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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA JOYCE GONÇALVES BARCELLOS A ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO PARTO E NASCIMENTO NA PERCEPÇÃO DAS MULHERES: Uma revisão integrativa NITERÓI 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

JOYCE GONÇALVES BARCELLOS

A ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO PARTO E NASCIMENTO NA PERCEPÇÃO DAS

MULHERES:

Uma revisão integrativa

NITERÓI

2016

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JOYCE GONÇALVES BARCELLOS

A ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO PARTO E NASCIMENTO NA PERCEPÇÃO DAS

MULHERES:

Uma revisão integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Enfermagem e Licenciatura da

Universidade Federal Fluminense, como

requisito parcial para obtenção do Grau de

Enfermeira e Licenciada em Enfermagem.

Área de Concentração: Saúde da Mulher.

Orientador: Prof. Dr. VALDECYR HERDY ALVES

Coorientadora: Enf. Exp. PAOLLA AMORIM MALHEIROS DULFE

Niterói

2016

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JOYCE GONÇALVES BARCELLOS

A ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO PARTO E NASCIMENTO NA PERCEPÇÃO DAS

MULHERES:

Uma revisão integrativa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Enfermagem e Licenciatura da

Universidade Federal Fluminense, como

requisito parcial para obtenção do Grau de

Enfermeira e Licenciada em Enfermagem.

Área de Concentração: Saúde da Mulher.

Aprovado em 29 de julho de 2016.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________

Prof. Dr. VALDECYR HERDY ALVES – UFF

Orientador

__________________________________________________________________________

Prof. Ms. DIEGO PEREIRA RODRIGUES

UFF

___________________________________________________________________________

Enf. Exp. PAOLLA AMORIM MALHEIROS DULFE

UFF

Niterói

2016

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Aos meus pais Manoel e Jô

Ao meu amado Estevão

Aos meus queridos irmãos Michel e Daniel Barcellos

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AGRADECIMENTOS

Um sonho parece verdade quando esquecemos de acordar. Hoje, vivo uma realidade que

parece um sonho, mas foi preciso muito esforço, determinação, paciência e perseverança, para

chegar até aqui, e nada disso eu conseguiria sozinha.

Sou grata a Deus pelo dom da vida, por me amar, me sustentar e me proporcionar a

oportunidade de sonhar e alcançar grandes conquistar como essa.

À minha amada mãe, guerreira, pelo amor incondicional, pelo cuidado sem fim, pelos ombros

nos momentos difíceis, pelas palavras de incentivo e pelo exemplo de persistência.

Ao meu noivo querido, pelo zelo, pelo amor e pela compreensão, por torcer tanto pelas

minhas conquistas... Por acreditar nos meus sonhos e sonhá-los juntamente comigo.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Valdecyr Herdy Alves pela gentileza, confiança, pelas palavras

de incentivo e por ser um exemplo para mim. Muito Obrigada!

À Paolla Amorim, pelas palavras gentis de incentivo, por dedicar seu tempo, pelos longos e-

mails atenciosos e por ser um exemplo de persistência e força.

Ao professor, grande amigo, Audrey Vidal, pelas palavras “Você é capaz”, que me fizeram

acreditar em mim, e lutar pelas conquistas dos meus objetivos. Muito obrigada!

Ao Diego Rodrigues, pelo apoio sempre, pelas oportunidades e pela confiança! Muito

Obrigada!

Às amigas, Ana Carolina Terra, Amanda Gonçalves, Noemi Braga e Samara Oliveira, pelo

companheirismo durante toda a trajetória da faculdade, pelas longas conversas de desabafo,

por terem vivenciado comigo a conquista desse grande sonho! Obrigada amigas!

À todos os amigos, de longe e de perto... Que acreditaram e torceram por mim...

Sem os quais nada disso seria possível.

Muito obrigada!

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“Que todo o meu ser louve ao Senhor, e que eu não esqueça nenhuma das suas bênçãos!”

Salmos 103:2

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RESUMO

A assistência humanizada tem caráter amplo e envolve um conjunto de conhecimentos,

práticas e atitudes que visam não só a promoção do parto, mas também um nascimento

saudável e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, com o início no pré-natal.

Garantindo que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente benéficos, para a

mulher e para o recém-nascido, que evite intervenções desnecessárias, que preserve sua

privacidade e autonomia, já que o nascimento é um evento fisiológico, considerado um dos

eventos mais marcantes da vida. Ao decorrer da história, com a transição entre o parto

domiciliar e hospitalar, passou a vigorar o modelo biomédico de assistência obstétrica. O

parto tornou-se um evento hospitalocêntrico, promovido por intensa medicalização e rotinas

cirúrgicas, tirando o domínio da mãe durante esse processo. Assim é indispensável que ocorra

mudança no modelo biomédico, essencialmente técnico, para um que valorize os aspectos

sociais e culturais da gestação e parto para que mulheres/famílias tenham a experiência de um

parto verdadeiramente humanizado. Este estudo tem por objetivos: Discutir a percepção das

mulheres sobre a assistência obstétrica recebida durante o processo parturitivo; identificar a

percepção das mulheres sobre a assistência obstétrica recebida durante o trabalho de parto,

parto e nascimento. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que buscou responder a

seguinte questão: Qual é a percepção das mulheres a respeito da assistência recebida durante o

trabalho de parto, parto e nascimento? As fontes de informação foram: Web of Science,

SCOPUS, PUBMED, LILACS, SciELO via Web of Science, IBECS e PsycINFO. O recorte

temporal foi a partir do ano de 2010. O processo de análise dos dados ocorreu através da

análise textual. A amostra final constitui-se de 20 artigos. Houve predomínio nos estudos de

abordagem qualitativa do tipo descritivo-exploratória (90%). A síntese dos estudos analisados

comprova um notável progresso na qualificação da assistência ao parto e nascimento,

evidenciado pela predominância da satisfação das mulheres em relação à assistência

obstétrica, contudo, através da análise detalhada de alguns estudos, pôde-se observar em

algumas instituições a desqualificação da assistência prestadas às mulheres no processo

parturitivo e rotinas hospitalares inadequadas que ignoram as evidências científicas.

Concluiu-se que as divergências no posicionamento das mulheres em relação à assistência

prestada pelos profissionais reforçaram a importância de identificar e considerar questões

contextuais e as preferências individuais das parturientes na assistência ao parto.

Palavras-chave: Parto. Assistência ao parto. Humanização do parto. Percepção.

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ABSTRACT

The humanized care has ample character and involves a set of knowledge, practices and

attitudes that are intended not only to promote the delivery, but also a healthy birth and the

prevention of maternal and perinatal morbidity and mortality, with the beginning prenatally.

Ensuring that the health team performs proven beneficial procedures for the woman and the

newborn, which avoids unnecessary interventions that preserve their privacy and autonomy,

since birth is a physiological event, considered one of the most important events of life. In the

course of history, with the transition between home and hospital birth, became effective the

biomedical model of obstetric care. The childbirth became a hospital-centered event,

promoted by intense medicalization and surgical routines, taking the mother's domain during

this process. Thus it is essential for change to occur in the biomedical model, essentially

technical, to one that values the social and cultural aspects of pregnancy and childbirth for

women / families have the experience of a truly humanizing delivery. This study aims to:

Discuss the perception of women on maternity care received during the birth process; analyze

the perception of women on maternity care received during labor, delivery and birth. This is

an integrative review of literature that sought to answer the following question: What is the

perception of women about the care they received during labor, delivery and birth? The

sources of information were: Web of Science, SCOPUS, PUBMED, LILACS, SciELO via

Web of Science, IBECS e PsycINFO. The time frame was from the year of 2010. El proceso

de análisis de datos se produjo a través del análisis textual. The final sample consisted of 20

articles. As regards the study types of articles predominated in qualitative approach studies

descriptive and exploratory (90%). The synthesis of the studies analyzed shows a remarkable

progress in the quality of care delivery and birth, as evidenced by the predominance of

satisfaction of women in relation to maternity care,

however, through the detailed analysis of some studies , it was observed in some institutions

disqualification of care provided to women in the birth process and inadequate hospital

routines that ignore scientific evidence. It was concluded that differences in the positioning of

women in relation to assistance provided by professionals stressed the importance of

identifying and considering contextual issues and individual preferences of mothers in

childbirth care.

Keywords: Parturition. Childbirth care. Humanizing delivery. Perception.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, p. 13 1.1 OBJETO DE ESTUDO, p. 15

1.2 QUESTÃO NORTEADORA, p.15

1.3 OBJETIVO GERAL, p. 15

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p. 15

1.5 JUSTIFICATIVA, p. 15

1.6 RELEVÂNCIA, p. 16

2 REVISÃO DE LITERATURA, p. 18 2.1TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO PARTO E

NASCIMENTO, p. 18

2.2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO, p. 21

2.3 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO PARTO, p. 23

2.4 PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE A ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO

PARTO E NASCIMENTO, p. 24

3 METODOLOGIA, p. 26

3.1 ETAPA 1: IDENTIFICAÇÃO DO TEMA E SELEÇÃO DA HIPÓTESE OU QUESTÃO

DE PESQUISA PARA A ELABORAÇÃO DA REVISÃO INTEGRATIVA , p. 27

3.2 ETAPA 2: ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO E EXCLUSÃO

DE ESTUDOS/ AMOSTRAGEM OU BUSCA NA LITERATURA, p. 27

3.3 ETAPA 3: DEFINIÇÃO DAS INFORMAÇÕES A SEREM EXTRAÍDAS DOS

ESTUDOS SELECIONADOS/ CATEGORIZAÇÃO DOS ESTUDOS, p. 31

3.4 ETAPA 4: AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS NA REVISÃO

INTEGRATIVA, p. 32

3.5 ETAPA 5: INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS, p. 32

3.6 ETAPA 6: APRESENTAÇÃO DA REVISÃO/SÍNTESE DO CONHECIMENTO, p. 32

4 RESULTADOS, p. 33

5 DISCUSSÃO, p. 39

5.1 SÍNTESE DOS RESULTADOS, p. 39

5.2 CATEGORIA 1: PERCEPÇÕES DAS MULHERES SOBRE O ACOLHIMENTO NO

SERVIÇO DE SAÚDE, p. 39

5.3 CATEGORIA 2: PERCEPÇÕES SOBRE O VÍNCULO FORMADO COM A EQUIPE

OBSTÉTRICA, p. 41

5.4 CATEGORIA 3: PERCEPÇÕES DAS PUÉRPERAS SOBRE A PRESENÇA DO

ACOMPANHANTE, p. 42

5.5 CATEGORIA 4: PERCEPÇÕES SOBRE AS TECNOLOGIAS IMPLEMENTADAS NA

ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO, p. 44

5.6 SUGESTÕES PARA NOVAS PESQUISAS, p. 46

5.7 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA, p. 46

6 CONCLUSÃO, p. 47

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 49

7.1 OBRAS CITADAS, p. 49

7.2 OBRAS CONSULTADAS, p. 54

8 APÊNDICES, p. 56

8.1 CRONOGRAMA, p. 56

8.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 1: APRESENTAÇÃO DA SÍNTESE DOS

ARTIGOS INCLUÍDOS NA REVISÃO INTEGRATIVA, p. 57

8.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 2: APRESENTAÇÃO DA SÍNTESE DOS

ARTIGOS INCLUÍDOS NA REVISÃO INTEGRATIVA: OBJETIVOS, MÉTODOS,

AMOSTRA ESTUDADA E CATEGORIAS, p. 58

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LISTA DE ABREVIATURAS

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

OMS Organização Mundial de Saúde

NV Nascidos Vivos

MS Ministério da Saúde

OPAS Organização Pan-Americana da Saúde

PAISM Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher

SUS Sistema Único de Saúde

PHPN Programa Humanização do Pré-Natal e Nascimento

PNAISM Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher

RC Rede Cegonha

PIBIC Programa de Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

DeCS Descritores de ciências da saúde

LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

IBECS Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos encontrados.

Niterói/RJ, 2016, f. 28

Quadro 2 Processo de seleção. Niterói/RJ, 2016, f. 30

Quadro 3 Categorias e números de identificação. Niterói/RJ, 2016, f. 32

Quadro 4 Instrumento de coleta de dados 1: Apresentação da síntese dos artigos

incluídos na Revisão Integrativa: Identificação do estudo, autores, fontes

de informação, periódicos e ano. Niterói/RJ, 2016, f. 34

Quadro 5 Instrumento de coleta de dados 2: Apresentação da síntese dos artigos

incluído na Revisão Integrativa: objetivos, métodos, amostra estudada e

categorias. Niterói/RJ, 2016, f. 36

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1 INTRODUÇÃO

A aproximação ao tema ocorreu através do Ensino Teórico-Prático da disciplina de

Enfermagem na Saúde da Mulher, do Departamento de Enfermagem Materno e Infantil, da

Universidade Federal Fluminense, nos campos das maternidades Alzira Reis e Maria Amélia,

os quais me proporcionaram a oportunidade de observar o processo de assistência às mulheres

do período gravídico ao puerperal, trazendo à reflexão a respeito da importância da assistência

qualificada a mulher em um momento único e de crucial importância: o processo do parto e

nascimento, no qual a parturiente deve ser a protagonista do processo, e onde devem ser

respeitados os seus direitos e individualidades.

Por intermédio das experiências vivenciadas nos cenários de atenção ao parto e

nascimento, nasce, portanto o interesse pela pesquisa no âmbito da assistência à mulher no

processo do trabalho parto, intensificando o interesse pela participação em eventos científicos

obstétricos com a finalidade de adquirir conhecimentos na área. Por meio da participação no

Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal- GO, com a apresentação do

trabalho de Revisão de Literatura com a temática “Qualidade e Humanização do Parto para a

Redução da Mortalidade Materna e Neonatal” e através das experiências vivências neste

evento, constituído fortemente por troca de saberes na área da assistência ao parto,

despertaram-se inquietações que representaram grande incentivo à pesquisa na área obstétrica.

Concomitantemente, através da inclusão no Projeto de Monitoria da disciplina de

Enfermagem na Saúde da Mulher 1 e no Grupo de Pesquisa “Maternidade: questões de saúde

da mulher e da criança”, vinculado ao CNPq, as trocas de experiências, percepções e práticas

no âmbito da pesquisa materno-infantil intensificaram questionamentos e motivações para a

elaboração deste estudo.

Por fim, com a inclusão no Projeto de Iniciação científica, vinculado ao CNPQ,

sucedeu-se a abertura de caminhos para a iniciação da pesquisa deste estudo em questão, que

abordará a respeito da percepção das mulheres a respeito da assistência ao parto e nascimento.

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15

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem estimulando iniciativas que favoreçam

mudanças no atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal. Dentre elas está a

implantação de uma proposta de atendimento mais humanizado ao parto nos serviços de saúde

(WEI; GUALDA; SANTOS, 2011).

A redução da mortalidade materna é uma das principais metas discutidas em

conferências internacionais atuais, estando incluída nos Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio das Nações Unidas (LAURENTI; JORGE; GOTLIEB, 2004). No último relatório da

Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre mortalidade materna, o Brasil teve posição

abaixo da meta do milênio. Nos últimos 18 anos alcançou redução de 52% (120 por 100.000

NV em 1990, 64/100.00 NV em 2005 e 58/100.000 NV em 2008), com velocidade média

anual de queda de 4%, quando o ideal seriam 5,5% (MORSE et al., 2011).

O modelo tecnocrático hegemônico é responsável por resultados maternos e perinatais

piores que os encontrados em outros países, com igual ou mesmo menores índices de

desenvolvimento socioeconômico. Os dados oficiais revelam que as taxas de cesariana nos

serviços privados são superiores a 80%, número sem correspondente em qualquer outro lugar

do planeta. As taxas de mortalidade materna ainda são desproporcionalmente elevadas,

considerando-se que nas últimas décadas houve melhoria de inúmeros outros indicadores de

saúde da mulher (DIAS, 2011).

Apesar da implementação de Políticas Públicas voltadas a redução dos elevados

índices de mortalidade materna, preconizando a elaboração de um modelo humanizado de

assistência ao parto e nascimento, nota-se os índices de morbimortalidade materna ainda

elevados, atrelados a inúmeros fatores, incluindo a desqualificação da assistência prestadas às

mulheres no processo parturitivo e a rotinas hospitalares inadequadas, que ignoram as

evidências científicas. Assim, torna-se necessário pelos benefícios comprovados pela

medicina baseada em evidências sendo, portanto, estimulado pela Organização Mundial de

Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS) (MALHEIROS et al., 2012), a desconstrução

do modelo tecnocrático na assistência, com a exclusão de práticas abusivas de assistência às

mulheres, implementando práticas baseadas em evidências. Prestando assim uma assistência

integral e qualificada à parturiente e seu parceiro.

Desta forma, o presente estudo traz reflexões que visam contribuir com a assistência à

mulher em processo parturitivo, bem como em toda sua rede de apoio, através do

entendimento das percepções que as mulheres têm a respeito da assistência recebida no

processo de parturição.

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1.1 OBJETO DE PESQUISA

A percepção de mulheres sobre a assistência obstétrica ao trabalho de parto, parto e

nascimento.

1.2 QUESTÃO NORTEADORA

Qual é a percepção das mulheres a respeito da assistência recebida durante o trabalho de

parto, parto e nascimento?

1.2 OBJETIVO GERAL

Discutir a percepção das mulheres sobre a assistência obstétrica recebida durante o processo

parturitivo.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar a percepção das mulheres sobre a assistência obstétrica recebida durante o

trabalho de parto, parto e nascimento;

Analisar a assistência obstétrica no processo do parto e nascimento a partir da revisão

integrativa da literatura.

1.5 JUSTIFICATIVA

As mortes maternas podem ser classificadas como obstétricas diretas ou indiretas. As

mortes diretas resultam de complicações surgidas durante a gravidez, o parto ou o puerpério

(período de até 42 dias após o parto), decorrentes de intervenções, omissões, tratamento

incorreto ou de uma cadeia de eventos associados a qualquer um desses fatores. As taxas de

mortalidade materna por causas diretas apresentaram uma velocidade de queda inferior ao

previsto, configurando um grande desafio para o sistema de saúde. Considerando que a maior

causa de mortalidade materna é por causas diretas torna-se necessário avaliar as práticas que

vêm sendo implementadas na assistência ao parto e nascimento (BRASIL, 2012).

Apesar da implantação de políticas públicas de saúde da mulher garantirem uma

assistência de qualidade e baseada em evidências ao parto e nascimento, nota-se ainda a

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realização de práticas abusivas de assistência ao parto, sem evidências cientificas que podem

contribuir com a morte materna e neonatal (MALHEIROS et al., 2012).

Levando em conta que no processo de parto e nascimento temos a mulher como

protagonista, fica explícito que para avaliarmos a assistência prestada ao parto, é necessário

entender as concepções desta mulher sobre a assistência recebida durante o processo de

parturição. Sendo assim, conclui-se que é de crucial importância a realização de pesquisas

para o entendimento das concepções destas mulheres sobre a assistência recebida neste

processo. Desta forma, torna-se possível detectar se a assistência que vem sendo

implementada está preconizando a humanização e a qualidade assistencial estabelecida nas

políticas públicas.

Neste sentido, propõe-se a interdisciplinaridade na atenção à saúde da pessoa, família

e comunidade, nas diversidades dos saberes e práxis do cuidar. O processo do cuidar a partir

de ações de enfermagem gera produção de conhecimento e promoção da saúde. Com este

estudo, permite-se uma assistência sistematizada e mais digna para a mulher no sentido de

respeitar sua dignidade e cidadania, oferecendo subsídios de melhoria na assistência ao parto

e nascimento.

O momento do nascimento constitui um dos principais acontecimentos na vida da

mulher, pois é o evento que a torna mãe. Em resposta ao interesse de estudantes e

profissionais sobre o tema, adicionado ao surgimento de políticas públicas de humanização do

parto e nascimento, a partir de 1980, o número de pesquisas sobre a parturição aumentou. No

período de 1980 a 2004, 53,3% dos estudos sobre humanização do parto foram produzidos

pelos programas de pós-graduação em enfermagem. Apesar disso, a literatura apresenta

escassez de estudos que avaliam a satisfação das mulheres quanto aos cuidados da equipe

obstétrica oferecida durante o processo parturitivo. Sobre os indicadores de qualidade do parto

e nascimento, as publicações possuem abordagem quantitativa, não permitindo saber a

opinião das mulheres acerca da qualidade do cuidado (OLIVEIRA et al., 2011). Portanto,

realizar pesquisas qualitativas, como uma revisão integrativa da literatura, a respeito dos

sentimentos e percepções das usuárias sobre a assistência obstétrica, pode constituir um

importante instrumento para avaliar as práticas assistenciais da equipe obstétrica e estimular

ações com base nas políticas públicas de humanização do parto e nascimento.

1.6 RELEVÂNCIA

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18

Visando modificar o contexto vigente da parturição, este estudo se torna relevante

porquanto dispõe-se a influenciar a compreensão dos profissionais de saúde, quanto ao

protagonismo da mulher nos momentos de trabalho de parto, parto e nascimento. Desse modo,

serão analisados estudos em que as mulheres tiveram liberdade de falar sobre suas vivências.

Ressaltando que, dar voz às usuárias é uma maneira de avaliar a prática da enfermagem e

estimular o planejamento das ações com base nas políticas públicas de humanização do parto

e nascimento (OLIVEIRA et al., 2010).

Este estudo pretende aumentar o acervo sobre a temática, visto que pesquisas nesta

área tem a finalidade de qualificar a assistência ao processo parturitivo, bem como reduzir os

indicadores de mortalidade materna e neonatal. Através da abordagem da relevância da

implementação de práticas baseadas em evidência e do respeito à condição da mulher como

protagonista no processo do parto e nascimento, respeitando seus direitos e individualidades.

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19

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 TRAJETÓRIAS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ASSISTÊNCIA AO PARTO E

NASCIMENTO

No contexto mundial, na década de 1980, a Organização Pan-Americana da Saúde

(OPAS) e os Escritórios Regionais da Europa e Américas da Organização Mundial da Saúde,

promoveram uma ampla discussão para que um consenso fosse atingido em relação às

tecnologias apropriadas de assistência no pré-natal, parto e nascimento com base em

pesquisas científicas e nos direitos sexuais e reprodutivos da mulher (PROGIANTI;

PORFIRIO, 2012).

No Brasil, até a década de 70, as políticas nacionais voltadas para a saúde da mulher

eram voltadas para atender demandas relativas à gravidez e ao parto. Elas traduziam uma

visão sobre a mulher, restritas à sua especificidade biológica de reprodução, o que refletia, à

época, o papel social de mãe, esperado da mulher pela sociedade brasileira (NASCIMENTO

et al., 2010).

No ano de 1983, foi instituído pelo Ministério da Saúde (MS), o Programa de

Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM), com a finalidade de atendê-las de forma

integral, respeitando suas necessidades e particularidades (MATOS et al., 2013).

“Centralizado na integralidade e na equidade das ações, o PAISM propunha uma abordagem

global da saúde da mulher em todas as fases do seu ciclo vital, e não apenas no ciclo

gravídico-puerperal” (BRASIL, 2010), incorporando como princípios e diretrizes as propostas

de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços (BRASIL, 2004). Este

programa ocorreu não só sob a perspectiva de resolver o impacto das desigualdades de gênero

na saúde da mulher (atendendo princípios da reforma sanitária que embasaria a criação do

Sistema Único de Saúde (SUS), mas também para questionar o saber médico no campo

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20

obstétrico que, com práticas obstétricas intervencionistas, transformou o parto em um ato

médico (NASCIMENTO et al., 2010).

O referido programa foi um marco nas políticas públicas relacionadas à saúde da

mulher, pois, de certa forma, rompeu com as propostas políticas reducionistas da época

adotando o conceito de saúde integral. A proposta do PAISM era de ampliar a visão sobre a

mulher e, assim, atendê-la em todas as suas etapas de vida, englobando inclusive segmentos

que estavam, até então, à margem dos serviços de saúde (MATOS et al., 2013).

No Brasil, o movimento de mulheres em comum acordo com, organizações não

governamentais, profissionais de diferentes áreas e também formuladores de políticas públicas

de saúde têm se articulado em um movimento cuja principal finalidade é devolver a mulher o

protagonismo no processo do parto e nascimento (DIAS, 2011).

A iniciativa de questionar a conduta dos profissionais de saúde no campo obstétrico,

nos anos 90, deu início ao movimento de humanização do parto (PHPN) e do nascimento, no

ano 2000, que surge, instituído pelo Ministério da Saúde, tendo como principal estratégia

assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da

assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos

de cidadania (SOUZA et al., 2011).

O Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal surge no ano de

2004, como um movimento político que precisa estar calcado na estrutura, nos programas e

nas ações do setor Saúde, mas que não se restringe a esse setor, sendo a expressão da política

de governo para enfrentamento da problemática que envolve a morte materna e a neonatal.

Consiste na execução de um conjunto de ações articuladas, das diferentes esferas de governo,

pela qualificação da atenção obstétrica e neonatal e que não podem prescindir da atuação da

sociedade civil organizada (BRASIL, 2004).

No ano de 2004, o Ministério da Saúde (MS), lança a Política Nacional de Atenção

Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), em conjunto com inúmeros setores da sociedade,

incluindo o movimento de mulheres e os gestores do SUS. Essa política demonstra o com-

promisso com a implementação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos

humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis.

Enfatiza a melhoria da atenção obstétrica, o planejamento familiar, a atenção ao abortamento

inseguro e às mulheres e às adolescentes em situação de violência doméstica e sexual (Ibid,

2004).

No Brasil, a partir de abril de 2005 passou a vigorar a Lei n° 11.108 que garante às

parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-

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21

parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. No mesmo ano em dezembro, a

Portaria de n° 2418/GM regulamentou a presença de acompanhantes para mulheres na

parturição nos hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde – SUS. Desde

então, percebe-se o interesse pela reorganização dos serviços; implementação da prática pelos

profissionais e o aumento da participação do acompanhante escolhido pela mulher durante a

parturição (LONGO; ANDRAUS; BARBOSA, 2010).

Em 2011, o MS lançou a Rede Cegonha (RC), normatizada pela Portaria nº 1.459,

com os objetivos de qualificar as Redes de Atenção Materno-Infantil em todo o País e de

reduzir as elevadas taxas de morbimortalidade materno-infantil no Brasil. (BRASIL, 2012). A

Rede Cegonha, proposta pelo Governo Federal, é uma estratégia que visa enfrentar o

problema do elevado número de óbitos de mulheres e de crianças por meio de iniciativas que

mudem esse cenário existente no Brasil. As ações dessa estratégia vão além do repasse de

recursos atrelado ao aumento de leitos ou da oferta de procedimentos: elas buscam a melhoria

da atenção destinada à sua população-alvo (CAVALCANTI et al., 2013).

Essa iniciativa convoca os gestores, os trabalhadores e a sociedade a refletir e

transformar o modelo de atenção ao parto e ao nascimento praticado no país, o qual não

coloca a gestante/parturiente no centro da "cena", como protagonista do processo de gestação

e parto, medicalizando e intervindo muitas vezes desnecessariamente. Nos documentos

analisados, fica evidente que há o entendimento por parte dos formuladores da Rede Cegonha

de que a mulher deve estar no centro no processo, implicada e vivendo a experiência da

gravidez, do parto e da maternidade com segurança (BRASIL, 2012).

A Rede Cegonha prevê ações para a melhoria do acesso e da qualidade da assistência à

mulher e à criança, por meio da vinculação da gestante à unidade de referência para o parto e

o transporte seguro e da implementação de boas práticas na atenção ao parto e nascimento,

incluindo o direito a um acompanhante de livre escolha da mulher no momento parto. As

ações estão inseridas em quatro componentes: (1) Pré-Natal; (2) Parto e Nascimento; (3)

Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança e (4) Sistema Logístico, Transporte Sanitário

e Regulação (CAVALCANTI et al., 2013).

Desde o surgimento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento da

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, e do Pacto Nacional pela Redução

da Mortalidade Materna e Neonatal e da estratégia da Rede Cegonha, diversas ações de saúde

vêm sendo direcionadas a esses segmentos populacionais de forma mais sistemática no SUS,

como parte dos esforços intergovernamentais para redução dos indicadores materno e infantil.

A partir do entendimento de que as morbimortalidades materna e infantil são eventos

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22

complexos e, portanto, multifatoriais, essas questões permanecem como um desafio para o

país (Ibid, 2013).

.

2.2 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO

Historicamente, o parto e nascimento era essencialmente realizada no domicílio, sendo

este um acontecimento visto como parte do processo fisiológico do ser humano. No momento

do nascimento, apenas as parteiras auxiliavam a parturiente, ao lado de outras mulheres

próximas da gestante. À exceção de partos difíceis, quando os médicos tinham seus serviços

solicitados. O parto era de domínio da mulher que, sabidamente, detinha o poder de parir

(MALHEIROS et al., 2012).

Ao decorrer da história, com a transição entre o parto domiciliar e hospitalar, passou a

vigorar o modelo biomédico de assistência obstétrica (LONGO; ANDRAUS; BARBOSA,

2010). O parto tornou-se um evento hospitalocêntrico, promovido por intensa medicalização e

rotinas cirúrgicas, afastando a parteira da arte de partejar e tirando o domínio da mãe durante

esse processo (MATOS et al., 2013). “Atualmente, a medicalização do parto alcança vários

recordes, que contribuem para elevar os índices do Ministério da Saúde (MS), causando

desconforto, numa época em que políticas de humanização têm ganhado espaço no sistema de

saúde” (BASSO; MONTICELLI, 2010, p. 98).

No modelo biomédico de assistência ao parto e nascimento, a mulher ao ser admitida

em trabalho de parto (TP), é afastada de seus familiares e submetida a uma série de

procedimentos de indicação duvidosa, como forma de adequar o Trabalho de parto ao

funcionamento do hospital e aos horários dos profissionais, sua fisiologia é modificada por

intervenções que tem o objetivo de acelerá-lo, independente dos desejos da mulher ou

eventuais riscos para ela, ou para o bebê. Estas intervenções são executadas geralmente sem

que a mulher seja devidamente informada a respeito dos procedimentos e é comum que

permaneça abandonada no pré-parto sem nenhum tipo de suporte físico ou emocional

(SANTOS; OKASAKI, 2012).

A condução impessoal do Trabalho de Parto e o excesso de intervenções que são

utilizadas no intuito de acelerar o Trabalho de Parto são práticas condenadas pela OMS em

1996, como prejudiciais e ineficazes, as múltiplas intervenções que caracterizam nosso

modelo de atenção nas maternidades têm como objetivo conformar o Trabalho de Parto, um

processo fisiológico e de duração bastante variável de mulher para mulher. A Organização

Mundial de Saúde (OMS) recomenda que procedimentos que já são considerados como

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23

danosos ou ineficazes: tricotomias, episiotomias, enemas, cateterismos venosos, jejum,

ruptura precoce de membranas e monitorização eletrônica fetal não sejam feitos

rotineiramente (Ibid, 2012).

“No Brasil, a reconfiguração do campo obstétrico foi intensificada a partir do

desenvolvimento e da implementação das tecnologias de cuidado da enfermagem obstétrica”

(PRATA, 2014, p.1128), que podem ser definidas como o conjunto de técnicas,

procedimentos e conhecimentos utilizados pelo enfermeiro durante sua relação de cuidado

profissional, que compreende o parto como um processo fisiológico, respeitando sua natureza

e a integridade corporal e psíquica das mulheres. O caráter não invasivo das tecnologias de

cuidado da enfermagem obstétrica reside em acreditarmos que, quando o sujeito estabelece

um vínculo de confiança com o profissional, ambos compartilham as decisões no

planejamento dos seus cuidados (NASCIMENTO et al., 2010).

Durante o período do parto há fatores como dor, ansiedade, hospitalização, estado do

bebê, dentre outros fatores, que podem amedrontar a parturiente, resultando na falta de

controle das situações vivenciadas. Porém, as orientações e apoio por parte dos profissionais

de enfermagem, fornecendo explicações sobre as condições de evolução do parto, são

estratégias apontadas para a superação destas dificuldades. Se a equipe de enfermagem não

desenvolver um manejo correto, a experiência do parto poderá ser traumatizante havendo

maior probabilidade de complicações obstétricas (SANTOS; OKASAKI, 2012). Ressaltando-

se que a concepção filosófica e política do cuidado devem respaldar o cumprimento das

rotinas de forma flexível, a fim de proporcionar segurança e satisfação à mulher e seus

familiares durante o processo parturitivo (LONGO; ANDRAUS; BARBOSA, 2010).

Sendo assim, nota-se que a história do parto e nascimento vem sendo transformada de

maneira progressiva ao longo da história. As modificações dos modelos e paradigmas de

assistência, mostram que o parto era visto inicialmente como um processo simplesmente

natural, assistido por parteiras em domicílio, sendo modificado, nas sociedades

contemporâneas, de um evento fisiológico para um evento, hospitalizado e medicalizado com

o desenvolvimento e a incorporação de novas tecnologias no campo da medicina, sendo este

denominado como, modelo tecnocrático de assistência ao parto. O parto foi adquirindo outro

significado e passou a ser considerado um procedimento cirúrgico, que deve ser realizado por

médicos, em ambiente hospitalar (MALHEIROS et al., 2012). Por serem notórios os riscos

de cesáreas sem indicação esses elevados índices de cesárea no Brasil e no mundo tem

contribuído para os atuais elevados indicadores de morbimortalidade materna e neonatal.

Assim, configura-se como um desafio às instituições e aos profissionais que assistem ao

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24

trinômio mulher/recém-nascido/família mudar as concepções e práticas predominantes a fim

de tornar o nascimento um evento fisiológico e familiar (SOUZA et al., 2011).

2.3 HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO PARTO E NASCIMENTO:

“Para a Organização Mundial de saúde (OMS), humanizar o parto é adotar um

conjunto de condutas que promovem o parto e o nascimento saudáveis, uma vez que

respeitam o processo natural e evitam condutas desnecessárias ou de risco para mãe e feto”

(SANTOS; OKAZAKI, 2012, p. 64).

É importante ressaltar que o termo humanização foi adotado no ano de 2000, quando

foi lançado o Programa Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN), por meio da

Portaria GM n. 569, de 1º/06/2000. O programa tem por prioridade promover a melhoria do

acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento do pré-natal, da assistência ao parto

e ao puerpério para o binômio mãe-filho (MATOS et al., 2013).

O Programa Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN) preconiza que a

parturiente tem o direito de ser orientada sobre o parto e as formas de relaxamento para aliviar

a dor como: massagem, banho, deambulação, cuidados de higiene e conforto, além disso,

deve receber orientações sobre o manejo clínico da amamentação e sobre os benefícios de

amamentar. Contudo, é importante ressaltar que para que essas informações surtam efeito elas

devem ser oferecidas às parturientes desde o pré-natal, para que as mães possam ser

protagonistas de suas vidas, racionalizando suas escolhas de forma segura e prazerosa

(DAVIM et al., 2009).

A Humanização da assistência ao parto tem sido definida por vários autores como um

resgate do acompanhamento do trabalho de parto e da assistência ao parto respeitando a

fisiologia destes momentos, oferecendo o necessário suporte emocional não só para a mulher,

mas também para seus familiares ou para as pessoas que a parturiente escolheu para estarem

ao seu lado, incluindo nesse processo, o respeitar aos desejos da mulher e o seu “plano de

parto”, assegurando que estes acontecimentos sejam vivenciados em sua plenitude (SANTOS;

OKAZAKI, 2012).

Nessa concepção, a humanização compreende a qualificação da atenção, envolvendo o

respeito e a promoção dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos, formação de

profissionais que implantem práticas baseadas nas evidências científicas a adequação da

estrutura física da rede hospitalar até uma mudança de postura e atitudes dos profissionais de

saúde (NASCIMENTO et al., 2010).

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25

“O parto entendido como humanizado não deseja abolir as tecnologias alcançadas para

auxiliar a mulher nesse processo, porém elas não devem ser usadas rotineiramente,

medicalizando o parto ou tornando-o estritamente cirúrgico”. (LONGO; ANDRAUS;

BARBOSA, 2010, p. 387) A tecnologia e a humanização precisam estar interligadas para

proporcionar um cuidado adequado à saúde já que uma não extingue a outra. Quando

combinadas essas duas vertentes da assistência abrir-se-á caminhos para uma maior satisfação

dos usuários e melhores resultados no atendimento ao parto (SANTOS et al., 2012).

A humanização da parturição, quanto à legitimidade da participação da parturiente nas

decisões, está pautada no diálogo com a mulher, na inclusão do pai no parto e na presença das

doulas, além da busca por melhoria na relação da instituição hospitalar e seus consumidores.

Há também uma legitimidade política, entre outras que reivindica humanização como defesa

dos direitos humanos, almejando combinar direitos sociais e direitos reprodutivos e sexuais

com vistas à equidade, liberdade e direito individual (LONGO; ANDRAUS; BARBOSA,

2010).

A assistência humanizada tem caráter amplo e envolve um conjunto de

conhecimentos, práticas e atitudes que visam não só a promoção do parto, mas também um

nascimento saudável e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, com o início no

pré-natal. Garantindo que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente

benéficos, para a mulher e para o recém-nascido, que evite intervenções desnecessárias, que

preserve sua privacidade e autonomia, já que o nascimento é um evento fisiológico,

considerado um dos eventos mais marcantes da vida (SANTOS; OKAZAKI, 2012).

Sendo assim, uma assistência humanizada ao parto e nascimento depende do respeito

aos aspectos da fisiologia do parto e do nascimento, da organização de rotinas com

procedimentos comprovadamente benéficos, evitando-se intervenções desnecessárias, do

estabelecimento de relações baseadas em princípios éticos, garantindo-se privacidade e

autonomia e compartilhando-se com a mulher e sua família as decisões sobre as condutas a

serem adotadas (Ibid, 2012). Assim é indispensável que ocorra mudança no modelo

biomédico, essencialmente técnico, para um que valorize os aspectos sociais e culturais da

gestação e parto para que mulheres/famílias brasileiras tenham a experiência de um parto

verdadeiramente humanizado (SOUZA et al., 2011).

2.4 PERCEPÇÃO DAS MULHERES SOBRE A ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA AO

PARTO E NASCIMENTO

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26

A percepção dos usuários dos serviços de saúde vem sendo amplamente discutida nos

serviços de saúde, de modo a atender suas expectativas e necessidades. No âmbito do Sistema

Único de Saúde (SUS), o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, elaborado em

1983, define uma política especial de atenção a ser oferecida à população feminina, propondo

que os serviços de saúde prestem assistência às mulheres em todas as fases de sua vida, de

acordo com a especificidade de cada fase. Na área obstétrica, com o movimento de

humanização da assistência ao parto, esse pressuposto vem sendo imperativo (WEI;

GUALDA; SANTOS, 2012).

A percepção das mulheres/puérperas sobre a assistência humanizada relaciona-se

basicamente ao apoio profissional e ao incentivo, que é fundamental. A vivência que a mulher

tem da parturição pode ser prazerosa ou traumática, dependendo daquelas diretamente

relacionadas ao sistema de saúde, como a assistência recebida no pré-natal e durante o parto,

pois a escuta, atenção e cordialidade durante o atendimento são essenciais (MONTE;

RODRIGUES, 2013).

Acredita-se que o processo de humanização da assistência se concretizará através da

atuação de uma equipe multidisciplinar de saúde. Humanizar a assistência é reunir

competência técnica e científica aos preceitos éticos, respeitando a individualidade do ser

humano. O planejamento da assistência precisa valorizar o ser humano, atendendo às suas

especificidades e necessidades (LUZ; ASSIS; RESENDE, 2015).

Como pedras fundamentais das diretrizes de humanização das práticas de saúde

estão a educação e a conscientização dos direitos do usuário, em consonância com a proposta

da integralidade nas ações de saúde, em que foi baseada a criação do Sistema Único de Saúde.

Nessa perspectiva, acreditando-se na relevância de possibilitar uma assistência mais

humanizada à mulher no processo de parturição, todos esses aspectos devem ser considerados

na elaboração e implementação de normas e práticas institucionais (WEI; GUALDA;

SANTOS, 2011).

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27

3 METODOLOGIA

Este presente estudo trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura. A revisão

integrativa inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e

a melhoria da prática clínica (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008), possibilitando a

síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do

conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos (POLIT;

BECK, 2006).

A revisão integrativa tem o potencial de construir conhecimento em enfermagem,

produzindo, um saber fundamentado e uniforme para os enfermeiros realizarem uma prática

clínica de qualidade (WHITTEMORE E KNAFL, 2005). Além disso, pode reduzir alguns

obstáculos da utilização do conhecimento científico, tornando os resultados de pesquisas mais

acessíveis, uma vez que em um único estudo o leitor tem acesso a diversas pesquisas

realizadas, ou seja, o método permite agilidade na divulgação do conhecimento

(WHITTEMORE, 2005).

Este método de pesquisa permite a síntese de múltiplos estudos publicados e

possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo. É um método valioso

para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm tempo para realizar a leitura

de todo o conhecimento científico disponível devido ao volume alto, além da dificuldade para

realizar a análise crítica dos estudos (POLIT; BECK, 2006).

Para a elaboração da revisão integrativa é preciso percorrer seis etapas distintas, a

saber: Etapa 1: identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a

elaboração da revisão integrativa; Etapa 2: estabelecimento de critérios para inclusão e

exclusão de estudos/ amostragem ou busca na literatura; Etapa 3: definição das informações a

serem extraídas dos estudos selecionados/ categorização dos estudos; Etapa 4: avaliação dos

estudos incluídos na revisão integrativa; Etapa 5: interpretação dos resultados; Etapa 6:

apresentação da revisão/síntese do conhecimento. (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

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28

Apesar de o presente estudo tratar-se de uma pesquisa, este não apresentou a

necessidade de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que manipula com

dados de livre-acesso, não se tratando, portanto, de documentos que requeiram sigilo ético.

Este estudo de revisão, foi construído em conjunto com a tese de mestrado intitulada:

“A vivência do parto hospitalar, na voz das mulheres: modelos de atenção ao parto e

nascimento”, pesquisa qualitativa descritiva-exploratória, vinculada ao Programa de

Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-CNPQ), da Universidade Federal

Fluminense (UFF), realizada mediante aprovação no comitê de ética da Faculdade de

Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), conforme determina a resolução

466/2012 do Concelho Nacional de Saúde.

3.1 ETAPA 1: IDENTIFICAÇÃO DO TEMA E SELEÇÃO DA HIPÓTESE OU QUESTÃO

DE PESQUISA PARA A ELABORAÇÃO DA REVISÃO INTEGRATIVA

A primeira etapa consistiu na identificação do tema e seleção da questão de pesquisa.

Assim, foi delimitada a seguinte questão de pesquisa: Qual é a percepção das puérperas a

respeito da assistência recebida durante o parto e nascimento? Considerando que no Brasil e

no mundo, tem-se realizado inúmeros estudos a respeito da qualidade da assistência obstétrica

ofertada as mulheres durante o processo de pré-parto, parto e nascimento, contudo, a vivência

das mulheres e o relato de suas percepções são de crucial importância para a avaliação da

qualidade da assistência, bem como da implementação das políticas públicas de humanização

do parto e nascimento.

3.2 ETAPA 2: ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO E EXCLUSÃO

DE ESTUDOS/ AMOSTRAGEM OU BUSCA NA LITERATURA

Na segunda etapa, foram delimitados os critérios para inclusão e exclusão dos

estudos. Foram definidos como critérios de inclusão: Artigos que abordem a percepção das

mulheres a respeito da assistência obstétrica recebida durante o trabalho de parto, parto e

nascimento; Artigos a respeito da percepção das mulheres a respeito da vivência do parto

normal hospitalar; recorte temporal a partir do ano estabelecido; publicação na íntegra

disponível, nos idiomas português, inglês ou espanhol.

Como critérios de exclusão: Teses, dissertações, trabalhos publicados em anais de

eventos, editoriais, duplicatas, artigos que abordem a respeito da percepção das mulheres

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29

sobre a assistência obstétrica ao pré-natal e puerpério, artigos que abordem a respeito da

percepção somente dos profissionais da equipe obstétrica em relação à assistência ofertada ao

parto e nascimento.

Para a realização da busca na literatura foi composta a estratégia de busca utilizando-

se os seguintes termos, elencados a partir do vocabulário controlado, Descritores de ciências

da saúde (DeCS): “Parto”, “Assistência ao parto”, “Humanização do parto” e “Percepção”.

Foi realizada expansão semântica com a linguagem natural, com os seguintes termos:

“Assistência Obstétrica”, “Pré-parto” e “Nascimento”. Foram considerados os idiomas

português, inglês e espanhol e os operadores boolianos AND e OR.

As fontes de informação selecionadas foram: Web of Science, SCOPUS, PUBMED,

LILACS, SciELO via Web of Science, IBECS e PsycINFO. Os dados foram coletados em:

10/11/2015. O recorte temporal foi a partir do ano de 2010. Foram considerados para análise

artigos, redigidos na língua portuguesa, inglesa e espanhola, até o ano de 2016. A amostra

inicial constitui-se de 3.729 artigos, sendo: 1627 (Web of Science); 148 (Scopus); 1.063

(PubMed); 440 (LILACS); 111 (sCielo via Web of Science); 48 (IBECS); 250 (Psycinfo). As

bases de dados, estratégias de busca correspondentes e o número de artigos encontrados e suas

respectivas fontes de informação são registradas no quadro 1.

Quadro 1- Bases de dados, estratégias de busca e resultado de artigos encontrados. Niterói/RJ, 2016.

FONTES DE

INFORMAÇÃO

ESTRATÉGIA DE BUSCA

RESULTADOS

WEB OF

SCIENCE

Tópico:(Percepção OR Perception OR

Percepción) AND Tópico: (Parto OR Parturition OR “Pré-

parto” OR "antepartum" OR "preparto" OR Nascimento OR

Birth OR Nacimiento OR “Assistência Obstétrica” OR "Obstetric Care" OR "Asistencia obstétrica" OR

“Assistência ao parto” OR "Childbirth care" OR "Asistencia

al parto" OR “Humanização do parto” OR "Humanizing

Delivery" OR "Parto Humanizado").

Tempo estipulado: Últimos 5 anos.

Idioma da pesquisa=Auto

1.627

Page 30: JOYCE GONÇALVES BARCELLOS Gonçalves Barcellos.pdf · IBECS Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud . LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 Bases de dados, estratégias

30

SCOPUS

TITLE-ABSKEY

(percepção OR perception OR percepción )AND TITLE-

ABSKEY ( parto OR parturition OR "Pré-

parto" OR "antepartum" OR "preparto" OR nascimento

OR birth OR nacimiento OR "Assistência

Obstétrica" OR "Obstetric Care" OR "Asistencia

obstétrica" OR "Assistência ao parto" OR "Childbirth

care" OR "Asistencia al parto" ) OR TITLE-ABS-

KEY ( "Humanização do parto" OR "Humanizing

Delivery" OR "Parto Humanizado") AND PUBYEAR > 2009

200

PUBMED

(Percepcao[All Fields] OR ("perception"[MeSH Terms] OR "perception"[All Fields]) OR Percepcion[All Fields]) AND

(Parto[All Fields] OR ("parturition"[MeSH Terms] OR

"parturition"[All Fields] OR "delivery, obstetric"[MeSH

Terms] OR ("delivery"[All Fields] AND "obstetric"[All

Fields]) OR "obstetric delivery"[All Fields]) OR "Pre-

parto"[All Fields] OR "antepartum"[All Fields] OR

"preparto"[All Fields] OR Nascimento[All Fields] OR

("parturition"[MeSH Terms] OR "parturition"[All Fields]

OR "birth"[All Fields]) OR Nacimiento[All Fields] OR

(Assistencia[All Fields] AND Obstetrica[All Fields]) OR

"Obstetric Care"[All Fields] OR (Asistencia[All Fields] AND obstetrica[All Fields]) OR (Assistencia[All Fields]

AND ("Arch Ottoman"[Journal] OR "ao"[All Fields]) AND

parto[All Fields]) OR "Childbirth care"[All Fields] OR

(Asistencia[All Fields] AND al[All Fields] AND parto[All

Fields]) OR (Humanizacao[All Fields] AND parto[All

Fields]) OR (Humanizing[All Fields] AND ("delivery,

obstetric"[MeSH Terms] OR ("delivery"[All Fields] AND

"obstetric"[All Fields]) OR "obstetric delivery"[All Fields]

OR "delivery"[All Fields])) OR (Parto[All Fields] AND

Humanizado[All Fields])) AND ("2010/11/01"[PDat] :

"2015/10/30"[PDat]).

1063

LILACS

Percepção OR Perception OR Percepción [Palavras] and Parto OR Parturition OR “Pré-parto” OR

"antepartum" OR "preparto" OR Nascimento OR Birth OR

Nacimiento OR “Assistência Obstétrica” OR "Obstetric

Care" OR "Asistencia obstétrica" OR “Assistência ao parto”

OR "Childbirth care" OR "Asistencia al parto" OR

“Humanização do parto” OR "Humanizing Delivery" OR

"Parto Humanizado".

440

SCIELO VIA

WEB OF

SCIENCE

Tópico:(Percepção OR Perception OR

Percepción) AND Tópico: (Parto OR Parturition OR “Pré-

parto” OR "antepartum" OR "preparto" OR Nascimento OR

Birth OR Nacimiento OR “Assistência Obstétrica” OR "Obstetric Care" OR "Asistencia obstétrica" OR

“Assistência ao parto” OR "Childbirth care" OR "Asistencia

al parto" OR “Humanização do parto” OR "Humanizing

Delivery" OR "Parto Humanizado")

Tempo estipulado: 2010-2015. Índices: SCIELO.

111

Page 31: JOYCE GONÇALVES BARCELLOS Gonçalves Barcellos.pdf · IBECS Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud . LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 Bases de dados, estratégias

31

IBECS

Percepção OR Perception OR Percepción

[Palavras] and Parto OR Parturition OR “Pré-parto” OR

"antepartum" OR "preparto" OR Nascimento OR Birth OR

Nacimiento OR “Assistência Obstétrica” OR "Obstetric

Care" OR "Asistencia obstétrica" OR “Assistência ao parto”

OR "Childbirth care" OR "Asistencia al parto" OR

“Humanização do parto” OR "Humanizing Delivery" OR

"Parto Humanizado"

48

PSYCINFO

Any Field: Percepção OR Perception OR

Percepción AND Any Field: Parto OR Parturition OR " Pré-parto" OR " antepartum" OR " preparto" OR Nascimento

OR Birth OR Nacimiento OR " Assistência Obstétrica" OR "

Obstetric Care" OR " Asistencia obstétrica" OR "

Assistência ao parto" OR " Childbirth care" OR " Asistencia

al parto" OR " Humanização do parto" OR " Humanizing

Delivery" OR " Parto Humanizado" AND Year:

2010 To 2015

250

O processo de análise dos dados ocorreu através da análise textual, a qual se trata de

um modo de aprofundamento em processos discursivos, visando alcançar saberes sob a forma

de compreensões reconstruídas dos discursos. Esse método de análise permite identificar e

isolar enunciados dos conteúdos a ele submetidos, categorizar tais enunciados e produzir

textos, de maneira a integrar descrição e interpretação. A análise textual utiliza como

fundamento de sua construção o sistema de categorias, o corpus – conjunto de textos

submetidos à apreciação, que representa a multiplicidade de visões de mundo dos sujeitos

acerca do fenômeno investigado (MORAES, 2005).

Posteriormente a coleta de dados, realizou-se a seleção dos estudos primários, de

acordo com a questão norteadora e os critérios de inclusão previamente definidos.

Inicialmente foram retiradas 986 duplicatas através do gerenciador de referência Endnote

Web, a partir disso, foi realizada a leitura e análise por título e resumo, que resultou na

exclusão de 2.713 artigos, e finalizando a análise foi realizada a leitura do texto completo de

30 artigos, obtendo-se a amostra final, constituída por 20 artigos. O processo de seleção dos

artigos é apresentado no Quadro 2.

Quadro 2- Processo de seleção. Niterói/RJ, 2016

Fontes de informação Artigos encontrados Artigos selecionados

Web of Science 1.627 6

Scopus 148 0

PubMed 1.063 2

LILACS 440 8

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32

sCielo via Web of Science 111 4

IBECS 48 0

Psycinfo 250 0

Total 3.729 20

Na análise dos títulos e resumos dos artigos, observou-se na amostra inicial 2.713

artigos não relacionados à temática deste estudo, dos quais: 60% tratavam-se de estudos sobre

a assistência à mulher no pré-natal; 20% sobre a percepção da equipe obstétrica a respeito da

assistência ofertada ao parto e nascimento; 10% destes estudos tratavam a respeito da

assistência à mulher do puérperio e 10% dos estudos não estavam relacionados à área da

assistência materno-infantil.

Na análise do texto completo foram analisados na íntegra cerca de 30 artigos, dos

quais 20 artigos atenderam aos critérios de inclusão propostos na metodologia deste estudo.

Ressaltando que na seleção dos artigos para obtenção da amostra final, deve-se considerar que

devem ser selecionados os artigos que plenamente respondam a questão norteadora proposta

neste estudo.

3.3 ETAPA 3: DEFINIÇÃO DAS INFORMAÇÕES A SEREM EXTRAÍDAS DOS

ESTUDOS SELECIONADOS/ CATEGORIZAÇÃO DOS ESTUDOS

Na terceira etapa desta revisão integrativa, procedeu-se à definição das informações a

serem extraídas dos estudos selecionados. Para a análise e posterior síntese dos 20 artigos que

atenderam aos critérios de inclusão, elaborou-se 2 instrumentos para a coleta das informações

visando responder à questão norteadora da revisão. A análise e a interpretação dos dados

foram realizadas de forma organizada e sintetizada por meio da elaboração de 2 quadros

sinópticos que compreenderam os seguintes itens: Instrumento 1- identificação do estudo,

autores, fonte de informação, periódico e ano de publicação (apresentado no quadro 4 do

item 4); Instrumento 2- objetivos, método, amostra estudada e categoria do estudo

(apresentado no quadro 5 do item 4). Foram elaboradas 4 categorias neste estudo: Categoria

1: percepções das mulheres sobre o acolhimento no serviço de saúde; Categoria 2: Percepções

sobre o vínculo formado com a equipe obstétrica; Categoria 3: Percepções das puérperas

sobre a presença do acompanhante; Categoria 4: Percepções sobre as tecnologias

implementadas na assistência ao parto e nascimento. O quadro 3 demonstra as categorias

elaboradas para a discussão dos artigos.

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33

Quadro 3- Categorias e números de identificação. Niterói/RJ, 2016.

Categoria Número de identificação

Percepções das mulheres sobre o acolhimento no serviço de

saúde

1

Percepções sobre o vínculo formado com a equipe obstétrica 2

Percepções das puérperas sobre a presença do acompanhante 3

Percepções sobre as tecnologias implementadas na

assistência ao parto e nascimento.

4

3.4 ETAPA 4: AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS NA REVISÃO

INTEGRATIVA

Na quarta etapa, foi realizada uma análise crítica dos estudos selecionados,

observando os aspectos metodológicos e a familiaridade entre os resultados encontrados. A

análise foi realizada de forma detalhada, procurando explicações para os resultados diferentes

ou conflitantes nos diferentes estudos (a avaliação dos estudos é apresentada no item 4).

3.5 ETAPA 5: INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Fundamentado nos resultados da avaliação crítica dos estudos incluídos foi realizada

uma comparação com o conhecimento teórico, a identificação de conclusões e implicações

resultantes da revisão integrativa. Devido à ampla revisão realizada, foi possível identificar

fatores que afetam a política e os cuidados de enfermagem (prática clínica). Foram

identificadas lacunas o que permitiu a elaboração de sugestões pertinentes para futuras

pesquisas direcionadas para a melhoria da assistência à saúde (lacunas do conhecimento e

sugestões para prática apresentadas nos itens 5.6 e 5.7 respectivamente).

3.6 ETAPA 6: APRESENTAÇÃO DA REVISÃO/SÍNTESE DO CONHECIMENTO

Na sexta e última etapa, concluindo esta revisão integrativa, foi elaborado o resumo

das evidências disponíveis, com a produção dos resultados (a síntese do conhecimento é

apresentada a seguir nos resultados).

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34

4 RESULTADOS

De acordo com a amostra estudada composta por 20 artigos selecionados, quanto aos

tipos de estudo dos artigos, houve predomínio nos estudos de abordagem qualitativa do tipo

descritivo-exploratória (90%), realizadas por meio de dados coletados através de entrevistas,

com roteiro semi-estruturado. Nos estudos selecionados foram identificados 5% de estudos do

tipo Revisão Integrativa e 5% de revisões sistemáticas. Não foram identificados estudos de

abordagem quantitativa na amostra estudada.

Em relação ao ano de publicação dos artigos selecionados, verificou-se que houve

predominância nos anos de 2013 (artigos 1, 3, 4, 10, 13, e 15) e no ano de 2015 (artigos 9, 11,

17 e 18). Enquanto nos outros anos houve uma distribuição quase que linear de publicações:

2010 (artigos 6, 8, e 19); 2011 (artigos 12 e 16); 2012 (artigos 7 e 20); 2014 (artigos 2, 5 e

14).

Nos estudos incluídos nesta pesquisa, predominaram-se a utilização dos descritores:

Parto; Parto normal; Enfermagem Obstétrica; Parto Humanizado; Humanização da assistência

e Trabalho de parto. Foram identificados 10 estudos realizados através de questionários semi-

estruturados, 6 estudos realizados através de perguntas abertas e 1 estudo com observação de

participantes.

No que concerne aos objetivos dos estudos, embora utilizando diferentes referenciais

teóricos e metodológicos, em linhas gerais, os artigos tiveram como foco, identificar a

percepção das mulheres em relação á assistência oferecida no momento do seu trabalho de

parto e parto, assim como, a percepção de mulheres acerca da vivência do trabalho de parto e

parto. A síntese das informações extraídas dos 20 estudos selecionados são apresentados a

seguir, nos quadros 4 e 5:

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35

Quadro 4- Instrumento de coleta de dados 1: Apresentação da síntese dos artigos incluídos na Revisão

Integrativa: Identificação do estudo, autores, fontes de informação, periódicos e ano. Niterói/RJ, 2016

Nº Identificação do estudo Autores Fontes de

informação

Periódicos Ano

1 Da gestação ao nascimento:

percepção do casal grávido.

Nirliane Ribeiro

Barbosa; Mariza Silva

Almeida; Edméia de

Almeida Cardoso

Coelho; Jeane Freitas

de Oliveira.

Web of

Science

Revista Baiana de

Enfermagem

2013

2 Iranian mothers'

perception of the

psychological birth

trauma: A qualitative

study.

Ziba Taghizadeh,

Alireza Irajpour;

Saharnaz Nedjat;

Mohammad Arbabi e

Violeta Lopez.

Pubmed Iran Journal Psychiatry 2014

3 Expectativas, percepções

experiências sobre o parto

normal: relato de um

grupo de mulheres.

Bruna Cardoso

Pinheiro; Cléria Maria

Lôbo Bittar.

LILACS

Fractal: Revista de

Psicologia

2013

4 Qualidade da assistência de

enfermagem na percepção

de puérperas.

Eliana Ofélia llapa

Rodriguez; Suellen da

Cunha; Ana Dorcas de

Melo Inagaki; Maria

Cláudia Tavares de Mattos; Ana Cristina

Freire.

Web of

science

Revista de enfermagem

UFPE on line

2013

5 A assistência humanizada

no trabalho de parto:

percepção das adolescentes

Pricilla Braga Vargas;

Bianca Dargam Gomes

Vieira; Valdecyr

Herdy Alves; Diego

Pereira Rodrigues;

Diva Cristina Morett

Romano Leão; Luana

Asturiano da Silva.

Web of

Science

Revista de Pesquisa:

Cuidado é Fundamental

Online

2014

6 A percepção das puérperas

quanto ao parto

humanizado em uma

maternidade pública de

Teresina-PI.

Nadiana Lima Monte;

Jéssica da Silva

Gomes; Laís Mayara

Machado de Amorim.

LILACS

Revista Interdisciplinar

NOVAFAPI

2011

7 A percepção de puérperas

oriundas da Atenção

Primária sobre a

Humanização da

Assistência ao parto em um

hospital de ensino.

Chang Yi Wei, Dulce

Maria Rosa Gualda;

Lúcia Cristina Florentino Pereira da

Silva; Marta Maria

Melleiro.

Web of

Science

O Mundo da Saúde 2012

8 Conforto no processo de

parto sob a perspectiva das

puérperas.

Ariane Thaise Frello;

Telma Elisa Carraro.

Web of

Science

Revista Enfermagem

UERJ

2010

9 Cuidado no parto e

nascimento: percepção de

puérperas.

Francisca Alanny

Araújo Rocha;

Fernanda Maria

Carvalho Fontenele;

Isabelle Rodrigues de

Carvalho; Iellen

Dantas Campos

Verdes Rodrigues; Rosalice Araújo de

LILACS

Revista da Rede de

Enfermagem do Nordeste.

2015

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36

Sousa; Antônio

Rodrigues Ferreira

Júnior.

10 Experiencing maternity

care: the care received

and perceptions of women

from different ethnic

groups.

Jane Henderson,

Haiyan Gao; Maggie Redshaw.

Web of

Science

BMC Pregnancy and

Childbirth

2013

11 How do Malawian women

rate the quality of maternal

and newborn care?

Experiences and

perceptions of women in

the central and southern

regions.

Christabel Kambala;

Julia Lohmann; Jacob

Mazalale; Stephan

Brenner; Manuela de

Allegri; Adamson S.

Muula; Malabika

Sarker.

PubMed BMC Pregnancy and

Childbirth

2015

12 Movimentação e dieta

durante o trabalho de

parto: a percepção de um

grupo de puerpéras.

Chang Yi Wei; Dulce

Maria Rosa Gualda;

Hudson Pires de Oliveira Santos Junior.

sciELO -

Web of

Science

Texto & Contexto –

Enfermagem

2011

13 Narrativas de mulheres

sobre a assistência recebida

em um centro de parto

normal.

Milena Temer Jamas;

Luiza Akiko Komura

Hoga; Luciana

Magnoni Reberte.

sciELO -

Web of

Science

Cadernos de Saúde

Pública

2013

14 Percepção de mulheres

sobre a vivência do

trabalho de parto e parto.

Andressa Suelly

Saturnino de Oliveira;

Dafne Paiva

Rodrigues; Maria

Vilaní Cavalcante

Guedes; Gilvan

Ferreira Felipe.

LILACS

Revista da Rede de

Enfermagem do Nordeste

2010

15 Percepção de profissionais

de saúde e Mulheres sobre

a assistência humanizada

no Ciclo gravídico-

puerperal.

Alana Santos Monte;

Dafne Paiva

Rodrigues.

LILACS

Revista Baiana de

Enfermagem

2013

16 Percepção de puérperas

acerca do cuidado de

Enfermagem durante o

trabalho de parto e parto.

Andressa Suelly,

Saturnino de Oliveira, Dafne Paiva

Rodrigues, Maria

Vilaní Cavalcante

Guedes.

LILACS

Revista Interdisciplinar

NOVAFAPI

2011

17 Percepção de puérperas

sobre a assistência à saúde

em um centro de parto

normal.

José Francisco

Ribeiro, Marisa

Ribeiro Lima, Samia

Vanessa Cunha, Vera

Lúcia Evangelista de

Sousa Luz, Danieli

Maria Coêlho,

Verbenia Cipriano Feitosa; Jaqueline

Carvalho e Silva.

LILACS

Revista de Enfermagem da

UFSM

2015

18 Puérperas adolescentes:

percepções relacionadas

ao pré-natal e ao parto.

Nina Franco Luz,

Thaís Rocha Assis;

Fabrícia Ramos

Rezende.

LILACS

ABCS Health Sciences

2015

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37

19 Tecnologias não invasivas

de cuidado no parto

realizadas por enfermeiras:

a percepção de mulheres.

Natália Magalhães do

Nascimento, Jane

Márcia Progianti,

Rachelli Iozzi Novoa,

Thalita Rocha de

Oliveira; Octávio

Muniz da Costa

Vargens.

sciELO -

Web of

Science

Escola Anna Nery Revista

de Enfermagem

2010

20 Vivência do parto normal

ou cesáreo: revisão

integrativa sobre a

percepção de mulheres.

Manuela Beatriz

Velho; Evanguelia

Kotzias Atherino dos

Santos; Odaléa Maria Brüggemann; Brígido

Vizeu Camargo.

sciELO -

Web of

Science

Texto & Contexto –

Enfermagem

2012

Quadro 5- Instrumento de coleta de dados 2: Apresentação da síntese dos artigos incluídos na Revisão

Integrativa: objetivos, métodos, amostra estudada e categorias. Niterói/RJ, 2016.

Nº Objetivos Metódos Amostra estudada Categoria

1 Objetivou-se analisar a percepção do

casal grávido sobre esse período.

Trata-se de uma

pesquisa descritiva,

exploratória, de

natureza qualitativa.

Participaram deste estudo 4

casais grávidos que

iniciaram consultas de pré-

natal em uma USF do

município de Arapiraca

(AL).

3

2 This study aimed to understand

psychological birth trauma from the

perceptions of Iranian mothers

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

23 puérperas 2

3 O objetivo foi conhecer as

percepções, experiências e expectativas em relação ao parto

normal.

Trata-se de um estudo

descritivo, exploratório, de

natureza qualitativa.

25 gestantes entre 16 e 34

anos e duas puérperas.

1

4 Objetivou-se conhecer sob a ótica das

puérperas a qualidade da assistência de enfermagem

Trata-se de um estudo

descritivo, exploratório, de

natureza qualitativa.

384 puérperas assistidas no

setor de Alojamento Conjunto em uma

maternidade pública de

Manaus/AM/Brasil.

4

5 Identificar as percepções das

adolescentes em relação á assistência

oferecida no momento do seu

trabalho de parto e parto; discutir

essas percepções com a assistência

humanizada no trabalho de parto e

parto.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

15 adolescentes/puérperas

do alojamento conjunto da

Maternidade Oswaldo de

Nazareth da cidade do Rio

de Janeiro.

1

6 Descrever a percepção das puérperas

quanto ao parto humanizado em uma

maternidade pública de Teresina-PI

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

10 puérperas de uma

maternidade pública de

Teresina-PI.

1

7 Objetivou-se conhecer a experiência

de mulheres em relação ao contato

pele a pele com o seu bebê no

momento imediato ao nascimento.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

35 mulheres de um hospital

de ensino de São Paulo.

2

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38

8 Objetivou-se conhecer como a

mulher percebe o conforto durante o

processo de parto.

Trata-se de um estudo,

descritivo, prospectivo

e multicêntrico.

28 mulheres puérperas que

tiveram o trabalho de parto

e parto acompanhados em

três maternidades públicas

de cada um dos estados da

Região Sul do Brasil.

4

9 Objetivou-se descrever o cuidado

oferecido à mulher durante o trabalho

de parto e parto na percepção de

puérperas.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

14 puérperas que foram

acompanhadas em um

hospital da região norte do

Estado do Ceará.

1

10 The aims of this study were to

examine service use and perceptions

of care in ethnic minority women

from different groups compared to

White women.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

24.319 mulheres com idade

de 16 anos

4

11 Our objective was to measure

women’s perceived quality of

maternal and newborn care using a

composite scale and to identify

individual and service delivery

factors associated with such

perceptions in Malawi.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

821 puérperas 1

12 Este estudo teve como objetivo

conhecer a experiência e a percepção

de um grupo de mulheres em relação

à deambulação e à dieta durante o trabalho de parto.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

35 mulheres que tiveram

filhos de parto vaginal em

um hospital de ensino de

São Paulo.

4

13 Objetivou-se explorar a experiência

relativa à assistência ao parto

recebida em um centro de parto

normal.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

17 mulheres 1

14 Objetivou-se conhecer a percepção de

puérperas acerca da vivência do

trabalho de parto e parto.

Estudo exploratório e

descritivo, de natureza

qualitativo.

14 puérperas que se

encontravam em

Alojamento Conjunto

1

15 Objetivou- se conhecer como as

mulheres e os profissionais de saúde

percebem a assistência humanizada

durante o ciclo gravídico puerperal.

Realizou-se revisão

sistemática; avaliação

crítica e metassíntese.

13 artigos 3

16 Objetivou-se conhecer a percepção de

puérperas acerca do cuidado oferecido pela enfermeira durante o

trabalho de parto e parto.

Trata-se de uma

pesquisa de campo, de natureza qualitativa, de

caráter descritivo

10 puérperas

acompanhadas no Centro de Parto Normal de uma

Maternidade

Pública de Teresina-PI.

2

17 Objetivou-se descrever e discutir a

percepção de puérperas sobre a

assistência da equipe de saúde no

Centro de Parto Normal (CPN).

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

18 puérperas

acompanhadas no Centro

de Parto Normal de uma

Maternidade

Pública de Teresina-PI.

1

18 Objetivou-se verificar a percepção

das puérperas adolescentes sobre a

assistência recebida pela equipe de

saúde durante o pré-natal e o parto.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

Foram incluídas puérperas

com idade entre 12 e 19

anos

1

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39

19 Objetivou-se identificar as atitudes e

práticas de enfermeiras obstétricas e

discutir seus efeitos durante o

trabalho de parto na percepção de

mulheres, atendidas em uma casa de

parto.

Trata-se de um estudo

descritivo,

exploratório, de

natureza qualitativa.

Fizeram parte do estudo 12

mulheres.

4

20 Objetivou-se identificar a

contribuição das pesquisas

desenvolvidas, em âmbito nacional e

internacional, sobre a percepção do

parto normal e cesáreo pelas

mulheres que os vivenciaram.

Trata-se de uma

Revisão Integrativa,

abordagem qualitativa.

17 estudos 3

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40

5 DISCUSSÃO

5.1 SÍNTESE DOS RESULTADOS

Os dados analisados revelam a produção de um conhecimento científico, que permite

uma reflexão acerca da assistência que vem sendo oferecida às parturientes e que constataram

aspectos positivos e negativos na assistência ao trabalho de parto, parto e nascimento. Os

resultados abordam notáveis percepções sobre o acolhimento no serviço de saúde; percepções

sobre o vínculo relacional formado entre a parturiente e a equipe obstétrica; percepções acerca

das tecnologias implementadas durante a atenção ao parto e nascimento e sobre os direitos da

mulher durante o parto e nascimento. Os dados analisados similarmente possibilitaram a

identificação de lacunas do conhecimento, elaborando-se assim as sugestões de novas

pesquisas e as recomendações para a prática da enfermagem.

5.2 CATEGORIA 1: PERCEPÇÕES DAS MULHERES SOBRE O ACOLHIMENTO NO

SERVIÇO DE SAÚDE

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o acolhimento como ato ou efeito de

acolher expressa, em suas várias definições, uma ação e uma atitude de inclusão. É

considerado como um dos recursos importantes para a humanização dos serviços de saúde,

não sendo considerado apenas como um espaço e sim com uma postura ética que implica em

compartilhamento de saberes e angústias, tomando para si a responsabilidade de “abrigar e

acolher” (RIBEIRO et al., 2015).

Os dados analisados revelam que houve divergências em relação às experiências

vivenciadas durante o atendimento recebido na chegada ao hospital. As mulheres que foram

acolhidas de forma carinhosa pelos profissionais que lhes prestaram o primeiro atendimento

na instituição sentiram-se satisfeitas. Também foram motivos de satisfação a assistência

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41

imediata ao parto em caso de urgência e a priorização do atendimento às parturientes que

demandavam este cuidado (JAMAS; HOGA; REBERTE, 2013).

De acordo com os estudos analisados contatou-se que no que se refere ao acolhimento

dos profissionais na entrada da mulher no serviço de saúde, de forma predominante os estudos

demonstraram satisfação das puérperas quanto à postura dos profissionais. As percepções

positivas em relação ao acolhimento do serviço de saúde, esteve relacionada: ao

esclarecimento de dúvidas, apoio em momentos de medos e angústias, à empatia e

sensibilidade dos profissionais frente as dores do parto e no pronto atendimento no caso de

partos com necessidade de urgência, sendo bem acolhidas com um atendimento tecnicamente

competente garantindo a segurança para elas e seu filho (RIBEIRO et al., 2015).

As características do primeiro atendimento recebido no momento da chegada ao

hospital foram vitais para a primeira impressão a respeito da instituição. Foi valorizada a

prioridade atribuída às condições obstétricas no momento da primeira procura por assistência

ao parto. Esta valorização reitera a premissa de que a resolutividade no primeiro atendimento

requer a identificação das prioridades dos pacientes e a maleabilidade do profissional. Esse

aspecto é essencial para que as parturientes tenham condições de manter a calma e se sintam

acolhidas na instituição. Outro aspecto avaliado positivamente foi o tratamento carinhoso

recebido dos profissionais, o que reitera a importância da postura ética e solidária no

acolhimento das parturientes em trabalho de parto, assim como da escuta atenta e do

tratamento respeitoso e educado por parte dos profissionais (JAMAS; HOGA; REBERTE,

2013).

Contudo deve-se ressaltar que apesar de os estudos apresentarem predominância na

satisfação das usuárias, evidenciou-se através da análise detalhada da amostra que um estudo

(artigo nº 13) descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado no ano de 2013,

com 17 mulheres apresentou em seus resultados percepções negativas das mulheres quanto a

conduta dos profissionais no acolhimento do serviço de saúde. Evidenciou-se nas narrativas

das mulheres situações que configuram violência obstétrica, violência institucional e verbal,

descumprindo-se o preconizado pelas políticas públicas de atenção ao parto e nascimento, que

prezam por um atendimento humanizado às mulheres, no qual seus direitos e individualidades

são repeitados.

A demora do atendimento, provocada pela grande quantidade de pacientes, a falta de

vagas para internar e o seguimento rígido das normas institucionais, cuja conduta foi

percebida em alguns profissionais, foram os motivos da avaliação negativa do primeiro

atendimento recebido. Esses problemas geraram outros, como a falta de atendimento imediato

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42

das gestantes que requeriam esta atenção. As mulheres que vivenciaram este tipo de problema

expressaram sentimentos de trauma e medo em relação ao parto normal, ficaram com mágoa e

sentiram-se insatisfeitas quanto ao atendimento recebido (JAMAS; HOGA; REBERTE,

2013).

Entende-se por violência obstétrica qualquer ato exercido por profissionais da saúde,

no que cerne ao corpo e aos processos reprodutivos das mulheres, exprimido através de uma

atenção desumanizada, abuso de ações intervencionistas, medicalização e a transformação

patológica dos processos de parturição fisiológicos (LUZ; ASSIS; RESENDE, 2015).

Com esta pesquisa percebeu-se que o acolhimento é um aspecto importante e essencial

para a humanização o que implica em uma recepção humana e atentiva, na qual as queixas,

preocupações, angústias e dúvidas das mulheres são ouvidas e lhes é garantida a

responsabilidade por parte da equipe na resolubilidade dos problemas identificados. É

necessário o acolhimento inicial das parturientes e seus acompanhantes nas unidades

obstétricas como uma medida de alívio do desconforto oriundo do processo parturitivo. Por

isso os primeiros profissionais que entram em contato com estes atores sociais precisam ser

sensibilizados para a participação neste processo (SANTOS et al., 2011).

5.3 CATEGORIA 2: PERCEPÇÕES SOBRE O VÍNCULO FORMADO COM A EQUIPE

OBSTÉTRICA

A integralidade como princípio do Sistema Único de Saúde, deve envolver a

compreensão do indivíduo em âmbito biopsicossocial, cultural e espiritual, enfatizando suas

necessidades individuais. Apesar da dor existente naquele momento, o incentivo e ajuda dos

profissionais de enfermagem colaboram com o processo de nascimento. Desse modo, faz-se

indispensável a criação do vínculo terapêutico no processo de parto, o qual contempla as

relações estabelecidas entre a mulher, a equipe de saúde e seu acompanhante (ROCHA et al.,

2015).

De acordo com os estudos, através da análise da percepção das mulheres, pôde-se

observar que os profissionais da equipe obstétrica precisam desenvolver ações durante o

trabalho de parto como: fornecer informações sobre a evolução do trabalho de parto e

envolvê-las nas decisões sobre a utilização de intervenções; valorizar as experiências positivas

e promover o enfrentamento da dor pelas mulheres, orientando-as sobre a dor no trabalho de

parto e sua condução, especialmente com métodos não-farmacológicos, como a respiração e

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43

exercícios de relaxamento; auxiliar e encorajar as mulheres para o contato precoce com seus

bebês, ou seja, logo após o nascimento; e reforçar a importância do papel do acompanhante e

de que forma eles podem oferecer suporte. (VELHO et al., 2012).

Os dados analisados evidenciaram que, o vínculo relacional é relatado pelas mulheres

como, relações estabelecidas com os profissionais da equipe de saúde e com seus

acompanhantes que proporcionaram satisfação e bem-estar. O conforto foi destacado pela

proximidade com os profissionais ou acompanhantes, através de massagens, apoio,

fornecimento de orientações durante o trabalho de parto, esclarecimentos de dúvidas e

promoção da participação do acompanhante durante o trabalho de parto (FRELLO;

CARRARO, 2010).

De acordo com os estudos analisados contatou-se que no tocante a à escuta ativa dos

profissionais às dúvidas e anseios das parturientes, à empatia e sensibilidade dos profissionais

frente as dores do parto, os artigos apresentaram predominância na satisfação das mulheres no

que se refere à disposição dos profissionais para formação do vínculo entre elas e seus

familiares.

Desse modo, percebeu-se que a interação entre os profissionais e a parturiente pode ser

uma relação de cuidado, na qual o diálogo não é simplesmente uma ação isolada de passagem

da informação, mas um ato de cuidar, pois por meio dele pode-se acalmar reduzindo parte do

estresse vivenciado durante o processo parturitivo (LUZ; ASSIS; RESENDE, 2015). O

estabelecimento do vínculo terapêutico faz com que os profissionais conheçam as

necessidades individuais de cada mulher e atue de modo positivo no sentido de solucioná-las

(ROCHA et al., 2015).

5.4 CATEGORIA 3: PERCEPÇÕES DAS PUÉRPERAS SOBRE A PRESENÇA DO

ACOMPANHANTE

De acordo com os dados analisados o papel do acompanhante é definido como

elemento fundamental para dar suporte emocional. É uma das maneiras de a mulher encontrar

forças para levar o trabalho de parto e parto de forma mais tranquila, diminuindo a ansiedade,

e, assim, tornar o nascimento o mais “natural” possível. Portanto, o acompanhante

proporciona à mulher maior segurança e conforto durante o trabalho de parto e parto.

Também tem contribuído para a redução de taxas de cesariana, duração do trabalho de parto,

incentivo ao aleitamento materno, além de desenvolver na parturiente uma percepção positiva

desse processo (NASCIMENTO et al., 2010).

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Essa categoria determina que o bem-estar da futura mãe deve ser assegurado por meio

do livre acesso de um membro de sua família, de sua escolha, durante o nascimento. O

respeito à escolha da mulher sobre seus acompanhantes foi classificado como uma prática útil

e que deve ser estimulada.

No dia 7 de abril de 2005, entrou em vigor a Lei 11.108/05 que garante às parturientes

o direito à presença de um acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto

imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Essa lei entrou em vigor com a ajuda

de Organizações não Governamentais e especialmente da Rede de Humanização do

Nascimento que lutaram pelo direito de as mulheres terem um acompanhante de sua escolha

durante todo o trabalho de parto (DODOU et al., 2014).

Os dados analisados evidenciaram que a presença do acompanhante gerou sentimentos

de satisfação com a assistência para a maior parte das mulheres; trata-se de direito assegurado

por lei em todo o território nacional e recomendado pela OMS. A existência desse direito

deve ser disseminada entre as gestantes, e o seu cumprimento consiste em indicador impor-

tante da qualidade da assistência, pois contribui para a segurança da mulher e promove o

transcurso fisiológico do parto, com consequente melhora dos indicadores de saúde materna e

do recém-nascido. Há que se ressaltar, entretanto, a inexistência de unanimidade quanto ao

desejo de ter acompanhante no parto, indício de que nem sempre o que é considerado como

ideal e recomendado é encarado sob a mesma ótica pelas mulheres (JAMAS; HOGA;

REBERTE, 2013).

Ao mencionarem a importância do acompanhante, as mulheres também reconheceram

que o estímulo à presença e à participação ativa do acompanhante no seu processo de parir é

uma prática muito utilizada pela enfermagem obstétrica. Neste sentido, quando o profissional

integra um membro da família escolhido pela mulher, principalmente o pai do bebê, durante o

trabalho de parto, está contribuindo para a parturiente se sentir mais confiante. Essa prática

também favorece a humanização da assistência, além de ser uma prática baseada em

evidências científicas (NASCIMENTO et al., 2010).

Em Síntese, de maneira predominante os estudos evidenciaram que a equipe obstétrica

aceitou bem a presença do acompanhante no processo de parturição, estimulando a

participação ativa do acompanhante, possibilitando mais confiança e tranquilidade a

parturiente. Contudo deve-se ressaltar que 1 estudo exploratório descritivo realizado de

dezembro de 2009 a novembro de 2010, com 384 puérperas assistidas no setor de Alojamento

Conjunto em uma maternidade pública de Manaus (artigo nº 4), evidenciou que nenhuma das

mulheres tiveram direito a acompanhante durante o processo parturitivo, configurando um

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descumprimento da Lei 11.108/05 que garante às parturientes o direito à presença de um

acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

A participação do parceiro no cuidado necessário durante o processo gravídico-

puerperal sucede quando esse se apresenta inteirado das modificações corporais da mulher

nos seus aspectos gerais, locais, inclusive psicológico e emocional. Partimos do pressuposto

de que essa participação é facilitada quando atividades sistemáticas de educação em saúde

nesse período são desenvolvidas no cotidiano dos serviços, e os homens são convidados a

participar. Nessa perspectiva, na atualidade, tem-se como desafio para os profissionais da

equipe obstétrica, motivar os homens a se prepararem para vivenciar a gravidez, o parto e o

pós-parto junto a sua parceira com o apoio dos profissionais de saúde, de modo a inseri-los

em processos educativos que problematizem a realidade e os aproximem dos serviços de

saúde e das reais demandas do casal grávido (BARBOSA et al., 2013).

5.5 CATEGORIA 4: PERCEPÇÕES SOBRE AS TECNOLOGIAS IMPLEMENTADAS NA

ASSISTÊNCIA AO PARTO E NASCIMENTO

Os dados analisados evidenciaram que, o conceito de tecnologia apresenta-se em três

tipos de classificações: em tecnologias leves, que implicam a criação de relação entre sujeitos

(profissional de saúde e cliente), e pode se concretizar através da comunicação, do

acolhimento e vínculo. As leves-duras, que são os saberes bem estruturados que atuam no

processo de saúde (por exemplo, a clínica médica e a epidemiologia), e as duras que são os

equipamentos tecnológicos (como as máquinas, normas, rotinas e estruturas organizacionais)

(RIBEIRO et al., 2015).

As práticas desenvolvidas durante o processo parturitivo são classificadas em quatro

categorias: práticas claramente úteis e que devem ser incentivadas; práticas prejudiciais ou

ineficazes e que devem ser eliminadas; práticas com evidencia insuficiente para apoiar uma

recomendação e que deveriam ser usadas com precaução; práticas frequentemente utilizadas

de forma inapropriada, provocando mais danos que benefícios (BUSANELLO et al., 2011).

O uso de técnicas e métodos não farmacológicos é uma opção para substituição de

anestésicos e analgésicos durante o trabalho de parto e durante o parto. Para isso, faz-se

necessário a recomendação de algumas ações, como liberdade de adotar posturas e posições

variadas, deambulação, respiração ritmada e ofegante, comandos verbais e relaxamento,

banhos de chuveiro e de imersão, toque, massagens e o uso da bola (RIBEIRO et al, 2015).

Os estudos expressam o uso das tecnologias de alívio da dor como valioso, pois possibilita

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além da minimização da dor física, o alívio do estresse psicológico envolvido no processo

(ROCHA et al, 2015). Os estudos constataram que as caminhadas, as massagens e os

exercícios com a bola foram considerados pelas mulheres como fundamentais para auxiliar e

facilitar o trabalho de parto (RIBEIRO et al., 2015).

O parto normal foi percebido pelas mulheres como um processo doloroso, com

intensidade de dor maior do que a esperada, mesmo que por um curto período de tempo,

acrescida de procedimentos dolorosos e inesperados que contribuíram para a elevação dos

níveis de dor, tais como a realização de amniotomias ou administração de ocitocina, para

acelerar o trabalho de parto (VELHO et al., 2012).

Um estudo exploratório-descritivo realizado em um Centro de Parto Normal no ano de

2013, em São Paulo, revelou que a cardiotocografia foi avaliada como um procedimento que

gerou muita dor; quanto à episiotomia e à episiorrafia, diferentes percepções foram expressas

em relação a ambas. Uma das parturientes referiu que foi submetida à episiotomia mesmo

tendo recusado a realização desse procedimento, por isso ficou muito insatisfeita (JAMAS;

HOGA; REBERTE, 2013).

As percepções positivas em relação às tecnologias implementadas na assistência ao

parto relacionaram-se às práticas não farmacológicas de alívio da dor, como os exercícios de

relaxamento, referido pelas parturientes como satisfatórios, por permitirem que elas

reconheçam partes do próprio corpo e suas sensações, principalmente as diferenças entre

relaxamento e contração, assim como as melhores posições para relaxar durante o parto.

Portanto, despertar na mulher uma sensação de maior liberdade no uso dos seus movimentos

corporais contribui para o seu resgate como protagonista do seu parto (NASCIMENTO et al.,

2010).

Os estudos incluídos nesta pesquisa revelaram uma assistência ao parto que busca ser

caracterizada como humanizada, contudo a análise atenta dos estudos revela aspectos que

correspondem à destituição da mulher de seu papel de protagonista. A análise dos estudos,

evidenciou que de forma predominante os estudos demonstraram satisfação das mulheres em

relação ás tecnologias implementadas na atenção ao parto e nascimento, contudo nota-se que

a exclusão de práticas sem evidência científica nos campos de atenção ao parto e nascimento,

em sua totalidade, permanece como um desafio para o serviço de saúde.

Nessa perspectiva, os cuidados realizados pela equipe de saúde junto à mulher no ciclo

gravídico puerperal envolvem as práticas, procedimentos e conhecimentos utilizados pela

equipe durante todo o processo de cuidado. Essas práticas podem promover o conforto e o

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relaxamento e instituir cuidados eficazes, benéficos e apropriados às necessidades da mulher

(RIBEIRO et al, 2015).

5.6 SUGESTÕES PARA NOVAS PESQUISAS

Por intermédio da síntese dos artigos analisados, observou-se a escassez da abordagem

a respeito da percepção das mulheres sobre as tecnologias leves-duras, que são os saberes bem

estruturados que atuam no processo de saúde, e a respeito das tecnologias duras de assistência

ao parto e nascimento que são os equipamentos tecnológicos (como as máquinas, normas,

rotinas e estruturas organizacionais), a maior parte dos estudos restringiu-se à abordagem a

respeito das tecnologias leves (acolhimento e vínculo). Propõem-se, portanto, novas pesquisas

que investiguem sobre a percepção das mulheres a respeito dessas tecnologias que vem sendo

implementadas nos serviços de saúde do Brasil e do Mundo.

5.7 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA

De maneira geral, os estudos apresentaram recomendações para os profissionais e

gestores de saúde, especialmente no que se refere à organização dos serviços voltados para as

necessidades da clientela, visando à humanização da atenção ao parto e nascimento.

Apontaram a necessidade de um relacionamento mais humano, integral, que considere a

singularidade das usuárias do serviço, a garantia de um local adequado para que sejam

acolhidas, ouvidas, orientadas, respeitadas e livres para manifestarem seus sentimentos,

Assim como o cumprimento dos preceitos que regem os direitos universais do ser humano e

os princípios do Sistema Único de Saúde, investimentos para a melhora da qualidade da

assistência ao parto e nascimento, bem como a real implementação do Programa de

Humanização no Pré-Natal e Nascimento, no Brasil (VELHO et al., 2012).

Os dados analisados similarmente indicaram que é imprescindível planejar e

implementar estratégias adequadas que possam ajudar as mulheres a vivenciar experiências de

parto com menores níveis de medo e ansiedade, ao utilizar mecanismos de enfrentamento na

redução dos índices de insatisfação e ajudá-las a recuperar o controle durante o parto.

O profissional que assiste à parturiente deve identificar e compreender os fatores

sócio-culturais, ambientais, assistenciais e a fisiologia envolvida no processo de parturição,

visando identificar fatores que possam causar medo e insegurança às mesmas, com a

finalidade de promover uma assistência humanizada e integral (DAVIM et al., 2009).

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6 CONCLUSÃO

A síntese dos estudos analisados comprova um notável progresso na qualificação da

assistência ao parto e nascimento, conforme evidenciado pela predominância da satisfação das

mulheres em relação à assistência obstétrica, contudo, através da análise detalhada de alguns

estudos, pôde-se observar em algumas instituições a desqualificação da assistência prestada às

mulheres no processo parturitivo e rotinas hospitalares inadequadas que ignoram as

evidências científicas.

As práticas assistenciais oferecidas pela equipe, apesar de avaliadas positivamente

pela maior parte das participantes não constituem, em sua totalidade, um cuidado que possa

ser caracterizado como humanizado. Sendo assim, propõe-se uma reflexão quanto aos

aspectos que precisam ser melhorados, para que possam contribuir com a construção de um

cuidado plenamente humanizado.

As divergências no posicionamento das mulheres em relação à assistência prestada

pelos profissionais reforçaram a importância de identificar e considerar questões contextuais e

as preferências individuais das parturientes na assistência ao parto. Portanto, a assistência

humanizada ao parto e a implementação de suas prerrogativas não devem ser feitas de forma

impessoal, como se todas as mulheres aceitassem e estivessem plenamente satisfeitas em

relação a todos os seus aspectos.

Desse modo, é importante que as mulheres estejam cientes das diferentes modalidades

de assistência ao parto desde a fase da gestação, para que tenham condições de fazer a escolha

consciente do modelo assistencial desejado e das instituições em que este é oferecido.

Assim sendo, cabe aos profissionais fornecerem informações sistematizadas sobre o

modelo de assistência ao parto desenvolvido na instituição e oferecer às parturientes a

prerrogativa da escolha do tipo de assistência, pelo menos em relação aos aspectos em que

seja possível respeitar essas escolhas. A partir da descoberta das particularidades de cada uma

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delas é que o cuidado pode ser planejado e construído, sempre com a finalidade de atendê-las

de maneira integral. Refletir sobre a percepção de cada mulher quanto à vivência do parto

auxilia na escolha de estratégias de cuidado que possam atender a suas necessidades

individuais.

Essa síntese do conhecimento produzido acerca da percepção das mulheres reafirma

pelos benefícios comprovados pela medicina baseada em evidências, a necessidade da

desconstrução do modelo tecnocrático de assistência ao parto, com a exclusão completa das

práticas abusivas de assistência ao parto e nascimento. Sendo assim, uma assistência

qualificada ao parto e nascimento depende do respeito à fisiologia do parto e do nascimento,

da organização de rotinas com procedimentos comprovadamente benéficos, evitando-se

intervenções desnecessárias, do estabelecimento de relações baseadas em princípios éticos,

garantindo-se privacidade e autonomia e compartilhando-se com a mulher e sua família as

decisões sobre as condutas a serem adotadas.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf>. Acesso em: 18 de julho

de 2016 às 21:23.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

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2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_canceres_

colo_utero_2013.pdf>. Acesso em: 18 de julho de 2016 às 21:23.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações

Programáticas Estratégicas. Pré-natal e puerpério atenção qualificada e humanizada,

Brasília, v. 3, n. 5, p. 162, jan. 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/

publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf>. Acesso em: 18 de julho de 2016 às 23:53.

LANZONI, Gabriela Marcellino de Melo; MEIRELLES, Betina Hörner Schlindwein.

Liderança do enfermeiro: uma revisão integrativa da literatura. Rev. Latino-Am.

Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 19, n. 3, p. 651-658, junho, 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010411692011000300026&lng=en

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MINAYO, Maria Cecília de Souza. Análise qualitativa: teoria, passos e fidedignidade. Ciênc.

saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 621-626, Março, 2012. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232012000300007&lng=en

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SOARES, Cassia Baldini et al. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados na

enfermagem. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 48, n. 2, p. 335-345, Abril, 2014.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-

62342014000200335&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 de julho de 2016 às 21:23.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica da Mulher.

Parto, Aborto e Puerpério: assistência humanizada à mulher, Brasília, v. 1. n. 1, p. 199,

jan. 2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf>. Acesso

em: 18 de julho de 2016 às 21:23.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Humanização do Parto: humanização

no pré-natal e nascimento. Brasília, v. 1. n. 1, p. 27, jan. 2002. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto.pdf>. Acesso em: 18 de julho de 2016 às

21:23.

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57

8 APÊNDICES

8.1 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

PRIMEIRO

SEMESTRE

LETIVO DE 2015

SEGUNDO

SEMESTRE

LETIVO DE 2015

PRIMEIRO SEMESTRE

LETIVO DE 2016

ELABORAÇÃO DO

PROJETO

• • •

APROFUNDAMENTO DA

BASE CONCEITUAL

• • •

APRESENTAÇÃO DO

PROJETO DISCIPLINA

TRABALHO

MONOGRÁFICO II

COLETA DE DADOS:

PESQUISA

BIBLIOGRÁFICA NAS

BASES DE DADOS

CATEGORIZAÇÃO DOS

DADOS

ANÁLISE E DISCUSSÃO

DOS DADOS

ELABORAÇÃO DO

TEXTO FINAL DO TCC

APRESENTAÇÃO DO

TCC

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58

8.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 1: APRESENTAÇÃO DA SÍNTESE DOS

ARTIGOS INCLUÍDOS NA REVISÃO INTEGRATIVA

Nº Identificação do estudo Autores Fontes de

informação

Periódicos Ano

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59

8.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 2: APRESENTAÇÃO DA SÍNTESE DOS

ARTIGOS INCLUÍDOS NA REVISÃO INTEGRATIVA: OBJETIVOS, MÉTODOS,

AMOSTRA ESTUDADA E CATEGORIAS

Nº Objetivos Metódos Amostra estudada Categoria