4
ATENTO Agora a luta é nacional Depois de todas as tentativas em vão de negociação com a Atento, o Sindicato denunciou a atual situação de desrespei- to e abuso praticada pela empresa no 4º Congresso da Federação Nacional dos Trabalhadores de Telecomunicações (Fenattel) ocorrido entre os dias 24 e 26 de maio. A resposta foi imediata, a luta agora é a nível nacional! Os sindicatos representantes dos trabalhadores de todo o Brasil aprova- ram a convocação de uma reunião com representantes nacionais da empresa para cobrar o fim da precarização que se alastra na Atento e a falta de uma proposta digna para o PRL 2013 (Par- ticipação nos Lucros e Resultados). Até o momento, tudo o que a Atento propôs é inadmissível. Benefícios como vale transporte, vale refeição, e vale alimentação serão fracionados a partir deste mês de junho. Agora, ao invés da concessão dos benefícios ser feita no final de cada mês, será parcela em duas vezes: a primeira no início do mês e a segunda no final do mês. OBSTETRÍCIA JÁ! A empresa é majoritariamente forma- da por atendentes mulheres. No entanto, se recusa a oferecer um plano de saúde que cubra obstetrícia. Falta gravíssima que demonstra claramente a discri- minação institucional às mulheres. O Sinttel-Rio e a Fenattel exigem que a empresa assuma suas responsabilidades trabalhistas e vai procurar a justiça para denunciar o desrespeito e cobrar todos os direitos devidos. Qualquer dúvida, ou denúncia contra a empresa é só procurar os diretores Ricardo Pereira e Allan Dias pelo telefone 2204-9300, ou pelos e-mails: [email protected]. br e [email protected]. O 4º Congresso Nacional dos Traba- lhadores de Telecomunicações realizado entre os dia 24 e 26 de maio reuniu ao todo 22 sindicatos que representaram mais de 1 milhão de trabalhadores de todo o país. Durante o congresso ficou clara a relevância política alcançada pelo Brasil no atual cenário da luta sindical e a sua consolidação como a principal liderança sindical na América Latina. Com cerca de 194 milhões de habitan- tes (estimativa IBGE 2011), o mercado brasileiro já é considerado um dos mais rentáveis do mundo para as operadoras e empresas multinacionais que atuam nas telecomunicações. Entretanto, este lucro nem de longe é revertido para a melhoria de vida dos trabalhadores do setor ou para a democratização do acesso e qualificação dos serviços prestados para a população. Neste contexto, a presença do Brasil é cada dia mais fundamental no movimento 4º CONGRESSO DA FENATTEL Brasil é líder sindical na América Mais de 1 milhão de trabalhadores brasileiros representados pela federação repudiaram a terceirização do trabalho, defenderam o avanço da pauta trabalhista no Congresso Nacional e a solidariedade à luta sindical mundial sindical internacional e a ampliação da sua atuação política na luta contra a pre- carização do setor tem sido considerada prioritária por entidades como a UNI ICTS, (organização sindical global do setor de Informação, Comunicação e Tecnologia da Informação). Na última terça-feira, 28/05, Almir Mu- nhoz, presidente da Fenattel, foi escolhido como vice-presidente regional da UNI nas Américas. Durante a sua posse prometeu resistência às empresas “Nossa luta se dá contra as empresas. Tenho certeza que todos poderão contar com o trabalho do Brasil e de toda a América”. Ao final do evento foi aprovada a Carta de São Paulo e ainda no encerramento mais quatro moções: 10% do PIB para a educação; Previdência complementar nas empresas do setor; Repúdio à pre- carização no teleatendimento da Claro e Solidariedade aos trabalhadores da Colômbia. Leia as principais delibera- ções da Carta na página 4 e a íntegra do documento no Portal do Sinttel-Rio: www.sinttelrio.org.br. FOTOS PORTAL DO SINTTEL-RIO

Jornal do Sinttel-Rio nº 1366

Embed Size (px)

DESCRIPTION

4º CONGRESSO DA FENATTEL Brasil é líder sindical na América Mais de 1 milhão de trabalhadores brasileiros representados pela federação repudiaram a terceirização do trabalho, defenderam o avanço da pauta trabalhista no Congresso Nacional e a solidariedade à luta sindical mundial

Citation preview

Page 1: Jornal do Sinttel-Rio nº 1366

Atento

Agora a lutaé nacional

Depois de todas as tentativas em vão de negociação com a Atento, o Sindicato denunciou a atual situação de desrespei-to e abuso praticada pela empresa no 4º Congresso da Federação Nacional dos Trabalhadores de Telecomunicações (Fenattel) ocorrido entre os dias 24 e 26 de maio. A resposta foi imediata, a luta agora é a nível nacional!

Os sindicatos representantes dos trabalhadores de todo o Brasil aprova-ram a convocação de uma reunião com representantes nacionais da empresa para cobrar o fim da precarização que se alastra na Atento e a falta de uma proposta digna para o PRL 2013 (Par-ticipação nos Lucros e Resultados).

Até o momento, tudo o que a Atento propôs é inadmissível. Benefícios como vale transporte, vale refeição, e vale alimentação serão fracionados a partir deste mês de junho. Agora, ao invés da concessão dos benefícios ser feita no final de cada mês, será parcela em duas vezes: a primeira no início do mês e a segunda no final do mês.

oBStetRÍCIA JÁ!A empresa é majoritariamente forma-

da por atendentes mulheres. No entanto, se recusa a oferecer um plano de saúde que cubra obstetrícia. Falta gravíssima que demonstra claramente a discri-minação institucional às mulheres. O Sinttel-Rio e a Fenattel exigem que a empresa assuma suas responsabilidades trabalhistas e vai procurar a justiça para denunciar o desrespeito e cobrar todos os direitos devidos. Qualquer dúvida, ou denúncia contra a empresa é só procurar os diretores Ricardo Pereira e Allan Dias pelo telefone 2204-9300, ou pelos e-mails: [email protected] e [email protected].

O 4º Congresso Nacional dos Traba-lhadores de Telecomunicações realizado entre os dia 24 e 26 de maio reuniu ao todo 22 sindicatos que representaram mais de 1 milhão de trabalhadores de todo o país. Durante o congresso ficou clara a relevância política alcançada pelo Brasil no atual cenário da luta sindical e a sua consolidação como a principal liderança sindical na América Latina.

Com cerca de 194 milhões de habitan-

tes (estimativa IBGE 2011), o mercado brasileiro já é considerado um dos mais rentáveis do mundo para as operadoras e empresas multinacionais que atuam nas telecomunicações. Entretanto, este lucro nem de longe é revertido para a melhoria de vida dos trabalhadores do setor ou para a democratização do acesso e qualificação dos serviços prestados para a população.

Neste contexto, a presença do Brasil é cada dia mais fundamental no movimento

4º CONGRESSO DA FENATTEL

Brasil é líder sindical na AméricaMais de 1 milhão de trabalhadores brasileiros representados pela federação repudiaram a terceirização do trabalho, defenderam o avanço da pauta trabalhista no Congresso Nacional e a solidariedade à luta sindical mundial

sindical internacional e a ampliação da sua atuação política na luta contra a pre-carização do setor tem sido considerada prioritária por entidades como a UNI ICTS, (organização sindical global do setor de Informação, Comunicação e Tecnologia da Informação).

Na última terça-feira, 28/05, Almir Mu-nhoz, presidente da Fenattel, foi escolhido como vice-presidente regional da UNI nas Américas. Durante a sua posse prometeu

resistência às empresas “Nossa luta se dá contra as empresas. Tenho certeza que todos poderão contar com o trabalho do Brasil e de toda a América”.

Ao final do evento foi aprovada a Carta de São Paulo e ainda no encerramento mais quatro moções: 10% do PIB para a educação; Previdência complementar nas empresas do setor; Repúdio à pre-carização no teleatendimento da Claro e Solidariedade aos trabalhadores da Colômbia. Leia as principais delibera-ções da Carta na página 4 e a íntegra do documento no Portal do Sinttel-Rio: www.sinttelrio.org.br.

Fotos Portal do sinttel-rio

Page 2: Jornal do Sinttel-Rio nº 1366

Selmara Braga

A mostra reúne obras da coleção do Centre George Pompidou, de Paris. Entre as artistas destacamos Frida Kahlo (foto), Louise Bourgeois e Valérie Belin e as brasi-leiras Letícia Parente Ana Maria Maiolino,

Mulheres artistas do Centre George PompidouA mostra inaugurada neste final de semana no Centro Cultural do Banco do Brasil - CCBB (Rua 1º de Março, 66) promete atrair milhares de pessoas. A exposição nos traz o olhar pioneiro de mulheres que neste último século, entre 1907 e 2007, produziram arte em vários formatos e legaram para as novas gerações as impressões femininas nas suas obras.

Sônia Andrade, Rosângela Rennó, Rivane Neuenschwander, Anna Bella Geiger.

O período de duração da mostra é curto, vai até o dia 14 de julho, de terça a domingo, no horário das 9 às 21h. É uma ótima oportunidade para ver obras e conhecer um pouco dessas mulheres que certamente revolucionaram sua época. Nós recomendamos a mostra e orientamos a não deixarem para os últimos dias.

A exposição consta de São 120 obras - entre pinturas, instalações, esculturas, fotografias e vídeos - que traçam um amplo panorama do papel feminino na história da arte moderna e contemporânea. Quando foi montada em Paris em 2009, a mostra foi vista por dois milhões de pessoas.

Essas mulheres revolucionaram com suas produções, cada uma a seu modo, com os conceitos artísticos de seu tempo. Os trabalhos foram divididos em cinco seções, de acordo com suas característi-cas e a perspectiva de cada artista. Não deixe de ver.

No fotojorlismo temos o jargão “uma imagem vale mais que mil pa-lavras”, ou o fato retratado fala por si. Para comprovar isso basta relembrar as imagens da guerra, do holocausto, da fome na África, ou da seca no sertão nordestino. As imagens desse horror evidenciam a dor e grita de revolta.

“World Press Photo” – o melhor fotojornalismo internacional exposição que estará aberta ao público até o dia 23 de junho trata deste tema e vale a pena ser vista. A mostra reúne 154

Campeonato: nova rodada dia 8

A primeira rodada do campeonato do Sinttel, no último dia 18, no campo da Vila Olímpica do Salgueiro foi um sucesso. Em virtude da realização do congresso da Fenattel no período de 24 a 26 e do feriado de Corpus Christ, celebrado amanhã, dia 30, a segunda rodada do campeonato será no dia 8, no mesmo local e horário. Organize a sua torcida e faça um programa diferente com sua família. Confira o resultado dos jogos no Portal do Sinttel (www.sinttelrio.org.br). Qualquer informação sobre o campeonato entre em contato com Ricardo Pereira, ou Alan Dias pelo telefone 2204-9300.

No período de 22 a 27 de julho será realizada na Colônia de Graham Bell a Colônia de Férias “Ciranda da Alegria” para crianças de 6 a 12 anos. Inscreva seus filhos!

Esse tipo de atividade é bom para o desenvolvimento da criança. Na colônia de Férias a criança terá oportunidade de participar de atividades coletivas que incentivam a socialização, desenvolvem a autonomia e a confiança. Também Aprendem a compartilhar, ganhar, perder

e resolver seus próprios problemas.A lista de vantagens é interminável.

Longe dos pais, aprenderão, por exemplo, cuidar e carregar sua própria bagagem e a serem responsáveis, ações que for-talecem o caráter.

As crianças contarão com o cuidado de profissionais especializados. A coordena-ção pedagógica ficará por conta de Ana Maria Martins e a animação cultural fica a cargo do Tio Markão. Teremos também diversos profissionais de educação física.

Confira os pacotes e preços no Portal do Sinttel (www.sinttelrio.org.br) e faça a inscrição dos seus filhos. Eles vão amar.

FeStA JUnInA - Ainda há vagas para quem quiser participar da festa ju-nina da Colônia de Férias Graham Bell, em Miguel Pereira. Não perca mais essa chance e faça sua reserva hoje mesmo pelo telefone (21) 2568-0572, ou 2204-9300 / Ramal 203. A festa junina será no dia 22/06 e a animação é garantida.

Ciranda da Alegria: inscrições abertas

World Press Photo: o melhor do fotojornalismofotos de 54 fotógrafos de 32 países com imagens que se destacaram na imprensa mundial em 2012, na política, economia, esportes, cultura e natureza.

Como as fotos são de 2012, muitas das imagens expostas serão imedia-tamente reconhecidas pelos visitan-tes. Entre essas, está exposta a foto premiado do sueco Paul Hansen, que registra a comoção pela morte de duas crianças palestinas, vítimas de um míssil israelense. A imagem chocou o mundo.

divulgação

Telefonista na época do governo militar, a personagem da história dessa semana é também uma cozinheira de mão cheia. Famosa pelas feijoadas, pela especialidade na cozinha mineira, por seus cozidos e pela ceia de natal no Sindicato e outros quitutes...huum! Selmara da Costa Braga, 65 anos, está na estrada das telecomunicações desde 1966, quando entrou para a antiga CTB e em 1971 filiou-se ao sindicato.

Em plena ditadura, a vida de telefo-nista era cheia de desafios e grandes emoções. A aposentada lembra que o próprio presidente da Telerj era um coronel. “Era como se fosse um quartel, onde nós éramos os soldados. Então a gente trabalhava em frente ao painel onde acendiam luzinhas e a gente tinha segundos para atender”. Ela lembra ainda do sistema de fiscalização por escuta, onde outras pessoas ficavam monitorando o trabalho das telefonis-tas. Era proibido até mesmo responder um “bom dia telefonista, tudo bem?”.

Em 93 foi a hora de se aposentar, antes da privatização do setor em 98, por sorte, já que muitos direitos foram tirados dos trabalhadores. De lá pra cá, se envolveu com o departamento de aposentados do Sindicato e mudou a vida de muita gente organizando a confraternização de final de ano, com o dinheiro da caixinha de natal coletiva, promovendo encontros entre os antigos senhores e senhoras colegas que nunca mais se viram depois da aposentado-ria, ajudando a adquiri remédios para os necessitados, ou nos passeios por Miguel Pereira, Campos, entre outros.

Selmara recorda de um feriado em que atendeu a uma chamada às 5h15 da manhã onde precisava avisar a um rapaz do interior do Rio que sua mãe havia morrido num acidente. Fez de tudo para localizá-lo em Italba até ligar para a Rádio Globo e pedir que anunciasse o nome da senhora. Depois de muita procura conseguiu avisar a família. “Dias depois, eles ligaram para a Telerj queriam me dar um presente de agradecimento, mas eu não podia aceitar.”

A preocupação com a nova geração é unanimidade entre os mais vividos. “Todos tem que se sindicalizar, parti-cipar de uma assembleia para depois não reclamar que não houve conquista. Tem que participar para ter retorno do que está plantando”, aconselhou. Veja o vídeo no nosso Portal.

Page 3: Jornal do Sinttel-Rio nº 1366

Foi o que aconteceu com José Rafael Sabino da Silva, 29 anos, empregado da Engessete, empresa que presta serviços de telecomunicações para as operadoras Intelig, Vivo, Algar e Global, na função de vistoria de rede.

Por ser obrigado a percorrer vários locais ao longo do dia verificando se as redes estão intactas, Rafael trabalhava com uma moto da empresa. No dia 7 de março quando voltava do trabalho a corrente da moto arrebentou e a moto caiu sobre suas pernas causando lesões graves que o impedem de ficar em pé até hoje.

A empresa deu os primeiros socorros, mas não abriu o CAT que caracteriza o acidente de trabalho. A justificativa era de que ele não sofreu fratura, não quebrou nenhum osso. Ao negar o CAT feriu a legislação trabalhista e prejudicou o empregado que ficou sem as garantias legais, como por exemplo, a estabilidade provisória.

Finda a licença médica Rafael voltou ao

tV PoR ASSInAtURA

Pacotes “combo” são abusivos

A oferta de combos de telefone, banda larga e TV por assinatura reúne uma série de práticas abusivas, como exigência de fidelização, barreiras para contratação do serviço avulso e falta de informações claras de que o pacote é, na verdade, uma “promoção”. O resultado disso é o aumento crescente no volume de queixas nos Procons de todo país.

O nível de insatisfação dos consu-midores é generalizado principalmente devido ao generalizado conflito de in-formações, o site das operadoras dizem uma coisa e os Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC) dizem outra.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que avaliou as condições para a contratação de pacotes das empresas GVT, Net, Oi, Vivo, e a oferta Combo Multi, que envolve serviços das operadoras Net, Embratel e Claro (que pertencem ao mesmo grupo empresarial, o América Móvil) constatou as irregularidades.

“Muitos problemas que já existem nos serviços separadamente e são mul-tiplicados na contratação dos combos”, resume Veridiana Alimonti, advogada do Idec responsável pela pesquisa.

Segundo ela, o agravante é que prati-camente não há regras específicas que tratem da contratação conjunta - cada serviço tem um regulamento específico. Algumas raras exceções estão nas novas regras de TV por assinatura (regulamen-to do Serviço de Acesso Condicionado - SeAC), aprovadas no ano passado. Mas poucas das normas ali previstas sobre a contratação combinada se aplicam a outros serviços também; a maioria só vale para a TV. UMA LUZ no tUneL

Essa situação pode mudar com a consulta pública no 14/2013 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a unificação das regras dos serviços de telecomunicações referentes a atendi-mento e cobrança.

Veridiana ressalta que “diante do cenário de expansão da venda desses pacotes, é fundamental que haja uma regulação setorial compatível com a convergência dos serviços de telecomu-nicações”, defende Veridiana.

ACIDente De tRABALHo

Engessete nega CAT e demiteA história se repete diariamente no departamento de Saúde do Sinttel-Rio. As empresas se negam a abrir o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) e depois demitem os empregados, vítimas de acidentes, como se estes não passassem de peças descartadas de uma máquina.

trabalho mesmo sem estar em condições. Não conseguia ficar de pé e sentia fortes dores. A empresa o demitiu sem dó nem piedade. No exame demissional o médico o considerou apto. Um absurdo que tam-bém se repete nas empresas.

Rafael lembra indignado da indiferen-ça do médico à sua situação. “Quando disse que não tinha condições de ficar de pé e que aguardava o resultado de uma ressonância ele ironizou - como você chegou até aqui? ao que respondi o senhor queria que tivesse vindo de cadeira de rodas?”.

De fato não houve fratura, mas o re-sultado da ressonância do joelho direito recebido dias depois revela lesões graves do corno superior de ambos os meniscos e ruptura do ligamento cruzado anterior, inclusive, com indicação cirúrgica.

InSS ReConHeCe ACIDenteDepois desse abuso Rafael buscou o

departamento de saúde do Sinttel que ouviu sua história e abriu o seu CAT. O INSS não só reconheceu o acidente de trabalho (B 91) como o colocou em benefício até o dia 1º de agosto.

Essa foi a primeira vitória de Rafael que agora quer sua reintegração à empresa e o retorno do plano de saúde para concluir os exames do tornozelo, fazer a cirurgia e a fisioterapia se for o caso.

eXIGIMoS A ReInteGRAÇÃoO Sinttel vai solicitar uma mesa redonda

com a empresa na Delegacia Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (DRT-RJ) e na ocasião exigirá a reintegração de Rafael. Caso não haja conciliação, a saída será recorrer à justiça.

Aposentados na mira de golpistas

O departamento de aposentados do Sinttel recebeu informação de vários aposentados dando conta de um novo golpe na praça contra a categoria. Trata-se de escritórios de advocacia que têm enviado cartas a estes companheiros, ou distribuído panfletos prometendo a revisão dos valores de seus benefícios através da desaposentação.

Muitos companheiros já procuraram alguns desses escritórios e foram in-formados que antes de qualquer coisa, os interessados devem adiantar três ou quatro mil reais para dar entrada com a ação. Isso é golpe.

O pedido de desaposentação é legíti-mo, mas nem todos os aposentados têm direito. A orientação do Sindicato é que os interessados em entrarem com essa ação, ao invés de correr o risco de cair num desses golpes, devem procurar o jurídico do Sindicato para se informar e verificar sem têm direito e possibilidade de entrar com essa ação. Se for o caso, entrem pelo nosso departamento jurídico.

De acordo com o setor de acompa-nhamento de greve (SAG) do Depar-tamento de Estatística e Estudos Sócio Econômico (Dieese), em 2012 mais trabalhadores foram à luta por melho-res salários e benefícios. O resultado disso foi um aumento significativo nas greves. Ano passado foram realizadas 873 greves no país. Um aumento de 58% em relação a 2011.

O número de greves def la-gradas pelos trabalhadores da iniciativa privada (461) superou o registrado pela setor público (409). Em termos proporcionais, o setor privado representou 53% do total e o público 47%.

Entre as reivindicações, a exigência de reajuste salarial foi predominante (41%). Os pedidos de introdução, manu-tenção, ou melhoria de auxí-lio-alimentação aparecem em segundo lugar (27%). Depois, vem o cumprimento, implanta-ção ou reformulação de Plano de Cargos (23%). As queixas contra o atraso no pagamento

Número de greves cresceu 58% em 2012dos salários representaram 18% das reivindicações.

O mais importante ainda segundo o SAG/Dieese, é que 533 greves ti-veram êxito com o atendimento das reivindicações, ou seja, 61% do total. A pesquisa revela que aproximadamente 75% dos movimentos conseguiram um resultado favorável.

socorro andrade

socorro andrade

Page 4: Jornal do Sinttel-Rio nº 1366

bers

ot

1.366

R. Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 - Fax Geral 2567-1589E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

E-mail Jurídico [email protected] - E-mail Imprensa [email protected]

DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda

[email protected]

EDIÇÃO Socorro Andrade

Reg. 460 DRT/PB [email protected]

REDAÇÃOSocorro Andrade e Luana Laux

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot

www.alexandrebersot.com.br

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

ESTAGIÁRIACamila Palmares

IMPRESSÃO

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

humor

A necessidade de aprofundar a partici-pação da entidade nas políticas públicas de telecomunicações do país foi um dos temas debatidos no Congresso da Fenattel. Na Carta de São Paulo, os trabalhadores reafirmam o papel estratégico das teleco-municações para a economia brasileira e internacional. Mas, as mesmas operadoras que investem em tecnologia de ponta, oferecem a seus contratados, em especial aos responsáveis pela instalação e manu-tenção das redes de telecomunicações e aos teleatendentes, péssimas condições de trabalho e salários aviltantes.

PReCARIZAÇÃo Do tRABALHo

A situação dos trabalhadores sequer é lembrada pelas operadoras. Não há, na Carta de Brasília, uma única menção a eles. As operadoras falam em qualidade do serviço, mas não tocam no investi-

mento em formação e qualificação dos trabalhadores do setor. Na Carta de 2012 esse compromisso aparecia, porém não saiu do papel.

Já no Congresso da Fenattel a questão foi amplamente debatida. Na Carta de São Paulo, os trabalhadores afirmam que “as empresas de telecomunicações obtiveram gigantescos ganhos patrimoniais, sem, contudo, promover as devidas contrapar-tidas sociais aos seus trabalhadores. Ao contrário, utilizando-se de mecanismos como a terceirização, responsável pelo agravamento das injustiças e desigual-dades de norte a sul, promoveram a pre-carização dos contratos de trabalho, dos salários e das condições sociais de quase um milhão de trabalhadores.”

As empresas, por sua vez, alegam que têm feito todos os investimentos com recursos privados. Os trabalhadores contestam. Em uma das teses aprovadas

no Congresso, destacam que boa parte desse investimento só ocorreu devido às obrigações previstas nos contratos de concessão. O Instituto Telecom reforça essa tese lembrando que diferente do conceito de massificação do mercado, no qual basta disponibilizar a rede, o Instituto Telecom entende que sem tarifas módicas não será possível universalizar de fato os serviços.

ABAIXo ASSInADoPor outro lado, enquanto no Painel das

operadoras não houve qualquer menção à necessidade de regulamentar os artigos 5, 21, 220, 221, 222 e 223 da Constituição, os trabalhadores os presentes ao congresso da Fenattel assinaram em massa o Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comuni-cações - o projeto precisa de 1 milhão e 400 mil assinaturas para que seja colocado em debate no Congresso Nacional.

CARTA DE SÃO PAULOAbaixo as principais deliberações

da Carta de São Paulo aprovada no encerramento do 4º Congresso Nacional da Fenattel:

1. Recuperar e garantir o protagonis-mo do movimento sindical no cenário político e econômico, integrando o bloco produtivista das forças que querem o desenvolvimento com dis-tribuição de renda e que enfrenta as ameaças de retrocesso. Manter a luta pela queda dos juros;

2. Adotar e ampliar as ações propos-tas na Plataforma Unitária aprovada na CONCLAT do Pacaembu (2010) e

as bandeiras da 7ª Marcha dos Traba-lhadores à Brasília;

3. Definir como tarefas imediatas do movimento sindical dos Traba-lhadores em Telecom as lutas por negociações salariais com ganho real. Não vamos descansar enquanto não conquistarmos Convenções Co-letivas Nacionais unitárias e justas para coibir as mazelas da terceiriza-ção, em especial a precarização do trabalho e dos salários. Lutaremos pelo avanço da pauta trabalhista do Congresso Nacional;

4. Reforçar a unidade, mobilização e organização das entidades sindicais

Nokia Siemens: homologaçõessó em julho

As homologações dos cerca de 1.500 trabalhadores de MPI (Manutenção de Planta Interna) da Nokia Siemens que em abril último foram primarizados pela Oi, por solicitação da empresa, serão feitas em julho. A informação nos foi dada pelo diretor Valdo Leite. Segundo ele, os trabalhadores têm ligado insistentemente para o Sindicato cobrando as homologações e para acabar com as dúvidas sobre o motivo destas já não terem sido feitas, estamos esclarecendo que só a decisão é da Nokia de homologar no próximo mês. As homologações Serão feitas no Sindicato e quando for definida a data divulgaremos.

Embratel faz pesquisa de clima

A Embratel lançou na semana passada mais uma pesquisa de clima para avaliar a posição dos empregados sobre a empresa e as condições de trabalho. Há dois anos a empresa não fazia uma pesquisa deste tipo.

Uma boa parte dos empregados alimenta, com toda razão, um grande ceticismo sobre o que pode resultar desta pesquisa, pois a experiência prática mostra que a empresa não toma medidas sobre os aspectos negativos que são apontados pela categoria. Gerou des-confiança, também, a exigência de informar o CPF para responder à pesquisa.

O sigilo dos questionários é fundamen-tal para que os trabalhadores possam se expressar sem receios. Para garantir isso e para que possa ouvir a real opinião dos trabalhadores a Embratel não deve cobrar destes a identificação.

No entanto, já que está aberto o espaço, é importante que os empregados manifestem na pesquisa sua insatisfação com o nível dos salários, a falta de promoções e de transparência, as precárias condições dos ambientes de trabalho, entre tantos proble-mas que a todo o momento são motivo de queixas e reclamações. Isso não significa que a situação vai mudar a partir da pesquisa, mas é uma confirmação do que temos co-brado. As melhorias só virão com a nossa efetiva mobilização e participação de todos os trabalhadores nas lutas seja pela solução de um problema específico do dia a dia, ou na campanha geral pelo Acordo Coletivo. Responder a pesquisa é evidenciar essa insatisfação.

Congresso da Fenattel dá resposta à Carta de BrasíliaEnquanto na Carta de Brasília, documento aprovado ao final do 57º Painel Telebrasil, as operadoras cobram do governo a desoneração tributária como medida indispensável para “aumentar o investimento e a massificação dos serviços”, os trabalhadores do setor, reunidos no 4º Congresso da Fenattel, respondem com a Carta de São Paulo, onde denunciam “a precarização dos contratos de trabalho e o agravamento das injustiças e desigualdades de norte a sul” do país.

em todo país e, além disso, interligar nossas ações com as do movimento sindical nos demais países, em espe-cial na América do Sul, onde a soli-dariedade e as lutas comuns devem ser implementadas com apoio da Rede Sindical Internacional, o nosso “sindicato global”;

5. Sindicalizar centenas de milhares de novos trabalhadores para fortalecer nossas organizações como instrumen-tos de luta e mobilização desde os locais de trabalho. Organizar novos contingentes de mulheres e jovens, construindo dia a dia sindicatos fortes e respeitados.

Portal do sinttel-rio