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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RIO GRANDE DO NORTE UNIDADE SEDE
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE GESTÃO, COMÉRCIO E SERVIÇOS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LAZER E QUALIDADE DE VIDA
JOACILÉIA PRISCILLA MARQUES DE MENDONÇA
PROFISSIONAIS DE LAZER EM HOTÉIS: UM ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
NATAL/RN 2008
JOACILÉIA PRISCILLA MARQUES DE MENDONÇA
PROFISSIONAIS DE LAZER EM HOTÉIS: UM ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Orientadora: Profa. Ms.Gerda Lúcia Pinheiro Camelo
NATAL/RN 2008
Monografia apresentada ao Curso Superior de Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida do Centro de Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em Lazer e Qualidade de Vida.
Divisão de Serviços Técnicos. Catalogação da publicação na fonte.
CEFET-RN / Biblioteca Sebastião Fernandes M539p Mendonça, Joaciléia Priscilla Marques de.
Profissionais de lazer em hotéis: um estudo sobre a qualidade de vida no trabalho / Joaciléia Priscilla Marques de Mendonça. – Natal, 2009.
48 f. Orientador (a): Prof. Ms. Gerda Lúcia Pinheiro Camelo. Monografia (Graduação em Tecnologia em Lazer e Qualidade
de Vida). Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte. Departamento Acadêmico de Gestão, Comercio e Serviços.
1. Qualidade de Vida – Trabalho – Monografia. 2. Ambiente de Trabalho – Monografia. 3. Motivação – Monografia. 4. Satisfação – Monografia. I. Camelo, Gerda Lúcia Pinheiro. II. Centro Fedral de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte. III. Título.
CEFET-RN/BSF CDU 379.8:658.3
JOACILÉIA PRISCILLA MARQUES DE MENDONÇA
PROFISSIONAIS DE LAZER EM HOTÉIS: UM ESTUDO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Aprovada em 31 de Março de 2008
Apresenta à comissão examinadora integrada pelos seguintes membros:
________________________________________________________ Profa. Gerda Lúcia Pinheiro Camelo, Ms.
Orientadora – CEFET/RN
________________________________________________________ Prof. Lerson Fernando dos Santos Maia, Ms.
Professor (a) Examinador (a)
________________________________________________________ Prof. José Arnóbio de Araújo Filho, Ms.
Professor (a) Examinador (a)
Monografia apresentada ao Curso Superior de Tecnologia em Lazer e Qualidade de Vida do Centro de Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Tecnólogo em Lazer e Qualidade de Vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado discernimento, paciência e
sabedoria para a concretização desse trabalho.
À minha família, base de tudo, principalmente Painho e Mainha, que além da
ajuda financeira puderam contribuir com carinho e dedicação.
Aos meus amigos de turma, que estiveram sempre presentes e me ajudaram
com material para leitura e dando apoio moral.
Às minhas amigas de trabalho Ângela, Lílian e Denise, que sempre me deram
cobertura quando eu precisava chegar ou sair mais cedo nos dias da
orientação e das pesquisas, que sempre me ajudaram não só nesse, mas
durante todo o período do curso.
À Gerda Lúcia Pinheiro Camelo, minha orientadora, pela dedicação, amizade
e tamanha paciência comigo. Ajudou-me a concluir este trabalho, me
auxiliando no conhecimento dos passos para este estudo.
Aos meus amigos que sempre estiveram ao meu lado, torcendo por mim e me
incentivando para essa conquista. Prefiro não citar nomes para não ser
injusta, mas os que se enquadram aqui se identificarão.
Aos gerentes dos hotéis Pestana Natal, Imirá Plaza, Hotel Vila do Mar e Sehrs
Natal, juntamente com seus funcionários das equipes de lazer, pela
colaboração e o auxílio que me deram para realização desse estudo.
Enfim, quero agradecer aos que direta ou indiretamente contribuíram para a
realização desse trabalho, principalmente os que convivem diariamente
comigo.
O meu muito Obrigada.
RESUMO
A preocupação com a Qualidade de Vida no Trabalho nos últimos anos passou a ser uma constante na sociedade contemporânea, aonde vem sendo marcada também por um processo intenso de transformação, com real impacto sobre a vida dos indivíduos. A partir dessa preocupação a classe trabalhadora vem se mobilizando em prol de estudos e implantações de programas específicos de combate às doenças ocupacionais, ao estresse e, sobretudo, mecanismos de defesa do bem estar do trabalhador, integrando as políticas de recursos humanos. O objetivo deste estudo foi analisar a Qualidade de Vida no Trabalho de funcionários de equipe de lazer em hotéis na via costeira de Natal/RN, identificando o perfil desses profissionais; verificando as condições do ambiente de trabalho e a satisfação dos profissionais com a atuação nas atividades; e identificando, entre os profissionais de lazer, como são desenvolvidas as atividades de lazer nos hotéis e se essas proporcionam aos participantes uma reflexão sobre a importância do lazer no cotidiano. Concluindo que, apesar da satisfação desse profissional com o trabalho, demonstraram ser um serviço temporário, causando assim a rotatividade desses profissionais na área. Comprovando, assim, que é necessário um maior investimento dos empresários quanto à compensação financeira e capacitação desses profissionais.
Palavras-chave: Qualidade de Vida no Trabalho. Qualidade de Vida. Ambiente de Trabalho. Motivação. Satisfação.
ABSTRACT
The concern for Quality of Life at Work in recent years is a constant in contemporary society, and also marked by an intense process of transformation, with a real impact on the lives of individuals. From that the working class is mobilizing, conducting studies and implementations of specific programs to combat occupational diseases, the stress and, especially, defense mechanisms of the welfare worker, integrating the human resources policies. The objective of this study is to examine the quality of life in the work of employees of the recreational teams in hotels of Via Costeira - Natal / RN, identifying the profile of these professionals; checking the conditions of the working environment and professional satisfaction of with the performance in activities; and examining, among professionals in entertainment are developed as the recreational activities in hotels and if provide the participants a reflection on the importance of recreational in daily life Concluding that, despite the satisfaction of this professional with his work they warn that it is a temporary service causing a high turnover of professionals in the area. Evidencing, so, the nessecidade of greater investment by entrepreneurs with regard to compensation and training of these professionals.
Key words: Quality of Life at Work. Quality of Life. Work Environment. Motivation. Satisfaction.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Faixa etária.................................................................................... 31
Gráfico 2 – Renda mensal ............................................................................... 31
Gráfico 3 – Escolaridade.................................................................................. 32
Gráfico 4 – Grau de satisfação profissional..................................................... 32
Gráfico 5 – Classificação das condições ambientais de trabalho.................... 35
Gráfico 6 – Avaliação da empresa .................................................................. 36
Gráfico 7 – Há planejamento das atividades de lazer .................................... 37
Gráfico 8 – De que forma acontece esse planejamento.................................. 37
Gráfico 9 – Identificação da presença de interesses culturais do lazer nas
atividades desenvolvidas.................................................................................. 38
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 10
2 TRABALHO E LAZER........................................................................................ 14
3 PROFISSIONAIS DE LAZER.............................................................................. 18
3.1 PROFISSIONAIS DE LAZER EM HOTÉIS.......................................................... 20
4 QUALIDADE DE VIDA........................................................................................ 23
4.1 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.............................................................. 24
5 METODOLOGIA.................................................................................................. 27
6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................ 31
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 41
REFERÊNCIAS 44
ANEXOS 46
10
1 INTRODUÇÃO
O trabalho sempre esteve presente em diversas civilizações, no entanto,
este sofreu profundas modificações em sua estrutura no decorrer de toda a evolução
humana. Na Grécia, o trabalho era desenvolvido baseado na idéia de que as
diferenças sociais entre os homens eram naturais. Na Idade Média, o conceito de
trabalho não sofreu alterações significativas, pois continuava objetivado na relação
das diferenças sociais, na vassalagem e suserania. Com a revolução industrial e a
mecanização dos sistemas de produção, o trabalho passou a ser aceito como fator
de enriquecimento pessoal, gerador da acumulação dessa riqueza. A riqueza deixa
de ser vista como pecado e passa a significar a vontade de Deus. Como Rodrigues
(1994, p.19) cita em seu texto que Em um primeiro momento, na década inicial do
século, a racionalização do trabalho a partir de métodos científicos foi predominante,
onde o objetivo maior era a elevação da produtividade e conseqüentemente maiores
ganhos aos detentores do capital.
A partir dos séculos XVIII e XIX, foi criado o trabalho formal, onde eram
definidas as tarefas e a remuneração devida. No século XX, foi instituído o contrato
de trabalho, contendo regras que regem os direitos e deveres entre patrões e
empregados. Criou-se então, as primeiras classes trabalhadoras, com a
classificação em cargos, funções, atribuições e salários. Daí em diante começou a
luta pela diminuição da jornada de trabalho que esbarra no preconceito e na
mitificação em torno da trilogia tempo/trabalho/lazer. Conforme afirma Rodrigues
(1994, p. 27)
Mesmo sem afetar a prática dos processos produtivos, o trabalhador passou a ser motivo de preocupação e questionamento. A motivação econômica, a melhoria do ambiente de trabalho e a monotonia com a especialização, fatores que afetam diretamente a vida do trabalhador no local de trabalho, passaram a ser teorizados timidamente e, em algumas poucas empresas, considerados de forma prática.
Há muito se fala sobre “qualidade de vida”, o que é muito importante para
qualquer indivíduo, mas atualmente tem se intensificado os estudos acerca desse
tema, de modo que percebe-se um destaque importante na questão da “qualidade
de vida no trabalho”, visando proporcionar uma melhoria na execução do trabalho
11
em seu cotidiano. Segundo afirma Rodrigues (1994, p. 76): “A Qualidade de Vida no
Trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência.
Com outros títulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer
satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de sua tarefa”.
É nesse momento que se apresenta o profissional de lazer, que apesar
de ainda ser pouco reconhecido e valorizado no mercado de trabalho e na
sociedade em geral possui uma função importante para o desenvolvimento da
sociedade.
Essa preocupação com a Qualidade de Vida e, principalmente, com a
Qualidade de Vida no Trabalho tem tomado proporções cada vez mais abrangentes.
Atualmente, os indivíduos se preocupam com a satisfação e atuação profissional
para que, desse modo, possam desenvolver suas funções com êxito.
Apesar de muitos acreditarem que o ambiente de trabalho dos
profissionais de lazer é um ambiente muito propício à descontração e prazer, nota-se
que, na realidade isso não procede. Em hotéis, por exemplo, esse profissional de
lazer, em sua maioria, tem responsabilidades, como cuidar dos filhos dos hóspedes
na medida em que estão entretendo-os, o que demandam um auto grau de estresse,
cansaço, dentre outros fatores que acabam por interferir em sua qualidade de vida.
É preciso reconhecer que o lazer é um direito social de todo cidadão, pela
Constituição Brasileira de 1988. Assim sendo, entendendo o lazer como atividade de
extrema importância ao ser humano, pois, auxilia nas funções psíquicas, físicas e
sociais do indivíduo, repondo suas energias, melhorando sua auto-estima e
aumentando a satisfação pessoal foi que decidi abordar tal temática. Com isso,
desenvolveu-se o presente trabalho com o tema: “lazer e trabalho”, mais
precisamente sobre os profissionais de lazer que atuam em hotéis, buscando saber
como os mesmos vivenciam o seu tempo livre e como vivem no ambiente de
trabalho.
Para isso, faz-se necessário a compreensão do ambiente de trabalho a
ser estudado. Em hotéis, os profissionais estão ligados diretamente com conflito do
tempo livre x tempo de trabalho. Há momentos pré-definidos pelo mercado do
entretenimento e do lazer que delimita os horários dos indivíduos, normalmente fins
de semanas, feriados e férias, no qual os profissionais que trabalham em hotéis
ficam de fora, pois são os períodos que os mesmos têm uma carga de trabalho
12
maior, restando a eles os momentos de baixa temporada para ter a oportunidade de
vivenciar momentos de lazer.
O profissional de lazer é pouco valorizado pelo mercado apesar de ser,
nos dias atuais para os hotéis, um profissional de extrema importância. Enfrentam
uma jornada de trabalho desgastante e com remunerações baixas o que causa a
falta de motivação e interesse para essa determinada profissão. Ter uma equipe de
recreação e lazer em seu quadro funcional do hotel é um dos atrativos que vem
sendo bastante procurado, pois os clientes cada vez mais exigem esse serviço para
que venha lhes proporcionar muita diversão, principalmente, aos seus filhos, seja
crianças e/ou adolescentes. Geralmente as equipes que trabalham nesse campo de
atuação são formadas por grupos de jovens, universitários e graduados das áreas
de Educação Física, Artes, Hotelaria e Turismo, além dos profissionais de lazer que
estão entrando nesse mercado profissional com maior competência na área.
Através desse estudo o curso Tecnológico de lazer e Qualidade de Vida
do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (CEFET-RN) é
apresentado à sociedade, aos empregadores e estudiosos da área, mesmo os que
ainda não têm formação acadêmica específica, a importância do profissional de lazer
atuando nos variados espaços, como também esse profissional ter o seu momento
de lazer.
Diante do contexto atual, verifica-se que o lazer é uma atividade tão
importante quanto o profissional que trabalha com ele. Se esse profissional não tem
o seu momento de lazer, então as chances de possuir uma melhor satisfação com o
que desenvolve ou harmonia em seu ambiente de trabalho diminuem de modo a
dificultar a realização profissional e pessoal desses indivíduos. Então, quando
detectado pela pesquisadora, depois de algumas visitas a hotéis, que os
profissionais de lazer atuantes nesse mercado poderiam estar proporcionando lazer
aos outros e esquecendo o seu próprio lazer, por falta de tempo e de outros fatores,
foi que surgiu a curiosidade e a necessidade de responder algumas questões, tais
como: como é o dia-a-dia desse profissional? São felizes e realizados com o que
fazem? Apontam a necessidade de algo para melhorar a sua qualidade de vida, bem
como as relações sociais no trabalho?
A relevância dessa pesquisa está em analisar a formação e atuação dos
profissionais de lazer atuantes em hotéis, buscando detectar se eles promovem,
através das atividades de lazer, a opção de escolha da ocupação do tempo livre
13
através dessas vivências e, além disso, fazer com que simples atividades, para
preencher seu tempo livre, surjam para promover uma sociabilização e interação
destes com os espaços de lazer, criando uma consciência deste para o lazer, além
de detectar se os mesmos possuem essa consciência para o lazer.
Partindo das questões, os objetivos gerais e específicos foram fontes de
esclarecimento dos resultados obtidos através da execução da pesquisa, que teve
como objetivo geral: analisar a atuação dos profissionais de equipes de lazer que
atua em Hotéis na via costeira de Natal/RN e o seu nível de Qualidade de Vida no
Trabalho. E como objetivos específicos: 1. Identificar o perfil desses profissionais; 2.
Verificar as condições do ambiente de trabalho e a satisfação dos profissionais com
a atuação nas atividades; 3. Identificar, entre os profissionais de lazer, como são
desenvolvidas as atividades de lazer no hotel e se essas proporcionam aos
participantes uma reflexão sobre a importância do lazer no cotidiano.
Neste primeiro capítulo estamos tratando da introdução, abordando os
primeiros aportes teóricos para a iniciação dos próximos capítulos. O segundo
capítulo abordará a base teórica sobre o Trabalho e o Lazer para melhor
compreensão do assunto. No terceiro capítulo será descrito o cotidiano dos
profissionais de Lazer e os profissionais de Lazer em Hotéis. O quarto capítulo
demonstra a delimitação do assunto “Qualidade de Vida e Qualidade de Vida no
Trabalho”. O quinto capítulo descreve sobre a metodologia utilizada, os métodos e
instrumentos de coleta de dados, em seguida o sexto capítulo explicita os resultados
e análise dos objetivos. Por último, apresentam-se às considerações finais do
trabalho.
14
2 TRABALHO E LAZER
O trabalho sempre esteve presente em diversas civilizações, desde os
tempos pré-históricos até a atualidade. Porém, profundas modificações em sua
estrutura e relações aconteceram no decorrer da evolução humana.
Na Grécia, o trabalho1 era desenvolvido com a idéia de que as diferenças
sociais entre os homens eram naturais. Ao cidadão grego de maior ascensão estava
proibido o trabalho braçal, pois ele deveria usar o tempo livre para dedicar-se à
reflexão, ao exercício da cidadania e do bem governar. O que só era possível de
acontecer com o trabalho escravo, proveniente das camadas mais baixas.
Na Idade Média, o conceito de trabalho não sofre alterações significativas.
O trabalho continuava objetivado na relação das diferenças sociais, vassalagem e
suserania. O vassalo oferecia ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em
troca de proteção e um lugar no sistema de produção. Essa produção era
organizada basicamente numa economia de subsistência e numa crença de
purificação da mente, uma vez que grande parcela da população encontrava-se
presa à terra. A Igreja Católica dominava o cenário religioso e era detentora do
poder espiritual, influenciando o modo de pensar, a psicologia e as formas de
comportamento. A Igreja defendia o desapego às riquezas terrenas e condenava o
trabalho como forma de enriquecimento.
Com a Revolução Industrial e a mecanização dos sistemas de
produção a burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e
produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias.
O trabalho era aceito como fator de enriquecimento pessoal, gerador da acumulação
dessa riqueza. A riqueza deixa de ser vista como pecado e passa a significar a
vontade de Deus.
A industrialização crescente, os aspectos da produção e da mais-valia, a
“mercadorização’ e “coisificação” do homem são características deste sistema
econômico, gerando, progressivamente, uma sociedade que ressalta como
representação maior da vida o trabalho, e inibe o lúdico como direito à felicidade,
1 Disponível em: <http://www.suapesquisa.com>; Acesso em 07 de Julho 2007.
15
sustentando um discurso de atrelamento entre a felicidade almejada e o aumento de
produção. Como comenta Engels (1976, p. 1):
O trabalho é a fonte de toda riqueza, [...] O trabalho, porém, é muitíssimo mais do que isso. É a condição básica e fundamental de toda a vida humana. E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar que o trabalho criou o próprio homem.
A partir dos séculos XVIII e XIX, foi criado o trabalho formal, onde foram
definidas as tarefas e a remuneração devida. No século XX, foi instituído o contrato
de trabalho, contendo regras que regem os direitos e deveres entre patrões e
empregados. Criou-se então, as primeiras classes trabalhadoras, com a
classificação em cargos, funções, atribuições e salários.
A partir de 1980, diante de um mercado competitivo, as empresas
passaram a atuar com foco dirigido tão somente ao negócio. Todas as outras
atividades, consideradas de apoio, foram transferidas paulatinamente para empresas
externas, processo esse denominado de terceirização. Isso resultou em um
deslocamento da mão-de-obra das empresas para as chamadas consultorias
externas ou empresas de prestadora de serviços.
Diante de um mercado recessivo, com muito mais demissões que
contratações, surgiu o trabalho informal, através de serviços sem documentação ou
qualquer tipo de registro. Embora sem direitos ou “garantias do amanhã”, para
muitos foi a única saída.
Devido ao aumento da classe trabalhadora sem registro em carteira e
com vínculo informal, foi constituído um novo setor na absorção da mão-de-obra, o
das cooperativas de trabalho. É uma forma de contratação oficial, através da própria
carteira de trabalho, onde o trabalhador contratado por uma determinada
cooperativa fica lotado na empresa contratante dos serviços desta. Todo tipo de
vínculo seja documental, direitos, deveres ou benefícios é entre o trabalhador e a
cooperativa.
Surgiu então, a partir da necessidade da indústria de consumo, que o
trabalhador possuísse tempo liberado para consumir os produtos que estavam
sendo desenvolvidos e produzidos por eles. Daí em diante começou a luta pela
diminuição da jornada de trabalho que esbarra no preconceito e na mitificação em
torno da trilogia tempo/trabalho/lazer.
16
O tempo livre pressupõe o tempo de trabalho, pois está vinculado a ele.
Esta conceituação de tempo livre vinculado ao tempo do trabalho é aceita por vários
autores, que afirmam que o tempo só pode ser denominado livre por pressupor a
obrigação profissional. Marcellino (1995, p. 8-9), por exemplo, faz uma distinção
entre este tempo, liberado do trabalho e o tempo do desempregado, que ele
denomina "tempo desocupado", resultado da incapacidade do sistema econômico
em gerar trabalho. Conforme esclarece o autor:
[...] A consideração do aspecto tempo na caracterização do lazer tem provocado uma série de mal-entendidos. Um deles diz respeito ao conceito "livre" adicionado a esse tempo. Considerado do ponto de vista histórico, tempo algum pode ser entendido como livre de coações ou normas de conduta social. Talvez, fosse mais correto falar em tempo disponível. Mesmo assim permanece a questão da consideração do lazer, como esfera permitida e controlada da vida social, o que provocaria a morte do lúdico, e a ocorrência do lazer marcada pelas mesmas características alienantes verificadas em outras áreas de atividade humana.
O lazer é, portanto, aqui entendido como resultado do tipo de organização
sócio-econômica urbano-industrial e, simultaneamente, atua sobre tal organização
como implementador de novos valores, pensamentos e práticas que contestam esta
mesma lógica organizacional. Para que isto aconteça é necessário à construção de
consciências críticas bem como de políticas públicas que venham atender as
necessidades concretas dos sujeitos na sociedade que queremos. Como afirma
Dumazedier (1979, p. 28), “O Lazer não é a ociosidade, não suprime o trabalho [...]
Corresponde a uma liberação periódica do trabalho no fim do dia, da semana, do
ano ou da vida de trabalho”.
A educação para o lazer em seu sentido amplo, que ocorre na família, na
rua, na igreja, no sindicato, nos clubes, parques, praças, na escola, entre outros
espaços, é importante referência quando pensamos na construção e consolidação
de consciências críticas, criativas e questionadoras. Eles devem ser compromisso de
todos aqueles que se empenham na transformação social e na assunção plena dos
desafios colocados na perspectiva de contribuir para esta transformação. Para
Dumazedier (1979, p. 34):
[...] O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-
17
se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais [...]
Então, entendendo que o lazer necessita estar inserido no cotidiano do
individuo como momento de descontração criativa, associada ao lúdico, é que vejo
que o presente e o futuro pertencem às pessoas criativas, àquelas capazes de
combinar atividades fazendo com que o trabalho, o estudo e o lazer se confundam e
se completem.
18
3 PROFISSIONAIS DE LAZER
Nos dias atuais o lazer exerce uma função importante na vida das
pessoas. Apesar do seu entendimento na sociedade ainda seja visto com
preconceito e de forma estigmatizante, de ainda não ter constituído uma categoria
profissional plenamente consolidada no mercado de trabalho e no sistema social, a
profissão ainda é pouco conhecida e valorizada, apesar do desempenho dela ser
feito, muitas vezes, em ação direta ao público. Nessa conjuntura, a respeito da
questão da atuação do profissional de lazer, Werneck; Stoppa; Isayama. (2001, p.
84) explicita que
É necessário lembrar que entendemos o lazer como um campo multidisciplinar que possibilita a concretização de propostas interdisciplinares, por meio da participação de profissionais de diferentes formações. Embora, lamentavelmente, muitas vezes se acredite que para atuar no campo do lazer não seja necessário ter uma formação específica e aprofundada sobre este fenômeno.
Não se tem a plena consciência de que a formação acadêmica é
indispensável a atuação desse profissional no mercado. A formação superior é
desejável, apesar de não ser imprescindível, podendo ser realizada por intermédio
de diferentes cursos universitários (Educação Física, Turismo, outros). Criatividade,
imaginação, cooperativismo, dedicação e comunicação, bem como a autoformação
permanente por meio de cursos e seminários são ingredientes necessários para uma
boa formação desse profissional, pois os mesmos deve ser atualizados social e
culturalmente.
O segmento do lazer aponta grande tendência de crescimento, tanto nos
setores privados e público, como também no terceiro setor, o que demandará novas
exigências para o profissional do lazer, obrigando-o a buscar uma melhor
qualificação. Como afirma Marcellino (1995, p. 98)
É preciso estar atento às expectativas do mercado, formando profissionais que possam dar conta dos novos desafios, que se apresentam, cada vez com mais intensidade e rapidez. Mas é preciso também, com base no domínio de um determinado campo de conhecimentos, procurar formar o profissional ou reciclar aquele que já atua, para reverter às mesmas expectativas do mercado, quando
19
estas se apresentam restritas à perspectiva do lucro fácil, com a venda de efêmeros “pacotes de prazer”, destinados a divertir, no sentido de “desviar a atenção”, por algum tempo – um feriado, uma noite especial, um domingo de sol -, da realidade absurda com a qual convivemos no cotidiano.
O profissional de lazer poderá atuar em diversos setores, como o privado,
o público ou terceiro setor. Sendo assim, o mercado exige que, cada vez mais, esse
profissional se atualize de acordo com as novas demandas, pois o setor de serviços
é um dos mais importantes da sociedade. Sua inserção pode ocorrer em diversos
cargos e funções, como por exemplo: em centros culturais, centros esportivos,
clubes sociais, hotéis, risortes, parques aquáticos e temáticos, teatros, dentre outros.
No entanto, as funções desse profissional vão além de organizações de atividades
para o público, englobam uma vasta gama profissional, entre elas planejamento,
organização, realização e avaliação de vivências de lazer; gerenciamento,
coordenação, supervisão e avaliação de projetos e ações de lazer; viabilização de
projeto e recursos; realização, registro e socialização de pesquisas; docência, etc.
No entanto, como afirma Marcelino (2000, p. 2), é importante que
Se contraponha o lazer concreto, ao lazer abstrato, e colocando que a ação fundada naquele, necessitaria de um “novo especialista”,- “não o especialista tradicional – superficial e unidimensional – mas o que domine a sua especificidade dentro de uma visão de totalidade. Esse novo especialista, fundado no entendimento do lazer concreto, teria sua ação como “[...] geradora de novas competências, estimuladora da participação e do exercício da cidadania [...] engajada em equipes pluri e multidisciplinares, buscando um trabalho interdisciplinar”.
E como conseqüência de sua atuação em variadas funções nas diversas
esferas o profissional de lazer tem muitas designações, além de várias
denominações, como: monitor, recreador, consultor de lazer, agente cultural,
militante cultural, animador.
Em muitos casos nota-se que alguns profissionais banalizam o lazer e
fazem dele uma mera brincadeira com um conteúdo programático, muitas vezes
imposto pelos seus superiores. No momento do planejamento das atividades se tem,
em poucos lugares, apenas um profissional de lazer para direcionar as atividades e
estes geralmente não tem qualificação na área o que torna a mão de obra barata,
desvalorizada, descartáveis.
20
O profissional de lazer tem que ser mais do que apenas um animador
e/ou recreador, tem que se transformar num impulsionador de mobilização e
conscientização da sociedade, originando uma experiência cidadã de princípios
sociais e colaborando para a construção de uma nova visão da realidade, através
das vivências lúdicas do lazer. Como muito bem coloca Marcellino (2000, p. 2 - 3),
cada vez mais, o profissional de lazer vende sua personalidade. Em muitos casos,
deixa de ser profissional para se tornar uma “personalidade profissionalizada”.
Portanto, não se deve confundir o bom humor, uma das ferramentas
imprescindíveis para o profissional de lazer, com a falta de profissionalismo. É
preciso delimitar regras e responsabilidades para que através do prazer com o
trabalho esse bom humor possa surgir e possa despertar a vontade de transmitir
conhecimento às pessoas, não esquecendo elementos importantes para o sucesso
na profissão, como a seriedade, a competência e o compromisso.
3.1 PROFISSIONAIS DE LAZER EM HOTEIS
Pouco se discute sobre os profissionais de lazer em hotéis, mas este é de
fundamental importância nessa área. Podem entreter e recrear os hóspedes,
fazendo com que estes permaneçam por mais tempo dentro do hotel, gerando,
assim, uma renda maior para empresa. Como fala Trigo (1995, p. 75) “O setor de
lazer e turismo é relativamente recente no Brasil, portanto, as pessoas não têm
consciência do que esse setor pode representar plenamente, em termos econômicos
ou profissionais”.
Sabe-se que essas atividades necessitam ser muito bem elaboradas e
conduzidas para conseguir chamar a atenção daquele hóspede, pois, em sua
maioria, os hóspedes estão ali para descansar, relaxar e se desligar da vida
cotidiana, geralmente corrida e estressante, podendo esse momento ser
interrompido, dependendo da abordagem e das atividades desenvolvidas.
Nesse sentido, verifica-se o profissional do lazer deve, principalmente o
que exerce sua função em hotéis, ter uma cultura polivalente, ou seja, conhecimento
em diferentes campos de atuação cultural bem como diferentes técnicas de trabalho,
mesmo que ele seja especializado em uma determinada área. Além disso, necessita
21
estar sempre bem informado sobre o que está acontecendo em sua cidade, estado,
país e no mundo, pois os mesmos estão lidando diretamente com pessoas dos mais
variados lugares.
Também é importante para esse profissional o conhecimento das
diferentes programações culturais que acontecem na cidade, para ter uma opinião
crítica das diversas possibilidades de lazer para saber indicar programações
atrativas e possibilitar aos hóspedes um entretenimento de nível.
O profissional de lazer em hotéis muitas vezes são banalizados, tratados
por seus empregadores como meros animadores, não sendo reconhecidos em sua
função, nem tampouco recebendo estímulo para continuar exercendo a sua função.
Em alguns hotéis, principalmente hotéis em cidades turísticas de muito movimento e
gama de hospedes estrangeiro, alguns profissionais são impostos a ter uma relação
extra com os hóspedes. O que cada vez mais faz com que a profissão seja
desvalorizada e discriminada. Mas, como Marcelino (2000, p. 3) comenta,
É preciso considerar que trabalhamos com o público, e aí a sisudez torna as coisas muito difíceis. Mas isso não significa, muito pelo contrário ausência de seriedade, competência e compromisso político. E são esses três elementos que tornam o exercício da profissão digno.
Então, acreditamos ser necessário que esses profissionais se qualifiquem
profissionalmente para garantir dignidade à profissão e, além disso, poder transmitir
ao cliente as diversas possibilidades de lazer e a importância deste em sua vida. E
não aconteça o que bem explana Marcelino (2000, p. 3)
Participação é coisa para outro tipo de profissional especialista, e a qualidade do meu trabalho é “agradar” o cliente. E no agradar o cliente o riso fácil, o corpo bonito e solícito do profissional do lazer, muitas vezes disfarçam a falta de condições de trabalho e de equipamentos não só do seu setor, mas de toda a Organização, seja ela pública ou privada. Para o gerente do Acampamento, do Hotel, do SPA, ou qualquer outro local, as equipes de lazer têm, via de regra, a função de “tampar o sol com a peneira”. Disfarçar com sua amabilidade e empatia, muitas vezes forçada, as deficiências de serviço. Isso, via de regra, ocorre, também com o profissional do lazer, para suprir a sua falta de preparação profissional. Por exemplo, ao invés de organizar uma festa adequadamente, com as estratégias inclusive de participação, quando for o caso, passa a “animar” (no sentido pejorativo) o evento, procurando mascarar sua falta de qualidade.
22
Percebe-se que essas equipes de lazer necessitam de profissionais
especializado na área, que conheçam as competências e as melhores atividades a
serem desenvolvidas, além de ter apenas habilidade para lidar com público e fazer
com que em todas as suas intervenções estejam com lotação máxima. Acredito no
que diz Marcelino (2000, p. 4)
O profissional do lazer precisa ser respeitado, reclamar a sua dignidade profissional, sendo chamado para opinar em equipes de planejamento, em projetos de equipamentos, de atividades, e até que aparentemente extrapolem sua área de intervenção, como em projetos de transporte urbano, por exemplo.
Sendo assim, espero poder com meus estudos, colaborar para a
conscientização e a valorização dos profissionais de lazer para com os investidores
da área como também para o público em geral, principalmente aquele que já possui
uma consciência para o lazer mais concreta.
23
4 QUALIDADE DE VIDA
Para abordar o assunto, destaca-se alguns conceitos sobre o tema.
Simões (2001, p. 169) fala sobre a Qualidade dizendo que é a palavra presente na
contemporaneidade, a qual pode ser articulada com a idéia de condição, de função,
de atitude, de posição ou ter outro sentindo em conseqüência da abrangência que
esse tema possui. Já Kolyniak Filho (2001, p. 61) comenta que a Qualidade de Vida
é uma abstração conceitual extremamente complexa [...] Além disso, a idéia de
qualidade, aplicada a vida, comporta diferentes significados, sentidos, segundo os
valores que sirvam como referencia para o estabelecimento de critérios de
qualidade.
Diante disto percebe-se que Qualidade de Vida é um tema bastante
abrangente que tem conquistado grande destaque atualmente. Trata-se de um
fenômeno complexo, com uma gama variada de significados, com diversas
possibilidades de enfoque e inúmeras controvérsias teóricas e metodológicas. Uma
questão interdisciplinar que abrange áreas como a medicina, sociologia, psicologia,
entre outras, que se torna um tema difícil de atingir um conceito para a coletividade,
pois o mesmo depende de cada indivíduo, sendo descrito, medido e analisado
subjetivamente.
Para delimitar o estudo, utilizou-se a visão da Qualidade de Vida sob dois
aspectos, um objetivo e outro subjetivo. Os aspectos objetivos se expõem através
das condições de saúde, remuneração, habitação, família. Já os aspectos subjetivos
buscam os sentimentos e as percepções das experiências vividas.
É de fundamental importância cuidar da saúde e/ou da alimentação para
se ter uma melhor qualidade de vida, mas isso não significa que apenas praticando
um esporte ou realizando alguma atividade prazerosa vai se chegar ao nível
desejável. É muito mais do que isso. É necessário voltar as atenções para o
equilíbrio e a harmonia tanto interior quanto em relação ao mundo a sua volta. É
preciso pensar sobre os reflexos de nossas ações e nos benefícios que podemos
tirar da vida em seu sentido mais amplo. Como cita Simões (2001, p. 170)
A manifestação da qualidade de vida pode ser associada a diversos enfoques como: o acréscimo de experiências relevantes depois que
24
as necessidades básicas estão satisfeitas; a oportunidade de praticar atividades físicas regulares visando a saúde e ao combate ao estresse; o estabelecimento de conhecimentos necessários ao consumo de produtos e serviços culturais; ou mesmo pela construção de um novo estilo de vida, em que vivencias interiores significativas constituem-se fator de satisfação e felicidade.
Há dificuldade para expressar um conceito sobre qualidade de vida
quando se indaga a respeito desta quando relacionadas aos sentimentos e
percepções das experiências vividas, pois, para cada um existe uma definição sobre
o assunto. Mostrando que, apesar de muito comentada, a idéia de qualidade de
vida, não parece ser compreendida de forma total pela sociedade. Todos buscam,
mas é raro ouvir alguém se perguntar o que é qualidade de vida. E afinal, o que é
qualidade de vida? Simões (2001, p. 176) fala que
Visualizar qualidade de vida apenas mediante o enfoque de acúmulo de riquezas materiais é desconsiderar as ações humanas e o meio no qual estamos inseridos. Condicionar as oportunidades de conhecer e escolher um repertório de valores pertencentes à sociedade em que o individuo esta presente é um outro dado que restringe a proposta de qualidade de vida.
Portanto, Qualidade de vida engloba a saúde, o bem-estar e a realização
pessoal, mas também está ligada às relações intrapessoais. A auto-estima é um
fator indispensável para atingir qualidade de vida. Os pensamentos positivos (amar-
se, dentre outros) são passos para fazer da sua vida e da vida dos que estão a sua
volta uma experiência agradável.
4.1 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
Verificando que é de fundamental importância a questão da qualidade de
vida estar inserida em todo o contexto pessoal é, portanto, também de fundamental
importância estar inserindo no âmbito de encarar o trabalho como um ambiente onde
é possível explorar sua capacidade de ser alguém melhor, de realizar feitos e de
manter vínculos positivos com as pessoas a sua volta.
25
A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa. (FRANÇA, 1991, p.80).
Esse é um dos motivos que fazem existe atualmente uma preocupação
das empresas implantar um programa de relação para que os trabalhadores possam
estar sempre motivados em trabalho. Pois pensamos que não há produtos e
serviços com qualidade se os trabalhadores não têm qualidade de vida, assim como
não adianta a aplicação de ferramentas e métodos e programas de qualidade se não
há atenção para com a gestão de pessoas.
A qualidade de vida no trabalho é uma filosofia que visa trazer bem-estar
ao funcionário e maior produtividade à organização, pois se o funcionário não estiver
motivado no local de trabalho, não poderá render o que o seu conhecimento lhe
permite. O que é defendido por França (1991, p. 80) quando explicita que além de
buscar o bem estar é de fundamental importância.
A identificação, eliminação, neutralização ou controle de riscos ocupacionais observáveis no ambiente físico, padrões de relação de trabalho, carga física e mental requerida para cada atividade, implicações políticas e ideológicas, dinâmicas de liderança empresarial e do poder formal até o significado do trabalho em si, relacionamento e satisfação no trabalho.
Assim sendo, podemos perceber que para que a qualidade de vida no
trabalho se torne um elemento impulsionador, é necessário que a empresa implante
um programa de qualidade total, utilizando-se de critérios para incentivar o
funcionário e com isso trazer bastante motivação e satisfação no ambiente de
trabalho aliado à saúde e bem-estar do trabalhador.
Alguns dos critérios básicos para que os funcionários possam ter uma boa
Qualidade de Vida no Trabalho, são a: compensação justa e adequada, jornada e
carga de trabalho adequada, condições de trabalho inerentes a cada função, uso e
desenvolvimento de capacidades, oportunidade de crescimento e segurança,
integração social na organização, o trabalho e o espaço total de vida e a relevância
social do trabalho na vida.
26
Há também, no entanto, a preocupação de cada indivíduo com as
necessidades básicas e fundamentais para a vida, e que, como afirma Maslow
(1971, p. 338), Não há necessidade que possa ser tratada como se fosse isolada;
toda necessidade se relaciona com o estado de satisfação ou insatisfação de outras
necessidades.
Portanto, percebe-se que, para o indivíduo, conquistar a tão sonhada
qualidade de vida e, principalmente, a qualidade de vida no trabalho, é necessário
conseguir aliar tempo de trabalho com o tempo livre, sabendo permitir-se o direito de
em seu tempo livre podendo, portanto, se desligar da rotina usufruindo um bom lazer
seja ele jogos esportivos, uma leitura, uma viagem, uma festa, um passeio na praia,
estar com a família. Enfim, se divertir. E percebe também que é de fundamental
importância ter intervenções de lazer no ambiente de trabalho para combater o
estresse, a fadiga, a falta de motivação do trabalhador, aumentando assim o seu
rendimento dentro da empresa.
27
5 METODOLOGIA
Este capítulo apresentará os procedimentos metodológicos utilizados.
A presente pesquisa se caracteriza por ser do tipo exploratória, descritiva
e analítica (explicativa), pois, como diz Maia e Oliveira (2006, p. 131)
Pesquisa exploratória – são as primeiras aproximações do tema. Objetiva levantar informações sobre o objeto estudado, quando se tem poucos dados; Pesquisa descritiva – é uma caracterização de fenômeno estudado, descrevendo-se suas características, suas variáveis e as relações entre elas; Pesquisa explicativa – procura analisar o fenômeno estudado, e entender os seus “porquês” e seus determinantes para além das aparências.
O que possibilita a descrição do fenômeno estudado, que é a atuação dos
profissionais de equipes de lazer em Hotéis da via costeira de Natal/RN.
Para a realização deste fez-se necessário o estabelecimento teórico-
metodológico adequado para haver um aprofundamento na análise e detectação da
atuação dos profissionais de equipes de lazer em Hotéis na via costeira de Natal/RN.
Essa dissertação também tem característica de estudo de caso, pois a pesquisa foi
feita em um ambiente definido.
As entrevistas foram realizadas com os profissionais de equipes de lazer
em Hotéis na via costeira de Natal/RN, buscando analisar a atuação desses
profissionais e o seu nível de Qualidade de Vida no Trabalho. Foram aplicados
questionários que possibilitou o registro do perfil do profissional do lazer que atua
nesse espaço, bem como as indagações feitas pela pesquisadora.
Os hotéis escolhidos para o presente estudo foram os seguintes:
a) Blue Tree Pirâmide Natal
– Trata-se de um complexo hoteleiro de categoria cinco estrelas
localizado na Av. Senador Dinarte Mariz, nº 1717, Via Costeira - Natal –
RN. Dispõe de 315 apartamentos e suítes, todos com: Varanda; Vista
para o mar; Ar-condicionado central; TV a cabo; Minibar; Cofre. Entre as
acomodações, oito contam com banheira, e também há apartamentos
triplos para maior conforto à família e duplos com 2 camas de casal. O
28
hotel oferece, também, apartamentos adaptados para portadores de
necessidades especiais.
Possui um parque aquático com piscinas, cascatas, chafarizes, bar
molhado, hidromassagem e sauna. O hotel também oferece sala de jogos,
e ao público infantil o prazer de desfrutar da piscina infantil, playground,
equipe de recreação e copa de mamadeiras.
Em “alta estação”, nos meses de dezembro a março e de junho a agosto,
chega sua capacidade máxima de instalação de hóspedes, já nas épocas
de “baixa temporada”, o hotel trabalha com a margem de 70 a 80% de
sua capacidade.
b) SERHS Natal Grand Hotel
– Trata-se de um complexo hoteleiro de categoria cinco estrelas,
localizado na Av. Senador Dinarte Mariz, nº 6045,
Via Costeira - Parque das Dunas – Natal –RN. Trata-se de um complexo
hoteleiro com lojas, parque aquático, quatro restaurantes, cafeteria, bares,
recreação para adultos e crianças e um complexo poliesportivo com
quadra de tênis, campo de futebol e quadra de vôlei de praia. Há ainda
um fantástico Welness Center, onde é possível receber massagens, usar
as saunas e fazer uma série de tratamentos estéticos. Há apartamentos
de seis diferentes categorias. Todos são equipados com ar condicionado,
cofre, minibar, TV, ponto para acesso à internet e secador de cabelo. Há
banheira nas suítes “junior” e hidromassagem na suíte sênior. Há ainda
uma série de serviços especiais como babá e bagageiro. O Serhs Natal
Grand Hotel conta ainda com uma excelente área para eventos e
convenções.
c) Vila do Mar Hotel
– Trata-se de um complexo hoteleiro de categoria quatro estrelas,
localizado na Av. Senador Dinarte de Medeiros Mariz, nº 4233, Via
Costeira, - Natal – RN. Dispõe de 210 quartos com vista para o mar,
sendo distribuídas em quatro categorias: apartamento luxo, apartamento
super luxo, suíte junior e suíte master. Conta com bar na praia e na
piscina própria.
29
Conta também com 04 Piscinas - adulto, infantil, panorâmica e esportiva;
Spa com sauna úmida e piscina de hidromassagem; Quadra
Poliesportiva; Salão de jogos; Vila Kids com baby copa; Casa de Show
NIS (NATAL INTERNATIONAL SHOW); Recreação adulto e infantil;
Serviço de praia; Esportes radicais; Agência de passeio; Locadoras de
carros; Baby-sitter; Salão de beleza, estética e relaxamento; 02
Restaurante 24h; Internet Banda Larga; Serviço de Lavanderia; Serviço
de Quarto 24h; Loja de Conveniência; Estacionamento e Freebus
(transporte gratuito).
d) Imirá Plaza Hotel
– Trata-se de um complexo hoteleiro de categoria quatro estrelas,
localizado na Av. Senador Dinarte de Medeiros Mariz, nº 4077, Via
Costeira, - Natal – RN. Dispões de 166 apartamentos, sendo 127
varandas frente mar e 39 frente dunas, esses últimos com banheira.
Todos os quartos primam pelo conforto e são equipados com ar
condicionado, tv a cabo, frigobar, secador de cabelo e secretária
eletrônica em 6 idiomas. A estrutura oferece piscinas adulto e infantil,
playground, bar molhado, piano bar, salão de jogos e quadra de tênis.
Para a comodidade dos hóspedes dispõe de área de fitness, salão de
beleza, spa, sauna, business center (computador, fax, impressora) e
recepção com wireless. Também é oferecida uma excelente estrutura com
ampla área de lazer à beira-mar com piscina adulto e infantil, quadra de
tênis, salão de jogos e muito verde.
Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas com funcionários
das equipes de lazer dos respectivos hotéis listados acima, com um roteiro pré-
elaborado com a coleta de dados feita em dias e horários diferenciados, para que
não haja uma homogeneidade e “falsa obtenção da realidade” por causa dos dados.
Segundo Maia e Oliveira (2006, p. 133), a entrevista é
uma técnica que necessita de uma relação entre pessoas, diz respeito a “um encontro entre duas (ou mais) pessoas a fim de que um (ou mais) delas obtenha informações (e dados) a respeito de um
30
determinado assunto mediante a conversação de natureza profissional”.
Os questionários com perguntas abertas e fechadas foi de grande valia
para determinar as características dos profissionais do Lazer que atuam naqueles
espaços e para uma análise qualitativa da pesquisa.
Foi necessário levantar dados através de outros meios de fontes como:
jornais, internet e livros. A análise das informações desenvolveu-se através de uma
abordagem quanti-qualitativa dos dados coletados, o que possibilitou diagnosticar a
atuação dos profissionais de lazer. Como fala Maia e Oliveira (2006, p. 134) a
análise dos dados “deve-se especificar as técnicas que serão utilizadas para analisar
os dados coletados. Os procedimentos adotados variam de acordo com o plano de
pesquisa e as orientações teóricas”.
A análise dos dados coletados foi realizada tendo por base as
informações obtidas e sua relação com a fundamentação teórica sobre a temática
que está sendo estudada, Lazer e Qualidade de Vida no Trabalho.
31
6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capítulo, serão apresentados os resultados deste estudo por meio
de gráficos, para as respostas fechadas, onde serão tabulados os resultados. E
contextualização das questões abertas, podendo assim avaliar os aspectos
principais para a caracterização do estudo.
A pesquisa ocorreu nos hotéis Imirá Plaza Hotel, Vila do Mar Hotel, Blue
Tree Pirâmide Natal e SEARS Natal Grand Hotel, respectivamente, com
amostragem de 50% da equipe de lazer de cada hotel, num total de 10
entrevistados. As entrevistas foram feitas no período de 25 de Fevereiro de 2008 a
14 de Março de 2008, nos turnos matutinos e vespertinos.
Para se ter uma opinião sobre faixa etária, salário e graduação desse
profissional foram desenvolvidas as primeiras questões do instrumento de pesquisa.
Que esta exposta abaixo através de gráficos.
Em sua maioria são jovens entre 21 e 30 anos que estão trabalhando
nessa área. A compensação financeira de 90% dos entrevistados fica entre 1 e 3
salários mínimos. Quanto à graduação, a maioria desses profissionais tem apenas o
ensino médio. Outros estão cursando cursos de graduação como Educação Física,
Turismo, Pedagogia, Artes Cênicas e Dança e Filosofia como mostra o gráfico
abaixo.
Gráfico 1 – Faixa etária
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
90%
10% 0%
1 E 3 Salários 4 E 6 SaláriosMais de 7 Salários
Gráfico 2 – Renda Mensal
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
10%
50%
40%
0%
17 a 20 Anos 21 a 30 Anos
31 a 40 Anos Mais de 40 anos
32
As denominações para a função que ocupam esses profissionais são
variadas, como: Monitor de Lazer, Recreador, Coordenador de Lazer, Gerente de
esporte e Lazer, Assistente Artística e Animador. E o tempo com que esses
profissionais atuam nessa área varia principalmente de um mês a quinze anos. Mas
o que prevalece são os contratos temporários e os estágios, o que faz com que
perceba-se uma rotatividade de profissionais na área, como disse uma das
entrevistadas, do curso de Turismo: -“estou nesse trabalho porque tive uma
disciplina de lazer e achei interessante, estou pra adquirir experiência, mas não é
isso que quero para o resto da minha vida.” (informação verbal)2
2 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
Gráfico 3 – Escolaridade
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
0%
45%
33%
22%
Ensino fundamental Ensino Médio
Ens. Superior Imcomp. Ens. Superior Completo
0%
50%50%
Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito
Gráfico 4 – Grau de satisfação profissional
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
33
Em relação ao grau de satisfação com a atuação profissional, 50% dos entrevistados
responderam que são satisfeitos e 50% muito satisfeitos, sendo assim, constata-se
que os mesmos estão felizes e satisfeitos com o trabalho que desenvolvem, apesar
da compensação financeira não ser, para alguns, tão justa, se identificam com o
trabalho.
Quando questionados sobre o significado do trabalho para a vida, os
respondentes disseram “ser importante”, “necessário”, “tudo”, “fundamental”, “que o
trabalho está sempre em primeiro lugar”, “que não seria ninguém sem o trabalho”,
“que é uma realização pessoal”. Alguns falaram também que “no momento o
trabalho estava sendo importante para confrontar a teoria com a prática”, mas foi
notório apesar de muitos dizerem ser satisfeitos com o que fazem e com o que
desenvolvem, a opinião de que não queriam continuar na profissão por muitos anos.
Já quando foram questionados sobre o entendimento do termo “qualidade
de vida”, responderam que qualidade de vida seria “estar de bem com a vida”, “ter
saúde”, “estar de bem com a família”, “estar com o corpo em forma”, “estar satisfeito
com a vida profissional e pessoal”, “amizades”, “condições financeiras estáveis”,
“não utilizar de drogas licitas e ilícitas”, “boa alimentação”, “estar em harmonia com o
estado físico e mental”. Diante das respostas pode-se perceber que, para a maioria,
ter qualidade de vida é estar em harmonia com o lado profissional, pessoal,
sentimentos pessoais e experiências vividas. Como foi falado por um dos
entrevistados:
-“eu penso que qualidade de vida é quando se consegue buscar o equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal, sendo afetiva, familiar. É quando você consegue dosar todas as informações vindas externamente mantendo um equilíbrio, mantendo um ciclo onde varias tarefas precisão ser realizadas, mas cada um no seu tempo, aproveitando cada momento da vida”. (Informação verbal)3
Já outro respondeu que: -“qualidade de vida é você ter a questão do
lazer, acho que a boa alimentação, a saúde, ter conhecimento, acho que é isso”.
(informação verbal)4 E ainda outro respondeu: -“conforto e bem estar”. (informação
verbal)5
3 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 4 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 5 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
34
Sobre a importância para ter qualidade de vida no trabalho os
entrevistados responderam que é de fundamental importância gostar do que faz,
estar sempre em harmonia com os colegas de trabalho, reconhecimento e
valorização para com o colaborador, ambiente agradável, condições dignas de
trabalho, organização do material, pausas para lanche. Mas que, como relataram
alguns respondentes, em alguns períodos, como nas “altas estações”, é impossível
ter horários definidos. Estão sempre muito ocupados e esquecem até de alimentar-
se corretamente com a gama elevada de trabalho. Mas como disse uma das
respondentes: -“pra mim o mais importante é gostar do que você faz, gostando do
que faz tem um retorno da qualidade do trabalho”. (Informação verbal)6
Diante da indagação sobre como seria o relacionamento ideal no
ambiente de trabalho, os entrevistados responderam que seria com
“companheirismo e confiança”, “harmonia”, “equilíbrio entre cobrança e suporte
técnico”, “investimento contínuo em capacitação”, “humildade”, “honestidade”,
“pontualidade”, “organização”, “cooperação”, “trabalho em equipe”, “sem falsidade e
hipocrisia”. Podemos então verificar que para eles um ambiente ideal seria com
harmonia e condições dignas. Como cita um dos respondentes “É muito o que eu
vivo aqui hoje que é o companheirismo e verdade, existe uma sinceridade, um
dialogo permanente dentro da equipe, em vários fatores quando se tem algo positivo
ou negativo sempre existe esse diálogo, então é uma via de mão dupla, um vai e
vem”. Já outro disse que “Trabalho em equipe, desenvolver o lado da cooperação e
ajuda mútua”. (Informação verbal) 7
6 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 7 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
35
10
0 0
8
2
0
8
2
0
9
1
0
10
0 0
5 5
0
8
2
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Jornada de
Trabalho
Carga de
Trabalho
Ambiente Físico Material e
Equipamentos
Ambiente
Saudável e
Higiene
Estresse Organização
Adequado Regular Péssimo
Já quando foram questionados sobre jornada de trabalho, carga de
trabalho, ambiente físico, materiais e equipamentos, ambiente saudável e higiene,
estresse e organização, as respostas foram bastante homogêneas, como mostra o
gráfico acima, tendo em sua maioria respostas positivas. Apesar de muitos não
terem comentado nessas questões, um dos respondentes falou sobre estresse
dizendo que: -“o nível de estresse é regular, mais do cotidiano mesmo, do dia-a-dia
que às vezes temos muita tarefa como num imprensado, com um publico maior,
então acaba gerando aquele estresse do trabalho mesmo”. (Informação Verbal)8
8 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
Gráfico 5 – classificação das condições ambientais de trabalho
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
36
7
3
0
9
1
0
10
0 0
9
1
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Compensação Financeira Uso e Desenvolvimento
de Habilidades
Integração Social na
Instituição
Incentivo e Oportunidade
de Crescimento
Justo e Adequado Satisfatório Péssimo
Questionados sobre compensação financeira, uso e desenvolvimento de
habilidades, integração social na instituição e incentivo e oportunidade de
crescimento, as respostas também foram bastante homogêneas, como mostra o
gráfico, mas que em questionamentos anteriores eles falaram que gostariam de ter
uma maior valorização e necessitava de melhoria no suporte técnico oferecido a eles
para poder obterem resultados significativos e serem cobrados pelo serviço
prestado.
Quando questionado sobre a visão do lazer para eles, responderam que: “o lazer é tudo”, “divertimento com responsabilidade”, “aproveitamento do tempo livre, do ócio”, “viajar com a família”, “melhor coisa que existe na terra”, “se livrar do estresse”, “momentos de prazer”, “primordial”, “divertimento, satisfação, descontração, sorrisos”. Além disso, um respondente falou o seguinte sobre o lazer “quando eu entrei no hotel eu tinha uma visão que o lazer era apenas aqueles momentos que nos passamos mais relaxados. Quando entrei no hotel eu descobri que o lazer é todo aquele momento que se trabalha para entreter, proporcionar aos outros momentos de prazer, momento de dar um descanso, um intervalo na rotina de vida. Então lazer pra mim é todo aquele momento onde se consegue colocar uma vírgula no seu processo diário de vida, tipo trabalho, e onde você pode fugir um pouquinho é como se fosse uma ilha meio
Gráfico 6 – Avaliação da empresa
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
37
que deserta onde você consegue dar uma reciclada”. (Informação verbal)9
100%
0%
SIM NÃO
53%
6%0%0%
41%
Semanalmente mensalmentesemestralmente anualmenteoutros
Como mostra o gráfico acima, 100% dos respondentes afirmaram que há
um planejamento das atividades de lazer a serem desenvolvidas no hotel. Quanto à
forma que esse planejamento acontece, na maioria se dá semanalmente e outros, se
enquadram nas respostas de que há um planejamento mensalmente e que,
dependendo se há alguma data festiva naquele mês, a programação modifica no dia
festivo e esse planejamento se dá em função do momento em que estará
vivenciando. Como explanou um dos entrevistados
“entra em outros porque nós trabalhamos sempre anual aí, vai dividindo semestral, trimestral para os eventos que vão acontecer e as atividades diárias todos os dias nós fazemos um breve planejamento”. Um outro respondente falou que “outros, depende muito. Agente tem tanta função, tanta tarefa que pra tudo tem que ter um planejamento e tem sempre que ter planos A, B e C. É vamos dizer praticamente diariamente porque quem trabalha com lazer, principalmente de hotel, as coisas são bem improvisadas pelo menos aqui a gente planeja, mas se encaixa de acordo com os hóspedes então tem que ser planejados coisas de horas. Tem um planejamento geral com os planos, a gente tem as cartas na manga”. (Informação verbal)10
9 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 10 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
Gráfico 7 – Há planejamento das atividades de lazer
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
Gráfico 8 – De que forma acontece esse planejamento
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
38
Quando questionados sobre qual a finalidade das atividades planejadas,
responderam que seria para “entreter os hóspedes”, “proporcionar ao hóspede uma
estadia agradável, promovendo lazer e satisfação para que ele possa futuramente
voltar ao hotel”, “manter o hóspede no hotel”, “proporcionar lazer diferenciado”. Mas
um dos entrevistados falou que
“essas atividades são planejadas para que chame atenção do hóspede e faça com que ele permaneça mais tempo no hotel, gerando assim uma renda extra, além do que já esta pagando pela hospedagem, eles possam estar gastando dentro do hotel o que iriam gastar na rua na busca por entretenimento”. (Informação verbal)11
7
3
0
6
4
0
5 5
0
6
3
1
5 5
0
0
1
2
3
4
5
6
7
Interesses Físicos Interesses Artisticos Interesses Manuais Interesses Intelectuais Interesses Sociais
Frequentimente as vezes nunca
Com o gráfico acima podemos perceber a homogeneidade das respostas
quanto aos interesses culturais do lazer, presentes nas atividades desenvolvidas em
hotéis. E, mesmo esses interesses estarem sempre inseridos nas atividades, o que
prevalece ainda são os interesse físicos, atividades como futebol, hidroginástica e
esportes no geral estão diariamente na programação de qualquer hotel. 11 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
Gráfico 9 – Identificação da presença de interesses culturais do lazer nas atividades desenvolvidas
Fonte:Dados da pesquisa de campo Fev/2008
39
Quando questionados sobre a existência de avaliação das atividades
praticadas e como ela acontecia, 100% responderam que sim e que “existem de
forma a tentar sempre melhor as atividades”, “estar sempre inovando as atividades”,
“verificar os pontos a favor e contra para melhorar cada vez mais”. Um dos
respondentes explanou sobre avaliações que:
“sim, diariamente tem reunião no início do dia pra distribuir as atividades e no final do dia tem avaliação. Sempre tem reunião quinzenal e mensal sobre essas avaliações e a gente tem questionários também que são respondidos pelos hóspedes”. (Informação verbal)12
Já um outro falou que
“avaliamos primeiro pela resposta do público, eles têm um questionário onde respondem algumas informações e também nós fazemos uma auto-avaliação da atividade, se foi alcançado o público efetivo, se tínhamos uma grande porcentagem da casa presente, participante, ou seja, se estava na ativa na atividade. Nós temos uma preocupação sempre de manter o grupo que esteja sendo trabalhado, no caso os hóspedes, que ele mantenha-se sempre na atividade. Nossa idéia é que o hóspede se mantenha nas várias atividades”. (Informação verbal)13
Questionados sobre os resultados dessas avaliações, se têm sido úteis
para auxiliar na prática, a maioria disseram que sim e que “tem tido elogio dos
hóspedes”, “que as atividades passaram a ficar melhor depois das avaliações
contínuas”, “que tido um enriquecimento no nível das atividades”. Um dos
questionados respondeu que “nós conseguimos reavaliar algumas atividades
fazendo com que possamos melhorá-las, ou mudá-las, trocar por uma outra
atividade com um conceito melhor, um resultado melhor”. (Informação verbal)14
Solicitado a acrescentar algum comentário que julgue útil sobre o assunto
pesquisado, os respondentes falaram que:
12 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 13 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 14 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
40
“Não pode priorizar o dinheiro, tem que amar a profissão”. (Informação
verbal)15
“Maior valorização do setor por parte dos contratantes, investimento no
RH, pois as empresas querem muito do funcionário, mas não investe”. (Informação
verbal)16
“Investimento do CEFET para que houvesse mais aulas práticas,
investisse em estágios para aos seus alunos e mostrar na prática as várias
possibilidades”. (Informação verbal)17
“Questão de alimentação, se nós estamos sendo bem tratados pela parte
de recursos humanos do hotel, se tem interesse de saber como o colaborador se
sente, esse tipo de coisa”. (Informação verbal)18
“Uma coisa que eu achava antes de trabalhar em hotéis que trabalhar com recreação e lazer em hotel era muito fácil e despretensiosa era apenas atividade separada. Descobri que se tem que fazer um planejamento muito profundo, fazer um trabalho muito mais sério ao planejar a diversão do próximo, do cliente. Enquanto é lazer para os outros é muito trabalho para nós, então isso que é gostoso porque o lazer é organizado, não são apenas atividades soltas, ele é direcionado para que aquilo te traga o melhor. Então mudou minha visão do antes e o pós”. (Informação verbal)19
15 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 16 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 17 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 18 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer. 19 Informação verbal obtida em entrevista realizada com os profissionais de Lazer.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo, evidenciam-se as conquistas alcançadas com a pesquisa,
construída a partir de questionários, referencial teórico e o estudo sobre lazer,
qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho. Esta pesquisa teve como objetivo
analisar a atuação dos profissionais de equipes de lazer que atua em Hotéis na via
costeira de Natal/RN e o seu nível de Qualidade de Vida no Trabalho. Identificando o
perfil desses profissionais; verificando as condições do ambiente de trabalho e a
satisfação dos profissionais com a atuação nas suas atividades; e identificando,
entre os profissionais de lazer, como são desenvolvidas as atividades de lazer nos
hotéis e se essas proporcionam aos participantes uma reflexão sobre a importância
do lazer no cotidiano.
Através das respostas obtidas, percebe-se que os objetivos foram
atingidos. A questão da qualidade de vida no trabalho desses funcionários é
satisfatória, mas que ainda há muito a ser modificado nas estruturas organizacionais,
nos recursos humanos empregados nesse setor e, principalmente, na capacitação
desses profissionais.
Sabe-se que os seres humanos são naturalmente aversos a mudanças,
mas percebemos que ela é necessária. E essa é exigida não apenas no
comportamento: são mudanças de valores, cultura, convicções e crenças.
Por perceber a qualidade como algo desafiador para o ser humano, Pôde-
se identificar que, apesar dos profissionais de lazer em hotéis se dizer satisfeitos
com a questão do trabalho, a questão da compensação financeira mostrou que a
área necessita de maior investimento por parte dos contratantes. Nas respostas
obtidas ao longo da pesquisa, observa-se um demasiado “medo” de revelar as
fragilidades do setor e as dificuldades pelo qual passavam diariamente.
É de fundamental importância a preocupação com esses funcionários no
âmbito de proporcioná-los maior valorização no mercado, com remunerações mais
justas e adequadas e não só isso, mas também com a contratação de pessoas
graduadas, que estudaram para exercer a função com mais propriedade do assunto
e que estes estejam constantemente participando de cursos relacionados a
profissão fazendo com eles possam estar atualizados com o que há de novo no
mercado de entretenimento o que é importante para o exercício da função.
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O perfil do profissional de lazer em hotéis atualmente apresenta-se
deficiente. A maioria dos profissionais tem apenas o ensino médio completo e não
via necessidade de uma graduação para estar exercendo a função, coisa que
acredito ser totalmente errônea, pois, como trabalhar com o corpo e a mente de
pessoas sem saber como elas funcionam? Acredito ser de fundamental importância
à consciência para com os exercícios e atividades que serão trabalhados para que
ao invés de relaxar o hóspede proporcione dores e/ou fadigas musculares por
exercícios físicos feitos de forma incorreta, por exemplo.
Em relação às condições do ambiente de trabalho percebemos que eles
são ótimos, apesar de em períodos de “alta estação” a carga de trabalho aumente,
mas ele continua sendo um ambiente agradável de se trabalhar. Já sobre a
satisfação dos profissionais com a atuação nas atividades, a grande maioria dos
entrevistados se mostrou satisfeitos com o que faz, que gostam de trabalhar com o
público e fazem com amor, sendo assim, mostra que apesar de esporadicamente ter
uma carga de trabalho elevada não sentem tanto o cansaço pois estão realizando o
que gostam e se sente bem como que estão desenvolvendo.
Como anteriormente ao estudo já se imaginava, diagnostica-se que as
atividades desenvolvidas pelas equipes de lazer em hotéis são planejadas a fim de
entreter os hóspedes e fazer com que eles fiquem um maior tempo dentro do hotel,
gerando assim, uma renda extra e mais lucro para a empresa. Essas atividades,
apesar de muitas vezes serem planejadas erroneamente, atingem um nível
satisfatório quanto aos interesses culturais do lazer. Identificou-se ainda a presença
dos hóspedes freqüentemente em todas as programações dos hotéis, com os mais
diversos interesses, como: Os Interesses Físicos (Atividades físicas, esportes no
geral); Interesses Artísticos (Teatro, cinema, biblioteca, etc.); Interesses Manuais
(Manipulação de objetos, fabricação de brinquedos recicláveis, artesanato, etc.);
Interesses Intelectuais (Jogos como: xadez, dama, gamão,); Interesses Sociais
(Atividades que tendem a envolver grupos e a desenvolver a sociabilidade.). Dentre
estes, o que sempre tem um destaque maior é o físico, pois está em todas as
programações o alongamento na piscina, hidroginástica, vôleibol, futebol.
Apresentando-se também na programação os interesses manuais, especificamente
para as crianças. Muitas dessas atividades são isoladas, só para crianças, só para
adultos, só para jovens.
43
Desse modo, para que a programação fique mais rica e interessante, tem-
se como sugestão a implantação mais efetiva dos outros interesses de uma forma
que ocorra a integração dos membros das famílias, que muitas vezes vão juntas a
um hotel, para que possam ter a oportunidade de estar mais tempo unidos em
atividades que mesclem as idades, fazendo com os pais possam estar com os filhos,
os irmãos mais velhos com os mais novos e assim sucessivamente, trazendo um
diferencial e tornando um programa mais interessante para os hóspedes.
Sendo assim, para melhorar a Qualidade de Vida no Trabalho para os
profissionais de lazer, é necessário o alinhamento dos objetivos e planos bem como
o desenvolvimento de pessoas mais criativas e com potencial dentro das equipes,
com a garantia de geração de produtos e serviços de qualidade. Revendo também a
compensação financeira para que estes profissionais possam, apesar de estarem
satisfeitos na atividade que exerce demonstrem que está profissão não será
provisória mais sim um ofício a ser seguido por muitos anos de trabalho. Além disso,
é de fundamental importância a implantação de um programa de qualidade de vida
proporcionando para estes profissionais um ambiente harmônico e equilibrado
trazendo mais reconhecimento e orgulho por trabalhar na organização.
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REFERÊNCIAS
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ENGELS, Friedrich. O papel do trabalho na transformação do macaco em homem. Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=495 >. Acesso em 6 jul/2007.
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MAIA, Lerson Fernando dos Santos; OLIVEIRA, Marcos Vinícius de Faria. Trabalhos acadêmicos: Princípios, normas e técnicas. Natal: CEFET/RN, 2006.
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MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. Campinas, SP: Autores Associados, 1996. (Coleção educação física e esportes).
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RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de vida no trabalho: evolução e análise no nível gerencial. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
45
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SUA PESQUISA. História geral. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historia/>. Acesso em: 7 jul/2007.
TRIGO, Luiz. Os setores públicos e privados no lazer e no turismo. In: MARCELLINO, Nelson (Org). Lazer: Formação e atuação profissional. Campinas, SP: Papirus, 1995. p. 75.
WERNECK, Cristianne, L.G.; STOPPA, Edmur A.; ISAYAMA Hélder F. Lazer e mercado. Campinas, SP: Papirus, 2001.
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ANEXO
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ANEXO A: PESQUISA SOBRE OS PROFISSIONAIS DE LAZER QUE ATUA EM HOTEIS
Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte
Av. Sen. Salgado Filho, 1559, Tirol, Natal-RN, CEP 59015-000 Fone/Fax: +55 (84) 4005-2672 / 4005-2694
E-mail: [email protected]
PESQUISA: OS PROFISSIONAIS DE LAZER QUE ATUA EM HOTEIS
Nome do hotel pesquisado: _______________________________________________
1. FAIXA ETÁRIA: ( ) 17 a 20 Anos ( ) 21 a 30 Anos ( ) 31 a 40 Anos ( ) 41 a 60 Anos ( ) Mais de 61 Anos 2. ONDE MORA? Bairro: __________________________________________________ 3. RENDA MENSAL: ( ) ENTRE 1 E 3 SALÁRIOS ( ) ENTRE 4 E 6 SALÁRIOS ( ) MAIS DE 7 SALÁRIOS 4.ESCOLARIDADE? a. ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO ( ) b. ENSINO MÉDIO COMPLETO ( ) c. ENSINO SUPERIOR INCOMPLETO ( ) d. ENSINO SUPERIOR COMPLETO ( ) INSTITUIÇÃO? _____________________ 5. QUAL SUA FORMAÇÃO/ GRADUAÇÃO? __________________________________________________________________________
6. QUAL A SUA FUNÇÃO NA EQUIPE DE LAZER?
__________________________________________________________________________
7. HÁ QUANTO TEMPO TRABALHA NA FUNÇÃO?
__________________________________________________________________________
8. QUAL O GRAU DE SATISFAÇÃO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL? ( ) INSATISFEITO ( ) SATISFEITO ( ) MUITO SATISFEITO
9. QUAL O SIGNIFICADO DO TRABALHO PARA A SUA VIDA?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
10. QUAL SEU ENTENDIMENTO ACERCA DO TERMO QUALIDADE DE VIDA? _________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
11. O QUE VOCÊ CONSIDERA IMPORTANTE PARA TER QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO? _________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
12. PARA VOCÊ COMO SERIA UM RELACIONAMENTO IDEAL NO AMBIENTE DE TRABALHO? _________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
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13. COMO VOCÊ CLASSIFICA AS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO? JORNADA DE TRABALHO ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA CARGA DE TRABALHO ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA AMBIENTE FÍSICO ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA MATERIAL E EQUIPAMENTO ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA AMBIENTE SAUDÁVEL E HIGIENE ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA ESTRESSE ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA ORGANIZAÇÃO ( ) ADEQUADO ( ) REGULAR ( ) PÉSSIMA 14. COMO VOCE AVALIA A SUA EMPRESA QUANTO A: COMPENSAÇÃO FINANCEIRA ( ) Justa e Adequada ( )Satisfatório ( )Péssima USO E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES ( ) Justa e Adequada ( )Satisfatório ( )Péssima INTEGRAÇÃO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO ( ) Justa e Adequada ( ) Satisfatório ( )Péssima INCENTIVO E OPORTUNIDADE DE CESCIMENTO ( ) Justa e Adequada ( )Satisfatório ( )Péssima 15. QUAL A SUA VISÃO DO LAZER? _________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
16. HÁ UM PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE LAZER A SEREM DESENVOLVIDAS?
a. SIM ( ) b. NÃO ( ) SE SIM, RESPONDER QUESTÃO Nº 17 SE NÃO, COMENTE
_________________________________________________________________________________
17. DE QUE FORMA ESSE PLANEJAMENTO ACONTECE?
SEMANALMENTE ( ) MENSALMENTE ( ) SEMESTRALMENTE ( )
ANUALMENTE ( ) OUTROS ( ) _____________________________________
18. QUAL A FINALIDADE DESSAS ATIVIDADES?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
19. COM QUE FREQUENCIA VOCÊ IDENTIFICA A PRESENÇA DOS SEGUINTES INTERESSES
CULTURAIS DO LAZER NAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NOS HOTEIS?
INTERESSES FÍSICOS (Atividades físicas, esportes no geral) ( )Freqüentemente ( ) As Vezes ( ) Nunca INTERESSES ARTÍSTICOS (Teatro, cinema, biblioteca, etc.) ( )Freqüentemente ( ) As Vezes ( ) Nunca INTERESSES MANUAIS (Manipulação de objetos, fabricação de brinquedos recicláveis, artesanato, etc.) ( )Freqüentemente ( ) As Vezes ( ) Nunca INTERESSES INTELECTUAIS (Jogos como: xadez, dama, gamão, cursos desmotivado do lado profissional.) ( )Freqüentemente ( ) As Vezes ( ) Nunca INTERESSES SOCIAIS (Atividades que tendem a envolver grupos e a desenvolver a sociabilidade.)
( )Freqüentemente ( ) As Vezes ( ) Nunca
20. EXISTE UMA AVALIAÇÃO SOBRE AS PRATICAS DO LAZER? COMO ACONTECE?
_________________________________________________________________________________
21. COMO OS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES TÊM SIDO ÚTEIS NA SUA PRÁTICA? _________________________________________________________________________________
22. SE POSSÍVEL, ACRESCENTE ALGUM COMENTÁRIO QUE JULGUE ÚTIL SOBRE O
ASSUNTO PESQUISADO
_________________________________________________________________________________