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- 1 - - 1 - - 1 - - 1 - - 1 - Documentos SBEE Agosto - 2007 ANO XIV - NÚMERO 27 - 2007 Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas Rua 29 de Junho, 504 CEP 80811-970 - Cx. Postal 18114 Tinguí - Curitiba - Paraná - Brasil 1,00 R$ I M P R E S S O Suplemento Especial: Psicofonias do espírito Antonio Grimm

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ANO XIV - NÚMERO 27 - 2007Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas

Rua 29 de Junho, 504CEP 80811-970 - Cx. Postal 18114Tinguí - Curitiba - Paraná - Brasil

1,00R$

I M P R E S S O

Suplemento Especial:Psicofonias do espíritoAntonio Grimm

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Sempre foi desafiador o trabalho de divul-gar a Doutrina dos Espíritos no Brasil. Porque,ainda, somos um povo não muito afeito a lei-turas e o Espiritismo é uma doutrina cuja es-trutura é e está escrita. As chamadas obras bá-sicas são os livros escritos ou organizados porAllan Kardec (O Livro dos Espíritos, O Evan-gelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Mé-diuns, A Gênese, Céu e Inferno, O que é Espi-ritismo e Obras Póstumas). E das obras bási-cas, a porta principal de ingresso ao conheci-mento da Doutrina é O Livro dos Espíritos.

O Livro dos Espíritos é um livro denso,complexo, embora construído a partir deuma metodologia bastante didática, com per-guntas e respostas, seguidas de comentáriosexplicativos de cada tema abordado. Toda-via, é um livro. E um livro, para uma socie-dade cada vez mais afastada da leitura detextos, é quase um penhasco escarpado difí-cil de ser escalado e vencido.

Basta levantar-se o número de jornais emcirculação, seu número de distribuição, osexemplares efetivamente vendidos, para seconstatar a gigantesca desproporção em rela-ção ao número de habitantes em idade de serleitor. Obviamente, um detalhamento sobre seos jornais distribuídos ou vendidos que se-rão lidos, integral ou parcialmente, poderá de-monstrar uma realidade ainda mais estar-recedora. Dos diversos modos de se fazer lei-tura de mundo, a leitura da palavra não temsido a preferida. As pessoas preferem as men-sagens audiovisuais, e, dentre essas, as maispasteurizadas, as que menos impliquem refle-xões.

O terreno, pois, é fértil para o crescimen-

to da cultural oral, no segmento do senso co-mum, no qual o que se sabe, sabe-se “por ou-vir dizer”. Esse processo de comunicação, emse tratando de Espiritismo, cria obstáculos aoentendimento da mensagem, fundamental-mente porque a cultura do “ouvir dizer” nãotem rigor algum. Não há compromissos com aestrutura organizacional, nem com os princí-pios, da doutrina. E, assim, muitas pessoas, apretexto de “estudar” Espiritismo, começama fazer um mosaico de peças que não se en-caixam na forma, nem se harmonizam nascores. Palavras iguais, ou assemelhadas, per-tinentes a outros contextos doutrinários — fi-losóficos, rel igiosos ou sectários — sãotrazidas ao contexto espírita, mantendo seusrespectivos significados. Exemplo disso sãoos panfletos encontrados, vez ou outra, nospára-brisas dos automóveis, anunciando: “Es-pírita vidente...” seguido de uma titulação deculto afro brasileiro, misturando serviçosnumerológicos, cabalísticos, astrológicos,mediunidades em geral, em uma mesma pa-nela, ou, talvez, caldeirão, de misticismo.

A dificuldade que essa realidade ergue emoposição ao Espiritismo está criando uma ci-são no movimento espírita: de um lado está aDoutrina dos Espíritos, codificada por AllanKardec, e de outro lado está a cultura místi-ca, cada vez mais presente nos centros espí-ritas. Enquanto alguns defendem o estudo, apesquisa, a reflexão da ciência, filosofia e re-ligião espíritas, a busca metódica e rigorosada verdade, a construção do autoconheci-mento, outros, à guisa de pretenso espiritis-mo, propõem incursões ao maravilhoso, aomágico, ao fantástico, ao “sobrenatural”, exis-tentes na cultura mística — diminuindo, en-fraquecendo, e até eliminando, o livre-arbí-

trio dos interessados.

Essa cultura mística, revigorada na estei-ra ideológica da Nova Era, tem tudo para setornar o obscurantismo do século 21. É um“vale-tudo” de subjetivismos, achismos,cientismos. Basta que algo esteja ligado a“essa coisa do espiritual” e já há centros es-píritas franqueando-lhe espaço. Muitas des-sas propostas fantasmagóricas chegam, inclu-sive, sob a pele da chamada visão holística —que prometia, no início, consistência, masdepois começou a também distanciar-se dosenso crítico.

O Espiritismo se propõe a trabalhar o ho-mem concreto em sua história concreta devida. Esse é o objetivo da (re)encarnação: aexperiência espiritual na unidade corpo-es-pírito, o laboratório cotidiano do fortaleci-mento do caráter, o desempenho lúcido e res-ponsável dos papéis sociais, o trabalho embenefício da família humana, a construçãoem prol do partido da humanidade. Essa tra-jetória evolutiva, à luz da orientação espíri-ta, é feita através do autoconhecimento —que permite ao homem saber quem ele é, oque ele quer fazer, por que ele faz aquilo queele faz, etc. —, através da construção do sa-ber, do fazer e do saber-fazer. Portanto, a pro-posta espírita é a de que o homem se auto-determine livremente, colocando-se racio-nalmente perante si mesmo e perante o mun-do, as pessoas e as coisas, defendendo a vida,o bem, a verdade e a justiça. Um homem en-corajado a fazer uma leitura do mundo e daspalavras, ampla, crítica e reflexiva. Concre-tamente, objetivamente, inteligentemente.

Espiritismo &cultura místicaEditorial

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A Doutrina Espírita procura fazerimprinting, registro, marca, que signi-fique consciência crítica de tempohistórico, de pluralismo e de diversi-dade.

No centro espírita o médium é su-jeito-ator, deve ser sensibilizado a per-manente aumento de massa crítica,que lhe possa permitir fluxo intenso ecom poder significante no tempo his-tórico.

O exercício mediúnico é aberto,racional-crítico, operativo e absoluta-mente interativo, portanto não rejeitao etológico.

A Doutrina Espírita luta para ven-cer a ruptura institucional que aconte-ce através da mentalidade dos fre-qüentadores dos centros espíritas, cri-ando dois momentos: o da manifesta-ção da Doutrina dos Espíritos e o ten-tacular. O tentacular é péssimo, repre-senta o meta-ponto de vista do fana-tismo, do misticismo, faz a representa-ção de maiorias compactas através detropos que desfiguram o processomediúnico e a própria manifestaçãodoutrinária. O segmento que busca aprática kardecista trabalha a visão crí-tica da luz do conhecimento, da diver-sidade do pluralismo, respeitando pro-fundamente o livre-arbítrio de cada um.

Não se deve esquecer que há umadiferença grande, notória, entre pro-duzir, constituir, construir produtosmediúnicos que fazem a representaçãoda macro-cultura — são semióforos —

Espiritismo,meta-ponto de vista

& macroculturaque respondem a todas as expectati-vas antropo-evolutivas, e a fábrica deditos produtos mediúnicos, que traba-lha com tropos, alimenta indivíduosem “coma” mental, social, emocional.

É importante dizer que fabricarmensagens é produzir linguagens,tropos, que produzem fibroses natransciência mediúnica, que impe-dem, conseqüentemente, o apareci-mento do processo de fusis.

A mensagem espírita não é pan-fletária nem tampouco faz instrumen-tos para a visão de holofote. Para o Es-piritismo, só se alcança a verdadequando se alcança que a verdade é atotalidade.

A Doutrina dos Espíritos mantémum corpus de conhecimento, de ciên-cia, filosofia e religião, que se atuali-za todos os dias. O centro espírita,através do processo da macro-culturaprocurando integrar os indivíduos aoconhecimento, faz a sensibilizaçãopara que cada um alcance, todos osdias, a perspectiva de si próprio comosujeito-ator de seu próprio mundo ese adapte com dignidade aos ambien-tes que freqüenta, procurando viver in-tensamente a titularidade da vida.

É importante dizer que o centro es-pírita não é gestoral, não procuragerenciar vidas, determinar comporta-mentos, impor linguagens, criar mis-ticismos, promover ilusões. A suamensagem é analítica, crítica, procu-ra alcançar o concreto, a vida sendo.

Assim, o seu produto fortalece e com-põe o caráter humano.

O Espiritismo, como a manifesta-ção da Doutrina Espírita, educa atra-vés de sentenças críticas, operativas,que sensibilizam o indivíduo a fazerautoconhecimento, disciplina pesso-al, crescimento.

É importante que o currículo docentro espírita não perca a visão dotempo histórico, uma vez que, a cadasegundo da existência humana, a men-talidade, através das redes, opera co-municação que alcança o indivíduopela percepção — é o sentimento fa-zendo o alcance da razão.

A linguagem do centro espírita,sendo aberta, pluralista, é transdis-ciplinar. Assim, não poderia, não pode,não deve, isolar o centro espírita doambiente local, regional, nacional, con-tinental, mundial, cosmológico.

Quando se faz referência à visãocrítica que o agente mediúnico devefazer da transciência mediúnica, quer-se oportunizar e sensibilizar estudos,pesquisas, que façam a leitura, o regis-tro, a contextualização e a sistematiza-ção do conhecimento nos diversos seg-mentos de manifestação mediúnica.

Antonio Grimm,mensagem psicofônica ditada através do médiumMaury Rodrigues da Cruz,na Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE),em seu Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP),em Curitiba-PR, no dia 4.6.2004.

pelo espírito Antonio Grimm

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O agente mediúnico deve fazer efortalecer permanentemente a suaconsciência crítica para poder enten-der que a felicidade não se encontrano torpor da faculdade mediúnica, nasua latência, mas sim no seu exercí-cio coerente e responsável, na ação eno sábio emprego dela em benefício dahumanidade.

O médium deve sempre evitar airritabilidade, a impaciência, o nervo-sismo, guardando e exercitando a cal-ma, a serenidade, a compreensão, nãose deixando nunca tomar pela ira, aociosidade, o desamor. O agente me-diúnico está sempre construindodevotadamente, pelo amor, o bem, vi-vendo em equilíbrio, cultivando comdecoro, decência e espírito crítico aconfiança em Deus, no polissistemaespiritual. O agente mediúnico res-ponsável, consciente de seus deveres,promove constantemente pelos seusrecursos, o próximo; como educandoe educador, está sempre intensifican-do o seu esforço na produção do bem,tentando fazer o melhor; é desprendi-do das vaidades, não se apega aos bensmateriais, tem consciência de que asua missão é de construção em bene-fício da família humana.

O exercitando mediúnico devebuscar nas obras da codificação kar-decista meios de sensibilização parao trabalho cristão, fazendo da sua vidao processo vivo de estima e solidarie-dade com o seu semelhante. O agentemediúnico deve perceber que a suavida, o seu bem-estar, o seu equilíbrio

serão sempre resultados de sua cons-ciência crítica, de seu pensamento, daforça do seu caráter, da extensão do seuamor, da sua fé viva no Creador.

O agente mediúnico que assumiua responsabilidade do trabalho cristãodeve estar em permanente movimen-to construtivo em benefício de toda acoletividade. Para se materializar esseestado de consciência espiritual, o seuideal de ser útil a todos deve ser forte,absolutamente firme nos propósitos,representando o princípio reguladordo seu caráter.

O médium em exercício de aten-dimento aos necessitados deve reve-lar-se através do seu comportamentoeducado, solícito, justo e bom, em ho-mem que tem como princípio fazer obem. No desempenho de seus deveresmediúnicos cristãos, o agente mediú-nico não deve aguardar recursos ma-teriais, recompensas ou gratidão. Suavida de renúncia, humildade e plenaconfiança no Creador são transparen-tes pela força do amor. Sua vida mis-sionária cristã está sempre pronta a co-laborar, a renunciar, a cumprir o seudever, é corajosa para enfrentar os des-níveis do terreno.

No decurso da vida, o agente me-diúnico deve mostrar otimismo, ale-gria, trabalho, compreensão, boa von-tade, procurando compreender que emtoda Terra há luz e sombra. O agentemediúnico deve viver o sentido, a ori-entação, o ensinamento da Doutrinados Espíritos, fazendo reflexão sobre

Os deveresmediúnicos cristãos

o aprendizado, para promover a uniãocom os princípios espíritas cristãos emtoda a sua vida pública ou privada.Pela porta do amor, da caridade, do tra-balho, do estudo, da pesquisa, da féno Creador, o agente mediúnico pene-tra, caminha e evolui no mundo daespiritualidade. Ali, descobre o seupróprio ser, faz auto-afirmação,autoconhecimento, se identifica, serevitaliza como pessoa.

O agente mediúnico não pode des-conhecer, nem deixar de praticar, a féviva no Creador, que, para ser compre-endida, carece da força moral, doautocontrole, do desprendimento e daconsciência crítica. A fé no Creadornão pode ser comparada com merca-doria, objeto de troca, de compra, elanão tem preço material, mas tem va-lor espiritual. A felicidade não repre-senta posse de bens materiais, poder,imaginação, é sempre realização inte-rior, autentificação do homem com ohomem, integração da creatura com oCreador, é luz em toda a eternidade.

pelo espírito Leocádio José Correia

Leocádio José Correia,mensagem psicografada através do médiumMaury Rodrigues da Cruz,na Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE),extraída do livro O médium e o exercício mediúnico,SBEE, 2001, pag. 63.

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Textos ditadospelo espírito Antonio Grimm,

por psicofonia, através do médiumMaury R. Cruz

textos - março - 2006

Par te integrante do jornal Documentos SBEE número 27 de agosto de 2006

Doutrina Espírita, o temporal,Doutrina Espírita, o temporal,Doutrina Espírita, o temporal,Doutrina Espírita, o temporal,Doutrina Espírita, o temporal,

vvvvvisão de conjunto, continuidade e visão de conjunto, continuidade e visão de conjunto, continuidade e visão de conjunto, continuidade e visão de conjunto, continuidade e vidaidaidaidaida

Doutrina Espírita, EspirDoutrina Espírita, EspirDoutrina Espírita, EspirDoutrina Espírita, EspirDoutrina Espírita, Espiritismo,itismo,itismo,itismo,itismo,vvvvvisão de conjuntoisão de conjuntoisão de conjuntoisão de conjuntoisão de conjunto

Doutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciano processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vidaidaidaidaida

Doutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciano processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vidaidaidaidaida

Doutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticodo conhecimentodo conhecimentodo conhecimentodo conhecimentodo conhecimento

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A Doutrina Espírita, referenciando o revelado,conceitua todo o existente. Assim, permite que o homem, osujeito, perceba a significação da sua vida, do seu status ede seus papéis.

É impor tante compreender que o processo doutri-nário espírita, sempre aber to, traz ao homem a possibilidadedo conhecimento do campo e das experiências evolucio-nárias, permitindo que o indivíduo se alcance a título deconsciência e faça vivências no processo operativo docotidiano, que signifiquem acréscimo de conhecimento –conseqüentemente, apuramento de sabedoria e relaçãoprático-crítica com o fazer.

O conjunto doutrinário espírita se constitui pelaciência, filosofia e religião, criando padrões que, de geraçãoa geração, se alteram, par ticularmente pelas novascontextualizações, permitindo ou facilitando ao sujeito fazerpercepção do seu interno, do seu externo e das relaçõesconcomitantes que acontecem no seu cotidiano.

O Espiritismo, como prática doutrinária espírita, temque fluir e refluir conhecimento novo, calcado no status fun-dante da Creação pelo Creador. Conseqüentemente, o con-junto doutrinário espírita substancia e consubstancia aprática espírita, compondo um fazer mediúnico que fazregistro, na Terra, da continuidade da vida. É impor tanteque o agente mediúnico compreenda, estude, pesquise eaprenda a contextualizar o Espiritismo no tempo, na tem-poralidade e no temporal. Desta feita, é muito significantepensar na relação prática espírita e no processo temporal.Só assim o centro espírita, como agência que procura averdade, se integra no conjunto que a pesquisa e passa afazer sustentabilidade da vanguarda do conhecimento a nívelcrítico de ciência, filosofia e religião.

O médium não pode nem deve deixar de perceber, e,por tanto, trabalhar para concretizar todos os dias, o au-mento da sua massa crítica. Assim, fará um melhor supor tenum sentido de singularidade mediúnica, de exemplomediúnico e de produto mediúnico. A constituição doutrináriaespírita se integra conceitualmente numa visão cósmica deconjunto. Por tanto, os conceitos não são soltos, indepen-dentes, todos são integrados a todos, à totalidade. A visãoé de conjunto, o processo operativo-prático é de conjunto.Basta olhar para a vida e imediatamente perceber a conti-nuidade da espécie, do gênero, dentro de uma freqüênciacom padrões existencializados, idealizados e integrados noconjunto. Por que não haveria continuidade da inteligênciase tudo prova o contrário? O espírito é perene: mesmosofrendo a indigência da materialidade, aprende e setransforma.

Deve-se ensinar aos neófitos do Espiritismo, aos che-gantes, a visão em conjunto que se tem na dimensão dotemporal. E, nessa conseqüência, deve-se compor a

consciência do objetivo da vida na Terra e a extraordináriadiversidade da vida, da sua expressão, tendo como escopoa inteligência, que é sempre espiritual. Nessa seqüênciaprocessual, é de extrema impor tância procurar configurarque o Espiritismo, para ensinar no exercício do processomediúnico, não significa repetição nem tampouco misticismo,curandeirismo ou meras curiosidades. O indivíduo, ao aden-trar no centro espírita, alcança a seara do conhecimento, e,numa gradação, vai se graduando, procurando, na suarelação com o conhecimento, fazer a expressão da sua fé,que, no centro espírita, não pode ser mor ta, fossilizada, mastem que significar a súmula do conhecimento, da sabedoria.Assim, seria impor tante ensinar o médium a fazer diálogosconsigo mesmo para alcançar o diálogo com o Creador.Parafraseando-se o espírito Leocádio José Correia, pode-sedizer esta prece: “Senhor, dai-me sabedoria e discernimentopara supor tar os desentendimentos, a miséria, os desen-contros, a dor, e coragem, esperança e força de trabalhopara tentar resolvê-los”.

É muito impor tante que o centro espírita, como agên-cia de integração do conhecimento, sensibilize os seus par ti-cipantes à consciência de si mesmos, à percepção do seuquerer, para que eles possam criticamente compreender aextensão que terão que caminhar, trabalhar, construir, des-construir, para fazer valer os seus objetivos, e assim, doschamados processos de espaços de recuperação, saber utili-zar o subjetivo, integrando-o ao objetivo numa visão existen-cial de ser e de continuadamente aprender a ser.

O currículo do centro espírita, sempre sofrendo aretroalimentação pelo projeto político-pedagógico, terá que,com coragem e discernimento, trabalhar a vida em existen-cialização humana, como, por exemplo, o compor tamentoidealizado na consciência dos objetivos de um homem.Quando se fala em existencialização idealizada, está-sefazendo referência a um corpo consciencial. Conseqüen-temente, quer-se que o agente mediúnico, através de seusequipamentos existenciais, aprenda a perceber o seu interiore o seu exterior, para alcançar no processo temporal afreqüência em que está vivendo. E nesse processo conse-qüencial, o médium deve saber administrar as relações quepoderá realizar, fazer acontecer, com freqüências diferen-ciadas no existencial mediúnico.

É muito impor tante que, a título de constituiçãopessoal, consciência crítica, cada um perceba o significantedo conhecimento e o significado da sua aplicação no mundofático, por tanto na sua existencialização, no seu interno eno seu externo. Há em cada ser, encarnado ou desencarnado,uma relação muito expressiva com um aprendizado que sefaz ao longo do seu ideário existencial. Para compreendê-lo, alcançá-lo, é preciso autodomínio, percepção do seupróprio ser e do seu ser com o Cosmos, com o Creador.

Na relação do conhecimento espírita, o orientadormediúnico não pode deixar de salientar, fazer referência, aochamado alcance possível. Isso não significa que não se devasensibilizar os indivíduos, no mediunato, a fazer esforço parareter o conhecimento explicitado, colocado à sua disposição.No entanto, deve-se ter o cuidado de respeitar os limitesque cada um apresenta, no contexto do seu próprio ser,num processo de originalidade que não fará outra coisasenão enriquecer o estrutural e o conjuntural humano-social.

A diver sidade trabalhada no centro espírita éconsistente. Ela tem como fundamento o pluralismo.

Não se deve esquecer que um dos status fundantesdoutrinários é o instituto da reencarnação. Sua compreensão,no trânsito da freqüência da Terra, requer estudo e que sediferencie matéria e forma. Não se deve de maneira nenhumadeixar de referenciar que a inteligência de fazer significaçãodas coisas sempre compete ao espírito, que é o grande res-ponsável pela invenção, pela descober ta, pela inovação epela criação, tendo em vista a sua massa crítica constituída,existencializada ao longo do seu decurso evolutivo.

Quando se trabalha o sentido temporal, percebe-sea finitude, a terminalidade das coisas todas do ciclo da fre-qüência terrena. E assim, o centro espírita, através de seucurrículo, de suas explanações, necessariamente terá quese esforçar para clarear, luminar o conceito de terminalidadecomo continuidade. Não se deve nunca deixar de compor aekstase, mostrando que, quando o indivíduo alcança astrans-formações que opera na freqüência em que estávivendo, sem nunca perder a identificação do seu ser, quandovivencia a finitude, a terminalidade, é porque faz sentido detotalidade da freqüência em que está vivendo, que pode serapressada pelo mau uso material ou corporal. E pode seroriginal no sentido de vencimento do tempo, e assim podeser que se alcance o sentido do ser na totalidade paraimediatamente reiniciar um ciclo existencial novo, que sensi-bilizará o sujeito a fazer uma nova consciência de existen-cialização ideária, idealizada, permitindo que ele faça aexpressão por linguagens diversas dentro da freqüência emque está situado.

O homem, quando na operação da terminalidade,realiza a totalidade, realiza o a si. Por tanto, ele é plenamenteele, o seu ser, a sua vida, o seu ideário, a sua visão crítica,ele é a continuidade.

Doutrina Espírita, o temporal, vDoutrina Espírita, o temporal, vDoutrina Espírita, o temporal, vDoutrina Espírita, o temporal, vDoutrina Espírita, o temporal, visãoisãoisãoisãoisãode conjunto, continuidade e vde conjunto, continuidade e vde conjunto, continuidade e vde conjunto, continuidade e vde conjunto, continuidade e vidaidaidaidaida

03/03/06 - 03/03/06 - 03/03/06 - 03/03/06 - 03/03/06 - grupo 1Existencialização idealizadaConsciência e críticaAlcance possívelEkstase - sentido na totalidade

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10/03/06 10/03/06 10/03/06 10/03/06 10/03/06 - Grupo 2

Ekstase – processo mediúnicoIdealização e mediunidadeHilético mediúnicoDiversidade e Cosmo

Doutrina Espírita, Espiritismo,Doutrina Espírita, Espiritismo,Doutrina Espírita, Espiritismo,Doutrina Espírita, Espiritismo,Doutrina Espírita, Espiritismo,vvvvvisão de conjuntoisão de conjuntoisão de conjuntoisão de conjuntoisão de conjunto

A Doutrina dos Espíritos está agregada ao conheci-mento crítico, do qual é guardiã, que, no fluxo da renovação,representa ciência, filosofia e religião, num processoekstático do tempo que significa futuro, presente e passado.

Todo o arcabouço doutrinário espírita revela o exis-tente no tempo, na temporalidade e no temporal. E nessavisão procura ensinar que o ser inteligente, no trânsito dafreqüência da Terra, enxerga sempre numa visão de conjunto.

É muito impor tante que se entenda que a Doutrinados Espíritos, como venerável guardiã do conhecimento, dosaber, está sempre aber ta ao novo, e que, pela força intelec-tiva dos polissistemas material e espiritual, estáem permanente processo de adaptação numa visãocrítica de cogência do conhecimento.

A Doutrina dos Espíritos procura integrar,pelo ekstático, a visão do futuro, as vivências dopresente, e o sentido existencializado do passado.Assim, quando trabalha a historiografia, procuracompor, no que diz respeito ao perfil da vida, umprocesso existencializado em que, na integraçãodo conjunto, na sua integração, cada indivíduo nasua relação de singularidade própria faz umaidealização, alcançando em algumas situações,momentos, cer ta materialidade que é capaz de criaro datum, por tanto um existente referencial.

A Doutrina dos Espíritos, quando alcança aplataforma da Ter ra, em linguagens compre-ensíveis, o faz através do Espiritismo, numa inte-gração de encarnados e desencarnados, fazendosentido e expressão, instrumental e instrucional,de conhecimento. Ela se expressa como uma antropologiaespírita.

O pensamento, o produto mediúnico, compõem aantropologia espírita. Por tanto eles significam o existencialhumano no tempo, na temporalidade e no temporal. Opensamento, o produto mediúnico, compõem o datum ereferenciam o conhecimento, a sabedoria, facilitando oekstático, nas dimensões freqüenciais de futuro, presente epassado.

Todo produto mediúnico tem substancialmenteciência, filosofia e religião, faz cogência do conhecimentoexpressando, na composição do tempo e na expressão damatéria, o conjunto que o indivíduo alcança quando, na suareflexão de ser, ele percebe o quanto deixa de ser por nãoconhecer.

A Doutrina dos Espíritos, na sua relação de materiali-dade do mundo dos homens pelo Espiritismo, procurasensibilizar os seus responsáveis pelos núcleos agenciadoresdo conhecimento espírita a conceber e manter, em fluxoaber to, renovável, o projeto político-pedagógico da institui-ção, bem como está sempre compondo esforços para dina-

mizar a visão crítica curricular do conhecimento para que sealcance a sabedoria, o saber-fazer e redimensione ossaberes sociais.

É muito impor tante que os agenciadores do Espiri-tismo, doutrinadores, conferencistas, alcancem o projetopolítico-pedagógico e o currículo que a Doutrina dos Espíritosapresenta independentemente da sua materialidade nascasas espíritas, e assim se apercebam de que no cotidianohá um programa que alcança as lides sociais. E quandoalguém se propõe a esclarecê-lo, a vivenciá-lo, é precisoestar capacitado no conhecimento doutrinário, par ticular-

mente na sua força expressiva de conceituar a diversidade,o pluralismo, o expectativismo e o experimentalismo.

Outrossim, os agenciadores do Espiritismo, doutrina-dores, conferencistas, devem se aperceber de que o planode trabalho, a aula, a conferência, a palestra, o diálogo têma força do ekstático, por tanto, dêem colorido, materialidade,ao alcance de futuro, às dimensões do presente e a expres-são histórica do passado. Assim será feita a agência numavisão crítica hilética, por tanto abrangente, que permitirá quetodos alcancem, através do seu possível, o conhecimentoexplicitado, e que cada um possa sumariá-lo no de temporal,dinamizando o processo existencializador idealizado nadimensão da concretude expressiva da vida.

É muito impor tante que se entenda a ekstase doprocesso mediúnico.

Os espíritos manifestantes, orientadores, não desco-nhecem a significação do tempo. São seres que foram prepa-rados, orientados, por educadores, instrutores, para o exer-cício da manifestação comunicacional mediúnica na Terra, epara fazer interação com o homem, promovendo-o antropo-genicamente, sempre interagindo ekstaticamente, num

sentido dinâmico de futuro, numa percepção existencia-lizadora de presente e na percepção de mentalidade, debackground, do passado.

É muito impor tante que se entenda que a Doutrinados Espíritos quer, através da sua política pedagógica dacultura, compor uma idealização mediúnica na qual a for-mação do médium é fundamental para que ele possa com-preender a sua missão de educador, de transformador, derenovador do indivíduo e da sociedade.

Quando a Doutrina dos Espíritos faz chegar, atravésde seus ensinamentos pedagógicos, que não há finitude,

terminalidade, mas que alguém, ao desencarnar,completou um ciclo freqüencial, e assim se alcan-çou a si mesmo, se plenificando dentro da fre-qüência em que vive, se substanciando como serpara imediatamente migrar para outra freqüência,retomando o ciclo crítico evolutivo e podendo, nofuturo, recobrar, retornar à freqüência por exem-plo da Terra.

Sempre que o indivíduo faz na freqüênciaa sua própria identidade, ele faz o alcance a si, eassim é o ser no ser, numa dimensão crítica fun-cional existencial.

O processo mediúnico é antropológico naTerra. O espírito manifestante faz permanen-temente a força consciencial do seu próprio sersomado à do médium, acrescida da percepção domeio. Por tanto, o processo mediúnico é hilético,pois a sensibilidade está integrada convalidandoo interior e o exterior, e, desta feita, a inteligência

realiza formas significativas na diversidade cósmica.A Doutrina dos Espíritos, ao trabalhar o datum,

reconhece a dimensão existencializadora da história dohomem. E reafirma que não há possibilidade de exercíciomediúnico sem o processo presencial do médium e doespírito. Isso significa dizer que não há absenteísmo no quediz respeito ao médium. Alguns tentam deformar o conceito,afirmando que o espírito encarnado no processo mediúnicose ausenta e o espírito desencarnado assume a direção, atotalização da memória e da idealização do tempo, o quenão é verdadeiro.

É preciso que fique claro que quando se fala nopresencial espiritual não se quer locar ou alocar o espírito aum espaço onde se encontra o médium. Ele poderá fazer acomunicação mesmo se encontrando a distâncias significa-tivas. O impor tante é compreender que ele estará, nesseprocesso comunicacional mediúnico, envolvido com afreqüência da Terra.

Todo produto mediúnico tem substancialmente

ciência, filosofia e religião, faz cogência do

conhecimento expressando, na composição do tempo

e na expressão da matéria, o conjunto que o indivíduo

alcança quando, na sua reflexão de ser, ele percebe

o quanto deixa de ser por não conhecer.

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17/03/0617/03/0617/03/0617/03/0617/03/06 - Grupo 3

Integração culturalParticipação alcance do serEquilíbrio e visão profunda

Doutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciano processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vidaidaidaidaida

A Doutrina dos Espíritos apresenta uma plataforma,um arcabouço, de conhecimento, saber, saber-fazer e desaberes sociais que se configuram num sistema complexoestrutural-conjuntural, que para se alcançar cognitivamenteé preciso estudar dil igentemente, pesquisar, criandoprotocolos de aproveitamento, se exercitando em contextua-lizações que configurem futuro, presente e passado. Aquelesque, pelo estudo e a pesquisa, acrescidos da consciênciade contextualização, operaram elementos significantes doconhecimento doutrinário, devem alcançar e vivenciar a siste-matização em linguagens que revelem o lógico e o axiológicodo status fundante doutrinário.

É muito impor tante que se entendaque a Doutrina dos Espíritos, ciência, filosofiae religião, alcança a cogência do conheci-mento, produzindo, no tempo, na tempo-ralidade e no temporal, conceitos, produtos,que trazem na sua intimidade valores uni-versais, especialistas, alternativos e indivi-duais. Assim sendo, no alcance da matéria eda forma, a Doutrina dos Espíritos compõesubstancialmente conjuntos conceituaisorganizados que desempenham funções noexistencial evolutivo do homem, tais como aconcepção, a organização jurídica e social docentro espírita, o seu projeto político-peda-gógico, a dinamicidade do seu cur rículoexpressando a vida, os programas referen-dando o conhecimento e o saber científico,filosófico e religioso, e a expressão da pra-ticidade do aprendizado espírita, num pro-cesso de chancelar o alcance da significaçãodo futuro, das vivências do presente, e dahistoricidade do passado.

A manifestação da Doutrina dos Espí-ritos no mundo fático social se faz pelo Espi-ritismo, e, em vias práticas, através da umasustentação teórica pelo processo mediúnico,no qual o polissistema material e espiritualse compõem para realizar o processo hiléticomediúnico.

É de extrema significação compre-ender que o centroespírita, como laboratório da vida, do conhecimento dofuturo, faz permanentemente macrocultura, numa síntese decultura científica, cultura filosófica e cultura religiosa,compondo o ekstático num processo de futuro, presente epassado, dinamizando a sua organização através de umconjunto sistemático de diferentes modos que permitem co-adaptar e coordenar as múltiplas atividades singulares,sociais, que traduzem a unidade estrutural conjuntural dainstituição, permitindo que toda a agência mediúnica esteja

sempre em fluxo aber to para alcançar e viabilizar, pelaciência, a filosofia e a religião, a renovação, por tanto novasconceituações críticas do conhecimento e dos saberes.

O centro espírita, como agência pluralista do conhe-cimento, tem o dever de procurar sensibilizar os seus agentesa permanente renovação do seu processo ekstático, pro-curando compreender a significação do ser no conjunto davida.

É fundamental pensar numa antropologia espírita quesubstancie o ser do ser humano e procure demonstrar queo espírito, como ator e por tador da cultura no processomigratório reencarnatório, agencia permanentemente o novo,

independentemente do lugar onde nasça, onde reencarne,pois é inerente à sua condição alcançar permanenterenovação.

Conceituar o ser do ser humano, o espírito, vivendoa consciência da finitude da matéria, é trabalhar criticamente,em linguagem acessível, a consciência do a si, para que elepossa, num processo percepcional, viver o profundo sentidoda sua inteligência, da sua capacidade de adaptação, desua faculdade de evoluir e, conseqüentemente, compreenderque todo o estudo, o trabalho, feito na casa espírita deverá

levar em consideração a conceituação do chamado servivente. Isso significa a perenidade do espírito, diante dafinitude da matéria, e, nessa conseqüência, deve-se fazerdiálogo, discussões, conferências, que enriqueçam o patri-mônio cultural-espírita do grupo, e se alcance uma cons-ciência, um senso comum, da par ticipação do polissistemaespiritual, promovendo, pelo diálogo e pelo produtomediúnico, a renovação ekstática do futuro, do presente edo passado.

Ao se referir a uma antropologia espírita, pretende-se que os agentes mediúnicos alcancem o enunciado críticológico-axiológico de que o tempo é uma totalidade movente,

abrangente, que permite aos indivíduos criaruma conceituação sobre a sua presença diantedo tempo, num sentido de perenização queviabiliza o pensamento crítico do a si, numprocesso dinâmico de crescimento da iden-tidade.

É muito interessante que se diga quena conjugação dos dois polissistemas, noprocesso mediúnico, há sempre consentimentoe percepção do tempo. Desta feita, pode-sedizer que há uma singular idade e umaoriginalidade nos dois agentes que compõemo processo, colocando-os sempre como su-jeitos ativos, que, no treinamento do a si, fa-zem enfaticamente o crescimento da identi-dade. Por conseguinte, eles viabilizam umapercepção maior no que se refere ao sensitivo,ao imaginativo e ao intelectivo.

Por tanto, deve-se tomar cuidado paracompreender a par t ic ipação at iva, semabsenteísmo, do agente mediúnico em todo odecurso do tempo do processo mediúnico. E,com clareza, deve-se tentar compreender oenunciado de que “a percepção do temporepresenta a duração do tempo”.

Desta feita, é significativo para a culturaespírita, na composição do produto mediúnico,que os estudiosos e pesquisadores daDoutrina, e de todo processo mediúnico,

avaliem o que significa a massa crítica do médium e a cons-ciência de que ele par ticipa ativamente do processo mediú-nico, contribuindo pelo sensitivo, o imaginativo e o intelectivo,e também pela percepção, a intuição e a capacidade críticade leitura do espaço, dos eventos acontecendo, e do domíniopersecutório dos objetivos a que se propõe como agente noexercício mediúnico, na Doutrina dos Espíritos.

Conceituar o ser do ser humano, o espírito,

vivendo a consciência da finitude da matéria, é

trabalhar criticamente, em linguagem acessível, a

consciência do a si, para que ele possa, num processo

percepcional, viver o profundo sentido da sua

inteligência, da sua capacidade de adaptação, de sua

faculdade de evoluir e, conseqüentemente,

compreender que todo o estudo, o trabalho, feito na

casa espírita deverá levar em consideração a

conceituação do chamado ser vivente.

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24/03/0624/03/0624/03/0624/03/0624/03/06 - Grupo 4

Visão crítica – o ser, a consciênciaO ser no tempo – a percepção do espaçoA dimensão do ser no espaçoApreensão do passado

Doutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciaDoutrina Espírita, substânciano processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vno processo mediúnico – vidaidaidaidaida

A Doutrina dos Espíritos mantém o seu corpus deconhecimento depar tamentalizado, e em permanenterevisão, o que permite ao estudioso, ao pesquisador, alcancede toda a realidade do existente revelado no Cosmos.

O conjunto do conhecimento espírita se fundamentaem toda a verdade alcançada pela ciência, pela sabedoriaapreendida pela filosofia e pela força da consciência sensitivada cultura religiosa.

O Espiritismo, a materialização da Doutrina dosEspíritos, está, em seu corpus teórico-prático, instrumenta-lizado e instrucionalizado em três grandes níveis de cultura:

1) A cultura alcançada pelo sensitivo daprimeira mão, que aparece em todos os gruposhumanos, por tanto na totalidade da huma-nidade.

2) A cultura filosófica literária, que per-mite que o indivíduo alcance, instrumentalmentee instrucionalmente, por linguagens diversifi-cadas, visões diversificadas, possibilitandoalcance segmentado em setores sem deixar defazer sustentabilidade da matéria do conheci-mento. É impor tante perceber que na culturafilosófica e literária o homem aprende a aprenderna percepção da igualdade, no processointerativo da sociabilidade e da consciência dasua perenidade diante da finitude da matéria. Afilosofia sustenta a gênese do pensamento, apercepção do ser no ser, compõe a dimensãodo conhecimento com o saber, com o saber-fazer, promovendo extensões, opor tunizando adimensão crítica do sujeito na expressão dossaberes sociais.

3) A cultura científ ica é protocolar,metodológica. Os métodos e as técnicascientíficas, a metodologia científica, os protocolos científicos,a visão ekstática do tempo, fazem com que o homem deciência viva o resultado do seu trabalho na expressão críticaresultante do tratamento científico propriamente dito, umconjunto implicativo que envolve consciência e complexidadenuma temática de singular idade e or iginal idade doconhecimento.

A Doutrina dos Espíritos procura, através do Espiri-tismo, das práticas espiritistas, sensibilizar pelo estudo, pelapesquisa, novas contextualizações bem como o aparecimentode sistematizações da macrocultura humana. E assim, nessalinha o centro espírita aparece como uma agência de van-guarda que necessariamente terá que apresentar um projetopolítico-pedagógico que tenha como núcleo a renovaçãonuma visão crítica na qual o processo ekstático - de futuro,presente e passado - opor tuniza a integração pelo processomediúnico entre os dois polissistemas, materializando, no

mundo fático dos homens, produtos mediúnicos que expres-sam sentido na diversidade, educando os indivíduos a com-preender e a viver, com dignidade e coragem, a forçaekstática na composição e percepção do pluralismo na qualcada um exerce plenamente o expectativismo sobre todos etodos sobre cada um.

Desta feita, este permanente movimento diferenciadodá a força, expressa o dinamismo da existencialização doser do ser humano, na composição espaço-tempo dafreqüência do sistema solar e par ticularmente do planetaTerra. Outrossim, na dimensão da existencialização de como

aprender significa modificar compor tamentos, cada um, namedida em que faz conhecimento, processa no seu próprioser a expressão do conhecer, evoluindo, adaptando-o. Essaexpressão em substância, chamada sabedoria, que nacomposição original singular do ser permite, na observaçãodo tempo, da temporalidade e do temporal, fazer o sentidocomplexo intrínseco-extrínseco do saber-fazer, e na visãocrítica do próprio ser numa relação consciencial na qual oespaço e as relações dos iguais componenciam a ordemsocial, o sujeito alcança na sua dimensão processual doconhecer, do saber, do saber-fazer, a chamada extensãoaplicativa dos saberes sociais. E com isso se dirimem algunsproblemas, esvaziam-se algumas apreensões, diminui omedo, aumenta o autoconhecimento, cria-se a consciênciamoral.

O espírita não pode esquecer que, no decursoreencarnatório, a Terra é uma grande escola, com classes

diferenciadas de ensino, currículos variados, fazendo nosprogramas e nos planos diários de ensino toda dimensãodo ser, na força do aprender a fazer para aprender a ser.

O processo mediúnico dito hilético referencia todo ointerno consciencial e perceptivo do médium, toda a suapercepção externa, bem como o interno e o externo do espí-rito manifestante. É o alcance do existente que cada um vivenum dado momento, numa dimensão dinâmica ekstática defuturo, presente e passado.

O estudante do processo mediúnico, o pesquisador,precisa ficar atento nos chamados estágios existenciais cons-

cienciais: o sensitivo, o imaginativo e o intelectivo.É muito impor tante que o agente mediú-

nico estude e pesquise tudo o que for possívelsobre os sentidos que, na somaticidade da cor-poreidade, são periféricos. Também deverá des-cobrir os sentidos internos, par ticularmente acapacidade que cada um apresenta de alcançarsúmulas ekstáticas do futuro, presente e passadofazendo sentido de vida.

Não se deve esquecer que todo sentido,que todo processo sensitivo, tem como fontesingular original, o ser do ser humano, o espírito.Por tanto, a sede da percepção é espiritual, ocorpo é um terminal registrativo, instrumental,captativo como máquina fotográfica. No entanto,na relação crítica o ser espiritual é o agente quecompõe a gênese de todo o sensitivo, de toda apercepção.

O processo da imaginação possível é vá-lido, necessário, e agencia o futuro. Todavia,quando se faz a visão do futuro pelo modelo dopassado, o processo imaginativo se desfigura,transforma o indivíduo em alguém que não

consegue fazer adaptações adequadas ao presente e, nessaconseqüência, está sempre chegando defasado ao futuro,espera alguma coisa que não se realiza, porque, a título deconfiguração, é inviável.

A dimensão expressiva, crítica, com posicionamentológico-axiológico sobre tudo e todos, é chamada intelectiva.É a dimensão de um conhecer, do fazer, do saber, do saber-fazer, alcançando os saberes sociais e percebendo os sabe-res cósmicos. Por tanto é sempre crítico.

Quando se fala em finitude, na filosofia espírita, faz-se referência a uma terminalidade do corpo. Está implícitono conceito que o espírito, por tanto o ser do ser humano,naquele momento, dentro da freqüência em que ele estavavivendo, se alcança a si mesmo, faz o a si, e se reconhececomo ser e como identidade. Ele é. E sendo, passa a agir deacordo com sua consciência.

A Doutrina dos Espíritos procura, através do

Espiritismo, das práticas espiritistas, sensibilizar

pelo estudo, pela pesquisa, novas contextualizações

bem como o aparecimento de sistematizações da

macrocultura humana. E assim, nessa linha o centro

espírita aparece como uma agência de vanguarda

que necessariamente terá que apresentar um projeto

político-pedagógico que tenha como núcleo a

renovação

- 10 -- 10 -- 10 -- 10 -- 10 -Documentos SBEE Agosto - 2007

A Doutrina dos Espíritos, em seu conjunto conceitual,mantém recomendações, instruções, que permitem aosestudiosos e pesquisadores fazer compreensão de suasignificação, seja através das idéias, seja através de suamanifestação prática pelo Espiritismo. Assim, o processocrítico que a Doutrina mantém, num sentido conceitualprático, é evolutivo. Ele se acresce e se transforma aten-dendo ao pensamento científico, filosófico e cultural dasgerações. Cada geração traz, através de seus reencar-nantes, uma mentalidade que se presentifica no decurso daexistência física.

O ser do ser humano, o espírito, faz, na graduaçãoetária mental moral, a dimensão integrativa entre a suaconsciência de ser e o mundo consentâneo, concreto, emque vive. Vai aprendendo gradualmente as limitaçõescorpóreas. E, nessa dimensão, vai percebendo a dinâmicada somaticidade, do somático corpóreo, que, numa dimensãode pensamento, de estrutura de vontade e de materialidadelhe permite fazer treinamentos adequados. Conseqüen-temente, o espírito vai evoluir no campo sensitivo, apren-dendo a fazer combinações; no campo imaginativo, apren-dendo a estruturar o possível e a vincular num sistemadinâmico o futuro com o presente, tendo como supor te opassado e não perdendo a chamada relação existencial deser, e, com isso, fazendo a depreensão e compondo acompreensão do intelecto, exercitando no cotidiano ochamado relativismo existencial. Ou seja, no concurso doque o sujeito sente e do que está vivendo, bem como doque percebe que pensa e daquilo que é capaz de recordar,que já pensou e viveu, alcançando por um esforço a chamadaperspectiva de ser o sentido, sem nunca perder a identidade.

Na integração cósmica, o exercício do sujeito, parafazer e ser a vida, implica aceitar a diversidade, sofrendoas conseqüências de toda a composição conjuntural-estrutural dos elementos que compõem os conjuntos, mesmona força de pontos diversificados, na qual, num processogradual de percepção, o sujeito faz o alcance do que o mundopode representar, e do que representa, para ele – as coisasque o compõe, o diferente – , e, no processo contínuo debuscar compreendê-lo, ele alcança uma percepção de serque lhe mostra que, no conjunto, na composição do tempoem frações de instantes, há uma significação naquilo queele vê, naquilo que ele sente, no seu processo sensorial,naquilo que ele não vê, mas percebe, par ticularmente nachamada dimensão do ser, na percepção do próprio ser.

É muito impor tante que se diga que nessa relaçãodo ser com o próprio ser, ele percebe a finitude do corpo,ele se indaga sobre a matéria e a forma, ele se busca namatéria e passa a vida corpórea lutando para fazeridentidade com a forma.

Nesse decurso, ele faz percepções. Par ticularmentequando em contato com os outros seres vivos ele faz ainteração dominante do ser, que é a percepção da percepçãona qual ele, por instantes, faz o alcance substancial e críticoda vida sendo a vida. Assim, ele vive na vida procurandoaprender a vida e, na dimensão transcendente, ele percebea continuidade, a expressão da relação da perenidade. Nesseprocesso ele consegue ejetar no seu próprio ser o bálsamodo saber-crer naquilo que primeiramente ele é, inteligente,para, na subseqüência, perceber que há um nexo entre oseu ser inteligente e o fundamento do fundamento da vidaque é o Creador.

Essa relação expressiva funcional lhe dá, na forçado pensamento-instante, a consciência de sua singularidadee de sua originalidade, e, na dinâmica dessa consciência,ele se percebe sendo a dimensão daquilo que ele acreditaser numa expressão continuada que lhe opor tunizaplenamente perceber que ele é o futuro, o presente, opassado. E que, ad perpetuam, numa visão ekstatica, elefará sempre uma relação cognit i va existencial quedimensiona criticamente a força do ser na sua capacidadede dizer “eu sou”: “eu sou o espírito encarnado, comoencarnado eu faço unidade com o corpo, sou a corporeidade;e, pelas vias da corporeidade, alcanço a mundaneidade, meexpresso, me relaciono, existo, vivo na vida, na dimensãoda somaticidade corporal”.

É muito impor tante que o médium espírita, o estu-dioso do Espiritismo, descubra o sentido crítico evolutivodo acontecer-viver no acontecer-vida. Quando essa operaçãose faz com nitidez, ele percebe, na sua dimensão de ser, oUniverso compondo-lhe em toda sua força, em toda suadiversidade, o seu próprio ser. E nessa relação, ele alcançaem si a consciência da capacidade de fazer consentimentoà sua própria expressão de vontade, e assim pensar e fazer,existir e viver, no campo diversificado do Cosmos-vida.

Nessa complexidade, o sujeito começa a perceberque, no cotidiano do ser, ele procura alcançar perspectivas,e que, para alcançar a perspectiva do próprio ser, ele sentea necessidade de buscar, por vias críticas, aquilo que ocompõe em termos de experiência. E assim, nessa relaçãoentre o interno e o externo, ele começa a compor funçõesque lhe permitam melhor perceber o existente. Essa relaçãoé sempre crítica com o próprio ser e com o existente, emgraus de inteligência. Numa relação de existência depensamento compõe-se na diversidade o pensamento-instante, e, em face dos resultados de cur ta, média e longaduração, ejeta-se no próprio ser a chamada dimensão doconhecimento e da extensão do conhecimento do ser.

A relação função nesse processo é complexa. Noentanto, ela opor tuniza fazer ajuizamento crítico do

pensamento-instante e da sucessividade do pensamentoconsentâneo. Por tanto, qualifica-se para um melhor apor teno existente, e na conseqüência desse apor te, uma melhorpercepção dos conjuntos que se alcança, bem como daintegração desses conjuntos num processo conjuntivocósmico, e assim, tentar, no interesse de alguns elementosque os compõem, colocá-los no tempo, em termos depercepção, porque no tempo eles estão, e na força dointeresse do ser, consegue-se isolar aquele que melhorinteressa para implementá-lo na temporalidade e seqüen-cialmente evoluir para o temporal, sem perder a consciênciacrítica sobre o que aquele elemento, ou aquela coisa,representa ou realiza funcionalmente.

Quando se fala em integração mediúnica, é muitointeressante que se pense no processo ekstático dopensamento. E que o agente mediúnico perceba que, nadiversidade das linguagens mediúnicas, para se alcançarum produto que trabalhe, que produza significação social, épreciso que ele tenha na sua composição alguns elementosessencializadores, tais como a universalidade, o consen-timento, a expressão crítica da perspectiva, a dimensão doexistente revelado que se alcança, a personalidade dosagentes que compõem o processo, a historicidade de suasvidas, a objetividade do evento, a significatividade diantedas outras linguagens etc.

Por tanto, há no processo um nível operacionalinterativo que envolve a dimensão das linguagens culturaisconhecidas e compõe especificamente produtos que podemsignificar, através de seus conteúdos, transformações,mudanças de compor tamentos etc.

O processo mediúnico hilético é complexo porqueenvolve o interior e o exterior dos agentes que compõem oprocesso mediúnico propriamente dito.

Quando se referencia esleticamente o tempo, numsentido de temporalidade e de temporal, está-se compondoum processo de eslética do tempo numa dimensão dinâmicade cur ta, média e longa duração, que alcança o indivíduo,por tanto a sua relação cognoscível, de afetividade, depsicomotricidade e de defesa, que assim o transforma.

O processo mediúnico, sendo sempre dinâmico,representa na expressão de linguagem, expressa ou oculta,todo o processo emergente da Terra. É preciso decodificá-lo, e, para tanto, se faz necessário criarem-se taxionomiasque permitam avaliá-lo na sua constituição, finalidade efunções.

Só assim será possível perceber o seu realsignificado, pois o estudioso, o pesquisador, alcançará, pelomenos em par te, a sua profunda, intensa e extensaenvergadura em toda a sociedade humana.

31/03/06 31/03/06 31/03/06 31/03/06 31/03/06 - Grupo 1

Integração mediúnicaAlcance de produto mediúnicoInteração de linguagensHilético mediúnico

Doutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticoDoutrina Espírita sentido críticodo conhecimentodo conhecimentodo conhecimentodo conhecimentodo conhecimento

- 11 -- 11 -- 11 -- 11 -- 11 -Documentos SBEE Agosto - 2007

Ao buscar respostas para as com-plexas questões da vida, a Doutrina Es-pírita não abre mão de nenhum dosgrandes segmentos do conhecimentohumano, valendo-se assim da ciência,da filosofia e da religião.

Atitude filosófica é questiona-mento, e uma postura científica prevêtambém constante questionamento.

O que dá força, fluidez, agilidadee eterna juventude à ciência é exata-mente a constante reavaliação sobre oque ela mesma afirma.

Com filósofos não é muito diferen-te e nenhum deles está disposto a acei-tar uma suposta “verdade” sob o ar-gumento da autoridade ou outro qual-quer, sem questionar.

Um dos aspectos mais fortes dedistinção da religião espírita em rela-ção a outras é, sem sombra de dúvida,o conceito de verdade construída.

Não há dogmas, e onde eles nãoexistem há espaço para a inteligência.

Ao valer-se da ciência a Doutrinados Espíritos ganha a mesma agilida-de e juventude deste segmento da ex-periência humana.

Sem incorrer no erro do relati-vismo exacerbado em que nada sesabe, o espírita questiona suas idéias,as idéias de outros e as idéias de suadoutrina sempre à procura de uma in-terpretação melhor, mais útil, mais

A verdade construídaequilibrada, mais dignificante, maisinteligente.

É preciso exercitar a habilidadeemocional para lidar com a oposiçãoa nossas idéias.

O bom mestre se alegra com o dis-cípulo que questiona seus ensina-mentos, testando-os à luz da argumen-tação, experimentação, observação einteligência.

Há uma tendência para nos irritarse contrariados, em especial, no quediz respeito àquilo em que acredita-mos com mais força.

Naturalmente cabe àquele que fazo contraponto a uma idéia ou interpre-tação, fazê-lo com respeito em um cli-ma de fraternidade e de busca de umentendimento melhor.

A doutrina desconsidera a idéia deperfeição e acredita na constante evo-lução. O máximo que um espírito podefazer, se for muito teimoso, é tornar suaevolução mais lenta.

Do meu ponto de vista, perfeiçãoseria uma notícia ruim. Se algo é per-feito significa que não pode ser me-lhorado e isso seria uma limitação.

Se não há perfeição, nenhumaidéia, venha de onde vier, pode seraceita sem a avaliação de nossa inteli-gência, sem nosso questionamento,mesmo que seja uma idéia da Doutri-na Espírita.

Como a ciência, o Espiritismo éauto-corretivo, e falhas nas fundaçõescedo ou tarde cedem ao peso das es-truturas acima.

Jamais devemos deixar de pensar,questionando assim, mesmo as idéiasde nossos maiores mestres.

Jamais devemos nos aborrecer comaquele que respeitosamente nos ques-tiona, pois ele é nosso amigo, e umamigo da verdade.

Há um ditado que diz: “Prestemuita atenção ao que os outros dizem,principalmente quando eles não con-cordarem com você.”

Para a Doutrina Espírita não háverdade absoluta, ou dogma, ou auto-ridade acima da inteligência e da ar-gumentação.

Em um clima de fraternidade e derespeito, o espírita busca a verdadeconstruída, nunca acabada, nunca per-feita, sempre em evolução.

Alan Sant’Annaé conferencista e consultorde empresas nas áreas de comunicação,inteligência emocional, atendimento, vendas,desenvolvimento pessoal e liderança.

Alan Sant’ Anna

- 12 -- 12 -- 12 -- 12 -- 12 -Documentos SBEE Agosto - 2007

A vida nas cidades leva ao consu-mo de produtos com conservantes,corantes, frituras, alimentos requenta-dos, facilitando a ação deletéria dos ra-dicais livres, a produzir alterações nometabolismo orgânico, a sinalizar de-sequilíbrio na relação hóspede-hospe-deiro do bioma humano.

O consumo exagerado de álcool,os hábitos alimentares, o estresse pro-dutivo resultante do ritmo intenso detrabalho, etc., são costumeiramentecausas de enfraquecimento do organis-mo, de desequilíbrio na relação hós-pede-hospedeiro. O indivíduo adoecee os medicamentos que lhe são indi-cados, de que passa a fazer uso duran-te certo tempo, visam, de certa forma,o reequilíbrio do organismo.

Medicamentos alopáticos têm su-cesso momentâneo garantido, dada aeficácia a curto prazo, diferentementedo que ocorre com os homeopáticos ounaturais que visam a restauração doequilíbrio, não a curto prazo, mas amédio prazo.

Na busca do equilíbrio, há que seter sempre presente o risco-benefí-cio.

O antibiótico, como o próprio no-me diz, é contra a vida; produz a mor-te. É certo que produz a morte de mi-crorganismos que, em dado momen-to, produzem desequilíbrio na relaçãohóspede-hospedeiro, mas comprome-te também o organismo do hospedei-ro, enfraquece-o.

O ideal é a busca do equilíbrio semo uso de antibiótico, só se lançandomão desse medicamento uma vez me-dido com eficiência o risco-benefício.

A medicina evoluiu muito com osantibióticos; sem eles, o mundo nãoseria o mesmo. Mas é necessário pe-sar sempre o risco-benefício. Sempreque possível, deve-se procurar formasalternativas de busca do equilíbrio or-gânico.

A medicina ainda se encontraestruturada nos princípios reducio-nistas da lógica cartesiana–newto-niana; combatem-se os efeitos e não ascausas.

No estudo da microfísica e daastrofísica, os princípios da reduti-bilidade da lógica cartesiana-new-toniana não se aplicam; ali impera oprincípio da irredutibilidade, da com-plexidade; ali reina soberano o prin-cípio de que o todo é maior do que amera soma das partes – e portantoinseparável. O todo é um conjuntocomplexo que depende das partes e aspartes por sua vez dependem do todo.A parte está contida no todo e o todoestá contido na parte – a célula, que éparte, contém a informação, o progra-ma do todo. A complexidade sinalizaconvivência harmônica com o todo.

Na SBEE, o espírito Antonio Grimm,nas aulas que profere para os médiunsdo Núcleo de Ensino e Pesquisa, temsensibilizado os grupos à pesquisa res-ponsável, a sistematizar teses que pos-

sam se reverter em benefício da huma-nidade.

O centro espírita tem que se liber-tar do processo datado e se transfor-mar na vanguarda que produz conhe-cimento que liberta.

A SBEE se transforma dia a dia emUniversidade do Povo.

O currículo dos grupos de exercí-cio mediúnico estrutura o processo deevangelização pelo padrão crístico, asensibilizar o indivíduo da necessida-de de servir, e não ser servido. O estu-do disciplinado e conjugado de filo-sofia, ciência e religião, leva o indiví-duo a se libertar do medo, do precon-ceito, a ampliar o conhecimento, a seautoconhecer, a assumir a titulari-dadada existência, a exercitar a cidadaniaplanetária.

A casa espírita é a Casa do Saber.

Na Casa do Saber, é preciso quecada um produza.

O currículo revela a necessidadede pesquisa.

O médium precisa despertar-separa a pesquisa.

Todos são capazes. Uns mais; ou-tros menos. Mas todos são capa-zes.

O conhecimento liberta.

A Casa do Sabere o equilíbrio biofísicoOlimpio Paulo Filho

- 13 -- 13 -- 13 -- 13 -- 13 -Documentos SBEE Agosto - 2007

Clorofila: 1º - suco de couve com alface: uma a duas folhas

de couve e mais duas ou três folhas de alface num

liquidificador, um copo ou um copo e meio de água, bate-

se e se toma o suco, inclusive com as fibras;

2º) depois de uns trinta dias, pode-se alternar, ao

invés de couve, salsinha com alface ou brócolis com al-

face. Trata-se de impor tante regenerador celular ; pro-

duz equilíbrio. Os vegetais devem de preferência ser ad-

quiridos nas feiras alternativas, que vendem produtos

sem agrotóxicos. O uso contínuo, em jejum, 20 minutos

antes do café da manhã, produz equilíbrio. O biorritmo é

impor tante. Depois de uns 60 dias de uso se começa a

perceber alguma mudança. O suco deve ser feito todo

dia. Não se deve fazer em quantidade e guardar para

consumo posterior ; deve ser feito na hora e consumido

na hora. É poderoso regenerador de células. E inibe a

formação de tumores, de células cancerosas.

Vinagre de maçã:diluído na água, é fantástico preservador e recupe-

rador de neurônios. A preservação – ou vida ativa – dos

neurônios depende da atividade intelectual; não há des-

gaste com o uso. Aquele que se mantém em constante ati-

vidade intelectual dificilmente sofrerá do mal de Alzheimer.

Mas, independentemente disso, o vinagre de maçã (uma

colher de sopa misturada num copo d’água, três a quatro

vezes ao dia, não pode ser em jejum) ativa a memória. É

preciso examinar o rótulo do produto, que tem que ser sem

conservante.

Olimpio Paulo Filhocoordenador de grupo de exercíciomediúnico, SBEE.

Descobrir o novo é luz na cami-nhada.

Os meios de se manter o corpo fí-sico, o organismo saudável, é tambémdescoberta do novo.

Na SBEE, os espíritos orientado-res Leocádio José Correia e AntonioGrimm recomendam que, nessa buscade equilíbrio do todo com a parte e daparte com o todo, se faça uso diáriode fitoquímicos.

Os coordenadores têm repassadoaos grupos de exercício mediúnico es-sas recomendações, que são:

O livro “Vinagre de maçã – Uma receita de vida”,do terapeuta holístico G.P. Boutard, edição bra-sileira publicada pela Editora Claridade, SP,(www.claridade.com.br), enumera 68 doenças quepodem ser curadas com o uso de vinagre de maçã,entre as quais se pode mencionar: acidez estomacal;afta; alzheimer; amigdalite; anemia; artrite; azia; en-xaqueca; úlcera; gripes; herpes-zoster; magreza; me-lhora da memória; menstruação excessiva; obesida-de; prevenção de osteoporose; inflamação de ouvi-do; circulação (varizes); inflamação da próstata; ra-chaduras na pele; sangramentos nasais, etc.

O uso do vinagre de maçã como recuperador ce-lular tem mais de dois mil anos (em Portugal é co-nhecido como vinagre de cidra), mas o avanço damedicina alopática deixou em segundo plano os me-dicamentos de eficácia comprovada que nossos an-tepassados utilizavam. Agora, parece que surge al-guma luz no túnel a revelar o conhecimento esque-cido na memória do tempo.

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Os estudos e debates nos Gruposde Exercício Mediúnico na SBEE têmsido uma fonte muito rica de questio-namentos, estudos e conclusões e vemenriquecendo nosso entendimento daDoutrina Espírita. O conteúdo que se-lecionamos para este texto inclui al-gumas das questões com as quais te-mos tido contato nos grupos.

Qual o papel do centroespírita na atualidade?R: Aprendemos com o espírito

Antonio Grimm que o centro espíritaé um laboratório que busca a verdadee este conceito nos faz lembrar da fra-se que em letras enormes recepcionaos visitantes em um grande Museu deHistória Natural: NOVAS VERDADESSE TORNAM EVIDENTES, QUANDONOVOS INSTRUMENTOS SE TOR-NAM DISPONÍVEIS. A frase é credi-tada à Dra. Rosalyn Yallow – PrêmioNobel em Medicina.

A coerência desta frase fica evi-dente, quando nos damos conta que ahumanidade viveu mais de mil anossob a crença na teoria denominadageocêntrica, a qual tinha como verda-de a afirmação de Ptolomeu que a Ter-ra era o centro do Universo. Com osurgimento de um novo instrumento,utilizando lentes para que os objetosparecessem mais próximos, o estudi-oso Galileu Galilei construiu o seu te-lescópio e notou entre outras desco-bertas que o planeta Júpiter tinha luasque giravam ao seu redor. Era o pri-meiro passo para demonstrar umanova verdade.

Auto-atualizaçãodo médium espíríta

Como é que o centro espí-rita pode ajudar a pessoaalcançar novas verdades?R: A proposta espírita não é ensi-

nar o que pensar, mas ensinar a pen-sar. Ao proporcionar o contato com osinstrumentos e instruções espíritas, oespiritismo provoca reflexões profun-das que ajudam a pessoa a fazer umconhecimento mais profundo de si mes-mo; do outro; da sociedade; do am-biente; do universo; do cosmo e de Deus.Neste processo contínuo e abrangente apessoa constrói novas verdades deacordo com os valores que adota parasi mesma.

O Espiritismo é religião?R: O Espiritismo é Filosofia, Ciên-

cia e Religião. É Filosofia, porque pro-põe a reflexão critica sistemática numesforço contínuo para alcançar a ver-dade possível. É Ciência porque bus-ca os meios que permitam a verifica-ção empírica ou racional das verdadesque compõe a realidade. É Religiãoporque pela promoção do autoconhe-cimento busca fortalecer a identidadeentre creatura e Creador. Contudo,mesmo sendo religião não se confun-de com igreja, não aprova dogmas, nãopropõe rituais, não impõe comporta-mentos. A religião espírita é uma reli-

gião interior. Sua prática transparecena transformação individual.

Quem criou ou inventouo espiritismo?R: A Doutrina dos Espíritos sem-

pre existiu; é anterior a Terra e conti-nuará a existir depois da sua extinção,mas sua existência e seus princípiosvêm se revelando ao longo da históriada humanidade. Em meados do sécu-lo dezenove houve um grande impul-so devido à habilidade científica deum professor francês chamadoHippolyte Léon Denizard Rivail, mais

tarde conhecido como Allan Kardec.O entendimento e a aplicação dos seusprincípios vem sendo desdobrado aolongo do tempo e nós como espíritosque somos, fazemos parte desta cons-trução.

Qual o papel do espiritismona sociedade atual?R: Quando ajuda a revelar Deus ao

ser e o ser a si mesmo, o espiritismoprovoca reflexões que levam as pesso-as a se transformarem. Consciente dequem é, de onde vem, para onde vai epara que está aqui, cada pessoa passa

NOVAS VERDADES SE TORNAM EVIDENTES,

QUANDO NOVOS INSTRUMENTOS SE TORNAM DISPONÍVEIS.

Paulo Henrique Wedderhoff

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a fazer uma utilização mais conscien-te e mais responsável do seu livre-ar-bítrio.

Quais os princípiosdo Espiritismo?R: Entre os princípios mais estu-

dados está Deus como a causa primá-ria de todas as coisas e fundamento dofundamento da vida; Jesus como refe-rencial quanto a maneira de pensar,falar e agir; o livre-arbítrio comopatrimônio humano; a reencarnaçãocomo oportunidade de ampliação daconsciência e a mediunidade comoinstrumento de acesso a outros refe-renciais e troca entre diferentes.

O que é auto-atualizaçãopermanente?R: Como o conhecimento é dinâmi-

co e está em constante expansão, de-pendemos do estudo e da re-interpre-tação contínua das verdades que per-cebemos para nos mantermos atuali-zados e em sintonia com o mundo, aspessoas e as coisas. O conhecimentose mostra acessível de inúmeras ma-neiras tais como a observação; o deba-te; a leitura de livros, pessoas e situa-ções. Os livros, como depósitos de co-nhecimento em conserva, podem nosservir de referencial para coleta de in-formações e ampliação da consciênciasobre a história e sobre o existente.

O nosso aprendizadonão se perde com a mortedo corpo?R: Observando a imensa comple-

xidade que estrutura e sustenta o Uni-verso visível, concluímos, que nãohaveria inteligência num processo deaprendizado que não pudesse ser reti-do e ampliado. Aprendemos com oespírito Antonio Grimm que o espíri-to é o ator e o portador da cultura, ouseja, nosso corpo é um veiculo de ma-nifestação do conhecimento no ambi-ente material, mas somos nós, espíri-

tos, que retemos o conhecimento ad-quirido.

O que é o espírito?R: Como espíritos, somos a soma

das nossas vivências e convivências;dos conhecimentos e experiências;

somos ainda a soma dos nossos senti-mentos, dos nossos erros e acertos; dosnossos valores e das nossas expectati-vas. Cada espírito é uma unidade devida inteligente do Universo. Comocriaturas, tivemos um princípio, massomos um ser imortal habitando umcorpo temporário que nos serve deveículo de aprendizado e instrumen-to de relação com o mundo material.

Por que somos diferentes?R: Ao viver situações únicas o ser

constrói uma trajetória singular ricaem experiências e observações própri-as. A diversidade de oportunidades eo exercício do livre arbítrio acabamlevando cada um a desenvolver algu-mas habilidades enquanto outras re-cebem menos ênfase.

Como acumulamoso conhecimento?R: Observando, estudando, pen-

sando, falando, ouvindo, agindo, vi-vendo e convivendo. Aprendemossempre, quer seja como encarnado oucomo desencarnado. Mesmo nas maissimples situações do cotidiano faze-mos observação, avaliação, somos le-vados a decidir, a aprender ou ensinar.Ouvindo ou lendo o noticiário, vendo

um filme, lendo livros, artigos ou car-tas. Ouvindo ou debatendo idéias. Estecontínuo processo de relação se incor-pora ao nosso patrimônio de sentimen-tos, sensações e experiências e enri-quece nosso acervo de idéias, opini-ões e respostas.

Podemos aprendercom os espíritos?Enquanto encarnados; quase tudo

o que aprendemos, aprendemos comespíritos; em sua maioria encarnados.Aprendemos com os pais que nos en-sinaram a falar e andar; com os pro-fessores que nos ensinaram a ler e cal-cular; com os amigos e irmãos que nosensinaram a brincar e até com o bêba-do que nos ensinou, pelo mau exem-plo, que a conseqüência de beber nãoé boa. Nossa habilidade de ler palavrasnos permite absorver uma fantásticaquantidade de informações que estãoarmazenadas nos livros. Além disso,pelo esforço e dedicação de alguns ir-mãos encarnados que desenvolverammais a sua habilidade de sintonia, po-demos acessar o conhecimento de es-píritos que estando do outro lado davida, se dedicam a nos orientar comprincípios e valores que compõem osinstrumentos e as instruções da Dou-trina dos Espíritos.

Por que devo me atualizar?Um exemplo da falta de atualiza-

ção apareceu no discurso do reitor deuma Universidade Inglesa no séculoXIX que declarou em seu discurso deboas-vindas a uma nova turma de es-tudantes: “É uma pena que todas as

Cada espírito é uma unidade de vida inteligente do Universo.

Como criaturas, tivemos um princípio, mas somos um ser imortal

habitando um corpo temporário que nos serve de veículo de aprendizado

e instrumento de relação com o mundo material.

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descobertas já tenham ocorrido”.Por não ter lido esta história, no

século seguinte, um alto funcionário dogoverno americano, recomendou nadécada de 30 ao então presidente ame-ricano que fechasse o escritório de pa-tentes, pois, tudo o que poderia ter sidoinventado já havia sido inventado.

O aprendizado tem fim?A inteligência superlativa que ob-

servamos em cada detalhe da Creaçãoe a comunicação com os espíritos de-monstram que somos imortais. Assimsendo nunca paramos de aprender, poiso conhecimento nunca para de expan-dir. Ampliando meu conhecimento soumais útil, sendo mais útil sou mais fe-liz. É importante notar que a Doutrinanão trabalha a idéia de perfeição, mas

de aperfeiçoamento contínuo.

Quais são as fontesde auto-atualização?O dia-a-dia; a natureza; o compor-

tamento; o debate; as expressões cul-turais como o teatro; o cinema; o rá-dio, o jornal; a música; a poesia; o fol-clore; a literatura; a pintura; a escul-tura; entre outras. A riqueza da diver-sidade da Terra é o nosso laboratório.A atitude de buscar se atualizar conti-nuamente pode evitar o sub aprovei-tamento de um período encarnadopelo qual podemos ter aguardado mui-to tempo. O livro, esta excelente fon-te de atualização, é citado pelo espíri-to Antonio Grimm como a invençãohumana mais parecida com o homem.O papel e a tinta correspondem ao

material e as idéias correspondem aoespiritual. A orientação que recebe-mos é que se não lermos pelo menos oequivalente a um livro por mês não épossível manter-se atualizado. Jesus,entre suas várias recomendações nosalertou com a famosa frase: Que ou-çam os que tem ouvidos de ouvir e quevejam os que têm olhos de ver. Jun-tando a orientação dos espíritos de“quem não age não é”, cabe uma per-gunta: - Agora que estamos cientes detudo isso, o que mais iremos esperarpara agir?

Expediente:

Documentos SBEE - Sociedade Brasileira de Estudos EspíritasPrPrPrPrPresidente: esidente: esidente: esidente: esidente: Maury Rodrigues da Cruz

DPD – Departamento de Imprensa e DivulgaçãoJJJJJororororornalista Rnalista Rnalista Rnalista Rnalista Responsável: esponsável: esponsável: esponsável: esponsável: Evelise Barone – MTB 2971/11/105

RRRRRedatoredatoredatoredatoredatora-Chefe: a-Chefe: a-Chefe: a-Chefe: a-Chefe: Tina DemarcheEquipe de JEquipe de JEquipe de JEquipe de JEquipe de Jororororornalistas:nalistas:nalistas:nalistas:nalistas: Bya Virmond e Denise Morini

PrPrPrPrProdução e Rodução e Rodução e Rodução e Rodução e Reeeeevisão: visão: visão: visão: visão: Joel SamwaysPrPrPrPrProjeto Gráfico e Diaojeto Gráfico e Diaojeto Gráfico e Diaojeto Gráfico e Diaojeto Gráfico e Diagrgrgrgrgramação: amação: amação: amação: amação: ivanpiccolo

RRRRRedação: edação: edação: edação: edação: Rua 29 de Junho, 504 Tingui – Curitiba – Paraná – BrasilFFFFFotolito e Improtolito e Improtolito e Improtolito e Improtolito e Impressãoessãoessãoessãoessão: Editora O Estado do Paraná

TirTirTirTirTiraaaaagggggem: em: em: em: em: 3.000 exemplares.

Paulo Henrique Wedderhoff

Coordenador de grupo de exercício mediúnico, SBEE.

Imagem da Capa:

Médium - Christiane Petrelli Coelho. concepção de mentalidade: Claude Monet.título: sem título. Técnica: Acrílica sobre tela. Ano: 2005. Grupo dePsicopictografia, Núcleo de Ensino e Pesquisa da SBEE - os objetivos daProdução psicopictográfica são: através do diálogo que a obra propicia,levar o observador ao equilíbrio psico-bio-espiritual; provar a existência deespíritos, através de avaliações feitas por estudiosos da arte, confir-mando-se evidências de traço, estilo ou outros elementos característicos do trabalhode determinado artista desencarnado; provar que o espírito continua emprocesso evolutivo no polissistema espiritual, pois sua obra, atual, inédita,contextualizada dentro dos valores axiológicos atuais, demostrará uma visãocrítica e construtiva da vida.