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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO JORNAL DA ALERJ A força do esporte Demandas da Tecnologia da Informação serão discutidas em audiência pública PÁGINA 3 Alerta sobre os males do consumo de sal marca lei em prol da saúde dos cidadãos PÁGINAS 4 e 5 Balanço da exposição Abre Alas e apresentação de blocos encerram festejos de carnaval PÁGINA 12 Ano X N° 246 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012 Lançamento do Caderno de Esportes pela Alerj traz um mapeamento das principais práticas esportivas de cada cidade fluminense e movimenta representantes do setor em simpósio organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Rio PÁGINAS 6 a 9 Gabriel Telles

Jornal da Alerj 246

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Jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

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Page 1: Jornal da Alerj 246

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

A força do esporte

Demandas da Tecnologia da Informação serão discutidas em audiência públicaPÁGINA 3

Alerta sobre os males do consumo de sal marca lei em prol da saúde dos cidadãosPÁGINAS 4 e 5

Balanço da exposição Abre Alas e apresentação de blocos encerram festejos de carnavalPÁGINA 12

Ano X N° 246 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012

Lançamento do Caderno de Esportes pela Alerj traz um mapeamento das principais práticas esportivas de cada cidade fluminense e movimenta representantes do setor em simpósio organizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Rio PÁGINAS 6 a 9

Gab

riel

Tel

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012122

“É uma indústria que contribuiu muito para o desenvolvimento de Macaé e merece integrar nosso calendário. É uma grande feira de negócios que impulsiona a região”Sabino (PSC), durante aprovação de projeto que inclui feira offshore de Macaé em calendário oficial do estado

“Estes são conhecimentos necessários ao exercício de qualquer profissão e também ao bom desempenho da vida doméstica, preparando futuros profissionais”José Luiz Nanci (PSB), sobre projeto em prol do ensino de Educação Financeira nas escolas estaduais de ensino médio

Mauro Pimentel

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Ouça sonoras dos deputados

.JORNAL DA ALERJ

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PERFIL - BERNARDO ROBERTO CARDOSO PINTO ExPEDIENTE

O coordenador-geral do Parlamento Juvenil (PJ) é o ex-participante Bernardo Roberto Cardoso Pinto, 23 anos, carioca de Laranjeiras e morador de Saquarema desde a infância. Em 2006, estudante do Colégio Estadual Oscar de Macêdo Soares, participou do PJ com o projeto de lei sobre a implantação do pré-vestibular social no estado.

O que motivou você a parti-cipar, aos 16 anos, do Parla-mento Juvenil?

Aprendi muito cedo a repartir e a me interessar pelo bem co-mum nos diversos grupos que fiz parte. Constatei que, já naquela ocasião em que tive a oportuni-dade de participar do projeto, a proximidade com os deputados enriqueceu a experiência de to-dos os estudantes de meu grupo. Esse contato gerou a oportunida-de de criação de novas alianças para os que pretendiam seguir na área pública e política.

Na ocasião, você representou Saquarema. Ficou entre 39 selecionados no meio de dois mil estudantes. Qual a prin-cipal lição desse período?

Minha grande lição foi ter no-ção de que a sociedade é formada

pelo coletivo e não pelo interesse individual. Aprendi a renunciar aos meus interesses particulares. Aprendi também que, logo cedo, podemos ser um agente transfor-mador e melhorar a realidade da nossa comunidade.

O que significa assumir a coordenação geral da atu-al edição do Parlamento Juvenil, sendo você “cria” do projeto?

Tenho orgulho e a certeza de que vale a pena correr atrás dos ideais. Hoje, observo que a expectativa e a vontade de ser ouvido são as mesmas. Ape-sar de todas as dificuldades, principalmente por parte dos jovens que vivem no interior, a esperança e a luta dizem sem-pre respeito à melhoria de vida de suas comunidades.

http://j.mp/audiojornal246

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

O JORNAL DA ALERJ está disponível também em áudio. Divulgue!

PresidentePaulo Melo

1ª Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteGilberto Palmares

3º Vice-presidentePaulo Ramos

4º Vice-presidenteRoberto Henriques

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4ª SecretárioJosé Luiz Nanci

1a SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteGustavo Tutuca

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Reportagem: André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Melissa Ornellas, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de Arte: Daniel Tiriba

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários : André Coelho, Andresa Martins, Bruna Motta, Cynthia Obiler, Diana Pires, Fernando Carregal, Gabriel Telles (foto), Mauro Pimentel (foto), Nathalia Felix (foto), Paulo Ubaldino e Priscil la Daumas.

Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJEmail: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

Impressão: Imprensa OficialTiragem: 5 mil exemplares

FRASES

Gabriel T

elles

Page 3: Jornal da Alerj 246

11Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012 3

Fotos: Mauro Pimentel

Promover uma audiência pública com a sociedade civil, em-presas e órgãos do Executivo

foi o compromisso firmado pela Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Tecnologia da Informação (TI) da Alerj, presidida pelo deputado Gustavo Tutuca (PSB) (foto acima, ao lado da deputada Clarissa Garotinho), durante reunião com o TI Rio, o Sindicato das Empresas de Informática do Rio (Seprorj). No encontro, realizado no dia 28 na sede da entidade, Centro do Rio, Tutuca e os deputados Robson Leite (PT) e Clarissa Garoti-nho (PR) discutiram as próximas ações práticas do colegiado para conhecer as demandas do setor.

“O objetivo da frente parlamentar é cooperar com o desenvolvimento desta importante e promissora área. Nada me-lhor que o debate com os membros da TI

para compreendermos suas demandas e dificuldades”, afirmou o presidente da fren-te. Pautar os atores da área e dar espaço para ideias com potencial para se tornar realidade serão o objetivo da audiência pública que acontecerá em abril, segun-do o vice-presidente do grupo, o petista Robson Leite. “Temos ainda a intenção de fazer reuniões ordinárias mensais para manter o colegiado sempre em atividade na defesa pelo espaço da TI na agenda pública do estado”, declarou.

A tradição de inovação e criatividade do Rio foi lembrada pela deputada Clarissa Garotinho como diferencial para o desen-volvimento do setor. O presidente do TI Rio, Benito Paret, defendeu uma política de fomento para que a área possa crescer em todo o estado. “No Brasil, a TI teve um crescimento de 10%, enquanto no Rio foi de apenas 2%, sendo que o estado dis-põe de um polo educacional que poderia formar profissionais qualificados. Com a importância da Tecnologia de Informação em todos os cenários, há mercados onde o Rio poderia se beneficiar diretamente”, afirmou Paret.

Priscilla Daumas

Reunião deu início ao debate sobre as necessidades e as dificuldades do setor

FRENTE PARLAMENTAR

As demandas da TI

Em encontro no dia 20, o deputa-do Gustavo Tutuca anunciou que a frente pretende realizar um encontro com prefeitos de todo o estado, para fazer um mapeamento da infraestru-tura de TI no Rio. O anúncio foi feito durante reunião da Câmara Setorial de Tecnologia do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, realizada na sede do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP). “Estamos em contato com a Associação de Municípios do Estado (Aemerj), para organizar este encontro e traçar um mapa da infraestrutura de tecnolo-gia”, explicou Tutuca. O deputado fez uma apresentação do trabalho e dos objetivos da frente, instalada no final de 2011. “É muito importante esta integração com empresários e a sociedade civil. Queremos ajudar a desenvolver o setor, principalmente em parceria com a educação, que não pode mais caminhar sem a tec-nologia”, destacou. Ainda de acordo com ele, o grupo pretende se basear no município de Piraí, considerado exemplo nacional de educação alia-da à tecnologia. “Queremos usar a boa experiência da cidade, que hoje oferece um computador por aluno da rede pública, com excelentes resultados”, completou. (colaborou André Coelho)

Grupo fará encontro com prefeituras

Com a importância da TI, há mercados em que o Estado do Rio poderia se beneficiar diretamente”Benito ParetPresidente do TI Rio

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012124

SAúDE

A dicionar uma pitada de sal durante as refeições é um hábito comum, mas

que pode fazer mal à saúde. Dados do Ministério da Saúde dão conta que, enquanto o consumo recomendável de sal não passa de 5 gramas por dia, o brasileiro ingere, em média, 12 gramas, ou seja, uma colher de sopa. Para evitar os danos decorrentes des-te costume, a Alerj promulgou a Lei 6.173/12, de autoria do presidente da Comissão de Saúde da Casa, deputado Bruno Correia (PDT), que determina que embalagens de sal de cozinha de-vem trazer a advertência “O consumo exagerado deste produto pode causar malefícios à sua saúde”.

Para o autor da norma, o alerta poderá inibir o consumo crescente de sal e evitar os problemas que ele acar-

reta. “A restrição do consumo de sódio diminui a pressão arterial, reduzindo a incidência de doenças causadas por sua elevação. Precisamos garantir que a população seja alertada para os riscos oferecidos”, defende ele, que já atuou como secretário de Saúde no município de São João de Meriti. Diminuir a inci-dência dos males decorrentes do uso abusivo do sal pode trazer benefícios, ainda, para os cofres públicos. Só o serviço especializado em hipertensão do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac) recebe, men-salmente, mil pacientes com quadros graves da doença, ou seja, os que não são estabilizados com medicamentos ou acompanhamentos mais simples. Já o Programa de Hipertensão e Dia-betes da Prefeitura do Rio atende, com regularidade, 675 mil pessoas.

Gabriel Telles

Mauro Pimentel

FernanDa Galvão, Bruna motta e Priscilla Daumas

Correia acredita que advertir sobre o uso excessivo de sal traz benefícios à saúde dos fluminenses

Uma pitada a menos Lei determina aviso

quanto aos males do uso excessivo do sal nas embalagens

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11Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012

“A maior dificuldade é fazer com que o paciente entenda que é necessário manter um acompanhamento regu-lar do quadro, para evitar eventuais agravamentos. O que ocorre, muitas vezes, é que, com a estabilização da pressão, o paciente acaba deixando o tratamento de lado. Nossas estatísticas mostram que o índice de abandono chega a 30% dos pacientes”, sinaliza a gerente do programa e médica de família Cláudia Ramos.

A especialista explica que a hiper-tensão é, muitas vezes, uma doença silenciosa. “Em muitos casos, a pessoa está assintomática, ou seja, não sente dores de cabeça ou outros tipos de desconforto. Vai para uma consulta de rotina e, ao aferir a pressão, des-cobre que os índices estão acima do normal”, acrescenta Cláudia. Foi o caso de Francisca Irani Mattos Pessoa, de 53 anos. A comerciante descobriu que sofria de hipertensão após uma visita ao oftalmologista. Lá ela des-cobriu que a pressão alta era a causa das luzes que via em flashes durante alguns momentos do dia. “Recebi a recomendação de procurar um cardio-logista”, afirma Irani, que, por conta da oscilação da pressão arterial, faz uso corrente de medicamentos. “Posso

estar nervosa e minha pressão cair, como também posso estar sentada vendo televisão e estar com a pressão alta”, enumera.

Manter o uso dos medicamentos, segundo a médica Cláudia Ramos, é importante, mas a mudança de estilo de vida é fundamental. “Vivemos hoje em um mundo acelerado, que propicia hábitos como a ingestão de alimentos industrializados e o sedentarismo. Esta combinação de fatores é determinante para o surgimento de doenças como a diabetes e a hipertensão”, pondera. Se-gundo ela, molhos e alimentos prontos, como os congelados, costumam ter alto teor de sal, o que pode ser verificado nas tabelas nutricionais dos produtos. “Existem outros fatores, como a heredi-tariedade e o stress. Mas já verificamos que o aspecto nutricional e a prática de exercícios físicos ajudam a diminuir a incidência da chamada pressão alta”, aponta. Francisca Irani que o diga: acostumada a consumir alimentos com excesso de sal, ela passou a ter de res-tringir, ainda, outros produtos ricos em sódio, tais como refrigerantes e bebidas alcoólicas. “Mas ainda tenho dificuldade em encontrar outros temperos capazes de substituir o sal, portanto apenas evito o consumo”, lamenta.

O sal tornou-se um dos vilões da saúde por ser fonte de sódio na ali-mentação – um grama de sal contém 400 miligramas de sódio. Controlar a ingestão é o primeiro passo para evitar a hipertensão arterial, condição que é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, que afetam anualmente, no País, cerca de 17 mi-lhões de pessoas. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, os gastos com doenças cardiovasculares chegaram a R$ 20 milhões. Além da hipertensão, outros fatores de risco po-dem agravar as condições do paciente, tais como tabagismo, colesterol altera-do, elevada circunferência abdominal e diabetes. A médica Cláudia Ramos explica que o tratamento das doenças cardiovasculares é feito pela rede de atenção básica, como postos de saúde, e contam com o fornecimento dos remédios gratuitamente, através do programa Farmácia Popular, do Governo federal.

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Gabriel Telles

Francisca descobriu que sofria de hipertensão porque via luzes em flashes todo diaUma pitada a menos Cúrcuma ou açafrão-da-terra

Utilizado em pratos com ovos, picles, molhos cremosos, massas, frango, peixe, arroz e pães.

Manjericão Agradável em receitas com tomate, molho para churrasco, lagosta, assados, saladas e legumes.

Coentro Pode ser usado no tempero de peixes, carnes, aves, assados ou grelhados, além de molhos, sopas de feijão, lentilhas e legumes.

Páprica Pode ser salpicada sobre peixes, carnes, aves, canapés, batatas, ovos, tortas salgadas e molhos.

Curry Realça o sabor dos alimentos e é indicado na preparação de carnes, aves, peixes, sopas, molhos, arroz, queijos, legumes, camarões, ovos e canapés.

Quem não tem sal, tempera com...

Hipertensão é risco no consumo errado

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012126

O Rio é a capital do espor-te. E não é de hoje que o estado atingiu esse posto. Desde os Jogos

Pan-Americanos, em 2007, tornou-se palco dos maiores eventos esportivos do planeta. As principais competições esportivas que estão por vir, como a Copa e os Jogos Olímpicos, já adotaram o Pão de Açúcar como cartão postal. Por conta disso, a Alerj, através da Câmara Setorial de Turismo, Cultura e Esporte do Fórum Permanente de Desenvolvi-mento Estratégico, em parceria com a Universidade do Estado do Rio (Uerj) e a Superintendência de Desportos do Estado (Suderj), desenvolveu um documento que mapeou a prática esportiva da população fluminense, a fim de fomentar políticas públicas para a formação de novos atle-tas e o desenvolvimento do cidadão: o Caderno de Esportes.

A publicação foi idealizada pelo professor de Geografia da Uerj e coordenador de Pesquisa do Caderno, Gláucio Marafon, que vasculhou os 92 muni-cípios do estado e apont ou as modali-dades esportivas mais praticadas. “Nossa pesquisa foi efetuada através de um roteiro previamente elaborado, junto às secretarias e aos responsáveis pelo es-porte em seus respectivos municípios”, explica. O presidente da Alerj, depu-tado Paulo Melo (PMDB), salienta que o documento pretende ajudar as administrações municipais. “Com este estudo, vamos orientar gestores e legisladores, no sentido de potencializar as vocações das cidades. Nosso objetivo é indicar caminhos e sugerir ações, para a melhoria das condições de vida dos fluminenses”, diz o parlamentar.

Como não poderia deixar de ser, o estudo constatou que o futebol é hours concours, já que é a atividade que mais se faz presente em todo o estado. Logo atrás da paixão nacional, aparecem os esportes praticados em quadras po-liesportivas, como basquete, voleibol e futsal. De acordo com a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, o Caderno, que foi apresentado no simpósio Rio-Londres: cidades olímpicas e painel interuni-

raoni alves, FernanDo carreGal e Paulo uBalDino

cAPA

Vocação para formar atletas

Estudo realizado pela Uerj faz uma radiografia dos esportes no estado e mostra hegemonia do futebol e avanço das atividades praticadas em quadras poliesportivas, como o basquete

Page 7: Jornal da Alerj 246

11Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012 117

O Caderno de Esportes é a prova da força de iniciativas de pequenos muni-cípios a favor das práticas esportivas. Com a análise de cada cidade, foi pos-sível observar situações destacáveis em locais com menos de 20 mil habitantes, como é o caso de Macuco, na Região Serrana, que apresenta bom desenvol-vimento no atletismo. Apesar de ser o município menos populoso do Rio, com 6 mil habitantes, Macuco apostou em um grande evento para incentivar os jovens. Segundo o secretário de Es-porte e Lazer da cidade, Diogo Latini, uma corrida realizada há 40 anos é o principal motivo: “O destaque é resul-

tado da realização da Corrida de São João Batista, uma meia-maratona que atrai atletas de ponta e que estimula os jovens”. O estudo mostra também São José de Ubá e Magé destacando-se no atletismo; Cantagalo, Japeri e Itaboraí, nos esportes de luta, como jiu-jitsu, capoeira e judô; e Santa Maria Madalena, nos esportes realizados em quadras poliesportivas. O documento revela que as atividades aquáticas e de praia, como a natação e o vôlei de praia, se sobressaem em Araruama, Cabo Frio e Rio das Ostras. Veja um mapa com as práticas esportivas realizadas em todo o estado nas páginas 8 e 9.

Cidades menores têm destaque

Rafael Wallace

Gabriel T

elles

versitário dos megaeventos esportivos, organizado pela Alerj e pela Universidade Gama Filho, nos dias 29 e 30, na Barra da Tijuca, é um reduto de informações que avaliam a vocação dos municípios. “O leitor terá acesso a uma análise, que busca identificar em que nível o Rio se encontra hoje e qual o papel do gestor público no desenvolvimento dos poten-ciais encontrados”, esclarece.

Os parlamentares já perceberam o momento histórico do estado e, por conta disso, fortaleceram os trabalhos para o desenvolvimento de práticas esportivas. Como prova dessa atenção, o presidente da Comissão de Esportes e Lazer da Alerj, deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB), criou o projeto de lei 1.103/11, para instaurar o Projeto de Prática de Esportes e Desenvolvimento de Atletas e Para-atletas. “Demonstraremos ao cida-dão a importância da atividade física para a manutenção da saúde e a prevenção de doenças, assim como incentivaremos a prática esportiva nas escolas, auxiliando

no desenvolvimento de potenciais atle-tas”, conta Chiquinho.

Nesse sentido, o Instituto Bola Pra Frente, presidido pelo ex-jogador de futebol Jorginho, assumiu a missão de estimular o esporte e formar possíveis competidores. Localizada em Guadalu-pe, zona Norte do Rio, a instituição já funciona há 11 anos e atende cerca de 900 jovens, como Júlia Neves, 10 anos, que sonha vestir a camisa da seleção brasileira de handebol nos jogos do Rio em 2016. “Pratico handebol há mais de um ano e acho que, até lá, estarei preparada, com a experiência que vou ganhar aqui, todo dia, enquanto treino”, acredita a jovem. Diretora do instituto, Susana Moreira considera o Caderno de Esportes uma excelente iniciativa para concentrar as diretrizes do esporte e revelar talentos. “Motivamos cada um a buscar o seu sonho. E se o sonho in-clui ser um atleta de elite, procuramos apoiá-lo no que for possível”, esclarece a diretora.

Vocação para formar atletas

Fortalecimento das secretarias municipais de Esportes nas cidades em que elas existem e criação de secretarias de Esportes naquelas que ainda não as possuem;

Promover competições regionais, como estímulo à formação de atletas nas escolas;

Formação de profissionais especializados em captação, de forma a ampliar a utilização das leis de incentivo ao esporte federal e estadual;

Promoção, por parte dos poderes públicos ligados ao esporte, de editais que fomentem a realização de projetos esportivos no interior do estado;

Sinalização das instalações desportivas, como forma de gerar visibilidade para a população local e os turistas;

Integração entre as vocações esportivas e os circuitos turísticos, a partir da criação de roteiros, com foco nas atividades esportivas predominantes nos municípios.

Metas indicadas pelo Caderno de Esportes

Incentivaremos a prática esportiva nas escolas, auxiliando no desenvolvimento de potenciais atletas”Deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB)

Page 8: Jornal da Alerj 246

O mapa das práticas esportivasENQUETEFora o futebol, que outra modalidade esportiva você acredita que precisa de mais investimentos no estado?

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com

Destaque para: Tênis, levantamento de peso, luta olímpica, futebol feminino, mergulho e peteca (ou punhoball)

Artes Marciais

Atletismo

Basquete

Ciclismo

Natação

Voleibol

Outros

13%

13%

15%

6%

9%

6%

38%

MíDIAS SOCIAIS

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

@saratagarela Sara Barbara

@TadeuWSoares Tadeu Soares

Angel Ferreira Lima

Pedro Guilhon

Dia 21/03 às 16:19

Dia 27/03 às 15:07

Dia 22/03 às 13:19

Dia 22/03 às 13:30

@alerj Mergulho! Ninguém respeita oq não conhece, se não aprendermos a respeitar os oceanos,nossa extinção será mais veloz q ataque d tubarão

@alerj O futebol #Feminino precisa de investimentos. Quando se fala de futebol TODO MUNDO ESQUECE DO FEMININO!!! @Edu_pontes

Natacao no brasil prescisa demais apoio

Todos os esportes amadores devem ter investimentos proporcionais ao número de praticantes..

Page 9: Jornal da Alerj 246

Banco de dados sobre o Rio a caminho

A cidade do Rio seguirá o exemplo de Londres e montará um banco de dados com todas as informações relevantes para o cres-cimento ordenado e sustentável a partir da realização de uma olimpíada. A iniciativa foi apresentada durante o simpósio Rio-Londres: cidades olímpicas e painel interuniversitário dos megaeventos esportivos, que ocorreu nos dias 29 e 30. O evento, que aconteceu no campus da Universidade Gama Filho, no Shopping Downtown, Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, foi uma parceria entre o Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado e a instituição de ensino superior. O objetivo deste banco de dados é reunir informações relevantes, como o número de empresas da cidade, renda média de cada região, investimentos do estado em cada setor, número de obras e detalhes dos custos, assim como outras informações que possam ajudar o setor privado e a população a discutir a cidade. “Vamos pegar o modelo de Londres na construção desse banco de dados para informação da população de uma maneira geral e trazer isso para o Rio. A Gama Filho está reunindo esses documentos e iremos criar uma janela dentro do portal do Fórum (www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br)”, ex-plicou a secretária-geral Geiza Rocha.

Já o presidente da Comissão Especial para acompanhar o legado dos eventos esportivos de 2014 e 2016 da Alerj, deputado Nilton Salomão (PT) (foto acima, esq., ao lado do pesquisador da Gama Filho Lamartine da Costa), elegeu o trabalho de revitalização em áreas degradadas como a principal contribuição que cidades como Londres e Barcelona deixaram para o Rio. “Que-remos o resgate de áreas deterioradas, como a região do Porto, no Centro. Já vimos isso sendo muito bem feito em Londres e em Barcelona”, comentou Salomão. No segundo dia do simpósio, os especialistas de universidades de todo o País aproveitaram para falar sobre as intervenções de regeneração e desenvolvimento urbano da cidade do Rio. O evento contou ainda com a participação do coordenador dos Estudos de Impacto Social da Olimpíada de Londres da Universidade de East London (UEL), Allan Brimicombe, e do professor Larmatine da Costa.

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Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

Leia a versão digital do Caderno de Esportes http://j.mp/forumesportes

CADERNO DE ESPORTESDO ESTADO DO RIO DE JANEIROPassaporte para a geração de atletas e promoção do desenvolvimento

Page 10: Jornal da Alerj 246

Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 20121210

Nathalia Felix

Creches em altaA expansão das matrículas nas creches públicas, a melhoria na organização e no funcionamento das secretarias municipais de Educação e o maior envolvimento das prefeituras com a educação infantil foram avanços encontrados em pesquisa apresentada, no dia 27, na Alerj. O relatório faz parte do levantamento Educação infantil e formação de profissionais no Estado do Rio de Janeiro (1999-2009), entregue, durante audiência conjunta (foto ao lado), às comissões de Educação e de Defesa dos Direitos da Mulher da Casa, presididas, respectivamente pelos deputados André Lazaroni (PMDB) e Inês Pandeló (PT).

A entrega da Medalha Tira-dentes, mais importante comenda do estado, ao pre-

sidente do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) e ao procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, no dia 16, foi uma celebração à cooperação entre os Poderes e as demais instituições no estado. O desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos e o pro-curador Cláudio Soares Lopes foram sau-dados pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), como parceiros. “É nesta relação de respeito, de cooperação, independente de eventuais divergências, que tiveram origem algumas das maiores conquistas do estado nos últimos tempos”, resumiu Melo.

O desembargador citou a aprovação, pelo Legislativo, de propostas que au-mentaram a independência e a eficiência do atendimento no Judiciário, como a que criou novos cartórios de registros de imóveis e a lei, mais antiga, que dotou o TJ-RJ de fundo próprio. “Unidos, temos condições de superar os mais numerosos problemas”, reforçou Rebêlo dos Santos, lembrando caso recente em que, procura-do por uma comissão de parlamentares, intermediou a suspensão da decisão judicial de demitir os quase 500 anima-dores culturais em atividade no estado. A decisão, tomada há cerca de seis meses a partir de ação civil pública do Ministério Público, também foi dada como exemplo

de bom diálogo entre as instituições por Paulo Melo.

“Fomos ao procurador-geral Cláu-dio Lopes e ao desembargador Manoel Rebêlo, atendemos as lideranças dos sindicatos e conversamos com aqueles que estavam sendo prejudicados. Conse-guimos costurar um acordo que permitiu dar tranquilidade a essas pessoas, que dependem única e exclusivamente dos salários para sustentar suas famílias”, lembrou o presidente da Alerj. Repre-sentando o governador Sérgio Cabral, o secretário de Estado da Casa Civil, Régis Fichtner defendeu que a união entre as esferas de Poder é extensiva também às instituições. “O TJ tem tido uma atuação exemplar no Brasil inteiro. Do mesmo modo, o MP-RJ é uma referência, tanto que seu próprio chefe acabou de ser eleito Presidente do Conselho Nacional dos Procuradores Gerais de Justiça (CNPG) do Brasil inteiro”, enalteceu.

Ao agradecer pela homenagem, Cláu-dio Lopes também reiterou o trabalho conjunto. “A atuação do Ministério Público vai além, alcançando, por exemplo, a defe-sa dos idosos, das pessoas portadoras de deficiência, da criança e do adolescente; a fiscalização do processo eleitoral; e a tutela do meio ambiente e do patrimônio histórico, buscando parceria e não rivali-dade”, disse. Também estiveram presentes ao evento os deputados André Corrêa (PSD), André Lazaroni (PMDB), Luiz Paulo (PSDB), Flávio Bolsonaro (PP) e Marcelo Freixo (PSol); o ministro do Superior Tribunal de Justiça(STJ), desembargador Adilson Vieira Macabu; a procuradora-geral da Justiça Militar, Cláudia Marcia Ramalho Moreira Luz; o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Jonas Lopes; a procuradora-geral do Estado, Lúcia Lea Guimarães Tavares; e o procurador-geral do município do Rio, Fernando Dionísio.

MEDALhA TIRADENTES

cURTAS

Presidente da Alerj entrega comenda aos chefes do TJ-RJ e do Ministério Público

FernanDa Porto

Cooperação entre os poderes

Nathalia Felix

Santos, Melo e Lopes (esq. p/ dir.) destacaram relação de respeito entre TJ, MP e Alerj

Page 11: Jornal da Alerj 246

11Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2012 511

Nathalia Felix

Campanha da FraternidadeA Alerj vai abrir espaço para debater o tema da Campanha da Fraternidade deste ano: Fraternidade e Saúde Pública. No dia 22, foi realizada uma sessão solene no Plenário Barbosa Lima Sobrinho para marcar a participação do Parlamento. O evento, organizado pelo deputado Robson Leite (PT), teve por objetivo fomentar a discussão e propor ações relacionadas à campanha. Segundo o deputado, a sessão foi uma forma de inserir a Casa nesse processo, fazendo dela um local de participação e formulação de ideias. A partir do evento, será formado um grupo de trabalho que ficará responsável por desenvolver as políticas de saúde para o estado.

Segurança no interiorA Região dos Lagos poderá ganhar um novo Batalhão da PM e uma Delegacia Legal, mas, antes disso, o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, sugeriu que os municípios aderissem ao Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis), pois, assim, as cidades poderiam contratar policiais em horários de folga. Beltrame recebeu, no dia 27, em seu gabinete, o presidente e o vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, deputados Marcelo Freixo (PSol) e Jânio Mendes (PDT), respectivamente, e o presidente da Comissão de Segurança Pública da Alerj, deputado Zaqueu Teixeira (PT).

O presidente da Comissão de Obras Públicas da Alerj, de-putado Domingos Brazão

(PMDB), pretende utilizar o corpo técnico dos engenheiros que buscam as causas do desabamento, em janeiro, dos três edi-fícios da Avenida 13 de Maio, no Centro do Rio, para elaborar uma nova legislação capaz de dar mais segurança à população. O objetivo é conseguir maior fiscalização nas construções e nas reformas dos pré-dios erguidos no estado. O assunto foi discutido, no dia 19, durante audiência conjunta com a Comissão de Defesa Civil da Casa, presidida pelo deputado Altineu Cortes (PR).

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, falou sobre as possíveis causas para a tragédia: “Aquele prédio foi muito alterado ao longo de sua história. Também tivemos intervenções diversas, como janelas abertas e refor-mas. Todas essas modificações podem ser alocadas como responsáveis pela queda”. Segundo o engenheiro civil e coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-RJ, Edison Ribeiro, existe a possibilidade de não haver como identificar os motivos que levaram ao desmoronamento. Ainda de acordo com Ribeiro, a rápida retirada dos destroços impossibilitou alguns

testes que poderiam apontar as causas da tragédia. Ele explicou quais serão os próximos passos da perícia: “Vamos recolher depoimentos e faremos relatórios para que sejam levantadas as hipóteses. Depois disso, com um consenso, vamos passar de uma hipótese para uma teoria e, daí, tentar confirmar essa teoria em números matemáticos. No final, apre-sentaremos um relatório”.

O diretor-geral de Policia Técnico Cientifica do Instituto Carlos Éboli, Sérgio Costa Henriques, confirmou o número de 18 mortos na tragédia e comentou a situ-ação dos desaparecidos. “Temos também mais cinco famílias que reclamaram por pessoas desaparecidas, sendo que dois desses já foram identificados por DNA”, esclareceu o diretor. O comandante do Grupamento de Busca e Salvamento dos

bombeiros, coronel Roberto Sobral Júnior, comentou que a força do desabamento impossibilitou a localização de todos os corpos. “A força da queda somada ao incêndio fez com que muitos cadáveres ficassem mutilados. O desmoronamento foi tão forte que um carro ficou do mes-mo tamanho de cinco resmas de papel”, exemplificou o coronel.

Também participaram da audiência os deputados Luiz Paulo (PSDB) e Luiz Martins (PDT), além de Altineu Cortes; do sócio-diretor da Empresa Tecnologia Operacional (TO), Sérgio Alves; do pre-sidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian; do presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Pedro Buzatto Costa; e do engenheiro Alexandre José Machado da Geo-Rio.

ObRAS

Nova lei para prédiosComissões querem elaborar nova legislação para evitar desabamentos de construções

raoni alves

Deputados ouviram técnicos do Crea-RJ e do Instituto Carlos Éboli em audiência

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 20121212

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chegaram as cinzascORREDOR cULTURAL

Quem passou durante as sextas-feiras de março em frente ao

Palácio Tiradentes, no Centro do Rio, pôde esticar um pouco o carnaval. Três blocos: Volta, Alice, Imprensa que Eu Gamo e Cacique de Ramos transformaram as escadarias da Alerj em palco para shows inesquecíveis. Os eventos, promovidos pelo Departamento de Cultura da Casa, integraram o projeto Samba na Escadaria e deram continuidade aos festejos momescos promovidos pelo Parlamento, que foram iniciados pela exposição de fotografias Abre Alas. A mostra, lançada com show da banda do Cordão da Bola Preta, contou com 32 fotos do acervo da Agência O Globo, para apresentar a história da folia em dois momentos: em 14 painéis, estiveram expostas imagens do período de 1930 a 1980; e uma apresentação de slides teve como foco o carnaval de rua da década de 90 até hoje. Ao todo, a exposição, que terminou no dia 31, recebeu cerca de 4 mil visitantes.

symone munayFotos: Rafael Wallace

Depois de receber o Volta, Alice, o Ensaio Aberto disponibilizou as escadarias do Palácio Tiradentes para o Imprensa que Eu Gamo (foto no alto) e o Cacique de Ramos (foto acima), que transformou a frente do Parlamento em uma autêntica roda de samba. As apresentações coroaram o sucesso da exposição Abre Alas (foto ao lado)