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Jerónimo Martins, SGPS, S.A. Sociedade Aberta | Sede: Rua Actor António Silva, 7 – 1649-033 Lisboa | Capital Social: Euro 629.293.220,00 | Número comum de matricula na
C.R.C. de Lisboa e de Pessoa Colectiva: 500 100 144 | www.jeronimomartins.com
Lisboa, 4 de Março de 2015
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração Pedro Soares dos Santos
“Num ano marcado por níveis de deflação alimentar mais elevados do que o esperado tanto na Polónia como em Portugal, o Grupo aumentou as suas vendas em 851 milhões de euros, tendo registado uma forte geração de cash flow.
O crescimento das vendas manteve-se como a nossa primeira grande prioridade e todos os nossos principais negócios aumentaram as vendas like-for-like em volume, reforçando as respectivas posições de mercado.
Apesar do forte desempenho em termos de quota de mercado das nossas Companhias, os resultados consolidados foram impactados por uma combinação de factores de pressão: condições de mercado muito exigentes, forte deflação alimentar que afectou as vendas, inflação ao nível dos custos e perdas relacionadas com os novos negócios. Ainda assim, o cash flow gerado pelo Grupo registou um forte crescimento para 267 milhões de euros e o Pre-Tax ROIC manteve-se acima dos 20% no ano.
Na Biedronka estamos comprometidos com a recuperação do momentum de crescimento de vendas like-for-like em valor ao longo do ano 2015 e em preparar a Companhia para cumprir as suas metas de médio prazo.
Em Portugal, o Pingo Doce teve um desempenho muito positivo e irá continuar a criar oportunidades para o consumidor, de modo a, crescer acima do mercado, também em 2015.
À medida que a Ara investe na sua segunda região – na Costa do Caribe – reforçamos a nossa confiança na operação colombiana como pilar chave de crescimento futuro do Grupo.
Considero o desempenho de 2014 robusto embora o nosso único foco seja agora o ano de 2015, do qual já passaram dois meses.”
CALENDÁRIO FINANCEIRO Assembleia Geral de Accionistas: 9 de Abril de 2015
Resultados do 1.º Trimestre 2015: 29 de Abril de 2015
Resultados do 1.º Semestre 2015: 29 de Julho de 2015
Resultados do 3.º Trimestre 2015: 5 de Novembro de 2015
Relações com Investidores
+351 21 752 61 05
Cláudia Falcão [email protected]
Hugo Fernandes [email protected]
(Milhões de Euros) 2014 2013 Δ%
(Euro)
Δ%
(s/ F/X)
Vendas Consolidadas 12.680,2 11.829,3 +7,2 +7,0
EBITDA
Mg EBITDA (%) 733,2
5,8 777,1
6,6 -5,6
-6,1
Res. Líquido JM
S/ não recorrentes
301,7 306,7
382,3 383,7
-21,1 -20,1
-21,8 -20,8
EPS (€) 0,48 0,61 -21,1
Dívida Líquida
Gearing (%)
273,0 16,7
345,8 22,5
Jerónimo Martins SGPS, S.A. Resultados do Ano de 2014
Num ano difícil e cheio de desafios para o sector do retalho, devido a níveis de deflação alimentar sem precedentes, conseguimos fortalecer ainda mais a competitividade das nossas principais áreas de negócio:
- Biedronka, Pingo Doce e Recheio cresceram acima dos respectivos sectores, reforçando as quotas de mercado
- As vendas consolidadas aumentaram 7,2% para 12,7 mil milhões de euros
- O Grupo registou um EBITDA de 733 milhões de euros
- O cash flow gerado pelo Grupo subiu, no ano, 41% para 267 milhões de euros, apesar do aumento do investimento nos novos negócios e da forte deflação alimentar, que pressionaram a rentabilidade
- O resultado líquido atribuível a Jerónimo Martins foi de 302 milhões de euros
- O Pre-Tax ROIC manteve-se a um nível saudável, atingindo 21%
Em linha com a política de distribuição de dividendos definida, o Conselho de Administração propõe o pagamento de um dividendo bruto de 0,245 euros por acção.
1
Resultados Ano 2014
Números Chave do Desempenho
(Milhões de Euros) D D
Vendas e Prestação de Serviços 12.680 11.829 7,2% 3.348 3.130 7,0%
Margem Total 2.692 21,2% 2.541 21,5% 5,9% 712 21,3% 679 21,7% 4,9%
Custos Operacionais -1.958 -15,4% -1.763 -14,9% 11,1% -526 -15,7% -475 -15,2% 10,8%
EBITDA 733 5,8% 777 6,6% -5,6% 186 5,5% 204 6,5% -8,9%
Depreciação -277 -2,2% -249 -2,1% 11,0% -72 -2,1% -65 -2,1% 11,1%
EBIT 457 3,6% 528 4,5% -13,5% 114 3,4% 139 4,5% -18,2%
Resultados Financeiros -34 -0,3% -39 -0,3% -11,6% -8 -0,2% -9 -0,3% -7,9%
Ganhos em Empresas Associadas 15 0,1% 19 0,2% -19,4% 1 0,0% 5 0,2% n.a.
Itens não Recorrentes -9 -0,1% -4 0,0% 91,6% -7 -0,2% -4 -0,1% 67,2%
EBT 429 3,4% 503 4,3% -14,8% 99 3,0% 131 4,2% -24,5%
Impostos -104 -0,8% -111 -0,9% -6,4% -30 -0,9% -33 -1,0% -9,0%
Resultados Líquidos 325 2,6% 393 3,3% -17,2% 69 2,1% 99 3,1% -29,7%
Interesses que não Controlam -23 -0,2% -10 -0,1% n.a. -5 -0,1% 3 0,1% n.a
Res. Líquido atribuível a JM 302 2,4% 382 3,2% -21,1% 65 1,9% 102 3,3% -36,5%
Res. Líquido / acção (€) 0,48 0,61 -21,1% 0,10 0,16 -36,5%
2014 2013 4T 14 4T 13
RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO
CONTRIBUIÇÃO PARA A EVOLUÇÃO DE VENDAS
CONTRIBUIÇÃO PARA A EVOLUÇÃO DO EBITDA
11.829704 53 78 12.658 22 12.680
2013 Biedronka Pingo Doce Recheio Outros 2014 exc. F/X F/X 2014
Contribuição para o crescimento de Vendas (milhões de euros)
+7,0% +7,2%
-6
777 4 0 730 3 733
2013 Biedronka Pingo Doce
Recheio NovosNegócios
Outros 2014 exc.F/X
F/X 2014
Contribuição para o crescimento do EBITDA (milhões de euros)
-6,1% -5,6%
-5-29 -18
2
Resultados Ano 2014
Desempenho do Ano 2014
O ano de 2014 foi exigente e marcado por pressão externa com elevados níveis de deflação alimentar, o
que impactou as vendas e a rentabilidade, particularmente na Polónia.
Apesar dos desafios enfrentados ao longo do ano, o Grupo encerrou 2014 com uma posição
competitiva mais forte.
O foco de todos os nossos negócios nas vendas resultou no crescimento dos volumes em todas as
insígnias e no aumento das quotas de mercado da Biedronka, Pingo Doce e Recheio.
Na Polónia, a Biedronka empenhou-se arduamente em defender o desempenho das vendas LFL num
mercado muito competitivo e fortemente pressionado pela deflação alimentar. Não obstante, os
volumes positivos não compensaram inteiramente a deflação verificada no cabaz.
A revisão estratégica realizada ao longo de 2014 na Biedronka permitiu uma leitura clara das
oportunidades de mercado para que a insígnia possa extrair o máximo potencial do seu actual parque
de lojas. Assim, entramos em 2015 confiantes de que as medidas a ser implementadas – na sequência
do que foi anunciado em Novembro passado - irão resultar numa progressiva recuperação do ritmo de
crescimento das vendas LFL.
Em Portugal, o Pingo Doce teve um desempenho muito forte num contexto difícil. A Companhia cresceu
significativamente acima do mercado, devido à proactividade na criação de novas oportunidades de
compra inteligente e que foram reconhecidas pelos consumidores pelo seu valor acrescentado.
No que respeita os novos negócios, a Ara registou um ano muito positivo, com a equipa a ganhar um
maior conhecimento do consumidor colombiano, bem como dos fundamentais do nosso negócio neste
mercado. A equipa da Hebe continuou a reforçar a sua experiência e conhecimento do segmento de
Beleza na Polónia.
Apesar do reforço das posições de mercado das nossas insígnias, os resultados do Grupo foram
impactados pela forte deflação alimentar em mercados muito competitivos. Ainda assim, a geração de
cash flow e a rentabilidade mantiveram-se a níveis saudáveis.
3
Resultados Ano 2014
Vendas e Resultados
Desempenho de Vendas Vendas Consolidadas Desempenho de Vendas LFL
As vendas líquidas do Grupo cresceram 7,2% para 12,7 mil milhões de euros. Esta evolução foi
alcançada através da expansão continuada, bem como do aumento das vendas LFL em volume
verificado em todas as áreas de negócio.
As vendas da Biedronka, representam 66,5% do total, sendo ainda responsáveis por 85,7% do aumento
de 851 milhões de euros verificado nas vendas do Grupo, entre 2013 e 2014, permanecendo assim
como o principal motor de crescimento de Jerónimo Martins.
Na Polónia, a inflação alimentar deslizou para terreno negativo no segundo trimestre de 2014, tendo-se
deteriorado rapidamente nos meses seguintes e atingindo, no ano, -0,9%.
A envolvente competitiva manteve-se intensa, tendo sido caracterizada pelo desenvolvimento de fortes
acções promocionais por parte de todos os operadores de retalho alimentar.
As vendas da Biedronka cresceram 9,1% em zloty (+9,5% em euros), para os 8,4 mil milhões de euros.
Foram inauguradas 211 lojas (194 adições líquidas), que vieram reforçar o parque para um total de
2.587 localizações no final do ano.
A Companhia registou um crescimento LFL de +1% em volume embora não tenha sido suficiente para
que o crescimento LFL em valor tenha sido positivo (-0,8% considerando uma deflação no cabaz de
1,8%).
A Biedronka liderou os ganhos de quota de mercado, ao reforçar a sua posição em 1,1 p.p. para os
16,9%1 no final do ano.
A deflação alimentar em Portugal acelerou rapidamente nos segundo e terceiro trimestres do ano,
dando sinais de abrandamento no quarto trimestre. Em termos anuais, a deflação alimentar foi de
1,3%.
1 Fonte: GfK Value Shares at Total FMCG Market.
2013 2014
+9,5%
+1,7%
-0,7%
26,9%
Vendas Consolidadas (milhões de euros)
65,1% 66,5%
25,5%
6,8% 6,3%1,2% 1,7%
12.68011.829
+7,2%
Outros
Biedronka
Pingo Doce
Recheio
-0,8%
0,5%*
-0,9%
-0,4%
Crescimento LFL (2014/2013)
* LFL excluindo combustível: +1,2%
9.5%
2.0%2.6%
5.3%
Biedronka PingoDoce
Recheio JM Cons.
Crescimento LFL (1T 12/1T 11)
4
Resultados Ano 2014
A sensibilidade do consumidor ao preço manteve-se alta e o Pingo Doce continuou a investir com
sucesso na sua estratégia promocional, mantendo a força dos seus pilares estratégicos fundamentais:
qualidade e variedade dos Frescos e qualidade e inovação das suas marcas próprias.
Como resultado, as vendas cresceram 1,7%, tendo sido verificado um robusto desempenho LFL de
+1,2% (excluindo combustível), apesar da forte deflação registada no cabaz ao longo do ano. A quota de
mercado do Pingo Doce aumentou 0,6 p.p. para 18,2%2.
As vendas do Recheio, em volume, cresceram 1,5%, numa exigente envolvente económica para os
clientes do HoReCa e do Retalho Tradicional. As vendas em valor cederam 0,7%, devido,
principalmente, à deflação alimentar observada no mercado.
No que se refere aos novos negócios, a Hebe alcançou vendas de 87 milhões de euros e a Ara atingiu
vendas de 66 milhões de euros.
Desempenho de Resultados EBITDA Consolidado Margem EBITDA
O EBITDA gerado pelo Grupo atingiu os 733,0 milhões de euros, uma redução de 5,6% em relação ao
ano anterior, com a respectiva margem a fixar-se nos 5,8% (6,6% em 2013).
O desempenho do ano reflecte o impacto, no valor das vendas, causado pelos elevados níveis de
deflação alimentar que se registaram na Polónia e Portugal e pela inflação verificada do lado dos
custos, impactando a diluição dos custos nas vendas. Reflecte ainda o aumento dos custos relativos aos
novos negócios, Hebe e Ara, cujo EBITDA teve um impacto na margem EBITDA do Grupo de 50 p.b.. Os
novos negócios geraram um EBITDA negativo de 58 milhões de euros, mais 16 milhões de euros do que
no ano anterior e em linha com o esperado.
A Biedronka gerou um EBITDA de 573,1 milhões de euros (78,2% do EBITDA do Grupo), uma margem de
6,8% (100 p.b. abaixo do ano anterior) que reflecte para além do investimento promocional, o
desequilíbrio entre a deflação registada no cabaz e a inflação ao nível dos custos, nomeadamente
salários e rendas.
No quarto trimestre, a margem EBITDA da Biedronka foi também impactada pela abertura de dois
novos Centros de Distribuição em Dezembro e pela forte deflação no cabaz.
2 Fonte: Estimativa interna com base no Volume de Negócios do Retalho Alimentar publicado pelo INE.
777733
6,6%5,8%
0%
7%
0
900
20142013
-5,6%
(Milh
ões
de
Euro
s) (% V
end
as)
2014 % total 2013 % total
Biedronka 6,8% 78,2% 7,8% 77,2%
Pingo Doce 5,8% 25,6% 5,8% 23,5%
Recheio 5,2% 5,7% 5,8% 6,0%
Outros & Ajustes de Consolidação n.a. -9,4% n.a. -6,8%
JM Consolidado 5,8% 100% 6,6% 100%
5
Resultados Ano 2014
2014 foi o período mais forte de deflação interna no Pingo Doce, que enfrentou, pelo terceiro ano
consecutivo, uma descida generalizada dos preços. Aliando a disciplina de custos a uma forte evolução
dos volumes, a Companhia manteve a margem EBITDA estável nos 5,8%. O EBITDA gerado cresceu 2,4%
para os 187,4 milhões de euros em resultado do aumento das vendas.
O Recheio registou um EBITDA de 42 milhões de euros, com a respectiva margem a cair dos 5,8%
verificados em 2013 para os 5,2% em 2014. Este desempenho reflecte o impacto da deflação alimentar,
mas também o esforço da Companhia em defender e aumentar a sua base de clientes.
Os resultados financeiros diminuíram 4,5 milhões de euros para 34,3 milhões de euros, seguindo a
evolução favorável do custo da dívida.
Os ganhos em empresas associadas atingiram os 15,2 milhões de euros, menos 3,7 milhões de euros do
que no ano anterior que incorporou benefícios não-recorrentes associados à restruturação da
actividade industrial.
O resultado líquido atribuível a Jerónimo Martins foi de 301,7 milhões de euros, uma redução de 21,1%
em relação ao ano anterior.
Balanço e Rentabilidade do Capital Investido
O aumento dos activos fixos líquidos reflectiu o programa de investimentos do ano.
O Grupo investiu em 2014 um total de 470 milhões de euros, tendo a expansão continuado a absorver a
maior parte deste investimento ao atingir um total de 291 milhões de euros.
A Biedronka permaneceu como a primeira prioridade do Grupo ao nível do crescimento orgânico, com
a abertura de 211 novas lojas durante o ano, das quais 96 em grandes centros urbanos.
O Pingo Doce abriu no ano cinco novas lojas, das quais quatro em regime de gestão de terceiros.
(Milhões de Euros) 2014 2013 *
Goodwill Líquido 640 648
Activo Fixo Líquido 2.940 2.810
Capital Circulante Total -1.778 -1.686
Outros 111 112
Capital Investido 1.912 1.885
Total de Empréstimos 714 688
Leasings 1 6
Juros Diferidos 4 20
Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários -446 -368
Dívida Líquida 273 346
Interesses que não Controlam 243 236
Capital Social 629 629
Reservas e Resultados Retidos 767 674
Fundos de Accionistas 1.639 1.539
Gearing 16,7% 22,5%
Pre-Tax ROIC 20,8% 26,6%
* Valores reclassificados - ver nota na página 11.
6
Resultados Ano 2014
A Ara, na Colômbia, executou o seu plano de expansão tal como previsto e inaugurou 50 novas
localizações, terminando 2014 com um total de 86 lojas, todas na região do Eixo Cafeteiro. A Hebe abriu
18 lojas no ano.
Uma vez que a remodelação do parque de lojas é fundamental para a manutenção da qualidade da
experiência de compra, o Grupo investiu 117 milhões de euros no programa de remodelação ao longo
do ano.
No que se refere à estrutura logística - uma peça fundamental na eficiência das cadeias de
abastecimento do Grupo e no garante dos melhores níveis de serviço às lojas – o Grupo investiu 61
milhões de euros, sendo mais de metade deste valor canalizado para a abertura de três centros de
distribuição da Biedronka.
A solidez do balanço consolidado foi reforçada no ano de 2014, com o gearing a terminar o ano nos
16,7%.
Em 2014, o Pre-Tax ROIC do Grupo foi de 20,8%, apesar do impacto que a forte deflação alimentar teve
na rentabilidade dos negócios e também do investimento nos dois novos negócios. Cash Flow
O cash flow libertado cifrou-se em 267 milhões de euros, mais 78 milhões de euros que no ano anterior.
Este forte desempenho resultou da boa geração de caixa da Biedronka e do Pingo Doce, que compensou os fundos absorvidos pelos novos negócios – Hebe e Ara.
Proposta de Distribuição de Dividendos
Tendo em conta o resultado do ano e em linha com a política de dividendos do Grupo, o Conselho de Administração irá propor a distribuição de 153.966.383,90 euros na próxima Assembleia Geral de Accionistas.
Esta proposta representa o pagamento de um dividendo bruto de 0,245 euros por acção, excluindo-se as acções próprias em carteira, com o correspondente dividend yield a atingir 2,24% face à cotação média de 2014, que foi de 10,94 euros.
(Milhões de Euros) 2014 2013
EBITDA 733 777
Pagamento de Juros -32 -36
Outros Itens Financeiros 20 14
Imposto sobre o Resultado -109 -121
Fundos gerados pelas Operações 612 635
Pagamento de Capex -486 -512
Variação de Capital Circulante 146 68
Outros -5 -1
Cash Flow Libertado 267 190
7
Resultados Ano 2014
Perspectivas para 2015
Em 2015, o Grupo manterá o crescimento das vendas como a sua principal prioridade e as principais insígnias continuarão focadas em aumentar vendas acima do crescimento dos seus respectivos mercados.
Acreditamos que a deflação alimentar, principalmente na Polónia, deverá manter-se um desafio para o sector de Retalho Alimentar, pelo menos durante o primeiro semestre de 2015.
Na Polónia, a nossa prioridade durante o ano será implementar, na oferta da Biedronka, o programa de reforço de vendas e com isso fortalecer a sua vantagem competitiva. Como resultado, esperamos que a Biedronka recupere gradualmente o dinamismo do crescimento das suas vendas LFL.
Pretendemos ajustar a estrutura de custos da Companhia de acordo com os seus novos objectivos de expansão e manter um forte foco na eficiência e produtividade. Confirmamos, assim, 6,5% como o valor mínimo para a margem EBITDA da Biedronka em 2015.
A Ara irá testar o seu modelo de negócio e a sua abordagem comercial numa segunda região e estamos confiantes de que a Companhia continuará a encontrar o seu caminho para ganhar a preferência dos consumidores colombianos.
O impacto das perdas da Ara e da Hebe no EBITDA consolidado estima-se entre os 60-70 milhões de euros.
Em 2015, o Grupo estima aumentar o seu programa de investimento para entre 500-550 milhões de euros, com a Biedronka a absorver c.60% desse valor.
Aviso Legal
Este comunicado inclui afirmações que não se referem a factos passados e que se referem ao futuro e que
envolvem riscos e incertezas que podem levar a que os resultados reais sejam materialmente diferentes daqueles
indicados em afirmações sobre o futuro. Os riscos e incertezas advêm de factores para além do controlo e
capacidade de previsão de Jerónimo Martins, tal como condições macroeconómicas, mercados de crédito,
flutuações de moeda estrangeira e desenvolvimentos do quadro regulatório.
As afirmações aqui contidas sobre o futuro referem-se apenas a este documento e à sua data de publicação, não
assumindo o Grupo Jerónimo Martins qualquer obrigação de actualizar informação contida nesta apresentação ou
de notificar um participante no evento de que qualquer assunto aqui afirmado mude ou se torne incorrecto,
excepto quando exigido por lei ou regulamento específico.
8
Resultados Ano 2014
Anexos
(Milhões de Euros) 2014 2013
Vendas e prestação de serviços 12.680 11.829
Custo das Vendas -9.989 -9.289
Margem 2.692 2.541
Custos de Distribuição -2.021 -1.812
Custos Administrativos -214 -201
Resultados Operacionais não Usuais -7 -3
Resultados Operacionais 449 525
Custo Líquido de Financiamento -34 -39
Ganhos/Perdas em outros Investimentos -1 -2
Ganhos em Empresas Associadas 15 19
Resultados antes de Impostos 429 503
Imposto sobre os Resultados Correntes -104 -111
Resultados Líquidos (antes de int. que não controlam) 325 393
Interesses que não Controlam -23 -10
Resultado Líquido atribuível a JM 302 382
Nota: A linha de ‘Itens não recorrentes’ no quadro ‘Resultado Líquido Consolidado’ na página 2 deste relatório inclui os
valores constantes nas linhas ‘Resultados operacionais não usuais’ e ‘Ganhos/Perdas em outros investimentos’ presentes no
quadro acima apresentado.
(Milhões de Euros)
% total % total Pln Euro % total % total Pln Euro
Biedronka 8.432 66,5% 7.703 65,1% 9,1% 9,5% 2.241 66,9% 2.060 65,8% 9,4% 8,7%
Pingo Doce 3.234 25,5% 3.181 26,9% 1,7% 844 25,2% 828 26,4% 1,9%
Recheio 799 6,3% 805 6,8% -0,7% 196 5,9% 197 6,3% -0,3%
Serviços de Mkt., Repr. e Rest. 79 0,6% 78 0,7% 0,9% 23 0,7% 21 0,7% 8,3%
Outros & Ajustes de Consolidação 137 1,1% 63 0,5% n.a 45 1,3% 24 0,8% n.a
Total JM 12.680 100% 11.829 100% 7,2% 3.348 100% 3.130 100% 7,0%
2014 2013 D % 4T 14 4T 13 D %
1T 14 2T 14 1S 14 3T 14 9M 14 4T 14 2014 1T 14 2T 14 1S 14 3T 14 9M 14 4T 14 2014
Biedronka
Euro 5,9% 12,3% 9,1% 10,9% 9,7% 8,7% 9,5%
PLN 6,6% 11,5% 9,1% 9,0% 9,0% 9,4% 9,1% -2,7% 0,3% -1,2% -1,3% -1,2% 0,3% -0,8%
Pingo Doce 2,3% 2,9% 2,6% -0,3% 1,6% 1,9% 1,7% 1,1% 1,9% 1,5% -2,0% 0,3% 1,1% 0,5%
Excluindo combustível 2,7% 3,5% 3,1% 0,1% 2,0% 2,4% 2,1% 2,0% 2,7% 2,4% -1,4% 1,0% 1,8% 1,2%
Recheio -0,1% -0,4% -0,3% -1,9% -0,9% -0,3% -0,7% -0,4%* -0,4% -0,4% -2,3% -1,1% 0,0% -0,9%
* Valor corrigido - ver nota na página 11.
Crescimento Total de Vendas Crescimento LFL de Vendas
Encerramentos
1T 14 2T 14 3T 14 4T 14 2014
Biedronka 2.393 19 73 57 62 17 2.587
Pingo Doce 376 2 1 2 0 1 380
Recheio 41 0 0 0 0 0 41
Encerramentos/
Remodelações
1T 14 2T 14 3T 14 4T 14 2014
Biedronka 1.500.038 13.212 50.492 39.001 42.210 -4.936 1.649.889
Pingo Doce 457.171 2.400 688 1.750 0 1.146 460.863
Recheio 129.295 0 0 0 0 630 128.665
Número de Lojas 2013Aberturas
2014
Área de Venda (m2) 2013Aberturas
2014
PARQUE DE LOJAS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES
DETALHE DE VENDAS
CRESCIMENTO DE VENDAS
9
Resultados Ano 2014
(Milhões de Euros) 2014 2013
Juros Líquidos -30 -31
Diferenças Cambiais -1 -1
Outros -3 -7
Resultados Financeiros -34 -39
(Milhões de Euros) 2014 2013
Biedronka 361 77% 402 74%
Distribuição Portugal 65 14% 90 17%
Outros 45 10% 48 9%
Investimento Total 470 100% 540 100%
(Milhões de Euros) 2014 2013
Existências 578 575
em dias de vendas 17 18
Clientes 49 50
em dias de vendas 1 2
Fornecedores -2.134 -2.035
em dias de vendas -61 -63
Capital Circulante Trade -1.507 -1.410
em dias de vendas -43 -44
Outros -271 -276
Capital Circulante Total -1.778 -1.686
em dias de vendas -51 -52
(Milhões de Euros) 2014 2013
Dívida de Médio Longo Prazo 374 368
% do Total de Empréstimos 52,4% 53,5%
Maturidade Média (anos) 2,0 2,2
Empréstimos Obrigaccionistas 0 225
Outros Empréstimos 374 143
Dívida de Curto Prazo 340 320
% do Total de Empréstimos 47,6% 46,5%
Total de Empréstimos 714 688
Maturidade Média (anos) 1,5 1,3
Leasings 1 6
Juros Diferidos & Operações de Cobertura 4 20
Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários -446 -368
Dívida Líquida 273 346
% Dívida em Euros (Total de Empréstimos + Leasings) 31,6% 65,7%
% Dívida em Zlotys (Total de Empréstimos + Leasings) 57,3% 28,0%
% Dívida em Pesos (Total de Empréstimos + Leasings) 11,1% 6,4%
DETALHE DE CUSTOS FINANCEIROS
INVESTIMENTO
CAPITAL CIRCULANTE
DETALHE DA DÍVIDA
10
Resultados Ano 2014
1. Ajuste ao LFL do Recheio
Uma loja Recheio, remodelada entre Janeiro e Maio de 2014, com um impacto negativo nas
vendas, foi incorrectamente incluída no cálculo do LFL no 1T 2014. O LFL de -0,4% no 1.º trimestre
de 2014 apresentado neste comunicado é o número corrigido.
2. Alteração de Políticas Contabilísticas
Anterior política contabilística aplicável a Terrenos (classificados como Activos Fixos Tangíveis)
Em 2000, quando o Grupo adoptou as Normas Internacionais de Contabilidade, foi tomada a
decisão de adoptar o modelo de revalorização para os activos classificados como terrenos.
Após o reconhecimento inicial pelo custo de aquisição, os terrenos foram mensurados pelo valor
reavaliado baseado em avaliações conduzidas por entidades externas independentes, com uma
frequência apropriada que assegurasse que o valor contabilístico fosse aproximado do seu valor
de mercado.
Razões para a alteração
A carteira de activos imobiliários do Grupo (classificados como activos fixos tangíveis) tem um
perfil diversificado e o valor das propriedades é influenciado por muitas características:
propriedades localizadas no centro da cidade ou na periferia; propriedades isoladas, em centros
comerciais ou no interior de edifícios; e propriedades de dimensão pequena, média ou grande.
Existe ainda uma actividade muito reduzida nos mercados imobiliários onde estas propriedades
estão inseridas, o que tem conduzido a que a fiabilidade e robustez das reavaliações seja cada vez
mais questionada.
Considerando a falta de um mercado com liquidez suficiente para este tipo de activos,
entendemos que os utilizadores não retiram qualquer informação significativa ou útil do resultado
das reavaliações.
Os activos imobiliários detidos pelo Grupo (classificados como activos fixos tangíveis) são
adquiridos como investimento para gerar fluxos de caixa no médio e longo prazo. Acreditamos
que o seu justo valor de mercado não deve influenciar a performance do Grupo. A volatilidade que
traz aos capitais próprios do Grupo não reflecte as acções da Gestão nem a geração de caixa
sustentável que resulta das operações de retalho e não fornece aos utilizadores das
demonstrações financeiras qualquer informação material ou relevante.
Nova política contabilística aplicável a Terrenos (classificados como Activos Fixos Tangíveis)
Com base no acima apresentado, a mudança da política contabilística irá eliminar a volatilidade
nos capitais próprios relacionada com alterações em valores de mercado que não estão
estritamente relacionados com a geração de caixa nas operações de retalho do Grupo e resolve o
desalinhamento com os nossos pares que, de acordo com a informação disponível, utilizam
tendencialmente o custo histório para os Terrenos.
O Grupo decidiu adoptar o custo histórico para os Terrenos nas suas demonstrações financeiras
preparadas a 31 de Dezembro de 2014. Assim, os Terrenos passam a ser contabilizados pelo custo,
menos quaisquer perdas por imparidade. Havendo algum indicador de imparidade, o valor
recuperável é estimado e qualquer perda por imparidade é reconhecida na Demonstração de
Resultados.
NOTAS
11
Resultados Ano 2014
Se o Grupo não tivesse alterado esta política contabilística, o Balanço para o final do ano 2014
seria como se apresenta:
Considerando a nova política contabilística, o Balanço para Março, Junho e Setembro de 2014
seria como se apresenta:
3. Definições
Like-for-like (LFL): vendas das lojas que operaram sob as mesmas condições nos dois períodos.
Excluem-se as lojas que abriram ou encerraram num dos dois períodos. As vendas das lojas que
sofreram remodelações profundas excluem-se durante o período da remodelação (encerramento
da loja).
Gearing: Dívida Líquida / Fundos de Accionistas
(Milhões de Euros) 2014
Goodwill Líquido 640
Activo Fixo Líquido 3.084
Capital Circulante Total -1.778
Outros 89
Capital Investido 2.034
Total de Empréstimos 714
Leasings 1
Juros Diferidos 4
Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários -446
Dívida Líquida 273
Interesses que não Controlam 276
Capital Social 629
Reservas e Resultados Retidos 856
Fundos de Accionistas 1.761
Gearing 15,5%
(Milhões de Euros) 9M 14 1S 14 1T 14
Goodwill Líquido 647 648 647
Activo Fixo Líquido 2.895 2.846 2.845
Capital Circulante Total -1.630 -1.519 -1.548
Outros 119 114 129
Capital Investido 2.031 2.091 2.072
Total de Empréstimos 742 904 811
Leasings 2 3 4
Juros Diferidos 10 8 24
Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários -305 -308 -367
Dívida Líquida 449 607 471
Interesses que não Controlam 240 230 238
Capital Social 629 629 629
Reservas e Resultados Retidos 713 625 734
Fundos de Accionistas 1.582 1.484 1.601
Gearing 28,4% 40,9% 29,4%
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