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ASSOCIA-SE AO DIA NACIONAL DO DOENTE COM AVC www.newsfarma.pt Próxima edição maio Este Jornal é parte integrante da edição do Expresso n.º 2110, de 6 de abril de 2013. Venda interdita. PharmaKERN Portugal, Lda Av. José Gomes Ferreira, 11 – Edif. Atlas II, 3.º s/ 31 • Miraflores • 1495-139 Algés • Telf.: 214 200 290 • Fax: 214 200 299 • NIF: 507002571 parceiros de confiança AnSP_PHK_Jan2013 PUB PUB SAÚDE JORNAL de Pública Duas pessoas morrem por hora com AVC Portugal é o sexto país europeu que mais gasta com o acidente vascular cerebral (AVC), dado que o mesmo é responsável por 25 mil internamentos por ano. Sendo a fibrilhação auricu- lar uma das principais causas do AVC, é fundamental reforçar o investimento em prevenção. Págs. 4/5 Doenças raras “expostas” no Parlamento 800 mil portugueses têm doença renal crónica Pág. 3 Pág. 6 Pág. 2 news farma Edições 31 de março: Dia Nacional do Doente com AVC 80% da população mundial sofre com dores na coluna

Jornal de Saúde Pública, abril de 2013

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Jornal de Saúde Pública, abril de 2013

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associa-se ao Dia NacioNal Do DoeNte com aVc

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Próxima edição maio

Este Jornal é parte integrante da edição do Expresso n.º 2110, de 6 de abril de 2013. Venda interdita.

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Pública

Duas pessoas morrempor hora com

AVCPortugal é o sexto país europeu que mais gasta com o acidente vascular cerebral (AVC), dado que o mesmo é responsável por 25 mil internamentos por ano. Sendo a fibrilhação auricu-lar uma das principais causas do AVC, é fundamental reforçar o investimento em prevenção.

Págs. 4/5

Doenças raras “expostas” no Parlamento

800 mil portugueses têm doença renal crónica

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31 de março: Dia Nacional do Doente com AVC

80% da população mundial sofre com dores na coluna

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A doença celíaca é uma doença intestinal crónica, caracterizada por uma respos-ta imunológica (autoimune) que se

manifesta após o contacto com o glúten, em pessoas com predisposição genética. Esta do-ença atinge cerca de 1% da população mun-dial e estima-se que, entre nós, 1 a 3% dos portugueses sofram de doença celíaca.

O glúten é uma proteína que está pre-sente em cereais como o trigo, o centeio e a cevada. Como tal, estes cereais devem ser totalmente excluídos da dieta de um celía-co. No entanto, outros cereais, como o mi-lho e o arroz, podem ser ingeridos.

A doença celíaca pode ser diagnosticada em qualquer idade, desde que já tenha havi-do um contacto prévio com o glúten. O mais frequente é surgir em crianças entre os 6 e os 20 meses de idade, logo após a introdu-ção de papas com glúten, pão, bolachas, etc. Após a ingestão destes alimentos, as mani-

festações mais frequentes são tristeza e irri-tabilidade, perda de apetite, diarreia, dor ab-dominal e dificuldade em aumentar de peso.

Após confirmado o diagnóstico de do-ença celíaca, a dieta sem glúten para toda a vida é o único tratamento atualmente co-nhecido, pois permite que o intestino recu-pere totalmente da lesão intestinal. Sendo que ingerir glúten, mesmo que em peque-nas quantidades, leva a uma reação imuno-lógica do corpo contra o próprio intestino, provocando lesões intestinais graves, que levam ao reaparecimento dos sintomas ini-ciais e aumentam o risco de complicações em idade mais tardia.

O cumprimento de uma dieta sem glú-ten nem sempre é tarefa fácil, pois, o glúten está presente na nossa alimentação diária, principalmente nos produtos de padaria e pastelaria. Além destes produtos, existem ainda outros aos quais o glúten pode ser adicionado, tais como alimentos transfor-mados (salsichas, panados), aditivos alimen-tares (amidos modificados), doces e sopas industrializadas, entre outros, algumas ve-zes sem identificação fácil da sua adição.

Atualmente, com o desenvolvimento da indústria alimentar, já podemos contar com uma vasta gama de alimentos sem glúten muito próximos dos alimentos com glúten, nomeadamente, ao nível do sabor e da va-riedade.

A prevalência da hipertensão e da diabetes na nossa população é dramática e, por isso, a prevenção

desta doença silenciosa é primordial. Há que educar os portugueses para reduzi-rem o sal na alimentação, para ingeri-rem quantidades adequadas de água, fazerem exercício físico e modificarem os comportamentos.

Relativamente à lesão renal aguda, há que alertar para a existência de situações que podem ser, de alguma forma, evitá-veis, como as relacionadas com infeções, a toma de alguns medicamentos e a litía-se renal. Como em Portugal a população está a ficar envelhecida e, por conseguin-te, acaba por estar polimedicada, os fa-tores de risco para nefrotoxicidade por fármacos tornam-se muito altos.

O Prof. Rui Alves, regente da Cadeira de Nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), no âmbito desta data, alertou para o facto de que, efetivamente, os rins “sofrem de forma silenciosa”. A população em geral tem de ter consciência de que “a toma de determinados medicamentos pode agravar a insuficiência renal crónica”.

Os rins perdem a sua função de for-ma progressiva ao longo da vida e, por conseguinte, “os mais idosos são os mais afetados”. Para evitar complica-ções, as pessoas devem procurar infor-mação para perceberem qual a função dos mesmos. “Também devem visitar com regularidade o médico, para que este possa verificar se está tudo bem”, aconselha.

O médico de família desempenha um papel fundamental nesta matéria. Na opinião de José Augusto Simões, médico de família na Unidade de Saú-de Familiar de Marquês de Marialva, em Cantanhede, é extremamente impor-tante melhorar a comunicação entre a Medicina Geral e Familiar e a Nefrologia.

“Os médicos de família têm de saber

quando é que deve ser feito o encaminha-mento e vice-versa”, considera. Os proto-colos de articulação/referenciação devem estar estipulados pelas duas áreas, dado que “tem de haver consenso na aborda-gem do doente com doença renal”.

No Dia Mundial do Rim, foi entregue um prémio pecuniário de 500 euros às duas melhores alunas da cadeira de Ne-frologia da FMUC (Ana Margarida Novo e Rita Ilhão Moreira), no ano letivo de 2011- -2012.

Pelo 9.º ano consecutivo, de acordo com Filomena Sousa, diretora médica da Amgen, esta iniciativa é apoiada no sen-tido de premiar os dois melhores alunos de Nefrologia daquela faculdade.

“A Amgen investe na Educação para a Ciência e para a Saúde”, afirma, acrescentando ainda: “A nossa vertente educacional aposta assim no apoio a jovens médicos, que serão, num futuro próximo, os grandes responsáveis pela melhoria da qualidade dos serviços e da qualidade de prevenção da doença renal”.

“São eles que nos vão ajudar a man-ter ´os nossos rins para a vida`”, frisa Fi-lomena Sousa.

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Doença celíaca800 mil portugueses sofrem de doença renal crónica

14 De março: Dia munDial Do rim

Dr.ª Inês AsseiceiraDietista do H. Santa Maria “Lesão renal aguda” foi o tema escolhido para assinalar o Dia Mundial do

Rim, celebrado a 14 de março. Em Portugal, estima-se que existem 800 mil pessoas com doença renal crónica e todos os anos surgem mais de dois mil novos casos. Neste momento, há 16 mil doentes em tratamento substitutivo, sendo que 2/3 estão em diálise e 1/3 já foram transplantados.

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Os melhores alunos de Nefrologia da FMUC foram distinguidos

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A 28 de fevereiro, data em que se assinala o Dia das Doenças Raras, a Raríssimas levou até à Assembleia da República a exposição “Mais perto do que é Raro”. Paula Brito e Costa, presidente da Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras - Raríssimas, diz que a exposição teve o propó-sito de “despertar consciências”.

Doenças raras chegam ao Parlamentojornais existem e estão aqui representa-dos!’.”

Paula Brito e Costa frisa ainda que a exposição “nunca tinha passado por um sítio tão público e de tanta pertença”, pelo que, acrescenta, o objetivo foi claro:

“Trata-se de trazer os doentes para o centro da decisão política. Portanto, faz todo o sentido estar aqui.”

PúrPura trombocitoPénica imune marca Presença

Uma das doenças presentes nos 26 painéis fotográficos que povoaram a AR

deu a conhecer a púrpura trombocito-pénica imune (PTI), uma doença autoi-mune caracterizada por uma redução gradual do número de plaquetas no sangue.

No referido painel, uma doente ex-pressa o modo como vive a doença e, com um sorriso contagiante, anuncia: “Com sangue, desenho cada momento da minha felicidade.”

Paula Brito e Costa recorda que “foi uma luta conseguir o tratamento para estes doentes” e foca o caso da PTI.

“No caso da PTI, em concreto, foram seis anos. Seis anos para chegar a um tra-tamento. É uma vergonha e é inadmissí-vel. Esperemos que com esta exposição as consciências comecem a mudar. É necessário que se perceba que a direti-va que saiu do Parlamento Europeu na semana passada é muito clara quanto à aprovação das novas drogas. Este pro-cesso tem de ser claro, transparente e os doentes têm de ter acesso às terapêu-

ticas. Acho que já chega de brincarmos aos medicamentos”, reitera a presidente da Raríssimas, que fez questão de deixar uma palavra especial de agradecimento ao deputado Ricardo Baptista Leite, “pela ajuda na organização da exposição”.

olhar Para o futuro

À parte esta exposição, Paula Brita e Costa conta que a associação tem ainda muitos projetos por concretizar. O próxi-mo, lembra, é a Casa dos Marcos.

“O próximo projeto que temos em mãos é a inauguração da Casa dos Mar-

cos. É o único centro no mundo dedica-do às doenças raras, é um modelo as-sistencial completamente diferenciado, de excelência, e estou certa de que vai mudar as consciências, em Portugal, em relação às doenças raras”, afirma, frisan-do que “a luta pela aprovação dos me-dicamentos órfãos faz agora muito mais sentido porque está em marcha a Casa dos Marcos. É uma estrutura que vai concentrar os doentes, vai centralizar a experiência e reunir todas as necessida-des”, termina, deixando um último repto aos que ainda queiram ter contacto com a exposição.

“Vir até esta exposição é fazer parte de um sentimento de partilha, é perce-ber que as caras que estão nesta exposi-ção também são cidadãos portugueses. Venham ver estes doentes, que sofrem muito, e perceberão bastante melhor que realidade é esta, a do mundo apa-rentemente misterioso que é o das doen ças raras.”

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Paula Brito e Costa relembrou ser doloroso viver com uma doença rara

A exposição mostra as limitações vividas pelos portadores de doenças raras

A Assembleia da República é a casa da democracia e, por consequên-cia, de todos os portugueses. No

dia 28 de fevereiro, uma minoria da po-pulação, que usualmente passa desper-cebida, mereceu o devido destaque nos corredores da AR: as pessoas portadoras de doenças raras deram a cara pelas suas patologias e em 26 painéis fotográficos mostraram como vivem diariamente com doenças que afetam uma minoria, mas comportam limitações e problemas gigantescos.

As fotos de Alexandre Bordalo, Alber-to Queiroz, Filipe Santos e Hugo Amaral encheram o corredor central da AR e a presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, admitiu que foi com emoção que viu os “seus doentes” terem direito a pro-tagonismo num espaço tão emblemáti-co quanto o da Assembleia.

“Este tão nobre acolhimento na casa de todos os portugueses é um orgulho para a nossa Raríssimas, que tanto tem lutado para dignificar os portadores de doenças raras portugueses.”

Apesar do orgulho e da satisfação na inauguração, Paula Brito e Costa não escondeu que é sempre doloroso ter contacto com doenças e realidades tão duras quanto a destes doentes.

“Custa-me imenso olhar para estas fotografias… custa-me sempre. Estes são os doentes que eu represento e es-tas imagens fazem-me lembrar por que estou aqui. São duras, mas é um orgulho estar perante os rostos dos associados que decidiram dar a cara por esta cau-sa”, disse a presidente da Raríssimas, que assumiu ainda que a escolha da AR para acolher a exposição “Mais perto do que é Raro” não foi uma simples coincidência.

“A exposição permite que estes doen tes estejam na casa de todos os portugueses, na casa de quem deci-de. E espero que todos os deputados olhem para estas imagens e tomem as melhores decisões. Esta exposição é um

ato de consciencialização. É uma men-sagem que grita: ‘Atenção, estes nomes estranhos que todos os dias vemos nos

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AnticoAgulAntes orAis representAm novA AlternAtivA terApêuticA

“O AVC é a forma que o cérebro tem de adoecer quando existe uma lesão de um

ou mais vasos cerebrais.” A ex-plicação é do Prof. Luís Cunha, diretor do Serviço de Neurolo-gia do Centro Hospitalar Uni-versitário de Coimbra (CHUC).

Na opinião deste respon-sável, a designação de “aci-dente vascular cerebral” é questionável, sobretudo pela palavra “acidente”, que consi-dera ser “desresponsabilizan-te”. No parecer do especia-lista, este termo remete para algo que acontece por acaso quando, na verdade, há a possibilidade de investir em prevenção, particularmente, nos fatores de risco associados ao AVC.

O neurologista salienta que, com o en-velhecimento progressivo da população, tem vindo a ganhar expressão um novo fa-tor de risco, a fibrilhação auricular (FA). Esta arritmia cardíaca foi responsável por 33,2% dos casos registados nos últimos dois anos na Unidade de AVC do CHUC.

Luís Cunha recorda ainda que, em Portu-gal, até há pouco tempo, o AVC era respon-sável pela morte de 200 cidadãos por cada 100 mil habitantes (a cada ano), uma taxa que, neste momento, reduziu para 100 mor-tes por cada 100 mil habitantes. Ainda que a mortalidade esteja a baixar, o neurologista insiste na necessidade de reforçar o inves-timento em prevenção do AVC, por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS), já que

deste modo se poderão diminuir os níveis anuais para 50 mortos por 100 mil habitan-

tes, ou seja, valores que nos aproximam de outros países.

Segundo refere, a gravi-dade das suas consequên-cias depende do local e ex-tensão do cérebro atingido, sendo decisiva a rapidez da assistência médica, que não deve ir além das 4.30 h.

O especialista acredita que “a prevenção poderá ser pontualmente mais cara, mas compensará a longo prazo”. O médico lembra que

o reforço em prevenção se poderá traduzir numa redução da fatura a pagar, “em ter-mos emocionais, familiares e económicos”.

FA: “A novA epidemiA” do século XXi

A Dr.ª Maria Teresa Cardoso, especialis-ta em Medicina Interna no Hospital de São João, no Porto, e coordena-dora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, esclarece que corre maior risco de AVC uma pessoa que sofra de hipertensão arterial, FA, dia-betes, obesidade, que tenha níveis de colesterol elevados, seja fumador, tenha hábitos alcoólicos ou níveis altos de sedentarismo. Nas suas pala-

vras, “a associação destes fatores de risco aumenta de forma aditiva o risco de AVC”.

Segundo a Dr.ª Cristina Gavina, assistente hospitalar de Cardiologia no Hospital Pedro Hispano, em Matosi-nhos, e assistente convidada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a FA, que aumenta cinco vezes o risco de AVC, é “uma das no-vas epidemias cardiovascu-lares do século XXI, afetando cerca de 1% dos indivíduos, embora com variações regio-nais”.

Na sua perspetiva, a elevada taxa de AVC em Portugal pode dever-se a uma maior ocorrência de FA e, em particular, a ausência de tratamento adequado. No es-tudo FAMA, indica, “apenas 38% dos doen-tes estavam anticoagulados”, um número que ilustra que ainda há muito trabalho a fazer relativamente ao tratamento destes

doentes no nosso país.

20% dos Avc são provocAdos por FA

O Dr. Francisco Bello Mor-gado, assistente graduado/ /consultor de Cardiologia do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, e presidente elei-to da Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Ele-trofisiologia (APAPE), explica

como surge a FA e quais as suas consequências.

“A FA resulta da desorga-nização da atividade elétri-ca das aurículas, sendo que estas cavidades, situadas na parte superior do coração, são responsáveis pela rece-ção do sangue que retorna a este órgão”, refere. “Na FA, as aurículas ficam com uma atividade elétrica caótica e muito rápida, acima dos 300

batimentos por minuto (bpm), impedindo que estas cavidades possam contrair nor-malmente e que possam dar o seu contri-buto para a movimentação do sangue no coração”.

Assim, explica, “se o sangue ficar estag-nado pode proporcionar a formação de coágulos dentro das aurículas”, os quais, depois de entrarem na circulação arterial, podem obstruir uma artéria”. “Frequente-mente, há um envolvimento de uma arté-ria cerebral, ou seja, com o entupimento dessa artéria, o doente poderá sofrer um AVC.”

De acordo com o também responsável da Arritmologia do Hospital dos Lusíadas, recentemente, foi elaborado um estudo, a nível nacional, que revela que 2,5% dos indivíduos com mais de 40 anos sofrem de FA, uma prevalência que acompanha o avanço da idade. Os dados deste trabalho

Prof. Luís Cunha

Dr.ª Maria Teresa Cardoso

Dr.ª Cristina Gavina

o que se deve controlar para evitar o Avc?Maria Teresa Cardoso aconselha o controlo da pressão

arterial (abaixo de 130/80 é considerada normal), referindo que esta deve ser avaliada “pelo menos uma vez por ano” em indivíduos saudáveis. Alerta ainda para a necessidade de “cumprir à risca” a medicação que possa ser prescrita e para a importância da diminuição do consumo de sal. A sua redu-ção gradual, “para não notar a sua falta”, resulta num melhor controlo tensional.

O ritmo cardíaco é outro dos fatores a ter em conta. A es-pecialista chama a atenção da necessidade de procurar um médico perante o sintoma de palpitações, principalmente em indivíduos idosos. A realização de um eletrocardiograma para diagnosticar o tipo de arritmia (FA) será importante.

A médica alerta ainda para a importância de controlar o açúcar no sangue, o colesterol e o peso. Segundo refere, o pe-

rímetro abdominal permite avaliar, de uma forma simples, a obesidade visceral, “a mais perigosa em termos de risco vascu-lar”. Por último, a especialista aconselha a cessação tabágica, a correção do regime alimentar (rico em vegetais e frutos, pobre em gorduras) e a prática de exercício físico regular.

Por seu lado, Cristina Gavina reforça que “a consulta re-gular com o médico de família, para avaliação de rotina da tensão arterial e do pulso e rastreio analítico da diabetes e da dislipidemia, faz parte da prevenção não só do AVC, mas também das restantes doenças cardiovasculares”.

“A adoção de um estilo de vida saudável está ao alcance de todos e pode combater a obesidade e a diabetes, ajudar no controlo da tensão arterial e do colesterol e diminuir a ocorrência não só da aterosclerose, mas também da FA”, ad-verte esta especialista.

Fibrilhação auricular é uma das principais causas de AvcEm Portugal, o acidente vascular cerebral (AVC) constitui a principal causa de morte (duas por hora) e de inca-pacidade permanente, sendo responsável anualmente por 25 mil internamentos. A propósito do Dia Nacional do Doente com AVC, assinalado a 31 de março, especialistas alertam para a necessidade de ser feito um maior investimento na prevenção do AVC.

Maria Teresa Cardoso adverte para a im-portância de se agir rapidamente perante os sinais de alerta do AVC. “Não hesite em ligar de imediato o 112 se, de forma súbita, sentir a boca ao lado, dificuldade em falar ou perda de força no braço e/ou perna, sobretudo num dos lados do corpo, mesmo que seja transitó-rio”, sublinhando que se trata de uma emer-gência médica, porque “tempo é cérebro”.

Existe tratamento (trombólise) na fase aguda do AVC. Há que chegar quanto antes ao hospital para obter o máximo benefício deste tratamento.

sinais de alerta para o Avc

Os doentes devem ter acesso às terapêuticas que se ade quam ao seu perfil de risco

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Fibrilhação auricular é uma das principais causas de AVC

também sugerem que apro-ximadamente 15-20% de todos os AVC sejam provoca-dos pela FA.

Além do tratamento far-macológico, o especialista chama a atenção para o re-cente desenvolvimento de uma nova técnica de abla-ção, por cateter, em que se tenta uma cura definitiva da arritmia. “Este procedimento envolve a colocação de cate-teres através da veia femural e tem como objetivo isolar eletricamente o local onde se originam os impulsos elétricos que de-sorganizam a atividade elétrica das aurícu-las”, menciona.

A inovAção terApêuticA no controlo dA FA

De acordo com o Dr. Pedro Marques da Silva, consultor de Medicina Interna do Hos-pital de Santa Marta, em Lisboa, a anticoa-gulação é uma das estratégias terapêuticas preventivas mais eficazes na área cardiovas-cular para a redução do risco do AVC. “Os anticoagulantes clássicos (antivitamínicos K) conseguem reduzir em cerca de 60% o risco de AVC asso-ciado à FA”, adianta.

Segundo o especialista, os anticoagulantes clássicos, como a varfarina e o aceno-cumarol, são muito eficazes, mas têm alguns problemas, nomeadamente o início len-to de ação, a variabilidade de resposta, as dificuldades de anticoagulação em muitos doentes, o risco de interações (alimentares ou medicamen-tosas) e um risco hemorrági-co sempre presente.

Com o aparecimento dos novos anticoagulantes orais, alguns destes problemas foram ultrapassados. “Sabe-mos quando é que o medi-camento inicia a ação e que este vai atuar num único fa-tor da coagulação muito es-

pecífico da sua envolvência, minorando o risco de hemor-ragias, especialmente fatais.” Além disso, “estes fármacos têm poucas interações me-dicamentosas e não obrigam a uma monitorização regular através da realização de aná-lises regulares”.

A comunidade médica aguarda com ansiedade a comparticipação destes fár-macos pelo Estado. “Os anti-

coagulantes orais são inovações terapêu-ticas que representam uma diminuição dos custos diretos e indiretos. Não se trata apenas de diminuir as hemorragias intra-cerebrais, mas também os custos com os exames e com as idas do doente ao hospi-tal para fazer o controlo do INR. São custos diretos e indiretos que tornam a relação de custo/efetividade melhor”, considera o es-pecialista do Hospital de Santa Marta.

Por seu lado, o Dr. João Morais, cardiolo-gista do Hospital de Santo André, em Leiria, considera que “a introdução de novos an-ticoagulantes representa um salto qualita-

tivo notável não só pela sua elevada eficácia, mas muito especialmente pela sua exce-lente segurança”.

Na opinião do cardiolo-gista, “ao doente português deve ser dado acesso às me-didas terapêuticas que me-lhor se adequam ao seu perfil de risco e não podem ser excluídos dos avanços e da inovação tecnológica que o podem favorecer”. Para o es-pecialista, “não há crise eco-nómica capaz de justificar que o doente português seja, na Europa, aquele que fica mais longe do progresso e possa ver negado o acesso às intervenções mais eficazes. Prevenir não é mais caro do que tratar e todo o dinheiro que possamos gastar na pre-venção vai ser compensado na redução do número de ca-sos, que a acontecer, teremos de tratar”.

“Estima-se que, em Portugal, cerca de 150 mil a 200 mil indivíduos possam ser afetados por FA.” Contudo, “os dados nacionais apontam para que apenas 1/3 destes estejam a ser de-vidamente tratados com um fármaco anticoagulante”. O alerta é dado pelo Dr. Carlos Morais, cardiologista e presidente da Associação Bate Bate Coração.

Em 2012, foi criada a Carta Global de Direitos dos Doentes com FA por mais de 40 associa-ções de doentes e profissionais de saúde representando 20 países, um documento que tem por objetivo apelar para melhores cuidados e tratamento dos doentes com FA e em risco de sofrer um AVC associado a esta arritmia.

“A Carta faz recomendações sobre as ações críticas que os deci-sores políticos, os prestadores de cuidados de saúde, os pagadores dos cuidados de saúde e os governos nacionais podem desenvolver para salvar vidas e reduzir a carga do AVC e os enormes custos a ele associados”, menciona.

Segundo Carlos Morais, o projeto SIGN AGAINST STROKE (Assine Contra o AVC) – de apoio à Carta Global de Direitos dos Doentes com FA – pretende recolher a nível mundial 1.7 milhões de assinaturas, o número estimado de AVC relacionados com a FA que ocorrem globalmente a cada ano.

O objetivo deste projeto, que conta com o apoio da Bayer, é, segundo este cardiologista, “pressionar os governos de todos os países a incluírem nas suas agendas programas de combate a este flagelo”. Segundo avança, até ao momento foram recolhidas em todo o mundo mais de 400.000 assinaturas.

A Associação Bate Bate Coração, coautora desta Carta, pretende promover a sua divulgação pública, mobilizando todos os portugueses a assinar a Carta, através de uma petição no site www.signagainststroke.com.

“SIGN AGAINST STROKE” alerta para a necessidade de combater a FA

Os doentes devem ter acesso às terapêuticas que se ade quam ao seu perfil de risco

O 34.º Congresso Português de Car-diologia decorre entre 28 e 30 de abril, no Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura. O evento, que anualmente é organizado pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), será subordinado ao lema “A evidência, a prática e as po-líticas”, sendo esperados cerca de 1600 participantes.

A evidência terá um grande enfoque no encon-tro. De acordo com o Dr. Carlos Aguiar, presidente do congresso, além do co-nhecimento científico e do apoio à investigação, o exer-cício da medicina implica também a responsabilidade das sociedades médicas e científicas. “O grande objeti-vo de uma sociedade como a SPC é promover o desen-volvimento da ciência da sua área ao serviço da popu-lação do seu país”, sublinha.

A prática será a segunda área de des-taque. Na opinião do vice-presidente da SPC, o exercício da medicina pode ser melhorado se pudermos “monito-rizar, aferir e melhorar a prática clínica”. Neste campo, Carlos Aguiar considera que “os registos clínicos implementados pela SPC, particularmente nas áreas das síndromes coronárias agudas e da Car-diologia de Intervenção, têm sido úteis

para aferir a qualidade da prática médica e dos cuidados prestados em Medicina Cardiovascular”.

A grande novidade do congresso prende-se com a abordagem das políti-cas de saúde. “Uma sociedade científica deve ser aberta para a sociedade civil e para quem faz a regulamentação nas po-líticas de saúde”, menciona, acrescentan-

do que estas influenciam a criação do conhecimento científico, a aprovação e regulamentação da sua aplicação no cidadão e a implementação prática da melhor evidência clínica.

O cardiologista chama a atenção para o facto de os recursos para a saúde não serem ilimitados, daí a importância de discutir o seu “uso racional”. E fun-damenta: “A Medicina Car-diovascular é muito rica

em formas e meios diferentes de tratar as doenças, havendo, por isso, opções que se podem fazer.”

No primeiro dia do congresso terá lu-gar, a partir das 19.00 h, uma corrida de 4 Km, em Vilamoura, que será aberta a toda a população. A iniciativa resulta de uma parceria entre a SPC e o Programa Nacio-nal de Marcha e Corrida, coordenado por Paulo Colasso, professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Algarve acolhe 34.º Congresso Português de Cardiologia

Dr. Carlos Aguiar

Dr. Francisco Bello Morgado

Dr. Pedro Marques da Silva

Dr. João Morais

Dr. Carlos Morais

Page 6: Jornal de Saúde Pública, abril de 2013

A dor raquidiana/vertebral, mais conhecida como “dor nas costas”, é um dos sintomas com maior

prevalência na população. Estima-se que cerca de 80% da população mun-dial, pelo menos uma vez na vida, apre-sente queixas de dores relacionadas com a coluna. Na maioria das vezes, é suficientemente intensa e incapacitan-te, com importante interferência na capacidade de trabalho e qualidade de vida.

As causas potenciais de dor vertebral são diversas, tendo em consideração os elementos ósseos (as vértebras), os dis-cos, os nervos, os ligamentos e as articu-lações vertebrais. Contudo, na grande maioria dos casos, a dor é secundária à doença dos discos (classificada na no-menclatura médica por “protrusões”, “procidências” ou “hérnias discais”), so-bretudo nos segmentos lombar e cervi-cal da coluna vertebral.

Os discos intervertebrais são estrutu-ras flexíveis, localizados entre os corpos das vértebras, que servem como almo-fadas protetoras, permitindo todos os movimentos da coluna, ao mesmo tem-po que ajudam a suportar os impactos mecânicos e o peso do corpo. Os discos intervertebrais podem deslocar-se ou herniar, comprimindo raízes nervosas, e originar, para além de dor na coluna, sintomas referidos aos segmentos de-pendentes das estruturas nervosas, tra-duzidos por dor, dormência ou fraqueza muscular no braço ou na perna (vulgo dor “ciática”). Nos casos mais graves, uma hérnia discal pode comprimir os nervos que controlam a bexiga e o in-testino, resultando em incontinência urinária e perda de controlo do intesti-no.

Ainda não se compreende, totalmen-te, as causas que estão na origem da doença dos discos. A maioria das teorias

atribui esta situação a uma combinação dos seguintes fatores: envelhecimento do disco, fatores genéticos, má postu-ra, sobrecarga por obesidade, esforços físicos excessivos ou após um evento traumático.

PrinciPais benefícios do tratamento Por mistura oxigénio-ozono

O tratamento percutâneo minima-mente invasivo do disco por mistura de oxigénio-ozono constitui uma alternati-va à cirurgia invasiva, denominada dis-cectomia ou microdiscectomia.

Pode ser utilizado em pacientes com queixas de dor referida à coluna (com ou sem irradiação ao braço ou à perna), sem melhoria clínica ao longo do tem-po ou com fraca resposta ao tratamento farmacológico, bem como em pacientes submetidos a cirurgia invasiva prévia, sem melhoria sintomatológica ou com recorrência/agravamento clínico (Failed Back Surgery Syndrome - “síndrome da cirurgia falhada”).

Trata-se de um procedimento tera-pêutico minimamente invasivo, desen-volvido em centros de investigação e in-tervenção na coluna europeus e que, nos últimos dez anos, tem assistido a uma ex-

ponencial adesão em países como Ale-manha, França, Itália e Espanha e ainda pouco difundida em Portugal.

É um procedimento isento de com-plicações graves, com um curto tempo de estadia hospitalar e de recuperação, permitindo um rápido retorno às ativi-dades de rotina diárias.

Para além disso:é um procedimento terapêutico mi-

nimamente invasivo;não necessita de anestesia geral;não interfere com as estruturas ósseas;

não implica a remoção do disco;não deixa cicatriz cutânea;apresenta uma taxa de sucesso ex-

pectável elevada;não impede a cirurgia, caso seja estri-

tamente necessária.Este tratamento não é adequado a

todos os doentes com dor vertebral/ /raquidiana, sendo necessária uma consulta médica, com revisão da his-tória clínica e sintomatologia, exame físico minucioso, seguido de discussão diagnóstica e das opções terapêuticas.

6 | Jornal de Saúde Pública | 6 de abril 2013

Intervenção “não cirúrgica”de hérnias do disco na coluna

RecuRso à mIstuRa de oxIgénIo-ozono como alteRnatIva à cIRuRgIa InvasIva na doença dos dIscos

Dr. Pedro NunnesMédico neurorradiologista. Especialista em técnicas de intervenção minimamente invasivas na coluna, Hospital da Lapa www.hospitaldalapa.com

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Os discos intervertebrais

podem deslocar-se ou

herniar, comprimindo

raízes nervosas, e

originar, para além de

dor na coluna, sintomas

referidos aos segmentos

dependentes das

estruturas nervosas,

traduzidos por dor,

dormência ou fraqueza

muscular no braço ou na

perna (vulgo dor “ciática”).

As causas que estão na origem da doença dos discos são pouco compreendidas

Page 7: Jornal de Saúde Pública, abril de 2013

O desenvolvimento tecnológico e científico, com oferta de meios de diagnóstico e de terapêutica

cada vez mais sofisticados, o acesso à informação, o aumento da esperança de

vida e a consequente patologia crónica associada fizeram disparar os encargos financeiros para a sociedade; no outro lado da equação há recursos débeis e disputados, associados a estagnação do crescimento económico e a uma demo-grafia suicida.

Partindo apenas destes consideran-dos, e limitado pelo texto, atrevo-me a apresentar algumas ideias, não originais, apoiadas em alguns exemplos, alguns com resultados já demonstrados.

O discurso científico e público em saú-de deve apontar para caminhos de qua-lidade e bem-estar, não ligados a uma longa vida, medida por anos, a qualquer custo e sofrimento; torna-se necessário debate público que permita a abertura cultural da sociedade para outras formas de autodeterminação, não culpabilizá-veis para o indivíduo, família ou socieda-de, para além do testamento vital.

Os recursos na Saúde são finitos, serão sempre uma fração da riqueza nacional e a sua utilização, em bens de equipamento e de consumo, deverá ser bem explicada aos cidadãos, para de-senvolver corresponsabilização; numa reforma, antes de retirar um benefício

(um atendimento mal equipado na pro-ximidade, ou um hospital, etc.), deverá ser explicada a vantagem que há na sua substituição, por um outro benefício, mais integrador e eficiente, evitando as-sim a politização e a “rua”; a informação dos custos de qualquer ato em saúde, mediante a emissão de fatura descritiva, dá satisfação porque desfoca a atenção da taxa que lhe cabe pagar.

O processo clínico do doente inte-grado e acessível em todos os níveis e lugares de atendimento permitiria a partilha de decisões de diagnóstico e terapêutica entre os diversos inter-venientes – especialistas hospitalares, outros técnicos de saúde e o médico de família, gerando eficiência e racionali-dade; é bem conhecida a repetição de exames de diagnóstico porque a base não é comum e a quantidade excessiva de medicamentos que muitos pacien-tes utilizam que, para além dos custos financeiros, terão outros decorrentes da dificuldade de gerir tantas possibi-lidades de interação medicamentosa; a racionalidade impõe-se.

Finalmente, acrescento que olho para o mundo de dentro de uma Uni-

dade de Saúde Familiar (USF) que consi-dero um modelo bem-sucedido de mu-dança na Saúde, a nível dos cuidados de saúde de proximidade. O segredo da USF é o trabalho em equipa multi-profissional, com objetivos concretos na promoção e prevenção da saúde e tratamento da doença nas pessoas uti-lizadoras dos serviços, associado a in-centivos motivadores.

Os resultados satisfazem presta-dores e utilizadores e a avaliação por entidades independentes confirmam uma adequação com o necessário processo de mudança, em curso, na Saúde. Considero a USF um modelo a copiar ou fornecedor de alguns prin-cípios a adotar em outros níveis de cuidados ou mesmo outros setores de serviços.

A Reforma na Saúde é importante que seja continuada e consolida-da; já muito foi feito, mas há mui-to mais ainda por fazer. Esta Re-forma visa melhorar os cuidados de saúde aos cidadãos, tendo em conta o que estes sentem como legítimas expectativas e as reais possibilidades do País. É uma equação difícil.

Dr. José A. Madaíl RatolaCoordenador da Unidade de Saúde Familiar Moliceiro

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6 de abril 2013 | Jornal de Saúde Pública | 7

Tempos de mudança

USF Moliceiro – E, por que não, simpatia?

Saúde: Conhecer o risco

partilhamos o gosto pela Vida

Artigo com a colaboração:

USF Valongo – Uma equipa centradana saúde da pessoa.

Page 8: Jornal de Saúde Pública, abril de 2013

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