in one species. Intensity of female

    preference for call characteristics can be quantified through acoustic setpoints playback

    tests. Preference for call rate is more important than preference for call frequency.

    Female preference for source level is not significant. Call intensity, sound transmission

    and other sensory pathwaysMeasurements of call Sound Pressure Level at different

    distances show that transmission is not optimally adapted to the species habitats. First

    results of studies of other sensory pathways indicate that detection of seismic cues may

    be important in this group.

    THE SURVIVAL OF THE EARTH DEPENDS ON FROGS!

    Jean-Marc Hero

    Environmental Futures Research Institute, School of Environment, Griffith University,

    Gold Coast, Australia

    Global amphibian declines have been described as an indicator of the 6th

    mass

    extinction event in the history of planet earth. Here I will discuss the values of

    amphibians for humans, the causes of amphibian declines, and their utility as indicators

    of environmental health. Pulling these ideas together provide a powerful affirmation for

    the assertion that the survival of the earth depends on frogs.

    HERPETOLOGIA PITORESCA

    Ulisses Caramaschi

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Departamento de Vertebrados

    Os herpetlogos so normalmente reconhecidos por suas publicaes, produzidas nos

    mais variados campos da Herpetologia. Entretanto, por trs dessas publicaes h o ser

    humano e o objetivo desta apresentao abordar suas atividades no campo e no

    laboratrio, suas personalidades, costumes, idiossincrasias, qualidades e defeitos.

  • 11

    Contar casos, muitas vezes engraados, sobre a vida deles. Contar como era trabalhar

    sem Internet e mesmo sem computadores. Como era trabalhar com sons antigamente, ou

    mesmo simplesmente como eram as lanternas. Os imensos esforos em coletar dados,

    analis-los, elaborar trabalhos e public-los. Como pesquisador em Herpetologia h

    mais de 40 anos, considero que, principalmente as novas geraes, precisam conhecer

    um pouco mais sobre os herpetlogos, mas no simplesmente sobre seus trabalhos

    publicados. Devem deixar de constarem apenas como bibliografias, mas tambm

    serem conhecidos como pessoas, como o ser humano por trs do cientista. Esta ser

    uma homenagem aos herpetlogos brasileiros mais modernos, principalmente os que eu

    conheci e conheo pessoalmente.

    POTENTIAL OF MOLECULAR TOOLS IN CONSERVATION BIOLOGY:

    PREDICTING THE DISTRIBUTION OF THE OLM (PROTEUS ANGUINUS) IN

    CROATIA USING ENVIRONMENTAL DNA

    Judit Vrs1,2

    , Orsolya Mrton2 and Duan Jeli

    3

    1Department of Zoology, Hungarian Natural History Museum

    2Laboratory for Molecular Taxonomy, Hungarian Natural History Museum

    3Hyla Croatian Herpetological Society

    The olm, Proteus anguinus is the only cave-adapted vertebrate of Europe. It represents

    the most ancient evolutionary lineage of amphibians in the European continent,

    evolving independently for 190 million years. Despite its peculiarity in extreme lifespan

    and typical troglomorphic characters adapted to cave environment, limited knowledge is

    available about its ecology. The range of Proteus anguinus is thought to stretch along

    the area of the Dinaric Karst along the Adriatic coast, but the exact distribution of the

    species is unknown. Due to uncontrolled spread of urban areas, pollution of water

    habitats and cave entrances the olm became endangered. In order to assess the

    conservation status of Proteus populations, a non-invasive sampling technology is

    needed, which can help to detect the animal which is rarely seen in nature. Therefore in

    collaboration between the HYLA Croatian Herpetological Society and the Hungarian

    Natural History Museum we developed a molecular test based on environmental DNA,

    which can facilitate the detection of the species in inaccessible cave systems.

    Additionally using next-generation sequencing technology we developed 13 Proteus-

    specific variable microsatellite markers to discover the genetic variability of populations

    originating from three independent cave systems in Croatia.

    MONITORANDO POPULAES: DO IMPRIO MONGOL AOS MODELOS

    ESTATISTICOS

    Murilo Guimares

    Universidade Federal do Rio Grane do Sul UFRGS

  • 12

    Monitoring consists on repeated measurements on the quantity of interest, being

    important for species conservation. In the past, the inference made on ecological studies

    of amphibians and reptiles used to be based on indexes and other raw counts, without

    accounting for sampling errors (false negatives). More recently, important analytical

    tools came up to better address monitoring and conservation problems, such as

    hierarchical modeling for marked and unmarked populations. In this presentation we see

    the evolution of parameter estimation when dealing with populations and species

    persistence. The family of capture-recapture models (mark-recapture and occupancy

    modeling) is presented in detail, with examples of its applicability to different systems

    and questions.

    CONSERVAO DE ANFBIOS EM 3D: DOENAS, DIVERSIDADE E

    DESMATAMENTO

    Guilherme Becker

    Universidade Estadual Paulista - UNESP

    A destruio dos habitats naturais e a quitridiomicose (doena causada pelo fungo

    quitrdio Batrachochytrium dendrobatidis Bd) so causas importantes do declnio de

    anfbios. Entender como seus efeitos independentes e interativos afetam as populaes e

    comunidades naturais chave para a conservao da biodiversidade. Atravs de

    amostragens de campo e experimentos de laboratrio, descrevo a influncia do

    desmatamento na dinmica populacional dos anfbios e no risco de quitridiomicose,

    avaliando mecanismos pelos quais a vegetao altera a dinmica patgeno-hospedeiro.

    Dentre os principais resultados, apresento a relao paradoxal entre os altos nveis de

    desmatamento e o baixo risco de quitridiomicose em anfbios da Costa Rica, Austrlia e

    Brasil. Para os mecanismos especficos, demonstro o efeito do microclima ameno das

    florestas densas facilitando o crescimento do fungo. Avalio tambm a relao entre a

    vegetao e o microbioma cutneo dos anfbios (i.e., composio e diversidade de

    bactrias) na dinmica Bd-hospedeiro. Alm disto, demonstro experimentalmente o

    efeito da alta diversidade de anfbios hospedeiros reduzindo a infeco por Bd, dando

    suporte para o efeito de diluio dilution effect. Combinados, estes resultados

    enfatizam que a destruio dos habitats naturais altera fatores biticos e abiticos

    ligados ao fitness dos anfbios, tendo assim implicaes analticas e tericas para o

    campo da ecologia de doenas e para o manejo de comunidades silvestres.

    HABITAT X HELMINTOFAUNA DE ANUROS

    Viviane Tavares

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

    Existem muitos fatores que podem influenciar na estrutura da comunidade parasitria,

    como hbito e a dieta do hospedeiro. Esses fatores podem nos contar sobre a

  • 13

    variabilidade da comunidade parasitria dentro de grupos de hospedeiros. Existem

    muitos estudos com anuros onde se observa uma relao positiva entre o habitat do

    hospedeiro e a variabilidade na estrutura da comunidade parasitria. Existe uma

    variedade de hbitos entre as espcies de anuros, os quais podem ser separados em

    fossoriais, arborcolas, terrestre, semi-aquticos e aquticos. Existe uma tendncia de

    anuros semi-aquaticos apresentarem um maior nmero de espcies de helmintos quando

    comparado com anuros terrestres e aquticos; j os anuros fossoriais e arborcolas

    apresentariam um nmero bem menor de espcies de helmintos.

    MLTIPLOS CAMINHOS NA ESPECIALIZAO MORFOLGICA DE

    CROCODILOMORFOS FSSEIS

    Marco Brandalise de Andrade

    Faculdade de Biocincias e Museu de Cincias e Tecnologia, Pontifcia Universidade

    Catlica do Rio Grande do Sul

    Os crocodilianos latu sensu so de modo geral vistos como um grupo pequeno de

    espcies semi-aquticas, crnio platirostrino e dentio com baixo grau de heterodontia,

    repetitivas em sua morfologia, compondo uma linhagem de baixa diversidade e

    disparidade morfolgica. Essa viso restrita, corrente na bibliografia clssica, vem

    sendo reavaliada frente ao conhecimento assimilado nas ltimas dcadas de pesquisa,

    em especial se somadas s espcies atuais e ao grupo coronal forem considerados

    neste conjunto as linhagens estmicas e os Crocodylia fsseis. Os Crocodylomorpha

    como um todo tem origem no Trissico e abrangem atualmente 300350 espcies

    (atuais e fsseis), apresentando diversas especializaes morfolgicas e uma disparidade

    evidente. O grupo estmico inclui linhagens de hbitos semi-aquticos, terrestres

    cursoriais e exclusivamente marinhos. Adaptaes para alimentao abrangem

    carnivoria estrita, piscivoria, ao menos trs tipos diferentes de durofagia, alm de

    omnivoria e possivelmente herbivoria. Crnios combinam rostros longos, curtos,

    achatados ventralmente ou lateralmente, ou tubulares. Um subgrupo, os

    Mesoeucrocodylia, apresentam palato sseo e coanas bem delimitadas em posio

    suborbital ou posterior. Caractersticas associadas dentio revelam morfologia de

    coroas dentrias adaptadas para perfurao, corte, perfurao+corte, esmagamento,

    perfurao+esmagamento, corte+esmagamento e browsing, capacidade de

    movimentao propalinal e lateral da mandbula (ie, mastigao) combinadas em

    denties que vo da homodontia estrita at a heterodontia plena, reminiscente aos

    padres encontrados em cinodontes (Synapsida) permo-trissicos. A musculatura

    dominante no fechamento da mandbula pode estar associada s fenestras temporais ou

    sub-orbitais (ps-palato), indicando a existncia de dois padres biomecnicos

    principais de mordida. Notadamente, a maior parte desta disparidade parece se

    concentrar em espcies fsseis do Cretceo, provenientes de territrio gondwnico,

    como parte de um processo de isolamento e especializao ecolgica e um ambiente em

    progressiva fragmentao. Aqui destaca-se a diversidade de crocodilomorfos fsseis

    brasileiros (mesoNeocretceo), somando mais de 20 espcies (em grande parte,

    Notosuchia), alm de diversos materiais inditos. Por outro lado, espcies marinhas do

    MesojurssicoEocretceo (Talattosuchia) demonstram equivalente capacidade de

    diversificao, com mais de 60 espcies descritas em trs ramos principais, onde se

  • 14

    reconhece a especializao morfo-ecolgica como uma estratgia de coexistncia por

    meio de partilha de nicho. Pelo menos em um caso conhecido, a especializao abrange

    aspectos estruturais dos ovos, com diferenas na espessura da casca e morfologia de

    suas unidades bsicas, indicando padro de reproduo bastante distinto daquele exibido

    pelos Crocodylia atuais. A diversificao e disparidade no exclusiva das linhagens

    estmicas, sendo tambm notvel diversos casos de especializao em Eusuchia e

    Crocodylia fsseis ps-cretcicos, incluindo morfologias singulares para a alimentao

    e locomoo. A especializao morfolgica apresentada pelas diversas linhagens de

    Crocodylomorpha fornece diversas instncias de convergncia evolutiva, tanto dentro

    do grupo quanto entre crocodilomorfos e outros grupos de vertebrados terrestres e

    aquticos. O reconhecimento da rica diversidade pretrita e plasticidade evolutiva dos

    Crocodylomorpha representa informao crtica no conhecimento da evoluo do grupo

    e surgimento das espcies atuais, bem como na compreenso das biotas passadas.

    Representa tambm mais um argumento na conservao da diversidade presente de

    Crocodylia, que so importantes demarcadores da disparidade atual do grupo, em

    especial dos gneros Gavialis, Paleosuchus e Osteolaemus.

  • 15

    Simpsios

    08 de setembro

    Auditrio Locatelli

    SIMPSIO 1 - HERPETOLOGA EN LOS CAMPOS SULINOS: EJEMPLOS

    DE INVESTIGACIN INTERINSTITUCIONAL

    Organizador: Raul Maneyro (Universidad de la Republica - Montevideo)

    La dinmica actual de produccin de conocimiento demanda esfuerzos de

    coordinacin a diferentes escalas. En particular, algunos estudios en herpetologa

    requieren informacin proveniente de un gran nmero de localidades o de una

    cobertura temporal demasiado amplia como para que una sola coleccin cientfica la

    pueda albergar. En este contexto, las grandes formaciones abiertas de Amrica del Sur

    ofrecen un escenario ideal para la cooperacin. Entre estos, los Campos Sulinos

    poseen una significativa riqueza de especies y presentan una asociacin taxonmica

    de caractersticas nicas. El simposio propuesto presenta experiencias de trabajo

    conjunto entre grupos de investigacin de distintas instituciones pblicas y privadas

    focalizadas en la sistemtica, historia natural y conservacin de anfibios y reptiles. En

    el mismo se presentarn resultados de trabajos de investigacin llevados adelante por

    integrantes de programas de grado y posgrado de Brasil y Uruguay. El objetivo

    central del mismo es mostrar ejemplos de actividades que ya se han realizado, as

    como estimular a los participantes a desarrollar propuestas de trabajos futuros. La

    amplia cobertura geogrfica y temtica del simposio propuesto ser un aliciente para

    que los jvenes herpetlogos tengan una visin resumida y sistematizada de las lneas

    de investigacin vigentes.

    PERSPECTIVAS DE ESTUDOS ECOLGICOS COMPARATIVOS

    ENVOLVENDO A HERPETOFAUNA DOS CAMPOS MIDOS DO SUL

    BRASILEIRO

    Alexandro Tozetti (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

    As reas midas do sul do Brasil, tambm compartilhadas por Argentina e Uruguai,

    representam um grande laboratrio a cu aberto para a investigao ecolgica. Elas

    apresentam um padro climtico subtemperado com distribuio de chuvas de forma

    relativamente regular ao longo do ano que levam a formao tanto de banhados

    permanentes quanto temporrios. Com isso ela concentra caractersticas especiais para

    a avaliao dos padres de atividade, filtros abiticos e de termoregulao de

    organismos ectotrmicos. O clima relativamente frio para os padres tropicais pode

    http://lattes.cnpq.br/1485435229243541http://lattes.cnpq.br/8347588972615049
  • 16

    atuar como limitante para o estabelecimento de espcies bem como para a exibio de

    processos reprodutivos e de controle de temperatura corporal especficos nessa regio.

    O fato de muitas espcies de anfbios, serpentes e lagartos serem similares aos de

    outras reas abertas do norte do pas potencializa a realizao de estudos

    comparativos com outros habitats abertos. Todavia, esse tipo de abordagem

    praticamente inexistente. Nessa palestra sero apresentados alguns dos resultados de

    estudos colaborativos recentes envolvendo a biologia reprodutiva, padres de

    atividade, temporadas de vocalizao, uso do habitat bem como ecologia alimentar de

    algumas espcies de anfbios e rpteis que poderiam ser usados como modelos para o

    estabelecimento de hipteses ecolgicas a serem testadas de modo comparativo com

    outras taxocenoses e/ou hbitats abertos, alagveis ou no.

    REDE CAMPOS SULINOS: UMA OPORTUNIDADE PARA INVESTIGAES

    EM AMPLA ESCALA GEOGRFICA DOS PROCESSOS E PADRES EM

    METACOMUNIDADES DE ANFBIOS

    Tiago Gomes dos Santos (Universidade Federal de Santa Maria).

    A biodiversidade associada aos Campos Sulinos est ameaada em funo da rpida

    converso de habitat e da falta de polticas ambientais comprometidas com prticas de

    uso verdadeiramente sustentveis. Desse modo, a conservao da biodiversidade e dos

    servios ecossistmicos mantidos pelos Campos Sulinos depende de esforos

    conjuntos capazes de gerar dados robustos sobre padres e processos em ampla escala

    geogrfica e encaminh-los aos tomadores de decises. Nessa palestra apresentaremos

    resultados de pesquisas dos laboratrios de herpetologia da Universidade Federal do

    Pampa e da Universidade Federal de Santa Maria no estudo de anfbios em reas

    campestres, atravs da Rede Campos Sulinos. As questes-chave nos subprojetos com

    foco em anfbios esto voltadas aos padres de diversidade alfa e beta, uso de habitat

    (influncia de descritores locais, regionais e espaciais), ecologia funcional e

    filogentica, diversidade gentica, tolerncia trmica e histria natural da anurofauna.

    A Rede recebe suporte de agncias de fomento nacionais e estaduais

    (CNPq/FAPERGS) e contempla parcerias com pesquisadores do Brasil e exterior. Os

    projetos efetuam a formao de recursos humanos em nvel de graduao e de ps-

    graduao. Atualmente a Rede Campos Sulinos est estruturada em dois grandes

    projetos: 1) Biodiversidade dos campos e dos ectonos campo-floresta no sul do

    Brasil: bases ecolgicas para sua conservao e uso sustentvel, e 2) Programa de

    Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) Campos Sulinos.

    INICIATIVAS BINACIONAIS PARA O ESTUDO DA CONSERVAO DA

    HERPETOFAUNA DO BIOMA PAMPA

    Rafael Balestrin (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

    O Uruguai e grande parte do estado do Rio Grande de Sul se encontram dentro do

    Bioma Pampa. Este espao geogrfico, que transcende fronteiras polticas, contm

    uma importante diversidade de paisagens e de espcies associadas. Pesquisadores da

    http://lattes.cnpq.br/5811514780628956http://lattes.cnpq.br/3889085115853833
  • 17

    Faculdade de Cincias da Universidad de la Repblica (UdelaR) no Uruguai e da

    Faculdade de Biocincias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) no

    Brasil, vem desenvolvendo programas integrados destinados a investigao e

    formao de recursos em Herpetologia. Estas atividades tm sido focadas

    principalmente em projetos de pesquisa que coletam e utilizam metadados para

    desenvolver modelos preditivos (como os destinados a entender o impacto das

    mudanas climticas na diversidade), assim como em trabalhos de taxonomia e

    filogeografia. Nesta palestra sero apresentados os resultados das pesquisas levadas

    em parceria envolvendo modelagem de nicho, avaliaes do estado de conservao

    das espcies, e trabalhos em sistemtica e histria natural de anuros e escamados da

    savana uruguaia.

    Auditrio Van Gogh

    SIMPSIO 2 -AMPHIBIAN SYSTEMATICS

    Organizador: Santiago Castroviejo-Fisher (Pontifcia Universidade Catlica do Rio

    Grande do Sul)

    Amphibian systematics has experienced considerable progress in the last decade due

    to the ever-increasing amounts of molecular data and taxon sampling. This growth of

    evidence allowed for more severe testing of hypotheses previously constructed on the

    basis of relatively small datasets. In many cases, the results of independent studies

    based on different sets of characters and taxa, and using different optimization

    criteria, converged on the same or relatively similar solutions, suggesting that

    evidence for inferred relationships was unambiguous and immune to different

    assumption sets. In many other cases, however, poorly resolved or incongruous

    relationships among studies suggest that stronger tests based on more evidence and

    rigorous analyses are necessary to recover well-resolved relationships or, at least, to

    elucidate the causes of incongruence. Furthermore, an emerging challenge in

    Amphibian systematics is the inclusion of large datasets of phenotypic characters. In

    this symposium, we will present three notable study cases concerning the families

    Centrolenidae, Hemiphractidae, and Microhylidae that illustrate these points.

    PHYLOGENETIC SYSTEMATICS OF EGG-BROODING FROGS (ANURA:

    HEMIPHRACTIDAE) AND THE EVOLUTION OF DIRECT DEVELOPMENT

    Santiago Castroviejo-Fisher (Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul)

    Egg-brooding frogs (Hemiphractidae) include 105 Neotropical species with a

    remarkable diversity of developmental modesfrom direct development to free-

    living and exotrophic tadpolesand in which females carry their eggs on the back

    and embryos have unique bell-shaped gills. We inferred the evolutionary relationships

    of hemiphractids, reviewed their taxonomy, and tested hypotheses on the evolution of

    http://lattes.cnpq.br/7129388831760922http://lattes.cnpq.br/7129388831760922
  • 18

    developmental modes and bell-shaped gills. Our analyses relied on DNA sequences of

    up to 20 mitochondrial and nuclear genes and 51 phenotypic characters sampled for

    83% of currently valid hemiphractid species. We obtained a well-resolved phylogeny

    with both Hemiphractidae (sister of Athesphatanura) and its six recognized genera

    monophyletic. We inferred novel intergeneric relationships, the non-monophyly of all

    species groups previously proposed within Gastrotheca and Stefania, and the

    existence of several putative new species within Fritziana and Hemiphractus.

    Contrary to previous hypotheses, our results support the most recent common ancestor

    of hemiphractids as a direct-developer. Free-living aquatic tadpoles apparently

    evolved from direct-developer ancestors three to eight times. Embryos of the sister

    taxa Cryptobatrachus and Flectonotus share a pair of single gills while embryos of the

    clade including the other four genera have two pairs of gills. Furthermore, in

    Gastrotheca the fusion of the two pairs of gills is a putative synapomorphy.

    THE IMPACTS OF THE CHOICE OF THE DATASET AND ANALYTICAL

    METHODS IN PHYLOGENETIC INFERENCE OF NARROW-MOUTHED

    FROGS (ANURA: MICROHYLIDAE)

    Pedro L. V. Peloso (Museu Paraense Emlio Goeldi)

    The frog family Microhylidae contains over 560 species (nearly 8.5% of global frog

    diversity) and is distributed in almost every tropical landmass on Earth. Despite

    considerable progress in unraveling the phylogeny of microhylids, relationships

    among subfamilies remain largely unstable and many genera are not demonstrably

    monophyletic. For this study we explore the effects of differential taxon and character

    sampling, as well as the exploration of alternative optimality criteria for sequence

    alignment and tree search in phylogenetic inference. We used five alternative

    combinations of DNA sequence data (ranging from 7 loci for 48 taxa to up to 73 loci

    for as many as 142 taxa) generated using the Anchored Phylogenomics sequencing

    method (66 loci, derived from conserved genome regions, for 48 taxa) and Sanger

    sequencing (7 loci for up to 142 taxa). The phylogeny of microhylids shows an

    alarmingly high susceptibility to different analytical methods, even if a similar taxon

    composition is used. We demonstrate that phylogenetic inference, at least for this

    group, is strongly biased by what evidence one chooses to incorporate into the study

    and by which methods are employed. Our results corroborate the monophyly of

    Microhylidae and most currently recognized subfamilies but fail to provide support

    for relationships among subfamilies. Several taxonomic updates are suggested,

    including two new subfamilies (one restricted to Asia, and another from South

    America).

    ANLISE DE EVIDNCIA TOTAL DAS PERERECAS DE VIDRO E SEUS

    PARENTES (ANURA: ALLOCENTROLENIAE)

    Marco Rada (Universidade de So Paulo)

    http://lattes.cnpq.br/0963420424755544http://lattes.cnpq.br/5706977576790968
  • 19

    O clado Allocentroleniae, formado pelas famlias Centrolenidae e Allophrynidae,

    constitui um grupo grande e diverso com cerca de 151 espcies. Apesar das

    contribuies dos estudos de sistemtica molecular publicados nos ltimos anos,

    existem conflitos importantes entre os estudos. Alm disso, no existem

    sinapomorfias fenmicos conhecidos para a maioria das linhagens. Uma possvel

    soluo para os dois incluir evidncia adicional, incorporando novas sries de

    transformao no analisadas previamente (e.g., caracteres derivados da morfologia

    externa, musculatura, osteologia de adultos, condocrnio das larvas, comportamento

    reprodutivo) e completando o sequenciamento dos genes faltantes para

    terminais/espcies sensveis. Desta maneira, mediante uma anlise filogentica

    simultnea de dados genmicos e fenmicos, obte-se uma nova hiptese filogentica

    com sinapomorfas morfolgicas, no disponveis at o momento para

    Allocentroleniae.

    Auditrio Da Vinci

    SIMPSIO 3 - MODELOS DEMOGRFICOS E ECOFISIOLGICOS DA

    DISTRIBUIO DE ESPCIES: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

    Organizador: Guarino R. Colli (Universidade de Braslia)

    The global biodiversity crisis has not spared amphibians and reptiles. On the contrary,

    given their strong dependency on moist environments or reliance on environmental

    sources of heat for homeostasis, amphibian and reptile populations are declining

    worldwide due to the combined effects of habitat loss, invasive species, diseases and

    climate change. The need for accurate data and models describing the physiological,

    demographic and biogeographic tolerances and responses of natural populations to

    such threats has never been so pressing. In this symposium we address the major

    challenges and advances related to the acquisition and use of such data to model the

    extinction risk of amphibians and reptiles, especially in the face of climate change

    mediated by habitat loss, using several species of the Brazilian herpetofauna.

    DEMOGRAPHIC RESPONSES OF LIZARD POPULATIONS TO SEASONAL

    AND STOCHASTIC ENVIRONMENTAL VARIATIONS IN A BIODIVERSITY

    HOTSPOT

    Guarino R. Colli (Universidade de Braslia)

    Populations in seasonal environments have their life cycles attuned to this seasonality,

    and might not have mechanisms to deal with unpredictability. To get a complete

    picture of how climate change affects those populations, it is necessary to address the

    complexity underlying the relation of their dynamics with the environment. We

    investigate the effects of deviation from typical climate of the Cerrado biodiversity

    hotspot on the population dynamics of several lizard species, to identify demographic

    components that are affected by those deviations and determine their influence on

    population growth. We decompose local climate variables into seasonal and non-

    http://lattes.cnpq.br/2272000258230548http://lattes.cnpq.br/2272000258230548
  • 20

    seasonal components and, through model selection with data from long-term mark-

    and-recapture surveys, we assess which of those factors, along with long- and short-

    term fire effects, better accounted for variation in population vital rates (survival and

    recruitment) and calculate the sensitivity of population growth to those vital rates.

    Lizard species can buffer the demographic effects of fire, an environmental

    disturbance familiar to them, but lack mechanisms to deal with climate deviations

    seemingly associated with global climate change. Recruitment sensitivity can be very

    important to population dynamics in the context of climate change and is a key aspect

    to be addressed on population persistence studies and extinction predictions.

    ECOPHYSIOLOGY OF AMPHIBIANS: MISSING DATA FOR BEST

    MECHANISTIC MODELING

    Carlos A. Navas (Universidade de So Paulo)

    Mechanistic modeling emerged as an important approach to understand the impact of

    environmental change on animals, and as a particularly powerful tool for the specific

    case of ectothermic tetrapods. In the context of lizards, for example, recent

    groundbreaking papers were rooted in thermal biology and had as a common

    denominator the analysis of thermal influences on behavior. These papers were

    possible because a very solid theory, supported by a large empirical database, gave

    full support to a series of ideas relating temperature to behavioral performance, hours

    of activity, thermal safety limits, and other variables that proved relevant. Given the

    success of these approaches, attempts have been made to apply similar frameworks to

    other groups, including amphibians. This can be done to some extent, but the

    literature on amphibian physiological ecology is not nearly as complete, and key

    aspects still need significant attention. Examples of highly relevant, yet overlooked

    topics, include hydro-regulation, role of behavioral fever on disease outbreaks, scope

    of behavior to buffer environmental variation, and the synergic effects of water

    balance and body temperature on behavioral performance. In this talk I present this

    problem and discuss why increasing the available data on the physiological ecology of

    amphibians is an essential task to enhance the power of mechanistic modeling applied

    to this group.

    ECOPHYSIOLOGICAL SPECIES DISTRIBUTION MODELS AND FUTURE

    EXTINCTION RISK OF REPTILES AND AMPHIBIANS

    Barry R. Sinervo (University of California)

    Standard species distribution models (SDM) use climate layers to determine a species

    climate niche and then project the species distribution to future time points as

    climate warms or dries, but such models do not take into account evolved

    physiological or ecological differences among species that might impact resistance to

    warm spells and / or long-term droughts. Here I will describe the relationships

    between climate layers and operative thermal and hydric environments for reptiles and

    amphibians. I will derive a general class of models that can be used in SDM which

    http://lattes.cnpq.br/6537600070487889https://www.researchgate.net/profile/Barry_Sinervo
  • 21

    allow for evolved changes in physiology to be incorporated in the modeling. Models

    are implemented with standard [R] packages for SDM such as dismo and biomod2. In

    addition, I will describe how other ecological interactions such as competition for

    thermal niches can be used to model the impact of climate driven extinctions of cool-

    adapted taxa (e.g., montane taxa) arising from the invasion of a warm-adapted

    competitor (e.g., lowland taxa) that might expand its range under climate warming. I

    apply the models to several species of Brazilian frogs and reptiles.

    09 de setembro

    Auditrio Locatelli

    SIMPSIO 1 - ENTENDER PARA CONSERVAR - UM JEITO DIFERENTE

    DE SE PENSAR EM CINCIA

    Organizador: Iber Farina Machado (Instituto Boitat)

    Demonstraremos como algumas pesquisas recentes vm auxiliando no entendimento

    da interao e conservao entre a herpetofauna e o ser humano. As palestras

    abordaro: um panorama sobre a caa de rpteis e anfbios no Brasil; passando para

    etnoherpetologia, onde veremos como a interculturalidade e a transdisciplinaridade

    podem ser trabalhadas junto aos povos indgenas e seu uso sobre a herpetofauna; e por

    fim veremos um panorama de orientaes sobre herpetofauna brasileira e como o

    lanamento de um projeto pode incentivar estudos em locais de poucas amostragens.

    PROJETO AMPLEXO: COMO A COORIENTAO SOLIDRIA

    PODRESCENTAR INFORMAES SOBRE A HERPETOFAUNA BRASILEIRA

    Iber F. Machado (Instituto Boitat)

    O Instituto Boitat vem discutir e apresentar alguns dados sobre o atual panorama de

    orientao, levando em considerao o ponto de vista do orientador e dos orientados

    de graduao e ps-graduao. Atualmente, as polticas institucionais focam na

    produtividade sobre projetos e publicaes de alto impacto, juntamente com um

    grande nmero de reunies e entraves burocrticos que acabam por sobrecarregar os

    pesquisadores e professores. Esta realidade acaba sendo mais extrema em

    universidades particulares, onde um professor deve orientar muitos alunos de

    graduao, sem conseguir dar o devido cuidado e ateno para cada aluno

    individualmente. Desta forma, viemos apresentar uma ao em educao que visa

    diminuir parte desta carncia, buscando um aumento e direcionamento para a

    interao entre alunos, com ps-graduandos atuando como coorientadores, de forma

    solidria, para graduandos, em Universidades e Faculdades carentes de profissionais

    especializados em herpetologia. Nosso objetivo o entendimento do processo de

    orientao por parte dos novos coorientadores, tornando-os mais maduros

  • 22

    cientificamente; e o aprendizado dos orientados, trabalhando e produzindo artigos

    sobre herpetofauna em locais carentes de estudo nesse campo.

    A CAA DE RPTEIS E ANFBIOS NO BRASIL. QUAL O TAMANHO DO

    PROBLEMA?

    Hugo Fernandes-Ferreira (Universidade Federal do Cear)

    A relao entre seres humanos e a fauna silvestre constitui um fator onipresente em

    todas as regies do mundo e o uso da herpetofauna tem sido amplamente relacionado

    a inmeras culturas. Enquanto boa parte da sociedade apresenta uma percepo

    antagnica em relao a rpteis e anfbios, diversas comunidades espalhadas pelo

    globo utilizam esses animais para diversas finalidades, tais como alimentares,

    medicinais, mgico-religiosas e de criao em cativeiro. Essa utilizao provoca um

    impacto pouco mensurado em nveis globais e nunca avaliado no Brasil. Quantas

    espcies so relacionadas para cada tipo de uso? Quais as tcnicas utilizadas? H

    espcies que podem estar ameaadas nacionalmente por conta da defaunao? Em que

    circunstncias sociais, histricas, econmicas e ambientais essas espcies so

    utilizadas? Essas so as perguntas norteadoras da palestra, que tem como objetivo

    principal fomentar o debate sobre um assunto facilmente indicado como problema em

    diversos meios de divulgao, mas raramente analisado em carter mais profundo.

    UMA ABORDAGEM SOBRE A HERPETOFAUNA E AS POPULAES

    INDGENAS DO CERRADO DO BRASIL

    Lorena Dallara (Universidade Federal de Gois)

    O curso de Educao Intercultural da Universidade Federal de Gois possui mais de

    220 estudantes indgenas pertencentes a dezoito etnias dos vales dos rios Araguaia e

    Tocantins. Os princpios pedaggicos do curso (interculturalidade e

    transdisciplinaridade) fazem com que diferentes reas do conhecimento sejam

    discutidas de forma articulada, visando compreender a relao do homem e suas

    prticas culturais com o meio ambiente. A etnobiologia tem sido definida como o

    estudo das interaes das pessoas com o seu ambiente se ocupando de conhecer como

    determinadas culturas percebem e conhecem o mundo biolgico. A etnoherpetologia

    delimita seu enfoque nos grupos tnicos, no que diz respeito ao seu conhecimento

    sobre os rpteis e anfbios. Os anfbios e rpteis se enquadram em um grupo de

    animais bioindicadores e de grande importncia ecolgica como controladores de

    populaes de invertebrados e de outros vertebrados, o que destaca sua importncia

    nos estudos de impactos, podendo direcionar melhor nas medidas conservacionistas.

    Dessa forma, o conhecimento etnoherpetolgico dos alunos indgenas da UFG vem

    sendo trabalhado visando preservar e difundir a viso e os saberes tradicionais destes

    povos. A oportunidade de revelar e debater diversas interpretaes sobre as cincias

    da natureza, provenientes de tantas comunidades distintas, tem se mostrado valiosa

    para impulsionar os escassos estudos etnoherpetolgicos acerca das populaes

    indgenas do Cerrado.

  • 23

  • 24

    Auditrio Van Gogh

    SIMPSIO 2 - APPLICATION OF MOLECULAR SYSTEMATICS IN

    HERPETOLOGY TO LARGE-SCALE PHYLOGENETIC ESTIMATION AND

    SPECIES DELIMITATION

    Organizador: Joo Tonini (The George Washington University)

    Systematists more and more rely on molecular data to estimate phylogenies and

    delimit species. The increased advances in genomic technology allow scientists

    nowadays to sample hundreds or thousands of loci, which would give more power to

    estimate species relationships given the greater amount of data. However, it is still

    unclear how to account for sources of discordance between gene tree and its species

    tree, which also affects phylogenetic estimation. In recent years increased the use of

    species tree methods that explicit model the processes that may generate discordance,

    but still there is no method that take into account all processes that generate tree

    disparity. Furthermore, systematists have used molecular data to model population

    genetic processes and indentify independent evolving lineages. For instance, several

    coalescent-based species delimitation methods have been proposed to delineate

    species-level lineages and, therefore, helped to better understand levels of

    biodiversity. In this symposium we will discuss methodological issues associated to

    large-scale phylogenetic estimation and species delimitation, based on results of

    simulation studies and empirical data of the herpetofauna. Participants will be

    exposed to up to date topics in molecular systematics and discuss common issues

    faced by empiricists to estimate phylogenies and delimit species.

    CONCATENATION AND SPECIES TREE METHODS EXHIBIT

    STATISTICALLY INDISTINGUISHABLE ACCURACY UNDER A RANGE OF

    SIMULATED CONDITIONS

    Joo Tonini (The George Washington University)

    Phylogeneticists have recognized the potential for discordance between a gene tree

    and its species tree. In recent years, molecular systematists have begun eschewing

    traditional supermatrix methods in favor of explicit modeling of the processes that

    may generate discordance. Theoretical studies have demonstrated the existence of

    species trees for which discordant gene trees are more likely than genealogies that

    agree with the species tree. In contrast, other studies shown that, for species trees

    containing anomaly zones, the probability of observing a polytomous gene tree is

    greater than the probability of recovering an anomalous gene. Given the

    computational and theoretical difficulties of adequately modeling gene descent,

    phylogeneticists have instead opted to increase the total number of loci and taxon

    sample included in their concatenated data matrices under the expectation that, on

    average, the signal of multiple genes and a large sample will increase the probability

    of recover the true species tree. In a simulation study we explicitly assessed the

    relative accuracy of species-tree methods and concatenation. Concatenation can

    https://www.researchgate.net/profile/Joao_Tonini3https://www.researchgate.net/profile/Joao_Tonini3
  • 25

    outperform species-tree methods when levels of incomplete lineage sorting are low,

    few loci are used, or gene trees have low phylogenetic signal, conditions that likely

    reflect the reality of many phylogeneticists working with mitochondrial and nuclear

    markers generated by traditional methods of sequencing to estimate phylogenetic

    relationships.

    EFFECTIVENESS OF PHYLOGENOMIC DATA AND COALESCENT SPECIES-

    TREE METHODS FOR RESOLVING DIFFICULT NODES IN THE PHYLOGENY

    OF ADVANCED SNAKES

    Alex Pyron (The George Washington University)

    Next-generation sequencing promises to resolve remaining contentious nodes in the

    Tree of Life, and facilitates species-tree estimation while taking into account

    stochastic genealogical discordance among loci. Recent methods for estimating

    species trees approximate the true species-tree using summary metrics, which would

    converge on the true species-tree with sufficient genomic sampling, even in the

    anomaly zone. However, no studies have yet evaluated their efficacy on a large-scale

    phylogenomic dataset, and compared them to previous concatenation strategies. Here,

    we generate such a dataset for Caenophidian snakes, a group that contains several

    rapid radiations that were poorly resolved with fewer loci. We estimate phylogenies

    using neighbor joining, maximum parsimony, maximum likelihood, and three

    summary species-tree approaches. All methods yield similar resolution and support

    for most nodes, but not all of them support the monophyly of Caenophidia. Thus,

    phylogenomic species-tree estimation may occasionally disagree with well-supported

    relationships from concatenated analyses of small numbers of nuclear or

    mitochondrial genes, a consideration for future studies. In contrast for at least two

    diverse, rapid radiations, phylogenomic data and species-tree inference do little to

    improve resolution and support. Thus, certain nodes may lack strong signal, and larger

    datasets and more sophisticated analyses may still fail to resolve them.

    PERFORMANCE AND SAMPLING STRATEGIES FOR COALESCENT-BASED

    SPECIES DELIMITATION METHODS

    Arley Camargo (Universidad de la Repblica)

    In recent years, several coalescent-based species delimitation methods (SDM) have

    been proposed to delineate species-level lineages using molecular data. Subsequent

    reviews have evaluated and compared the performance of SDM as well as suggested

    the optimal sampling design, the effect of the species tree, and the need of integrative

    approaches. We evaluated the accuracy of SDM using coalescent simulations and

    applied these methods to an empirical dataset. In addition, we also used power

    analysis to investigate the optimal sampling design to test for species limits after

    recent speciation events. We simulated coalescent genealogies with the ms program

    and generated sequence data with seq-gen for a range of divergence times, number of

    loci, and number of gene copies per species. Our results suggest that the program

    http://biology.columbian.gwu.edu/r-alexander-pyronhttps://www.researchgate.net/profile/Arley_Camargo
  • 26

    BP&P is more accurate than other SDM under identical sampling conditions and

    model parameters. Moreover, the comparison of true and false positive rates in a

    power analysis suggests that sampling more gene copies per species instead of more

    loci was a better strategy for delimiting recently diverged species under simplifying

    assumptions. In addition, while we assumed a fixed species tree, evaluation is now

    necessary for new SDM that take into account species tree uncertainty. In the

    empirical example, the application of several SDM to lizards of the Liolaemus

    darwinii complex (Squamata: Liolaemidae) showed congruent, strong support for a

    new, cryptic species.

    Auditrio Da Vinci

    SIMPSIO 3 -AVANOS NOS ESTUDOS DE COMUNICAO DE

    ANFBIOS NO BRASIL

    Organizador: Rodrigo Lingnau (Universidade Tecnolgica Federal do Paran)

    As principais formas de comunicao em anfbios anuros (sapos, rs e pererecas)

    ocorrem de forma acstica, visual e ttil. Certamente entre essas formas a mais

    estudada a comunicao acstica (as vocalizaes). Os primeiros trabalhos com

    bioacstica de anfbios no Brasil, com gravaes e subsequentes descries dos cantos

    de algumas espcies foram realizados a partir da dcada de 1960. Os equipamentos

    para gravao e anlise dos repertrios acsticos eram muito inferiores aos

    disponveis hoje em dia e eram poucos os pesquisadores no Brasil envolvidos com

    bioacstica de anfbios. Nos ltimos anos o nmero de pesquisadores que se dedicam

    em algum momento a esses trabalhos no Brasil cresceu exponencialmente. A proposta

    deste simpsio mostrar um pouco dos estudos de comunicao de anuros no Brasil.

    Sero discutidos os avanos e novas anlises que esto sendo feitas no pas que tem a

    maior riqueza de anfbios do mundo, alm de mostrar as possibilidades de pesquisas

    que podem ser feitas nessa rea. Na palestra de Rogrio Bastos teremos uma

    exposio dos avanos que sua equipe tem obtido nos ltimos anos com muitas

    pesquisas sendo feitas estudando as variaes das vocalizaes de anuros. Na palestra

    de Felipe Toledo sero relatados trs estudos de caso de comunicao em anuros: do

    cego, do surdo e do mudo. Na palestra de Vincius Caldart teremos a exposio de um

    estudo de comunicao acstica, visual e multimodal de uma r diurna.

    VARIAES DAS VOCALIZAES EM ANUROS

    Rogrio P. Bastos (Universidade Federal de Gois)

    As vocalizaes de anuros apresentam diversas funes, seja no reconhecimento

    especfico, territorialidade ou seleo sexual. Apesar de ser um sinal bem

    estereotipado, as caractersticas acsticas podem ser variveis. Neste contexto, nos

    ltimos anos, as pesquisas realizadas no Laboratrio de Herpetologia e

    Comportamento Animal/UFG tm objetivado estudar a variabilidade encontrada nas

    vocalizaes de anuros. Temos realizado pesquisas que contemplem: variao

    http://lattes.cnpq.br/2657881579905943http://lattes.cnpq.br/6015137404238990
  • 27

    intraindividual, variao interindividual, variao interpopulacional, variao

    temporal e influncia da estrutura do ambiente. As gravaes so obtidas em

    condies naturais ou em condies experimentais (com utilizao de playbacks). Os

    principais resultados obtidos compreendem: aumento do conhecimento acerca do

    repertrio acstico; informaes sobre interaes acsticas territoriais, com um

    aumento em determinados parmetros acsticos (e.g. intensidade, diminuio do

    intervalo entre canto) que pode ser suficiente para resolver uma disputa territorial;

    apesar da variabilidade encontrada nos indivduos, os mesmo apresentam um padro

    acstico que permitem serem reconhecidos; mesmo com maior variabilidade acstica,

    alguns parmetros (e.g. frequncia) so pouco variveis, no havendo diferenas entre

    populaes ou entre anos; alm de fatores ambientais (temperatura, luminosidade,

    ventos), a estrutura da vegetao tambm um fator que causa variabilidade das

    vocalizaes.

    O CEGO, O SURDO E O MUDO: O QUE FAZ SENTIDO?!

    Lus Felipe Toledo (Universidade Estadual de Campinas)

    A bioacstica faz parte e tem sido o principal ramo do estudo de comunicao e

    histria natural dos anfbios brasileiros. Entretanto, entende-se que a comunicao

    multimodal seja amplamente difundida e formas alternativas de comunicao

    evoluram nas diversas linhagens de anuros. Alm disso, no s para a comunicao

    os anuros usam seus rgos sensoriais. Neste contexto, decidimos explorar os sentidos

    de maneira abrangente estudando trs casos especiais: 1) O mudo o caso de

    Bokermannohyla izecksohni, que apesar de emitir gritos de agonia quando

    abruptamente manipulado, no emite vocalizaes de anncio ou agressivas. Sendo

    assim, montamos diversos experimentos para tentar entender como um macho pode

    defender seu territrio ou mesmo atrair uma parceira sexual. 2) O surdo o caso das

    espcies de Brachycephalus. No propriamente surdos, mas estas espcies no

    possuem a orelha externa, nem os ossculos da mdia. Existem dvidas ainda de como

    eles escutam, captam e transmitem as ondas sonoras areas para sua orelha interna.

    Com abordagens multidisciplinares investigamos os caminhos da audio de B.

    pitanga; 3) O cego o caso da populao introduzida de Rhinella jimi de Fernando

    de Noronha. Cerca de 20% dos indivduos possui malformaes nos olhos, com

    alguns indivduos caolhos e outros completamente cegos. Neste cenrio avaliamos a

    catarata de efeitos da perda da viso sobre a ecologia alimentar e reprodutiva dos

    indivduos com diferentes nmeros de olhos funcionais.

    COMUNICAO ACSTICA, VISUAL E MULTIMODAL NA R DIURNA DE

    RIACHO CROSSODACTYLUS SCHMIDTI: ESTRUTURA, FUNO DOS SINAIS

    E PRESSES SELETIVAS

    Vincius M. Caldart (Universidade Federal de Santa Maria)

    Os sinais so blocos bsicos da comunicao que evoluem da interao coevolutiva

    entre emissor e receptor, e a interao sinalresposta constitui o processo de

    http://lattes.cnpq.br/7548286300603675http://lattes.cnpq.br/6542678461496491
  • 28

    comunicao. A comunicao acstica tem papel central na histria de vida dos

    anuros, pois media interaes sociais, influencia nos riscos de predao e parasitismo

    e est ligada ao sucesso reprodutivo. A partir de um sistema de comunicao acstica

    destacam-se 4 questes: 1) as interaes coevolutivas entre emissor e receptor, e.g.

    fmea co-especfica; 2) e entre emissor e audincia no-alvo, e.g. predadores; 3) a

    influncia das caractersticas fsicas do ambiente na transmisso do sinal, e.g.

    vegetao, rudo ambiente; e 4) a interpretao do sinal e resposta do receptor. Tais

    questes referem-se A) estrutura e B) funo do sinal, e C) s presses seletivas que

    afetam sua estrutura e funo. A partir desse referencial realizamos estudos com a r

    diurna de riacho Crossodactylus schmidti. Investigamos em especial as presses que

    influenciam na estrutura dos sinais (adaptaes) e no uso de estratgias na

    comunicao (plasticidade), descrevendo o repertrio acstico, visual e multimodal,

    avaliando relaes sinal acstico X rudo ambiente e investigando a potencial presso

    seletiva de mosquitos parasitas fonotaticamente orientados. O conhecimento

    acumulado sugere que C. schmidti um bom modelo em estudos sobre evoluo da

    comunicao em anuros diurnos de riachos e para testar hipteses sobre funo de

    sinais complexos.

    Auditrio Rembrandt

    SIMPSIO 4 - BIODIVERSIDADE E ECOLOGIA DE PARASITOS EM

    RPTEIS E ANFBIOS: O ESTADO DA ARTE

    Organizador: Lcio A. Viana (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)

    Estudos sugerem que existem mais espcies de organismos com estilo de vida

    parasitria do que espcies de vida livre. Portanto, em um pas megadiverso como o

    nosso o potencial de registro de novas espcies de parasitos enorme. Assim, o

    simpsio tem como objetivo apresentar a diversidade dos grupos de protozorios e

    helmintos parasitos de rpteis e anfbios no pas. A ideia surgiu da necessidade de

    divulgar estudos com parasitos em animais silvestres para a comunidade acadmica e

    incentivar a formao de redes de colaborao cientfica.

    RELAES ENTRE QUALIDADE DO HBITAT E A FAUNA PARASITARIA

    DE ANFBIOS

    Luciano A. Anjos (Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho)

    O conhecimento sobre a diversidade biolgica existente no planeta ainda escasso.

    Os parasitas representam uma diversidade invisvel dentro da diversidade visvel

    que estamos acostumados a ver a olho nu, constituindo uma parte importante da

    biodiversidade em todos os ecossistemas. Os parasitas em um ecossistema contribuem

    com a manuteno da diversidade local de hospedeiros e das funes ecossistmicas,

    e so importantes em planos de manejo e conservao da fauna silvestre. No entanto,

    os parasitas so o primeiro grupo de animais a sofrer perdas e extines locais devido

    ao avano da degradao ambiental e aes antrpicas no ambiente. Desse forma,

    http://lattes.cnpq.br/5038105812515471http://lattes.cnpq.br/8640478018562885
  • 29

    apresento um balano entre a riqueza e diversidade da helmintofauna associada a

    anfbios e o grau de perturbao ambiental onde as populaes de hospedeiros esto

    inseridas.

    PROTOZORIOS PARASITOS DE ANFBIOS E RPTEIS NO PAS

    Lcio A. Viana (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)

    No Brasil, como no restante do mundo, o conhecimento ainda extremamente basal.

    Quase nada se conhece acerca da biodiversidade dos protozorios parasitos de animais

    silvestres. Para se ter uma ideia, segunda dados da SBH o nmero de espcie de

    serpentes registradas para o nosso pas de 371, destas, o registro de parasitismo por

    coccdios de somente 1% neste grupo de vertebrados. Na palestra sero tratados dois

    grupos de protozorios parasitos, ambos relativamente comuns em rpteis e anfbios.

    Os primeiros so parasitos sanguneos, conhecidos como hemogregarinas e parasitos

    malricos, ambos transmitidos por vetores invertebrados, tais como sanguessugas e

    artrpodos. Um segundo grupo so os coccdios, protozorios que se desenvolvem nas

    clulas do intestino delgado e na vescula biliar. Sendo posteriormente eliminados

    juntamente com as fezes. Sua transmisso ocorre pela ingesto de formas presentes no

    meio ou pela ingesto de formas csticas, em relaes predador-presa.

    HELMINTOS DE LAGARTOS DA AMRICA DO SUL

    Robson W. vila (Universidade Regional do Cariri).

    Estudos parasitolgicos enfocando lagartos sulamericanos tiveram um expressivo

    aumento nos ltimos anos, tanto na taxonomia quanto nas relaes ecolgicas das

    interaes. Apesar desse avano, menos da metade das espcies de lagartos da

    Amrica do Sul possuem dados relativos a infeces por helmintos. Os pases com

    maior nmero de registros so Brasil e Peru, enquanto naes com alta diversidade de

    lagartos, como Colmbia e Bolvia possuem poucos estudos. Teorias gerais sobre o

    parasitismo em rpteis indicam que a composio e a estrutura das comunidades de

    helmintos so, de modo geral, caracterizadas pela baixa riqueza de espcies e

    compostas por espcies isolacionistas e no interativas e forrageadores ativos

    apresentam maior diversidade do que forrageadores senta-espera, o que

    aparentemente no corroborado pelas observaes em espcies neotropicais.

    10 de setembro

    Auditrio Locatelli

    SIMPSIO 1 - DESAFIOS PARA A HERPETOLOGIA BRASILEIRA NAS

    SEGUINTES DCADAS

    Organizadora: Camila Both (Universidade Federal de Santa Maria)

    http://lattes.cnpq.br/5038105812515471http://lattes.cnpq.br/2072684176575855http://lattes.cnpq.br/4049392530543988
  • 30

    O nmero de artigos cientficos sobre anfbios do Brasil tem decuplicado na ltima

    dcada. Enquanto algumas reas de estudo como taxonomia e sistemtica, ecologia

    comportamental, de comunidades e trfica esto bem representadas, outras como

    fisiologia, ecologia populacional e farmacologia ainda esto representadas por um

    nmero muito pequeno de pesquisadores. J trabalhos com espcies invasoras e

    abordagens ecotoxicolgicas continuam subrepresentadas no cenrio herpetolgico

    brasileiro. Neste simpsio apresentaremos reas de pesquisa com enorme potencial de

    crescimento no Brasil. Pretendemos incentivar alunos e colegas a iniciar pesquisas

    nestas reas que ainda apresentam grandes lacunas do conhecimento, fornecendo

    algumas das ferramentas essenciais e fazendo uma compilao das pesquisas j

    realizadas no Brasil. Na palestra inaugural do congresso ser abordado o cenrio atual

    da herpetologia brasileira e apontadas as reas mais negligenciadas nas ltimas

    dcadas. Na primeira palestra do simpsio, o foco ser a necessidade de estudos com

    caracteres genticos e fenotpicos que permitam reconhecer e promover a valorizao

    da diversidade existente dentro de espcies. Na segunda, utilizando a r-touro como

    exemplo de espcie invasora, sero apontadas pesquisas que devero auxiliar na

    compreenso da dinmica de invaso deste anfbio e de outras espcies que podero

    se tornar invasores no futuro. Na terceira, ser demonstrado o perigo que representam

    os fertilizantes para os anfbios. Enquanto muitos trabalhos ecotoxicolgicos focam

    no efeito dos inseticidas e outros tipos de pesticidas pouqussimas pesquisas estudam

    o efeito dos muito utilizados fertilizantes nitrogenados.

    SALVEM AS LINHAGENS! RECONHECIMENTO E VALORIZAO DA

    DIVERSIDADE INTRAESPECFICA COMO NOVAS FRONTEIRAS NO

    ESTUDO DA HERPETOFAUNA BRASILEIRA

    Igor L. Kaefer (Universidade Federal do Amazonas)

    Espcies so unidades fundamentais em investigaes ecolgicas, evolutivas e

    biotecnolgicas. Estudos recentes sugerem que determinados grupos de anfbios

    neotropicais apresentam uma riqueza de espcies subestimada em at 350%.

    Entretanto, a diversidade biolgica no restrita ao nvel especfico: a multiplicidade

    de linhagens evolutivas, formas, cores, comportamentos e outros atributos tambm

    espetacular dentro de espcies de anfbios e rpteis. Charles Darwin j reconhecia as

    variaes observadas em espcies como matria-prima para o processo de evoluo

    por seleo natural. Nesse contexto, sero abordados e exemplificados dois motivos

    para o estudo da diversidade genotpica e fenotpica em nvel intraespecfico: 1)

    Elucidao da riqueza de espcies e de processos de especiao. O estudo da

    diversidade muitas vezes sutil dentro de espcies nominais amplamente

    distribudas a chave para o acesso diversidade crptica existente em diversos

    grupos de anfbios e rpteis. Alm disso, possibilita a compreenso dos processos que

    geram e mantm espcies na natureza ao longo do tempo evolutivo; 2)

    Reconhecimento de ameaas biodiversidade. A deteco e mapeamento de

    linhagens evolutivas diferenciadas um passo alm na determinao de impactos

    sobre a herpetofauna, a qual historicamente tem levado em considerao somente a

    conservao de espcies taxonomicamente caracterizadas.

    http://lattes.cnpq.br/7592372945105122
  • 31

    ANFBIOS INVASORES NO BRASIL: QUEM J CHEGOU E QUEM EST

    DIANTE DA NOSSA PORTA!

    Camila Both (Universidade Federal de Santa Maria)

    Invases biolgicas tornam-se progressivamente mais comuns nos variados

    ecossistemas, acompanhando o crescimento do fluxo de pessoas. Elas so

    consideradas uma das principais ameaas diversidade podendo causar declnios e

    extines. Um exemplo de espcie invasora bem sucedida no Brasil a r-touro,

    Lithobates catesbeianus, introduzida no pas na dcada de 1930. A espcie, nativa da

    Amrica do Norte, encontra-se hoje presente em todos os biomas brasileiros, e

    especialmente abundante na Mata Atlntica. Estudos focados em padres da invaso

    biolgica e potenciais impactos ainda so escassos. Diferentes trabalhos j apontaram

    que diversas reas do pas so favorveis para a espcie, e estima-se que reas de

    conservao tornem-se mais suscetveis invaso diante das mudanas climticas.

    Logo, h uma grande necessidade de realizao de pesquisas sobre o tema. Outros

    anfbios invasores que esto diante da nossa porta so as espcies Eleutherodactylus

    johnstonei e Xenopus laevis. A primeira recentemente ganhou ateno na mdia por

    estar perturbando moradores de um bairro em So Paulo. A segunda vendida no

    Brasil como pet apenas. Entretanto a espcie j apresenta populaes invasoras na

    Amrica Latina e encontra nicho climtico favorvel para estabelecimento no Brasil.

    A expectativa de que espcies invasoras aumentem sua presena nas comunidades

    biolgicas, e fundamental prever e estudar tais invases para o planejamento de

    manejo e conservao de espcies nativas.

    ENVIRONMENTALLY FRIENDLY CHEMICALS ARE NOT ACTUALLY

    AMPHIBIANS FRIENDS: THE CASE OF FERTILIZERS

    Andrs Egea-Serrano (Universidade Estadual de Santa Cruz)

    Chemical pollution has been linked to amphibian population decline. Chemicals such

    as heavy metals or pesticides have focused the interest of researchers addressing the

    effects of pollution on amphibians. However, other types of compounds can have

    deleterious effects on these vertebrates. Among these compounds, nitrogenous

    fertilizers are noticeable. They are widely used throughout the world, and their use is

    expected to increase in the coming decades, posing so a threat to wildlife. Regarding

    amphibians, nitrogenous fertilizers have been reported to directly affect survival,

    growth, development and behavior. However, they may also have significant indirect

    effects through the food web. This fact, together to their interactive effects with both

    biotic and abiotic factors (e.g., density, temperature, other chemicals) and the

    possibility of driving local adaptation, evidences the complexity of the effects of

    nitrogenous pollutants. However, our knowledge on their impact on amphibians is far

    from being comprehensive, especially in neotropical areas, where the existing

    information is very scarce. Therefore, considering that nitrogenous pollution has been

    http://lattes.cnpq.br/4049392530543988http://lattes.cnpq.br/3962833397308594
  • 32

    described as the responsible for the decline of some populations, performing further

    studies on how amphibians face nitrogen-mediated stress should be of paramount to

    develop proper management strategies aiming at warranting the survival of the most

    threatened group of vertebrates in the world.

    Auditrio Van Gogh

    SIMPSIO 2- NOVAS ABORDAGENS FILOGEOGRFICAS PARA O

    ESTUDO DA BIOGEOGRAFIA DA HERPETOFAUNA NEOTROPICAL

    Organizadora: Fernanda P. Werneck (Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia)

    A diversificao de txons sul-americanos tem sido notavelmente exposta ao longo da

    ltima dcada. Se at pouco tempo atrs a Amrica do Sul era apontada como uma

    importante lacuna geogrfica da filogeografia, atualmente so conhecidos diversos

    padres de diversificao (concordantes ou no) para a herpetofauna Neotropical,

    graas a estudos recentes. No entanto, o uso de abordagens moleculares robustas que

    adotam mltiplos marcadores ou mesmo dados em escala genmica, e anlises