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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 31 Domingo, 29.07.2012 R$ 3,20 O Centro de Educação Ambiental Gênesis é um espaço educador, no qual os visitantes são incenti- vados a adotar formas de vida sustentáveis, no que se refere ao manejo do lixo, uso da água e energia. Vá até a página 12 e conheça sobre este trabalho que tem feito a diferença na educação ambiental de uma cidade. Um novo comportamento social está incluindo a esfera religiosa também, são as mentiras rituais. Vá até a página 14 e entenda o que é e como os cristãos estão participando desta mentira. “Quan- do saio do templo, depois do culto, já não sei se estive numa igreja cristã. E nutro uma profunda preocupação: Que Igreja meus netos frequenta- rão?” O pastor e jornalista Moises Santiago ques- tiona e traz algumas resposta. CENTRO GÊNESIS: Um Centro de Educação Ambiental Mentiras Rituais Durante 100 dias nossos olhos estiveram vol- tados ao Brasil de uma maneira muito especial. Igrejas realizaram campanhas de oração e se mobilizaram para a grande ação evangelística de- nominada MEGATRANS. E os frutos desta grande campanha já começam a aparecer. Em Ribeirão Preto, por exemplo, o pastor Arialdo Luiz da Silva contou sobre a transformação ocorrida não ape- nas nas vidas dos que não conheciam a Cristo, mas nos membros de sua própria igreja (página 7). É preciso mais luz

Jornal Batista

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Jornal oficial da CBB

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Page 1: Jornal Batista

1o jornal batista – domingo, 29/07/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 31 Domingo, 29.07.2012R$ 3,20

O Centro de Educação Ambiental Gênesis é um espaço educador, no qual os visitantes são incenti-vados a adotar formas de vida sustentáveis, no que se refere ao manejo do lixo, uso da água e energia. Vá até a página 12 e conheça sobre este trabalho que tem feito a diferença na educação ambiental de uma cidade.

Um novo comportamento social está incluindo a esfera religiosa também, são as mentiras rituais. Vá até a página 14 e entenda o que é e como os cristãos estão participando desta mentira. “Quan-do saio do templo, depois do culto, já não sei se estive numa igreja cristã. E nutro uma profunda preocupação: Que Igreja meus netos frequenta-rão?” O pastor e jornalista Moises Santiago ques-tiona e traz algumas resposta.

CENTRO GÊNESIS: Um Centro de Educação Ambiental

Mentiras Rituais

Durante 100 dias nossos olhos estiveram vol-tados ao Brasil de uma maneira muito especial. Igrejas realizaram campanhas de oração e se mobilizaram para a grande ação evangelística de-nominada MEGATRANS. E os frutos desta grande

campanha já começam a aparecer. Em Ribeirão Preto, por exemplo, o pastor Arialdo Luiz da Silva contou sobre a transformação ocorrida não ape-nas nas vidas dos que não conheciam a Cristo, mas nos membros de sua própria igreja (página 7).

É preciso mais luz

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2 o jornal batista – domingo, 29/07/12 reflexão

E D I T O R I A L

diversas profissões sem ne-cessariamente possuir um diploma, mas hoje esta rea-lidade não existe. Por mais que alguns queiram mudar tal regra, as empresas conti-nuam a exigir o aperfeiçoa-mento de seus funcionários. Quem consegue uma vaga, é quem investe em conhe-cimento. Dessa forma as empresas se resguardam e aumentam a qualidade de seu serviço. Já que o agir do servo de Deus deve ser com excelência, deveria ser assim também seu pensa-mento: “Aperfeiçoamento para aumentar a qualidade do serviço ao Senhor”.

para louvar a Deus, ser usado por Deus e abençoar vidas. As igrejas precisam de mú-sicos que possam orientar a congregação para, a cada dia, aperfeiçoar seu louvor. Mas precisa também de dentistas que atendam a comunidade, fisioterapeutas cristãos que se preocupem com os idosos, professores que eduquem com sabedoria as crianças. É necessário também jornalis-tas que divulguem o agir de Deus nas mídias, assim como técnicos de informática que usem seus conhecimentos para o reino de Deus.

Algum tempo atrás, os pro-fissionais podiam exercer

A campanha dos 100 dias que impactarão o Brasil está chegan-do ao fim, então é

agora que é a hora de agir. Afinal de contas, é hora de colher os frutos de muita ora-ção, vigília e uma ação evan-gelística em massa. E é nes-te momento que os cristãos precisam se preparar, é claro que é necessário uma prepa-ração espiritual para receber os novos cristãos, mas isso vai além, um preparo profissional também se faz necessário.

Quando se fala em prepa-ração profissional, é correr atrás de um bom curso mes-mo. É investir nos estudos

Estudar não só aumenta a qualidade no servir, mas também aumenta o ânimo, a expectativa de uma vida me-lhor, abre os horizontes, leva a novas reflexões. Por isso, o estudar deve ser para todos, não apenas para os jovens, mas também adultos e princi-palmente a terceira idade. Isso porque estudar traz vitalidade, saúde, e é isso que Deus quer para os seus filhos. Deus dese-ja que seus filhos tenham vida em abundância.

Se preparar é investir em saúde física e mental, é in-vestir no reino de Deus, é se deixar ser abençoado e poder abençoar vidas.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 29/07/12reflexão

Comentário Bíblico ExpostivoCOLEÇÃO WIERSBE

www.geograficaeditora.com.br

@geograficaed/geograficaeditora

Um comentário bíblico completo e profundo, escrito em um estilo

fácil de entender!

Esse produto propõe uma explicação abrangente da Palavra de Deus e é resultado de uma vida de estudo e pesquisa do teólogo

norte-americano Warren W. Wiersbe. Sua principal característica é sua linguagem fácil e

didática. Em suas mais de 4.000 páginas, os trechos são analisados por versículo e se

confirmam na própria bíblia. Os estudos são agrupados por temas dentro de cada um dos

seis volumes que se dividem conforme disposição abaixo.

João Edesio de Oliveira JuniorPastor e colaborador de OJB

No presente sécu-lo, vivemos uma inconstância ou relativização da

verdade em toda ordem so-cial. Na política vemos que muitos ludibriadores têm usado da mentira para se promover e escarnecer da verdade. Na ciência, temos uma inconstância de verda-de, ou melhor, temos ver-dades provisórias que, não nos dão segurança e nem credibilidade nela própria. Na filosofia, nem me atrevo a dizer nada, pois ela tem uma verdade inconstante que fica difícil dizer o que é verdade. Na ciência social, vemos a cada dia, um decréscimo de vida melhor para os menos favorecidos. Na religião não há esperança, pois temos hoje mais um fast food de bênçãos, que um lugar para entrarmos em contato com o Deus vivo. Então como iremos viver diante tantas

inconstâncias ou relativiza-ção da verdade? Como então encontrar a verdade ou o melhor lugar para se adorar a Deus em comunhão uns com os outros?

Na segunda carta aos Tessa-lonicenses, o apóstolo Paulo mostra-nos como evidenciar uma igreja que está arraiga-da no poder e nas verdades do reino de Deus. Vejamos alguns versículos que nos mostram como viver em uma sociedade tão desajustada e tão inconstante e em uma religião tão mesquinha e um comprometimento tão fala-cioso. Em II Tessalonicenses 3.1, diz: “Porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros”.

Os tessalonicenses eram crentes fiéis a Deus, suas vi-das eram de causar impacto na sociedade de tal maneira que todos a sua volta os re-conheciam como pessoas que eram crucificadas com Cristo. Em um tempo de tan-tas inconstâncias ou relativi-zações, podemos seguir os

exemplos de nossos irmãos tessalonicenses. A fé deles era algo linear e crescente, a cada dia essa fé era aumen-tada por meio do amor e relacionamento de uns para com os outros.

Não falo que aquela igreja era a ideal ou exemplo para se seguir fielmente, pois eles eram homens que sofriam das mesmas paixões que nós sofremos, mas eles tinham uma forte vontade de se re-lacionarem para que sua fé fosse fortificada. A fé desses irmãos estava baseada nas promessas do Cristo ressusci-tado, nas promessas de uma redenção e uma vida plena cheia de bem aventuranças e abundante graça. Era a con-fiança em uma promessa real e não em falsas promessas, ilusórias e temporais. A fé desses irmãos era baseada em algo sólido e real, por isso eles não eram crentes decepcionados e iludidos ou crentes com sentimento de terem sido enganados.

O grande problema da fé cristã hoje se chama “desilu-

são”, vivemos em uma época em que as bênçãos de Deus estão vinculadas a posses ter-renas, ou em algo palpável, algo exibível. A verdade de Deus (promessas) está cain-do em descrédito, pois só somos abençoados por Deus se tivermos algo a mostrar “exibir” para a sociedade.

Somos levados a acreditar que as bênçãos de Deus se materializam em bens durá-veis. A lógica cristã está ba-seada na lógica Aristotélica. Por exemplo, “todo homem que possui um carro e uma casa é abençoado por Deus. Eu não tenho uma casa e nem um carro. Logo, eu não sou abençoado por Deus”. Essa lógica cristã leva muitos fiéis a se sentirem desiludido, an-gustiado ou com sentimento de culpa.

As igrejas estão cheias de pessoas desiludidas e decep-cionadas com o Deus que eles servem. Não conseguem ver um Deus que a cada dia derrama sobrenaturalmente suas bênçãos sobre os fiéis. Quantas diferenças entre nós

e os tessalonicenses, em per-ceber as bênçãos de Deus.

A diferença mais drástica entre nós e os tessalonicenses é a de não cultivarmos um re-lacionamento intrínseco com o autor da nossa fé, aqueles irmãos tinham um verdadeiro relacionamento, e esta atitude os fortificavam a cada dia. A esperança destes irmãos não estava confundida. Eles a cada dia desfrutavam da imensa bênção da salvação. E se sen-tiam abençoados mesmo nas privações e aflições que os cercavam dia após dia.

As situações adversas, tais como, a relativização da ver-dade e a inconstância das situações, não podem tirar de nós a esperança e a con-fiança das bênçãos de Deus sobre nossa vida. Precisa-mos a cada dia cultivarmos uma vida de santificação e de intimidade com o Cris-to ressuscitado para termos uma vida de plena satisfação e felicidade. Que Deus nos enriqueça com suas bênçãos espirituais.

Soli Deo Gloria.

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4 o jornal batista – domingo, 29/07/12 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Raios estalam nas ancas das nuvensChicotes de fogo.As nuvens urram indóceis,assustam os pardais na mangueira.

No espigão do morro,geme o casebre,uiva o zinco,estremece.

A mãe recolhe os seus pintinhosnas asas da fé:“Firme nas promessas do meu Salvador,Cantarei louvores ao meu Criador”.Os meninos se encolhem a cada estrondo.As paredes tremem; de tábuas desiguaisquerem fugir do vento.

Cai a chuva,pesadas gotas de pavorentremeadas de silêncios eternos.

Julinho começa a chorar:- Mãe, a casa da gente vai cair.Aninha soluça:- Simbora daqui, mãe.Débora tem pânico nos olhos miudinhos:- Tem medo não, a mãe tá aqui.

O enxurro estruge com ímpeto,carrega o lixo do morro.Tremem os alicerces do mísero tugúrio.

- Mãe, tá chovendo ni mim.

A mãe brinca com o pavor:- Julinho, pegue aquelas latinhas,bote uma de boca prá baixodebaixo de cada goteira.Em poucos compassos começa a sinfonia:Ping, ping, peng, pong, pang, ping...

Fora, a fúria estrondeia estertores.Dentro, lampeja alegria.Volta a calmana almade cada criança.Descansa.A voz da mãeembala o vento menino:“Firme nas promessas não irei falhar,Vindo as tempestades a me consternar”...

Feliz o filho que tem essa mãeque sabe fazer das goteiras,uma sinfonia de paz:ping ... ping ... ping…

Reinaldo TramarimPastor da IB Jardim Morada do Sol, SP

Como surgiu a Igreja Batista Jardim Mo-rada do Sol?

Tudo começou com alguns irmãos que resi-diam no Jardim Morada do Sol e tinham dificuldades para congregar na região central da cidade, devido a problemas com transpor-te (à época). Sentindo um profundo amor pelas almas perdidas sem salvação, de-pois de várias reuniões de oração estes irmãos, guiados pelo Espírito Santo aceitaram o desafio e abriram uma congregação Batista no bair-ro. Logo o Espírito Santo mostrou o local e os líderes que estariam à frente dos trabalhos, o então diácono irmão Reinaldo Tramarim e sua esposa Rita de Cássia Tramarim.

Em agosto de 1985 foi inau-gurada a Congregação Batista no Bairro Jardim Morada do Sol, localizada à rua Dr. Re-nato Riggio. A Igreja Batista Esperança de Sumaré (hoje Hortolândia) dirigida pelo pastor Osório de Oliveira Al-meida (in memória) assumiu a direção da congregação. Após um ano e onze meses, a Congregação Batista contava com 57 pessoas em seu rol de membros. Pela graça de Deus a congregação adquiriu um terreno, na Rua Guarin João Badin, nº 50 e construiu um templo provisório. A Igre-ja permanece neste endereço até hoje. Em 25 de julho de 1987, a congregação se orga-nizava em igreja.

Deus abençoou a liderança do irmão Reinaldo Trama-rim e de sua esposa Rita de Cássia Tramarim, logo reco-nhecida pela Igreja, que não

hesitou em pedir a ordenação ao Ministério da Palavra. No dia 19 de novembro de 1988 foi realizado o culto de con-sagração e posse do mesmo, assumindo o pastorado e presidência da Igreja, onde permanecem. Hoje temos em seu rol 359 membros arrola-dos e vários candidatos ao batismo. Também já temos aprovado o projeto de cons-

trução do novo templo, com capacidade para 750 pessoas e um edifício de educação religiosa no novo terreno adquirido pela Igreja.

Em convênio com a Prefei-tura Municipal de Indaiatuba, administramos duas creches. Ajudamos a manter finan-ceiramente o lar de Idosos Centro de Convivência Amor Sem Limites, além de duas frentes missionárias. Por tudo isso somos gratos a Deus que nos fez prosperar em tudo, e também aos irmãos que tem perseverado conosco até hoje. Parabéns Igreja Batista Jardim Morada do Sol, pelos 25 anos de organização e co-operação com a Associação Batista Esperança, Conven-ção Batista do Estado de São Paulo e Convenção Batista Brasileira. Irmãos permane-çam nos princípios Batista. Deus abençoe a todos.

Igreja Batista Jardim Morada do Sol é

homenageada pelas Bodas de Prata

Perspectiva do futuro Templo

Pastor Reinaldo Tramarim e sua esposa Rita de Cássia

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5o jornal batista – domingo, 29/07/12reflexão

Francisco Mancebo ReisColaborador de OJB

Num programa de TV, ouvi o pastor afirmar que a mu-lher samaritana,

após a conversa com Jesus, foi evangelizar seus ex-amantes. Baseou-se na expressão de João 4.28: “...foi à cidade e disse àqueles homens”. Além de não constar que aqueles homens eram os tais ex-aman-tes, outras versões traduzem: “disse ao povo”, “disse a todo mundo”, “disse a todas as pessoas”. Acresce que o con-texto também desautoriza a exegese do referido pregador. Quando a compreensão de uma parte depende do todo ou de maior transparência, haja cuidado!

Que a Bíblia se interpreta pela própria Bíblia nenhum exegeta deve desconhecer. Por exemplo: um texto sem clareza é frágil alicerce para se construir doutrina. Isso re-mete o estudante a contextos, que podem estar próximos ou distantes; pouco antes ou muito depois da passagem em análise; composto de um

só versículo ou de muitos; de um livro ou de vários. Algu-mas amostras: a compreensão sobre “o evangelho pregado aos mortos” (I Pedro 4.6) re-cebe alguma luz no verso anterior (5), contexto bem próximo, favorecendo a ideia de que muitos mortos estão em pleno gozo da vida eter-na porque, enquanto vivos, ouviram e creram. O caso dos “espíritos em prisão” (I Pedro 3.19-20) conduz o intérprete aos dias de Noé (Gênesis 6), admitindo-se “espíritos” como pessoas prisioneiras do peca-do sendo agraciadas com uma forma de atuação de Jesus no Antigo Testamento. A exposi-ção fiel da carta aos Hebreus condiciona-se, ao menos em parte, à leitura diligente de Levítico. E o correto perfil do Messias? Evoca informações contidas em diversos livros dos dois Testamentos. Por vezes, portanto, o contexto é bem amplo.

Não se deve ignorar tam-bém que a Bíblia se inter-preta gramaticalmente, o que confere especial valor às traduções fiéis e responsabi-liza sobremodo os mestres.

O que compromete certos expositores é a exegese trun-cada, distorcida e até ten-denciosa, percorrendo um caminho que passe longe da mais elementar escola de Hermenêutica.

Quanto aos “textos difí-ceis” (II Pedro 3.16), que são numerosos, nunca sejam

pretexto para o pessimismo e preguiça mental. Demandam tempo e perseverança; inte-resse e otimismo; prudência e humildade, evitando-se pronunciamentos apressados e autoritários, ou postura petulante.

Ao doutor da lei que lia mal as Escrituras, o Mestre inqui-

riu: “Que está escrito na lei? Como lês?” (Lucas 10.26). Ao eunuco, Filipe ensinou a ler acerca de Cristo (Atos 8.30). Estando o Senhor Jesus no centro da mensagem revela-da, sendo ele próprio a Pala-vra de Deus, que jamais esse divino Verbo seja sacrificado no altar do verbo humano!

SABEDORIA PARA HOJEPASTOR LÉCIO DORNAS

Quem é o seu Deus e quem é o Deus de sua igreja?em posição espiritualmente superior ao outro!

É precisamente esta atitude de anti-amor, este compor-tamento avesso à bondade inerente ao amor genuíno, que nos autoriza as pergun-tas que encimam este texto. Ao vermos esses crentes carrancudos, senhores da ra-zão e donos da verdade, não conseguimos evitá-la: Quem é o seu Deus? Ou, quem é Deus de sua Igreja? Pois, se somos a Igreja, o nosso Deus é também o Deus da nossa Igreja.

Assim, antes de sugerir uma investigação teológi-ca, que nos levaria para os compêndios e declarações doutrinárias, as indagações

“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” (1 João 4.8 – RA).

No entendimento do apóstolo João, o que o cristão conhece de Deus

é atestado por sua capacida-de de amar. Na sua visão, à medida em que intensifi-camos nosso relacionamen-to com Deus, e portanto o conhecemos melhor, mais disposição temos para amar e mais praticamos atos de amor.

Amor no texto não é ideia abstrata ou sentimento teó-rico. Trata o texto da práti-ca de atos de amor, ações denotadoras de amor. Não

declarações de amor vazias de significado, tampouco discursos despidos de atitu-des. Aquele que sabe quem é o Deus a quem serve e se-gue, ama de verdade, pratica ações objetivas de amor.

Atos revestidos de bonda-de, respaldados pelo dese-jo de ajudar e beneficiar o outro. Como ajudar quem precisa, perdoar o que erra, compreender o que não nos agrada, cooperar com aquele de quem discordamos, en-fim, amar de fato.

Incrível como há crentes que se outorgam o direito de ignorar, não perdoar, jul-gar e até sentenciar o outro! Que se permitem sentirem--se superiores, mais santos,

iniciais nos sugerem uma reflexão sobre o que de-monstramos seguir a partir dos atos que praticamos ou dos que escolhemos não praticar.

O apóstolo João apresenta a essência de Deus: Amor. Em última análise, Deus é amor. Por isso enviou seu único filho (João 3.16) para morrer por nós, pecadores (Romanos 5.8); a fim de nos recriar (II Coríntios 5.17) para que façamos o bem a todos (Gálatas 6.10), inclu-sive a quem nos fizer algum mal (I Tessalonicenses 5.15). E então todos testemunharão os nossos atos de bondade e renderão glórias a Deus (Ma-teus 5.16), identificando-nos

como discípulos de Jesus Cristo (João 13.35).

Ou vivemos assim, ou o que estamos fazendo nada mais é do que reeditarmos o farisaísmo hipócrita do primeiro século, tenazmente confrontado por Jesus. Por-tanto, em casa, no trabalho, nos relacionamentos e em nossas igrejas, respondamos, com nossas ações, “quem é o nosso Deus?”

*Pastor, educador e autor. Segundo Secretário da Con-venção Batista Brasileira e Coordenador do Ministério Brasileiro da American Bible Society, nos EUA. É membro da Igreja Batista do Fonseca, em Niterói, RJ.

A Primeira Igreja Batista em Parque Guararapes vem por meio desta, convidar as amadas Igrejas e seus Pastores a participarem do concílio para formação da Igreja de nossa missão, que se realizará no dia 04 de agosto do corrente ano.

A mesma está situada na rua Londrina, nº 69, Parque Independência - Duque de Caxias, RJ, a programação acontecerá da seguinte forma:

17h - Concílio Examinador.19h30 - Culto de gratidão a Deus pela formação da nova Igreja.Sem mais, despedimo-nos em Cristo, na expectativa da presença dos irmãos.

João Daniel Peres AppolinárioPastor da Igreja

Paulo Manoel PereiraPastor Dirigente da Missão

Mara de Sousa e Silva2ª Secretária da Igreja

Convite

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6 o jornal batista – domingo, 29/07/12 reflexão

Manoel de Jesus ThePastor e colaborador de OJB

A maioria dos cren-tes de hoje, anda a caça de provas se o irmão fulano, ou

a irmã beltrana, dão provas de que são convertidos. Os grupos que se formam nas igrejas, comentam sobre a vida dos que não pertencem ao seu grupo. Não há texto tão comum nos lábios dos crentes, que superam o já famoso e preferido, “pelos seus frutos os conhecereis”.

Os estudiosos do humano levantam a seguinte ques-tão: O que cada um de nós é, é escolha ou é destino? Em certo sentido é destino, em alguns casos, é escolha. Você muda algumas coisas em você. Você muda a cas-ca que rodeia o teu ser, ou seja: cultura, filosofia de vida adquirida na família, valores da tua cidade, sotaque (que o digam os piracicabanos), mas

você não muda o quem vem da forma que o oleiro te deu. Um é extrovertido, outro é calado, um é artista, outro é prático. Um casal pode facil-mente reconhecer o que o outro tem de estrutura que já veio com ele (normalmente os antepassados entram com sua colaboração), ou o que foi adquirido. O que vem da natureza não há jeito se-não compreender, o que foi acoplado, uma boa conversa ajuda.

Certo pai descobriu que seu filho era autista. Um au-tismo leve, que um alemão descobriu. É o caso dos “As-perger”. Desorientado, o pai começou a buscar sua cura. A família era pobre. Para dominar sua movimentação exagerada, com quatro anos, colocou-o para praticar fu-tebol. Ficou encantado. Era futebol de manhã, a tarde e a noite. Foi levado para fora do país com nove anos. Aos 16 anos explodiu como o maior

jogador do mundo. Não será fácil tirar-lhe o lugar. Olha o que os companheiros vão fazer, e quando lhe dão a bola, lá está ele, nem festeja, tem olhar vago. Não reclama, não briga, não dá pontapés. Os “Asper”, são assim. Eins-tein era tão antissocial que mostrava a língua. Deus é o oleiro que os moldou.

Quanta sabedoria existe na sentença de Jesus: O que é nascido da carne é carne. Nascemos com natureza animal. Nascemos no velho Adão. Que ele fez na vida? Tem outra: Não tinha pai nem mãe. Não teve herança de an-tepassados, não teve cultura a influenciar. Dele herdamos a natureza carnal. Sem o novo nascimento, nada muda em nós. Pelo contrário, desenvol-vemos estratagemas carnais. O irmão pode perguntar: Pas-tor para que então educação cristã? Serve como artimanha do Diabo para nos enganar. Aí vem a análise: Fulano não

falta a um trabalho na igreja. Fulano é dizimista. Canta no coral, leciona na EBD, é homem de oração, é isto é aquilo. Mas é carne. Tanto é carne que se orgulha do que é. Aceita ser menciona-do como modelo, por que é carne.

Vejamos o oposto. É nas-cido do Espírito. Não é mais carne. Tem o fruto do Espíri-to. Tudo que faz tem vergo-nha de mencionar. É como o vento. Completamente imprevisível. Quando espe-ram dele vingança, perdoa. Quando esperam deles entrar em pânico por que sofreu uma calúnia, fica tranquilo, nem se defende. Para ele o problema seria se a calúnia fosse verdade. Tem todas as atitudes de Gálatas 5.22, e outras que Paulo preferiu não mencionar. Ponto mais que importante é que não precisa tanto da igreja, mas a igreja que precisa dele. Ele bebe da fonte, Jesus, Espírito, Palavra,

fluem de seu interior como água viva, que coisa glorio-sa deixar de se defender. Encara a verdade a respeito de si mesmo. Abandona os subterfúgios de defesa. Vem para a luz. Não mente para si mesmo, não tem o que se esconder. Vem para a luz para que sua interioridade seja vista e o Senhor seja glorificado. A prova de que não é mais carne é o que ele é, não o que ele faz. Não pre-cisa de capas que acobertem sua falsidade.

Uma igreja que tem mem-bros assim, não é ativista, não precisa mudar de estilo, nem programas mirabolantes de crescimento. Ela é quase do outro mundo, ou melhor, já mostra para os outros como será o céu.

Vem ó Espirito, traz a nós esse avivamento. Deixarmos de ser carne, para ser espíri-to, vindo do Espírito. Amém. Maranata! Ora, vem Senhor Jesus.

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7o jornal batista – domingo, 29/07/12missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Durante 100 dias nossos olhos es-tiveram voltados ao Brasil de uma

maneira muito especial. Igrejas realizaram campa-nhas de oração e se mobi-lizaram para a grande ação evangelística denominada MEGATRANS. Esse retorno aos princípios do cristianis-mo, que estava em falta em muitas de nossas comunida-des eclesiásticas, acendeu a chama missionária que hoje arde em nossos corações, deixando marcas indeléveis.

Para muitos, a Trans forta-leceu a missão da igreja. Em Ribeirão Preto, por exem-plo, o pastor Arialdo Luiz da Silva nos escreveu sobre a transformação ocorrida não apenas nas vidas dos que não conheciam a Cristo,

mas nos membros de sua própria igreja. Confira:

“O sentido da Trans em nossa Igreja

É com alegria e tamanha motivação que contemplo a realidade da nossa igreja nesses dias em razão das expectativas e chegada dos irmãos voluntários. Volto o meu olhar para o texto de Atos dos Apóstolos 17.6, quando ocorreu em Tessa-lônica um grande alvoroço por conta da proclamação da mensagem de Cristo Jesus. Só que esse alvoroço foi por aversão aos que estavam a serviço do Rei Jesus Cristo. Ao contrário, aqui em nós provocou um sentimento de gratidão, comprometimento, entrega, cooperação, con-fiança e alegria pela chegada dos irmãos voluntários.

Percebo também a gran-de relevância da Trans, no

sentido do agir de Deus por meio daqueles que obede-cem ao seu chamado. Estes são os voluntários da Junta de Missões Nacionais, que nestes dias gloriosos, pelo poder de Deus, têm enchido nossas vidas, nosso bairro, com a mensagem evangeli-zadora “JESUS TRANSFOR-MA”, conhecida pelo slogan “TRANSPAULISTA”. Esta-mos maravilhados é com o modo de Deus operar, tra-zendo quatro voluntários, os quais os cito: Pr. Camilo Oliveira; a única mulher e mui amável irmã Dagmar, que conquistou a simpatia de todos; bem como os ir-mãos Alex e Renato, dois jovens adolescentes volun-tários que muito interagiram em laços fraternos de faixa etária junto aos nossos 17 jovens, somando entusias-mo, brilho e expectativas em prol da Trans. Essa soma de

valores tão bem elaborada por Deus, pois só Ele pode e sabe orquestrar os fatos e valores que está resultando e resultará daqui em diante.

É gratificante vermos o que está acontecendo em tão pouco tempo com a Trans em nossa igreja: os nossos 17 jovens (membros da igreja) no campo, com os voluntários, no evange-lismo de porta em porta, experimentando a ação e o poder de Deus com pesso-as se decidindo por Cristo Jesus, aceitando os estudos dos evangelhos de Cristo em João. Isto é maravilhoso, pois são experiências que impulsionarão cada vez mais os mesmos para obedecer ao “IDE” de Jesus Cristo.

Com isso, o inferno cada vez mais se enfraquecerá soltando as almas aprisiona-das para o Reino da Luz. E a igreja do Senhor se restau-

rará. É isso que tem aconte-cido nesses dias em nossas vidas. Gostaria de expressar outras grandes bênçãos, mas fiquemos por aqui dizendo a Deus toda Glória e toda Honra por levantar filhos e filhas para essa tão mag-nífica obra, “A OBRA DO SENHOR”. Deus abençoe a Junta de Missões Nacionais com todos os membros, ser-vos e cooperadores.”

Apesar de estarmos na última semana da MEGA-TRANS, projeto que reuniu em um único mês a maioria das ações de evangeliza-ção dos batistas, o desejo de ver o país alcançado pelo evangelho não acaba aqui. Em agosto acontece a Trans Paraisópolis (inscri-ções pelo site www.sejaluz.com) e outras Trans Locais que serão realizadas por igrejas em várias cidades até o final de 2012.

Voluntários visitam lares de Ribeirão Preto

É preciso mais luz

Estamos terminando esta primeira jornada dos “100 dias que IM-PACTARÃO o Brasil”.

Nosso Pai não se esquecerá de que o seu povo chamado “batista” investiu tempo e recursos na intercessão e na evangelização de milhões de brasileiros. Milhares de igre-jas intercederam pelo Brasil e, até o dia 15 de julho, mais de quatro mil igrejas envia-ram ou inscreveram voluntá-

rios para a MEGATRANS. Os frutos desse gigantesco esfor-ço já foram e estão sendo co-lhidos, cuidados, integrados e precisarão ser preparados para um intenso movimento de multiplicação dos discípu-los do Senhor Jesus.

Nestes últimos dois dias, o 99º e o 100º, ainda tere-mos duas oportunidades de reflexão e atos de bondade. No penúltimo dia (segunda--feira, dia 29/07) “Adoles-

centes Viciados em Drogas e Álcool”, a igreja ou uma família poderá promover um Encontro de Oração, focan-do esses adolescentes e seus pais, ou até mesmo visitando ou convidando alguns deles e/ou suas famílias para um tempo juntos em oração. No 100º dia (terça-feira, 31 de julho), além de orar pelo “Desenvolvimento Econô-mico do Brasil”, devemos nos lembrar de pedir a Deus

uma pátria rica, cujos filhos amem o próximo como a si mesmos. Será ainda melhor se a igreja puder estar reu-nida em oração em algum momento neste dia, agrade-cendo e louvando a Deus pelas bênçãos recebidas e por tudo que o Deus fará no Brasil pela instrumentalida-de do seu povo.

Foi um privilégio estarmos juntos em todo esse tempo. Nem o Brasil, nem nossas

igrejas e nem as nossas vi-das serão as mesmas depois desse grande impacto de clamor e conquista. Que dei-xemos que Deus seja Deus, amoroso, fiel, compassivo e cheio de graça e misericór-dia. Foi um tempo de desafio à oração e à evangelização. Continuemos orando e fazen-do discípulos até que Jesus venha ao nosso encontro ou até irmos ao encontro dele! Aleluia.

Sugestões para os 100 Dias que Impactarão o Brasil

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8 o jornal batista – domingo, 29/07/12 notícias do brasil batista

Othon Ávila AmaralMembro do Conselho assessor d’O Jornal Batista

Um dos primeiros acontecimentos importantes que registramos no tra-

balho ministerial do pastor Ro-bson Moreira à frente da Igreja Batista de Nova Brasília, foi a convocação de um concílio que se realizou no dia 10 de março para examinar e con-sagrar ao ministério diaconal um grupo de crentes. Quando assumiu o pastorado, o grupo já estava selecionado e num processo de avaliação.

Naquela tarde-noite de março o culto foi o ápice da programação iniciada com a participação da Associação dos Diáconos Batistas da Belforroxense. Foi durante esse tempo que se realizou a parte administrativa de todo processo que redundou no culto de imposição de mãos.

Jorge William Bernardino - Professor e SociólogoFátima Silva - Assistente Social*

Recentemente vimos um esforço conjun-to de várias organi-zações evangélicas

preocupadas com as reali-dades caóticas decorrentes da desigualdade social e do alarmante processo de degra-dação ambiental, que revelam uma mentalidade perversa, que valoriza o individualismo

Desde sua organização, em dezembro de 1970, a Igreja sempre teve na sua lideran-ça a figura do diácono. O primeiro foi o irmão Helly Ferreira Velasco que desfruta da amizade de toda a comu-nidade batista existente na região de Vila de Cava.

Ao seu lado estão irmãos e irmãs de atuação firme na vida eclesiástica e denomi-nacional: Manuel Teodoro dos Santos, Josué Luiz do Nascimento, Delma dos San-tos Barboza, Sebastião Siles Machado, Noêmia Silva do Nascimento, Anilton da Silva, Ivanir Adão da Silva, Samuel Cristovão de Souza, Ladimar Machado, Marlene Barbosa e Paulo Azevedo atual presi-dente do Corpo Diaconal.

Do novo grupo citamos as ir-mãs Selma dos Santos Gouvea, Ilma Santos Ramos, Iara Silva do Nascimento, Cleusa Carva-lho, Glória Azevedo, Eunice Nonato, Elias Paiva e Orlando

e provoca o aumento cada vez maior da ganância e das injustiças. Diante do imen-so desafio e considerando a necessidade de unir forças e propostas, é que se deu a formação de uma frente de mobilização das igrejas brasi-leiras, este movimento ficou conhecido como “Igrejas Eco-cidadãs”.

Observando a urgência que estamos enfrentando na atua-lidade e considerando toda a mobilização para se pensar em tais temas, é que se justi-

Reis. Cremos que a Igreja de Nova Brasília está bem servida com um grupo de convicções doutrinárias definidas.

No culto gratulatório a Igre-ja presenteou os novos diáco-nos com uma Bíblia gravada com o nome de cada um. Pregou a mensagem aconse-lhadora o pastor Jorge Prado, na ocasião pastoreando a Igreja Batista de Jardim Suma-ré. Estiveram participando do culto vários líderes denomi-nacionais entre eles o pastor Edson Pinheiro Pedersane e o pastor Roberto Sarmento.

Um destaque do cultoO jornalista Othon Ávila

Amaral, no contexto do culto, destacou um fato talvez inédi-to na história de nossas igrejas pelo Brasil afora. Convidou o casal Manuel Teodoro dos Santos e sua esposa Isabel Moreira dos Santos para irem à frente e também as filhas do casal, Delma dos Santos

fica a relevância deste fórum.O nosso objetivo, é pro-

piciar um espaço de mobi-lização multidisciplinar e o mais diverso possível, dedi-cado para comunhão, oração e aprofundarmos o debate destes temas, buscando al-ternativas concretas de ações relevantes que contribuam no desenvolvimento comunitário da nossa região (bairros de Santa Cruz e adjacências), procurando atender as ex-pectativas de Deus para pro-blemas de impacto social, à

Barboza, Selma Moreira dos Santos Gouvea e Ilma Moreira dos Santos Ramos e mencio-nou que aquela igreja assistia um fato notável: os pais e as três filhas, a partir daquele momento, atuavam no corpo diaconal da Igreja Batista de Nova Brasília. Uma coisa rara: o casal de diáconos e três filhas diaconisas.

Sala Diácono Helly Ferreira Velasco

Terminada a programação a Igreja e todos os convi-dados subiram ao segundo andar onde participaram da solenidade que marcou a inauguração da sala dos diá-conos com o nome daquele que é o mais antigo diácono da Igreja, membro fundador e descerrou o seu retrato.

A solenidade que foi toda ela envolvida pelo carinho fraternal de todos os irmãos e irmãs de Nova Brasília agra-dou imensamente a todos os presentes e registramos pala-vras de congratulações com o pastor Robson Moreira, à frente da Igreja desde 2 de julho de 2011.

Diaconisa Isabel Moreira dos Santos

A diaconisa Isabel nasceu no dia 15 de julho de 1943. Faleceu no dia 8 de junho de 2012. Foi casada 48 anos. Bati-zada pelo pastor Benedito Mo-reira na Igreja Batista de Adria-nópolis. Membro da Igreja Batista de Nova Brasília onde foi separada para o ministério diaconal. Sua consagração aconteceu no dia 24 de junho de 1995 e na mesma data foi consagrada sua filha Delma dos Santos Barboza, talvez a “nova brasiliense” que mais se identifica com a denominação em nível de Associação, de Convenção Fluminense, de União Feminina Missionária e

curto, médio e longo prazo.Este fórum é aberto à igrejas

locais, movimentos sociais, instituições de ensino, pas-tores e lideranças religiosas, lideranças comunitárias, estu-dantes, profissionais de áreas diversas, ONG’s, e pessoas interessadas na implementa-ção da ação social em geral.

Acontecerá no dia 10 de agosto, às 19h, no Colégio Ba-tista Oasis, que fica na Aveni-da Cesário de Melo, 13.152, Santa Cruz. O tema discutido será “Igrejas Relevantes: Sinal

de presença permanente nas assembleias da Convenção Batista Brasileira.

O casal teve cinco filhas e um filho: Delma, Selma, Ilma, Márcia, Deuziane e Marcos casados respectiva-mente com João, Marcelo, Uesley, Geilton, Wilson e Cristina. Foram nove netos: Joelma de Delma; Marcely e Michelli de Selma; Marcos e Daniel de Márcia; Luis Feli-pe de Deuziane e Isabelle e Amanda de Cristina.

O culto de gratidão a Deus pela sua vida foi no templo da Igreja de Nova Brasília. Centenas de crentes e de não crentes compareceram para prestar solidariedade à famí-lia. A mensagem de conforto e de alerta foi ministrada pelo pastor Robson Moreira. Presentes também os pastores Rubem Moura, seu ex-pastor e primeiro pastor da igreja; Edson Pinheiro Pedersane, Roberto Sarmento, Ciraudo César Alves de Souza e An-tonio Belarmino Filho os três últimos ex-pastores da Igreja. Dois ônibus, dezenas de car-ros, acompanharam o féretro ao cemitério de Nova Iguaçu onde foi sepultada, no dia 9 de junho, debaixo de forte temporal. Ficou no coração de cada um a saudade e a certeza de que em Jesus ela está nos páramos celestiais.

do Reino de Deus pela Missão Integral”. Os debates serão: “Evangelho integral: base estruturante de uma igreja relevante”, com o pastor Vla-dimir de Oliveira, da Primeira Igreja Batista de Cosmorama; e “Missão Integral e Respon-sabilidade Social Cristã”, com Clemir Fernandes (FTL-Brasil / RENAS).

*Organizadores do Movi-mento pela Mobilização e Desenvolvimento Comuni-tário da Zona Oeste Carioca.

Nova Brasília: Novos diáconos e pioneiro foi homenageado

Fórum de Mobilização e Desenvolvimento Comunitário da Zona Oeste Carioca

Díacono Helly Ferreira Velasco

Da esquerda para a direita Pastor Robson Moreira, Selma, casal Isabel e Manoel, Delma, Ilma e pastor Jorge Prado. No púlpito o jornalista Othon Ávila Amaral

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9o jornal batista – domingo, 29/07/12notícias do brasil batista

Dc. Jerônimo VianaMembro da IB Alecrim (Natal)

No dia 30 de junho uma delegação de missionários, seminaristas e ir-

mãos convidados das igrejas Batistas Norte Rio-Grandense partiram de Natal em direção à cidade de Mossoró (RN), para juntos participarmos da 2ª Celebração Missionária do Rio Grande do Norte.

O ponto de partida foi a sede da Convenção Batista Norte Riograndense, no bair-

Missionária Aderita NetaMembro da IB Central de Carpina, PE

Foi realizado no dia 16 de junho o Impacto Evangelístico e Mis-sionário, onde foram

realizados devocionais, ora-ções, reflexões, almoço, a ida ao campo para evange-lizar e no fim do impacto um culto de agradecimen-to, testemunhando o que Deus fez durante todo o dia e a entrega dos certificados a cada voluntário. Uma mini Trans de 1 dia coordenado pela Congregação Batista no loteamento Santana em Carpina - PE, e administrado e apoiado pela Missionária Aderita Neta que é membro da Igreja Batista Central de Carpina. Estiveram presentes os pastores da congregação já citada, pastor Baruch da Silva Bento e pastor José Car-los de Oliveira Lima.

Foram 130 voluntários de todas as faixas etárias, de 8 a 88 anos, representados por 13 Igrejas e Congrega-ções locais. Essa trans, foi planejada desde o mês de fevereiro, e com a graça de Deus nesse dia 16 de junho foi dividida em 5 equipes: oração; recepção; limpeza do local; cozinha, no qual fez o almoço para os voluntários; e campo, onde saíram pelas ruas evangelizando e reali-

ro do Tirol. No total fomos 27 pessoas e todas ansiosas pelo encontro missionário na Igreja Batista de Sumaré, Mossoró, RN.

Saímos da capital do Estado às oito horas com previsão de chegada ao nosso destino às 13 horas da tarde. A viagem é longa e cansativa, mas em nenhum momento desanima-dora. Essas distâncias tão sig-nificativas hão de cobrar um alto preço aos coordenadores de missões, que as percor-rem uma ou duas vezes por semana com o objetivo de implantar a chama do evan-

gelho neste ou naquele lugar ou simplesmente assistir a um trabalho denominacional nas profundezas do coração potiguar.

Durante a viagem, o pastor Luiz Carlos brinca, instiga e descontrai a todos. Penso: somos um povo feliz de uma nação abençoada. Pregamos o evangelho de Cristo livre-mente, enquanto em muitos outros lugares nossos irmãos estão sendo perseguidos por cumprir o Ide de Jesus (Ma-teus 28.19-20).

No decorrer da viagem, o pastor nos chama a aten-

ção: “esta cidade não tem trabalho Batista ou nesta outra temos”. Para cada nova informação uma nuvem de comentários, sentimentos diversos, opiniões diversas, lembranças diversas. Traba-lhos iniciados e que sofrem a carência de obreiros, tra-balhos finalizados com a partida de obreiros, etc.

O campo está branco para ceifa, mas faltam trabalha-dores (João 4.35). Para sa-nar essas dificuldades, as Juntas (JMM; JMN; Missões Estaduais) e igrejas locais devem dar as mãos para a

grande colheita espiritual. Essa mensagem foi massifica-da durante toda Celebração Missionária.

Buscar almas perdidas: eis ai a paixão missionária, seja onde for e independente das circunstâncias, esta realidade eu pude comprovar bem de perto. Esses homens e mu-lheres simples como o sal e luz expandem o reino de Deus sobre os sertões, litoral, agreste e oeste da minha ter-ra. Estar com eles me enche de orgulho e alegria. Suas vidas são preciosas para Deus e todo o Brasil Batista.

zando estudos bíblicos nos lares, baseado no livro do evangelho de João, o mesmo material que a Trans usa para a evangelização.

Enfim, foi uma experiência maravilhosa, harmoniosa onde teve a cooperação e a unidade de membros de igre-jas batistas, congregacionais e assembleia de Deus, mas todos com um único intuito, o Ide a todo o mundo e pre-gar a toda criatura o evange-lho e o amor de Cristo. Pois foi tudo para a honra e glória de Deus.

2a Celebração Missionária em Mossoró

Jesus Transforma Carpina

Delegação de missionários, seminaristas e irmãos que participaram da 2° Celebração Missionária 2° Celebração Missionária - Cidade de Mossoró, RN

Congregação onde a Trans foi realizada

Voluntários anunciam para todo o bairro que Jesus Transforma Carpina Missionária Aderita Neta responsável pelo Impacto Evangelístico orienta os voluntários

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10 o jornal batista – domingo, 29/07/12 notícias do brasil batista

Joaquim Cerqueira CésarMembro da PIB em Presidente Médici, RO

Presidida pelo pas-tor José Augusto de Oliveira D’Ávila, a PIB em Presidente

Médici – RO, em sua As-sembleia Geral Ordinária, realizada no dia 14 de agos-to de 2011, deliberou por convocar o concílio do ir-mão Antônio Farias Filho ao Ministério Pastoral, confor-me registrado em sua Ata de n. 380.

O pa r to ( conc í l io ) se deu nove meses depois e em total harmonia com a OPBB - Secção de Rondô-nia, o Concílio de Pastores Batistas para exame do ir-mão Antônio Farias Filho, para exercer o pastorado na qualidade de Ministro de Confissão Religiosa, foi realizado no templo da PIB em Presidente Médici, no dia 12 de maio de 2012, às 9h. Com a presença dos se-guintes pastores: Pr. Aldair Moreira de Lima, PIB Ron-dominas; Pr. Aurelí Lopes de França, Congregação Batista no Parque São Pe-dro (PIB em Ji-Paraná); Pr. Edgar Ferreira de Souza, 3ª IB em Ariquemes; Pr. Ezequias Werneck Lemos, PIB em Alvorada D’Oeste e Presidente da AIBACEN-TRO; Pr. Gilson Campos, PIB em Vale do Paraíso; Pr. João Aparecido da Silva Júnior, PIB em São Miguel do Guaporé; Pr. José de An-drade Cunha, PIB em Ouro Preto D’Oeste e Secretário Executivo da OPBB - Seção de Rondônia; Pr. José Au-

Gerson Malta de SáPastor da PIB em Vila Jacui, SP

A PIB em Vila Jacui celebrou 23 anos de vida eclesiástica; 14 anos de ministé-

rio pastoral do pastor Gerson Malta de Sá e aniversário da M.C.A. A PIB em Vila Jacui viveu dias de imensa alegria, quando promoveu cultos de celebrações ao Senhor Deus pelas bençãos. No dia 25 de março realizou 6 batismos e a recepção de irmãos por carta. No dia 5 de maio ce-lebrou com culto de ação de graças pelos 23 anos de vida eclesiástica da PIB em Vila Jacui e 14 anos do pastor

gusto de Oliveira D’Ávila, PIB em Presidente Médici; Pr. Márcio Rodrigues Bra-ga, 3ª IB em Ji-Paraná; Pr. Marcos Wylber Oliveira dos Santos, PIB em Vale do Anari; Pr. Miguel Alves do Nascimento, IB Peniel em Ji-Paraná; Pr. Ozório Ludgero Neto Reis, PIB em Ariquemes e Presidente da OPBB - Seção de Rondônia; Pr. Sérgio Condack Aguiar, IB Boas Novas aos Homens (BNH) em Ji-Paraná e Pre-sidente da COBARO; Pr. Sérgio Eduardo Cardoso da Silva, PIB em Ji-Paraná; com a seguinte diretoria: Presi-dente: Pastor José Augusto de Oliveira D’Ávila; Secre-tário: Pastor Aurelí Lopes de França; Examinadores:

Gerson Malta de Sá à fren-te do pastorado da Igreja. Foi Orador oficial o pastor Expedito Cerqueira Serra, da PIB C.A.E. Carvalho, que trouxe mensagem oportuna e edificante para toda a Igreja, com a presença de irmãos de várias igrejas batistas da Associação AIBELEC e outras igrejas co-irmãs. No dia 20 de maio mais um culto de ação de graças comemorou os 23 anos da M.C.A., dirigi-do pela coordenadora Graça Malta, com a participação do Conjunto Feminino local e o pregador foi o próprio pastor da Igreja, Gerson Malta de Sá.

A Deus toda a honra e toda a glória.

Pastores Marcio Rodrigues Braga, sobre conversão e chamada para o ministério pastoral e Aldair Moreira de Lima, sobre suas convicções de doutrina e eclesiologia, tendo sido aprovado o can-didato por unanimidade. O que foi feito de acordo com as doutrinas e ritos das igrejas da Convenção Batis-ta do Estado de Rondônia (COBARO), a partir desta data, o pastor Antônio Farias Filho está apto para pasto-rear qualquer Igreja Batista filiada à Convenção Batista Brasileira.

A PIB em Presidente Mé-dici já enviou quatro irmãos ao seminário, sendo eles: William Sérgio Pereira da Silva, STB de Cuiabá, sen-

do o fundador e pastor da Igreja Batista Pedra Viva em Várzea Grande – MT. Roseli Pereira da Silva – STB Ana Wollerman, em Dou-rados – MS, hoje atuando no Ministério Infantil da PIB de Campo Grande – MS; Gumercindo Hilarion Orocundo Aguirre, Instituto Bíblico Jardim do Édem, em Cerejeiras – RO, hoje atuan-do como pastor auxiliar da Igreja Graça e Fé, no bairro Jardim América, Vilhena – RO, e Débora Melquides, Instituto Bíblico Jardim do Édem – Cerejeiras – RO, onde é a atual Diretora Aca-dêmica. Mas concílio de consagração ao ministério pastoral, o do irmão Antô-nio Farias foi o primeiro.

Antônio Farias Filho, bra-sileiro, servidor público, nascido em 10 de maio de 1962, em São Braz (AL), ca-sado com a professora Lídia Pereira Nascimento Farias e pai da jovem Mylka. É o atu-al Diretor Executivo da Asso-ciação de Igrejas Batistas da Região Centro do Estado de Rondônia (AIBACENTRO). Enviado ao Seminário pela PIB em Naviraí (MS) e forma-do pelo Instituto Teológico Batista Ana Wollerman, em Dourados – MS (hoje Facul-dade Teológica e Seminário Batista Ana Wollerman). Na época do Seminário, traba-lhou com os Embaixadores do Rei da PIB em Dourados (MS), após a formatura em teologia foi trabalhar na PIB em Nova Londrina (PR), au-xiliando o pastor Geraldo Mairyl. Logo em seguida foi trabalhar na Congregação Batista em Peaberú (PR), como missionário da Con-venção Batista Paranaense, com mentoria do pastor Pau-lo Martins da PIB em Campo Mourão (PR). Em 1987, veio para a PIB em Presidente Médici – RO, onde exerceu a função de missionário em Castanheiras (RO), e tem sido um visionário no Con-selho Geral da COBARO. Na PIB em Presidente Médi-ci já exerceu a presidência, vice-presidência, foi profes-sor da EBD em diversas clas-ses, diácono, presidente dos homens, relator de diversas comissões e vez por outra, substitui o pastor titular na pregação da Palavra. Tem atuado como voluntário da JMN nos projetos MUNAMI e TRANS.

PIB em Vila Jacui em festa

PIB em Presidente Médici ordena Antônio Farias Filho

Irmãos batizados em dia de festa

Casal recebe a benção de Deus

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11o jornal batista – domingo, 29/07/12missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Mi s s õ e s M u n -dia is é a pr i -meira agência missionária no

Brasil a ter um canal de relacionamento totalmen-te eletrônico. O público pode acessá-lo através do endereço www.jmm.org.br/relacionamento. O desen-volvimento deste sistema utilizou o que há de mais moderno no mercado de programação e com tecno-logia totalmente gratuita.

O novo sistema não é ape-nas um cadastro ou formu-lário. Trata-se de um canal de relacionamento. O aten-

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Missões Mundiais r ecebeu e s t e mês a visita do presidente da

Convenção Batista da Jor-dânia, pastor Bahij Akeel, que em culto na sede da JMM, no Rio de Janeiro, compartilhou experiências e falou um pouco sobre como é anunciar o Evangelho em seu país.

O pastor Bahij contou que o trabalho batista na Jordânia começou em 1950 na região norte desse país situado no Oriente Médio.

“Os batistas começaram através de um hospital e mais tarde uma escola de enfermagem, a primeira da Jordânia”, conta o pastor Bahij. Ele acrescenta que o trabalho batista está presen-te apenas no norte do país. O sul e o oeste jordanianos não possuem atividade evan-gélica.

“Nossa visão como Con-venção Batista da Jordânia é plantar o trabalho em todas as regiões onde ainda não há atividade”, conta o pastor Bahij. Segundo ele, atual-mente existem 20 igrejas ba-tistas na Jordânia, cada uma com cerca de 100 membros. Além das igrejas, os batistas

dimento é feito de forma totalmente virtual e segura. Segundo nossa equipe de Tecnologia da Informação, o usuário pode ter esta cer-teza ao visualizar o pequeno cadeado exibido no rodapé ou no topo da página, que garante que os dados são criptografados.

Esta primeira etapa é vol-tada apenas para o atendi-

jordanianos possuem duas escolas, em Ajloun e Amã, a capital.

A Convenção Batista da Jordânia também possui uma livraria que, segundo o pas-tor Bahij, não é tão procu-rada por cristãos, mas por muçulmanos com dúvidas sobre a pessoa de Cristo.

mento à pessoa física. Nela estão previstas as seguintes funcionalidades:

• Acesso ao histórico de contribuições do adotante.

• Emissão e pagamento dos últimos 6 meses de con-tribuições com impressão de boleto ou quitação por meio de cartão de crédito.

• Inscrição e acompanha-mento do processo dos par-

“Os evangélicos de lá não leem muito, e os muçulmanos chegam com muitas dúvidas. Então eles vão até a livraria, onde existe um local especí-fico para atendê-los”, relata.

“Deus está fazendo muitas mudanças nas vidas dessas pessoas, que vão em busca da Verdade”, acrescenta.

ticipantes de caravanas de voluntários.

• Cadastro e acompanha-mento do processo de inscri-ção de vocacionados como Missionário Efetivo.

Para ter acesso a este canal de relacionamento, o usuário precisa cadastrar e obter seu login e senha. Mesmo que você já seja um adotante, deverá realizar este cadas-

Jovens são prioridade dos batistas jordanianos

A Convenção Batista da Jordânia está focada em tra-zer os jovens do país para o Evangelho. Segundo ele, cerca de 70% da população jordaniana são de jovens, que são considerados “uma

tro. Desta forma poderemos disponibilizar e unificar todo o seu histórico de relaciona-mento com Missões Mun-diais (participação em even-tos, adoções, etc) e garantir uma maior funcionalidade deste canal para você.

Com o Canal de Relaciona-mento também reduziremos custos, contribuindo para um mundo mais sustentável. An-tes, o cadastro de novos mis-sionários, por exemplo, gerava a impressão de cerca de 100 páginas por candidato. Agora o processo ficou mais rápido, seguro e também econômico.

Trabalhamos para alcançar uma de nossas principais metas: enviar mais 300 mis-sionários aos campos até o ano de 2013.

prioridade” dos batistas do país.

“Os jovens sobre os quais eu quero falar conseguiram organizar um ministério que cuida de famílias carentes no país. Eles usam seus pró-prios sustentos para fazer manutenção nas casas dessas famílias e, quando alguém está passando alguma di-ficuldade, eles ajudam e fazem visitas, e está criada uma oportunidade de pregar o Evangelho”, conta.

Visão missionária

A Jordânia é considerada pelos cristãos como um país estratégico para expandir o Evangelho no Oriente Mé-dio. Segundo o pastor Bahij, a Jordânia está em relativa tranquilidade em meio a tantos conflitos na região porque o alvo do Senhor é alcançar as nações vizinhas com a Palavra de Deus.

Ao final da mensagem, o pastor Bahij entregou ao gerente de Missões, pastor Lauro Mandira, uma placa com o símbolo da Conven-ção Batista da Jordânia. Em seguida, o missionário mo-bilizador Henrique Davanso orou pelo pastor Bahij, e o coordenador de Missões Mundiais para a Ásia, pastor Renato Reis, fez uma oração pela Jordânia.

Presidente da Convenção Batista da Jordânia

visita Missões Mundiais

JMM estreita relacionamento com público

Gerente de Missões, Pr. Lauro Mandira, e Pr. Bahij Akeel

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12 o jornal batista – domingo, 29/07/12 notícias do brasil batista

Lourdes Brazil*

“Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus” (Romanos 8.19).

O Centro de Edu-cação Ambiental Gênesis é um es-paço educador,

no qual os visitantes são in-centivados a adotar formas de vida sustentáveis, no que se refere ao manejo do lixo, uso da água e energia. O espaço é todo sinalizado com men-sagens, de modo a promover uma sensibilização afetiva. O Centro Gênesis tem como missão educar para a sustenta-bilidade através de atividades de educação ambiental, de modo que os participantes possam atuar no processo de superação dos problemas socioambientais a nível local, municipal, regional, nacio-nal e planetário, procurando contribuir para o desenvolvi-mento de atividades de edu-cação ambiental nas escolas, igrejas e empresas.

O Centro de Educação Am-biental Gênesis foi organiza-do em 2005. Está localizado na rua Tenente Elias Maga-lhães, nº140, Colubandê,

município de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, em uma área de interesse ecológico, devido à existên-cia de espécies remanescente da Mata Atlântica, cursos de água e nascente. Antes da implantação do Centro de Educação Ambiental Gêne-sis a área em que o mesmo está localizado encontrava-se degradada devido à extração de areia e madeira para fabri-cação de carvão e queimadas frequentes. Também havia caça de pequenos animais e derrubada de árvores para construções. A maior parte dos moradores, sobretudo os jovens, participava do pro-cesso de degradação, pois desconheciam a importância da área em termos ecológi-cos, ambientais e históricos.

Devido à degradação muitas espécies vegetais desaparece-ram e a nascente praticamente secou. Apesar do quadro de degradação e da importância do local não havia nenhum trabalho de educação ambien-tal, nem nas escolas nas re-dondezas, ou seja, as crianças não estavam sendo educadas para preservarem aquela re-gião. Com a implantação do Gênesis o processo de degra-dação está sendo gradativa-mente interrompido. Não há mais extração de areia, nem caça. Somente as queimadas permanecem, pois muitas são provocadas por balões.

O Centro possui: Um bos-que de Pau Brasil com 55 exemplares, bosque com espécies da Mata Atlântica, pomar com frutas de diversas

regiões do Brasil, jardins, la-guinhos, compoteiras, viveiro para produção de mudas para reflorestar a área e distribuir entre os visitantes, trilhas in-terpretativas, nascente, riacho, biblioteca ambiental, brin-quedoteca com brinquedos feitos de reaproveitamento de embalagens, sala de artes e praças de leitura.

A principal atividade do Gênesis é o Programa Educa-ção Ambiental: Construindo Caminhos para a Sustentabi-lidade, que é constituído por três projetos:

a)Educação Ambiental: a escola construindo caminhos para a sustentabilidade. O destaque é o projeto que está sendo realizado no CIEP Pas-coal Carlos Magno em Ita-boraí.

b)Educação Ambiental: a igreja construindo caminhos para a sustentabilidade. Des-taca-se a capacitação de lide-ranças evangélicas para tra-balhar a dimensão ambiental nas atividades com crianças e adolescentes.

c)Educação Ambiental: a empresa construindo cami-nhos para a sustentabilidade. O destaque é para as oficinas Dando um Jeito no Lixo, rea-lizadas com trabalhadores da construção civil. Há também o projeto CRIANÇARTE, rea-lizado com 25 crianças mora-doras do entorno do Gênesis.

Os projetos foram elabora-dos, tendo como horizonte a construção de sociedades sustentáveis em suas várias dimensões:

Sustentabilidade ambiental: Refere-se à manutenção da capacidade de sustentação dos ecossistemas.

Sustentabilidade ecológica: Está relacionada à base física do processo de crescimento e tem como objetivo a manu-tenção de estoques de capital natural.

Um dos objetivos do Cen-tro de Educação Ambiental é sensibilizar e mobilizar os participantes em torno da problemática ambiental em suas várias dimensões, capacitar indivíduos para implementação de ativida-des de Educação Ambiental em suas instituições e incen-tivar a formação de redes e parcerias.

Se você se interessa em le-var algum grupo da sua igreja, organização ou escola entre em contato: Rua Tenente Elias Magalhães, nº 140, Coluban-dê, São Gonçalo, RJ. Telefo-ne: (21) 3715-1034. E-mail: [email protected]

*Coordenadora do Cen-tro de Educação Ambiental Gênesis

Graduada em Ciências Eco-nômica na UFF

Especialização em planeja-mento ambiental

Mestrado e Doutorado em psicosociologia de comuni-dades e ecologia social pela UFRJ

CENTRO GÊNESIS: Um Centro de Educação Ambiental

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13o jornal batista – domingo, 29/07/12ponto de vista

Historiador batista empossado no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico PernambucanoNey LadeiaPastor da IB Capunga, PE

O Instituto Arque-ológico, Histó-rico e Geográfi-co Pernambuco

(IAHGP) comemorou o 150º aniversário de organiza-ção em 26 de novembro de 2011, com Sessão Magna, ocasião em que foram em-possados os Sócios Efetivos Francisco Bonato Pereira da Silva e Ramires Cotias Teixeira e os Sócios Cor-respondentes Sônia Sales, André Barreto Campello, Erivaldo Fagundes Neves, Fernando Gomes de Andra-de e Getúlio Neves, com a presença de autoridades ci-vis, militares, de associados e de amigos e familiares dos empossados.

O sócio efetivo empossa-do, Francisco Bonato Perei-ra da Silva é pastor batista, graduado em Teologia (STB-NB, 1976), engenheiro civil (UFPE, 1976), bacharel em Direito (UFPE, 1981) e espe-cialista em Direito (Estácio, 2012), havendo recebido sua formação em História da Igreja no STBNB. Tem se dedicado nos últimos dez anos, à pesquisa da História dos Batistas em Pernambu-co e no Nordeste, fazendo incursões na História de Pernambuco. Publicou o livro 100 anos de História da Igreja Batista do Cordeiro (Editoria Zit, Rio de Janeiro, 2005), onde também abor-da a História dos Batistas desde sua origem (1609). Tem publicado artigos em jornais da denominação com fruto de pesquisas, sua especialidade, e tem con-

tribuído redigindo textos históricos da IB Capunga. O pastor Francisco Pereira é o segundo pastor evangé-lico a ocupar espaço nesse sodalício, antecedido pelo pastor presbiteriano Jeroni-mo Gueyros (1926), profes-sor do Colégio Americano Batista.

O IAHGP fundado em 28 de janeiro de 1862, na cidade do Recife, pelos per-nambucanos Joaquim Pires Machado Portella, Antônio Witrúvio Pinto Bandeira Accioly e Vasconcelos, José Soares de Azevedo, Salva-dor Henrique de Albuquer-que e Antônio Rangel de Torres Bandeira, com o ob-jetivo de estudar e guardar os registros da história, da arqueologia e da geografia do Brasil e, em especial de Pernambuco. O IAHGP é a segunda instituição do gê-nero no país, sendo a mais antiga o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fun-dado em 21 de outubro de 1838, com sede no Rio de Janeiro (RJ). O IAHGP teve a primazia de ouvir a primeira conferência sobre a História dos Cristãos Reformados em Pernambuco, proferida pelo sócio efetivo Dr. Vicente Férrer de Barros Wanderley, na sessão de 23 de novem-bro de 1904, sob o título “Seitas Protestantes em Per-nambuco”, abordando a gênese da história dos An-glicanos, Congregacionais, Presbiterianos e Batistas no Estado, sendo a fonte de in-formação sobre os batistas o pioneiro Salomão Ginsburg.

Ao Senhor sejam dadas glória e honra pela vida do seu servo. Amém!

Os empossados, Francisco Bonato Pereira e Ramires Teixeira, ao lado do Presidente Dr. George Felix Cabral e do Deputado Pedro Eugenio Toledo

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14 o jornal batista – domingo, 29/07/12 ponto de vista

Moises Selva SantiagoJornalista, pastor e membro da PIB de Rondônia - Porto Velho

A primeira vez que li a expressão “men-tiras rituais” foi no livro de Margaret

Halsey “The Pseudo-ethic: speculation on American politics and morals” (Editora Civilização Brasileira). Auto-ra premiada Halsey afirma que “dentro da cultura, há um encantamento contínuo e tranquilizante – nos livros, jornais, revistas, radiotele-visão, conversa entre ami-gos – de Mentiras Rituais”. Diz que essa frase “é hoje menos áspera do que soa, porque a Mentira Ritual é sentida, confortavelmente, como um ritual e não como prática de mentiras”. A au-tora demonstra a amplitude desse comportamento social, incluindo a esfera religiosa: “As organizações religio-sas aprenderam as técnicas comerciais de promoção e relações públicas”.

Escrevendo no início dos anos sessenta, Halsey conti-nua atual, vez que estamos submersos num oceano de lama religiosa em pleno sécu-lo XXI. Observe os detalhes: a mentira ritual é encantado-ra, multiplicadora e tranquili-zadora, além de não demons-trar constrangimentos, pois se trata de um ritual. E, mesmo que alguém não aceite, todos nós praticamos rituais; ou seja, vivenciamos compor-tamentos que simbolizam ideologias e ensinamentos. A abrangência dos rituais está justamente por serem eles usados para se alcançar diferentes propósitos, desde a satisfação de necessidades emocionais, fortalecimentos de laços sociais, aprovação social, o simples ato de aper-tar a mão do outro ou mesmo o cumprimento de obriga-ções religiosas.

Sobre as atuais expressões religiosas, é impressionante a presença das mentiras rituais. Halsey enxerga que o meio religioso vem apresentando

padrões comportamentais tão deteriorados, se comparados à proposta original bíblica, a ponto de o Novo Testamen-to parecer “quase ingênuo quando descreve onze após-tolos e apenas um Judas”! Ela continua pertinente: “A trapaça e a mentira não são os pecados mais dramáticos na Bíblia, mas são dois dos mais importantes. [...] a men-tira é, digamos, disponível a todo momento”. Diz mais: “Durante a Reforma, como demonstra Tawney [...] as vir-tudes prudentes da poupan-ça e da operosidade foram valorizadas e se tornaram muito mais importantes do que haviam sido na Europa medieval”. Halsey lembra: “A preocupação de juntar dinheiro, antes um pecado da usura, se tornou coisa respei-tável; e as noções de mortifi-cação da carne dos primeiros cristãos foram abandonadas em favor do novo conceito de que ganhar dinheiro era agora virtude”. Após a influ-ência de Freud e de Darwin, o respeito para com o sagra-do foi minimizado, pois “já não há mais a imagem do Deus barbado para punir o mau comportamento”.

Quando entro no templo para cultuar, percebo as ideias de Halsey presentes em incontáveis e até incons-cientes mentiras rituais. O catolicismo, há séculos, ca-maleonicamente sobrevive. Há lugar para todos debai-xo do imenso guarda-chuva de Roma, que abriga até os oponentes. Os mais piedo-sos católicos certamente se assustam com os caminhos que o catolicismo escolheu para se adequar à civilização pós-guerra... O protestantis-mo histórico tem optado en-frentar a atual crise do esva-ziamento dos templos, com adaptações que oferecem conforto material aos fiéis – bem diferente das propostas de submeter-se à Soberania Divina, ensinadas por Lute-ro e Calvino... Os Batistas se fragmentaram em tantos “sobrenomes”, utilizando um misto de rituais, que se

tornariam irreconhecíveis diante dos mártires pionei-ros... Muitos pentecostais (também fragmentados) re-solveram seguir pela via da política partidária como meio de dar poder às igrejas... E os pós-pentecostais (ou ne-opentecostais) enveredaram velozmente na relatividade ética, cultuando a satisfa-ção imediata das necessida-des físicas e emocionais dos seus seguidores por meio de um deus ex machina que é acionado para solucionar o problema do enredo da vida humana na Terra.

Halsey define as mentiras rituais justamente como esses “conceitos errôneos ou rigo-rosamente falsos que o esta-blishment comanda e usufrui [...] erige verdades definitivas [...] de acordo com suas con-veniências”. Particularmente na Igreja cristã, essas men-tiras rituais têm agido como um néctar infernal, nutrindo lideranças religiosas cujo ob-jetivo principal é o enrique-cimento fácil e rápido. Para alcançarem seus alvos, eles cauterizam a consciência, fazendo valer suas “novas” verdades – o vale tudo. Di-zem que vale pinçar um texto bíblico e dele elaborar uma mensagem que iluda os fiéis a depositarem seus salários no altar: a isto chamam de prova de fé em Deus.

Dizem que vale usar os re-cursos da igreja em benefício pessoal, seja na compra de um sapato, um carro novo, casa, sítio, lancha ou avião: a isto chamam de bênçãos divinas.

Dizem que vale ouvir as confidências segredadas (muitas delas em meio a lágri-mas) e depois usar tal conhe-cimento para exercer poder e intimidar o confessante: a isto chamam de cuidado pastoral.

Dizem que vale usar a pro-fissão secular (médico, ad-vogado, militar, servidor pú-blico, etc.) para atender aos membros da igreja, cultivan-do uma contínua e maldita relação de dependência para com os que não podem pagar uma consulta ou contratar o

profissional: a isto chamam de amor ao próximo.

Dizem que vale usar quais-quer rituais para atrair um número maior de frequen-tadores dos cultos, para que o negócio-igreja renda milhões: a isto chamam de evangelização.

Dizem que vale elevar à categoria de pastor (e pastora) quem se comprometer com os interesses dos donos da igreja local e dos caciques denominacionais, indepen-dentemente se a pessoa de fato é vocacionada por Deus e possui conhecimentos e preparo teológicos para exer-cer o pastorado: a isto cha-mam de unção divina.

Dizem que vale trans-formar a igreja num clube confortável e seguro, onde cada sócio receba sua cota de “elevação espiritual” nos cultos que agradam as pes-soas, onde o que importa é a mansão celestial, onde as do-enças e todos os problemas são rejeitados, onde mora o deus obediente aos humanos, onde se lê, canta e toca para agradar o gosto pessoal: a isto chamam de adoração a Deus.

Dizem que vale experi-mentar todas as idiossincra-sias e ideias e técnicas mira-bolantes extra-bíblicas para fazerem a igreja “crescer”: a isto chamam de revelação divina.

E ainda dizem que a pro-posta bíblica cristã e o ca-minhar histórico – quando milhões de cristãos foram sacrificados por amor e práti-ca do verdadeiro cristianismo – podem ser substituídos por um amontoado de mentiras rituais: e a isto chamam de a Igreja de Jesus para o século XXI.

Quando saio do templo, depois do culto, já não sei se estive numa igreja cristã. E nutro uma profunda preocu-pação: Que Igreja meus netos frequentarão?... Na Europa, templos fecharam as portas. Na outra América, igrejas se assemelham a clubes. No Leste Europeu, depois de 70 anos de comunismo, dentro das igrejas há uma imensa

distância entre a persegui-ção sofrida no passado em nome da fé e a nova ordem econômica capitalista – e isto afasta as novas gerações dos templos. E em nosso país, registra-se uma imensa ausência de vocacionados, tornando vazias as salas de aulas de Teologia. Para que estudar tanto, se para ser pas-tor basta falar alto algumas palavras de comando, ter o jeito de gesticular apropria-do, afirmar que o cristão é “mais que vencedor”, que no céu nos aguarda um grande galardão, e remeter a porcen-tagem mensal para o dono da denominação! Para que adorar a Deus, se o que inte-ressa é tocar, cantar e vender o novo CD gospel que está fazendo sucesso, inclusive nas novelas globais! Para que realizar a Escola Bíblica, se quanto menos o povo souber de Deus, melhor para os líde-res! Para que reverência nos cultos, se o templo se parece com a casa de cada membro, onde todos se sentem à von-tade, conversando lorotas, adorando seus próprios ven-tres! E tenho ouvido alguns colegas segredarem que es-tão a um passo de desistirem de continuar sendo pastor “à moda antiga”, diante do sofri-mento causado pelo assédio moral ascendente cometido por alguns donos de igrejas...

Será que a atual realida-de dará ponto final ao ideal bíblico proposto para a Igre-ja? Não haverá uma nova geração de vocacionados? A egolatria vencerá a Teolo-gia? Halsey conclui o livro afirmando que “existe uma correlação mais íntima entre o ideal e o real do que é correntemente comum ao nosso conhecimento. Esta correlação consiste na prati-cabilidade quintessencial dos ideais”. Então, há uma espe-rança! Ainda dá tempo dos fiéis se unirem à parte mais pura do todo. Inundados pela maravilhosa Graça. Pagando o alto preço de praticarem a simplicidade do Mestre de Nazaré. Então valerá a pena ter sido cristão.

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15o jornal batista – domingo, 29/07/12ponto de vista

Antonio Mendes GonçalesPastor e colaborador de OJB

Unanimidade: Qua-lidade de unâni-me, comunhão de ideias, opiniões

ou pensamentos.Consenso: Anuência, con-

sentimento, acordo.A unanimidade, no Corpo

de Cristo, é o inegociável em termos doutrinários, como por exemplo, a Divindade de Cristo, salvação só em Cris-to, volta de Cristo, perdição eterna, salvação eterna, etc.

Numa quinta-feira à noite, após três expedientes de trabalho, achei

que a televisão me relaxaria. Fui ver um humorístico, “A praça é nossa”. Fez-me rir, no passado. Havia um qua-dro de um sujeito vendendo bugigangas imprestáveis, e quando alguém pergunta-va: “Mas, quem compraria isso?”, vinha alguém que dizia “Eu!”. Geralmente todo estropiado, porque comprara o produto e se dera mal. O vendedor imitava os vende-dores televisivos americanos, e não movia um músculo facial. Era hilário.

Frustrei-me! Todos os qua-dros tinham insinuação sexu-al, e chula. Que pena, Carlos Alberto de Nóbrega! Era um programa que se podia ver com a família. Agora não. E não é moralismo de pastor. Tenho moral, sim, e não me envergonho de tê-la. Além de chulo era de inteligência rala. É uma marca de nosso tempo. A cultura está sendo imbecilizada. A televisão está idiotizando seus assistentes. Os programas e as músicas são medíocres. O massacre do idioma é terrível. Não bastasse o gerundismo, pa-rece que os “s” finais não se pronunciam mais e o sujeito pleonástico, que dói, virou regra: “O Brasil ele tem...”, “A seleção ela vai jogar...”. Ora, o pronome pessoal é desnecessário aqui! Ouvi um professor dizendo “Para mim fazer”. Outro lascou um “previlégio” (que sacrilégio!). Minha mãe me ensinou, aos 6 anos, que “mim” não faz nada. Só sofre e recebe. Vol-

“No que concerne à vida dos santos devemos ser unânimes na comunhão (Atos 2.46) e oração” (Atos 1.14).

Existem posturas que não influenciam no cerne da dou-trina cristã, posturas doutriná-rias diferentes, mas que não impedem a convivência entre posturas diferentes, como usar a Bíblia na versão NVI ou na linguagem de hoje, cabelos compridos ou curtos, ser pós ou pré-milenista, etc...

Quando se fala na vida em comum dos crentes, mi-nha preferência sempre será

tando ao “A praça”: indignou--me. Tenho idade suficiente para desprezar o chulo. O problema é a mediocridade, de puxar todo mundo para baixo. Não quero aulas de Filosofia pela tevê, mas algo que uma pessoa que não te-nha QI de ameba em estado de coma assista sem se sentir ultrajada. Chamar-me-ão de “elite”. É a ofensa preferida dos ignorantes. Tudo bem. Prefiro ser “elite” a ser boçal. Assistir programas de televi-são tira alguém da elite.

Na manhã seguinte, ar-rumava-me e assistia o no-ticiário. Ou era o mesmo triunfalismo do regime militar (somos um oásis no mundo!) ou eram notícias de acidentes e crimes. Veio uma repor-tagem sobre violência no trânsito. Por fim, uma senho-ra comentou: “As pessoas estão ficando cada vez mais brutas”. É verdade, em todas as áreas. Jogos de futebol são um risco para o torcedor. A violência se rotinizou no nosso cotidiano. As pessoas estão se tornando vulgares e não pensantes, como o que consomem. A violência é entretenimento e a sexuali-dade é a mais reles. A raiz é a mesma: a coisificação do homem e da mulher. As pes-soas perderam a dignidade (são imagem e semelhança de Deus) e se tornaram mer-cadoria. Principalmente da mulher. Ela é despida de sua dignidade e transformada em objeto. São coisas cujo valor está na estética. Como os produtos que compramos.

Impressiona-me que as pessoas, principalmente for-madoras de opinião, não

para o consenso e não para a unanimidade. Quando al-guém se prende tão somente à unanimidade, é perigoso porque todos têm o dever ou obrigação de pensar a mesma coisa. Isso, além de impossí-vel, pode levar à hipocrisia.

Já no consenso é diferente. O consenso é mais since-ro e espelha o sentido do cristianismo. No consenso você pode ter uma posição diferente do seu irmão, mas abre mão dela, em prol de uma causa maior. “Antes, a si mesmo se esvaziou, as-

vejam o todo. Somos uma cultura cada vez mais imersa na sensualidade, e não no cognitivo. As pessoas não são chamadas a pensar, mas a sentir. O mote hoje é “Sinto, logo existo”. Os sentimentos validam a existência. As emo-ções valem mais que a razão, e numa cultura altamente individualista, as emoções da pessoa lhe são as válidas e as norteadoras de sua con-duta. Não há mais dever nem senso do coletivo. As pessoas não são mais mentes pen-santes e sociais. São apenas animais que devem ter seus instintos saciados. Mesmo que baixos. O prazer rege o mundo, não o dever ou a responsabilidade.

Vejo o mesmo na igreja. Em uma perspectiva sensual, as pessoas querem o prazer. Não sexual, mas querem o prazer. Avaliam o culto se ele lhes fez bem. O cântico pode ter uma letra esotérica e até antibíblica, mas se fez bem à pessoa, então é válido. Can-tamos aberrações, mas se elas nos dão prazer são válidas. A busca do prazer é o culto de si. Numa prática litúrgica sen-sual (isto é, sustentada pelos sentidos), Deus é um pretexto para as pessoas cultuarem a si mesmas. Como somos espi-ritualmente sofisticados, não fazemos isso explicitamente, mas camuflamos. Prevalece o nosso gosto: o bom culto é o que nos faz bem e não o que proclama a cruz e anun-cia a graça de Deus. Muitos buscam não a glória de Deus, mas sua satisfação pessoal. Alguns acham que Deus foi glorificado se eles se senti-ram bem. Por exemplo: uma

sumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana” (Fil. 2.7).

Um exemplo no consenso, eu posso não gostar de um determinado estilo de músi-ca, mas canto porque sei que o objetivo maior é o louvor a Deus. Consenso é abrir mão de preferências, e não de princípios fundamentais.

O que não aceita o consen-so quer que todos pensem como ele pensa. A dificul-dade de aceitar o consenso leva o crente a agir de forma

senhora me disse ter discor-dado da mensagem bíblica do seu pastor, “porque o seu espírito não corroborou o Es-pírito”. Sua visão pessoal era mais valiosa que as Escritu-ras. O que ela ouviu não lhe fez bem, e assim o que ela sentia se sobrepôs à Palavra.

Muitos crentes não têm senso de dever nem visão do todo. Buscam apenas a satisfação pessoal. Não que-rem o Espírito, mas o espírito (que por vezes dimensionam como o Espírito). “A Bíblia diz” cedeu lugar ao “eu sin-to”. O entendimento cedeu espaço ao sentido. Nós não cremos mais. Nós sentimos. A fé deixou de ser compreen-são e passou a ser sensação. O “eu” prevaleceu sobre o “Ele”. E o Deus que se reve-lou para ter sua mensagem compreendida pelos homens se tornou o Deus das sensa-ções. Nada de razão e tudo de sentido. Não ao cognitivo e sim ao sensual. Estamos co-piando a cultura do mundo.

O culto sensual, a valori-zação dos sentidos, a glorifi-cação do eu e o baixo nível de espiritualidade das igrejas têm conexão. Quando os evangélicos surgem na mí-dia é porque sucedeu algum escândalo. E não adianta culpar a mídia. Se escândalos não acontecerem não serão noticiados. É que os padrões estão baixos. A sensualidade os rebaixa. A ética requer cognição. Se a abolimos e vivemos na sensação não temos ética.

Não estou “viajando”. Es-tou abismado com a incom-preensão de tantos pregado-res. O elemento cognitivo e

imatura, assim como uma criança mimada. Os resulta-dos de tal postura são desas-trosos; ausentam-se do culto porque não gostam de tal estilo de música, ou do estilo de tal dirigente do louvor, ou ainda, do jeitão de tal prega-dor. Desta forma, tornam-se inconvenientes, como se falassem: “Não brinco mais”!

“Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos” (I Tes. 5.14).

racional da fé tem sido posto de lado. Nem sempre a Pa-lavra é pregada e assim as pessoas não são chamadas ao raciocínio. Elas são chamadas apenas a sentir. O culto é programado para lhes provo-car sensações. Elas são vistas como clientes que devem receber o que buscam. Nesta ótica, o púlpito não proclama a Palavra, mas procura fideli-zar clientes. Não chegamos ao chulo e ao obsceno, mas fomos empobrecidos. Vejo isto nos cânticos pobres, na pregação pobre que não ex-põe a Palavra e sim conceitos culturais que afagam o ego dos ouvintes, e no empobre-cimento cultural do culto. Tocam-se os instrumentos mais simples, e assim mesmo nos acordes mais fáceis. A cultura secular está empobre-cendo e se mediocrizando. A cultura teológica e cúltica também. Estamos descendo e não subindo. Nosso nível está caindo. Não falo de so-fisticação, mas da elevação do espírito que a fé cristã sempre proporcionou.

Compreensão não mata. “... Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentas-se” (Atos 8.30-31). O mundo precisa entender e a igreja precisa saber explicar. A fé vem pelo ouvir, e não pelo sentir: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela pa-lavra de Deus” (Rom. 10.17). Cuidado com o sensualismo. Um pouco de cognoscibili-dade nos fará bem. A cultura dos sentidos não é a mais elevada.

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