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World Scout Bureau, Interamerican Office Oficina Scout Mundial, Región Interamericana Building 172 - City of Knowledge City of Panama REPUBLIC OF PANAMA Email [email protected] Web scout.org/interamerican POLÍTICA INTERAMERICANA DE PARTICIPAÇÃO JUVENIL No rumo do empoderamento juvenil 1. INTRODUÇÃO Na 33ª Conferência Mundial Escoteira, reunida em 1993 em Bangkok, Tailândia, adotou- se a Política de Envolvimento de Membros Jovens na Tomada de Decisão. Essa política se introduziu como parte da estratégia do Movimento Escoteiro e, em específico, da prioridade estratégica chamada de "Programa de Jovens". Isto foi uma contribuição importante para um fortalecimento maior da implementação da Política Mundial de Programa, adotada pela conferência anterior (Paris, 1990). Essa política estabeleceu que "a Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) deve refletir esta declaração de política em suas próprias práticas e procedimentos internos em níveis regional e mundial". Isto inclui: Oferecer oportunidades para a participação de jovens-adultos nos processos de tomada de decisão e para que a capacitação seja efetiva na tomada de decisões; Representação dos jovens-adultos em comitês técnicos e em outros órgãos consultivos ou de tomada de decisão; Organização dos fóruns de jovens para a livre expressão de pontos de vista e formação dos membros jovens em competências apropriadas. A política do Comitê Escoteiro Mundial, como foi modificada e aprovada na 36ª Conferência Escoteira Mundial em Tessalônica, Grécia (2002), estabeleceu que: "Enquanto preocupado com a participação de jovens, homens e mulheres, nos órgãos da OMME nos níveis mundial ou regional, o Comitê Escoteiro Mundial acredita que isso se resolverá em grande parte quando acontecer a participação dos jovens em seus organismos nacionais, isso será uma prova natural da efetiva participação local e nacional. Isto, no entanto, só pode ser alcançado a longo prazo, já que a participação juvenil ainda não está adequadamente fundamentada dentro das organizações escoteiras

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POLITICA INTERAMERICANA DE PARTICIPAÇAO JUVENIL

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  • World Scout Bureau, Interamerican Office Oficina Scout Mundial, Regin Interamericana !!Building 172 - City of Knowledge City of Panama REPUBLIC OF PANAMA !Email [email protected] Web scout.org/interamerican !!

    POLTICA INTERAMERICANA DE PARTICIPAO JUVENIL No rumo do empoderamento juvenil !!

    1. INTRODUO !Na 33 Conferncia Mundial Escoteira, reunida em 1993 em Bangkok, Tailndia, adotou-se a Poltica de Envolvimento de Membros Jovens na Tomada de Deciso. Essa poltica se introduziu como parte da estratgia do Movimento Escoteiro e, em especfico, da prioridade estratgica chamada de "Programa de Jovens". Isto foi uma contribuio importante para um fortalecimento maior da implementao da Poltica Mundial de Programa, adotada pela conferncia anterior (Paris, 1990). !Essa poltica estabeleceu que "a Organizao Mundial do Movimento Escoteiro (OMME) deve refletir esta declarao de poltica em suas prprias prticas e procedimentos internos em nveis regional e mundial". Isto inclui:

    Oferecer oportunidades para a participao de jovens-adultos nos processos de tomada de deciso e para que a capacitao seja efetiva na tomada de decises;

    Representao dos jovens-adultos em comits tcnicos e em outros rgos consultivos ou de tomada de deciso;

    Organizao dos fruns de jovens para a livre expresso de pontos de vista e formao dos membros jovens em competncias apropriadas. !

    A poltica do Comit Escoteiro Mundial, como foi modificada e aprovada na 36 Conferncia Escoteira Mundial em Tessalnica, Grcia (2002), estabeleceu que: "Enquanto preocupado com a participao de jovens, homens e mulheres, nos rgos da OMME nos nveis mundial ou regional, o Comit Escoteiro Mundial acredita que isso se resolver em grande parte quando acontecer a participao dos jovens em seus organismos nacionais, isso ser uma prova natural da efetiva participao local e nacional. !Isto, no entanto, s pode ser alcanado a longo prazo, j que a participao juvenil ainda no est adequadamente fundamentada dentro das organizaes escoteiras

  • nacionais. O comit considera que algo deve ser feito em nvel mundial num futuro prximo com o objetivo de iniciar o processo e transmitir uma forte mensagem ao Movimento, que se declara como um movimento de jovens e no somente para jovens". !A mesma conferncia considerou a participao de jovens como a principal prioridade estratgica do Movimento Escoteiro. Ambas polticas tem tornado possvel estabelecer vrios mecanismos e recursos para fomentar a participao juvenil em nvel mundial. !Na Regio Interamericana !Da mesma forma e adotando os acordos mundiais, a partir da reunio do Comit Escoteiro Interamericano (CEI), realizada em janeiro de 2000, se considerou uma ampla aceitao do potencial e dos valiosos resultados que pode se obter operando com base em redes e grupos de trabalho, aos quais se designam tarefas especficas e com prazos determinados. !Ao considerar estes dados no contexto da poltica adotada em outubro de 1998, sobre a formao de redes e grupos de trabalho em substituio s comisses do CEI e dos objetivos 14 a 18 do Plano Regional 2000-2002 (" tempo de crescer"), o Comit Escoteiro Interamericano decidiu estabelecer a Rede Interamericana de Jovens para o cumprimento da proposta do Frum Interamericano de Jovens realizado em Guadalajara, Mxico, em 1998, e que a 20 Conferncia Escoteira Interamericana adotou em seu acordo N7. Neste contexto, se realizou, em Cochabamba, Bolvia, em maro de 2001, a reunio de fundao da Rede Interamericana de Jovens, onde se identificaram individualmente necessidades dos jovens, desde suas associaes nacionais e em nvel regional. !!2. PROPSITO DA POLTICA !O propsito desta poltica gerar as diretrizes da participao juvenil na Regio Escoteira Interamericana, assim como servir de referncia para as Organizaes Escoteiras Nacionais (OENs) no desenvolvimento de suas polticas nacionais de participao juvenil. !Reconhecer a importncia da participao dos jovens nas tomadas de deciso como um elemento chave do Mtodo Escoteiro implica na necessidade de fortalecer e garantir a participao juvenil em todos os nveis do Movimento. !Dar seguimento Resoluo 8/11 ("Participao dos jovens na tomada de deciso das Organizaes Escoteiras Nacionais e dentro da OMME"), adotada pela 39a Conferncia

  • Escoteira Mundial em Curitiba, Brasil (2011), a qual solicita que as OENs adotem uma viso para a participao juvenil; incentiva as Organizaes Escoteiras Nacionais a criarem e identificarem as oportunidades para que os jovens participem das tomadas de deciso em nvel local, institucional e na comunidade onde esto inseridos; e recomenda que cada OEN estabelea objetivos para a participao da juventude para que os avanos possam ser mensurveis. !Tudo isso est de acordo com o que est escrito na Poltica de Participao de Jovens nas Tomadas de Deciso, a qual assinala: "O Movimento Escoteiro um movimento de jovens, apoiado por adultos e no somente um Movimento para jovens dirigido por adultos. Por isso o Movimento oferece oportunidades para uma ambiente de aprendizagem entre jovens e adultos, trabalhando juntos, agregando entusiasmo e experincia. !!3. SUJEITOS DA POLTICA !Essa poltica est dirigida a todas as OENs reconhecidas pela OMME que pertenam a Regio Interamericana. Do mesmo modo tambm alcana os diferentes rgos de Nvel Regional, como a Conferncia Escoteira Interamericana, o Comit Escoteiro Interamericano, o Escritrio Escoteiro Mundial - Regio Interamericana e as diferentes estruturas de assistncia tcnica e suporte existentes, como as Redes Regionais de Programa de Jovens, Adultos no Movimento Escoteiro, Desenvolvimento Institucional, Comunicaes e Meio Ambiente; assim como tambm a qualquer outra rede, mecanismo ou estrutura que se crie no futuro. !Em todos estes rgos e em seus diferentes nveis, a "Participao Juvenil" deve ser entendida como um assunto transversal e que compromete a todos igualmente. Porque a "Primeira Prioridade Estratgica" da OMME, adotada pela Conferncia Mundial Escoteira de Tessalnica e modificada na Conferncia Mundial Escoteira de Curitiba, e versa sobre esse importante tema, solicitando s Organizaes Escoteiras Nacionais a nfase necessria. !Todas as instncias e nveis das estruturas da organizao do Movimento Escoteiro, anteriormente mencionadas, devem estar alinhadas com este tema transversal e de prioridade estratgica. Para isso, devem realizar todas as aes e esforos que forem necessrios para gerar e garantir um clima que fomente e permita o maior e melhor crescimento e desenvolvimento da participao juvenil em seus diferentes mbitos de gesto e influncia. !

  • A participao juvenil dentro do Movimento Escoteiro est diferenciada em trs segmentos: !Jovens: os indivduos que vivenciam o programa nas unidades locais, desde a idade mnima para ingressar no Movimento, definida pela Organizao Escoteira Nacional, at cumprirem a maioridade legal estabelecida pelo seu pas. !Jovens adultos: aquelas pessoas que esto entre a maioridade legal de seu pas e a idade mxima permitida para participar do ltimo ramo nas unidades locais, ou seja, que ainda vivencie o programa. !Adultos jovens: aqueles que esto entre a maioridade legal de um pas e os 30 anos de idade e que tenham um papel de adulto responsvel dentro do Movimento Escoteiro. !!4. PRINCPIOS !Todas as Organizaes Escoteiras Nacionais da Regio Escoteira Interamericana, no desenvolvimento de suas polticas nacionais de participao juvenil, precisam atentar aos seguintes princpios: !Sustentada por direitos. Entende-se participao juvenil como um direito de todos os membros jovens das OENs de terem voz nas decises que afetam suas vidas. Neste sentido, significa que a OEN vai garantir e respeitar os direitos dos jovens. !Inclusiva. A efetiva participao juvenil resultado de um esforo conjunto de todas as estruturas e todos os rgos de tomada de deciso da OMME. Desta forma, consideram-se as opinies e propostas provenientes de todos os nveis da organizao, desde as unidades locais at a Conferncia Mundial. De forma adicional, embora o tema principal da participao juvenil no Movimento Escoteiro seja parte do Programa de Jovens, os mbitos institucional e comunitrio constituem-se parte fundamental do processo, por isso necessrio incluir suas vises na definio e implementao da participao juvenil !Transversal. A participao juvenil no pode ser considerada como um elemento separado nos organogramas institucionais, pois ela impacta em todas as reas estratgicas das Organizaes Escoteiras Nacionais - Programa de Jovens, Adultos no Movimento Escoteiro e Direo Institucional. !

  • Participativa. No desenvolvimento e na implementao das polticas de participao juvenil, em quaisquer nveis da OMME, devem participar jovens. Para isso, necessrio estabelecer os mecanismos corretos e seguros para assegurar essa participao. !Responsvel. Todas as estruturas e todos os rgos de tomada de deciso dos diversos nveis das Organizaes Escoteiras Nacionais, assim como do nvel regional, so responsveis por planejar e implementar o processo de participao juvenil em suas esferas de influncia. !Integral. O Movimento Escoteiro contempla o desenvolvimento integral da juventude, por isso a participao juvenil dever potencializar o crescimento humano como um todo, atentando para as seis reas de desenvolvimento: social, intelectual, espiritual, fsico, carter e afetivo. !Equitativa. A participao juvenil deve estabelecer-se a partir de uma viso que dimensiona homens e mulheres como seres complementares, porm com caractersticas e necessidades especficas que devem ser atendidas. !Progressiva. A participao juvenil efetiva um processo que conta com diversas etapas. Para isso, necessrio que as instncias, tanto das Organizaes Escoteiras Nacionais como do nvel regional, identifiquem o grau de evoluo em que se encontram e, a partir de ento, estabeleam uma poltica de participao juvenil que atenda as suas necessidades e que assegure a plena participao dos jovens. !Acessvel. Os fundamentos contidos nas polticas de participao juvenil, seja nas OENs ou em nvel regional, devem ser de fcil acesso a todos os membros da organizao. !Agregadora. Esta poltica no deve ser interpretada com o sentido de restringir outras atividades ou iniciativas nas quais se fomente ou se manifeste a participao juvenil. !Replicvel. A presente poltica aspira ser objeto de estudo e replicao em todas as Organizaes Escoteiras Nacionais da Regio Escoteira Interamericana. !!5. PARTICIPAO JUVENIL !A participao juvenil um processo em que os jovens, com base nos valores da Lei e Promessa Escoteira, se comprometem e assumam parte ativamente nas tomadas de deciso no mbito de sua unidade local, instituio ou comunidade, contribuindo com xito da misso do Movimento Escoteiro.

  • !A participao juvenil tem os seguintes propsitos: !5.1 Direitos da juventude !Os jovens tm direito de participar e se fazer ouvir nas decises que os afetam. A participao um direito fundamental de todas as pessoas, independente de sua idade. Quanto aos jovens, este direito est referido no artigo 121 da Conveno da ONU sobre os Direitos das Crianas. !5.2 Democracia e representao relevante !A participao de todos os cidados essencial para uma sociedade democrtica. Isto, obviamente, conta com a participao dos jovens. Essa uma razo particularmente importante em vista da diminuio da participao dos jovens nos processos polticos tradicionais. !Nas organizaes com foco na juventude, tais como o Movimento Escoteiro, a participao de jovens nas instncias decisrias garante uma melhor representao e torna possvel obter-se a perspectiva dos jovens, que so diferentes das de um adulto. Ao envolver os jovens no planejamento e gesto, as atividades seguem sendo relevantes e eficazes, j que se baseiam na realidade dos prprios jovens. !5.3 Perspectiva dos jovens !Os jovens so valorizados por sua capacidade de adotar perspectivas inovadoras e diferentes das formas tradicionais. Quando os jovens so excludos das posies de poder ou influncia, seu ponto de vista pode ser visto como estranho. Por isso, a participao juvenil benfica, entre outros aspectos, por contribuir com enfoques novos e mais criativos. !5.4 Desenvolvimento de competncias !J constatou-se os benefcios que se tem ao designar responsabilidades para jovens e as oportunidades de desenvolver habilidades e experincia nos processos de gesto que essas possibilidades trazem. Os jovens podem obter uma grande confiana ao ver suas opinies e experincias valorizadas, contribuindo diretamente para uma mudana positiva em sua comunidade. !5.5 Aperfeioamento da democracia e o dinamismo das associaes !

  • Na maioria das associaes escoteiras, grande parte dos voluntrios tem menos de 30 anos de idade e em sua maioria trabalham nas unidades locais com o Programa Escoteiro. Se estes no esto envolvidos em um processo democrtico que lhes permita expressar seus pontos de vista sobre as necessidades dos jovens e a importncia do programa escoteiro; se no podem expressar suas expectativas e o apoio que necessitam; se no tm algo a dizer sobre a estratgia e a gesto da associao, o Movimento Escoteiro enfrenta um perigo duplo: !

    Sem o feedback das pessoas que trabalham na base, os dirigentes nacionais correm o risco de perder o contato com a realidade e no sero mais capazes de planejar e desenvolver estratgias precisas. !

    Sem ter oportunidades de expressar suas opinies e serem escutados, os voluntrios jovens perdem sua motivao e rapidamente abandonam o movimento. Ao aumentar a evaso, a qualidade do programa cai como consequncia. !

    A interao entre a base e os nveis superiores, assim como a participao e a democracia, so condies necessrias para que as Organizaes Escoteiras Nacionais sejam dinmicas e eficientes. !Nos planos regional e mundial da OMME, o mesmo argumento pode ser aplicado: as Conferncias Mundiais e Regionais, assim como os Comits Mundial e Regionais, precisam se expor a " enfoques novos e mais criativos", pensados por membros mais jovens. Essa uma condio indispensvel para se evitar a estagnao. !A participao juvenil busca formar uma aliana intergeracional que permita s Organizaes Escoteiras Nacionais tornarem-se instituies onde todas as geraes que a formam contribuam de maneira significativa. Isto permitir que acontea uma transio entre as geraes, o que pode garantir a continuidade da instituio. !5.6 Projetar o Movimento Escoteiro para a comunidade !Como o Movimento Juvenil, a imagem que o Movimento Escoteiro deve projetar para a comunidade que pertence deve ser a que mostre que no somente os jovens formam parte dela, mas que participam plenamente dos processos de tomada de deciso. !!6. mbito de participao juvenil !

  • Existem duas vias principais para abordar a participao juvenil dentro das tomadas de decises e do planejamento em suas prprias organizaes. !Internamente: assegurando que os jovens sero escutados e podero participar das tomadas de decises e do planejamento de suas prprias organizaes. !Externamente: apoiando os jovens com o trabalho para envolver nas tomadas de decises pblicas e abordar as questes que so de interesse para eles. !Dentro do Movimento Escoteiro, estas vias se apresentam como: !Brownsea: O smbolo do acampamento escoteiro, experimentando a vida de comunidade dentro do Movimento e adquirindo habilidades para a cidadania. Esta experincia vivida em nvel de unidade, porm deve ser estendida para outros nveis do Movimento. !Brownsea se forma por dois elementos: por um lado, a experincia da participao vivida em nvel de unidade (em conexo direta com a aplicao do Programa de Jovens) e, por outro lado, a experincia da participao em outros nveis do Movimento (local, nacional e internacional) !Mafeking: O smbolo da participao na comunidade. O Movimento Escoteiro abrindo oportunidades para que os jovens assumam responsabilidades real na comunidade. !Para tanto, podemos definir trs reas complementares da participao dos jovens: ! A nvel de unidade; Dentro do Movimento, em outros nveis; Dentro da comunidade, fora do Movimento; !6.1 Participao Juvenil em nvel de unidade !A participao juvenil dentro da unidade se materializa na operao da estrutura e os rgos de tomada de deciso. !A estrutura bsica do Movimento Escoteiro o pequeno grupo e sua operao conhecida como Sistema de Patrulha. O sistema de pequenos grupos, alm de ser considerado como o espao na qual os jovens participam da tomada de deciso, a principal ferramenta do Movimento Escoteiro para a educao na cidadania. !

  • O pequeno grupo aquele em que os participantes so considerados como iguais e possuem o mesmo status, mas que desenvolvem diferentes papeis, de acordo com a necessidade da vida em grupo. No pequeno grupo, o lder eleito por seus pares. O objetivo principal do Sistema de Patrulha permitir aos jovens ter uma participao real na tomada de deciso. Por isso, o sistema de equipes tem sido identificado como a principal ferramenta para a participao dos jovens no Movimento Escoteiro. !A unidade escoteira um grupo secundrio que rene um nmero maior de pessoas com o objetivo de realizar tarefas diferenciadas. A finalidade da unidade administrar a interao e cooperao entre os grupos primrios. !Complementando o pequeno grupo, dentro de uma unidade escoteira existe outras opes de tomada de decises: !A Assembleia da Unidade o rgo que convoca periodicamente todos os jovens para avaliar os objetivos e as normas de vida de grupo, utilizando a Lei Escoteira como uma referncia. !O Conselho de Unidade o corpo executivo que envolve os lderes de equipe e os adultos responsveis por ela. Isto significa que os adultos responsveis pela unidade no devem tomar nenhuma deciso importante fora do Conselho de Unidade (exceto por razes de segurana). !A aquisio da habilidade de cidadania e para tomada de decises est compreendida na progresso pessoal. No se pode pedir aos jovens que tomem decises certas e participem ativamente na vida democrtica das organizaes e da sociedade sem antes terem sido educados para isso. !O jogo ativo no Movimento Escoteiro prepara os jovens para adquirir responsabilidades na sociedade. O Sistema de Equipes no s um modelo de organizao do grupo, mas uma ferramenta bsica para a educao na cidadania. Para conseguir isso, a proposta educativa do Movimento, por meio do Programa de Jovens, contempla a aquisio e a prtica das competncias participativas que o jovem requer assumir para sua ativa participao na sociedade. Adaptados a cada faixa etria, estes conhecimentos, estas habilidades e atitudes, permitem um desenvolvimento evolutivo na participao e na tomada de deciso, medida que o jovem vai adquirindo maior protagonismo. !Para alcanar a plena participao juvenil, o programa de jovens oferecidos pelas OENs dever fornecer aos jovem as ferramentas necessrias e o espao real para sua ptria. !6.2 Participao juvenil em nvel institucional

  • !A Estratgia !O Movimento Escoteiro uma organizao de jovens, portanto todas as suas reas devem estar abertas participao e ao envolvimento de seus membros jovens em todos os nveis para oferecer outras oportunidades de aprendizagem, diferentes das que j lhes oferece o programa escoteiro em suas unidades. Por outro lado, tambm se torna um excelente mecanismo para assegurar que os quadros da administrao e direo da instituio contem com pessoas bem preparadas que executem relevante servio de maneira oportuna. !A Organizao !Surgiu a partir do momento que o Movimento se expandia rapidamente e requeria formalizar suas relaes internas e externas. Consiste em uma estrutura profissional que apoia as estratgias do Movimento Escoteiro, satisfaz suas necessidades e promove os servios que necessita para garantir que perdure no tempo. !Os mbitos de gesto !Os mbitos de gesto esto dados pelos espaos bsicos e fundamentais que toda OEN deve atuar desde o ponto de vista institucional. Cada um deles perfeitamente diferente dos outros, tanto pelo recurso que utiliza como pelos produtos que gera. So eles: Governo, Administrao, Aperfeioamento Financeiro, Comunicaes e Relaes Interinstitucionais, Relaes Internacionais, Operao, Manejo de Risco e Controle e tica. !Embora a estrutura da organizao tenha sido imaginada e aperfeioada para prestar o suporte e os servios que o Movimento Escoteiro requer, isso no implica que os jovens no possam fazer parte deste importante trabalho. Por essa razo, assim como o Mtodo Escoteiro figura a vida ao ar livre como um de seus elementos, o qual tem por finalidade oferecer aos jovens um ambiente real e desafiante onde desenvolve suas capacidades, do mesmo modo deve ser entendido o espao organizacional da instituio. Por isso, ele tambm deve estar aberto a participao dos jovens, pois constri, assim, a oportunidade para que aqueles que demonstram um interesse por entrar possam fazer, convertendo essa participao em uma nova experincia educativa. !Esta poltica prope, de maneira concreta, que os jovens possam tomar parte juntos dos adultos responsabilidades nas atividades que se executam no mbito da gesto. Essa participao deve ser feita levando em conta os interesses que manifestam os jovens, suas competncias e seu grau de desenvolvimento.

  • !Mtodos de participao e empoderamento juvenil na organizao: !Dentro da Organizao Mundial do Movimento Escoteiro (OMME), pode-se identificar vrios mecanismos de participao juvenil que tem demonstrado resultado quando aplicado no espao da organizao para cumprir suas atividades de apoio ao Movimento. Disso resultam essas trs modalidades particularmente relevantes: ! O modelo de consulta juvenil que consiste em reunir um grupo de jovens, lhes propor

    um tema e pedir que discutam em torno dela e organizem possveis solues de forma livre e com base em suas expectativas, conhecimentos e experincias.

    O modelo de comit assessor juvenil que consiste em convocar de forma permanente um grupo de jovens previamente selecionados para que exeram o grupo de conselheiros dos rgos que assistem.

    O modelo de associao entre jovens e adultos, segundo o qual jovens e adultos compartilham tarefas para cumprirem objetivos. !

    Qualquer destes modelos ou todos eles podem ser aplicados, escolhendo o que mais se adapta ao cenrio planejado e s necessidades do Movimento. !6.3 Participao Juvenil na comunidade !O conceito de comunidade no mbito escoteiro deve ser entendido como um conjunto de indivduos que habitam uma zona determinada e que, portanto, compartilham costumes, modelos de vida, tarefas, ou seja, que possuem elementos em comum. Esta comunidade apresenta situaes particulares, sejam positivas ou negativas, casos que propiciam compartilhar sucessos, no caso da primeira e unir esforos para buscar solues, no caso da segunda. A unidade escoteira forma parte da comunidade em que executa suas atividades e, por isso, deve participar dela de maneira ativa. !O jovem escoteiro pode participar em sua comunidade de diversas formas. Uma delas no contexto da Unidade Escoteira, colaborando em vrias aes em benefcio da comunidade, sempre acompanhado dos demais membros de sua unidade ou de todo o Grupo Escoteiro. Por exemplo, a colaborao que a unidade escoteira faz para a manuteno de um espao pblico que o grupo utiliza frequentemente. !De forma adicional, o jovem escoteiro pode participar na comunidade de maneira individual, formando parte de alguma organizao fora da unidade escoteira, seja esta de cunho religioso ou social. !

  • A terceira modalidade de participao est relacionada com o desenvolvimento, por jovens escoteiros, de um projeto para a comunidade que tambm podem somar a outros jovens. Esta terceira modalidade a que demonstra o verdadeiro empoderamento que o Movimento Escoteiro consegue em seus jovens. !A misso do Movimento Escoteiro, em sua parte final, menciona o seguinte: Para que desenvolva um papel construtivo na sociedade. neste ponto que reside a importncia da participao juvenil em sua mxima expresso que a comunidade. Nem a participao juvenil no Programa de Jovens nem a participao juvenil no nvel institucional podem projetar em grande medida o Movimento Escoteiro como quando seus jovens participam na comunidade a que pertencem, associando e inteirando com outros atores sociais. !6.4 Processo de participao juvenil !A participao Juvenil se refere aos envolvimento do agente jovem no processo de: ! Identificao da necessidade; Busca de soluo; Tomada de deciso; Planejamento, coordenao e execuo de aes; Estabelecimento de regras comuns; Avaliao do resultado. !!7. Responsabilidades !7.1 Nvel Nacional !O nvel nacional responsvel por promover as ferramentas necessrias que incentivem a participao juvenil. Suas responsabilidades esto relacionadas continuao de maneira enunciativa e no limitativa. ! Elaborar e implementar sua poltica nacional de participao juvenil; Desenhar um programa de jovens que desenvolva as competncias necessrias para a

    participao juvenil; Garantir espao permanente de participao efetiva e de consulta para jovens; Assegurar a representao juvenil nos rgos de tomada de deciso; Garantir os meios para que os jovens adquiram as competncias para a participao

    juvenil;

  • Adequar a formao de recursos adultos para apoiar a implementao do programa de jovens;

    Vincular a OEN com os agentes da comunidade; Garantir a participao juvenil em nveis superiores (sub-regional, regional e mundial). !7.2 Nvel Regional !Os organismos que atuam em nvel regional (Comit Escoteiro Interamericano e Escritrio Escoteiro Mundial Regio Interamericana) tm, desse modo, responsabilidade para proporcionar e apoiar a participao juvenil. Listadas, porm no limitadas, esto as seguintes: ! Promover oportunidades para que os jovens participem na tomada de decises no

    nvel regional; Assegurar a representao de jovens em Comits Tcnicos e outros rgos de

    consulta; Organizar eventos de participao juvenil; Desenvolver material de apoio que garantam a implementao desta poltica de

    participao juvenil nas OENs; Monitorar o progresso da participao juvenil nas OENs; Atender a participao juvenil nas comunicaes regionais. !!8. Reviso e atualizao !A participao juvenil um processo dinmico, vinculado estreitamente com as rpidas trocas de interesses e necessidades da juventude. Por essa razo, cada OEN, assim como o nvel regional, precisa estabelecer processos sistemticos que permitam avaliar e adaptar, em intervalos regulares, suas polticas de participao juvenil com a finalidade de responder a essas mudanas. !Para isso, uma reviso profunda e sistemtica da poltica deve ser empreendida em um perodo no maior de 10 anos, estabelecendo os mecanismos adequados para assegurar a plena participao juvenil. !!9. Glossrio !

  • Jovens - so todas aquelas pessoas com idade compreendida entre o limite de idade inferior por cada OEN para ser receptor do programa at antes de completar os 30 anos de idade. !Participao juvenil - um processo que assegura que os jovens esto envolvidos de maneira decisiva nas decises que afetam suas vidas, cria oportunidades voluntarias para que os jovens sejam uma parte das mudanas e decises que se fazem em suas comunidades. !Desenvolvimento da liderana - um processo que se constri sobre o potencial dos jovens e lhes fornecem experincias que desenvolvem situaes de invalidao e desigualdade. !Envolvimento juvenil - um processo que assegura que os jovens tenham vez nas decises que afetam suas vidas. Cria oportunidades voluntrias para que os jovens sejam parte das trocas e das decises feitas em sua comunidade. !Empoderamento - em termos gerais, o empoderamento um processo em que uma pessoa ou comunidade d ou consegue o poder de outro. Na realidade, o poder no uma coisa que se podem ter ou no, dar ou receber; o poder no fora da pessoa ou comunidade. !Empoderamento Juvenil - os jovens tm diferentes talentos e foras que podem utilizar para afrontar seus problemas e desafios, porm, s vezes, necessitam de capacitao e apoio para que possam desenvolver e utilizar estes talentos de forma mais eficiente.