Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Realização: Apoio:
ISSN: 2446-5070
IV Fórum de Licenciaturas da UFRB
[Anais do] Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB, V Seminário Institucional do
PIBID UFRB, IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB e I Encontro
Institucional do PARFOR UFRB. Formação e valorização dos/as profissionais da
educação: Situação atual e perspectivas futuras.
Amargosa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 2017
ISSN: 2446-5070
1. Ensino. 2. Docente. 3. Formação.
REALIZAÇÃO
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
Centro de Formação de Professores – CFP
Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD
APOIO:
Prefeitura Municipal de Amargos-BA
Prefeitura Municipal de Brejões-BA
Fórum de Secretários dos Municípios do Vale do Jequiriçá – EDUCAVALE
Editora Vozes
Parábola Editorial
Café Paraíso
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Sílvio Luiz de Oliveira Soglia
Reitor
Georgina Gonçalves dos Santos
Vice-Reitor
Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus
Pró-Reitora de Graduação – PROGRAD
Rosineide Pereira Mubarack Garcia
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação – PRPPG
Tatiana Ribeiro Velloso
Pró-Reitoria de Extensão – PROEXT
Rosilda Santana dos Santos
Pró-Reitora de Administração – PROAD
Wagner Tavares da Silva
Pró-Reitor de Gestão de Pessoal – PROGEP
José Pereira Mascarenhas Bisneto
Pró-Reitor de Planejamento – PROPLAN
Maria Goretti da Fonseca
Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis – PROPAAE
Jorge L C. Cardoso Filho
Diretor do Centro de Artes, Humanidades e Letras – CAHL
Susana Couto Pimentel
Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade - CETENS
Elvis Lima Vieira
Diretor do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – CCAAB
Flávia Conceição dos Santos Henrique
Diretor do Centro de Ciências da Saúde – CCS
José Valentim dos Santos Filho
Diretor do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas – CETEC
Danillo Barata
Centro de Culturas, Linguagens e Tecnologias Aplicadas – CECULT
Clarivaldo Santos de Sousa
Diretor do Centro de Formação de Professores – CFP
Corpo Editorial
Profa. Dra. Fernanda Maria Almeida dos Santos
Profa. Msc. Creuza Souza Silva
Discentes
Carolina Queiroz Santana
Hanna Mascarenhas Pinheiro
Gleiciane de Sousa Feitosa
Comissão Organizadora
Profa. Dra. Rita de Cássia Dias Pereira de Jesus
(UFRB)
Prof. Dr. Clarivaldo Santos de Sousa (UFRB)
Profa. Dra. Giovana Carmo Temple (UFRB)
Profa. Dra. Fernanda Maria Almeida dos Santos
(UFRB)
Profa. Me. Nanci Rodrigues Orrico (UFRB)
Profa. Dra. Creuza Souza Silva (UFRB)
Prof. Dr. Yuji Nascimento Watanabe (UFRB)
Profa. Me. Márcia Luzia Cardoso Neves (UFRB)
Profa. Dra. Fátima Aparecida Silva (UFRB)
Prof. Dr. Adielson Ramos de Cristo (UFRB)
Profa. Dra. Alessandra Gomes (UFRB)
Prof. Dr. Cícero Josinaldo da Silva Oliveira(UFRB)
Prof. Dr. Eleazar Gerardo Madriz Lozada (UFRB)
Profa. Dra. Cristina Souza Paraíso (UFRB)
Prof. Dr. Deivide Garcia da Silva Oliveira (UFRB)
Profa. Me. Emmanuelle Félix dos Santos (UFRB)
Prof. Dr. Fábio Josué Souza dos Santos (UFRB)
Prof. Dr. Franklin Plessmann de Carvalho (UFRB)
Prof. Dr. Gilson Bispo de Jesus (UFRB)
Prof. Me. Henrique Sena dos Santos (UFRB)
Prof. Dr. Jaylson Teixeira (UFRB)
Prof. Dr. Jorge Fernando Silva de Menezes (UFRB)
Prof. Me. José Olívio da Silva Santana (UFRB)
Prof. Dr. Klayton Santana Porto (UFRB)
Profa. Me. Katia Silene Ferreira Lima Rocha
(UFRB)
Prof. Dr. Lucas da Silva Maia (UFRB)
Prof. Dr. Luís Flávio Reis Godinho (UFRB)
Profa. Dra. Luíza Olívia Lacerda Ramos (UFRB)
Profa. Me. Maíra Lopes dos Reis (UFRB)
Profa. Dra. Maria Eurácia Barreto de Andrade
(UFRB)
Profa. Margarete Virgínia das Virgens Barbosa
(UFRB)
Profa. Dra. Mônica Gomes da Silva (UFRB)
Prof. Dr. Orahcio Felício de Sousa (UFRB)
Prof. Me. Raul Lomanto Neto (UFRB)
Prof. Dr. Rodrigo de Paula (UFRB)
Sra. Albha Dayana Santos Andrade (UFRB)
Sr. Josevando Santos Pereira (UFRB)
Sr. Lucas Correia de Lima (UFRB)
Sr. Roberto Jorge da Silva (UFRB)
Sr. Virgílio Rodrigues dos Santos (UFRB)
Profa. Me. Márcia Almeida (Secretária Municipal
de Educação de Amargosa-BA)
Prof. Me. Marcos Paiva (Secretário Municipal de
Educação de Santa Inês-BA)
Profa. Silmary Silva dos Santos (SEC/ Amargosa)
Profa. Letícia Porto (Supervisora do PIBID
Diversidade UFRB)
Discente Lucinaldo Ribeiro dos Santos (UFRB)
Discente Adriana Pires Novaes (UFRB)
Discente Aniele de Jesus Palmeira (UFRB)
Discente Carolina Queiroz Santana (UFRB)
Discente Danilo França Conceição dos Santos
(UFRB)
Discente Dulcineia Palmeira de Almeida (UFRB)
Discente Elielma Laranjeira (UFRB)
Discente Fernanda dos Santos Almeida (UFRB)
Discente Gleiciane de Souza Feitosa (UFRB)
Discente Hanna Pinheiro Mascarenhas (UFRB)
Discente Juliana Santos do Rosário (UFRB)
Discente Kelly de Santana (UFRB)
Discente Leandro Andrade Lima (UFRB)
Discente Maiana Sudré Cunha (UFRB)
Discente Maurina dos Santos Nunes (UFRB)
Discente Sílvia Letícia da Silva Santana (UFRB)
Comissão Científica
Profa. Ms. Creuza Souza Silva
Prof. Dr. Gilson Bispo dos Santos
Prof. Ms. Adielson Ramos de Cristo
Prof. Ms. Eider de Souza Silva
Prof. Ms.Lizandra Santana da Silva
Prof. Ms. Rafael Moreira Siqueira
Profa. Dra. Fernanda Maria Almeida dos Santos
Prof. Ms. Alberto Silva Betzler
Profa. Dra. Ana Cristina Nascimento Givigi
Profa. Ana Luisa Dominguez Baqueiro
Profa. Dra. Anália de Jesus Moreira
Prof. Dr. Armando Alexandre Costa de Castro
Profa. Ms. Cristina Souza Paraíso
Profa. Dra. Débora Alves Feitosa
Profº Ms. Deivide Garcia da Silva Oliveira
Prof. Dr. Djeissom Silva Ribeiro
Profa. Dra. Dyane Brito Reis Santos
Profa. Dra. Elga Lessa de Almeida
Prof. Dr. Emanoel Luís Roque Soares
Profa. Ms. Emmanuelle Felix dos Santos
Prof. Dr. Fábio Josué Souza dos Santos
Profa. Ms. Fernanda Braga Magalhães Dias
Prof. Dr. Franklin Plessmann de Carvalho
Profa. Dra. Geovana da Paz Monteiro
Prof. Dr. Gil Luciano Guedes dos Santos
Profa. Dra. Gilsélia Macedo Cardoso Freitas
Profa. Dra. Girlene Santos de Souza
Profa. Ms. Gleide Sacramento da Silva
Prof. Dr. Gredson dos Santos
Prof. Ms. Jabes Francisco Andrade Silva.
Profa. Dra. Jacqueline Ramos Machado Braga
Prof. Ms. Jamerson dos Santos Pereira
Prof. Ms. Jaylson Teixeira
Prof. Ms. Jean Adriano Barros da Silva
Prof. Dr. Jorge Fernando Silva de Menezes
Prof. Dr. José Fernandes de Melo Filho
Profa. Dra. Karina de Oliveira Santos Cordeiro
Profa. Ms. Kássia Aguiar Norberto Rios
Prof. Ms. Klayton Santana Porto
Prof. Dr. Kleyson Rosário Assis
Prof. Dr. Leandro Antonio de Almeida
Prof. Ms. Lucas Vivas de Sá
Profa. Dra. Lúcia Gracia Ferreira Trindade
Prof. Dr. Luis Flavio Reis Godinho
Prof. Ms. Marcelo Santana dos Santos
Profa. Ms. Márcia Luzia Cardoso Neves
Profa. Dra. Márcia Valeria Cozzani
Profa. Esp. Margarete Virginia das Virgens Barbosa
Profa. Ms. Meline Nery Melo Pereira
Profa. Esp. Midian Jesus de Souza
Profa. Ms. Nanci Rodrigues Orrico
Prof. Ms. Pedro Nascimento Melo
Profa. Dra. Priscila Gomes Dornelles
Profª Drº Renato de Almeida
Prof. Dra. Renato dos Santos Diniz
Prof. Dr. Ricardo Henrique Resende de Andrade
Profa. Dra. Rita De Cassia Dias Pereira De Jesus
Profª Drª Rosilda Arruda Ferreira
Profa. Esp. Sátila Souza Ribeiro
Prof. Dr. Sérgio Luiz Bragatto Boss
Profa. Dra. Silvana Lucia da Silva Lima
Profa. Ms. Simone Brandão Souza
Profa. Dra. Susana Couto Pimentel
Prof. Dr.Teófilo Galvão Filho
Profa. Ms.Terciana Vidal Moura
Profa. Dra.Thereza Cristina Bastos Costa de
Oliveira
Apresentação
O Fórum de Licenciaturas da UFRB constitui-se como espaço de interlocução acadêmica
sobre a formação inicial e continuada de professores nesta universidade. Este fórum foi
institucionalizado através da Resolução CONAC nº 007/2012, atendendo à deliberação do I
Fórum de Licenciaturas da UFRB, evento realizado em 15 de outubro de 2009, no Centro de
Formação de Professores – Campus Amargosa.
Dentre os objetivos do Fórum de Licenciaturas da UFRB tem-se: 1. Discutir questões
articuladas com a formação e a prática docente, analisando seus desafios e impactos na sociedade;
2. Congregar discentes e docentes das licenciaturas da UFRB; 3. Constituir-se em espaço de
interlocução acadêmica sobre formação de professores; 4. Traçar políticas para os Cursos de
Licenciatura da UFRB; 5. Definir posição institucional sobre o atendimento às demandas de
formação de professores colocadas para as IES; 6. Redigir, a partir de todas as discussões
ocorridas no evento, um documento propositivo de novas políticas institucionais voltadas para
as Licenciaturas.
Este caderno contém os Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB, V Seminário
Institucional do PIBID UFRB, IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB e I
Encontro Institucional do PARFOR UFRB, cujas discussões centrais foram realizadas com base
no tema “Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas
futuras”. Além de cumprir com a missão de contribuir para a formação dos licenciandos de várias
áreas do conhecimento, o evento também pretende colaborar com a formação continuada de
profissionais que já atuam na educação básica, por meio de discussões sobre a atual conjuntura
da profissão docente no Brasil, com foco nos seguintes eixos temáticos: i) Educação, formação
de professores e inclusão; ii) Educação, gêneros e diversidades; iii) Letramentos e formação de
professores; iv) Currículo: Reforma, flexibilização, BNCC, Escola sem partido; v) Educação,
Formação de Professores e Políticas de Ações afirmativas; vi) Avaliação do processo de ensino
e aprendizagem.
Os textos publicados nestes Anais são referentes aos trabalhos apresentados em forma de
comunicação oral e relato de experiência, durante o evento, e resultam de atividades de ensino,
pesquisa e extensão no campo da formação de docentes das diversas áreas do conhecimento para
atuar na educação básica.
Amargosa, Outubro de 2017.
Comissão Científica do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB
SUMÁRIO
EIXO 1 - INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES ............ 14
OFICINAS INTERDISCIPLINARES SOBRE ASTRONOMIA, INTEGRADA NAS DISCIPLINAS
CURRICULARES NA ESCOLA EDELVIRA SALES DE ANDRADE ............................................................ 15
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ATIVIDADE DE ENSINO E PESQUISA DO PIBID QUÍMICA SOBRE POLUIÇÃO
.......................................................................................................................................................... 21
EDUCAÇÃO DO CAMPO E AGROECOLOGIA: FORMAÇÃO DOCENTE PARA A DIVERSIDADE. ........... 28
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS COM UMA
TURMA DO 6ºANO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL EM BREJÕES - BAHIA ......................................... 33
FUTEBOL E MÍDIA: QUEM DETERMINA O JOGO? O PIBID NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE
EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................................................ 38
INICIAÇÃO A DOCÊNCIA NO CONTEXTO DAS CLASSES MULTISSERIADAS: UMA PERSPECTIVA A
PARTIR DO PIBID............................................................................................................................... 48
INICIAÇÃO A DOCÊNCIA: PIBID E O MAPEAMENTO DAS POTENCIALIDADES SOCIOEDUCATIVAS DO
BAIRRO/ ESCOLA .............................................................................................................................. 57
O LÚDICO NA PRÁTICA EDUCACIONAL INTERDISCIPLINAR: UMA EXPERIÊNCIA POSITIVA .............. 65
O PROJETO AGRO HORTA: TECNOLOGIAS SOCIAIS PARA A SUSTENTABILIDADE RURAL:
CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOCENTE DOS BOLSISTAS DO PIBID/DIVERSIDADE NA UFRB
.......................................................................................................................................................... 75
OFICINAS PEDAGÓGICAS COMO DISPOSITIVO NA FORMAÇÃO DOCENTE DO BOLSISTA DO PIBID
DIVERSIDADE/UFRB .......................................................................................................................... 86
PESQUISA ETNOBIOLÓGICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE
UMA AÇÃO DO PIBID/DIVERSIDADE REALIZADA EM ESCOLA RURAL DA BAHIA. ............................ 97
PIBID DE LETRAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NO COLÉGIO ESTADUAL SANTA
BERNADETE EM AMARGOSA-BA .................................................................................................... 103
RELATO DE EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS NO ÂMBITO DO PIBID: SUBPROJETO CLASSES
MULTISSERIADAS ........................................................................................................................... 109
REVISANDO AS QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS DA MATEMÁTICA: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO ............................................................................................................ 117
EIXO 2 - PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ESTÁGIO NA EDUCAÇÃO BÁSICA ...... 125
BRINCANDO COM AS LINGUAGENS: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM COMUNIDADE .................. 126
EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIOS COM CONTEÚDO DANÇA ................................................................. 136
A EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I: UMA CONSTRUÇÃO DO FAZER DOCENTE ....... 142
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ENSINO PARA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA: A
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA .............................................................................. 150
“SE O CAMPO NÃO PLANTA, A CIDADE NÃO JANTA! ”: RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS OFICINAS DE
ESTÁGIO NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO .............................................................. 160
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO DO CAMPO: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA NO
COMPONENTE DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II .......................................................................... 169
ESTÁGIO NA ESCOLA MUNICIPAL MARCÍLIO TEIXEIRA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA COM AULA
DE CAMPO ...................................................................................................................................... 177
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I, REALIZADO NA ESCOLA FAMÍLIA
AGRÍCOLA “NORMÍLIA CUNHA DOS SANTOS”, MUNICÍPIO DE BARRA DE SÃO FRANCISCO, ES.... 186
UMA ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA EM USO PELO MUNICÍPIO DE CACHOEIRA-BA
COM ÊNFASE NOS CONTEÚDOS DE GENÉTICA E BIOLOGIA CELULAR. .......................................... 196
ANÁLISE DE CONTEÚDOS GEOMÉTRICOS DO LIVRO DIDÁTICO DO 7° ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA DO CAMPO ............................................................................... 205
A ÁGUA UTILIZADA COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO IDENTITÁRIA DO SUJEITO ECOLÓGICO . 210
UM OLHAR CRÍTICO E REFLEXIVO DA PRÁTICA DE ENSINO: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO ................ 221
AVALIAÇÃO ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO EDGARD
SANTOS EM GOVERNADOR MANGABEIRA-BA. ............................................................................. 230
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DESENVOLVIDO EM UMA TURMA DO 3° ANO DAS
SERÍES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................. 240
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA
........................................................................................................................................................ 247
OFICINAS DE JOGOS MATEMÁTICOS: IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
........................................................................................................................................................ 255
A DIVERSIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO MEIO DE REENCANTAR A GEOGRAFIA 262
EXPERIÊNCIA COM A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR................................................. 270
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS E PRÁTICAS AVALIATIVAS DE PROFESSORAS APOSENTADAS NO
MUNICÍPIO DE AMARGOSA- BA ..................................................................................................... 277
ARTICULANDO O PIBID DIVERSIDADE E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO: VIVÊNCIAS E
APRENDIZAGEM NO COLÉGIO MUNICIPAL DR. REINALDO BARRETO ROSA-PETIM-CASTRO ALVES-
BA ................................................................................................................................................... 287
ESTÁGIO EM AMBIENTE NÃO FORMAL: EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA EM CONTEXTO DE
DIVERSIDADE CULTURAL. ............................................................................................................... 297
RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL I, DO CURSO DE PEDAGOGIA ............. 305
RELATO DE EXPERIÊNCIA: UTILIZANDO A COMPOSTAGEM COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO E
APRENDIZAGEM EM BIOLOGIA. ..................................................................................................... 313
MODELOS DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS POR PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE CRUZ DAS ALMAS .............................................................................. 321
INTERVENÇÃO LÚDICA: VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS NA TURMA DE PRIMEIRO ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ROSALINA S. BITTENCOURT EM
AMARGOSA/BA .............................................................................................................................. 330
ESTÁGIO I NA EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL .......... 335
CRÔNICA: A VIDA PASSADA A LIMPO, UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL II ........................................................................................................................... 344
OS EDUCANDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ANTES E DEPOIS DOS MUROS DA ESCOLA:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM ......................................................................... 355
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: CONTEÚDOS DE ECOLOGIA NOS LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL II ........................................................................................................................... 365
ESTÁGIO NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: UMA PERSPECTIVA DE
CONTEXTUALIZAÇÃO COM O SEMIÁRIDO ..................................................................................... 377
CONCEPÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO CAMPO: UM ESTUDO EM ESCOLAS
DO MUNICÍPIO DE RIACHÃO DO JACUÍPE-BAHIA .......................................................................... 388
O ESTÁGIO OBRIGATÓRIO NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: UM RELATO CRÍTICO-
REFLEXIVO ...................................................................................................................................... 399
O PROCESSO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO COLÉGIO DR. JULIVAL REBOUÇAS: UMA EXPERIÊNCIA
COM OFICINA PEDAGÓGICA ATRAVÉS DA ARTICULAÇÃO ENTRE O PIBID DIVERSIDADE E O
ESTÁGIO .......................................................................................................................................... 405
EIXO 3 - POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ...................................... 415
FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUAS IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA
PEDAGÓGICA .................................................................................................................................. 416
POLÍTICAS EDUCACIONAIS: DEBATES E EMBATES.......................................................................... 425
EIXO 4 - CURRÍCULO E INTERDISCIPLINARIDADE .............................................. 430
DESAFIOS PEDAGÓGICOS E PERSPECTIVAS EDUCACIONAIS EM AMARGOSA/BA ......................... 431
EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI: CURRICULO E A DIFUSÃO DO CONHECIMENTO PELA REVISTA
ACADEMICA GUETO ....................................................................................................................... 438
REFLETINDO SOBRE O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE
CONCEIÇÃO DA FEIRA – BA: O ESPAÇO DA EDUCAÇÃO CAMPO ................................................... 447
REFLEXÕES SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DA PERIODIZAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL DO
DESENVOLVIMENTO NA INFÂNCIA ................................................................................................ 452
EIXO 5 - LINGUAGENS, ARTES, TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E EAD ........ 458
AS CONTRIBUIÇÕES DAS INTERFACES DIGITAIS PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA
EDUCAÇÃO BÁSICA: OLHARES E PERCEPÇÕES ............................................................................... 459
DO ROMANCE À LUTA POLÍTICA .................................................................................................... 466
ENSINO DE MÚSICA EM TEMPOS DE TECNOLOGIAS MÓVEIS DIGITAIS ........................................ 476
PERSPECTIVA DE MUDANÇA NA ESCOLA: O USO DO LIVRO INTERATIVO DIGITAL (LIDI) EM SALA DE
AULA ............................................................................................................................................... 485
PROCESSOS TECNOLÓGICOS E REDES SOCIAIS DIGITAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA CIDADE DE SALVADOR - BA ......................................... 493
RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DA OFICINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO EM AMBIENTES
TECNOLÓGICOS .............................................................................................................................. 500
TICs COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM: O QUE PENSAM OS ESTUDANTES? .................. 505
UM ESTUDO SOBRE A ADOÇÃO DE INOVAÇÕES COMO ELEMENTO DE TRANSFORMAÇÃO EM
INTERVENÇÕES ............................................................................................................................... 515
EIXO 6 - EDUCAÇÃO E INCLUSÃO ............................................................................... 524
O PENSAMENTO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO REFERENTE AO CONCEITO DE INCLUSÃO E
NORMALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. ..................................................................................... 525
O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) NA TERCEIRA IDADE E SUAS
POSSIBILIDADES.............................................................................................................................. 534
A EDUCAÇÃO SUPERIOR COMO POSSIBILIDADE DE INCLUSÃO, EMANCIPAÇÃO E MELHORIA DE
PRÁTICAS EDUCATIVAS: UMA REFLEXÃO SOBRE O PROGRAMA PLATAFORMA FREIRE ............... 541
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS/AS PROFESSORES/AS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM TURMAS DE
ALUNOS/AS COM DEFICIÊNCIA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE AMARGOSA/BA ............................... 550
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA ..... 559
MODOS DE VIDA DAS PESSOAS SURDAS DA COMUNIDADE POÇO DA PEDRA DO MUNICIPIO DE
MANOEL VITURINO-BAHIA ............................................................................................................. 569
PERCEPÇÕES DOS ESTUDANTES SURDOS ACERCA DAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO
SUPERIOR: UM ESTUDO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA ...................... 575
EIXO 7 - ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA .................................................... 585
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS: UM BREVE PANORAMA SOBRE OS CURSOS
UNIVERSITÁRIOS NO BRASIL .......................................................................................................... 586
APROXIMAÇÕES TEÓRICO-DIDÁTICAS ENTRE FILOSOFIA, HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E ENSINO DE
CIÊNCIAS: O PERCURSO HISTÓRICO ............................................................................................... 596
ANÁLISE DE ARTIGOS PUBLICADOS NA SEÇÃO EDUCAÇÃO EM QUÍMICA E MULTIMÍDIA DA
REVISTA QUÍMICA NOVA NA ESCOLA NO PERÍODO DE 2010 A 2016 ............................................ 605
UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE LABORATÓRIO NO ENSINO DE CIÊNCIAS COM
ALUNOS DO 9° ANO: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................. 614
DA CIÊNCIA, DO CIENTISTA E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA ................................................................... 622
PROMOVENDO ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM DUAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL EM
SÃO MIGUEL DAS MATAS – BA ...................................................................................................... 629
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS EM SÃO MIGUEL DAS
MATAS-BA ...................................................................................................................................... 638
SEXUALIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA ........................................................................ 646
DAMAS NA CIÊNCIA: MULHERES PESQUISADORAS/CIENTISTAS ................................................... 652
PRÁTICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: O PROJETO HORTA NA ESCOLA DESENVOLVIDO PELO PIBID NO
COLÉGIO ESTADUAL SANTA BERNADETE (CESB) ............................................................................ 662
O LIVRO DIDÁTICO DE CIÊNCIAS NO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE DO CONTEÚDO DE ZOOLOGIA
DOS INVERTEBRADOS..................................................................................................................... 668
UMA EXPERIÊNCIA NO PIBID ENVOLVENDO O ENSINO DE FUNÇÕES NO ENSINO MÉDIO ........... 677
EIXO 8 - JUVENTUDE, EDUCAÇÃO, TRABALHO E SOCIEDADE ......................... 686
PROCESSO DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE .............................................................. 687
PROJETO MARIA CAMPONESA: CAMINHOS PARA CONSTRUÇÃO DE UMA COOPERATIVA DE
PRODUÇÃO. .................................................................................................................................... 696
JUVENTUDE RURAIS E TRABALHO – DILEMAS ENTRE SAIR E PERMANECER ................................. 703
FESTIVAL GINÁSTICA ALEGRIA NA ESCOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM A ESCOLA PÚBLICA .. 713
EVASÃO ESCOLAR DE ALUNOS TRABALHADORES NO MUNICÍPIO DE ITATIM-BA ......................... 722
PROJETO GINÁSTICA ALEGRIA NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
........................................................................................................................................................ 733
OS SABERES DOCENTES E O CURRÍCULO........................................................................................ 740
EIXO 9 - LETRAMENTO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES .................................. 749
A PRODUÇÃO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO: SUGESTÕES E PRÁTICAS ............................................ 750
AS CONTRIBUIÇÕES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - PET NO PROCESSO DE FORMAÇÃO
DOCENTE A PARTIR DAS VIVÊNCIAS NO GRUPO PET EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE .............. 759
DIFICULDADES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA ESCRITA POR ALUNOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS
E ADULTOS ..................................................................................................................................... 764
ENSINO DE LITERATURA E FORMAÇÃO DE LEITORES: A IMPORTÂNCIA DO LETRAMENTO
LITERÁRIO ....................................................................................................................................... 774
EIXO 10 - FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO DO CAMPO ........................... 784
ARTICULANDO AGROECOLOGIA, SOBERANIA ALIMENTAR E HORTA ESCOLAR: REFLEXÕES SOBRE O
ESTÁGIO NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO/CIÊNCIAS AGRÁRIAS. ........................... 785
ESTÁGIO EM EDUCAÇÃO DO CAMPO NA ÁREA DE CONHECIMENTO MATEMÁTICA .................... 792
O ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NA ÁREA DE MATEMÁTICA ........................................ 797
OFICINA IMPACTOS DO USO DE AGROTÓXICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO
FUNDAMENTAL II DA ESCOLA MUNICIPAL RUI BARBOSA SEGREDO-BA ....................................... 802
RELATO DE ESTÁGIO NA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
........................................................................................................................................................ 807
SUJEITOS E CONTEXTOS: UM OLHAR PARA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA
ESCOLA DO CAMPO ........................................................................................................................ 813
TRAJETÓRIA DE VIDA DOCENTE E MOTIVAÇÃO DE SUJEITOS ACERCA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS,
ADULTOS E IDOSOS – EJAI: RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................... 823
TRAJETÓRIAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORAS DE CLASSES MULTISSERIADAS NO CAMPO: UM
ESTUDO EM ELÍSIO MEDRADO-BA ................................................................................................. 830
EIXO 11 - EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS ......................................... 840
LITERATURA INFANTIL: UM OLHAR SOBRE A REPRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS NEGROS (AS)
NOS CONTOS INFANTIS LITERÁRIOS BRASILEIROS ......................................................................... 841
ENTRE O TERREIRO, A SALA DE AULA, PROFESSORES E ORIXÁS: A RELAÇÃO DA EDUCAÇÃO NA
ESCOLA E O TERREIRO DE CANDOMBLÉ ILÊ AXÉ OPÔ AFONJÁ ...................................................... 849
BUMBA-MEU-BOI: O TRABALHO COM DANÇA E A CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO
FÍSICA ESCOLAR .............................................................................................................................. 858
O NÚCLEO DE NEGROS E NEGRAS IRMANDADE “SANKOFA” ENQUANTO UMA PERSPECTIVA DE
EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: IDENTIFICANDO TEMÁTICAS EMERGENCIAIS. .................................... 867
EIXO 12 - EDUCAÇÃO, GÊNERO E SEXUALIDADES ............................................... 872
EDUCAÇÃO, GÊNERO E SEXUALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESCOLA MUNICIPAL 30 DE
JULHO - DE MANOEL VITORINO – BA. ............................................................................................ 873
“AS PESSOAS FICAM RECLAMANDO DO JEITO QUE A CRIANÇA É”: AS RELAÇÕES DE GÊNERO NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................ 879
HOMENS QUE ESTUDARAM NO MAGISTÉRIO NA DÉCADA DE 1960: ERA MINORIA?
CONTINUARAM A TRABALHAR COMO PROFESSOR? ..................................................................... 888
AS DIFERENÇAS DE GÊNERO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA TENDO A DANÇA COMO
CONTEÚDO ..................................................................................................................................... 897
O TRATO COM O CONTEÚDO DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: MASCULINIDADES E
RESISTÊNCIAS DOS ESTUDANTES ................................................................................................... 903
EIXO 13 - LITERATURA E LUDICIDADE .................................................................... 909
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO PRÁTICA EDUCATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................... 910
A KOMBI LITERÁRIA CHEGANDO ATÉ VOCÊ: O PROJETO INSTITUCIONAL QUE DESPERTA O
INTERESSE PELA LEITURA NOS ALUNOS DA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL FERNANDO GOMES DE
AZEVEDO ........................................................................................................................................ 917
LUDICIDADE CAMPESINA: VIVÊNCIAS PROFESSORAIS ALFABETIZADORA ..................................... 921
CARTOGRAFIA SOCIAL E LUDICIDADE: OFICINAS TEMÁTICAS COMO POSSIBILIDADE NO ENSINO DE
GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAS ...................................................................................................... 931
RESUMO DA PALESTRA.................................................................................................. 938
RELEVÂNCIA E URGÊNCIA NA EDUCAÇÃO: REFORMA NO ENSINO MÉDIO OU NA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES? ............................................................................................................................... 939
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 14
EIXO 1 - INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 15
OFICINAS INTERDISCIPLINARES SOBRE ASTRONOMIA, INTEGRADA
NAS DISCIPLINAS CURRICULARES NA ESCOLA EDELVIRA SALES DE
ANDRADE
Lucineide Alves Souza – UFRB - [email protected]
Tiago de Oliveira Santos – UFRB [email protected]
Resumo
A astronomia é uma área do conhecimento de extremo valor para a humanidade, porém,
tem sido pouco abordada em sala de aula. Isso se deve ao fato de ser um tema tratado de
forma transversal, como também por não haver muitos profissionais preparados nessa
área de ensino. Assim o PIBID Interdisciplinar em Astronomia atuando na Escola
Municipal Edelvira Sales Andrade no município de Amargosa, diante deste contexto,
buscou esclarecer fatos importantes para entendimento do que ocorrem no cotidiano do
universo especificamente na terra, obsevando a formação do dia e noite, semanas, meses,
ano, ano bissextos e estações do ano, como também abordando estes temas dentro das
disciplinas do cotidiano da sala de aula. Neste trabalho, apresentaremos intervenções
realizadas na escola, com o intuito de esclarecer para os discentes da educação infantil o
conhecimento sobre Rotação e Translação aplicado ao conteúdo de forma interdisciplinar.
Estas atividades abordaram o tema de forma transversal, em consonância com o currículo
escolar vigente na escola.
Palavras-chave: Astronomia. Disciplinas. Interdisciplinaridade.
INTRODUÇAO
A equipe de estudantes do PIBID Interdisciplinar (Projeto de Pesquisa de
Iniciação a Docência) da UFRB-CFP, atuante na Escola Edelvira Sales de Andrade no
município de Amargosa–BA, buscando desenvolver ações que trouxesse a Astronomia
para a sala de aula. Primeiramente realizaram um pré-teste para averiguar como estava o
conhecimento das turmas do ensino fundamental em relação ao tema Astronomia. Através
deste teste perceberam que as crianças não assimilaram o conhecimento sobre Rotação e
Translação. A partir deste momento foi desenvolvido um plano de aula usando oficinas
interdisciplinares como propostas para trazer este conhecimento de forma integrada ao
currículo escolar, observando a Legislação Federal de Educação que diz: “As matérias
fixadas diretamente, e por seus conteúdos obrigatórios, deverão conjugar-se entre si e
com outras que lhe apresentem, para assegurar a unidade do currículo, em todas as fases
de seus desenvolvimentos” (Art.2º Resolução 8/71-CFE). (FAZENDA, 1979, p.104)
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 16
Como também pensando na importância da pratica da interdisciplinaridade na
composição das atividades visando contemplar o Conselho Federal de Educação: “A fim
de conferir ao currículo organicidade, logicidade e coerência, impõe-se a necessidade de
um enfoque global, interdisciplinar, que leve em conta as dimensões filosóficas,
antropológicas e psicológicas (Ind.1/72-CFE)(FAZENDA, 1979, p.108).
Pegando como base as disciplinas de Ciências Naturais, Português, Matemática como
também utilizando os conhecimentos gerais, buscou-se desenvolver as oficinas de forma
lúdica e interativa.
As oficinas foram planejadas para o ensino fundamental, e aplicada no 4º ano,
com o tema “Movimentos da Terra: Rotação, translação, estações do ano, dia e noite,” foi
ministrado em três (03) oficinas de 45 minutos cada, sendo a modalidade de ensino como
Educação Presencial Interdisciplinar.
O objetivo geral foi levar os alunos a refletir sobre as diferenças entre dia e noite
e como ocorre este fenômeno natural, identificar os movimentos de translação e rotação,
desenvolver habilidade de percepção, leitura, escrita e raciocínio logico como também
entender como ocorre o ano bissexto e as estações do ano.
Os objetivos específicos foram relacionar os movimentos de rotação e translação
ao dia e a noite, reconhecer e compreender os movimentos de rotação e translação,
praticar a reflexão sobre acontecimentos no universo, aprimorar a escrita e a leitura,
prática de atividades numéricas como horas, minutos e segundos, dias, ano e outros.
PROCEDIMENTOS
Para fazer a sondagem de como estava o conhecimento dos alunos em relação à
astronomia, foi criado um teste com questões sobre este tema e para construção das
oficinas foram realizadas pesquisas no site Brasil Escola, mais os conhecimentos
adquiridos nas oficinas de capacitação realizada no PIBID Interdisciplinar e a visão da
Legislação Federal de Educação sobre o currículo.
No primeiro momento foi aplicado o teste, para isso, foi pego 10 (dez) crianças de
cada classe do 4º ano que havia na escola. O teste continha as seguintes questões: A.
Desenhe o que você acha que está próximo do planeta terra; B. Desenhe o sistema solar;
C. Qual o movimento do planeta terra é responsável pelos dias e noites? D. Qual o
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 17
movimento do planeta terra é responsável pelas estações do ano? E. Desenhe casas,
arvores e você no planeta terra (havia um circulo para que o desenho fosse feito de
acordo a visão de mundo de cada criança); O sol é uma estrela? ( )sim ( ) não. Das 40
(quarenta) crianças que realizaram o teste apenas 2(duas) tinham noções de rotação e
translação, 03 (três) desenharam ao redor da terra e as outras dentro do circulo, 05 (cinco)
falaram que o sol é uma estrela e apenas 13 (treze) crianças desenharam o sol com outros
planetas ao redor. Constatando assim, que apenas uma pequena quantidade de crianças
tinham noções sobre rotação e translação. Após verificar a deficiência das crianças em
relação essa temática, é que a equipe desenvolveu as oficinas pensando em trazer este
conhecimento.
No segundo momento foi realizado a 1º oficina, teve como tema “De onde vêm
os dias e noites?” Apresentava em seu conteúdo “Os movimentos da terra no Sistema
Solar (rotação e translação) e o gênero “poesia” da literatura Portuguesa”.
Os discentes do PIBID iniciaram a oficina falando sobre a noite e o dia, apresentaram
fotos de situações que ocorrem de dia e de noite e envolveram os alunos nas discussões
sobre cada situação representada nas fotos. Em seguida perguntaram se eles sabiam como
acontece o dia e a noite? Os alunos expuseram suas ideias e logo após foram convidados
a assistirem o vídeo “Kika, de onde vem?”.
Após o vídeo houve um bate papo sobre o que Kika havia falado sobre o dia e
noite. Para em seguida realizar a experiências com lâmpada e bola.
EXPERIÊNCIA: Usando a lâmpada iluminaram uma bola, foi mostrado o que acontece
com a terra no processo de rotação, parte de nosso planeta (representado pela bola) para
o sol está de dia, e a outra parte que ficou no escuro está de noite. Foi pontuado que os
movimentos são rápidos, por isso que não percebemos a terra girar a não ser com o
decorrer das horas, foi explicado que como todos os corpos do universo a terra também
não está parada, que ela realiza inúmeros movimentos, mas que os dois movimentos
principais do nosso planeta são o de “rotação e translação” e que do movimento de rotação
se dá a noite e dia; Que o movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta realiza
ao redor de si mesmo, ou seja, ao redor do seu próprio eixo, esse movimento se faz no
sentido anti-horário, de oeste para leste, e tem duração aproximada de 24 horas. E graças
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 18
ao movimento de rotação, a luz solar vai progressivamente iluminando diferentes áreas,
resultando a sucessão de dias e noites nos diversos pontos da superfície terrestre.
Buscando integrar estas informações à disciplina de Português, foi escolhido
gênero textual poesia. Apresentou-se o livro “Dia e noite” da escritora Giselle Vargas,
alguns alunos leram o livro, outros identificaram o tipo de gênero textual e suas
características, destacando o verso, estrofe e rima. Logo após este momento, foi pedido
que cada aluno confeccionasse seu próprio livro de história falando sobre dia e noite e o
movimento de rotação utilizando no texto características do gênero poesia. Ao termino
da construção dos livros, os mesmos foram recolhidos para serem analisados e escolhido
dentre eles os mais bem organizados, criativos e que contemplaram o gênero poesia.
Para que o conteúdo do dia e noite apresentado no livro fosse associado à rotação
e translação, foi realizada uma pequena alteração, que se deu a partir do acoplamento de
uma última página com o desenho do sistema solar, fazendo paralelo entre o dia e noite,
rotação e translação.
No terceiro momento foi aplicada a 2ª oficina, teve como tema “Formação do ano”
contendo em seu conteúdo “Os movimentos da terra no Sistema Solar (rotação e
translação) e adição e multiplicação dentro da disciplina de Matemática”.
Iniciaram relembrando a oficina anterior sobre “rotação” e apresentou o segundo
movimento “translação”. Explicou-se que é o movimento que a terra realiza ao redor do
sol junto com os outros planetas, e que através da translação a terra percorre um caminho
- ou órbita - que tem a forma de um eclipse. Após este momento foi realizado uma
dinâmica com dois alunos representando o sol a terra realizando o movimento de
translação e rotação.
Para integrar Astronomia em matemática, os discentes perguntaram para as
crianças se sabiam quantos dias tem um ano? Como ocorre o ano bissexto? Como
funciona um calendário? Depois que eles expuseram suas ideias, foi explicado que a
velocidade média da Terra ao descrever essa órbita é de 107.000 km por hora, e o tempo
necessário para completar uma volta é de 365 dias, 5 horas e cerca de 50 minutos. Esse
tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é chamado "ano".
O ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias e o ano sideral, ou o tempo real do
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 19
movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas. A cada quatro anos, temos um ano de
366 dias, que é chamado ano bissexto.
Diante disso, foi perguntado aos alunos como podemos fazer para descobrir como
foi formado este dia a mais? Quais cálculos estão envolvidos? (adição e multiplicação).
Em seguida foi chamado dois alunos para participar fazendo os cálculos na lousa. Logo
após, foi aplicado como atividade escrita, que se deu a partir da construção de um
calendário que se referisse ao próximo ano bissexto destacando o mês principal.
No quarto momento, foi aplicado a 3ª oficina com o tema “Influência dos
movimentos da terra na natureza e as estações do ano” contendo em seu conteúdo “Os
movimentos da Terra no Sistema Solar (Rotação e Translação) e as estações do ano em
Ciências Naturais”.
Os discentes fizeram um breve relato dos assuntos abordados nas oficinas
anteriores e em seguida apresentou o vídeo “Movimento e Translação da Terra”. A
disciplina de Ciências Naturais, foi integrada naturalmente, usando a bola e a lâmpada
novamente, ajudaram as crianças a perceberem onde estava mais quente e frio na terra a
partir da distância do sol, e com isso a entenderem como são formadas as estações do ano.
Foram feitas perguntas do tipo: Quais são as caraterísticas de cada estação? Quais os
climas que surgem a partir delas? Qual melhor época para plantar, colher frutos, flores?
Em seguida foi entregue um caça palavras para que eles encontrassem todas as palavras
referentes aos assuntos abordados nas oficinas.
Finalizando este momento, foram entregues os livros confeccionados na primeira
oficina, as melhores escritas ganharam um pacotinho com doces e os demais ganharam
pirulitos.
No quinto e ultimo momento, os discentes voltaram dias depois para refazer o
mesmo teste anteriormente aplicado, constatando assim, que todas as crianças que
participaram das oficinas conseguiram descrever o movimento que gera o dia e a noite
(rotação) e o movimento que gera o ano (translação), através dos desenhos demonstraram
que entenderam que eles não vivem dentro da terra e sim sob a terra, como também que
os planetas giram ao redor do sol e que este é uma estrela. Concluindo assim, que
ocorreram 100% de aproveitamento dos assuntos abordados sobre rotação e translação e
ainda um reforço nas disciplinas envolvidas nas oficinas interdisciplinares.
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 20
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta intervenção trouxe a Astronomia para a sala de aula como parte integrante dos
conteúdos das disciplinas de base curricular, salientando a importância de conversar sobre
o universo, visto que este faz parte do cotidiano da humanidade.
Houve crescimento para as crianças, como também para os discentes do PIBID a
partir da pratica da aplicação dos conteúdos através da interdisciplinaridade com a
integralidade das disciplinas abordadas. Outro ponto importante foi poder aproximar a
pratica do ensino a visão estabelecida para o currículo brasileiro, trazendo um
conhecimento mais amplo como requerido na Legislação Brasileira, que reza “uma
educação que tenha integração entre as disciplinas, conteúdos, conhecimentos (Parecer
4.833/75-CFE), como também no nível cognitivo, interação com seus semelhantes,
consigo próprio, com seu meio: família, comunidade, país e mundo” (Resolução 8/71-
CFE artigo 3º-a,b,c)(FAZENDA, 1979, p.104).
E o mais importante foi que este trabalho fez com que as crianças percebessem com
mais clareza o mundo ao seu redor, observando a grandeza em toda sua formação e
existência, entendendo o porquê que eles vivenciam o dia e a noite, porque as estações
mudam, como formam os dias do ano e ano bissexto e como as coisas no universo estão
interligadas no cotidiano.
REFERÊNCIAS
FREITAS, Eduardo de. "Movimento de translação"; Brasil Escola. Disponível em
. Acesso em 16 de
setembro de 2017.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integraçao e Interdisciplinaridade no Ensino
Brasileiro: Efeito ou Ideologia. 6ª edição: de 2011 © EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo,
Brasil, 1979
http://raffayellow.blogspot.com.br/p/livro-dia-e-noite.html Acesso em 16 de setembro
de 2017.
https://www.estudokids.com.br/movimentos-da-terra/ Acesso em 16 de setembro de
2017.
https://www.youtube.com/watch?v=Nux_3PVdo9U). Acessado em 16 de setembro de
2017.
https://www.youtube.com/watch?v=oTiuyBAGgyw&t=8s. Acessado em 16 de
setembro de 2017.
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 21
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ATIVIDADE DE ENSINO E PESQUISA DO PIBID
QUÍMICA SOBRE POLUIÇÃO
Lecy das Neves Gonzaga – UFRB – [email protected]
Hanna Pinheiro Mascarenhas– UFRB – [email protected]
Creuza Souza Silva – UFRB – [email protected]
Resumo
Este trabalho de ensino e pesquisa com a Educação Ambiental, objetivou primeiramente,
avaliar o conhecimento dos alunos sobre os danos causados ao ambiente quando o óleo
de cozinha usado em frituras é descartado incorretamente e realizar atividade de
intervenção pedagógica para sensibilização e conscientização sobre a preservação do
ambiente. Para isso, fez-se uma pesquisa de caráter qualitativa e quantitativa, utilizando-
se de observação participante e questionário para coleta de dados. A atividade foi
realizada com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em uma escola da rede
pública de ensino da cidade Amargosa-BA. Como resultados, teve-se a constatação de
que os alunos reconhecem os danos causados pelo óleo quando descartado de forma
inadequada no ambiente mas que mesmo assim, não realizam ações para minimizar esta
situação. Para contribuir na mudança dessa realidade, os bolsistas do PIBID Química
realizaram uma intervenção pedagógica com aula expositiva e experimentos. A atividade
realizada contribuiu para sensibilização dos estudantes participantes sobre a problemática
da poluição do ambiente.
Palavras-chave: Educação Ambiental. PIBID Química. Experimentação.
INTRODUÇÃO
O desequilíbrio ambiental tem sido causado por diversos fatores, um deles é o
descarte de lixo em locais inapropriados. Segundo Oliveira e colaboradores (2012), são
necessários meios que possam estar sensibilizando a sociedade sobre a importância de
estar conservando e cuidando do meio ambiente. Sendo assim, a Educação Ambiental
(EA) surge para despertar a população sobre a situação do planeta. A EA desperta no
indivíduo a preocupação com a sustentabilidade. Segundo o Ministério do Meio
Ambiente (BRASIL, 2012),
A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional
da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter
social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de
prática social e de ética ambiental.
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 22
Através da contextualização da educação ambiental pode se inserir a
conscientização na escola, que é necessária para contribuir com a preservação do meio
ambiente. Por meio de iniciativas que podem ser adotadas no cotidiano, como a
reutilização do óleo de cozinha usado para frituras, de modo que possa reverter esse
resíduo, em matéria prima (COSTA, LOPES e LOPES, 2015).
O óleo de cozinha, se descartado na rede de esgoto, pode causar entupimentos,
problemas de higiene e mau cheiro. Para amenizar este problema é necessário que haja a
reciclagem do óleo vegetal usado para frituras. A decomposição do óleo de cozinha emite
gás metano, um dos causadores do efeito estufa. Segundo D`Avignon apud Laranjeira et
al (2015),
Quando o óleo usado chega aos rios e mares, por ser menos denso que a água
o óleo de cozinha forma uma camada na mesma, impedindo a oxigenação e a
passagem de luz, causando a morte de peixes e outros animais, afetando assim
toda cadeia alimentar. O óleo causa outros problemas como a
impermeabilização do solo, impedindo a passagem de água das chuvas para
abastecer os lençóis freáticos e quando o óleo chega aos mares ocorre também
uma reação provocada pela a decomposição, através de microrganismos,
ocorrendo a liberação do gás metano numa reação anaeróbica (sem oxigênio).
O metano é um dos gases que mais ataca a camada de ozônio, causando o efeito
estufa (p.3).
Segundo Azevedo e colegas (2009), o reaproveitamento do resíduo de óleo, no
ciclo produtivo caracteriza-se como atitude de desenvolvimento sustentável. Isso porque
está desfazendo a necessidade da extração de recursos naturais, que gera um aumento no
incentivo do processo de reciclagem, contribuindo para a preservação e conservação dos
recursos naturais.
Kunzler e Schirmann (2011) afirmam que, o reaproveitamento do óleo de cozinha
não é um processo complicado, pois exige mais consciência ambiental do que qualquer
outro incentivo, tanto que a maioria dos ambientalistas concorda que não existe um
modelo de descarte ideal para o óleo de cozinha. Uma das alternativas simples
encontradas para a utilização desse resíduo foi a fabricação de sabão artesanal.
Assim, é importante que seja um tema abordado na escola para que o aluno possa
ter competências, habilidades e atitudes que sejam capazes de diminuir os impactos
causados pelas suas ações para a conservação do meio ambiente.
Diante disso, essa atividade de ensino e pesquisa, buscou avaliar o conhecimento
que os alunos têm sobre os danos causados ao meio ambiente pelas suas ações, e ensinar
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 23
uma maneira de preservação do meio ambiente, através de uma atividade intervenção
pedagógica usando a fabricação de sabão como exemplo para educação ambiental.
METODOLOGIA
Essa pesquisa foi realizada no ano de 2015, numa escola da rede pública de ensino
na cidade de Amargosa na Bahia. O público alvo foram alunos do curso de Educação de
Jovens e Adultos (EJA) do turno noturno. A pesquisa foi realizada durante uma atividade
aplicada como intervenção pedagógica do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência), subprojeto de Química da UFRB (Universidade Federal do
Reconcavo da Bahia), durante duas aulas de química na escola.
A intervenção pedagógica foi realizada em três etapas. A primeira etapa, após
explanação introdutória sobre o tema, foi solicitado que os alunos respondessem um
questionário prévio, onde os mesmos eram indagados sobre a reutilização do óleo de
cozinha usado em frituras. Na segunda etapa, houve uma aula expositiva dialogada sobre
o assunto de poluição ambiental. Já na terceira e última etapa, houve uma atividade
prática, onde os alunos participaram da fabricação de sabão, reutilizando óleo de soja que
já tinha sido usado em frituras.
A pesquisa teve caráter qualitativo e quantitativo, visando saber o conhecimento
que os estudantes têm sobre a reutilização do óleo de cozinha. As técnicas utilizadas para
coleta de dados foram a observação participante e a aplicação de questionário.
Participaram da pesquisa, três turmas da EJA, perfazendo um total de 47 alunos que
responderam o questionário. Após a aplicação do questionário as respostas foram
tabuladas e analisadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor discussão sobre os resultados, iremos organizar de acordo com as
etapas que foram realizadas durante a intervenção pedagógica do PIBID Química, nas
aulas de química.
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 24
Como foi relatado na metodologia, na primeira etapa, aplicou-se um questionário
prévio com as turmas a fim de analisar o conhecimento dos alunos sobre o
reaproveitamento do óleo de cozinha usado em frituras. O questionário continha
perguntas acerca de reutilização do óleo.
Na primeira pergunta os alunos foram indagados se reutilizavam o óleo de cozinha
usado para frituras, 72,34% dos alunos responderam que não e apenas 27,65%
responderam que sim. Este resultado é preocupante, pois Fonseca (2013) afirma que, a
reciclagem, além de ser extremamente importante para reduzir a extração de recursos
naturais para atender à crescente demanda por matéria prima das indústrias, ainda ajuda
muito a amenizar um dos maiores problemas da atualidade: o lixo.
Além disso, de acordo com Rodrigues e Carbone (2013),
A poluição dos rios é um dos principais problemas ambientais, pois neles são
despejados muitos resíduos. É preciso orientar as pessoas até mesmo em
questões simples e rotineiras no que fazem, pois, muitas vezes,
inconscientemente, acabam prejudicando o meio ambiente, como por exemplo,
a poluição da água causada pelo descarte inadequado do óleo de cozinha usado,
poluindo desde a superfície até os lençóis freáticos (p.2).
Quando foram perguntados se conhecem métodos de reutilização de óleo de
cozinha, 68% dos alunos responderam que sim e apenas 32% que não. Podemos ver que
a maioria possui o conhecimento sobre como reciclar o óleo, porém poucos colocam em
prática e desconhecem o prejuízo ambiental que o descarte incorreto do óleo de frituras
pode causar ao meio ambiente. Indagados sobre os danos que o óleo de cozinha pode
causar ao meio ambiente, 55,31% dos alunos disseram não saber.
Este resultado trouxe apreensão pois o surgimento de problemas socioambientais
ameaçadores à sobrevivência da vida é um fenômeno relativamente novo para a
humanidade, mas extremamente preocupante. A poluição pode ser considerada um dos
maiores problemas enfrentados pela população mundial, que vem evoluindo devido ao
crescimento urbano desordenado e a alta produção de lixo (OLIVEIRA et al., 2013).
Na etapa da aula expositiva sobre poluição, usamos uma apresentação do conteúdo
usando slides com muitas figuras sobre os tipos de poluição, do ar, do solo, da água etc.
Demos mais ênfase na poluição do solo e da água, que são os tipos que mais prejudicam
a região. Observamos que os estudantes prestaram atenção e participaram das discussões,
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 25
com exemplos de seu dia-a-dia. Assim, notamos que esta parte da intervenção foi bastante
proveitosa, tanto para os bolsistas do PIBID Química, como futuros professores, quanto
para os alunos, pois percebeu-se que houve aprendizagem e conscientização mostrados
pelas falas do mesmos.
A última parte da intervenção pedagógica foi um experimento sobre a fabricação
de sabão. Solicitamos aos alunos que levassem sobras de óleo de frituras para fazermos o
sabão. Tivemos o cuidado, de planejar experimentos demonstrativos e interativos, ou seja,
os alunos observaram a fabricação e também fizeram o sabão. A atividade foi realizadas
em equipes com cerca de cinco alunos cada.
Fizemos a distribuição de um roteiro impresso, bem simples, para fabricação do
sabão, mostrando que é fácil e prática a fabricação do sabão. Alertamos sobre os cuidados
no manuseio das substâncias e a proporção entre elas. Para agilizar, já levamos a soda
caustica (hidróxido de sódio) dissolvida em água. Levamos copos descartáveis como
material alternativo para que os alunos colocassem o óleo e a solução de soda caustica e
misturassem. Para misturar, levamos também um material alternativo que foi palito de
picolé. Falamos da importância do tempo de mistura e de repouso. No final os alunos
levaram para casa a mistura obtida para esperar o tempo necessário para uso do sabão.
Após a realização do experimento, percebemos que muitos alunos, como foi
respondido no questionário, já sabiam como fabricar sabão, mas não faziam por conta da
falta de tempo e/ou outros motivos menos relevantes. Porém a maioria nunca tinha visto
a fabricação de sabão e reconheceram que é um procedimento fácil e barato.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através dessa atividade de ensino e pesquisa foi possível analisar que, a maioria
dos participantes tem o conhecimento sobre os danos causados pelo descarte incorreto do
óleo de cozinha, porém poucos procuram métodos de reutilização desse produto. Pode-se
perceber que os estudantes saíram sensibilizados com os danos que o óleo usado pode
causar ao ambiente quando descartados de forma incorreta e irresponsável.
Existem muitos projetos de conservação ambiental, não somente de reutilização
de óleo vegetal, porém a divulgação ainda é falha, não atinge todos os públicos. A
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 26
Educação Ambiental através de atividades de ensino é uma boa opção para sensibilização
da sociedade sobre a conservação do ambiente, através da escola.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, O. A. et al. Fabricação de sabão a partir do óleo comestível residual:
conscientização e educação ambiental. 2009. In: XVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE
ENSINO DE FÍSICA. Vitória, Espírito Santo. Anais. Disponível em . Acesso em: 23 set .2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Ministro (Comp.). Conceitos de Educação
Ambiental. 2012. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2017.
COSTA, D. A.; LOPES, G. R.; LOPES, J. R. Reutilização do óleo de fritura como uma
alternativa de amenizar a poluição do solo. Revista Monografias Ambientais –
REMOA. v.14, p.243-253. Revista do Centro do Ciências Naturais e Exatas - UFSM,
Santa Maria, 2015.
FONSECA, L. H. A. Reciclagem: o primeiro passo para a preservação ambiental.
Revista Científica Semana Acadêmica. v. 1, Nº.000036, Fortaleza, 2013. Disponível
em: http://semanaacademica.org.br/artigo/reciclagem-o-primeiro-passo-para-
preservacao-ambiental. Acessado em 28 maio 2017.
GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: UFRGS,
2009.
KUNZLER, A. A.; SCHIRMANN, A. Proposta de reciclagem para óleos residuais
de cozinha a partir da fabricação de sabão. 2011. Disponível em:
. Acesso em: 23 set. 2017
LARANJEIRA, E. et al. Educação ambiental: reutilizando óleo de fritura. In:
CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO E 'INCLUSÃO, 2014, Campina
Grande. Anais. Campina Grande: Realize, 2015. v. 1, p. 1 - 7.
OLIVEIRA, J. J. et al. Óleo de fritura usado sendo reaproveitado na fabricação de sabão
ecológico: conscientizar e ensinar a sociedade a reutilizar de maneira adequada o óleo
de cozinha.2013. In: IX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFRN, Rio
Grande do Norte. Anais. Disponível em
Acessado
27 de maio 2017.
RODRIGUES, N. Z.; CARBONE, V. C. A. O destino do óleo de cozinha usado: um
estudo de caso na cidade de PALMEIRA D’OESTE/SP. In: CONGRESSO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO CIENTÍFICA, 11. 2013, Campinas. Anais. Campinas:
Conic-semeso, 2013. v. 1, p. 1 - 11.
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 27
RODRIGUES, N. Z.; CARBONE, V. C. A. O destino do óleo de cozinha usado: um
estudo de caso na cidade de PALMEIRA D’OESTE/SP. In: 13º CONGRESSO
NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Anais do Conic-Semesp. Volume 1,
2013 Faculdade Anhanguera e Campinas Unidade 3. Disponível em: http://conic-
semesp.org.br/anais/ files/2013/trabalho-1000015425.pdf. Acesso em: 10 set. 2017.
SILVA, M. T. F. et al. Educação ambiental: reutilização do vidro e da madeira no
instituto federal do Maranhão/ campus Caxias. In: SIMPEQUI. Anais. Disponível em:
. Acesso em: 22 set.
2017.
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 28
EDUCAÇÃO DO CAMPO E AGROECOLOGIA: FORMAÇÃO DOCENTE
PARA A DIVERSIDADE.
Jailton Santos de Jesus – UFRB – [email protected]
Círia da Silva Santos – UFRB – [email protected]
Nilson Antônio Ferreira Roseira – UFRB – [email protected]
Fernando Ferreira de Morais 2 – UFRB – [email protected]
Resumo
Este trabalho referencia uma oficina de agroecologia desenvolvida pelos bolsistas do
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docencia para a Diversidade (PIBID –
Diversidade), na Escola Municipal Deputado Luciano Simoes localizada na comunidade
de Alto Lindo, zona rural do municipio de Cansanção – Bahia, na qual esta alocada o
programa. A mesma foi desenvolvida com os monitores do Programa Mais Educação,
que atuam na escola. A atividade teve como objetivo promover um debate sobre a
Agroecologia e suas reflexões na prática docente, alem de capacitar os monitores do
programa mais educação para ministrar aulas de agroecologia para as turmas da escola.
A atividade foi embasada na prática cotidiana do Pequeno Agricultor Familiar, portanto
esta dialogava diretamente com os participantes uma vez, que ambos são filhos e/ou
pequenos agricultores familiares do referido municipio.
Palavras-chave: Agroecologia. Mais Educação. Iniciação à Docência. Agricultor
Familiar.
INTRODUÇÃO
Este trabalho remete as experiencia obtida no desenvolvimento de uma oficina de
agroecologia, realizada no ambito do PIBID – Diversidade, (Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação a Docencia para a Diversidade), na Escola Municipal Deputado
Luciano Simoes, pelos bolsistas do programa. A escola esta localizada na comunidade de
Alto Lindo, zona rural do municipio de Cansanção – Bahia. Embora esteja no campo, esta
não apresenta-se como uma esoloa do campo, uma vez que o curriculo e o projeto
pedagogica não condiz e/ou dialoga com a pespectiva de escola do campo, assimm como
define Molina e Sá (2012. Pg. 324-325), que define que as escolas do campo “... nesce e
se desenvolve no bojo do moviemento da Educação do Campo”. Molina e Sá (2012. Pg.
324) Para as autoras a escola do campo caracterisa-se ainda como uma escola que
desenvolva estratégias e projetos políticos pedagogicos que promova uma reflexão sobre
a natureza e os postulados do ensino e aprendizagem, capaz de integrar, trabalho, ciencia
e cultura, promovendo uma formação humana ominilateral e olistica levando os sujeitos
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 29
a perceberem criticamente as premissas aceitas pela sociedade e a formulação de
altenativas de um projeto politico mais amplo de transformação social. Tão pouco o
ensino ofertado caracterisa-se como educação do campo, assim como define, Caldart
(2012. Pg 262), que a educação do campo promove por meio de um projeto contra-
higemonico a emancipação e o empoderamento do sujeito do campo capaz de discutir e
caracterizar a realidade na pespectiva da praxis, prendendo-se em uma pespectiva
conservadora e historicamente utrapassado.
A oficina foi desenvolvida com os monitores do Programa Mais Educação, que
atuaram na escola tendo como objetivos promover um debate sobre Agroecologia
buscando um dialogo entre teoria e prática, bem como suas implicações no conhecimento
científico e no saber popular e suas reflexões na prática docente, esta buscou ainda
capacitar os monitores do programa mais educação para ministrar aulas de agroecologia
para as turmas da escola. A atividade foi embasada na prática cotidiana do Pequeno
Agricultor Familiar, portanto esta dialoga diretamente com os participante uma vez, que
ambos são filhos e/ou pequenos agricultores familiares do referido municipio.
A oficina estava embasada nas discussões apresentadas por GUBUR e TONÁ
(2012), CAPORAL e AZEVEDO (2011) e por ROSA e FREIRE, teve duração de 12
horas divididada em dois dias. No primeiro dia de oficiana foi promovida uma discursao
teorica a cerca da tematica, utilizando as discursoes apresentadas pelos aoutores a cima
citados, buscando corelaciona-las com a vida e o cotidiano dos monitores, para tal esta
foi dividida em tres etapas sendo uma para o desenvolvimento de uma dinamica, a outra
para apresentação dos slides e a ultima para um trabalho em grupo, respectivamente e no
ultimo dia pela manha a aplicação pratica dos conceitos debatidos no dia anterior.
DESCRIÇÃO DO CONTEXTO
Antecedendo o desevolvimento da oficina foi realizado o pelanejamento e a
confecção dos slides que sriam utilizados, na confecçao foi utilizado as informaçoes
obtidas no desenvolvimeto de outras atividades na escola com os estudantes, os quais
petenciam as mesmas comunidades dos monitores do programa.
As atividades foram iniciadas com uma dinâmica da plantação, nesta os
particimantes formam uma roda com os braços entrelaçados no centro da sala e o
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 30
mediador fala no ouvido de cada pessoa um tipo de planta (mandioca), em seguida
anuncia que após uma forte seca acabou por morreremr todas as plantas e todos caem no
chao. Na sequência novamente o mediador fala no ouvido cinco tipos de plantas (feijao,
milho, sorgo, mandioca e pinheira), alternadamente, e descreveu que veiu uma forte seca
e moreu o feijao e o milho e somente as pessoas que correspondiam a estas especies
cairam, porem todas as demais continuam em pe. O objetivo desta foi mostrar que quando
o agricultor planta somente um tipo de plnta, quando vem a seca ela morre e ele fica no
prejuizo, assim, com o policultivo, mesmo com a seca algumas plantas resistem e a perca
não é cem por cento, logo o policultivo é uma alternativa viável para o pequeno agricultor.
Este momento se encera com uma breve reflexão sobre a dinâmica.
Na sequência a segunda etapa foi iniciada com os participantes expondo seus
conhecimentos sobre agroecologia, onde muitos falaram que não tinham conhecimento
do assunto. Na sequência continuamos a oficina fazendo uma apresentação teórica a cerca
do assunto, nesta os bolsistas revesando na explicação apresentaram cada slides
promovendo um dialogo sobre agroecologia pontuando primeiramente o significado e o
conceito de agroecologia, bem como as intercessões da teoria com a prática dos
agricultores. Para exemplificar o que seria um cultivo agroecologico foi demonstado fotos
de um quintal agroecologico desenvolvidos pelos proprios bolsistas na comunidade onde
residem. Após o termino da explicação a turma foi dividida em três grupos, onde cada
grupo ficou responsavel para discutir sobre o assunto abordado e fazer uma apresenração
que representasse o que grupo havia entendido. Neste momento cada participante a partir
dos grupos pode falar sobre suas experiencias agroecologicas, porem para tal em grupo
escolheriam uma forma de apresentar, seja em forma de teatro, seja com musica ou oral
e entre outras, assim como defina o grupo. Após a apresentação dos grupos, o primeiro
dia se encerrou com a definicção de qual seria a prática que os monitores iriam
desenvolver com os olunos durante as aulas.
Para a definição foi considerado algumas restrições apresentadas quanto ao espaço
físico, bem como a realidade, a cultura e o dia a dia dos estudantes em suas comunidade.
Após uma breve discussão feita pelos monitores, eles sugeriram que pela escola não ter
espaço adequado para a construção de um espaço agroecologio, definiram por construir
uma horta ecolar, pois, era uma atividade se aproximaria da proposta e que é desenvolvida
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 31
pelos pais e/ou alunos na comunidade, porem, esta não ficaria na escola mas sim em um
anexo no predio da acossiação, que fica próximo à escola. No entanto deveria ser
solicitado a autorização a associação, sobre a possibilidade e que deveria ser o quanto
antes, pois, no dia seguinte seria iniciado a construção. No segundo dia a oficina foi
iniciada com a confirmação do espaço por parte da pessoa responsável pela associação
para a construção da hora e seguiu com a aula pratica, onde junto com os monitores foi
realizado a limpeza do espaço e assim foi encerrado essa eapa de formação com os
monitores que a partir desse momento iriam colocar em prática junto com aos alunos.
RESULTADOS ALCANÇADOS
Formação de monitores do Mais Educação para trabalhar na área de agroecologia.
Esta possibilitou aos monitores aprimorar o conhecimento, uma vez que os mesmos só
tinham ouvido falar sobre, logo esta serviu de subsidio para os monitores trabalharem
com os alunos tanto na parte teorica como pratica.
Interdicisplinaridade. Como os monitores eram de areas diversas, (portugues,
ciencias, educação fisica, matematica e agroecologia), foi possivel o desenvolvimento
desta atividade conjunta.
Cooperação. Foi possivel atraves das atividades em grupo, bem como na
organização e coletividade dos monitores na realização de tais.
Realização de atividades extra sala de aula. Esta despertou para realizar atividades
extra sala de aula, rompendo o espaço escola, mostrando uma outra auternativa de ensino,
envolvendo os estudantes na participação e realização de atividades extra sala.
Contextualização. Esta trouxe para o ensino-aprendizagem a cultura dos
estudantes, uma que esta atividade surgiu a parte da relidade dos mesmo.
Dialogo entre escola e comunidade. Devido a escola não ter espaço para a
implatação da atividade, foi necessario dialogar com a comunidade em busca de tal. A
associação por sua vez tinha um espaço que precisava ser beneficiado, dessa forma
aceitou apoiar a realização da atividade. Para alem do espaço para a construção da horta,
a associação sedeu ainda o espaço para a realização da oficina.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 32
Através do debate promovido pela oficina de agroecologia, os monitores do
programa mais educação responsáveis pela área de agroecologia, puderam tração um
planejamento pedagógico para as suas respectivas aulas com as turmas do colégio.
Possibilitou ainda a relação interdisciplinar com as demais áreas, bem como o
desenvolvimento de atividades conjuntas. Esta iniciativa promoveu também aos
estudantes poder vivenciar na escola uma atividade pratica e uma atividade em grupo e
que ultrapassa os muros da escola, podendo dialogar com sua cultura, uma vez que
maioria dos estudantes das turmas trabalhadas trabalham com hortaliças nas suas
comunidades.
Todavia esta permitiu aos bolsistas aproximar-se de outras disciplinas que não a
da sua graduação, favoreceu ainda para uma experiência “impa”, pois, em todas as outras
atividades de anos anteriores haviam sido desenvolvidas só com os estudantes, já está
com professores. Corroborou com a formação acadêmica e com a futura pratica docente
vindoura.
REFERÊNCIAS
CALDART. S.R et al. (Orgs.). Agroecologia. Dicionário da Educação do Campo. Rio
de Janeiro. São Paulo. EXPRESSÃO POPULAR. 2012. p. 57-65.
CALDART. S.R et al. (Orgs.). Educação do campo. Dicionário da Educação do
Campo. Rio de Janeiro. São Paulo. EXPRESSÃO POPULAR. 2012. p. 257-265.
CALDART. S.R et al. (Orgs.). Escola do campo. Dicionário da Educação do Campo.
Rio de Janeiro. São Paulo. EXPRESSÃO POPULAR. 2012. p. 324-331.
CAPORAL. F. R. AZEVEDO. E. O. Princípios e Perspectivas da Agroecologia.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná –Educação A Distância.
2011, disponível em, http://wp.ufpel.edu.br/consagro/files/2012/03/CAPORAL-
. Acesso em. 19/08/2015
ROSA. P. P. V. FREIRE. J. M. Agroecologia: Saber Científico E/Ou Saber Popular,
disponível em Acesso em. 19/08/2015
Anais do IV Fórum de Licenciaturas da UFRB V Seminário Institucional do PIBID UFRB
IV Seminário Institucional do PIBID Diversidade UFRB I Encontro Institucional do PARFOR UFRB
Formação e valorização dos/as profissionais da educação: Situação atual e perspectivas futuras
Período: 16 a 18 de outubro de 2017
Volume 03, nº 3, Outubro/2017 33
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES
DESENVOLVIDAS COM UMA TURMA DO 6ºANO DE UMA ESCOLA
MUNICIPAL EM BREJÕES - BAHIA
Michele da Silva Alves - UFRB - [email protected]
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado é o momento de encontro da teoria e prática e do futuro
educador com a escola, com os alunos e com o cenário que irá atuar durante sua vida
profissional. Momento esse de grande importância, pois, diversas dimensões da prática
só são completadas no exercício da profissão. Estágio supervisionado é, portanto, o
período que o acadêmico está desenvolvendo a teoria e a prática, é o momento de
aplicação prática dos conhecimentos adquiridos na universidade (Milanesi, 2012).
Borssoi (2008) afirma que o objetivo principal do estágio é a aproximação da realidade
escolar, de forma que o estagiário perceba os desafios que a carreira oferecerá, refletindo
sobre a profissão que o acadêmico irá exercer, integrando-o, e permitindo-lhe a troca de
informações, vivências e experiên