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CLARO Cadê os resultados da PPR/2013? A Claro vai pagar a PPR/2013 (a segunda parte porque a pri- meira ela já pagou em setembro), no dia 31, mas até agora nada de informar os resultados para o Sinttel-Rio e seus trabalhadores. Mais uma vez a empresa deixa a categoria ansiosa e preocupada ao não dar esta informação. A falta de transparência e diálogo da Claro levanta muitas dúvidas quanto à veracidade dos valores que serão aplicados na PPR. O Sindicato está preocupado e não vai aceitar qualquer valor. A empresa nem mesmo convo- cou a reunião prevista para a divulgação dos resultados da empresa no último trimestre. Nós cobramos o agendamento de uma reunião e dados sobre a PPR diversas vezes, mas a empresa segue ignorando completamente o trabalhador. Oi paga placar aos saídos dia 28 A Oi já confirmou que vai pagar o placar/13 para os trabalhadores saídos na sexta, dia 28. O pagamento será via depósito em conta. Quem já encerrou a conta deve entrar em contato com o setor de Recursos Humanos para informar. Até aí nada demais, acontece que o trabalhador necessita de ambiente de trabalho digno, con- fortável, justamente o que está faltando no novo prédio. Antes de transferir os traba- lhadores (80% deles mulheres) e jogá-los dentro de um prédio sem a mínima infraestrutura, a TELEMONT/OI Trabalhador tem vida de gado Telemont deveria ter feito uma obra que garantisse mobilidade, conforto e o bem estar de seus empregados. Diante do volume de denúncias da categoria, o Sindica- to resolveu verificar in loco o que estava acontecendo e confirmou os abusos. O prédio tem dois elevadores, mas apenas um funciona, mesmo assim precariamente. Não vai a todos os andares e em alguns não abre a porta, obrigando o empregado a descer, ou subir um lance para chegar a sua sala. Os botões de chamada só funcionam em alguns andares. Há empregados com limitações físicas usando muletas e sendo obrigados a subir de escada devido ao congestionamento na entrada do prédio na hora do rush e do estresse. REFEITÓRIO - Os problemas não param por aí. O refeitório fica no 8º andar, onde o elevador não chega e, mesmo que chegasse não teria condições de atender a grande demanda do horário de almoço. Na tentativa de corrigir a bes- teira que fez a Telemont mandou instalar dois micro-ondas no segundo andar. A emenda foi pior que o soneto, os trabalhadores não têm onde guardar suas marmitas, os dois fornos não atendem a de- manda e o pessoal ainda é obrigado a fazer as refeições nas baias de trabalho. Isso é precarização e o Sindicato não admite. Num prédio de oito andares só há banheiros funcionando em três, no 2º, no 3º e no 8º andar. Ao invés de resolver a situação, a empresa preferiu improvisar e novamente errou. Determinou que as mulheres (maioria) ficariam com os banheiros do 2º e do 3º andar e os homens com os do 8º. Os homens que trabalham nos primeiros andares se revoltaram, com razão. O resultado disso é congestionamento e filas nos banheiros. Marcelo Lopes e Valdo Leite, diretores do Sinttel que estiveram no local exigiram da empresa a realização imediata das obras, o funcionamento dos dois ele- vadores e o fim da precarização. Por isso somamos nossa voz a de todas as entidades que convocam para o dia 1º de abril, mais um grandioso ato contra a ditadura militar nas principais capitais do país. Aqui no Rio o ato será na Cinelândia, Centro do Rio, às 17h. O evento contará com a participação de lideranças políticas, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estu- dantis e populares, sindicatos e a população. Contamos com a sua participação. Para quem tem menos de 50 anos é difícil imaginar o que foram aqueles anos. Censores invadindo as redações e cortando matérias e fotos, fechando sindicatos, centros acadê- micos e associações, censurando músicas, peças de teatros e filmes e muita gente sendo presa e torturada até a morte. As reuniões públicas eram proibidas. As pessoas temiam receber amigos em casa. A ditadura legou ao país uma legião de órfãos que ainda hoje chora por seus pais mortos nos porões e de mães que perderam seus filhos. A estilista Zuzu Angel virou um símbolo na luta por notícias do filho Stuart Angel e acabou também sendo assassinada. Só agora, 50 anos depois, graças à deter- 50 anos do golpe: ato contra o retrocesso dia 1 o No momento em que assistimos manifestações explícitas de setores da direita clamando pelo retorno da ditadura militar, cabe a nós que repudiamos aquelas anos de chumbo reagir veementemente contra essa insanidade. minação do governo Dilma que instalou a Comissão da Verdade é que esses crimes estão sendo revelados. O jornalista Vladmir Herzog, não se matou como afirmavam seus algozes, mas morreu sob tortura. O deputado Rubens Paiva não desapareceu, depois de assassinado teve seu corpo atirado de um helicóptero no Rio Itaipava, região Serrana. Por tudo isso não vamos deixar que nenhum movimento saudoso desse horror se propague. Ditadura nunca mais. Todos ao ato. A Telemont decidiu transferir os cerca de 250 trabalhadores do Centro de Operações (CO), que funcionava em Queimados, na Baixada Fluminense para o prédio da Oi, localizado na Rua Nilo Peçanha, em Nova Iguaçu. Monumento Tortura Nunca Mais em Recife (PE). No detalhe, Rubens Paiva, que até poucos dias era dado como desaparecido REPRODUÇÃO

Jornal do Sinttel-Rio

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50 anos do golpe: ato contra o retrocesso dia 1 º

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio

CLARO

Cadê os resultados da PPR/2013?

A Claro vai pagar a PPR/2013 (a segunda parte porque a pri-meira ela já pagou em setembro), no dia 31, mas até agora nada de informar os resultados para o Sinttel-Rio e seus trabalhadores. Mais uma vez a empresa deixa a categoria ansiosa e preocupada ao não dar esta informação. A falta de transparência e diálogo da Claro levanta muitas dúvidas quanto à veracidade dos valores que serão aplicados na PPR.

O Sindicato está preocupado e não vai aceitar qualquer valor. A empresa nem mesmo convo-cou a reunião prevista para a divulgação dos resultados da empresa no último trimestre. Nós cobramos o agendamento de uma reunião e dados sobre a PPR diversas vezes, mas a empresa segue ignorando completamente o trabalhador.

Oi paga placar aos saídos dia 28

A Oi já confirmou que vai pagar o placar/13 para os trabalhadores saídos na sexta, dia 28. O pagamento será via depósito em conta. Quem já encerrou a conta deve entrar em contato com o setor de Recursos Humanos para informar.

Até aí nada demais, acontece que o trabalhador necessita de ambiente de trabalho digno, con-fortável, justamente o que está faltando no novo prédio.

Antes de transferir os traba-lhadores (80% deles mulheres) e jogá-los dentro de um prédio sem a mínima infraestrutura, a

TELEMONT/OI Trabalhador tem vida de gadoTelemont deveria ter feito uma obra que garantisse mobilidade, conforto e o bem estar de seus empregados. Diante do volume de denúncias da categoria, o Sindica-to resolveu verificar in loco o que estava acontecendo e confirmou os abusos.

O prédio tem dois elevadores, mas apenas um funciona, mesmo assim precariamente. Não vai a todos os andares e em alguns não abre a porta, obrigando o empregado a descer, ou subir um lance para chegar a sua sala. Os botões de chamada só funcionam em alguns andares.

Há empregados com limitações físicas usando muletas e sendo obrigados a subir de escada devido

ao congestionamento na entrada do prédio na hora do rush e do estresse.

REFEITÓRIO - Os problemas não param por aí. O refeitório fica no 8º andar, onde o elevador não chega e, mesmo que chegasse não teria condições de atender a grande demanda do horário de almoço.

Na tentativa de corrigir a bes-teira que fez a Telemont mandou instalar dois micro-ondas no segundo andar. A emenda foi pior que o soneto, os trabalhadores não têm onde guardar suas marmitas, os dois fornos não atendem a de-manda e o pessoal ainda é obrigado a fazer as refeições nas baias de trabalho. Isso é precarização e o Sindicato não admite.

Num prédio de oito andares só há banheiros funcionando em três, no 2º, no 3º e no 8º andar. Ao invés de resolver a situação, a empresa preferiu improvisar e novamente errou. Determinou que as mulheres (maioria) ficariam com os banheiros do 2º e do 3º andar e os homens com os do 8º. Os homens que trabalham nos primeiros andares se revoltaram, com razão. O resultado disso é congestionamento e filas nos banheiros.

Marcelo Lopes e Valdo Leite, diretores do Sinttel que estiveram no local exigiram da empresa a realização imediata das obras, o funcionamento dos dois ele-vadores e o fim da precarização.

Por isso somamos nossa voz a de todas as entidades que convocam para o dia 1º de abril, mais um grandioso ato contra a ditadura militar nas principais capitais do país. Aqui no Rio o ato será na Cinelândia, Centro do Rio, às 17h. O evento contará com a participação de lideranças políticas, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estu-dantis e populares, sindicatos e a população. Contamos com a sua participação.

Para quem tem menos de 50 anos é difícil imaginar o que foram aqueles anos. Censores invadindo as redações e cortando matérias e fotos, fechando sindicatos, centros acadê-micos e associações, censurando músicas, peças de teatros e filmes e muita gente sendo presa e torturada até a morte. As reuniões públicas eram proibidas. As pessoas temiam receber amigos em casa.

A ditadura legou ao país uma legião de órfãos que ainda hoje chora por seus pais mortos nos porões e de mães que perderam seus filhos. A estilista Zuzu Angel virou um símbolo na luta por notícias do filho Stuart Angel e acabou também sendo assassinada.

Só agora, 50 anos depois, graças à deter-

50 anos do golpe: ato contra o retrocesso dia 1o

No momento em que assistimos manifestações explícitas de setores da direita clamando pelo retorno da ditadura militar, cabe a nós que repudiamos aquelas anos de chumbo reagir veementemente contra essa insanidade.

minação do governo Dilma que instalou a Comissão da Verdade é que esses crimes estão sendo revelados. O jornalista Vladmir Herzog, não se matou como afirmavam seus algozes, mas morreu sob tortura. O deputado Rubens Paiva não desapareceu,

depois de assassinado teve seu corpo atirado de um helicóptero no Rio Itaipava, região Serrana. Por tudo isso não vamos deixar que nenhum movimento saudoso desse horror se propague. Ditadura nunca mais. Todos ao ato.

A Telemont decidiu transferir os cerca de 250 trabalhadores do Centro de Operações (CO), que funcionava em Queimados, na Baixada Fluminense para o prédio da Oi, localizado na Rua Nilo Peçanha, em Nova Iguaçu.

Monumento Tortura Nunca Mais em Recife (PE). No detalhe, Rubens Paiva, que até poucos dias era dado como desaparecido

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Euclides da Silva

Euclides Flores da Silva, 80 anos, come-çou sua trajetória profissional na Standard Elétrica. Desde criança ele gostava de ele-trônica e com 14 anos passou a se dedicar ao ofício. Fez concurso e foi trabalhar na Cetel (Companhia Estadual de Telefones da Guanabara, onde ficou até se aposentar .

O companheiro passou por diversos setores e nos últimos 17 anos dentro da empresa se dedicou especialmente à sessão de projetos como centro de exames e à telefonia, de um modo geral. Quando a Telerj absorveu a Cetel, Euclides achou melhor se aposentar. Não sabia o que ia acontecer na empresa e já aposentado, preferiu sair e se dedicar a uma grande paixão: no ramo das terapias alternativas, onde trabalha até hoje, 20 anos depois.

O trabalho na Cetel foi uma chance para mudar de vida. “Quando entrei para a Cetel eu estava vivendo uma fase horrível, muito ruim mesmo e lá lutei muito e mudei toda a minha vida e também meus horizontes. Voltei a estudar e até hoje estudo e estou em atividade. Agora estou ajudando as pessoas no trabalho que faço através da terapia holística”, desabafa.

Do sindicato, ele ainda tem muitas lem-branças. “Eu tenho muitos anos de sindicato, sou sócio remido, já participei de muitas campanhas e diversas mobilizacões de rua organizadas pelo Sindicato. Foi um amadu-recimento muito grande lidar com pessoas, aprender sobre o outro lado da realidade com as negociações [com os patrões]”. Para ele, a convivência com o sindicato mais os estudos de terapeuta o ajudaram muito a entender mais as pessoas, a dificuldade do outro e a evoluir como ser humano.

Na sua opinião, hoje em dia o mundo está mais difícil para o trabalhador. “Você vê atual-mente os grandes empresários só pensam em ganhar, ganhar e ganhar. O Henry Ford, por exemplo, pensava que se pagasse um bom salário ele teria bons consumidores. Isso é uma verdade que não se pensa mais nisso”, observou. Uma análise que só fortalece a necessidade de mobilização dos trabalhadores via os sindicatos, principal instrumento de mudança e transformação da vida do trabalhador.

Antes de se despedir, ele deixa um conse-lho para a juventude: “É preciso se preparar para o amanhã. Fazer uma aposentadoria complementar, se preparar para o futuro, isso é uma realidade e você tem que pensar no seu amanhã porque o tempo vai passar. Eu aconselho todos a se sindicalizarem porque sozinho ninguém pode fazer nada. É só ver o exemplo dos garis. Eles foram conscientes, se uniram e mudaram tudo”.

Nesta 7ª edição os homenageados são: Zó-zimo Bulbul (Brasil) e Cheik Omar Sissoko (África). A partir deste ano, o evento passa a ter o nome de seu criador, uma homena-gem ao ator, cineasta e roteirista brasileiro, Zózimo Bulbul, morto em 2013. Grande ativista na luta contra a discriminação racial e primeiro negro a ser protagonista de uma novela brasileira, Vidas em Conflito, da TV Excelsior, em 1969, fazendo par romântico com Leila Diniz.

Bulbul foi pioneiro ao registrar no cinema a temática de seu povo, seu mais famoso filme como diretor foi “Abolição”, responsável por marcar o centenário da abolição da escravidão no Brasil, descre-vendo várias situações enfrentadas pelos afrodescedentes brasileiros até hoje. Infeliz-

Encontro de cinema negro, Brasil, África e CaribeO VII Encontro acontece no Rio de Janeiro até o dia 30 de março, no Cinema Odeon e no Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro Afro Carioca de Cinema. O evento marca o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, 21/03, e tem como objetivo reunir as gerações de cineastas negros de destaque dentro e fora do Brasil que trabalham a perspectiva da cultura negra sem deixar que o olhar europeu sobre a negritude prevaleça nas produções.

mente, Bulbul, assim como muitos artistas e intelectuais negros do país é muito mais conhecido no exterior do que aqui.

A curadoria deste ano é do cineasta Joel Zito Araújo e conta com a participação de Mansour Sora Wade, do Senegal e Rigoberto Lopez, de Cuba. A direção de arte é de Biza Vianna. Pela primeira vez, serão realizados seminários no Teatro da livraria Cultura, na Cinelândia e será feita uma programação especial para o público da Baixada Fluminense, no município de São João de Meriti.

CONEXÃO ÁFRICAOs filmes serão exibidos no Cinema

Odeon, entrada a preço popular de R$ 4,00 e no Centro Cultural Justiça Federal e na

Baixada Fluminense (distribuição de senha uma hora antes da programação).

O Encontro de Cinema de Negro é um dos principais eventos de cultura afro do país. Ao criar este projeto, Zózimo Bulbul acreditava no poder transformador do cinema, que para ele, era capaz de mudar a concepção de um país. Zózimo realizou um grande trabalho de aproximação com o cinema de países africanos e incentivou o cinema realizado por cineastas afrobrasileiros, africanos e da Diáspora, fortalecendo uma ponte de parceria com o continente africano.

Faz um ano que o grande mestre nos deixou, mas seu projeto e suas palavras continuam iluminando os caminhos da igualdade e ganham mais força ainda no combate à exclusão social e ao assassinato de negros e pobres que, infelizmente, ainda presenciamos no dia hoje, como é o caso de Claudia da Silva Ferreira, 38 anos, cidadã negra, mãe de oito filhos morta no último dia 16 por policiais militares, em Madureira. “Busco me aprofundar mais na história da África para contar aqui no Brasil, já que o Brasil faz questão de desconhecer a história africana. Interagir com a história e cultura ancestral deste continente para sabermos de onde viemos e abrir novos horizontes”, defendia Zózimo.

Serviço:De 21 a 30/03, a partir das 13h30, no

Cinema Odeon e no Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro Afro Carioca de Cinema. Confira a íntegra da programação dos filmes e dos seminários no site afroca-riocadecinema.org.br

Para compreender o contexto histórico da época e pensar sobre seus desdobramentos, o Armazém da Utopia, dirigido pelo Instituto Ensaio Aberto, promove a exposição O GOLPE – 50 Anos Depois, em parceria com a Comissão da Anistia. A exposição reflete sobre as ideias e os momentos decisivos que mudaram a história do Brasil a partir do golpe militar de 64.

O evento irá utilizar dois mil metros quadrados do Armazém da Utopia para estimular o público a revisitar os acon-tecimentos e ideais da época através de imagens históricas, instalações interativas e in-tervenções cênicas. Além da mostra em si, a programação envolve também a realização de apresentações artísticas, shows, debates e leituras dra-máticas de textos da época.

Entre as apresentações ar-tísticas, leituras dramáticas de Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e a remontagem do show Opinião com participação de Camilla Costa, Renato Brás e Maurício Tizumba .

A curadoria é de Luiz Fer-

nando Lobo e Marcos Apóstolo, com cenografia de J.C. Serroni e coordenação de pesquisa de Beatriz Kushnir.

Serviço: de quarta a domin-go, das 14 às 21h, no Armazém da Utopia, (Armazém 6, Av. Rodrigues Alves, Cais do Porto). Para mais informações acesse: armazemdautopia.com.br, ou ligue para(21) 2516-4893 (21) 2516-4857.

O Golpe - 50 Anos Depois “O dia que durou 21 anos”

O departamento de For-mação Sindical do Sinttel-Rio foi convidado e irá participar da aula inaugu-ral do PPFH (Programa de pós-graduação em Políti-cas Públicase Formação Humana), no dia 27/03, às 15h. A abertura será rea-lizada com a exibição do documentário “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares, que fala sobre os tempos de ditadura militar no país. O evento é aberto ao público e será na Uerj, (Auditório 11/11º Andar, Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã)

O filme será seguido de um debate sobre esta época com a participação do diretor do filme Camilo Tavares, a professora da Faculdade de Serviço So-cial da UERJ, Silene Freire e o economista e cientista político, Theotônio dos Santos.

Feriadão de abril em Barra

Não perca tempo! Apro-veite que ainda tem vaga e os nossos pacotes especiais, faça já a sua reserva e leve a família para se divertir na nossa Colônia de Barra de São João, na Região dos Lagos nos feriadões de abril (Semana Santa +Tiraden-tes+São Jorge). Os pacotes com períodos opcionais e refeições inclusas podem ser parcelados em até 5X. Para mais informações acesse o nosso portal (www.sinttel-rio.org.br), ou ligue para os Tels.: 2568-0572/2204-9300 (Ramal 203).

Vem aí o novo campeonato

A categoria já está cobran-do e os organizadores do Campeonato de Futebol do Sinttel garantem que na próxi-ma edição do nosso Jornal que sai dia 2 de abril divulgarão o período de inscrição, data e local do campeonato. Vá organizando o seu time nos diversos locais de trabalho.

O diretor Zózimo Bulbul

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Page 3: Jornal do Sinttel-Rio

Quem vai controlar a chave geral?

Qual o futuro da internet? Estamos vivendo o fim dos “bons e velhos tempos da rede totalmente aberta”? Será que não há alternativa a não ser nos adaptarmos a uma repetição, ou seja, a internet está fadada a ser dominada por grandes monopólios capitalistas? Nós, do Instituto Tele-com, rejeitamos essa visão fatalista, mas compartilhamos da ideia de que vivemos tempos de mudança. E é nesse contexto que se coloca a votação do marco civil da internet no Brasil. Em particular, um dos seus pontos mais polêmicos, a garantia da neutralidade da rede.

A aprovação do Marco Civil da internet está no campo das mudan-ças necessárias para avançarmos no caminho da democratização das comunicações. Demos um primeiro passo com a aprovação da nova lei da TV por assinatura, a Lei 12.485. Duas outras legislações são indispensáveis e precisam ser aprovadas: a nova lei da mídia democrática (o setor é regu-lado por uma lei de 1962), garantindo liberdade, pluralidade, diversidade na televisão aberta e no rádio; e a que assegura a banda larga, o novo ouro negro, em regime público, com metas de universalização garantindo internet de qualidade para todos.

A garantia da neutralidade da rede, o ponto mais polêmico do debate, deve ser entendida como a manutenção do estágio atual da internet. Garantir, mesmo com as limitações destacadas, que as infor-mações que navegam na rede sejam tratadas de forma igualitária. Ga-rantir o livre acesso a qualquer tipo de informação, impossibilitando a discriminação dos consumidores, limitando o poder das empresas de telecomunicações.

Para o Instituto Telecom é fun-damental garantir a liberdade de expressão para todos, e não apenas a segmentos privilegiados. Para que isto ocorra, é nossa obrigação impedir que as grandes famílias e os grandes conglomerados mono-polistas controlem a chave geral da comunicação.

Leia mais emwww.institutotelecom.com.br

As denúncias vinham de várias regiões da cidade. Os usuários reclamavam do sabor amargo, diferente do habitual e da cor. Mas o problema não parou por aí.No dia 21, o Procon do Rio além de suspender preventivamente a comercialização do leite Elegê, suspendeu também a venda do leite das marcas Parmalat e Líder processados com matéria prima contaminada por formol, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS).

O problema não é só no Rio de Janeiro. Em maio de 2013, o MP-RS realizou uma operação contra a adulteração de leite que levou ao recolhimento de lotes de quatro marcas do produto naquele estado. De acordo com a investigação, algumas empresas de transporte adulteraram o produto entregue à indústria para aumentar os lucros. No início de 2014, a situação se repetiu, agora no estado de São Paulo e Paraná. Segundo o MP-RS, cerca de 300 mil litros adulterados foram enviados para Lobato (PR) e Guara-tinguetá (SP).

O leite nosso de cada dia não é mais o mesmoO leite, alimento básico e componente indispensável na mesa do café da manhã da maioria dos brasileiros volta ao noticiário desta vez para assustar os consumidores. No dia 18, o Procon do estado do Rio de Janeiro recebeu dez reclamações dando conta de problemas no leite da marca Elegê desnatado.

Que garantia de qualidade podemos ter no leite nosso de cada dia consumido por jovens, adultos, anciões e crianças? O que fazer diante disso? De acordo com o Insti-tuto de Defesa do Consumidor (IDEC) em quaisquer situações de adulteração do pro-duto, o consumidor deve trocar o produto, ou requerer o ressarcimento do valor pago ao estabelecimento onde o adquiriu, apre-sentando comprovante de compra.

De acordo com o artigo 12 do CDC (Código de Defesa do Consumidor), as empresas são responsáveis pela adulteração do produto, independentemente da existência de culpa. Portanto, caso o consumidor tenha o produto, mas não possua o comprovante de compra deve entrar em contato com o fabricante pelo telefone de atendimento ao cliente escrito na embalagem e requisitar o ressarcimento do

valor pago, ou a troca do produto. QUEM PASSA MAL - Quem tiver sofri-

do danos em decorrência do consumo deste produto poderá ingressar com ação judicial para requerer indenização. Neste caso, o consumidor deverá invocar o artigo 12 do CDC. A legislação garante ao consumidor lesado inteiro ressarcimento nas despesas como internação, ou compra de remédios por conta da ingestão do produto adulterado. Nesse caso, o consumidor deve guardar os recibos correspondentes a esses gastos.

O CDC dispõe no artigo 8 que “os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores”. Nestes casos, o Código estabelece que o “fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa”, segundo o IDEC.

No ultimo dia 28 de fevereiro aconteceu no auditório da CUT- RJ o Seminário Saúde Laboral, Gestão do Trabalho e Ação Política, uma iniciativa do De-partamento de Saúde do Sinttel em conjunto com o Instituto de Psicologia da UFRJ. O seminário contou com o apoio da Cut- RJ.

O objetivo foi refletir sobre a questão da saúde laboral a partir de duas perspectivas: a do movimento sindical e a da pesquisa acadêmica. Além de Edna do Sacramento, diretora do Sinttel e Fernando Gastal de Cas-tro (UFRJ), organizadores do evento, o seminário contou com a participação dos professores João Batista Ferreira (Psicologia-

Trabalhadores e universidade discutem saúde laboralUFRJ) e Rita Louzada (IPUB- UFRJ) e das sindicalistas Luiza Dantas (CUT- RJ) e Rita Mota (Sindicato dos Bancários – RJ).

As exposições e debates ao longo do seminário pautaram-se sobre a questão da gravidade em que se encontra a saúde dos trabalhadores nos dias atuais de-vido locais de trabalho cada vez mais perigosos e precários e às pressões por metas “inalcançá-veis’’ que deixam o trabalhador esgotado.

Debateu-se também a impossi-bilidade de se pensar a questão da saúde laboral como algo isolado das principais questões políticas, sociais e econômicas. “Uma polí-tica de saúde em nossos dias é tão

importante quanto qualquer luta econômica”, salientou Edna do Sacramento.

Denúncias sobre as precárias e perigosas condições de trabalho daqueles que fazem a manuten-ção dos orelhões e o papel da vigilância sanitária estiveram também no foco dos debates. E,

Seja doador de órgãosImagine que seu parente sofreu um aci-

dente grave e os médicos diagnosticaram morte encefálica. Nesse momento de dor muita gente só pensa em velar o ente que-rido, mas nessa hora, quando não há mais nada a fazer, também podemos pensar em salvar outras vidas, ao invés de só lamentar.

Doação de órgão é um gesto de amor e na maioria dos casos depende dos fami-liares. Apesar dos avanços e sucessos nos transplantes, há na fila de espera 70 mil pacientes de doenças crônicas dependentes de uma doação de órgão (rins, pâncreas, córneas, coração, pulmão, fígado e medula óssea, além de tecidos, possíveis de serem transplantados).

COMO DOAR? O primeiro passo e mais importante é informar aos familiares o seu desejo de ser doador. No Brasil, a doação de

órgão é regulamentada pela lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, e pela lei 10.211, de 23 de março de 2001. Estas reconhecem duas situações: doação de órgãos de doador vivo (o doador é um familiar de até 4º grau de parentesco) e de doador falecido, em que a doação é determinada por familiares de até 2º grau de parentesco, mediante um termo de autorização da doação.

Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) conseguiu tornar mais rápido e eficiente o processo de doação. Cerca de 95%

dos transplantes realizados no país são pagos pelo SUS e 5% são por convênios privados. Não há no Brasil a prática do transplante pago por particulares diretamente à equipe médica, como em outros países.

O Brasil figura na lista dos países com maior número de transplantados. É o se-gundo lugar em número com cerca de 11 mil transplantes ao ano perdendo apenas para os Estados Unidos. Hoje 1.338 equipes médicas em 24 estados estão prontas para receber e implantar órgãos.

Socorro andrade

por fim, propostas foram feitas em relação à criação de um jornal específico para discutir a questão da saúde e das con-dições de trabalho na categoria e a necessidade da criação de um atendimento psicológico aos trabalhadores do setor de telecomunicações.

Seminário de saúde dos Bancários

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1.406humor

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300E-mail Geral [email protected] - Portal http://www.sinttelrio.org.br

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EDIÇÃO Socorro Andrade

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REDAÇÃOSocorro Andrade

e Luana Laux

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br

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IMPRESSÃO

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Vivo/ TGestiona anuncia demissões

A Vivo dá mais um golpe nos seus trabalhadores. Não bastasse a precarização que a empresa já faz terceirizando mão de obra pela prestadora TGestiona, agora ambas, Vivo e TGestiona anunciaram que irão migrar estes trabalhadores para uma outra empresa, a Accenture - empresa prestadora de serviços adminis-trativos e de Recursos Humanos (RH) que também presta serviço para a Oi e só faz barbaridades.

A informação é que parte des-tes trabalhadores, provavelmente não poderá ser reaproveitada pela Accenture. Ou seja, lá vem ava-lanche de demissões pela frente. Sabe-se que só no Rio de Janeiro já existe a previsão de que 65 trabalhadores serão demitidos. Quantos serão demitidos em todo o país?

O Sinttel-Rio e a Fenattel repudiam a terceirização e a quarteirização feita pela Vivo e a demissão em massa já anuncia-da. Condenamos a terceirização justamente por essa prática significar a precarização e a negação de garantias básicas ao trabalhador.

O Sinttel exige que a Vivo e a TGestiona garantam a ma-nutenção de todos empregos na nova empresa. Não houve nem mesmo a divulgação de um cronograma com a quantidade de trabalhadores que poderão ser demitidos, nem quando.

Já os funcionários que não aceitaram a migração para a Accenture e encontraram outra vaga de emprego no mercado de trabalho, a Vivo e a TGestiona não liberarem esses trabalhado-res. Ou seja, estes estão sendo penalizados duas vezes. Para os trabalhadores que se demitirem, a empresa oferece o mesmo PDV (Pacote de Demissão Voluntária) feito anteriormente.

Diante de nossa cobrança constante, a empresa agendou uma reunião do Sindicato com o setor de relações sindicais para o dia 21. Ricardo Pereira, diretor do Sindicato, já antecipa que se a empresa se fizer de surda novamente vai denunciá-la ao Ministério Pú-blico do Trabalho (MPT) e pedir que o órgão convoque a Atento para mediação.

Entre as pendências não resolvidas pela Atento destacamos as principais:.O termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho em vigor foi aprovado em dez/13, mas até hoje não foi enviado ao Sindicato pela empresa.Sem qualquer consulta aos trabalhadores, a empresa reajustou o plano odontológico em 30%. O plano é 100% custeado pelos empre-gados e o aumento é abusivo;.Realocação autoritária dos trabalhado-res do produto Tim de Campo Grande para Madureira;

Atento: problemas só aumentamO Sindicato está diariamente com o carro de som nos prédios da Atento ouvindo os trabalhadores e denunciando o descaso da empresa que enrola e não resolve nenhuma das inúmeras pendências e problemas reclamados pela entidade.

.A empresa ficou de negociar a PLR/2014, no final de 2013, mas até agora nada. O Sin-dicato exige negociação imediata;.Pagamento do vale alimentação em valor abaixo do que foi aprovado pela categoria;.Completa desorganização do Sesmt. Não

há médicos no setor;.Trabalhadores do produto Ampla, em Niterói, não estão recebendo a variável. A empresa ficou de começar a pagar em abril. O Sindicato soube que a variável não era paga através de denúncias dos trabalhadores.

No último dia 20, na assembleia realizada pelo Sinttel-Rio junto com o Sinttel Campos e com os operadores de rádio chamada GMDSS (que prestam serviços à Petrobras embarcados nas diversas plataformas da bacia de Campos e Macaé), foram inclu-ídas mais uma série de reivindi-cações feitas pelos trabalhadores na Pauta inicialmente apresentada pelo Sindicato.

Estiveram presentes trabalha-dores da Marenostrum, ETC, Noble, Shain, Telnav, entre outras (todas empresas que prestam serviço para a Petrobras). Dentre os itens exigidos estão:

. Piso salarial de R$ 2034,00 (hoje estes trabalhadores rece-bem cerca de R$ 1.500,00). Eles querem um adicional de pericu-

Alimentação de R$ 500,00 (o equivalente a uma cesta básica) e também o custeio integral do translado de ida e vinda do aeroporto, ou rodoviária, assim como o da hospedagem, mesmo em caso de cancelamento de vôo, ou algum outro imprevisto.

O Sinttel-Rio foi apresentado pelo Sindipetro que falou sobre a importância do nosso Sindica-to na construção de um acordo específico e vitorioso para estes trabalhadores. A decisão de se filiar ao Sinttel-Rio foi unânime. A pauta está sendo analisada pelo jurídico da entidade, após isto daremos início à campanha salarial e às negociações com a empresa. Agora mais do que nunca precisamos de todos os trabalhadores mobilizados!

Operadores de rádio chamada aprovam pauta

losidade de 30% + adicional de sobreaviso de 25% + adicional de confinamento de 30% + adicional noturno de 26% + adicional de

hora extra (no caso de repouso e alimentação) de 32,5% do piso.

. Além disso, os trabalhadores exigem benefícios como Vale

Socorro andrade

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