Ano 1 - Número 2 - 30 de Outubro de 2012

NA OAB SOBRA ANÚNCIO, FALTA LIVROEm 2011, a OAB-PI investiu apenas R$ 4.829,36 em sua biblioteca e gastou o montante de R$ 102.505,16 em propaganda. Isto quer dizer que a gestão atual da Ordem incorreu em um claro desvio de prioridade, usando 21 vezes mais recursos para publicidade que o investido em fomento ao conhecimento.

Golpepolíticona OAB

Na história da humanidade, o primeiro ato de quem quer se perpetuar no poder é apagar das memórias o trabalho dos gestores anteriores. Pág. 2

JovensAdvogados

Muitos são os problemas enfrentados pelos advogados em início de carreira no Piauí. Por conta disso, OAB DE TODOS propõe a execução de programas e ações voltados a intensificar o apoio institucional aos jovens advogados piauienses. Pág. 3

EntrevistaLeonardo Carvalho, candidato

a vice presidente pela chapa OAB DE TODOS, mostra coragem e juventude para renovar a OAB-PI. Págs. 6 e 7

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pres identepres identeFábioVeloso

ChrystianneMoura

DanielMeneses

LeonardoCarvalho

CelsoBarros

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Estamos a pouco mais de 20 dias das eleições da OAB-PI. A cada três anos, são apresentados 162 nomes de advogados, 81 de cada lado, mais de 6mil advogados apreciam e escolhem as melhores propostas. Mas, a realidade das eleições da OAB-PI mudou. Vultusos investimentos em propaganda e uma pirotecnia festiva substituíram o debate de propostas, de ideias e de ideais. Porém, para os 81 advogados que este ano compõem a Chapa 2 - “OAB DE TODOS”, continuam a valer os preceitos legítimos que nortearam a ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, portanto, menos propaganda e mais debates, menos propaganda e mais informações. Este é o nosso segundo

jornal; aqui discutimos, juntos com você, um dos maiores problemas vividos pelos advogados piauienses: o desvio de foco da atual gestão da OAB-PI. Gastou-se mais em propaganda do que na biblioteca. E, é claro que o “movimento” retornará com desculpas, a� nal, sabem muito bem que é “possível dizer um monte de mentiras, só falando a verdade”. Mas a prova está aí, para todos, é a própria prestação de contas da OAB de 2011. O principal fator de desenvolvimento pro� ssional, o conhecimento, foi suprimido da atual gestão. Além de renegar a biblioteca, abandonaram também a ESAPI e descumpriram a proposta de realizar mestrados. Dá para con� ar? Achamos que não!

Artigo

Golpe político na OABNa história da humanidade,

o primeiro ato de quem quer se perpetuar no poder é apagar das memórias o trabalho dos gestores anteriores. O segundo ato, sempre, sempre repetido por aqueles que querem permanecer no poder, é fazer propaganda, muita propaganda. E então vem o terceiro ato: sedimentar o conceito coletivo de que está tudo muito bom, obrigado, através de festa e de reformas cenográ� cas.

Qualquer semelhança com a atuação das duas últimas gestões da OAB-PI não é mera coincidência. Quando o chamado “movimento” assumiu a Ordem em 2006, sua primeira ação foi apagar toda a história da OAB, retirando as provas documentais dos trabalhos da gestão anterior; desapareceram as placas que comprovavam a realização de importantes eventos jurídicos no Piauí, alguns pioneiros e de abrangência internacional. Depois, o autointitulado “movimento” que está a frente da OAB utilizou-se de um arsenal midiático que substituiu as lutas legítimas encampadas pela

Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí. Com a “justi� cativa” de que as sedes precisavam de reforma, reformaram, por fora, fachadas bonitas, por dentro, faltam móveis. Onde a mídia consegue alcançar, paredes pintadas, mas nas distantes salas dos advogados do interior a realidade é bem diferente. Faltam equipamentos de informática e acesso a internet, trancadas porque não existem funcionários, uma prova que o “movimento” se preocupa mais em parecer do que ser. Diante de todos esses fatos, estão pedindo para você con� ar cegamente e, mais uma vez votar no “movimento”. Ao contrário, nós pedimos para você re� etir. No processo de de� nição do seu voto, atue como um advogado: questione e descon� e. A� nal, sabemos muito bem que nem tudo que parece é. E tudo indica que a gestão OAB-PI, ao decidir investir R$ 102.000,00 em anúncios e apenas R$ 4.800,00 na biblioteca, escolheu mais parecer do que fazer. É ou não é para descon� ar?

Einstein Sepúlveda - Advogado

Editorial

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Charge

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Falta de experiência, dificuldades para conseguir clientes e até mesmo o alto custo da anuidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Muitos são os problemas enfrentados pelos advogados em início de carreira no Piauí. Por conta disso, OAB DE TODOS propõe a execução de programas e ações voltados a intensificar o apoio institucional aos jovens advogados piauienses.

Cristiano de Souza Leal graduou-se em Direito em 2010 e atualmente exerce a advocacia de forma autônoma. Suas queixas em relação ao exercício da profissão vão desde o mau atendimento nos fóruns por servidores do Judiciário e magistrados até a preferência da clientela por advogados com mais tempo de militância. “Há um choque entre a teoria e a prática. As faculdades não nos preparam para o sistema jurídico. A OAB deveria oferecer melhores cursos de introdução do advogado ao sistema jurídico. Os cursos oferecidos atualmente não dão segurança ao advogado iniciante”, argumenta.

O jovem profissional também se queixa da falta de apoio quanto à defesa das prerrogativas do advogado

e diz já ter várias vezes tentado ligar para o disque prerrogativas, mas todas sem sucesso. “Certa vez, uma servidora se negou a dar o processo para eu tirar cópia, sendo que eu precisava das informações para fazer a contestação - o cliente me informou do processo faltando apenas 24 horas para o final do prazo. Liguei e não fui atendido. Tive que tirar fotos do processo com o celular, o que me prejudicou muito na hora de ler os documentos”, relata.

Para Ítalo Brandão, também advogado em início de carreira, as principais dificuldades vivenciadas hoje no exercício da profissão são resultantes da carência de melhores formação e orientação em relação

à prática jurídica. “A disciplina Direito Judiciário, por ser relativamente nova, não é vista como se deve na graduação. Muitas vezes, por causa da deficiência nessa disciplina, a

gente fica sem saber como proceder nas atividades do dia a dia, como durante a impetração de uma peça ou mesmo em relação às custas”, conta. “Acho que a OAB deveria, de alguma forma, oferecer cursos nesse sentido para aperfeiçoar o

aprendizado na disciplina, trazendo mais professores renomados”, opina o advogado.

Conseguir clientes também é um dos principais desafios da jovem advogada Rita Araújo. “Mesmo já existindo salas de advogados em órgãos do Judiciário, acho que uma saída para o problema seria a OAB criar escritórios compartilhados dentro da própria Ordem para que advogados que não têm escritório possam utilizá-los. Isso daria mais respaldo ao trabalho do advogado”, ressalta, argumentando que ao atender seus clientes dentro da própria OAB, o jovem advogado poderia passar maior credibilidade a eles.

Para atender às demandas dos advogados em início de carreira, OAB DE TODOS propõe a instalação de 20 escritórios a serem utilizados por profissionais que ainda não possuem escritório; reformulação do Curso de Iniciação à Advocacia, oferecido pela Esapi; viabilização de convênios com instituições financeiras e de ensino, possibilitando a redução do valor da anuidade; extirpação da taxa de solenidade, cobrada atualmente quando da realização da cerimônia de entrega da carteirinha da Ordem.

“O jovem advogado precisa de um maior apoio por parte da OAB. E isso deve começar ainda no período universitário. A Ordem tem de estar mais perto desse futuro profissional e também dar suporte quando de seu ingresso no mercado de trabalho”, comenta o advogado Daniel Meneses, candidato a secretário geral da seccional piauiense da OAB pela chapa OAB DE TODOS.

Daniel Meneses destaca a proposta de gratuidade da primeira anuidade do estagiário, que deverá apenas se submeter a teste de suficiência sobre o estatuto da OAB e assistir a mini-curso de introdução à advocacia.

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“Certa vez, uma servidora se negou a dar o processo para

eu tirar cópia, sendo que eu precisava das

informações para fazera contestação”...

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Exatos R$ 4.829,36 em 2011 e aoenas R$ 577,84 em 2010. Esses são os valores investidos pela Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí (OAB-PI) em sua biblioteca naqueles anos, em 2011 o valor equivale a pouco mais de 0,09% das receitas da OAB-PI naquele ano (R$ 5.184.258,24). Mais de 21 vezes inferior ao gasto feito com publicidade, R$ 102.505,16, o investimento irrisório na biblioteca mostra a inversão de prioridades orçamentárias da entidade atualmente.

Com recurso médio de R$402,45 mensais em 2011, a biblioteca da Ordem, que deveria ser referência para os advogados piauienses, está repleta de livros desatualizados, não conta com os

principais periódicos do país na área jurídica nem coletâneas das súmulas mais recentes das Cortes Superiores brasileiras. Apesar de seu pequeno espaço físico, há prateleiras vazias. Com os mais de cem mil reais

destinados a publicidade e propaganda, seria possível adquirir, por exemplo, para o acervo da biblioteca: 10 coleções da “Série Leituras Jurídicas”, da editora Atlas, com 31 volumes cada; 10 coleções “Doutrinas Essenciais Direito Constitucional”, da editora RT, com sete volumes; 10 coleções “Doutrinas Essenciais Direito

Tributário”, da editora RT, com nove volumes; 10 coleções “Doutrinas Essenciais Direito Internacional”, da editora RT, com seis volumes;

10 exemplares da “Coleção Direito Civil - Arnaldo Rizzardo”, editora Forense, com nove volumes; além de 20 computadores de mesa e 20 impressoras multifuncionais, de acordo com valores médios de mercado.

Segundo a Prestação de Contas da OAB-PI, outros itens e setores que deveriam ser menos importantes receberam maior aplicação de recursos em 2011 que a biblioteca. Os gastos com aquisição de material químico para o Clube dos Advogados, em Teresina, por exemplo, custou R$ 11.807,99 aos cofres da entidade.

No último ano, o gasto com material de copa e cozinha é quase equivalente ao total de recursos aplicados na biblioteca: R$ 4.001,21. Ao pagamento de serviços de frete e transporte prestados por pessoas jurídica e física, a OAB-PI direcionou

R$ 3.838,90.Os parcos investimentos em

fomento à cultura e ao conhecimento se estendem à Escola Superior de Advocacia do Piauí (Esapi). Nos últimos seis anos, a Esapi não promoveu nenhum curso de mestrado, apesar de sempre prometido e de ser um importante anseio da categoria em função da baixa oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu em Direito no Piauí, seja por instituições de ensino públicas ou privadas. Também é inexpressiva a quantidade de cursos de especialização oferecidos pela Escola nesse período.

Maior parte das atividades realizadas pela instituição nos últimos anos são palestras, minicursos e cursos de extensão, que, apesar de importantes, não devem ser seu sustentáculo.

ViagensOs recursos utilizados com custeio

de viagens em 2011 também são vultosos. A OAB-PI gastou no ano passado R$ 119.177,14 com passagens aéreas e R$ 58.776,53 em hospedagem, totalizando R$ 177.953,67 – nesse cálculo não estão incluídos gastos oriundos de viagens de conselheiros federais, que são custeadas pela OAB Nacional.

SubsecçõesE não é apenas nesses exemplos que se percebe a inversão de prioridades da atual

administração da OAB-PI na hora de aplicar os mais de R$ 5 milhões anuais arrecadados dos advogados piauienses. Ainda de acordo com a Prestação de Contas de 2011, a OAB-PI gastou mais com “homenagens e comemorações” que com repasses às suas subsecções.

Com “homenagens e comemorações” foram gastos R$ 166.836,30. Para as subseções de Água Branca, Corrente, Floriano, Oeiras, Parnaíba, Picos, Piripiri e São Raimundo Nonato foram repassados somente R$ 130.151,57.

Sem autonomia e orçamento condigno, as subseções não podem realizar suas atividades de maneira efi ciente, de acordo com as necessidades dos advogados que trabalham no interior do estado. A sede da subsecção de Floriano, por exemplo, atualmente encontra-se fechada.

minicursos e cursos de extensão, que, apesar de importantes, não devem ser seu sustentáculo.

Os recursos utilizados com custeio de viagens em 2011 também são vultosos. A OAB-PI gastou no ano passado R$ 119.177,14 com passagens aéreas e R$ 58.776,53 em hospedagem,

“Investimentos” na biblioteca por ano: 2010, R$ 577,84; 2011, R$ 4.829,36Gastos com viagens: 2011, R$ 177.953,67

Dossiê do “Movimento”

Os gastos com aquisição

de material químico para o Clube dos

Advogados, em Teresina, por

exemplo, custou R$ 11.807,99 aos cofres da

entidade.

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Para evitar distorções entre o atendimento às demandas dos advogados piauienses e as prioridades orçamentárias da OAB-PI, a chapa 2 propõe a discussão do orçamento da seccional piauiense em audiências públicas. Assim, mais recursos serão repassados à execução de projetos e ações relacionados às reais necessidades da advocacia piauiense.

“Um dos compromissos que assumimos, em plenária pública, é o de confeccionar planos orçamentários plurianual e anual, com base nas reais demandas dos advogados piauienses, após realização de audiências públicas para ouvir a categoria. O que hoje se vê é que as prioridades da Ordem não são as prioridades que nós, que militamos cotidianamente na advocacia, temos”, argumenta o advogado Celso Barros Neto, candidato à presidência da OAB-PI pela chapa OAB DE TODOS.

Segundo Celso Barros, deve passar a ser prioridade da gestão da OAB-PI o investimento em fomento à cultura e ao conhecimento, desde a revitalização da biblioteca da entidade, em Teresina, à oferta de cursos a distância pela Esapi,

facilitando o acesso dos advogados que atuam no interior do estado a programas de qualifi cação profi ssional.

“Vamos promover cursos subsidiados, inclusive nas subseções. Outra grande demanda dos advogados é a realização de mestrado e essa será uma importante meta de nossa administração”, ressalta Celso Barros. O candidato destaca que a Esapi já foi referência nacional em excelência do ensino e que é preciso reinserir a OAB-PI nos grandes eventos nacionais e internacionais.

Dentro do programa de gestão OAB DE TODOS têm destaque propostas voltadas para a transformação da biblioteca da seccional piauiense da Ordem em uma biblioteca modelo. “Além de revitalizá-la, vamos dotá-la de orçamento mensal fi xo para a aquisição de obras; também vamos viabilizar seu funcionamento até a meia-noite durante a semana e até as 18 horas aos sábados”, relata Celso Barros, acrescentando que também está prevista a ampliação dos espaços físicos da biblioteca e de sua sala de estudos.

SubseçõesEm relação à melhoria da

advocacia no interior do Estado, OAB DE TODOS propõe a fi xação de orçamento autônomo para as subseções. “Entendemos como fundamental para que as subseções funcionem bem, atendendo de modo efi ciente as demandas dos advogados que militam no interior, dar a elas autonomia fi nanceira. Para isso, vamos, por exemplo, estipular repasses percentuais obrigatórios em relação a inscrições do Exame de Ordem e de anuidades”, afi rma Leonardo Carvalho, candidato a vice-presidente da OAB-PI.

De acordo com o programa de gestão da chapa, serão repassados a cada subseção 50% do valor das inscrições no Exame de Ordem nelas efetuadas. As subseções também receberão 10% do valor das anuidades dos advogados radicados em suas áreas de abrangência.

“Queremos revolucionar a gestão da OAB, impondo fóruns constantes, inclusive para que os colegas apontem onde deveremos gastar os seus recursos e, além disso, queremos prestar contas do que gastamos de seis em seis meses, como forma de garantir a transparência administrativa”, ressalta o advogado.

OAB-PI:Acervo pequenoantigo edesatualizado

OAB DE TODOS IRÁ DISCUTIR ORÇAMENTO EM AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

O “movimento”amarelo faz maispropaganda doque ações, transformando a OAB numa ordem que parece fazer

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Dr. Leonardo, o senhor tem militância na advocacia, notadamente a trabalhista; qual sua visão atual acerca da Justiça do Trabalho? Qual o papel da OAB nesse contexto?

De fato, minha militância é mais atuante na Justiça do Trabalho, inclusive com atuação fora do estado. Fico orgulhoso de ver reconhecida a Justiça do Trabalho do Piauí como uma das mais modernas, transparentes e organizadas do país. Contudo, acredito que a Justiça do Trabalho poderia melhorar ainda mais sua atuação. Com certeza isso passa por melhoria contínua de gestão, mas, principalmente, pela busca incessante de recursos orçamentários, especialmente, para o aumento do número de Varas do Trabalho em nossa capital. Sobre isto, é preciso dizer que participação da OAB-PI é praticamente nula. Os advogados que militam na Justiça do Trabalho tem diversas demandas que não são atendidas. Posso destacar ao menos duas, talvez as mais importantes: a Sala da OAB do Fórum Trabalhista de Teresina é muito acanhada para o número de advogados que militam ali e a OAB-PI se omite de enfrentar esta questão, que poderia ser resolvida com ideias simples. Por exemplo: por que não promover a simples permuta da sala da OAB, no

Fórum da Justiça do Trabalho, com a dos Ofi ciais de Justiça? Além disso, o sonho de todo advogado trabalhista passa pela efetivação dos honorários sucumbenciais na Justiça do Trabalho. Essa é, sem dúvida, a maior bandeira a ser levantada Pela OAB em prol dos colegas desta área. Isso elevaria bastante a remuneração dos colegas e diminuiria os custos para seus clientes. Penso que a OAB-PI deveria trabalhar de modo muito mais sério e efi caz em relação à aprovação do projeto de lei que modifi ca a questão dos honorários na Justiça do Trabalho.

Ações direcionadas aos advogados em início de carreira têm destaque no programa da chapa OAB DE TODOS. Por que os jovens advogados e os estudantes de Direito precisam de maior atenção da OAB-PI?

Tem se visto, principalmente nos últimos cinco anos, um aumento muito grande do número de advogados jovens no nosso Estado, principalmente em razão do elevado número de cursos de Direito. O advogado jovem é hoje a maioria da categoria. Contudo, esse advogado recém-formado não consegue ter acesso ao

mercado de trabalho, aos clientes, a não ser por intermédio de um grande escritório de advocacia. Passam a ser verdadeiros reféns de salários irrisórios. Prova disso

é que o número de escritórios novos não mantém o ritmo do número de advogados jovens. Ou seja, os advogados estão cada vez mais empregados

e menos empreendedores/autônomos, o que vai contra a própria lógica da advocacia. A OAB tem papel importante, não para regular o mercado, mas para orientar e inserir esse jovem advogado no mercado de trabalho, dar oportunidades para ele, especialmente os recém-inscritos que não tem poder aquisitivo sufi ciente para montar seu próprio escritório e ter todo o instrumental necessário para a sua profi ssão.

Como o senhor vê o atual relacionamento entre a OAB-PI e o Judiciário piauiense? O que precisa mudar?

Quanto ao relacionamento da OAB Piauí com o Judiciário, hoje o que se vê, infelizmente, é uma certa apatia, beirando a subserviência. A OAB não tem a independência e a imparcialidade necessárias para atuar de forma combatente junto ao Judiciário e apontar todas as

suas mazelas, reivindicar soluções para elas. Em português claro: não coloca o dedo nas feridas. Um relacionamento muito estreito entre a OAB e o Judiciário não é salutar para nossa categoria.

O papel da Esapi é fomentar

a quali� cação dos advogados piauienses, através de ensino e extensão. O senhor acha que esse papel vem sendo bem desempenhado? A gestão atual da OAB vem cumprindo seu papel?

A Esapi, talvez, seja o órgão mais importante da OAB. É responsável pela intelectualização e reciclagem do advogado, continuidade de seus estudos, fomento de novos pensadores e ideias. A Esapi precisa ser uma casa onde os advogados possam debater sobre temas relevantes para a categoria e a própria sociedade. E isso, infeliz e inexplicavelmente, não tem sido feito. O que se propõe é reconstruir a Esapi, com uma nova mentalidade, buscando sempre a excelência do ensino, com a participação de todos os advogados e intelectuais. Principalmente, a OAB-PI precisa, urgentemente, conveniar-se com instituição de ensino para a realização de mestrado. É inadmissível esse vácuo na agenda da OAB-PI. Nesse aspecto, a atual gestão da OAB-PI não vem cumprindo com esse papel de qualifi cação dos advogados.

Entrevista

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A Esapi precisa ser uma casa onde os advogados

possam debater sobre temas relevantes para a categoria e a própria sociedade. E isso, infeliz e inexplicavelmente,

não tem sido feito.

“O advogado temque se sentir parte da Ordem”

Advogado militante na área trabalhista, Leonardo Cerqueira e Carvalho é candidato pela chapa OAB DE TODOS à vice-presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí (OAB-PI). Formado em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), tem especialização em Direito Fiscal e Tributário, também pela UFPI, e em Direito Constitucional, pela Universidade de Lisboa. Com apenas 32 anos, já tem larga atuação pro� ssional em escritórios de advocacia e na docência do Direito em faculdades piauienses. As di� culdades do dia a dia da advocacia o � zeram despertar para a luta por melhorias para a classe. O advogado defende uma OAB vanguardista, inovadora e mais próxima do advogado.

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Conselho SeccionalDiretoria

Presidente: Celso Barros Coelho NetoVice-presidente: Leonardo Cerqueira e Carvalho

Secretário geral: Daniel Mourão Guimarães de Morais MenesesSecretária geral adjunta: Chrystianne de Moura Santos Fonseca

Tesoureiro: Fábio Renato Bomfi m Veloso

Conselheiros

Alessandro Andrade SpindolaAlessandro Magno de Santiago FerreiraAlexandre Helvécio Alcobaça da Silveira

Antônio Alberto Nunes de CarvalhoAntônio Candeia de Albuquerque

Antônio Gonçalves HonórioCamila de Pinho Sousa

Carlos Mateus Cortez MacedoCarlos Washington Cronemberger Coelho

Damásio de Araújo SousaEdmilson de Sá Carvalho

Elane Saritta Paulino MouraGilberto Pereira Duarte

Inaldo Pereira Guerra NetoJosé Octávio de Castro Melo

Leonardo Gomes Ribeiro GonçalvesLilian Firmeza Mendes

Lourenço Barbosa Castello Branco NetoMarcelo Jerfeson Evangelista Bento dos Santos

Márcio Augusto Almeida CostaMaria da Conceição Carcará

Maria Fernanda Brito do AmaralNestor Alcebíades Mendes Ximenes

Pablo Parentes Fortes CostaPatrícia Cavalcante Pinheiro de Oliveira

Ricardo Lima PinheiroRoosevelt Furtado de Vasconcelos Filho

Adriana Borges Ferro MouraAntonino Silveira Reis NetoDanielle dos Santos AraújoDilermano de Araújo CoelhoÉlida Fabrícia Oliveira Machado FranklimÉlida Gracia de Oliveira BrandãoFábio Henrique Pedrosa TeixeiraFátima Gilda Ferreira de Almeida de SousaFrancisco Arrhenius Barros da RochaFrancisco das Chagas Silveira e SousaFrancisco Einstein Sepúlveda de HolandaGeorge dos Santos RibeiroGleyson Viana de CarvalhoGustavo Furtado Leite NetoHugo Vaz da RochaIvânia Fausto GomesJosé Augusto de Carvalho Mendes FilhoJosé Carlos de Almeida PereiraJosé Luiz da Cunha Torres FilhoKaren Roberta de Sousa VilarinhoLilian Érica Lima RibeiroLuiz José Ulisses JúniorMarcelo Veras de SousaMárcio André Barradas FerreiraMarcos Antônio Alves de AndradeOsni Moritz FilhoPatrícia da Conceição Sousa RaulinoPaulo Assis MouraRafael Almendra CruzRanyere Nery GonçalvesRicardo Augusto Amorim Franco de SáShaymmon Emanoel Rodrigues de Moura

Elisabeth Maria Memória AguiarFrederico de Freitas Mendes

Roberto Gonçalves de Freitas Filho

Alexandre Christian de Jesus NoletoRaimundo Luiz Cutrim CostaRobertônio Santos Pessoa

Conselheiros Federais

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Eleiçõesde novembro

das 09h às 17h

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Presidente: Ademar Bastos GonçalvesVice-presidente: José Urtiga de Sá JúniorSecretário geral: Cláudia Elita Nogueira Marques AlvesSec. geral adjunta: Adriana Gomes NoronhaDiretor fi nanceiro: Robert de Sousa FigueiredoSuplentes; Bartolomeu Brandão Cardoso Fabrício da Costa Reis Conselheiros fi scais: Adelmar Marques Marinho Gerson Gonçalves Veloso Getúlio Cavalcante José Wilson Barradas

CAAPI

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