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Jornal da Celos 178

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Jornal da celos 178

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CARTOLA

www.celos.com.br

99122314842009-DR/SCCELOS

INFORMATIVO DA FUNDAÇÃO CELESC DE SEGURIDADE SOCIAL JULHO - 2011/N0178

EndividamEntoas saídas na educação e na psicologia> Pág 8

aGREGadoSEm setembro, plano amHa será encerrado> Pág 7

> Págs 4 e 5

Demandas judiciais avançam sobre poupança coletiva

RiSCo inviSÍvEL

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> ONDE ANDA VOCÊ?

> SEJA AMIGO DA CELOS NO FACEbOOk!

EDITORIAL

O Jornal da Celos é editado pela Fun da ção Celesc de Seguridade Social e tem cir cu la ção dirigida aos seus participantes.Correspondência para Av. Hercílio Luz, 639, sala 702, Ed. Alpha Centauri - CEP: 88020-000 - Florianópolis/SCFone: (48) 3221-9600 - Fax: (48) 3221-9696Central de atendimento: 0800-483030www.celos.com.br - [email protected]

Diretor Presidente:MILTON DE QUEIROZ GARCIADiretor Administrativo-Financeiro:ARNO VEIGA CUGNIERDiretor de Seguridade:JOÃO PAULO DE SOUZA

Jornalista responsável:GASTÃO CASSEL (DRT/RS 6166)Edição e reportagem:SERGIO M. DE ANDRADE , GASTÃO CASSELe DAEL LIMACOProjeto gráfico:VANESSA bINDEREditoração:QUORUM COMUNICAÇÃO Fotos:SÔNIA VILLIlustração:FRANk MAIAImpressão:GRÁFICA FLORIPRINTTiragem: 5.000 exemplares. Distribuição gratuita

Aos 27 anos, completados em agosto, quatro e meio dos quais trabalhando na Celos, Sylvia (com ípsilon) já tem bem claro que está no lugar certo: “Gosto muito de trabalhar aqui porque me permite aprender a fazer, no futuro, sempre melhor o que eu faço hoje”, resume. Sylvia Priscilla Bristot de Oliveira Schmitt é analista júnior, lotada no Gabinete onde coordena o sistema de gestão de qualidade, o desenvolvimento dos projetos do planejamento estratégico, as rotinas do Gabi-nete e, para apoiar a integração interna, cuida também da agenda de aniversá-rios do mês. “Fora do trabalho, sou apaixonada por cinema, especialmente os filmes românticos e, pra manter a forma, não perco uma oportunidade de correr”, diz a atleta que se prepara para enfrentar mais um desafio na carreira. Sylvia, formada em Administração e pós- graduada em marketing e previdência complementar, está se transferindo para a área de Atendi-mento. “Como eu disse”, arremata, “sempre aprendendo a fazer melhor”.

a busca pela equidadee pelo equilíbrio

Para um plano previdenciário equilíbrio e equidade são essenciais. Nesta edição tratamos de um assunto que interfere diretamente no equilíbrio dos planos administrados pela Celos: As ações de participantes que vão à Justiça buscar benefícios para os quais não houve a correspondente contribuição.

Um tema de natureza delicada que envolve direitos, mas também deveres e principalmente a noção do enorme risco invisível que envolve os fundos: governantes, juízes, mercado e os próprios participantes tendem a enxergar as entidades apenas pelos seus ativos, e esquecer dos compromissos que precisam honrrar. Esquecem-se, assim, que o dinheiro dos fundos é carimbado, que tem dono (são os seus milhares de participantes) e uma finalidade específica: pagar benefícios de natureza previdenciária, ao longo de muitos anos.

Os fundos de pensão são sustentados por dois verdadeiros pilares: Equilíbrio atuarial, que é o compromisso com o futuro e representa obrigação dos gestores, patrocinadores e participantes. E Equidade: No sentido de que aquilo que não pode ser dado a todos, não pode ser dado a ninguém. A demanda judicial em massa e estimulada por terceiros - especialmente por advogados com visão meramente financeira e contábil - é uma séria ameaça a esses dois princípios. É, dessa forma, uma séria ameaça ao compromisso inadiável de pagar aos titulares ou beneficiários os benefícios de complementação de aposentadorias ou pensão contratados.

Quem faz a Celos

O aposentado José Carlos de Melo (Adm. Central) oferece aos colegas curso gratuito de como pegar “piavinha”. Atualmente, diz ele, pescaria é o seu único vício e hobby. Para quem quiser saber o peso do peixe o e-mail do Melo é [email protected]

Esse é mais um canal de informa-ção e relacionamento entre a fun-dação e seus participantes. Acesse: www.facebook.com/fundacaocelos

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GESTÃO

A partir de 15 de agosto passam a vigorar as novas regras da carteira de emprésti-mos da Celos. As medidas foram delibe-radas em reunião do Conselho Delibera-tivo realizada em 27 de junho. “O pacote de medidas aprovadas certamente é um estímulo para manter a carteira como um investimento rentável e bem admi-nistrado que, além de outros objetivos também visa a educar financeiramente o participante”, diz a gerente da Divisão de Gestão Administrativa, Rosângela Maciel. Veja abaixo um resumo das novas re-gras vigentes:

• Para participantes que estão com o pagamento em dia: ampliação do prazo de 36 para 48 meses; e taxa de juros de 0,80%; (antes era de 0,85%).

• Para participantes inadimplentes: am-

pliação do prazo de 36 para 42 meses; e taxa de juros de 1%.

• São considerados inadimplentes, os que tiverem mais de duas presta-ções em aberto ou parcialmente não pagas, num período de 24 meses (na regra atual são considerados os últi-mos 18 meses);

• Para a obtenção desse empréstimo com prazo ampliado o participante precisa estar com 25% das prestações pagas do empréstimo atual (essa regra não mudou);

• Para que os novos empréstimos, con-tratados em 48 meses, sejam renovados, será necessário o pagamento de 12 par-celas (25%), isso é, só poderá haver reno-vação depois de um ano de contrato.

novas regras para empréstimos passam a vigorar em agosto

• Redução da cota de quitação (seguro para o caso de falecimento do participan-te) em 30% para todas as faixas de idade e 70% para as faixas acima de 70 anos.

Recadastramento para atualizar

dados de ativos e dependentes

A Celos está desenvolvendo uma campanha de recadastramento de 1.500 participantes ativos que estão com, pelo menos, um dado de seus dependentes incompletos na base cadastral, totalizando 5.604 depen-dentes. A meta estipulada pela Di-retoria da Celos é de 90% de reca-dastramento desses casos, até o final de março do próximo ano. “Vamos precisar unir forças”,  diz Patricia Fa-gundes, gerente da Assessoria de Re-lações com Participantes que  está preparando o Autoatendimento para receber uma grande demanda.

Todos os participantes (não só os ativos) que estiverem com dados ca-dastrais incompletos terão uma pri-meira tela diferenciada no serviço de autoatendimento. “Isso vai dificultar um “bocadinho” para os atendentes e prepostos, que terão que dar mais um clique para pular a tela, mas vai deixar essa necessidade bem mais vi-sível para todos”, detalha Patricia. 

O alerta em tela vai aparecer para todos que têm dados incom-pletos (ativos e aposentados), mas o alvo principal da campanha são os participantes ativos. “Com isso, apro-veitamos o embalo e vamos com-plementando tudo”, projeta. A inten-ção é diferenciar o que é Obrigatório (participantes ativos) do que é Opcio-nal (aposentados e pensionistas). Se-gundo Patricia, prepostos, assistentes sociais, Apcelesc e atendentes  vão atuar de  forma  a  apoiar os partici-pantes e permitir alcançar a meta do recadastramento no tempo previsto.

USO DA CIAP Só APóS RESCISÃO DO CONTRATO DE TRAbALHOA Celos tem recebido algumas solici-

tações de participantes ativos que pre-tendem utilizar a CIAP – Conta Individual de Aposentadoria - para o abatimento de débitos ou para saques antecipados. Por se tratar de uma conta-poupança que objetiva o pagamento de benefício de aposentadoria e cuja patrocinadora é uma das depositantes, a CIAP só pode ser utilizada após a rescisão do vínculo empregatício com a patrocinadora.

“É o que determina a legislação”, sus-tenta a gerente da Divisão de Gestão Previdenciária, Maria Emília Gungel.  De acordo com ela, diferente da previdên-cia aberta, que tem o depositante como único responsável pela conta, na previ-dência complementar fechada, a patro-cinadora é co-partícipe nos depósitos mensais, contribuindo para acumulação

de capital, que será revertido, no futuro, em benefício de prestação continuada mensal, ou em saque único.

Maria Emília explica que o Regula-mento do Plano Misto é bastante claro: “Não é permitido o saque ou a utiliza-ção da CIAP no período contributivo, sem que haja rescisão do contrato de trabalho com a patrocinadora”. Ou seja, a legislação (RESOLUÇÃO MPS/CGPC Nº 6, DE 30 DE OUTUBRO DE 2003) e regulamento do Plano deixam bem claro que o exercício do resgate implica a cessação dos compromissos do plano administrado pela entidade fechada de previdência complemen-tar em relação ao participante e seus beneficiários. Deste modo, o paga-mento do resgate é condicionado à cessação do vínculo empregatício.

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PREVIDÊNCIA

ações judiciais de participantes ameaçam equilíbrio dos planos

Cuspir para cima ou cavar a própria cova, são expressões populares para se referir a atitudes que se voltam contra o próprio su-jeito da ação. Um exemplo pode ser a do participante de fundo de pensão que entra na justiça para aumentar o seu benefício sem saber que pode estar inviabilizando o próprio fundo. Em todo o Brasil há uma explosão de ações desta natureza. Mal informados ou in-duzidos por terceiros ou advogados a esta in-ciativa, os participantes não sabem que estão dando “um tiro no próprio pé”.

Advogado da Celos desde 1995, Paulo Brincas alerta para o que classifica de “onda” das demandas judiciais contra os fundos de pensão em todo Brasil. No caso da Celos, ele informou que foi contratado em 95 para tratar de três ações, hoje são quase 600. Entre 2008 e 2010, os planos previdenciários da Celos, desembolsaram ou vão desembolsar, com o pagamento de ações, entre parcelas ven-cidas e vincendas, algo em torno de R$ 30,7 milhões. Boa parte disso, em torno de 20%, ou seja, mais de R$ 6 milhões, é destinada ao pa-gamento de honorários dos escritórios de ad-vogados que acionam a Fundação. Na prática isso significa um custo médio de R$ 3.755,52 para cada um dos mais de oito mil Partici-pantes. “O sucesso da Celos, ou de qualquer outro Fundo, depende da noção de solidarie-dade, do compromisso coletivo e de manter a equidade e o equilíbrio atuarial”, sustenta. “O pagamento dos mais R$ 30 milhões não ameaça a solvência da Celos, o que ameaça é justamente a perda da noção da importância de preservar o equilíbrio atuarial e a equidade entre todos Participantes”.

Para o diretor de Seguridade da Celos, João Paulo Souza, é fundamental conscientizar os Participantes sobre os riscos de ação em mas-sa contra os Planos da Celos. “É necessário ligar essa preocupação com objetivo permanente de sustentabilidade da Fundação”, comentou. João Paulo é taxativo sobre a origem do proble-ma: “Três ou quatro escritórios de advogados acabam se aproveitando da boa fé de muitos Participantes e criando um passivo que será inevitavelmente pago por todos”, comentou. Verdadeiros “mercadores de ilusões” prometem vitórias na justiça que nem sempre acontecem.

Aí os Participantes além de não terem seus benefícios aumentados, ainda arcam com des-pesas judiciárias e, claro, os honorários advoca-tícios. Para evitar estes tiros que saem pela cula-tra, os Participantes devem estar atentos e, antes de qualquer medida, devem procurar informa-ções a respeito dos Planos Previdenciários. “Não estamos pedindo pra ninguém abrir mão de um suposto direito, mas para refletir muito bem sobre as consequências, e, antes de tomar uma atitude, procurar sempre ouvir a própria Celos, a Apcelesc e os Sindicatos”, sugeriu.

COLETIVO E SOLIDÁRIO

“Quem procura a Justiça sem reflexão ou medida das consequências, costuma traba-lhar contra o próprio patrimônio”, alerta Brin-cas. Segundo ele, as ações judiciais, sobretu-do, significam uma contradição evidente com a regra constitucional de igualdade. “Os que se beneficiam de ações judiciais estão, na ver-dade, avançando sobre recursos dos demais colegas”, lembrou. Conforme explicou, os fun-dos de previdência complementar fechados, como é o caso da Celos, não visam lucro, logo os recursos destinados para pagamentos de processos movidos por poucos, poderiam es-tar, na verdade, sendo empregados para am-pliar serviços e benefícios para todos.

“Muita gente não sabe que os fundos são coletivos e solidários”, lembra o Presidente da Celos, Milton Garcia. “Ao acionar seu plano previdenciário na justiça, o participante deve ter consciência de que está demandando contra seu próprio patrimônio e que a conta

vai ser paga com o dinheiro de sua poupança e da poupança dos demais Participantes do plano”, argumenta. Em geral, as diferenças de benefícios solicitadas na justiça não tiveram a cobertura necessária em contribuições, gerando desequilíbrio no plano. Planos de-sequilibrados por falta de recursos devem ser saneados com mais contribuições ou re-dução de benefícios futuros. No popular, o feitiço vira contra o feiticeiro.

O advogado e consultor Paulo Brincas acompanha o assunto há bastante tempo e atribui boa parte dos problemas enfrentados à ausência de cultura previdenciária na justi-ça brasileira. “A maior parte do poder judici-ário não tem informação suficiente sobre a natureza especial dos fundos de pensão e, principalmente, seus compromissos de pagar os benefícios aos titulares e beneficiários, en-quanto estes viverem”, argumentou. Segun-do ele, os contratos entre os fundos e seus participantes têm uma característica peculiar: a longuíssima duração. Alguns podem durar mais de 60 anos. É natural, durante esse tem-po, que haja adequações em normas e regras, provocadas pelas próprias mudanças da rea-lidade e da legislação. “O que acontece é que muito tempo depois, pela via judicial, alguém resolve aumentar seu benefício, esquecendo--se de que o ônus disso será dividido pela co-letividade dos Participantes”, ressaltou.

EQUAÇÃONa verdade os direitos reivindicados em

ações judiciais, na maior parte dos casos, não correspondem ao que foi contratado nos pla-nos de benefícios, ou seja, não houve uma

ANO

AÇõES

TOTALPLANO TRANSITóRIO

PLANO MISTO

2008 3.476.663,56 1.741.609,30 5.218.272,86 2009 4.394.923,66 1.827.689,05 6.222.612,71 2010 1.180.550,31 1.571.882,56 2.752.432,87 total 9.052.137,53 5.141.180,91 14.193.318,44

valores pagos entre 2008 e 2010

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ações judiciais de participantes ameaçam equilíbrio dos planos

tire suas dúvidasPor que existem essas ações

judiciais? Há muitas escritórios de advocacia estimulando ações judi-ciais contra fundos de pensão. Há também a falta de compreensão, por parte dos participantes, de que os planos são coletivos e baseados nos regulamentos que preveem o equilíbrio entre a receita e a despe-sa. Os advogados interpretam equi-vocadamente algumas regras dos planos previdenciários e os partici-pantes, acreditando neles, buscam aumentar seus benefícios, recorren-do diretamente ao poder judiciário sem procurar esclarecimentos junto ao seu fundo de pensão ou junto às entidades que os representam.

de onde sai o dinheiro para pagar as despesas com ações ju-diciais? Ao acionar seu plano previ-denciário na justiça, o participante deve ter consciência de que está demandando contra seu próprio patrimônio e que a conta vai ser paga com o dinheiro de sua pou-pança e da poupança dos demais participantes do plano.

Se o participante perder a ação, o que acontece? Como já vem ocorrendo em diversas senten-ças, ao perder a ação o participante arca com todas as despesas judi-ciais e com os honorários advoca-tícios. Os planos também perdem, pois devem contratar advogados e especialistas para fazer as defesas em juízo e fora dele.

o que você pode fazer? Antes de recorrer à justiça, o participante deve procurar a Celos para obter esclareci-mentos sobre a composição de seu benefício. Utilizar os mecanismos internos do fundo de pensão evita gastos com despesas judiciais, hono-rários advocatícios e ainda pode ace-lerar a solução do processo.

o que a Celos está fazendo? A Entidade vem organizando debates e produzindo matérias periódicas para promover a conscientização a respei-to desse assunto e desenvolvendo um programa de educação financeira e previdenciária.

contribuição ou uma reserva de poupan-ça para tanto. Assim, os fundos podem ser obrigados a arcar com despesas para as quais efetivamente não houve acumula-ção de capital. “O princípio de equilíbrio entre benefício e respectiva receita de cobertura é contemplado cons-titucionalmente e tem por objetivo asse-gurar o pagamento do benefício previsto no Regulamento do plano”, defende Ly-gia Maria Avena, coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Assuntos Jurídicos da Abrapp – Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

“Quando há uma condenação judicial, se não houver previsão contratual ou de cus-teio para a concessão imposta, as reservas dos respectivos planos poderão ser afetadas e agravadas, em prejuízo dos demais parti-cipantes”, acentuou. Também integrante de comissões jurídicas da Abrapp, a advogada Rita de Cassia da Silveira, que trabalha na Ce-los há mais de 25 anos, é da mesma opinião: “É preocupante que o Participante, que man-tém vínculo contratual de 50 anos ou mais com a Celos, deixe ser levado por advogados que não têm o conhecimento necessário do sistema previdenciário complementar fecha-do, a ingressar com demandas judiciais con-tra o seu plano previdenciário”.

EDUCAÇÃOO Diretor Coordenador da Regional 1

da Anapar – Associação Nacional dos Parti-cipantes de Fundos de Pensão, Clênio José Braganholo, vê com preocupação o cresci-mento do número de ações judiciais contra entidades previdenciárias. “A Anapar orienta que sejam observados e cumpridos os con-tratos, que são os próprios planos de bene-fícios. Tudo o que for reivindicado que não constar neles vai gerar desequilíbrio e ame-aça ao plano”. Braganholo destaca que o respeito aos contratos deve partir tanto das entidades quanto dos Participantes.

Para o representante da Anapar alte-rações nas relações trabalhistas acabam gerando problemas para os fundos. “Mu-danças de regras geralmente prejudicam os participantes em favor das empresas patro-cinadoras, e na maioria das vezes os fundos acabam arcando com responsabilidades que não são suas, problemas gerados pelas patrocinadoras”, avalia.

O que ninguém discute é que a redu-ção de ações contra os fundos passa pela educação previdenciária. Se os Participan-tes têm consciência da natureza mutualis-ta e solidária vão entender que seus pró-prios direitos não podem colidir com os da maioria e que, na verdade, a conta das ações - inclusive da dele - é ele próprio que vai pagar. O aprimoramento da comunica-ção entre as entidades e os participantes é apontado pelos especialistas em educação financeira e previdenciária como caminho necessário. “É a educação que vai revelar que previdência não é exclusivamente uma poupança financeira, mas um plano para garantir a qualidade de vida futura”, afirma Patricia Motta Fagundes, gerente da Assessoria de Relações com Participantes da Celos. “A redução do número de de-mandas passa necessariamente pelo co-nhecimento por parte dos participantes do teor dos planos, pela educação previ-denciária e pelo estabelecimento, por par-te das entidades, de canais de diálogo que privilegiem as soluções administrativas dos eventuais conflitos”, complementa.

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SERVIÇO

> FALECIMENTOS

A NOSSA SOLIDARIEDADE AOS FAMILIARES

> EMPRéSTIMOSSoLiCitaÇÃoDo dia 14 ao último dia decada mês.

LIBERAÇÃOÚltimo dia útil de cada mês (quando solicitado en-tre os dias 14 e 23). Exceção: dia 14 de cada mês, para a renovação dos participantes ativos.

RENOVAÇÃODesde que pagas 25% das prestações do empréstimo anterior.

OBSERVAÇÃOOs participantes ativos devem anexar o último demonstrativo à solicitação.

PRAZOEm até 36 meses.

TAXA1% de juros ao mês + variação do IPCA, ou 0,80% de juros ao mês + variação do IPCA - taxa especial para quem está adimplente nos últimos 24 meses.

INFORMAÇÕESNo site www.celos.com.br ou pelo 0800-483030, e também com os prepostos nas agências regionais.

notas

vandelino otavio de BorbaItajaí - 10/05/2011 Jose P. do nascimento Filho Florianópolis - 17/05/2011 antonio Raimundo SerafinFlorianópolis - 20/05/2011 Luizinho mahl Itajaí - 21/05/2011 Wilma BonattoConcórdia - 23/05/2011 tercilio Bona Blumenau - 05/06/2011 Lauri a. P. dos SantosCriciúma - 10/06/2011 olivi Beckert Mafra - 14/06/2011 angelina Campos da LuzFlorianópolis - 27/06/2011 Erico Emmanuel LinharesAdm. Central - 27/06/2011 maria amaflor LemosJoinville - 06/07/2011

CALENDÁRIO DE AGOSTODom Seg Ter Qua Qui Sex Sab

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As datas de pagamento ao lado consideram o Banco do Brasil como o banco depositário. Para outros bancos, considere o dia útil subsequente.

MENOS é MAISA partir da edição 177 o Jornal da

Celos passou a ter a tiragem reduzida de nove mil para cinco mil exemplares. Esta ação visa dar agilidade ao pro-cesso de disseminação da informação, atender a política interna de redução de custos e como forma de contribuir com a natureza, minimizando os im-pactos ambientais com a redução de emissão de papel. Deste modo, a edi-ção impressa será direcionada para os participantes que já estão fora da Pa-trocinadora: aposentados, pensionistas e autopatrocinados. Simultaneamente à distribuição do jornal impresso a ver-são eletrônica será disponibilizada na página principal do Portal da Celos, no menu: Institucional/Jornal da Celos e também no Jornal Online.

RENOVAÇÃO DOS CARTõESVenceram em 31/07 os cartões do

Plano Celos Saúde de todo o grupo fa-miliar. Os cartões devem ser retirados com os prepostos nas agências regio-

nais e na Celos (dos aposentados, pen-sionistas e PDVIs da grande Florianópo-lis). Os ativos da Administração Central receberam pelo malote.

UNIVERSITÁRIOSVence em 31/08 o Plano Celos Saú-

de dos dependentes universitários, com idade entre 21 e 25 anos. Até 31/08 deve ser enviada para a Celos a declaração de matrícula do 2º semes-tre de 2011, pois em 01/09 haverá a ex-clusão automática dos que não reva-lidarem a condição de universitários. Para quem perdeu a condição de uni-versitário, há a opção do Plano CELOS Saúde Agregrados.

ELEIÇÃOJá está aberto e vai até o dia 9 de

setembro o prazo de inscrição de cha-pa e/ou candidatos para integrar os Conselhos Deliberativo e Fiscal da Ce-los. A eleição será realizada no dia 22 de novembro próximo nas agências regionais, Administração Central, sede da Celos e Apcelesc.

01/08/2011 Reembolso médico e odontológico do dia 15: Último dia para recebimento das notas | 10/08/2011 Boleto AMHA: Último dia para emissão de 2ª via; Boleto Agrega-dos - Último dia para emissão de 2ª via | 11/08/2011 Adiantamento Abono: Concessão | 15/08/2011 Empréstimo: Concessão até dia 14; Empréstimo: Abertura de período, Celos Saúde: Reembolso médico e odontológico | 16/08/2011 Reembolso médico e odonto-lógico do dia 30/31 - Último dia para recebimento das notas | 18/08/2011 Adiantamento Abono: Concessão | 25/08/2011 Adiantamento Abono: Concessão | 30/08/2011 Paga-mento de Aposentadoria/Pensões: Banco do Brasil | 31/08/2011 Pagamento de Aposen-tadoria/Pensões: Outros Bancos; Empréstimo: Concessão último dia útil; Celos Saúde: Re-embolso Médico e Odontológico; Reembolso médico e odontológico do dia 15: Último dia para recebimento das notas; Empréstimo: Fechamento de período.

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SAÚDE

Como vem sendo divulgado, a Celos vai fazer a transferência de todos os atuais Agregados do Plano AMHA para o novo Plano CELOS Saúde Agregados no dia 1o de outubro e, por consequência, encerra o Plano AMHA no dia 30 de setembro. O encerramento do Plano AMHA está pre-visto desde a emissão da Resolução Nor-mativa 195/2009 da Agencia Nacional de Saúde - ANS, tendo em vista que essa norma inviabilizou o ingresso de novos beneficiários no plano, indicando assim sua extinção. A transferência será feita automaticamente, sem a necessidade da intervenção dos titulares. Quem não de-sejar ser transferido para o novo Plano só terá a opção de se desligar do AMHA até o dia 30 de setembro.

“Infelizmente, 23% dos atuais benefici-ários do Plano AMHA terão a mensalidade agravada, em função da idade do bene-ficiário e, com relação a isso, não conse-guimos ter um custo menor, pois a tabela a ser oferecida precisa estar adequada as regras da ANS em que o custo de cada

transferência para novo Plano agregados segue dentro do cronograma

faixa é que determina o valor da próxi-ma faixa”, explica a gerente da Divisão de Gestão Assistencial, Ruth Seara. Ela ressal-va que o novo produto consegue atender a grande maioria dos atuais agregados, oferecendo custos iguais ou menores dos que atualmente são praticados no Plano AMHA. “No Plano AMHA havia uma trans-ferência de recursos dos agregados de menor idade, para os agregados de maior idade, que estavam custeando parte das despesas, pois o maior custo está nas fai-xas etárias mais elevadas”, destaca.

REGRAS DA ANSPara entender a Tabela de preços

aplicada ao CELOS Saúde Agregados, é preciso compreender a dinâmica da as-sistência médica no setor suplementar. Os aumentos decorrentes das mudan-ças de faixa etária são definidos pela Agência Nacional de Saúde – ANS atra-vés da Resolução Normativa nº 63.

A Resolução ordena que o valor fi-xado para a última faixa etária (59 anos

ou mais) não pode ser superior a seis (6) vezes o valor da primeira faixa (0 a 18) e que a variação acumulada entre a séti-ma (7º) e a décima (10º) faixas não pode ser superior à variação acumulada entre a primeira (1º) e a sétima (7º) faixas. Essas regras buscam proteger os beneficiários de idade igual ou superior a 60 anos, pois não prevê variação no valor de con-tribuição e impede que se atribua a essa faixa valores elevados.

No Plano da Celos os valores cum-prem rigorosamente as determinações impostas pela ANS, são crescentes ao longo das faixas etárias, para fazer frente aos compromissos do plano, conforme a necessidade de utilização das cobertu-ras apontar. A tabela definida para o CE-LOS Saúde Agregados reflete a estrutura de custos com base na sinistralidade e perfil dos usuários. De maneira geral, para se obter a precisão no cálculo atua-rial, foram avaliados os custos dos servi-ços oferecidos, tipo e frequência de uti-lização, quantidade de usuários e idade.

PROGRAMA DISTRIbUI MEDICAMENTOS GRATUITOS E COM DESCONTO DE ATé 90%

O Programa Farmácia Popular do governo, que inclui a rede privada, oferece aces-so gratuito a diversos medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes. Exis-tem ainda quase oito mil remédios subsidiados, incluindo genéricos, com no mínimo 25% de desconto e alguns com até 90%, para doenças como asma, rinite, Mal de Pa-rkinson, colesterol, osteoporose e glaucoma, além de fraldas geriátricas e anticoncep-cionais. Qualquer brasileiro pode ter acesso aos medicamentos desde que apresente um documento com foto, o CPF e a receita médica.

A relação de medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, todos os de-mais remédios com descontos e os endereços de todos os postos do programa Far-mácia Popular da rede privada conveniada em Santa Catarina estão disponíveis para consulta no portal institucional da Celos, no menu: saude/farmaciapopular

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EDUCAÇÃO

A cada seis brasileiros, quatro estão endividados. Há uma boa explicação na ponta da língua de quase todos os educa-dores de finanças pessoais: o brasileiro não tem instrução financeira. Mas outros espe-cialistas atribuem ao problema também a razões psicológicas e até neurológicas.

Educação financeira para a socie-dade é umas das áreas de atuação do Professor da UFSC e Consultor de Finan-ças do Banco Itaú Jurandir Macedo Sell. Um dos primeiros conselhos de Jurandir para quem quer se educar financeira-mente é começar a investir cedo para ganhar no tempo, e aprender as diferen-tes formas de poupar e ganhar dinheiro com investimentos.

O consultor Jurandir alerta ainda para o poder do desejo e o necessá-rio controle que precisamos ter com ele. A maioria dos gastos é estimula-da por uma tentativa de uma imagem social, pela busca de um determinado status, sendo essa busca a grande vilã do cidadão que busca uma ascensão não apenas aparente. Para investir, é preciso, antes, poupar. E para poupar é preciso reavaliar nossa relação com o dinheiro, com a miríade e opções que ele nos coloca a frente, algumas nobres, outras nem tanto.

São necessários também cuidados com o orçamento diário. Para entender como nos relacionamos com o dinheiro, precisamos saber como ele se compor-ta, e por onde exatamente ele escoa. A educação financeira, em termos gerais, consiste de alguns ensinamentos tópicos que se não são complexos ou de difícil entendimento, são complicados na prá-tica, num cotidiano repleto de produtos atrativos e de uma publicidade agressiva cada vez mais onipresente. Ao agir de for-ma impulsiva, deixamos de lado o plane-jamento e as vantagens que ele implica.

Psicologia e falta de instrução podem explicar endividamento

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A CAbEÇA Para pesquisadores da psicologia

econômica e da neuroeconomia, o en-dividamento está ligado especialmen-te à falta de autocontrole no consumo e à busca por uma compensação, um alívio para impulsos.

Segundo a psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira, esse comportamen-to está ligado à dinâmica psíquica das pessoas. “Somos movidos por impul-sos que buscam um alívio imediato. A gente sempre se encontra em uma situação de falta e nunca estará plena-mente satisfeito, mas fica muito fácil cair na ilusão de que comprar determi-nados produtos fará a gente chegar a um estágio de satisfação total, de ple-nitude”, disse ao Portal G1 a psicanalis-ta e doutora em psicologia econômica pela PUC-SP, autora dos primeiros livros sobre o tema no Brasil.

“É uma ilusão, mas a gente gosta de se iludir. A vida é dura, então acabamos buscando conforto em algumas ilusões, e esta é uma delas.” Segundo ela, as pessoas que ficam com dívidas demais normalmente se deixam influenciar pe-las circunstâncias externas. “No lugar de ela tomar decisões por conta própria, ela fica muito influenciada pelos ou-tros, pelo que vê ao redor dela”, disse.

Para a neuroeconomia, área de estudo que usa as técnicas de neu-rociência para entender como as pessoas tomam suas de-cisões quando o assunto é dinheiro, o problema é um duelo entre razão e emoção.

“Enquanto a razão diz para poupar, para controlar, a emoção não pondera. Na hora em que se está na frente do produto,

os sentidos ativam a área da emoção. É uma coisa bem de fetiche de consu-mista. A emoção fica superativada, e o cérebro manda mais sangue para a área dela, o centro do cérebro, o sistema límbico a amígdala cortical, e a área da razão, córtex prefrontal, fica menos irri-gada”, explicou também ao Portal G1 a economista Patrícia Fonseca, especialis-ta em neuroeconomia.

O TRATAMENTO“As pesquisas de economia psicoló-

gica mostram que informação não bas-ta para evitar as dívidas. O importante é ter estratégia de autocontrole. Eu vejo a prevenção na ótica das políticas públi-cas. É difícil fazer prevenção com os indi-víduos”, explicou Patrícia Fonseca.

Sob a ótica da psicologia, entretanto, pode fazer sentido incentivar o trabalho preventivo com pessoas que demons-tram descontrole financeiro, disse a psica-nalista Vera Rita Ferreira. “Ajudar a pessoa a parar e pensar sobre o que está fazendo com o dinheiro dela é o primeiro passo.”