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Jornal Informativo do Bairro Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Invasão Gringa.
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m a i o / j u n h o
2014 | ano 11 | nº54
distribuição gratuita
Jardim Botânico
Horto | Gávea | Humaitá
jb folhasemo informativo do jardim botânico
1 0 A N O S
JB na rota dos estrangeirosSeja para visitar ou para morar, os gringos estão cada vez
mais presentes no bairro. (Páginas 10 a 13)
Tempo de mudanças no Jockey Grande Prêmio Brasil 2014 será realizado no dia 8 de junho. (Página 6)
Ao sabor dos botecos Colunista dá um “rolezinho” pelos bares da região. (Página 13)
2
Editorial Uma Babel chamada Jardim Botânico
Caro Leitor,
O novo formato do nosso jornal chegou e arrebatou
corações. Recebemos cartas, fomos parados na rua e
conquistamos novos anunciantes e parcerias há muito
ensaiadas. Pela primeira vez, a AMA-JB uniu forças ao
JB em Folhas e reservou um espaço em nossas páginas
para relatar aos moradores o que a nova gestão anda
fazendo no bairro. E não é pouca coisa.
Nossa matéria de
capa chama a aten-
ção para o crescimen-
to de estrangeiros no
bairro. Um movimen-
to que começou aos
poucos – inicialmen-
te nos parques, de-
pois nas ruas – e bombou no ano passado, na época da
Jornada Mundial da Juventude. Agora não dá mais para
disfarçar: o Jardim Botânico – juntamente com a Lagoa –
virou uma Babel, onde é possível ouvir, a qualquer hora
do dia, outro idioma ou um sotaque diferente.
A onda que invade o bairro agora são os hostels,
que chegaram para oferecer um lugar ao sol a tu-
ristas do Brasil e do exterior, na carona dos eventos
internacionais, como a Copa do Mundo, que começa
em junho. Os gringos que já são locais estão sempre
de olho para oferecer uma ajuda e mostrar o carioca
way of life. Leia mais sobre essa invasão internacio-
nal a partir da página 10.
E como esta edição vai circular durante a Copa do
Mundo, saímos em campo para entrevistar o jornalista
Raul Quadros, para a seção “Meu JB”, na página 17. Além
de eleger seus pontos preferidos no bairro, o comenta-
rista da SporTV aproveitou para fazer suas apostas para o
evento mundial: “Torço para que a Copa do Mundo seja
boa para os brasileiros, de uma maneira geral. Acredito
que o Hulk, do Zenith (da Rússia), vai ser o destaque des-
sa Copa”, aposta Raul que, simpático, topou fazer uma sel-
fie comigo para o nosso editorial, como você vê ao lado.
A arquiteta Bel Lobo também merece o título de
Miss Simpatia. Apesar da agenda cheia, a apresen-
tadora do programa “Decora”, do GNT, arrumou um
tempinho para conversar com Betina Dowsley (foto
acima) sobre a profissão, o bairro e – por que não? –
decoração (página 22).
Até depois da Copa.
Christina Martins
EditoraFO
TOS:
CH
RIS
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O JB em Folhas é uma publicação bimestral, editada pelo Armazém Comunicação Projetos Jornalísticos Ltda.
www.armazemcomunica.com.br
Editora Responsável: Christina Martins (Mtb 15185 -RJ)
Redação: Betina Dowsley
Projeto Gráfico: Paulo Pelá - www.bolaoito.com.br
Revisão: Carla Paes Leme
Impressão: CMYK Gráfica - 2581-8406
Estagiária de Redação: Sheila Gomes
Distribuição:Parques, bancas de jornais, galerias e prédios comerciais do Jardim Botânico, Horto, parte da Gávea e do Humaitá.
Foto da Capa: Chris Martins A foto da capa foi manipulada para preservar a privacidade dos fotografados.
Tiragem: 5.000 exemplares
Telefone: 3874-7111/ 98128-6104
e-mail: [email protected]
www.facebook.com/JbEmFolhasJornalDoJardimBotanico
site: www.jbemfolhas.com.br
Expediente
3
No salão Karícia, Ormi Pereira de Araújo (33
anos de casa) e Miriam Macedo da Silva (qua-
se 30 anos) são a voz da experiência. Além de
manicures, são também depiladoras e assinam
a receita da cera caseira usada por todas as pro-
fissionais do estabelecimento. “A cera não tem
química, é totalmente natural, daí seu sucesso”,
explica Ormi. Miriam ainda ataca de “pajé”. Ela
explica: “Por conta de uma alergia que costuma
ficar mais forte quando o tempo muda, é co-
mum as clientes me ligarem para perguntar se
vai chover ou fazer sol, antes de marcar depila-
ção ou evento ao ar livre”, diverte-se. Na Copa
do Mundo, o expediente do salão será interrom-
pido durante os jogos do Brasil, quando deve
rolar uma feijoada para celebrar também o dia
da manicure, em 14 de junho.
Cara do JB Miriam Macedo e Ormi Pereira
CHR
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Adorei o novo formato e as matérias. Parabéns pra vo-
cês! Sobre a matéria principal, achei que ficou faltando
falar do velho e bom guarda de trânsito! Aquele das
antigas que apitava, multava e organizava a bagunça.
Nena Z
Parabéns pela edição do JB em Folhas no novo forma-
to e pelo conteúdo.
Heitor Wegmann
Simplesmente maravilhoso!!! Estava com um exemplar
na pasta e mostrei para o pessoal do Clube de Enge-
nharia antes de começar a nossa reunião. Ficaram en-
cantados: “Só no JB, tem um jornal desse gabarito", foi
um dos comentários. O novo tamanho ficou JOIA...sem
nenhuma propaganda subliminar. Maravilha renovada.
Paulinho Lima
Parabéns à equipe do JB em Folhas. Ficou ótimo!
Maria Pia
Cartas
4
Carlos Eduardo Palermo Carlos Eduardo Palermo, presidente do Jockey Club
Brasileiro, não se sente intimidado pela tradição do
clube. Eleito em 2012 e com mais dois anos pela
frente no cargo, Palermo tem promovido – muitas
– mudanças na administração, na infraestrutura e
até na data do Grande Prêmio Brasil. A partir deste
ano, a mais importante competição do turfe nacio-
nal será disputada em junho, no dia 8.
- As mudanças visam à ocupação da área do
clube. O turfe não é mais o mesmo daquele do sé-
culo passado. Aqui há páreos de sexta a segunda,
mas 70% das apostas vêm de fora do hipódromo,
via internet, exemplifica o presidente, adiantando
que um aplicativo para smartphones está em de-
senvolvimento.
A primeira novidade de sua gestão foi a abertura
do Palaphita Gávea, filial do bem-sucedido quios-
que da Lagoa, com entrada pela rua Bartolomeu
Mitre. Ainda no setor gastronômico, no início de
junho, será inaugurado o primeiro restaurante da
rede Rubaiyat no Rio de Janeiro, instalado quase
em frente ao Jardim Botânico.
- A entrada do estacionamento contará com
um recuo para facilitar a entrada dos carros e
evitar a formação de filas na rua Jardim Botânico,
adianta Palermo.
A área está sendo chamada de Polo Cultural e
Gastronômico do Jockey e, ao longo de 2015, ga-
nhará outros dois prestigiados restaurantes – dos
chefs Claude Troisgros e Felipe Bronze –, além da
livraria Blooks e das galerias de arte Laura Marsiaj,
A Gentil Carioca e Fortes Vilaça.
Segundo Palermo, tudo isso tem sido viabilizado
por meio de parcerias com várias empresas: “O Jo-
ckey não coloca um tostão e ainda recebe participa-
ção no faturamento. Além disso, todos os projetos
de obras dentro do clube são enviados previamen-
te para aprovação do Iphan”, afirma o presidente.
Por falar no Instituto de Patrimônio Histórico e Ar-
tístico Nacional, Palermo destaca que o Jockey Club
Brasileiro é tombado pela instituição e que seus
muros da rua Jardim Botânico devem ser preserva-
dos: “Repintaremos quantas vezes forem necessá-
rias, mas o muro da avenida Borges de Medeiros
está à disposição dos grafiteiros”, avisa.
Outras inovações em andamento no clube são
a reforma do estacionamento e a abertura de dois
salões de festas embaixo das tribunas B e C, com
tratamento acústico, cozinha equipada e novos ba-
nheiros. Sem falar na futura criação de um museu,
projeto ainda em fase embrionária.
ENTREvISTA
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Agência Nacional
de Vigilância Sani-
tária (Anvisa) obri-
ga a constar nas
em balagens dos
pro dutos atual-
mente, é a men-
ção quanto à presença de glúten ou não. Informação
nunca é demais e, nesse caso, é fundamental! Apoie
você também: www.facebook.com/poenorotulo.
Todo mundo deveria saber o que está consumindo,
mas nem sempre isso é possível. Iniciada por mães
que têm filhos com as mais diversas alergias, a cam-
panha “Põe no rótulo” visa à conscientização de todos
quanto à importância da rotulagem clara dos alimentos
como prevenção a possíveis reações alérgicas. Apesar
de 10% da população brasileira apresentarem alergia
a algum tipo de alimento, a única informação que a
CIDADANIA Põe no Rótulo
ACE
RVO
PES
SOA
L
O Jardim Botânico perdeu mais um de seus ilustres
moradores. Desta vez, foi o ator José Wilker, que mo-
rou por 30 anos na rua Peri. Wilker adorava a proximi-
dade com o verde do bairro, tanto assim que sua me-
sa de trabalho tinha vista para o Jardim Botânico. Os
seguranças da vizinhança estavam acostumados a vê-
lo caminhar diariamente levando “Cão”, seu animal
de estimação, para passear na praça Dag. Intérprete
de personagens que vão ficar para sempre no imagi-
nário popular – como Roque Santeiro e Giovani Impro-
ta –, o ator, diretor, locutor, apresentador e crítico de
cinema acabou partindo antes do tempo e frustrando
uma futura entrevista para o JB em Folhas. Fica aqui
nossa homenagem a esse artista reconhecido por sua
perspicácia e senso de humor aguçado.
In Memoriam José Wilker
6
Colônia de férias durante a CopaFolhas do Jardim
Fim do estacionamento no JBRJConforme já foi anunciado, o estacionamento do Jar-
dim Botânico do Rio de Janeiro será desativado, a par-
tir do dia 2 de junho. A medida visa a melhorar a mo-
bilidade da cidade, e acabar com os engarrafamentos
na entrada do parque. Será permitida a entrada de
carros para embarque e desembarque de pessoas
com dificuldades de locomoção. Os visitantes terão a
opção de usar o estacionamento do Jockey Club, pelo
mesmo preço que vinha sendo cobrado pelo do Jar-
dim Botânico, mediante apresentação do tiquete de
entrada do parque. Outra opção são os bicicletários,
que somam 36 vagas atualmente.
Passeio de bola na Lagoa
DIV
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Açã
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Em época de Copa do Mundo, que tal passear dentro
de uma bola na Lagoa Rodrigo de Freitas? As novas
Floatballs (pequenos barcos em formato de bola com
motor elétrico que não polui o espelho d’água) têm
ponto de embarque no Complexo Lagoon, e os pas-
seios – para até sete pessoas por vez – duram 20 mi-
nutos. O horário de funcionamento da novidade é, de
segunda a sexta, das 18h às 22h; mas, nos finais de
semana, começa ao meio-dia.
O Espaço Gestos repete a bem-sucedida experiência
de janeiro e realiza nova edição de sua Colônia de Fé-
rias no mês de junho, ao longo das três semanas de
férias escolares durante a Copa do Mundo. Coordena-
da por Ana Marta Moura, educadora e psicomotricista,
a colônia – para a turma entre 3 e 8 anos – acontecerá
no Gestos, na praça Pio XI e no Parque Lage, de 16 de
junho a 3 de julho, exceto nos dias de jogo do Brasil.
Temporada de novidades no bairroO trecho do bairro mais movimentado neste período
é o da rua Lopes Quintas e seus arredores. O Atelier
Clementine é agora Prosa na Cozinha, que oferece
cursos de culinária com a chef Manu Zappa. Entre
as inaugurações, Casa Soma (moda e design), o DC
Lá em Cima (misto de livraria-loja-café, parceria da
editora Cosac Naify com a Dona Coisa) e, em breve,
a Oba, de móveis infantis. Já na Borges de Medeiros,
a Igreja de Nova Vida fechou, assim como a floricul-
tura, que ficava na JB, em frente à ABBR, esta última
transformada em casa lotérica. Ali pertinho, foram
abertos o restaurante Ibérico, na Saturnino de Brito, e
a galeria Café com Arte, na praça Otto Lara Resende.
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Ainda no segmento gastronômico, o Empório Jardim
ocupa o endereço do Fazendola, que ficou anos fe-
chado. O bairro conta agora com mais dois restauran-
tes japoneses: o Tadashi, na rua Maria Angélica, e o
Seidô – Nao Hara, na J.J.Seabra.
Metrô no JB, será?Os moradores do bairro estão animados com a no-
tícia publicada, em abril, no Diário Oficial: a licitação
de estudo para implementação de uma nova linha do
metrô, fazendo o traçado original da Linha 4: Gávea
- Jardim Botânico - Humaitá - Dona Marta - Botafogo
- Laranjeiras - Centro. Vale torcer (e votar) para que o
futuro governador realize mesmo a obra e traga – fi-
nalmente! – o metrô para o nosso bairro.
Revitalização das praças Dag e Pio XINo dia 12 de abril, a praça Dag Hammarskjoeld foi, fi-
nalmente, entregue aos moradores, totalmente revita-
lizada e com novos brinquedos, doados pela Associação
dos Moradores do Alto JB, representada por seu presi-
dente Beto Zornig e moradores. O evento contou tam-
bém com a presença do subprefeito da Zona Sul, Bruno
Ramos; do administrador regional, Leonardo Spritzer;
e de Ana Luiza Piza, representante da Secretaria Mu-
nicipal de Conservação. Já na Praça Pio XI, a reforma
segue em ritmo lento. Já foram restauradas as rampas
de acessibilidade e instalado um novo corrimão na es-
cadaria que leva à rua Benjamim Batista.
Cinema na PraçaO Cinema na Praça, que teve sua primeira edição no
aniversário de 10 anos do JB em Folhas, vai voltar, em
julho, após a Copa do Mundo. Aguardem notícias.
8
A AMAJB Conta Com você!
A atual Diretoria da AMAJB conta com o apoio in-
dispensável de moradores, empresários, comércio,
amigos do bairro e orgãos públicos para devolver
e preservar as características únicas do Jardim Bo-
tânico. Por isso nosso slogan: O JB QUE QUEREMOS!
Nossos principais compromissos são:
Segurança | Mobilidade Urbana Meio Ambiente | Qualidade de Vida
Dentre as iniciativas adotadas nestes seis
meses de mandato, destacamos:
• Continuidade das reuniões com o 23º Batalhão
de Polícia Militar: reforço no policiamento do
bairro, com viaturas em rodízio e realização de
blitzes regulares
• Melhora da iluminação em vários pontos: em
frente ao Parque Lage, na rua JJ Seabra, no entor-
no da Igreja São José, na Praça Pio XI e em sua
escadaria
• Recuperação do asfalto, calçadas e faixas de pe-
destres no entorno da ABBR
• Apoio à adoção de praças: Pio XI (já concretizada),
e Praça dos Jacarandás, Sagrada Família, Tablado e
Igreja São José (em andamento)
• Urbanização da calçada da Rua Oliveira Rocha (Hí-
pica), com plantio de mudas, reforço à proibição
de estacionamento, e pleito de extensão da ciclo-
via, além de maior cuidado com a proteção acústi-
ca e redução do barulho nas festas da Hípica
• Atuação junto à CET-Rio e à Sec. de Transportes
para melhorias no trânsito, com sincronismo de
sinais (Oliveira Rocha, Faro e ABBR) e retirada das
linhas 569 e 463 da Maria Angélica
• Atuação junto à João Fortes Engenharia, à Adminis-
tração Pública e aos moradores sobre o empreen-
dimento “Touch”, na Rua Jardim Botânico (antigo
posto Shell), com gabarito previsto de 27m (nove
andares) e impacto significativo na região
• Diálogos com comércio (Zona Sul e Pão de Açúcar)
e restaurantes do bairro quanto à organização e ao
uso do espaço público
• Solicitação para a instalação de três estações da
Bike Rio, estimulando a locomoção em bicicletas
A AMAJB precisa de você como associado. Quanto
mais associados, mais força teremos junto aos ór-
gãos públicos, resultando em respostas mais rápidas
às nossas demandas. O investimento para se associar
é de apenas R$ 80,00 (oitenta reais) por ano.
Basta fazer um DOC ou TED com seu CPF para AS-
SOCIAÇÃO DE MORADORES E AMIGOS DO JARDIM
BOTÂNICO Banco Bradesco Agência: 1444 Conta:
042737-3 CNPJ: 30499941/0001-82.
As reuniões da AMA-JB acontecem nas segundas terças-feiras do mês, a partir das 20h, no Colégio Divina Providência, na rua Lopes Quintas, 274.
INFORME AMA-JB PUBLIEDITORIAL
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Uma colher de azeite para proteger o estômago,
recomenda a sabedoria popular, e vamos peda-
lando de pé-sujo. Vejam que delícia a cena do ‘cri-
me’ no Bar dos Amigos: vestidos a caráter, capa-
cetes, luvas e o escambau, ciclistas deslizam pela
Pacheco Leão até frear na churrasqueira.
E desce uma ampola do fundo da geladeira.
Descem várias, e nova modalidade se desenha
entre espetos de alcatra, coração de galinha e
quem mais chegar. O levantamento de copos e
petiscos está no sangue, a provar nos balcões que
o Jardim Botânico é também território de bote-
quins de alma inspiradora.
No rastro do festival Comida di Buteco, sugerimos
roteiro de um dia de pé na jaca pelas ruas do bair-
ro, pedalando ou na sola do sapato. Começamos na
paz da Pacheco com os amigos do pedal, seja nos
croquetes de carne ou no vasto contrafilé a cavalo
e cercado de fritas. Na sexta, tem feijoada que ser-
ve dois a R$ 18, onde mais a não ser no boteco?
Caindo à esquerda na Visconde de Carandaí,
chegamos à Lopes Quintas para o Tocão, que
pode surpreender o freguês com samba fora de
hora do pessoal do Último Gole, o bloco. Tem Hei-
neken grande e Stellinha na geladeira, pastéis de
bacalhau e carne seca, pernil no balcão e futebol
na tela, com bandeiras na parede. Garrafão de
engasga-gato com gengibre e casca de laranja
aguarda quem é do ramo.
Na avenida principal, há sempre o reformado
Belmonte com suas empadonas de siri, camarão
e outras bossas, agora no ar-condicionado. E cho-
pes e mais chopes.
Agora pare e repare na graça que faz o viscon-
de, na Visconde da Graça. Um pit stop no Gen-
te Bem, pé-sujo dos anos 1950 renovado pelos
jovens Pedro e Lucas: tem luz colorida que roda
no balcão, som de primeira no notebook (curti
Black Alien) e empadinhas nota 10 com pimenta
caseira. Na calçada, a quem possa interessar, vi-
ve uma das maiores concentrações de gatinhos e
gatinhas da cidade.
Um quarteirão à frente e chegamos ao Jóia, que
manteve o acento agudo, ganhou banho de loja e
virou pé-limpo com sobrenome ‘Carioca’. Vai do
filé de linguado com molho de camarão à linguiça
mineira com aipim frito.
Vencendo o Parque Lage, fechamos a noite com
fígado de ouro no Rebouças, de fama muito além
do Jardim. A casa do fenômeno Jorginho, garçom
que cozinha, serve, limpa e ainda faz entregas no
bairro. São indispensáveis os bolinhos de aipim
com carne seca, e camarão no queijo cremoso fei-
tos por de Dona Getrudes, mulher do Seu Alberto
(saudades do jiló que se foi). Para rebater, cacha-
ças de Meia Lua a Canarinha, e opções de cervejas
da lavra de Urquells e Duvels. Na região, há quem
jante na Bráz, na Capricciosa ou mesmo no Olym-
pe, de Troisgros, e encerre a noite com pinga e
conversa fiada no Rebouças. Eu, por exemplo.
Pedro Landim
Jornalista e editor do blog www.bocanomundo.com
Sabores do Jardim JB de bar em bar
PED
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JB para inglês ver e viver!Os cariocas já se acostumaram a ver turistas de toda
parte passeando pela cidade. De uns tempos para cá,
porém, a frequência intensificou-se e – mesmo em
bairros como Jardim Botânico, Gávea, Humaitá e La-
goa – passou a ser comum cruzarmos com visitantes
de outros estados e países.
De acordo com o Ministério do Turismo, o Rio de Ja-
neiro teve um aumento de cerca de 12% de visitantes
em 2012 em relação ao ano anterior. A cidade é a maior
receptora de lazer do país e, no nosso bairro, o Jardim
Botânico do Rio de Janeiro é o maior atrativo. Mas, se
antigamente os visitantes restringiam-se aos limites do
parque, atualmente é possível cruzar com turistas por
toda parte, andando pelas ruas do bairro, pela ciclovia
da lagoa, visitando o Parque Lage (foto 2), além dos res-
taurantes e padarias de grife aqui instalados.
O crescimento do turismo e a iminente realização
de grandes eventos no Rio estimularam a chegada
de pequenos hotéis à região. O primeiro a se instalar
foi o Lagoa Guest House, na rua Humaitá, pertinho do
acesso ao túnel Rebouças. Com capacidade para até
42 pessoas divididas em quartos individuais, duplos
ou coletivos, o endereço vê sua ocupação crescer
com estudantes e, mais recentemente, de pessoas
que vêm ao Rio para tirar visto para entrada nos Es-
tados Unidos no posto do consulado norte-americano
instalado do outro lado da rua. Fábio Azevedo, pro-
prietário do negócio desde 2011, diz que, entre os
estrangeiros, as nacionalidades mais frequentes de
seus hóspedes são: inglesa, australiana, americana,
francesa e portuguesa.
O belga Raphael Kiss (foto 3) é cliente assíduo do
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Lagoa Guest House. Ele mora, atualmente, em Volta Re-
donda, mas passa de três a quatro dias por semana no
Rio, por conta de seu trabalho à frente da franquia do
portal www.angloinfo.com, que reúne serviços e dicas
para expatriados anglófonos residentes no Rio de Janeiro.
- No Lagoa Guest House, me sinto em casa. Os fun-
cionários são atenciosos, e é um ótimo local para no-
vas amizades, atesta Rafa, como ficou conhecido.
No final de 2013 e no início 2014, dois hostels foram
inaugurados no JB: respectivamente, o Rioow e o Bota-
nic. Os novos estabelecimentos contaram com projetos
de arquitetura refinados para o “padrão albergue”. Em
ambos os casos, tudo é novinho, a maior parte das re-
servas chega via internet, e o maior desafio encontrado
pelos proprietários é mostrar aos visitantes que o Rio
de Janeiro é muito mais do que praia.
Bruna Marques, proprietária do Rioow – situado na
avenida Borges de Medeiros, quase em frente ao Pi-
raquê (foto 5) –, afirma que “temos de trabalhar mui-
to para divulgar outros pontos turísticos da cidade e
como os cariocas vivem. Quem se hospeda aqui não
fica decepcionado com a beleza da Lagoa Rodrigo de
Freitas e as opções de parques, bares e restaurantes
que a vizinhança oferece”, garante ela que pretende
abrir o bar do hostel aos moradores do bairro e, com
isso, criar uma interação entre visitantes e locais.
A aposta do Botanic Hostel (foto 6), instalado em
plena rua Jardim Botânico, é justamente essa: revelar
aos visitantes o lado residencial do bairro e o jeito
carioca de viver, observa Raphael Ferreira, um dos só-
cios e administrador do negócio: “Promovemos happy
hours, alugamos bicicletas e organizamos passeios
para todo tipo de hóspede, do turistão ao ecológico,
passando pelo baladeiro e aquele que vem em busca
de programas culturais”, exemplifica.
Segundo Ferreira, o perfil dos hóspedes do Botanic
é variado: “Durante a semana, a ocupação é de estu-
dantes e profissionais liberais; nos finais de semana,
os frequentadores, especialmente paulistas, vêm ao
Rio em busca de lazer e diversão”, destaca.
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3
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Uma pesquisa realizada pelo site Hotel.com – e de
acordo com as próprias reservas nos hostels do bair-
ro – aponta que o número de turistas estrangeiros só
vai aumentar com a proximidade da Copa do Mundo.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o au-
mento será de mais de 500%, impulsionado, princi-
palmente, por países de língua inglesa, como Austrá-
lia, Reino Unido e Estados Unidos.
O artista plástico cubano José Andrés Cruz Muñoz (foto
1, à direita) – radicado há 20 anos no Rio, 15 deles no Jar-
dim Botânico – já percebeu a mudança de perfil do bairro.
“O ambiente era mais familiar e artístico. Com a alta de
preços dos imóveis, um novo tipo de morador está che-
gando”, observa o frequentador do Parque Lage, do Mer-
cadinho Afonso Celso e do Bar Joia, onde conheceu Raul
Seixas, Tim Maia e Chico Buarque, entre outros artistas.
- Nunca me senti discriminado por ser ‘gringo’. Ser
estrangeiro no Rio é um prazer, recebemos carinho e
atenção, revela Andrés, pai de quatro filhos brasilei-
ros, também conhecido como “cubano” ou “Fidel”.
Outro ‘gringo’ quase brasileiro é o candense Jeb
Blount, atual correspondente da Agência Reuters. Ele
chegou ao Rio em 1998 e conheceu sua esposa no Ca-
roline Café. Morador do JB, Jeb chama a atenção para os
serviços: “De uma maneira geral, estão piores e mais ca-
ros do que quando morei aqui pela primeira vez, apesar
da grande exigência de turistas estrangeiros”, observa
ele, que, nas horas de folga, gosta de trocar uma ideia
com amigos, no Mercado Afonso Celso (foto 4). Apesar
de ter vivido em outros bairros, Jeb confessa, carregando
no sotaque: “O Jardim Botânico é o melhor lugar do Rio
de Janeiro. Eu adoro viver aqui!”
O inglês recém-chegado ao Rio Jonathan Watts (foto
1, à esquerda) também está surpreso com os altos pre-
ços de cidade. Depois de atuar como correspondente
do jornal The Guardian no Japão e na China, ele esco-
lheu vir morar no Rio de Janeiro com a família (esposa
e duas filhas adolescentes). A motivação foi ambiental:
“A poluição na capital chinesa está acima dos limites
aceitáveis, e, muitas vezes, os moradores são recomen-
dados a não sairem de casa”, conta ele, feliz com as
opções de atividades ao ar livre que o Rio de Janeiro – e
particularmente o Jardim Botânico – oferece.
- Apesar de morar em um apartamento pequeno e
CHR
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do custo de vida ser bastante elevado, quero ficar aqui
até – pelo menos – 2017, para que minhas filhas aca-
bem o Ensino Médio, adianta Jonathan para quem o
trânsito e a burocracia são os maiores problemas para
sua adaptação à cidade.
Sem maiores planos a longo prazo, a dinamarque-
sa Maria Louens Oliveira (foto 7) chegou ao Rio no
final do ano passado e, desde janeiro, divide com o
marido Luiz Augusto de Oliveira o comando do Café
La Furgoneta, que funciona dentro do Polo de Pensa-
mento Contemporâneo e serve produtos orgânicos e
sustentáveis. A ideia de vir morar, durante um tempo,
no Brasil foi dela: “Precisava conhecer melhor a famí-
lia, os lugares e o modo de vida do Luiz, mas fiquei
surpresa com os preços, o trânsito caótico e o indivi-
dualismo das pessoas aqui”, confessa a barista com
formação em Marketing. Por outro lado, as belezas da
cidade, a alegria e o jeito leve e despreocupado dos
cariocas são fatores positivos que se sobrepõem às di-
ficuldades encontradas pela jovem dinamarquesa, que
ainda precisa aprender o português.
A procura por aulas de português para estrangei-
ros, aliás, vem crescendo bastante. O curso The Sco-
le, por exemplo, percebeu a demanda e criou turmas
especiais intensivas. Segundo o diretor da instituição,
Paulino de Souza Jr, “com a proximidade dos grandes
eventos, a tendência é aumentar ainda mais a procura
por esse tipo de curso”.
Fatores como Copa do Mundo, Olimpíadas, belezas na-
turais e simpatia do povo pesaram para que o Brasil fos-
se apontado como o melhor país para se visitar em 2014
pelo guia turístico Lonely Planet. O Instituto Brasileiro de
Turismo (Embratur) estima que o crescimento do número
de turistas estrangeiros no Brasil, em 2016, será de 10%
a 15% superior ao que deve ser registrado em 2015.
Sinal de que precisamos nos preparar mais e melhor pa-
ra receber tanta gente. E não bastam obras, paisagens
e monumentos. Precisamos resgatar valores e apostar
mais em carinho, simpatia e atenção para que os “grin-
gos” continuem a se sentirem em casa no Rio e no JB!
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Rua Jardim Botanico, 719 - Loja 26Telefone: (21) 3114-0342
Email:[email protected]
Rua Jardim Botanico, 719 - Loja 26Telefone: (21) 3114-0342
Email:[email protected]
É certo que faltam vagas pa ra tantos carros no bairro. Mas
nada justifica a falta de consciência do motorista que estacio-
na em frente à rampa de acessibilidade e bloqueia a passa-
gem de bicicletas, carrinhos de bebê e cadeiras de rodas.
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A construção da academia Bodytech está trazendo trans- tornos aos moradores da Maria Angélica, como registrou a
leitora Angela Tostes. Além da poeira e da lama que têm espalhado na rua, os pesados caminhões da obra costu-
mam interditar a via e a calçada, obrigando os moradores a circu- larem pelo meio da rua. A vizinhança espera que
a Prefeitu- ra tome providências, pois a promessa é de que a obra seja entregue apenas em 2015. Haja paciência
Flagrantes
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ZONA SUL
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nho de diversões, oficinas criativas e animação com o
personagem Fuleco, mascote da Copa. O Galpão Brasil
apresentará a exposição interativa “O negro no futebol
brasileiro”, baseada em livro de Mário Filho. À noite, a
boa é o The Village, aberto das 22h às 4h para festas.
Os ingressos para o Parque da Bola custarão R$ 30,
sendo que, na inauguração, basta fazer uma aposta de
qualquer valor para garantir acesso ao evento.
“Qualquer maneira de amar” vale a pena
O golpe militar de
1964 e o regime di-
tatorial que se insta-
lou no país por mais
de 20 anos são o
pano de fundo para
“Qualquer maneira
de amar”, recém-
lançado romance do
jornalista e morador
do Humaitá Marcus
Veras. O livro conta
a história de Mauro,
um advogado apo-
sentado, que faz um balanço de sua vida. A obra de
ficção deixa claro que nem só de heróis e guerrilhei-
ros é feita a história e que mesmo aqueles apenas
simpatizantes da militância sofreram as consequên-
cias da ditadura.
CD “Na medida do impossível”O título do novo CD
solo de Fernanda
Takai faz pensar na
ginástica que a can-
tora e compositora
precisou fazer para
reunir, num mesmo
álbum, a roqueira
Fotografia portuguesa no Parque Lage
JBF indica
O Ciclo da Fotografia Portuguesa traz, à Escola de Artes
Visuais do Parque Lage, o trabalho de dez fotógrafos
portugueses de diferentes gerações e em diferentes
estágios de suas carreiras profissionais, entre eles Ana
Viotti e Inês D’Orey. A mostra, que trabalha o tempo e
a memória, ficará em cartaz na Galeria EAV de 30 de
maio a 29 de junho, diariamente, das 9h às 17h.
Parque da Bola na templo do turfe
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O Grande Prêmio Brasil, no dia 8 de junho, antecipa a
inauguração do Parque da Bola, que funcionará de 14
de junho a 13 de julho, no centro da pista de corrida
do hipódromo da Gávea. Em 50 m2, o evento contará
com exposições, praça de alimentação e área de lazer
e entretenimento, com um palco para shows e dois
telões para transmissão dos jogos com capacidade pa-
ra até 4 mil pessoas. Para as crianças, haverá parqui-
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Pitty e o Padre Fábio de Melo, dois dos muitos ar-
tistas convidados que figuram no CD. Os gêneros
visitados também são os mais diversos: new wave,
brega e rock britânico, só para citar alguns. Apesar
de tamanha miscelânea, o resultado reforça o caris-
ma da mineira.
Rubem Braga – O Fazendeiro do Ar
A exposição “Rubem Braga – O Fazendeiro do Ar” ce-
lebra o centenário de nascimento do escritor no Gal-
pão das Artes – Espaço Tom Jobim, no Jardim Botâni-
co. Dividida nos módulos “Capital Secreta do Mundo”,
“Retratos”, “Guerra”, “Redação”, “Cobertura” e “Pas-
sarinho”, a mostra reúne textos, documentos, corres-
pondências, desenhos, pinturas, fotografias, objetos,
depoimentos em vídeos e publicações do cronista. A
exposição fica aberta até 15 de junho, de terça a do-
mingo, das 10h às 17h, com entrada franca.
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CONSUMOFO
TOS:
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Jogo Americano de madeira pintada (produção própria) R$ 35
Venda em Garagem - Tel: 2512-2629
Chaveiro Pão de Açúcar R$84
Maria Oiticica - Tel: 2275-4197
Sacolas Retornáveis Amo Rio A partir de R$ 3,90
Supermercado Zona Sul – www.zonasulatende.com.br
Roupão de seda com estampa tropical R$ 230
Duvet – Tel: 98683-2631
Escultura em resina Rio Cores R$ 145
Análogos - Tel: 99605-9849
O Jardim Botânico, o Rio de Janeiro e o país estão na moda, com
artigos para todos os gostos e gêneros. É só escolher:
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O futebol está no sangue de Raul Quadros, comentarista
do canal SporTV. Em seus quase 50 anos de profissão, o
jornalista passou por vários veículos de imprensa, como
Jornal dos Sports, Revista Placar e TV Globo. Mas, se na
carreira a troca de passes foi constante, no quesito mo-
radia, o Jardim Botânico é titular desde 1967, com ape-
nas um intervalo de 10 anos morando no Humaitá. Fora
o trabalho, na Barra, Raul faz tudo a pé: vai de manhã ao
Clube dos Macacos; aos sábados almoça no Mormaço,
no Belmonte ou no Jóia Carioca; e fecha a programação
com um cineminha no Clube Piraquê.
1_Jóia Carioca – É o meu restaurante favorito no
bairro. Vou lá desde o tempo do Seu Cristóvão. De-
pois da reforma, a comida melhorou bastante. Gosto
de encontrar os amigos para resenhar.
2_Clube dos Macacos – Subo a Lopes Quintas até
o Clube dos Macacos. Aliás, o lugar chama-se Clube
17, número do macaco no jogo do bicho. Por isso,
ficou com esse nome.
Meu JB Raul Quadros
3_Mormaço – Gosto do galeto de lá. Vou sempre
aos sábados.
4_Bar do Amigo (Horto) – É parada obrigatória
para tomar uma água. No final de semana, o lugar
fica cheio de mesas, e já ouvi dizer que a comida é
muito boa.
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Anna Guinle
Organização e JardimG < 9 1 h : M / d
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Chef em CasaEventos
Comida deliciosa para toda ocasiãoPratos para o dia a dia e congelados
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Reciclando o óleo vegetal
É sabido que o óleo de cozinha descartado
de forma irresponsável polui o ambiente e gera prejuízos diretos para
a população. Por isso, foi criado o Programa de Reaproveitamento de
Óleo Vegetal (Prove), que ensina como coletar e descartar adequada-
mente o óleo utilizado na cozinha. O programa conta com um serviço
de recolhimento do material em domicílio. Basta ligar para 2334-5902
ou mandar um e-mail para [email protected]. A partir da solici-
tação, uma cooperativa cadastrada entrará em contato para recolher o
óleo usado. No bairro, a Jardim Botânico Educação Infantil (2540-8799)
também recebe óleo usado e o encaminha para uma cooperativa.
Ecodica
Atendimento ao cidadão 1746Bombeiros 193 / 3399-1234Cedae (água e esgoto) 195 / 2297-0195CEG 0800-240197Defesa Civil 199 / 2576-5665Disque-Denúncia 2253-1177
Guarda Municipal 153Light 0800-282-012015ª DP 2332-2900Polícia Civil 197Polícia Militar 190Procon 151Subprefeitura da Zona Sul 2521-5540Vigilância Sanitária 2503-2280
Telefones úteis
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Quem passa pela Igreja São José, na Lagoa, não
imagina que aquele exemplo de paróquia mo-
derna – a primeira a ter vidros ray-ban no mundo
– tenha sua história ligada ao século XIX. Agora,
ao completar 50 anos com o novo visual, a Igre-
ja está fazendo uma campanha para conseguir
patrocinadores para realização de um projeto de
iluminação especial.
Tudo começou, no mesmo endereço, com uma
pequena capela, criada para atender aos funcioná-
rios da fábrica de tecidos Corcovado e operários de
outros estabelecimentos industriais instalados no
bairro. A capela funcionou até julho de 1944, quando
foi fundada a igreja de São José, na rua Jardim Bo-
Alamedas do Jardim50 Anos da Paróquia de São José
tânico, colada ao Hospital da Lagoa, onde hoje fica o
Colégio Estadual Ignácio Azevedo do Amaral.
A paróquia cresceu e, com o aumento da popu-
lação local, mais uma vez houve necessidade de
ampliar suas instalações. Assim, em 24 de abril de
1964, foi inaugurada a Igreja de São José na Lagoa.
O projeto modernista, em formato oval e todo envi-
draçado, é do arquiteto Edgar de Oliveira da Fonse-
ca, o mesmo que projetou a Catedal Metropolitana
– na Avenida Chile, no Centro do Rio – e o campus
da PUC, na Gávea, com seus famosos pilotis.
Igreja de São José
Av Borges de Medeiros, 2735 - LagoaCH
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pus cuidar do local como uma ‘caseira com terceiro
grau’, conta Bel.
O marido e parceiro Bob Néri achou uma loucura sair
de um apartamento próprio, no Leblon, para um espa-
ço menor, alugado. A mudança aconteceu aos poucos.
Ela foi trazendo suas coisas, e, logo, Bob e os dois filhos
do casal fizeram o mesmo: “Aqui é mais tranquilo, o
Leblon perdeu muitos de seus pequenos comerciantes.
Espero que o Jardim Botânico consiga preservar me-
lhor esse clima de bairro”, observa a apresentadora do
“Decora”, do canal de TV a cabo GNT. No jardim de sua
casa, aliás, é possível reconhecer objetos criados para
o programa, como o chuveiro móvel e o ‘boião’ – pro-
tótipo desenvolvido para o projeto da Biblioteca Parque
Estadual, recém-inaugurada no Centro da cidade –, e
que também marcou presença também na TV, em um
dos episódios do “Decora”.
À frente do programa há sete temporadas e de um
escritório de arquitetura com 40 funcionários, Bel Lobo
tem pouco tempo para bater perna despreocupada-
mente pelo bairro. Recentemente, ela se associou ao
Jardim Botânico, onde fez o curso “O jardim de Epicuro
ou Sobre a natureza das coisas”, do cenógrafo e artis-
A arquiteta Bel Lobo queria um jardim. Morou em
Ipanema, Laranjeiras, Cosme Velho e Leblon, e, sem-
pre que podia, dava um jeito de incluir um cantinho
verde em suas casas. Há um ano, ela se mudou para
o Jardim Botânico e agora, além do parque, tem seu
próprio jardim.
- Eu já conhecia esta casa, é de uma amiga minha
e estava alugada para um outro amigo. Quando ele
disse que ia passar um tempo morando fora, pro-
Ilustre Morador
BEL
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ta Hélio Eischbauer, que misturava filosofia, literatura,
teatro e arte. Já passear simplesmente pelo parque ela
ainda não conseguiu!
Graças à dificuldade em conciliar suas agendas pes-
soal e profissional, descobriu o salão de Bruno Donatti,
na Visconde da Graça, e se encantou com seu talento
tanto como cabeleireiro, quanto como cantor lírico: “Um
dia cheguei lá e fui recebida com um sonoro buongior-
no!”, diverte-se. Ela destaca o bar Gente Bem, ao lado
do salão, e, perto de casa, curte ir ao Jojô. A expectativa
é grande em torno do Studio 152, centro cultural onde
deve fazer uma ocupação a convite de Beti Speiski –
uma das sócias do espaço –, para quem Bel desenvol-
veu projetos das lojas Sacada e Oh, Boy!
Mas a relação de Bel com o bairro vem de antes de
vir morar aqui. É dela o espaço da Phebo, dentro da
loja Dona Coisa, e também o projeto do restaurante
Mormaço – que confessa que gostaria de ter mudado
antes mesmo da inauguração: “Depois de pronto, achei
que tinha ficado muito chamativo e conversei com os
sócios, mas eles preferiam manter”, desculpa-se. Um
projeto que ela admira muito é o da Casa 6D, de Thiago
Bernardes, na rua Corcovado: “É incrível!”, exalta com
conhecimento de causa.
Preocupada com a preservação do bairro, Bel não
gostaria de ver o gabarito da rua Pacheco Leão alterado
ou a construção de mais prédios na rua Jardim Botânico.
Ela acredita que é preciso tornar a cidade inteira mais
interessante, “linda como um todo, e não só a Zona
Sul”, observa.
Em ritmo de despedida – ao menos temporária – da
TV, Bel está reservando os meses de setembro, outubro
e novembro para cuidar mais dela mesma, mas admite
que a exclusividade é quase impossível!
- Ainda assim, estarei envolvida com meu escritó-
rio, no Cosme Velho; com o novo showroom m.o.o.c.
(móveis, objetos e outras coisas), na antiga fábrica da
Bhering, no Santo Cristo; e na construção de uma casa
– ou pelo menos um jardim aberto ao público – aqui no
Jardim Botânico, enumera a arquiteta multitarefa.