Jornal União do ABC - Edição 103

UNIÃO DO ABC ANO 6 - Nº 103 DE 03 A 14 DE FEVEREIRO DE 2011 www.uniaoabc.com.br ( (11) 4396-8833 R$ 1,00

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Chuvas voltam a castigar o Grande ABC

Vila Euclides volta a ser palco histórico

o último domingo (30), o estádio 1° de Maio, o N popular e tradicional

'Vila Euclides' voltou a ser um dos principais palcos da história em São Bernardo do Campo. A partida entre São Bernardo x Corinthians,

que terminou empatada em 2x2, marcou não somente pelo bom futebol, mas fez a população revi-ver momentos históricos. Foi à pri-meira partida profissional de um clube da cidade contra um dos grandes da capital.

PÁGINA A6PÁGINA A6 PÁGINA A6PÁGINA A6Rua Jurubatuba completamente alagada. A água da chuva invadiu os comércios da região, além dos carros que ficaram ilhados Estádio da Vila Euclides agora reformado voltou a ser um dos palcos da história em SBC

Depósito de terra vira drama para os moradores do Assunção

PÁGINA A3PÁGINA A3

SAÚDE

TPM: o que fazer para fugir dela?

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Estádio de atletismo será entregue só em dezembro

A calçada em frente ao depósito é praticamente inexistente e o acúmulo de barro posteriormente dá lugar à poeira

Leandro Giudici

Leandro Giudici

Divulgação

Bruna Romanholo

P.M.S.B.C

PÁGINA A2 JORNAL UNIÃO DO ABCEDITORIAIS E NOTICIÁRIO REGIONALDE 03 A 14 DE FEVEREIRO DE 2011

UNIÃO DO ABCAdministração, Redação e Publicidade:

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“Os artigos não refletem a opnião deste jornal, sendo as opniões e matérias de inteira responsabilidade de seus autores. Fica assegurado o direito de resposta a quem interessar, na forma do Artigo 5º incisos V da Constituição Federal.”.

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Batalha Naval no ABC

Os moradores do Grande ABC tem vivido, nos últimos dias, uma verdadeira "Batalha Naval". Faria Lima com Prestes Maia? Água. Avenida dos Estados? Água. Avenida Piraporinha? Água!

As enchentes são um legado antigo da região do ABC e dos grandes centros urbanos, visto que o acúmulo de lixo e entulho se junta à falta de vazão das águas devido ao solo impermeabilizado. Somado a isso, a retirada da vegetação das encostas causa um outro problema grave: a erosão, que pode acabar com casas, com vilas, com vidas.

A natureza é sábia e as chuvas nós não podemos evitar. Mas o apelo é sempre o mesmo, por mais que cansemos de repetir: não joguem lixo na rua, não construam perto de encostas, zelem pela natureza que os rodeia. Não é uma questão burocrática, tampouco apenas "bonita". É uma ação de sobrevivência. Caso algumas des-sas ações fossem tomadas com mais propriedade, até os estragos causados na região serrana do Rio de Janeiro seriam melhores.

O poder público - que poderia, sim, ter planos preventivos mais válidos, já que sabe que a enchente acontece todos os anos - não é o único culpado. Aliás, não existe um único culpado. Enquanto se procura em quem por a culpa, é mais útil tentar fazer o que é viável para reduzir os prejuízos.

Que o período de chuvas cesse e pare de melindrar nossa região, nosso Estado e os demais. Mas façamos a nossa parte. A natureza agradece, você também agradecerá.

EDITORIAL

Fábio Silva Gomes

E-mail: [email protected]

Estádio de atletismo será entregue só em dezembroDa redação

m entrevista ao Jornal União do ABC, o Se-E cretário de Esportes de

São Bernardo de Campo, José Luiz Ferrarezi informou que as obras do estádio de atletismo se-rão finalizadas somente em de-zembro e não mais em agosto, prazo inicial de término das in-tervenções. Segundo o secretá-rio, o motivo do atraso são as for-tes chuvas. “As obras só não es-tão mais aceleradas, por causa das tempestades dos últimos di-as. O sonho de inaugurar o está-dio de atletismo em agosto deste ano, não vai ser realizado.”, afir-mou o Secretário.

Estádio nas olimpíadas de 2016O antigo clube da Volks dará

lugar a um moderno estádio que tem o objetivo de colocar o mu-nicípio para sediar grandes com-

petições de âmbito nacional e in-ternacional.

O projeto foi desenvolvido de acordo com as exigências da IA-AF (Federação Internacional de

Atletismo Associados) e prevê que o novo estádio sirva como centro de treinamento para os países que virão participar das olimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro.

O local será de uso coletivo, terá espaço para caminhadas por parte da população e também treina-mentos de alto rendimento pra os atletas da cidade e do Brasil.

Risco na estrutura das casas preocupa condôminos do Mirante de São BernardoBruna Romanholo

ara parte dos morado-res do condomínio re-P sidencial Mirante de

São Bernardo, o sonho da casa própria se transformou em an-gústia e medo. Segundo os mora-dores, desde o início do ano pas-sado foi possível notar uma visí-vel alteração no solo, que é à ba-se de auxílio para sustentação de aproximadamente oito casas do empreendimento. No total o condomínio possui cerca de 416 moradias, no entanto o lote das casas que sofrem riscos na estru-tura foi entregue há dois anos.

No decorrer deste período, também por influência das fortes chuvas a situação se agravou e a insegurança dos moradores se tornou ainda maior. “Além, do dinheiro à aquisição do imóvel representou o investimento de um sonho. No mês passado, a Defesa Civil de São Bernardo esteve no local e garantiu que iria colocar o caso em prioridade, entretanto até agora nada foi re-solvido”, afirma Charles Henri-que de Miranda Souza.

Um dos moradores colocou a casa à venda, mas os próprios corretores garantem que enquan-to o problema não for resolvido o imóvel não tem nenhuma chance de ser comercializado.

Defesa Civil alerta moradores A reportagem do Jornal União

do ABC teve acesso ao laudo da Defesa Civil, que esteve no local em janeiro e orientou o síndico e moradores a realizarem inter-venção imediata para controle da erosão e estabilização do talude- superfície inclinada. Ainda se-gundo a Defesa Civil, com a con-tinuidade das chuvas a erosão poderá aumentar e comprometer definitivamente a estrutura das moradias.

Construtora deve dar início aos trabalhos

De acordo com a construtora que é responsável pelo empreen-

dimento, a Predial Cherem, a construção do Mirante de São Bernardo foram executadas con-forme projetos e cálculos estru-turais adequados à sua finalida-de. A Predial Cherem salienta que as casas foram entregues há mais de dois anos e não apre-sentam problemas estruturais, porém existe um grande proces-so de erosão, causado pelas águas pluviais, que vem se agra-vando em função das fortes chu-vas da época.

A proprietária do empreendi-mento, a Cooperativa Habitacio-nal Terra Paulista, afirmou em entrevista ao Jornal União do ABC, que as obras de contenção da erosão não foram iniciadas antes, porque a entidade aguar-dava um laudo de engenheiros e especialistas que detalhassem como e qual material deveria ser utilizado para a realização da obra. Madalena Santos Ferreira, gerente de departamento da Co-operativa Habitacional, destaca,

“Não podemos simplesmente utilizar qualquer tipo de terra ou maquinário para a execução da obra. Tivemos que aguardar a li-beração deste laudo que garante de forma correta, como realiza-remos os procedimentos” con-clui Madalena.

O laudo foi liberado na tarde desta última terça-feira (01/02), e segundo a Cooperativa as obras de recomposição do talude começarão até o início da sema-na que vem.

O solo cedeu de forma representativa e restaram somente as colunas de sustentação das casas

As oito casas atingidas foram entregues pela construtora há aproximadamente 2 anos

Bruna Romanholo

Bruna Romanholo

P.M.S.B.C

JORNAL UNIÃO DO ABC PÁGINA A3REGIONAIS

Depósito de terra vira drama para os moradores do AssunçãoBruna Romanholo

ruas danificadas, calçada inade-quada para os pedestres e o des-contentamento da população. “O bairro era muito bom, mas agora depois que começaram a guardar essa terra aqui, o nosso sossego

á cerca de dois anos, os moradores do H bairro Assunção em

São Bernardo do Campo, vivem uma difícil situação. Antes o cenário era de uma região tran-quila e bem conservada, agora a população utiliza uma via cheia de buracos, além de uma área re-pleta de barro e poeira. Segundo os moradores da Rua Ouro Preto, o problema teve início desde quando a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Pau-lo), começou a utilizar o terreno da rua vizinha, para o descarte de terra das obras que estão sendo executadas nas proximidades do bairro. “O terreno da Rua Freire de Andrade está servindo como uma espécie de depósito de terra. O entra e sai de caminhões que buscam e deixam a terra é cons-tante”, afirma Eunice Lancelot, moradora do bairro há 20 anos.

O resultado de tudo isso são as

acabou”, lamenta a dona Maria Aparecida.

Os estudantes da escola esta-dual Santa Olímpia, também so-frem com o problema, já que a instituição fica em frente ao de-pósito e com o barulho às vezes é impossível estudar.

‘‘

‘‘O terreno da Rua Freire de Andrade

está servindo como uma espécie de

depósito de terra.

‘‘ ‘‘São 57 anos de lutas e história. O sindicato sempre trabalhou em

prol da categoria e felizmente a nossa

classe é unida e atuante.

A calçada em frente ao depósito é praticamente inexistente e o acúmulo de barro posteriormente dá lugar à poeira

Com o trânsito dos veículos pesados as ruas vizinhas já sofrem as consequências

Bruna Romanholo

A Sabesp informou que o depó-sito de terra trata-se de um cantei-ro de obras de uma empreiteira, que presta serviços à Sabesp, para execução das obras da 2ª etapa da Adutora Vila Marchi-Alvarenga. Como as obras de assentamento da adutora estão praticamente con-cluídas, a Sabesp garantiu que pro-videnciará a remoção da terra e a limpeza das ruas adjacentes. O pra-zo estimado para conclusão da obra é até o final de fevereiro/2011.

Já a Prefeitura de São Bernar-do do Campo, destacou que a via receberá o serviço de tapa-bura-co na próxima semana.

Trabalhadores reafirmam: Sintetra é o único sindicato da categoria

Da redação

om o objetivo de tumul-tuar e desorganizar a C categoria dos trabalha-

dores rodoviários do ABC, um pe-queno grupo da oposição publicou em edital a convocação de uma as-sembleia, para tentar dividir a base do Sintetra - Sindicato dos Rodo-viários do Grande ABC.

No entanto, no dia 31 de de-zembro, data em que foi con-vocado o encontro em Diadema - SP, nenhum dos componentes da oposição compareceu ao local, porém o presidente do Sintetra Francisco Mendes da Silva, di-retores do sindicato e demais

membros da classe trabalhadora, marcaram presença.

A assembleia foi o ambiente fa-vorável para reforçar a representa-tividade do Sintetra. Após votação unânime, os trabalhadores reafir-maram que o Sindicato dos Rodo-viários do Grande ABC é o único que representa a categoria. “São 57 anos de lutas e história. O sin-dicato sempre trabalhou em prol da categoria e felizmente a nossa classe é unida e atuante. Não é nenhuma minoria da oposição que irá conseguir destruir a relação de respeito e confiança que a nossa entidade possui perante os traba-lhadores”, destaca o presidente do Sintetra, Chicão.

A diretoria do Sintetra ressalta que este suposto grupo da oposi-ção está aliado ao patronal, por-que a preocupação dos empresá-rios é com o desempenho da campanha salarial da categoria, que irá ocorrer no mês de maio. Ainda de acordo com a diretoria, a expectativa é que a campanha salarial deste ano reverta ganhos ainda melhores para os rodoviá-rios do Grande ABC.

Divulgação

Presidente do Sintetra , Francisco Mendes da Silva

DE 03 A 14 DE FEVEREIRO DE 2011

PÁGINA A4 JORNAL UNIÃO DO ABC REGIONAIS

Moradores de Santo André cobram o início das obras no córrego GuaixaiaJazanias Oliveira

oradores da Aveni-da das Nações, lo-M calizada em Santo

André-SP, sofrem com a falta de manutenção do córrego Guaixaia.

Há aproximadamente seis me-ses, a encosta do córrego desmo-ronou e após as chuvas a situação da população piorou ainda mais. Por conta dos entulhos a água não correu livremente e conse-quentemente o rio transbordou. “Eu moro na região há quarenta anos. Essa não é a primeira vez que perdemos os nossos perten-ces. Para que a minha casa não fosse invadida pelas águas da en-chente, eu tive que mudar a es-trutura da residência”, afirma Neusa Aparecida dos Santos.

Além, de perder bens materiais,

a população da Avenida das Na-ções tenta reconstruir a autoesti-ma, que para muitos foi abalada após a tragédia. “Eu demorei 12 anos para conquistar tudo o que ti-nha na minha casa, agora temos que ter força para lutar e recuperar tudo de novo”, salienta Eliana dos Santos Almeida.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou que após o transbordamento do canal, a equipe do Departamento de Ma-nutenção e Operação da autar-quia removeu os entulhos que estavam escorregando para den-tro do canal. A reforma total do trecho afetado está sendo estuda-da pela autarquia e será viabili-zada o mais rápido possível, en-tretanto o Semasa não informou os prazos para execução da obra.

O.F. DOS SANTOS

Com a encosta praticamente destruída os estulhos vão diretamente para o córrego Guaixaia

Trator incentiva a pratica do esporte amador em São Bernardo

Da redação

s benefícios do esporte são inegáveis. Seguindo O esta linha de raciocínio o

empresário e diretor da Sociedade Esportiva do Alvarenga, Trator, tam-bém prioriza a importância do espor-te. “Devido a uma série de proble-mas e diferenças sociais, muitos jo-vens acabam escolhendo viver no obscuro caminho das drogas. Sobre-tudo, nestes casos para evitar tal si-tuação, o esporte é uma alternativa que salva vidas” ressalta Trator.

Atualmente, um grande exemplo na prática do esporte é o São Ber-nardo Futebol Clube. “A atuação do tigre no Campeonato Paulista está sendo excelente, a equipe é um exemplo de união e competitivida-de. Todos do time estão de para-béns”, destaca Trator.

Segundo a psicóloga-psicotera-peuta, Miriam Marsik, a prática de uma atividade esportiva é impor-tante para construir a socialização

do indivíduo e desenvolver inúme-ros aspectos emocionais.

Entretanto, a discussão de polí-ticas públicas que de fato incenti-vem o esporte ainda é primária e merece mais atenção. O diretor da Sociedade Esportiva do Alvarenga salientou que é essencial a união de

todos os que estão ligados ao espor-te amador na cidade, com o objeti-vo de organização e mobilização. “Ainda há muita coisa para se fazer pelo esporte, porém as autoridades políticas devem se movimentar e propor mais ações que zelem pela prática esportiva”, conclui Trator.


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PÁGINA A6 JORNAL UNIÃO DO ABCVARIEDADES

Abandono de veículos causa transtornos no Grande ABC

Fábio Silva Gomes

ercorrendo as ruas do Grande ABC, em todos P os bairros há pelo me-

nos um veículo abandonado. São automóveis sem condições de uso, com dívidas e até frutos de roubo ou furto. Segundo dados da Associação Internacional de Transporte Público, 0,5% das frotas das grandes cidades en-contra-se abandonada.

Além de causar transtorno, um veículo abandonado em via pú-blica pode trazer problemas a saúde aos moradores do local - além de acumular água e criar bichos, a ferrugem pode ocasio-nar problemas como o tétano, por exemplo. Também causa problemas ambientais, devido à

lenta degradação, e sociais, pois há moradores de rua que se apro-veitam desses carros para dormir em seu interior.

Fora as legislações específicas de cada município, não caracte-riza crime o abandono de veícu-lo. O Departamento de Trânsito, a prefeitura ou a própria polícia, no entanto, podem recolher o au-tomóvel e levá-lo aos pátios de veículos apreendidos. O proprie-tário que quiser resgatar o carro deve pagar multa e as diárias, além de acertar a documentação do veículo se for preciso. Gasto que, pelo estado de conservação de muitos deles, sai maior que o preço do bem.

Proprietários de lojas de veí-culos usados apontam como principal motivo de abandono o

Vila Euclides volta a ser palco histórico

Leandro Giudici

o último domingo (30), o estádio 1° de N Maio, o popular e tra-

dicional 'Vila Euclides' voltou a ser um dos principais palcos da história em São Bernardo do Campo. A partida entre São Ber-nardo x Corinthians, que termi-nou empatada em 2x2, marcou não somente pelo bom futebol, mas fez a população reviver mo-mentos históricos. Foi à primeira partida profissional de um clube da cidade contra um dos grandes da capital.

A diretoria do clube e a prefei-tura da cidade armaram uma grande festa. Ao todo mais de 15 mil pessoas comparecerem e prestigiaram o Tigre e o ex-pre-sidente da República, Luiz Iná-cio Lula da Silva que foi o princi-pal convidado da festa. Estava vestido com uma camisa metade Corinthians, seu time do cora-ção, metade São Bernardo, clube da cidade onde praticamente nasceu para a política.

Ao receber o título de sócio torcedor número um do Tigre, parecia emocionado, talvez revi-vendo na memória as greves dos movimentos sindicais que co-mandou do meio do gramado do estádio. Dessa vez, apesar de lo-tado, o clima na Vila Euclides era de paz e alegria.

Os helicópteros que sobrevoa-vam o local no domingo registra-vam o movimento para garantir a segurança. Na época fatídica, o Governo fiscalizava os atos do ex-metalúrgico que acabaria preso. Mais de 100 mil pessoas se acotovelavam-se na oportuni-dade. A Vila Euclides, cujo nome oficial era 'Costa e Silva', home-nagem ao segundo general do regime militar ganhou posterior-mente o nome de '1° de Maio', em referência ao Dia dos Traba-lhadores, data que em São Ber-nardo passou a ter um sentido ainda mais valioso.

O número de torcedores, que é a segunda maior média de pú-blico do campeonato, apenas atrás do Corinthians, resume a

ansiedade que o 'batateiro' teve por aquele momento histórico. No discurso, Lula relembrou que já havia visto o Timão jogar em São Bernardo contra a Seleção da cidade no estádio da Volkswa-gen em 79.

Porém, Lula equivocou-se. A partida que ele assistiu foi em 1975 contra o Corinthians de Ri-velino no estádio Baetão contra o Palestra de São Bernardo, em-pate em 1x1.

O mesmo Palestra, um ano atrás também havia protagoniza-do um momento bucólico, trouxe o Rei Pelé, em sua única apresentação na cidade. Na época o Palestra era amador e o feito foi considerado uma proeza. “Tinha gente que via e dizia que era um sósia dele em campo, não acredtava no que via”, conta o na época diretor do clube Cyro Cassettari.

Esportistas, torcedores do Ti-gre, população e o Brasil espe-ram que a eterna Vila Euclides continue sediando momentos como estes, históricos para a ci-dade e o país.

Estádio já sediou lutas sindicais, atuação de Pelé e a primeira partida profissional de um clube da cidade contra um grande da Capital

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alto custo de manutenção de al-guns modelos e a dificuldade na quitação de débitos (financia-mentos e documentação). Carros vitimados pelas enchentes tam-bém estão na lista dos abandona-dos. O acesso fácil ao financia-mento de carros novos também contribui para o descarte daque-les que tem mais anos de uso

Na internet, o site www.car-rosinuteis.com.br traz fotos de diversos veículos, no Brasil in-teiro, jogados pelas ruas e em propriedades particulares. Quem se sentir incomodado por um au-tomóvel abandonado deve entrar em contato com o departamento de trânsito de sua cidade ou a Po-lícia de Trânsito, que notifica o proprietário antes de guinchar e levar para o pátio.

Fábio S. Gomes

Chuvas voltam a castigar o Grande ABCDa redação

exemplo das tragé-dias ocorridas na re-A gião serrana do Rio

de Janeiro, São Paulo e as sete cidades do Grande ABC estão em estado de alerta. Segundo o instituto Climatempo, o volume de chuvas no início do ano em São Paulo não atinge o patamar atual desde 1947.

O temporal desta última quarta-feira (02/02), novamente provo-cou estragos na região. A cidade mais prejudicada foi São Bernardo do Campo. O município registrou pontos de alagamentos na Avenida Maria Servidei Demarchi, Aveni-da Marechal Deodoro com Aveni-da Prestes Maia, Avenida Faria Lima nos dois sentidos perto do Paço Municipal e na Praça Samuel Sabatini próximo ao Parque da Ju-

ventude, sentido Santo André, bem como ao lado do Shopping Metrópole. Segundo a Defesa Ci-vil houve ocorrência de alagamen-to no Jardim Petroni, desmorona-mento no Ferrazópolis, desaba-mento no Jardim Ipê e Terra Nova, alagamentos em moradias no Detroit e Divinéia, deslizamento no Royal Parque e uma queda de árvore no Jardim Ipanema.

Já a Defesa Civil de Santo An-dré apontou pontos de alaga-mento na região da Vila América e Jardim Bom Pastor.

Em São Caetano do Sul, a chu-va provocou enchente na Aveni-da Lions com Avenida Francisco Falzarano, Avenida Delamare com Guido Aliberti até Avenida Nelson Braido, além de toda a extensão da Guido Aliberti que permaneceu alagada.

O tráfego de véiculos ficou complicado na Avenida Maria Servidei Demarchi

Rua Jurubatuba completamente alagada. A água da chuva invadiu os comércios da região, além dos carros que ficaram ilhados

Leandro Giudici

Bruna Romanholo

Jovens de SBC estudam meio de acabar com as enchentesFábio Silva Gomes

s jovens Sérgio Piola, Felipe Ferreira, Bruno O Sansone e André Bap-

tista, que compõem o movimento civil organizado MJC (Movimento Jovens Companheiros) está divul-gando o que é chamado de Plano Altimétrico, ou "Operação Estre-la". O projeto visa acabar com as enchentes do município de São Bernardo do Campo.

Segundo Sérgio Piola, um dos idealizadores do projeto, há uma queda livre significativa entre o centro da cidade (731m acima do nível do mar) e o Riacho Grande, onde está a Represa Billings (684m). O projeto funciona por meio de caixas de decantação, para eliminar o entulho, e o escoamento da água do centro para a represa, onde seria instala-

da uma pequena estação de trata-mento. Além disso, ajudaria no aumento da vazão das águas dos córregos que passam pelo centro da cidade, canalizados ou não.

O projeto foi desenhado sem

escala, mas mostra em detalhes o que pretende. O grupo acredita que traria uma melhora signifi-cativa ao quadro de enchentes constantes que a cidade vem enfrentando.

O que é Hanseníase?Da redação

anseníase é uma doen-ça infecciosa e não é H hereditária. A mesma é

causada pela bactéria denominada Mycobacterium leprae.

Transmissão Antigamente, as pessoas que

estavam contagiadas eram reclu-sas. No entanto, a doença é trans-mitida pelo convívio prolongado com pessoas que tenham a doen-ça e pela respiração. “Algumas pessoas podem conviver durante anos com outras que possuem a doença, mas não necessariamen-te serão contagiadas. Existe uma tendência pessoal de contágio”,

afirma o dermatologista, Luiz Guilherme Martins Castro.

De acordo com a OMS - Orga-nização Mundial de Saúde, o país deveria ter conseguido atin-gir, em 2005, a meta de no máxi-mo, um caso para cada dez mil habitantes Porém, em 2009, a taxa da doença no Brasil era de 2,19 pacientes para cada dez mil habitantes e o mais grave é que esse número é superior ao de 2008, quando estava em 2,06.

Sintomas A doença começa com sinto-

mas leves e as principais carac-terísticas são a alteração de sen-sibilidade, os membros ficam anestesiados e surgem manchas

mais claras do que a cor natural da pele.

Tratamento A hanseníase é uma doença per-

feitamente curável. O tratamento é realizado através de medicamentos via oral que são fornecidos gratui-tamente pelo Sistema único de Saúde - SUS. O tratamento varia entre 6 meses a 2 anos.

Mitos da doença Quando os sintomas começarem

a surgir, o paciente deve procurar imediatamente o médico.No pas-sado, os dermatologistas denomi-navam a doença como a “imita-dora”, porque a hanseníase pode imitar o aspecto visual de uma sé-rie de doenças da pele.

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JORNAL UNIÃO DO ABC PÁGINA A7VARIEDADES

Investigação de AcidenteEng. João B. de Moraes Jr.

ntender porque ocorre um acidente de traba-E lho é essencial para

evitar que novos acidentes ocor-ram. Uma boa análise possibilita compreender os riscos a que o acidentado estava exposto e, deste entendimento, surgirão in-dicações para melhorar o am-biente de trabalho.

O acidentado é sempre vítima, atribuir a ele culpa é um erro e não devemos iniciar uma inves-tigação com este entendimento. Acredito que a ideia de atribuir culpa ao trabalhador, tenha sua raiz na relação capital, trabalho, riqueza, onde o trabalhador é sempre o culpado pelo prejuízo. Não devemos procurar culpados na investigação.

Também não devemos chegar para uma investigação com a conclusão já pronta. Isso pode cobrir a verdadeira causa do evento adverso. É necessário ou-vir todos os envolvidos e, princi-palmente, o acidentado. Reco-mendo que, sempre, um membro da CIPA participe da investiga-ção, aliás, isto está previsto na atribuição do cipeiro, conforme NR-5.16. L da Lei nº. 6154 de 22.12.1977.

Isolar a área de trabalho, pre-servando as características do lo-cal onde ocorreu o acidente, é o ideal. Uma investigação prévia no local, com registro de fotos em vários ângulos, filmes, dese-nhos etc., junto com uma ava-liação detalhada da atividade que o colaborador estava execu-tando é importante e o encarre-

gado e outros que estavam próxi-mos do evento adverso devem participar. A investigação final deve ser realizada o mais rápido possível, porque as imagens, os fatos ocorridos, ainda estão cla-ros na cabeça dos envolvidos, in-clusive com detalhes e todos estão motivados. Deve fazer par-te desta investigação uma equipe multidisciplinar. A presença do engenheiro da área é importante e, para acidentes graves, a pre-sença do gerente é fundamental.

Durante a investigação prévia devem-se buscar todos os docu-mentos existentes utilizados pa-ra a realização do serviço, por exemplo: análise de risco, diá-logo diário de segurança, per-missão para trabalho, check list de máquinas e equipamentos etc. O mediador da reunião de inves-

tigação deve ser pessoa que co-nheça adequadamente as Leis re-lacionadas à segurança do traba-lho e procedimentos internos da empresa, além de ter o conheci-mento e experiência na área de engenharia de segurança do trabalho. O engenheiro de segu-rança é sempre o mais indicado para ser o mediador.

Existe uma tendência a atribu-ir tudo a falhas humanas, que são diretamente ligadas a erros ba-seados em habilidade, enganos / erros de julgamento ou violação, temos que ficar atentos.

Se alguma coisa não planejada ocorreu, trazendo danos materi-ais ou acidente para o trabalha-dor, é porque a medidas de con-trole de risco eram inadequadas ou insuficientes para evitar o evento adverso.

TPM: o que fazer para fugir dela?

Ana Helena Spolador SilvaCRN-3: 28968/P

o período pré-mens-trual você sente cansa-N ço, depressão, dores

de cabeça e nas mamas, irritabili-dade, dor abdominal, aumento de apetite, desejo por doces, altera-ções de humor ou espinhas?

Calma, você é uma mulher nor-mal! Essas são alterações que po-dem ocorrer nesse período, mas que podem ser amenizadas com apoio profissional, prática de ativi-dade física e uma dieta saudável.

É importante reduzir o consu-mo de carboidratos e aumentar o consumo de alimentos que são fontes de triptofano (arroz e pães integrais, leite, iogurte, nozes e leguminosas) e necessários para a formação de serotonina, que auxilia na melhora do humor.

Consumindo carnes, grãos in-tegrais, hortaliças, nozes, bana-na, farinha de milho e aveia, que são fontes de vitamina B6, pode-se ter uma redução da depressão; já o consumo de óleos vegetais, ovos, fígado e leite, que são fon-tes de vitamina E, ajuda a aliviar a sensibilidade das mamas e a ansiedade.

A redução do consumo de cál-cio é associada ao aparecimento da TPM e juntamente com a va-riação hormonal desse período, poderá surgir a osteoporose. Por isso recomenda-se o consumo de produtos ricos em cálcio - leite e derivados - o que pode reduzir a

TPM e prevenir a osteoporose.Os alimentos ricos em magné-

sio (castanhas, cereais integrais, chocolate e leguminosas) podem reduzir a retenção de líquidos, os dias com dor de cabeça e as mu-danças de humor. Cereais inte-grais, aveia, soja, feijão, pêsse-go, banana, ameixa, alface, agri-ão, espinafre, que são fontes de manganês, diminuem o mau hu-mor e a dor.

Sal, açúcar, cafeína e álcool aumentam a retenção de líqui-

dos, a irritabilidade e as cólicas. Eles podem ser substituídos por chás calmantes como erva-doce, camomila, erva cidreira, chá de maracujá e melissa.

Além dessas mudanças na ali-mentação, são necessárias tam-bém mudanças no seu dia a dia como fazer caminhadas, andar de bicicleta ou nadar; enfim realizar atividades que melhorem a sua autoestima. Seguindo estas dicas, os dias com TPM transcorrerão sem estes sintomas clássicos.

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Ventania deixa canteiro de obras da Brazul destelhado

Da redação

m decorrência da forte chuva que castigou a E cidade de São Bernar-

do do Campo durante à tarde

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desta última quarta-feira (02/02), o canteiro de obras da Transporta-dora Brazul - bairro Demarchi foi completamente destelhado.

De acordo com os operários, a intensidade da chuva e a força do

vento derrubaram até mesmo, a es-trutura de madeira do telhado. Os operários da empreiteira responsá-vel pela construção do Edifício Ga-ragem da Brazul, já iniciaram o tra-balho de reposição das telhas.

Bruna Romanholo

A intensidade da chuva e a força do vento destelharam o canteiro de obras


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PÁGINA A8 JORNAL UNIÃO DO ABCREGIONAIS

FATEJ inova e cria o curso de Gestão Previdenciária

Da redação

partir de uma ideia inovadora e inteli-A gente, muitos profis-

sionais terão a chance de um no-vo horizonte no mercado de tra-balho e ainda milhares de pesso-as que possuem uma pendência contra o INSS (Instituto Nacio-nal do Seguro Social) serão be-neficiadas. O despertar desta ação surgiu com a professora Dra. Arleide Braga, que é espe-cialista em direito previdenciá-rio, e criou a FATEJ-Faculdade de Tecnologia Jardim, localizada em Santo André-SP.

A proposta da especialista não foi só a criação de mais uma fa-culdade, a novidade é a consoli-dação do curso pioneiro no Bra-sil, Gestão Previdenciária. “Quando imaginei em criar este curso, eu não pensei em fazer su-cesso, e nem ser a única no Bra-sil. A minha ideia foi por formar profissionais, que ajudem as pessoas que sofrem por falta de informação e a consequência disso é o processo moroso no INSS”, ressalta Arleide Braga.

Leia a seguir a reportagem ex-clusiva do Jornal União do ABC com a diretora da FATEJ, e co-nheça uma nova opção de pro-fissão que abrange extenso cam-po de trabalho.

Como surgiu a ideia de criar a FATEJ?

Primeiramente vale dizer que o motivo pela procura dos cursos da FATEJ é a inovação. A Facul-dade de Tecnologia Jardim está estabelecida desde 2008, e é a primeira no Brasil que oferece o curso de Gestão Pública Previ-denciária e é autorizado pelo MEC - Ministério da Educação.

Esse curso é uma proposta mi-nha apresentada junto ao MEC, através da necessidade de que se tenham pessoas habilitadas para

atuar na matéria previdenciária em âmbito administrativo. Exis-tem alguns cursinhos, mas ne-nhum dá a titulação de terceiro grau, como a FATEJ.

Qual é a importância do curso? Mediante minha experiência

na matéria previdenciária, eu percebi que havia uma lacuna e não existia um profissional para atender esta demanda.

O advogado previdenciário atua na esfera judiciária, porém quem faz a parte administrativa? Não tem pessoas qualificadas, com formação superior para fazer isso. Existem vários procuradores ou aventureiros que acabam pegando o caso do se-gurado e depois somem sem deixar nenhuma satisfação. O tecnólogo previdenciário não. Ele poderá atuar como um profissional liberal e se estabelecer profissionalmente, e sem dúvida isso dará mais respaldo para aquele segurado que procurar os seus serviços.

Reunir uma série de documen-tos, preparação de um requeri-mento administrativo, compro-vação junto ao INSS de período

rural, união estável em caso de óbito para garantir pensão, todos estes procedimentos exigem um profissional qualificado e bem preparado.

Quais são as vantagens do profissional que concluir o curso de Gestão Previdenciária?

Ele é um futuro empresário e empregador, e as chances de de-semprego são mínimas. A previ-dência administra vários benefí-cios, entre eles está o acidente de trabalho, aposentadoria por invali-dez, auxílio doença, pensão por morte, aposentadoria por idade e por tempo de contribuição. Como se trata de um serviço federal a mesma legislação se aplica para o país inteiro. Então, não faltará campo para atuação.

Qual é o tipo de conteúdo ministrado nas aulas?

Nosso aluno estuda o que legis-lação pede, entretanto ela é com-plexa e muda constantemente, en-tão o gestor previdenciário está sempre atualizado. Isso acaba com as filas dos postos, com as idas e vindas por falta de informação.

Durante o nosso curso o estu-dante aprende todo o processo ad-ministrativo, como requerer os pra-zos, informações da legislação previdenciária da lei 8.213 de 1991, além da Constituição Fede-ral artigo 195 e assim por diante.

O serviço público em si é fun-cional e rápido, o que falta é transformar esta legislação nu-ma linguagem fácil para o se-gurado entender.

Quem está apto a ingressar no tecnólogo previdenciário?

Qualquer pessoa que tenha concluído o ensino médio e não há faixa etária estabelecida. A FATEJ oferece descontos espe-ciais para a melhor idade.

A FATEJ tem o objetivo de ampliar a oferta de cursos?

Estamos buscando autoriza-

ção do MEC para os tecnólogos de Logística, Gestões de Negó-cios e Recursos Humanos. A ex-pectativa é que os cursos estejam liberados a partir do 2º semestre de 2011.

A FATEJ também possui o cur-so de Gestão de Segurança Patri-monial e Privada que conta com um excelente copo docente, além dos cursos de Pós-gradua-ção em Seguridade Social.

A educação é a melhor ferra-menta e mais eficaz para moldar e mudar o ser humano.

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Para mais informações acesse o site

(11) 4436-6489 | 4992-3822

* Participação especial de Bianca Cirilo, Capitã do BOPE/RJ.

I Congresso de Gestores em Segurança Privada.

www.fatej.edu.br


Bruna Romanholo

Bru

na R

om

anholo

Dra. Arleide Braga, ressalta que a educação é a melhor ferramenta e mais eficaz para moldar e mudar o ser humano.

O curso de Gestão Previdenciária é pioneiro no Brasil, explica a diretora da FATEJ

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Jornal União do ABC - Edição 103