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Anais do X Simpósio de Cognição e Artes Musicais – 2014! " 324
Influência do método de mensuração sobre respostas emocionais!à música no contexto brasileiro!!
Danilo Ramos!Universidade Federal do Paraná!
[email protected]!!Doris Beraldo!
Universidade Federal do Paraná!
Thiago Tatsch!Universidade Federal do Paraná !
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar o curso de respostas emocionais à música em ouvintes brasileiros e compará-las após a aplicação de duas metodologias de mensuração. 28 participantes não músicos ouviam 15 trechos musicais do repertório erudito europeu utilizados em um estudo prévio. Em uma primeira mensuração, sob a perspectiva do Modelo Circumplexo de Russel (MCR), a tarefa era ouvir cada trecho e, por meio de um teste de escolha forçada, associá-lo às emoções Alegria, Raiva, Tranquilidade ou Tristeza (grupo controle de emoções). Em uma segunda mensuração, sob a perspectiva da Geneva, Emotional Music Scale (GEMS), os participantes ouviam os mesmos trechos musicais e escolhiam uma lista de adjetivos emocionais (grupo experimental de emoções). Os participantes respondiam ambas as escalas em duas situações: respostas emocionais sentidas ou percebidas. A ordem de apresentação dos trechos musicais e das metodologias de mensuração foi distribuída aleatoriamente entre os participantes. O design experimental utilizado foi 2 x metodologias (MCR versus GEMS) 2 x categorias de respostas (emoções sentidas versus emoções percebidas). O teste estatístico ANOVA indicou diferenças significativas para as respostas emocionais dos ouvintes entre as duas metodologias de mensuração para as emoções Alegria, Tranquilidade e Tristeza. Não foram encontradas diferenças significativas entre as duas metodologias de mensuração para a emoção Raiva. Além disso, não foram encontradas diferenças em relação as categorias de respostas (sentidas ou percebidas) mensuradas para nenhuma emoção investigada. Os resultados deste estudo sugerem que o teste de escolha forçada pode limitar a intepretação dos dados acerca das respostas emocionais à música em ouvintes brasileiros.!Palavras-chave: métodos de mensuração, respostas emocionais à música, contexto brasileiro.!!Title: Influence of the method of mensuration on emotional responses to music in Brazilian context. Abstract: The purpose of this study was to analyze the course of emotional responses to music in Brazilian listeners and comparing them after the application of two methods of mensuration. 28 participants nonmusicians listened to 15 musical excerpts from classical western music employed in a previous study. The first mensuration, based on Russel Circumplex Model (RCM approach), the task was listening to each musical excerpt and, through a forced-choice test, associates it to Happiness, Angry, Sadness or Tranquility (control group of emotions). The second mensuration, based on Geneva Emotional Music Scale (GEMS approach), participants listened to the same excerpts and chose and adjective list of emotions (experimental group of emotions). Participants answered both scales in two situations: felt or perceived emotions. The order of presentation of the musical excerpts and mensuration methodologies of mensuration was randomized among participants. Design experimental employed was 2 x methods of mensuration (RCM versus GEMS) 2 categories of responses (felt versus perceived emotions). An analysis of variance showed significant differences to emotional responses from listeners between the two methods of mensuration to Happiness, Tranquility and Sadness. No differences were found between the two methods of mensuration to Angry. Furthermore, no differences were found in relation to the
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categories of responses (felt or perceived) to any emotion investigated. Results obtained in this study suggest that the forced-choice test can limit the interpretation of data about emotional responses to music in Brazilian listeners. Keywords: methods of mensuration, emotional responses to music, Brazilian context.!!
Introdução!
Nos estudos que envolvem música e emoção, é possível encontrar o objetivo comum entre os
pesquisadores em compreender os processos psicológicos existentes na relação entre
intérprete e ouvinte durante uma performance musical. A contínua busca em compreender
estes processos, aliada a estudos desenvolvidos em Cognição Musical, levaram a ampliação
do conhecimento científico acerca desta questão. A comunicação emocional pode ser
entendida como situações em que o músico tem a intenção de comunicar emoções especificas
aos ouvintes (Juslin & Persson, 2002). Além disso, Lisboa e Santiago (2006) e Ramos e
Santos (2010) afirmam que é possível que o intérprete possa aprender a manipular os
elementos musicais (pistas acústicas) para transmitir a emoção desejada aos seus ouvintes.
Portanto, compreender como ocorre este processo pode auxiliar no aperfeiçoamento da
performance musical, no intuito de fornecer elementos para que os intérpretes proporcionem
experiências e sensações agradáveis a seus ouvintes. !
Para a mensuração das respostas emocionais à música, o emprego do Modelo
Circumplexo de Russel (1980) considera uma análise bidimensional construída sobre um
referencial cartesiano, em que um eixo está relacionado à valência afetiva (agradabilidade
musical, que pode ser positiva ou negativa) e ao arousal (estado de excitação fisiológica, que
pode ser alto ou baixo). Segundo este modelo, as respostas emocionais à música sempre estão
localizadas em um dos quatro quadrantes formados pelas duas dimensões. Entretanto,
Zentner, Granjean e Scherer (2008) propõem uma abordagem de mensuração das emoções
desencadeadas pela música por meio do uso de uma lista de adjetivos denominada Escala
Emocional Musical de Genebra. Os autores afirmam que trata-se de um instrumento adequado
para mensurar as respostas emocionais à música, pelo fato de ter sido desenvolvida a partir de
vários experimentos considerando contextos musicais diversos, bem como um estudo
aprofundado sobre léxicos ligados a respostas emocionais especificamente para a música,
considerando a língua nativa do indivíduo. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é observar
o curso das respostas emocionais à música no contexto brasileiro e compará-las entre dois
métodos de mensuração: o primeiro baseado no Modelo Circumplexo de Russel (Russel,
1980) e o segundo baseado na Escala Emocional Musical de Genebra (Zentner, Scherer &
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Grandjean, 2008). O intuito deste trabalho é verificar se o método de mensuração influencia as
respostas emocionais à música dos participantes do presente estudo.!
!Método!
Participantes: 28 indivíduos de ambos os sexos (16 homens e 12 mulheres), com idade entre
17 e 61 anos (média = 37,03 anos) participaram do estudo. Apenas sete deles receberam
instrução formal em música nos últimos dez anos. Todos os participantes relataram não ter
problemas de audição.!
!Equipamentos: o experimento foi realizado em uma sala silenciosa, com paredes brancas.
Foi utilizado um Notebook Dell Inspiron 14 e um MacBook Pro da Apple com fones de
ouvido da marca Philips SHM1900 para a escuta e apresentação dos trechos musicais, além
dos programas e-Prime para o registro das respostas dos participantes e Statistica (versão 8.0)
para a análise de dados. Um questionário complementar foi empregado para obtenção de
dados pessoais, dados relacionados ao hábito de escuta dos participantes e dados sobre
impressões dos participantes sobre o experimento.!
!Caracterização dos trechos musicais: o material musical consistiu de 15 trechos musicais de
obras do repertório erudito ocidental. Para cada emoção investigada no presente estudo
(Alegria, Raiva, Tranquilidade e Tristeza) foram selecionados três trechos musicais com 20
segundos de duração, sendo assim denominados ALE1, ALE2 e ALE3, para os trechos
representativos da emoção Alegria, TRA1, TRA2 e TRA3 para os trechos representativos da
emoção Tranquilidade, TRI1, TRI2 e TRI3 para os trechos representativos da emoção Tristeza
e RAI1, RAI2 e RAI3 para os trechos representativos da emoção Raiva. A seleção das
músicas foi obtida a partir de um estudo prévio feito por Ramos (2008). Os autores do
presente estudo apontam os trechos empregados na pesquisa de Ramos (2008) como aqueles
que foram os mais representativos de cada emoção investigada. A Tabela 1 ilustra o trecho
musical associado a cada emoção que ele representa:!
!!!
!
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" ! Tabela 1. Trechos musicais utilizados no estudo de Ramos (2008).!
!Procedimento: foram realizados dois testes, um que envolveu um escolha forçada e outro que
envolveu uma lista de adjetivos. As categorias emocionais empregadas foram selecionadas a
partir do Modelo Circumplexo de Russel (1980). Cada participante realizou o teste
individualmente. A tarefa consistia de ouvir um trecho musical e, logo após a escuta, dar o
julgamento emocional ao trecho ouvido, em duas condições: a primeira condição envolvia um
teste de escolha forçada, no qual o participante deveria escolher apenas uma dentre quatro
emoções: Alegria, Raiva, Tranquilidade ou Tristeza. A segunda condição envolvia uma lista
de adjetivos, no qual o participante deveria escolher apenas um dentre nove grupos de
emoções. A Tabela 2 ilustra os grupos de emoções que foram apresentados aos participantes:!
!
" ! Tabela 2 - Grupos de emoções empregados na lista de adjetivos utilizada no presente estudo.!
!Em ambas as condições (teste de escolha forçada e lista de adjetivos), os participantes
respondiam a duas perguntas: (1) que emoção você percebeu durante a escuta? (2) Que
emoção você sentiu durante a escuta? Tanto a ordem de apresentação dos trechos musicais,
quanto as duas condições de resposta do teste (escolha forçada e lista de adjetivos) e o tipo de
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resposta (sentida ou percebida) foram distribuídas aleatoriamente entre os participantes.
Terminado o estudo, os participantes eram encaminhados para fora da sala experimental para
o preenchimento dos questionários complementares. Cada sessão experimental durava
aproximadamente 40 minutos.!
!Análise dos dados: O teste ANOVA foi empregado para comparar as médias das
porcentagens de respostas dos julgamentos emocionais dos participantes aos trechos musicais,
por meio do design experimental 2 x metodologias (ELM versus GEMS) 2 categorias de
respostas (emoções sentidas versus emoções percebidas). O post-hoc Newman Keuls fez uma
análise pareada entre os grupos. !
!Resultados!
A Tabela 3 ilustra os valores em porcentagem para cada trecho musical, em relação ao método
empregado e também em relação a respostas dos participantes sobre emoções percebidas e
emoções sentidas:!!
" !Tabela 3 - Valores em porcentagem para cada trecho musical, em relação ao método de mensuração
empregado e em relação a respostas emocionais percebidas e sentidas. Foram consideradas apenas as taxas de porcentagens mais altas obtidas em cada um dos testes.!!
Em relação à emoção Alegria, para o trecho ALE1, o teste ANOVA mostrou diferenças
estatísticas entre as respostas emocionais dos ouvintes, em função do método de mensuração
das emoções empregado (F 8,04636; p=0,008542). Para este trecho, o teste Post-Hoc
Newman Keuls mostrou diferença entre as respostas referentes a emoções percebidas no teste
de Russel e na GEMS (p=0,002062) e entre emoções sentidas no teste de Russel e na GEMS
(p=0,043025). Para o trecho ALE2, o teste ANOVA mostrou diferenças estatísticas entre as
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respostas emocionais dos ouvintes, em função do método de mensuração das emoções
empregado (F 28,5882; p=0,000012). Para este trecho, o Post-Hoc Newman Keuls mostrou
diferença entre as respostas entre as emoções percebidas no teste de Russel e na GEMS
(p=0,004356) e entre as emoções sentidas no teste de Russel e na GEMS (p=0,005218). Para
o trecho ALE3 o teste ANOVA mostrou pequenas diferenças estatísticas entre as respostas dos
ouvintes em função do método de mensuração empregado (F 3,6423; p=0,049). Para este
trecho, o Post-Hoc Newman Keuls mostrou diferença entre as respostas entre as emoções
percebidas no teste de Russel e na GEMS (p=0,001203) e entre as emoções sentidas no teste
de Russel e na GEMS (p=0,012332). Para os três trechos representativos da emoção Alegria,
não foram encontradas diferenças estatísticas entre as emoções sentidas e percebidas tanto no
teste de Russel quando na GEMS.!
Para todos os trechos da emoção Raiva, o teste ANOVA não mostrou nenhuma
diferenças estatística entre as respostas emocionais dos ouvintes, nem em função do método
de mensuração das emoções empregado (Modelo de Russel e GEMS) e nem entre o tipo de
julgamento dos ouvintes (emoções percebidas e sentidas).!
Em relação à emoção Tranquilidade, para o trecho TRA1, o teste ANOVA não apontou
diferenças estatísticas entre as respostas emocionais dos ouvintes, nem em função do método
de mensuração das emoções empregado (Modelo de Russel ou GEMS) e nem entre o tipo de
julgamento dos ouvintes (emoções percebidas ou sentidas). Para os trechos TRA2 e TRA3, o
teste ANOVA mostrou diferenças estatísticas entre as respostas emocionais dos ouvintes, em
função do método de mensuração das emoções empregado (Modelo de Russel ou GEMS),
sendo (F 4,52174; p=0,043123) e (F 8,69099; p=0,006524), respectivamente. Entretanto, para
ambos os trechos, o Post-Hoc Newman Keuls não mostrou nenhuma diferença estatística
entre as respostas emocionais dos ouvintes em função do tipo de julgamento dos ouvintes
(emoções percebidas e sentidas). !
Em relação à emoção Tristeza, para os trechos TRI1, o teste ANOVA mostrou diferenças
estatísticas entre as respostas emocionais dos ouvintes, em função do método de mensuração
das emoções empregado (Modelo de Russel ou GEMS), sendo (F 5,26829; p=0,029714). Para
o trecho TRI2, o teste ANOVA não apontou diferenças estatísticas entre as respostas
emocionais dos ouvintes em função do método de mensuração das emoções empregado
(Modelo de Russel ou GEMS). Para o trecho TRI3, o teste ANOVA mostrou diferenças
estatísticas entre as respostas dos ouvintes em função do método de mensuração empregado
(F 10,26761; p=0,003462). Para este trecho, o teste Post-Hoc Newman Keuls mostrou
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diferença entre as respostas entre as emoções percebidas no teste de Russel e na GEMS
(p=0,004183) e entre as emoções sentidas no teste de Russel e na GEMS (p=0,000516).
Finalmente, para os trechos TRI1 e TRI2, não foram encontradas diferenças estatísticas entre
as emoções sentidas e percebidas tanto no teste de escolha forçada (baseado no Modelo
Circumplexo de Russel) quanto na lista de adjetivos (baseada na GEMS).!
!Discussão!
O presente estudo teve como objetivo observar o curso das respostas emocionais à música no
contexto brasileiro e compará-las entre duas metodologias de medida, com o intuito de
verificar se o método de coleta de dados interfere na obtenção deste tipo de dado.!
O principal resultado obtido foi uma diferenciação no julgamento dos ouvintes em
função da emoção a ser avaliada. Para a emoção Alegria, por exemplo, notou-se que o método
interferiu na avaliação dos julgamentos dos ouvintes. Os resultados do presente estudo
apontam que as respostas dos participantes para a emoção Alegria podem ser subdivididas em
três subgrupos diferentes, identificados neste estudo como os grupos de categorias emocionais
1, 6 e 7 da GEMS. Isso significa que, para trechos musicais idênticos, quando outras opções
de escolhas emocionais relacionadas a emoção Alegria são oferecidas aos ouvintes, eles
percebem ou sentem outras emoções mais sutis, enquanto que em teste de escolha forçada, os
participantes tem que escolher a opção Alegria por não haver outras opções para respostas
emocionais mais específicas. Este resultado corrobora os resultados encontrados por Zentner,
Scherer e Grandjean (2008). O mesmo argumento é citado Juslin e Sloboda (2001). Segundo
os autores, apesar de contribuírem para uma análise de dados mais precisa, a abordagem
bidimensional parece limitar as pesquisas sobre respostas emocionais à música, na medida em
que fornece apenas pistas para identificar as escolhas emocionais dos ouvintes de maneira
mais geral. Neste sentido, segundo os autores, em referência ao Modelo Circumplexo de
Russel, “as emoções que são colocadas no mesmo quadrante da matriz circular do modelo em
questão podem, de fato, ser muito diferentes” (Juslin & Sloboda, 2001, p.78).!
! Outro resultado importante obtido no presente estudo foi a não diferenciação entre
respostas emocionais dos participantes referentes a emoções sentidas ou percebidas para as
quatro emoções envolvidas no estudo. Este dado parece corroborar parcialmente os dados
obtidos por Zentner, Grandjean e Scherer (2008), que apontam diferenças estatísticas bastante
significativas entre respostas sentidas e percebidas dos participantes de sua pesquisa.
Entretanto, os autores associam estas diferenças encontradas em função de outras variáveis
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que não foram mensuradas no presente estudo, como comparações em relação ao estilo
musical a ser apreciado, à situação de escuta (dentro de uma sala experimental ou em uma
sala de concerto, por exemplo) e o ambiente cultural no qual o indivíduo está inserido (o
estudo de Zentner, Grandjean e Scherer foi realizado no contexto musical europeu). Valsiner
(2012) pontua, em sua pesquisa, que o ambiente é um fator importante para o
desenvolvimento cognitivo do indivíduo, na medida em que a troca permanente entre o
indivíduo e seu contexto sociocultural influenciam o comportamento humano nas mais
variadas atividades cognitivas (como, por exemplo, a música). Neste sentido, o fato de o
presente estudo envolver respostas emocionais de ouvintes brasileiros à música de concerto
europeia pode ter influenciado o tipo de julgamento emocional dos participantes.!
Finalmente, a GEMS foi um instrumento de medida construído com o objetivo de criar
uma lista abrangente de palavras genuinamente específicas para a mensuração de respostas
emocionais à música, enquanto que, segundo o Modelo Circumplexo de Russel (1980) parece
poder ser aplicado a outros contextos emocionais mais gerais. Neste sentido, lançamos a
hipótese de que as diferenças entre as respostas emocionais dos participantes do presente
estudo entre estes dois instrumentos podem ser assim explicadas. Novos estudos estão sendo
realizados no GRUME (Grupo de Pesquisa Música e Emoção) da Universidade Federal do
Paraná, na busca por uma melhor compreensão dos processos psicológicos envolvidos nas
respostas emocionais à música.!
!Referências!
Juslin, P. N. & Persson, R. S. (2002). Emotional communication. In: R. Parncutt & G. E. McPherson (Eds.), The science and psychology of music performance: strategies for teaching and learning (pp. 219-236). New York: Oxford University Press.!
Juslin, P. N., & Sloboda, J. A. (2001). Music and emotion: Theory and research. Oxford University Press.!
Lisboa, C.A., & Santiago, D. (2006, agosto). A utilização das emoções como guia para a performance musical. Anais do XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música (ANPPOM), Brasília, DF, Brasil, 1045.!
Ramos (2008). Fatores emocionais durante uma escuta musical afetam a percepção temporal de músicos e não músicos? Tese de Doutorado. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Brasil. !
Ramos, D. & Santos, A. R. C. (2010). A comunicação emocional na performance pianística. Música em Perspectiva, 3(2) 34-49.!
Russel, P. A. (1980) A circumplex model of affect. Journal of Personality and Social Psychobiology, 39, 1161-1178. !
Valsiner, J. (2012). Fundamentos da psicologia cultural: mundos da mente, mundos da vida. Trad.: Ana Cecília de Sousa Bastos. Porto Alegre: Artmed.!
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