33
ÍNDICE (DE ACORDO COM A REFORMA ORTOGRÁFICA DE 2009) 1 Compreensão e Interpretação de Textos. Coesão Textual .......................................................... 03 1. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 06 2 Ortografia e Acentuação; Emprego de parônimos, homônimos e formas variantes: .............. 18 Ortografia................................................................................................................................................................. 18 Emprego de parônimos, homônimos e formas variantes ................................................................................ 22 Acentuação Gráfica ............................................................................................................................................. 26 2. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 27 3 Emprego das classes de palavras. Emprego dos tempos e modos verbais .............................. 32 3. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 53 4 Períodos compostos por coordenação e subordinação. Orações reduzidas ........................... 59 4. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 69 5 Concordância Nominal e Verbal:.................................................................................................... 73 Concordância Nominal......................................................................................................................................... 73 Concordância Verbal............................................................................................................................................ 74 5. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 77 6 Regência Nominal e Verbal: ............................................................................................................ 80 Regência Nominal .................................................................................................................................................. 80 Regência Verbal ..................................................................................................................................................... 82 6. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 85 7 Crase ................................................................................................................................................... 88 7. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 90 8 Pontuação .......................................................................................................................................... 90 8. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 97 GABARITOS.............................................................................................................................................. 101

interpretação de texto extrapolação

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: interpretação de texto extrapolação

ÍNDICE (DE ACORDO COM A REFORMA ORTOGRÁFICA DE 2009)

1 − Compreensão e Interpretação de Textos. Coesão Textual .......................................................... 03 1. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 06

2 − Ortografia e Acentuação; Emprego de parônimos, homônimos e formas variantes: .............. 18 Ortografia................................................................................................................................................................. 18

Emprego de parônimos, homônimos e formas variantes................................................................................ 22

Acentuação Gráfica ............................................................................................................................................. 26

2. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 27

3 − Emprego das classes de palavras. Emprego dos tempos e modos verbais .............................. 32 3. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 53

4 − Períodos compostos por coordenação e subordinação. Orações reduzidas........................... 59 4. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 69

5 − Concordância Nominal e Verbal:.................................................................................................... 73 Concordância Nominal......................................................................................................................................... 73

Concordância Verbal............................................................................................................................................ 74

5. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 77

6 − Regência Nominal e Verbal: ............................................................................................................ 80 Regência Nominal.................................................................................................................................................. 80

Regência Verbal..................................................................................................................................................... 82

6. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 85

7 − Crase ................................................................................................................................................... 88 7. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 90

8 − Pontuação .......................................................................................................................................... 90 8. Questões de Provas de Concursos...................................................................................................................................... 97

GABARITOS.............................................................................................................................................. 101

Page 2: interpretação de texto extrapolação
Page 3: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

LÍNGUA PORTUGUESA

1 − COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. COESÃO TEXTUAL.

É muito comum, entre os candidatos a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos.

3

Conceito de Texto Texto é um conjunto de ideias organizadas e

relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).

O texto é uma unidade global de comunicação

que expressa uma ideia ou trata de um assunto determinado, tendo como referência a situação comunicativa concreta em que foi produzido, ou seja, o contexto.

O texto pode ser uma única frase de sentido

completo: "Os edifícios de São Paulo têm uma arquitetura moderna".

O texto também está em obras maiores, formadas

por orações e parágrafos: crônicas, reportagens jornalísticas e romances de fôlego, como Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa.

A palavra precisa constituir um contexto significa-

tivo. Pensemos na seguinte situação: você está dentro

de um ônibus e lê, pela janela, num cartaz da rua a propaganda de uma calça jeans, com um casal jovem, namorando. Há uma frase escrita embaixo da marca da calça que diz: "A escolha de ser livre".

Agora imagine que você está de carro no centro

da cidade, procurando um lugar para estacionar. Em vários portões há placas dizendo: "Não estacione".

Finalmente, pense que, na escola, o professor dá

um exercício para colocar frases no plural. Ele está preocupado com o fato de alguns alunos

não fazerem a concordância do sujeito com o verbo. Da lista de frases que ele pôs no quadro-negro consta, por exemplo: "O carro estacionou em lugar proibido e foi multado."

Muito bem, para cada uma das três situações,

temos diferentes frases: "A escolha de ser livre" "Não estacione" "O carro estacionou em lugar proibido e

foi multado”.

Contexto Significativo Um texto é constituído por diversas frases. Em

cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

Exemplos:

1. Você foi visitar um amigo que está hospitali-zado e, pelos corredores, você vê placas com a palavra "Silêncio".

2. Você está andando por uma rua, a pé, e vê um pedaço de papel, jogado no chão, onde está escrito "Ouro".

Em qual das situações uma única palavra pode

constituir um texto?

Na situação 1, a palavra "Silêncio" está dentro de um contexto significativo por meio do qual as pessoas interagem. Assim, a palavra "Silêncio" também é um texto.

Na situação 2, a palavra "Ouro" não é um texto. É

apenas um pedaço de papel encontrado na rua por alguém.

Concluindo, o texto verbal pode ter uma extensão

variável: uma palavra, uma frase ou um conjunto maior de enunciados, mas ele obrigatoriamente necessita de um contexto significativo para existir.

Intertexto Comumente, os textos apresentam referências diretas

ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

Intelecção (ou Compreensão) de Textos

Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.

Tipos de Enunciados:

As considerações do autor se voltam para... O texo informa que... O texto diz que... De acordo com o texto, é correta ou errada a

afirmação...

Page 4: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

4

Segundo o texto, está correta... De acordo com o texto, está incorreta... Tendo em vista o texto, é incorreto... De acordo com o texto, é certo... É sugerido pelo autor que... O autor sugere ainda... O autor afirma que...

Interpretação de textos

Consiste em saber o que se infere (deduz, conclui) do que está escrito. Significa explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.

Tipos de Enunciados: O texto possibilita o entendimento de que... Depreende-se do texto que... Com apoio no texto, infere-se que... Subentende-se das ideias do texto que.. O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir-se que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afirmar que....

Roteiro para Interpretação de Textos (parte 1)

As questões de interpretação de textos vêm ga-

nhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia.

Por isso, é cada vez mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a:

Identificar: reconhecer elementos fundamen-tais apresentados no texto.

Comparar: descobrir as relações de seme-lhanças ou de diferenças entre situações a-presentadas no texto.

Comentar: relacionar o conteúdo apresenta-do com uma realidade, opinando a respeito.

Resumir: concentrar as idéias centrais em um só parágrafo.

Parafrasear: reescrever o texto com outras pa-lavras.

Continuar: dar continuidade ao texto apresen-tado, mantendo a mesma linha temática.

Roteiro para Interpretação de textos ( parte 2)

1. Ler atentamente todo o texto, procurando fo-

calizar sua ideia central. 2. Interpretar as palavras desconhecidas através

do contexto. 3. Reconhecer os argumentos que dão sustenta-

ção à ideia central.

4. Identificar as objeções à ideia central; 5. Sublinhar os exemplos que forem empregados

como ilustração da ideia central. 6. Antes de responder às questões, ler mais de

uma vez todo o texto, fazendo o mesmo com o enunciado de cada questão.

7. Evite responder “de cabeça”. Procure localizar a resposta no texto.

8. Se preferir, faça anotações à margem ou es-quematize o texto.

9. Se o comando pede a ideia principal ou te-ma, normalmente deve situar-se no primeiro parágrafo (introdução) ou no último (conclu-são).

10. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se os parágrafos intermediários (de-senvolvimento).

Erros Comuns de Interpretação

Três erros capitais na análise de textos:

Extrapolação: • É o fato de se fugir do texto. Ocorre

quando se interpreta o que não está escri-to. Muitas vezes são fatos reais, mas que não estão expressos no texto. Deve-se ater somente ao que está relatado.

• Ocorre quando o candidato sai do con-texto, acrescentando ideias que não es-tão no texto, normalmente porque já co-nhecia o tema por uso de sua imagina-ção criativa.

• Portanto, é proibido viajar.

Redução: • É o oposto da extrapolação. • É o fato de se valorizar uma parte do con-

texto, deixando de lado a sua totalidade. Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele.

• Dá-se atenção apenas a um ou outro as-pecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias.

Contradição: • É o fato de se entender justamente o con-

trário do que está escrito. É bom que se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”, “deve”, “não”, verbo “ser”, etc.

• É comum as alternativas apresentarem i-deias contrárias às do texto, fazendo o candidato chegar a conclusões equivo-cadas, de modo a errar a questão.

• Portanto, internalize as ideias do autor e ponha-se no lugar dele.

• Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.

Ex.: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.

Page 5: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

5

Dicas para a Prova

1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão ge-ral do assunto;

2. Se encontrar palavras desconhecidas, não in-terrompa a leitura, vá até o fim, ininterrupta-mente;

3. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes ou mais;

4. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas en-trelinhas;

5. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 6. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre

as do autor; 7. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes)

para melhor compreensão; 8. Centralizar cada questão ao pedaço (pará-

grafo, parte) do texto correspondente; 9. Verificar, com atenção e cuidado, o enunci-

ado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente

de...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu;

11. Quando duas alternativas lhe parecem corre-tas, procurar a mais exata ou a mais comple-ta;

12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva;

13. Cuidado com as questões voltadas para da-dos superficiais;

14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;

15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta;

16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem;

17. O autor defende ideias e você deve percebê-las.

Coesão x Coerência:

Coesão Aspectos formais do texto. São erros de coesão: má concordância, prono-mes indevidos e palavras inapropriadas.

Coerência

Aspectos implícitos do texto (ligados ao sentido textual). Exemplo de erro de coerência: “A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço”.

Denotação x Conotação:

Denotação É o sentido real: “Os raios de sol adentraram pe-la imensa janela”.

Conotação

É o sentido figurado: “Seu olhar eram raios de sol a iluminar-me”.

Paráfrase x Perífrase:

Paráfrase É a reescritura do texto, mantendo-se o mesmo significado, ou seja, sem prejuízo do sentido ori-ginal. Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as ideias centrais de um texto. Veja o exemplo: Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também. A frase parafraseada é: Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar.

A paráfrase pode ser construída de várias for-mas, veja algumas delas: a) substituição de locuções por palavras; b) uso de sinônimos; c) mudança de discurso direto por indireto e

vice-versa; d) converter a voz ativa para a passiva; e) emprego de antonomásias ou perífrases (Rui

Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = portugueses).

Perífrase:

É a substituição de palavras por expressões que indicam algo de si. Exs.: “Fui à Cidade Maravilhosa” (=RJ).

“O Rei do Futebol chegou” (=Pelé).

Page 6: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

6

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS

Texto 1: Interação comunicativa com o outro

Na escola, a interação interpessoal ocorre o tempo todo, com todos os papéis sociais. O diretor lida com pro-fessores, alunos, pais e pessoal da secretaria. Os professores, merendeiras, pessoal administrativo etc. lidam o tempo todo com os alunos. Assim, quando se lida com pessoas, estabelecendo a interação face a face, é preciso atentar para alguns procedimentos. A cordialidade, as explicações claras e objetivas, o bom atendimento, é tudo que se espera de uma pessoa que esteja exercendo o papel de lidar com o público. Para que isso ocorra, é necessário:

• ouvir o outro com paciência e atenção;

• tentar entender o que o outro solicita;

• atender as pessoas sem privilégios;

• não discriminar as pessoas por causa de sua forma de falar, de se vestir ou por causa de racismo;

• evitar mal-entendidos.

É importante entender qual é a função social que se exerce no local de trabalho e conhecer bem o serviço que é prestado à comunidade. Afinal, não é difícil encontrar pessoas que estão exercendo uma função, mas que parecem não saber o que estão fazendo ali, pois não tiveram a oportunidade de formar uma consciência profissio-nal e de saber a importância de seu papel social.

Para que haja interação entre alunos, pais, pessoas da comunidade e o profissional que os atende, esse profis-sional deve fazer a leitura das solicitações e reivindicações dessa clientela.

Estabelecer um boa interação e uma boa comunicação implica ser prestativo e dar sentido ao que se ouve.

Profuncionário, Módulo 13, 2007 (com adaptações).

Tendo como base as informações contidas no texto 1, responda às questões 1 a 5: 1. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.1) A interação interpessoal provoca uma mudança de com-portamento nas pessoas, resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre elas. Com base nessa afirmativa e no texto, assinale a alternativa COR-RETA: a) A interação só ocorre entre duas pessoas. b) Grupos de pessoas jamais estabelecem interação interpessoal. c) A interação interpessoal acontece em todos os gru-pos, a todo momento e em todas as situações de co-municação. d) Uma só pessoa não estabelece interação com um grupo de pessoas. e) A interação jamais ocorrerá entre uma pessoa e ou-tra, entre uma pessoa eu grupo ou entre um grupo e outro. 2. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.2) São exemplos de interação interpessoal: I – Sentar-se ao lado de uma pessoa, mas não conversar com ela. II – Um professor ministrando aula para seus alunos. III – Ir a uma loja e ser atendido(a) por m funcionário que irá auxiliá-lo(a)em suas compras. IV – Ir ao banco e pagar suas contas no caixa eletrônico. Assinale a alternativa CORRETA: a) Estão corretos somente os exemplos I e II. b) Estão corretos somente os exemplos III e IV. c) Estão corretos somente os exemplos I e IV. d) Estão corretos somente os exemplos II e III.

e) Está correto somente o exemplo I. 3. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.3) Acer-ca da qualidade no atendimento ao público e conside-rando as ideias contidas no texto, julgue aas afirmativas abaixo. I – A qualidade no atendimento implica prestar informa-ções precisas. II – Privilegiar pessoas conhecidas na hora do atendi-mento não prejudica a qualidade no atendimento. III – Simpatia e objetividade nem sempre são essenciais para um bom atendimento. IV – Para a excelência no atendimento ao público é fundamental ter consciência da função que se exerce no trabalho e conhecer suas atribuições. Estão corretas: a) somente as afirmativas I e II. b) somente as afirmativas II e III. c) somente as afirmativas III e IV. d) as afirmativas I, II, III e IV. e) somente as afirmativas I e IV. 4. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.4) A palavra “assim”, que aparece na frase “Assim, quando se lida com pessoas...”, pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência do texto, por: a) deste modo. b) no entanto. c) contudo. d) entretanto.

Page 7: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

7

e) embora. 5. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.8) De acordo como sentido apresentado no texto, no trecho “Estabelecer uma boa interação e uma boa comunica-ção...”, a palavra destacada significa:

a) ação de reflexão. b) ação recíproca entre pessoas. c) ação de meditar. d) agir sem a interferência de outros. e) agir por impulso.

Texto para a questão 6.

Texto 2: Atitudes no contexto de trabalho e ética profissional

Nem sempre a formação técnica para lidar com o trabalho é o suficiente para desempenhar bem as ativida-

des atribuídas a ele. É preciso aprender a estabelecer uma boa relação e interação com as pessoas, principalmente no contexto escolar. Para tanto, discrição, respeito às pessoas, respeito às leis e à hierarquia, interesse pelo que se propõe a realizar, organização, responsabilidade e saber ouvir são essenciais.

Quando o profissional assume uma função social em uma instituição pública ou privada, deve sempre obser-var o princípios éticos.

Profuncionário, Módulo 13, 2007 com adaptações).

6. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.10) No texto 2, a expressão “a ele” (2ª linha) refere-se: a) à expressão “contexto escolar”. b) à expressão “respeito pelo outro”. c) à palavra “interesse”. d) à palavra “trabalho”. e) à expressão “formação técnica”. Leia o texto a seguir para responder às questões 7 a 11.

Texto I - Desobjeto

O menino que era esquerdo viu no meio do quintal um pente. O pente estava próximo de não ser mais pen-te. Estaria mais perto de ser uma folha dentada. Dentada um tanto que já se havia incluído no chão que nem uma pedra um caranguejo um sapo. Era alguma coisa nova o pente. O chão teria comido logo um pouco de seus dentes. Camadas de areia e formigas roeram seu organismo. Se é que um pente tem organismo.

O fato é que o pente estava sem costela. Não se poderia mais dizer se aquela coisa fora um pente ou um leque. As cores a chifre de que fora feito o pente deram lugar a um esverdeado musgo. Acho que os bichos do lugar mijavam muito naquele desobjeto. O fato é que o pente perdera a sua personalidade. Estava encostado às raízes de uma árvore e não servia mais nem para pentear macaco. O menino que era esquerdo e tinha cacoete para poeta, justamente ele enxergara o pente naquele estado terminal. E o menino deu para imaginar que o pen-te, naquele estado, já estaria incorporado à natureza como um rio, um osso, um lagarto. Eu acho que as árvores colaboravam na solidão daquele pente.

BARROS, Manoel. Memórias Inventadas: a infância.

Texto II – A complicada arte de ver

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: “Acho que estou ficando louca”. Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. “Um de meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões – é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centena de vezes: cortar cebolas. Ato banal, sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser co-mido, transformou-se em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... agora, tudo o que vejo me causa espanto.”

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as “Odes E-lementales”, de Pablo Neruda. Procurei a “Ode à cebola” e lhe disse: “Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ‘Rosa de água com escamas de cristal’. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver”.

ALVES, Rubem. Folha de SP. 26/10/08.

Page 8: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

8

7. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.1) De acordo com o texto I, a) a descoberta do pente, no estado em que estava, deixa o menino indiferente. b) como o pente é um objeto, não havia transformação nenhuma nele. c) não há relação entre a urina dos animais e a nova cor do pente. d) o pente não passou a ser um objeto visto de forma diferente. e) a palavra costela é entendida em seu sentido não literal. 8. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.2) So-bre o texto II, pode-se dizer que a) o autor conta a própria história. b) as impressões da paciente e as do poeta Pablo Neru-da são totalmente diferentes. c) a paciente dizia-se louca porque viu as coisas por ângulos incomuns. d) o psicanalista diz à paciente que as visões dela são normais para quem está em tratamento. e) somente o poeta viu algo de forma diferente; a paci-ente apenas se confundiu. 9. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.3) A res-peito dos textos I e II, a) de acordo com as explicações de Rubem Alves, o menino do texto I olhava as coisas com visão cotidiana.

b) o menino do texto I não foi capaz de ver o pente de um modo especial. c) ambos os textos têm pontos de vista semelhantes sobre o olhar do poeta. d) o menino do texto I não descobriu que pente é pente. e) a paciente do texto II passou a ver os objetos superfi-cialmente. 10. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.4) Quan-to ao sentido das palavras dos textos I e II, assinale a alternativa que contém a associação INCORRETA. a) desobjeto = nomeia um novo objeto / não-objeto. b) costela = divergência de dentes. c) estado terminal = em estado de decomposição. d) des- (em desobjeto) = prefixo que indica negação. e) cebola = vista como legume incomum. 11. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.5) Anali-se a expressão “pentear macaco” e assinale a alternati-va CORRETA. a) Fora do texto I, ela é empregada no dia-a-dia das pessoas apenas com o sentido de “não servir para mais nada”. b) Na fala, de um modo geral, é usada somente com o sentido de “não incomode”. c) Ela não dá ao texto I o significado de “não servia para mais nada”. d) No texto I, ela foi empregada em sentido literal, exato. e) É muito pouco utilizada na linguagem cotidiana com o sentido de “não atrapalhe”.

Para responder às questões 12 a 17 leia o texto a seguir.

Quem vê carro quer ver coração Luís Antônio Giron

Por que os adesivos na traseira dos veículos substituem as relações humanas – e povoam a solidão do trânsito. [...] De um templo para cá, noto que os carros e até os caminhões andam exibindo bonequinhos que representam

um grupo de pessoas. São figurinhas simples, quase desprovidas de senso artístico que começaram a povoar todo tipo de veículo. Elas não estão ali apenas para fins de decoração, como anos atrás acontecia com Bart Simpson, Pink e o Cérebro e outros personagens de desenho animado. Não: as novas imagens têm um sentido específico, elas representam quem está dentro do carro, ou melhor, quem o ocupa habitualmente: há conjuntos com pai, mulher e filhos; outros já trazem o gato e o cão; há os que incluem até a sogra no alegre grupo de passageiros. A moda pe-gou. Trata-se de uma nova forma de afetividade. É também uma forma de informar que dentro do carro tem gente, tem muita gente. E também de parecer inofensivo aos outros motoristas. Alguns especialistas chegam a dizer que as “familinhas” põem os passageiros em perigo, pois assim os bandidos podem detectar facilmente que está dentro do veículo que pretendem assaltar. É um pouco de paranoia desses experts.

Não vejo perigo nem desdouro nos adesivos de identidade. Eles são veículos de proteção e de aproximação, formas de expressão de credo, origem, profissão e vínculo. Nada mais. Aqui do meu carro lento, suponho que o pro-blema não seja o que desejam dizer, mas o que evitam dizer: as figurinhas passaram a servir como substitutos das relações humanas reais. Funcionam como uma anestesia à solidão que, apesar de toda a nova iconografia, insiste em existir. Quem vê carro quer ver coração. Mas acaba por enxergar o vazio que quer se ocultar sob a aparência de algum sentido. (Recorte do artigo Quem vê carro quer ver coração. Época, 29/3/2011. Com adaptações). Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI221806-15230,00.html. Acesso em 15/4/2011.

Page 9: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

9

12. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.1) Ao longo do texto, o termo bonequinhos É retomado pelas expressões: a) carros, caminhões, veículos. b) figurinhas simples, novas imagens, “familinhas”. c) personagens, motoristas, especialistas. d) bandidos, passageiros, experts. e) formas, outros motoristas, pessoas. 13. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.2) Assinale o enunciado do texto em que não há referência “a qualquer meio usado para trans-portar ou conduzir pessoas, animais ou coisas, de um lugar para outro”: a) [...] os carros e até os caminhões andam exibindo bonequinhos que representam um grupo de pessoas. b) São figurinhas simples quase desprovidas de senso artístico que começaram a povoar todo tipo de veículo. c) [...] as novas imagens têm um sentido específico, elas representam quem está dentro do carro [...]. d) Aqui do meu carro lento, suponho que o problema não seja o que desejam dizer, mas o que evitam dizer [...]. e) Eles [os adesivos] são veículos de proteção e de apro-ximação, formas de expressão de credo, origem, profis-são e vínculo. 14. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.3) Assinale a opção correta a respeito da organização das ideias no texto. a) O desenvolvimento da argumentação sugere que o autor tem uma posição contrária ao uso de adesivos na traseira dos veículos. b) Pelo emprego de verbos e pronomes no texto, o autor não inclui o leitor na argumentação do texto. c) Depreende-se da argumentação do texto que, na conclusão, o autor confirma o que anunciou no título. d) A questão em torno da qual se organiza a argumen-tação do texto é a solidariedade no trânsito.

e) Pelo emprego de verbos e pronomes no texto, o autor se inclui na argumentação do texto, assim como o leitor. 15. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.4) O enunciado que apresenta uma síntese dos principais tópicos desenvolvidos no texto é: a) “Por que os adesivos na traseira dos veículos substitu-em as relações humanas – e povoam a solidão do trânsi-to.” b) “São figurinhas simples, quase desprovidas de senso artístico que começaram a povoar todo tipo de veícu-lo.” c) “Não: as novas imagens têm um sentido específico.” d) “Não vejo perigo nem desdouro nos adesivos de iden-tidade.” e) “Trata-se de ma nova forma e afetividade.” 16. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.5) Considerando o contexto em que a ex-pressão Quem vê carro quer ver coração foi emprega-da, entende-se que, com ela, o autor parafraseia o pro-vérbio Quem vê cara não vê coração, para: a) expor e discutir o cotidiano do trânsito. b) produzir um texto mais objetivo e coeso. c) criar e manter suspense a respeito do assunto focali-zado. d) explicar o título e introduzir a conclusão do texto. e) apresentar e desenvolver um argumento secundário 17. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.6) Assinale o enunciado com o qual o autor NÃO confirma a expectativa criada pelo título do texto: a) “Elas não estão ali apenas para fins de decoração..”. b) “É um pouco de paranoia desses experts”. c) “Eles são veículos de proteção e de aproximação...”. d) “(os adesivos são) formas de expressão de credo, origem, profissão e vínculo. Nada mais. e) “Mas acaba por enxergar o vazio que quer se ocultar sob a aparência de algum sentido”.

Leia o texto abaixo para responder à questão 18.

Fórmula 1 fora da lei por Fernando Badô

Melhor engenheiro da F-1 imagina como as corridas seriam se não existisse regulamento – e inventa um carro

capaz de chegar a 400 km/h.

O inglês Adrian Newey é considerado o maior gênio da F-1 – inventou vários carros revolucionários, que ganha-ram muitas corridas para Williams, McLaren e Red Bull. Parte do talento dele está em explorar brechas no regulamen-to (projetou a Red Bull deste ano com um aerofólio flexível, o que em tese é proibido). Mas, agora, Newey teve liber-dade total para ousar: criou um carro que ignora completamente as regras. É o Red Bull X1, que tem quase o dobro da potência de um Fórmula 1 e chega a 400 km/h. E não é preciso ser piloto profissional para guiá-lo: o carro faz parte de Gran Turismo 5, game para PlayStation 3 cujo lançamento está previsto para este mês. O X1 é o prêmio máximo do jogo, ou seja, é preciso vencer dezenas de corridas para ter acesso a ele. Mas dizem que vale a pena. “É um carro fantástico”, afirma o piloto Sebastian Vettel, que pilotou virtualmente o X1 no circulo de Suzuka – onde foi 11 segundos mais rápido do que um F-1 normal. Fonte: Super Dezembro de 2010 – Supernovas (p.28). Disponível em: http://super.abril.com.br/esporte/formula-1-fora-lei-614273.shtml. Acesso em: 11/5/2011.

Page 10: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

10

18. [Gestor Ativ. Organiz.-(Adm.-Cont.-Econ.)-DETRAN-MS/2011].(Q.14) Qual alternativa melhor justifica o título “Fór-mula 1 fora da lei”? a) Newey inventou vários carros revolucionários, que ganharam muitas corridas. b) Parte do talento de Newey está em explorar brechas no regulamento. c) Newey teve liberdade total para ousar: criou um carro que ignora completamente as regras. d) Não é preciso ser piloto profissional para guiar o Red Bull X1. e) O Red Bull X1 faz parte de Gran Turismo 5, game para PlayStation 3 cujo lançamento está previsto para este mês. Leia o texto abaixo para responder à questão 19.

Sem fumaça

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 37 28 29 30 31 32 33 34 35 36

Entra hoje em vigor a lei estadual paulista nº 13.541, que praticamente bane o fumo de todos os espaços de uso coletivo públicos ou privados. A legislação vai no caminho já trilhado por outros países e cidades. É correta em seus objetivos gerais e na terapêutica proposta, embora se mostre draconiana e naufrague nos mecanismos de fiscalização em que se apoia.

O fumo é um enorme problema de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o tabagismo provoque a cada ano, em escala global, a morte de 5,4 milhões de pessoas. É mais do que a Aids (2 milhões), o álcool (1,8 milhão) e a malária (1 milhão) jun-tos.

Ainda assim, o tabaco é um produto legal. Qualquer adulto que deseje fumar tem o direito de fazê-lo. O que não pode é impingir a fumaça tóxica a quem não fez a escolha de ser fumante.

Nos últimos anos, surgiram indícios convincentes de que o chamado fumo passivo é bem mais letal do que se acreditava. Estudos realizados no Piemonte e na Escócia, por exem-plo, mostraram reduções significativas nas hospitalizações e mortes por ataques cardíacos – 11% no caso italiano e 17 no britânico – depois que foram adotadas regras semelhantes à pau-lista.

Assim, faz todo o sentido que o poder público procure garantir para todos os não taba-gistas ambientes nos quais possam trabalhar e divertir-se sem expor-se aos riscos do fumo passivo.

Os que desejarem dedicar-se aos prazeres da nicotina estarão livres para fazê-lo em suas casas, carros e ao ar livre. A lei também prevê a existência de tabacarias nas quais o fumo é permitido. Mas poderia ir além: por que motivo impedir que uma pessoa abra um bar ou restaurante voltado para clientela tabagista, nos quais os funcionários também fossem fu-mantes e ali trabalhassem por vontade própria?

Um outro aspecto criticável da legislação paulista reside no fato de ela prever punições para o dono do estabelecimento, mas não para o fumante. A figura da responsabilidade solidária não é estranha ao Direito, mas uma coisa é exigir que um empresário responda por even-tuais erros de fornecedores e quem mais tenha escolhido como parceiro de negócios e outra muito diferente é imputá-lo pelas ações de pessoas desconhecidas sobre as quais não tem nenhum controle.

O marco legislativo agora em vigor permite, por exemplo, que um agente inescrupuloso sabote as atividades de seu concorrente apenas acendendo um cigarro em seu restaurante ou bar.

Faria muito mais sentido lógico e legal se a lei previsse sanções administrativas para os fu-mantes. A sensação que fica é a de que os políticos que a aprovaram preferiram o caminho mais cômodo de agradar aos 80% que não fumam sem indispor-se com os 20% de fumantes.

(Folha de São Paulo, 7 de agosto de 2009. Caderno A2 – opinião/Editoriais)

Page 11: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

11

19. [Anal. Jud-(Ár. Fim)-(NS)-(M)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.1) A leitura global do texto permite-nos inferir que o jornal: a) assume a defesa dos fumantes, cujo direito de traba-lhar e divertir-se lhes foi violentamente usurpado, pura e simplesmente por interesses de políticos preocupados em agradar à maioria dos eleitores, que não é adepta do cigarro. b) considera impossível a aplicação da “lei” da respon-sabilidade solidária” ao caso dos fumantes que transgri-

dam a proibição de fumar em ambientes de uso coleti-vo. c) considera a lei muito eficaz, já que vai eliminar a fu-maça tóxica dos cigarros de todos os ambientes, porém parcial, ou seja, “draconiana”. d) considera a lei pouco rigorosa e impossível de ser fiscalizada, porque é estranha ao Direito. e) é favorável à lei em questão, mas considera-a rigoro-sa demais (“draconiana”) e falha nas formas de puni-ção.

AS QUESTÕES 20 E 21 REFEREM-SE AO TEXTO QUE SEGUE.

Tribunais da raça

1 2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 37 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39

Multiplicam-se os exemplos de distorções geradas pela adoção de critérios raciais para o ingresso nas universidades públicas.

Na sexta-feira, esta Folha noticiou que 25% das matrículas de alunos que passa-ram no vestibular da Universidade Federal de São Carlos por meio dessa política foram canceladas, após questionamentos. O critério adotado para concorrer às vagas na insti-tuição utilizando cotas raciais é a autodeclaração – o candidato precisa se declarar negro, pardo ou descendente direto de negros (pai ou mãe). Aprovado, o aluno faz a matrícula automaticamente. Se surgir contestação, porém, precisa “provar” o que declarou.

Foi o que aconteceu com uma caloura do curso de imagem e som da UFSCar. A universidade não aceitou documentos apresentados pela aluna, que deveriam ter indicação de cor e ser reconhecidos pela Justiça. Não bastou registro em cartório com uma autodeclaração de que é parda. Mesmo com a apresentação de documentos e fotos de parentes, a estudante não conseguiu reverter a decisão, que, segundo a universidade, será discutida judicialmente.

Já na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, uma aluna disse que foi vítima de preconceito. A instituição, que destina parte de suas vagas para alunos cotistas, não considerou a estudante parda e retirou-lhe a vaga. A UFSM adotou um modelo de checagem para a reserva racial. O controle se baseia em entrevista feita por uma comissão que inclui professores, técnicos da universidade, estu-dantes e ativistas de organizações pró-direito dos negros: um autêntico e estapafúr-dio tribunal racial.

Nas entrevistas, são feitas perguntas, como se a pessoa já se declarou negra ou parda em ocasiões anteriores ou se já foi vítima de preconceito. Segundo a caloura, como afirmou que nunca havia sofrido discriminação, foi excluída. Então a discriminamos nós, foi o sentido da resposta da banca racialista.

Outro vexame semelhante, talvez mais emblemático, ocorreu em 2007, na Univer-sidade de Brasília (Unb). Dois gêmeos univitelinos tentaram ingressar na faculdade pelo sistema de cotas raciais. O comitê racial considerou um deles negro; o outro, não.

Todos esses casos são exemplos cristalinos da impossibilidade de categorizar pes-soas segundo o parâmetro de raças – diferenciação que não encontra fundamento cien-tífico. Mais que isso: revelam a assombrosa banalização, em instituições de ensino superi-or, de tribunais raciais, uma prática segregacionista, ofensiva à democracia e estranha à história brasileira desde o fim da escravidão.

É possível ampliar o acesso de estratos tradicionalmente excluídos ao ensino supe-rior de qualidade sem atropelar direitos fundamentais – e sem alimentar o monstro racialis-ta. Para tanto, é preciso adotar, como único critério nacionalmente válido nas políticas de ação afirmativa, o fato, objetivo, de o vestibulando ser egresso de escola pública.

(Folha de São Paulo, 27 de abril de 2009. Caderno A2 – opinião/Editoriais)

Page 12: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

12

20. [Anal. Jud-(Ár. Fim)-(NS)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.1) Da leitura global do texto, é correto inferir que a) o critério da autodeclaração deveria ser reconhecido pela Justiça como suficiente para que um candidato concorra a vaga no ensino superior brasileiro, porém as instituições exigem também outras provas, como o regis-tro em cartório. b) desde o fim da escravidão, têm ocorrido no Brasil muitas práticas segregacionistas, das quais a mais as-sombrosa é a adoção de critérios raciais para garantir acesso ao ensino superior. c) o sistema de cotas para estudantes negros ou pardos consiste em uma prática segregacionista. d) o sistema de cotas é, em toda e qualquer situação, preconceituoso, de modo que não deveria ser aplicado em países democráticos. e) critérios raciais para ampliar acesso a universidades públicas têm produzido situações absurdas e devem ser abandonados.

21. [Anal. Jud-(Ár. Fim)-(NS)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.2) Quanto aos posicionamentos do jornal, está correta a alternativa: a) O jornal posiciona-se contrário a todo ou qualquer sistema de cotas. b) Em “A instituição [...] não considerou a estudante parda [...]” (l.17-18), fica explícita uma crítica do jornal à universidade gaúcha, acusando-a de falta de conside-ração para com a estudante. c) Segundo o jornal, não é a cor da pele que define o direito de acesso ao ensino superior, mas a classe social dos candidatos. d) Embora reconheça o sistema de cotas como uma política (positiva) de ação afirmativa, o jornal não o conside-ra suficientemente justo ou coerente, pois tem obedeci-do a critérios subjetivos e não verdadeiramente demo-cráticos. e) O jornal não é contrário ao sistema de cotas, mas sim aos critérios utilizados na concessão de vagas, porque estes banalizam o ensino superior.

Leia o texto, a seguir, para responder às questões de 22 a 24.

Eu faço não com a cabeça

O homem se aproxima no ponto de ônibus. Tem um papel na mão, lista, receita, não sei. Fala coisas que não entendo.

Evito olhar o papel, evito olhar para ele, querendo afastá-lo com meu desinteresse. Quando percebo que quer dinheiro, faço que não com a cabeça. E continuo fazendo não até que ele se afasta.

Moça, chama-me o chão. Não é o chão, é uma pessoa acocorada junto à parede. Estou com pressa, res-pondo sem falar.

Não quero que limpem meu vidro. Não preciso de canetas esferográficas. Não vou comprar loteria hoje, o bilhete caído não é um apelo da sorte, é uma malha a mais na vasta rede.

O umbigo ainda pendente, o bebê mole no calor, largado no colo da mãe, ao nível dos meus pés. Se eu comprar uma lata de leite em pó, ela não terá água filtrada, não terá mamadeira, não terá nada para usar o leite. Então não compro.

Traço a cidade na reta dos meus passos, na fuga a tantas mãos. Mas é difícil andar neste Pátio dos Milagres, porque me falta uma perna. E é difícil enxergar, porque me falta um olho. No Pátio da Cidade só quero descansar de tudo o que me falta.

Vou eu no corredor das ruas. Boa noite, sorrio para o porteiro da boate que me abre a porta. Obrigada, sorrio para o chofer do táxi que me leva. Até amanhã, despeço-me do maitre que me serviu o jantar. Eu tão gentil. – Moça? ... a senhora podia... – Não posso – ... dizer onde fica a “Praça XV”? As mulheres, todos sabem, alugam criancinhas para pedir esmolas na rua. Então não dou esmolas para mu-

lheres, que espancarão os meninos porque nada ganharam. E as criancinhas, todos dizem, são pivetes em potencial. Então não dou esmolas, para que prossigam. O cego vende lixas de unhas que não compro porque corto com tesouras. E lâminas de barbear que não

compro porque não tenho barba. E agulhas de costura, que não compro porque não são da marca que me agra-da. Ou não vende nada, e não dou dinheiro, porque todo dia passo por ele e, se der dinheiro todo dia, não há di-nheiro que chegue.

Alô? Aqui é do Orfanato, será que a senhora poderia... Não posso. Não estou. Fecha a porta. Não atende. Madame está viajando. Aqui não mora ninguém com

esse nome. Não viu o aviso na porta? Cuidado com o cão. Fale com o porteiro. Deixe recado. Passe outro dia.

Page 13: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

13

O homem vem a mim no ponto de ônibus. Desvio o olhar fingindo que não estou com medo. Ele me olha e pede, sabendo que não vou dar, porque estou com cara de quem não vai dar. E eu faço não com a cabeça. E eu o odeio por me levar a fazer não. E não. Faço não. Não. Com a cabeça.

COLASANTI, Marina. A casa das palavras.

22. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(M)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.1) Pela leitura global, o texto a) faz apenas uma crítica sobre a indigência, a mendicância. b) é uma denúncia anônima, exclusivamente. c) tem relação com a situação de miséria e a exclusão social de milhões de brasileiros. d) mostra a sensibilidade social de pessoas que procuram sair do individualismo. e) critica, denuncia e defende o ponto de vista da nar-radora-personagem: é preciso colocar-se numa posição defensiva em tempos de violência. 23. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(M)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.4) Segundo o texto, a) a narradora, no quinto parágrafo, apresenta uma justificativa totalmente sensata para não ajudar a mu-lher e o bebê. b) no quinto parágrafo, a atitude da personagem é cômoda e resolve sua “dor de consciência”. c) a justificativa da personagem, no quinto parágrafo, é razoável visto que não há mesmo como atenuar o sofri-mento do bebê.

d) no quinto parágrafo, é possível afirmar que escassez de possibilidades e marginalização pela sociedade são dois fatores divergentes quanto ao futuro do bebê. e) no sexto parágrafo, as expressões “Pátio dos Milagres” e “Pátio da Cidade” são empregadas em referência a duas situações sociais que se assemelham e se aproximam. 24. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(M)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.8) Nos parágrafos 8, 9, 10 e 11, a) aparecem apenas duas expressões de polidez, educação no trato social. b) a expressão “Até amanhã” deixa mais evidente que a narradora desfruta ótimas condições financeiras. c) a frase “Eu tão gentil” não apresenta sentido irônico, pois a personagem demonstra-se educada. d) está ausente a contradição nas atitudes da personagem, considerando fatos ocorridos antes e depois. e) a palavra “obrigada”, segundo a concordância nominal, não admite as flexões “obrigados” / “obrigadas”.

Leia o texto, a seguir, para responder às questões de 25 a 27.

Programas de auditório

Programas de auditório são espetáculos de origem circense que foram absorvidos pela programação da TV. No circo, um homem no centro de um picadeiro apresentava acrobatas, malabaristas, mágicos, palhaços, anões, animais, domadores, equilibristas, trapezistas, prestidigitadores, gladiadores, etc.

O termo circo vem do latim circu (círculo) e designa o local onde se realizavam os jogos públicos. Já no pe-ríodo moderno, a palavra circo adquiriu a conotação de ser itinerante e oferecer espetáculos em troca de paga-mento de ingresso, como nos dias atuais.

A cultura industrializada, porém (jornais, revistas, cinema, rádio), tomou o espaço do circo e decretou sua decadência e seu quase desaparecimento. Dele sobrou a estrutura de entretenimento e diversão, que foi mais tarde reabsorvida, principalmente pela TV. A apresentação de shows de auditório com quadros variados, nos sábados e domingos, os programas de calouros e os programas de atrações trouxeram para a programação da TV os principais elementos circenses. Dessa estrutura, permanecem ainda hoje o programa de calouros (bem como as “discotecas”, de apresentação e divulgação de discos e cantores) e os shows de curiosidades. Os palhaços passaram para os programas eminentemente infantis, sem o picadeiro e as arquibancadas. Malabaristas, acrobatas, domadores estão quase em extinção. A habilidade cedeu lugar ao espantoso. A TV apreendeu mais a estrutura do parque de diver-sões, com seus espetáculos incríveis (bezerros de duas cabeças, mulher barbada), do que a estrutura do circo com sua arte, agilidade e destreza, pois cada vez mais se impunha, na cultura moderna, o gosto pelo exótico, pelo ex-cêntrico, pelo inacreditável.

Nos programas de calouros simula-se um ritual de ascensão à carreira artística. Apresentam-se então os candidatos ao estrelato, que, geralmente, só servem de “palhaços”, ainda que a intenção não seja esta. A buzina-da na cara do candidato, sua falta de firmeza ou segurança, a incapacidade de cantar dentro das leis da lingua-gem musical o tornam ridículo.

Antes de ser um espaço possível de ascensão na carreira artística, o programa de calouros funciona como espelho negativo: ali o público vê pessoas iguais a ele sendo “bombardeadas”, isto é, ele vê a frustração dos seus mitos. A ideia inconsciente transmitida nesse tipo de espetáculo é a de que só a competência – um mito da nossa sociedade – garante o sucesso. O que não é verdade, porque já se sabe que só a competência não basta: o que

Page 14: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

promove a ascensão daqueles indivíduos a lugares almejados depende de outros critérios, ou seja, do acesso às gravadoras, às TVs, da entrada no sistema de corrupção interno, da existência de padrinhos, enfim, meios inatingíveis para a maioria absoluta do público.

Mas o programa simula ainda mais através de seu “realismo”: há um júri, composto de pessoas supostamen-te competentes no ramo, que deve preservar as leis do acesso à carreira artística. Esse tribunal decide se o candida-to obedeceu ou não às ordens, regulamentos e leis de ascensão.

Nas últimas décadas, sentiu-se na televisão brasileira um desvirtuamento dos programas de calouros em re-lação aos primeiros, que, na sua maioria, apresentavam candidatos sérios à carreira artística, como nos antigos pro-gramas de rádio do gênero.

MARCONDES, Ciro. Televisão – a vida pelo vídeo.

25. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.1) A finalidade do texto é a) expor ideias a respeito dos programas de TV. b) criticar a TV, que foi a responsável pelo desapareci-mento do circo. c) mostrar que a TV se compôs a partir de toda a estrutu-ra circense. d) informar sobre a origem da TV, que absorveu a estru-tura dos parques de diversão. e) estabelecer uma relação positiva entre TV, circo, par-que de diversões e telespectador. 26. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.3) De acordo com o texto, a) nos programas de calouros, a ascensão profissional independe de quaisquer critérios. b) com a expressão espelho negativo (quinto parágra-fo), o autor quis dizer que o telespectador expõe-se, indiretamente, a agressões e humilhações. c) há basicamente, segundo o autor, apenas três crité-rios básicos para que se tenha sucesso na TV. d) o uso das aspas no termo realismo (sexto parágrafo) serve para reforçar a significação dessa palavra: a pre-sença da realidade. e) com o emprego do recurso de pontuação – aspas –, em realismo, o autor não utiliza de ironia, pois esta é própria da linguagem falada. Com esse recurso, apenas quis dar ênfase a essa palavra. 27. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.4) Sobre o texto, assinale a alternativa INCORRETA. a) Há semelhanças entre as atrações da TV e as dos circos; algumas vezes, com outra roupagem, mas a a-tração é a mesma. b) As emissoras de TV são concessões governamentais e recebem também estímulos fiscais, incidindo sobre os impostos pagos pelos cidadãos. Portanto, a gratuidade é apenas aparente. c) As expressões temporais têm exata e especificamente a mesma função: somente dar sequência e estabelecer a coesão. d) Os programas de calouros não cumprem sua função original: revelar novos talentos. e) Nos programas de calouros, praticamente tudo é simulação.

28. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.10) Para interpretar bem um texto, é necessário aguçar a observação. Dessa forma, leia com atenção o desenho abaixo.

Pode-se dizer que a) se a onomatopeia “clic” expressar o ato de ligar, é possível deduzir (no último quadrinho) que a TV “tragou” o telespectador e seu banco. b) nessa leitura, há apenas uma possibilidade de inter-pretação: ao desligar o aparelho, o homem desaparece literalmente junto com a imagem da TV. c) o cartum enfatiza a relação de independência que se estabelece entre a TV e o telespectador. d) o telespectador e o banco em que está sentado formam um todo, fundem-se com o desenho do televi-sor, sugerindo que o ser humano informa-se cada vez mais. e) o recurso gráfico do último quadrinho e a onomato-peia indicam, respectivamente, ligar um aparelho e o desaparecimento do telespectador.

14

Page 15: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

15

Leia, com atenção, o trecho, a seguir, da reportagem escrita por Frances Jones, publicada na revista Onda Jovem (ano 4 – número II – junho/agosto 2008, p. 8-15). Em seguida, responda às questões de 29 a 32.

CORAÇÃO DE ESTUDANTE

Os alunos de ensino médio querem professores competentes e respeitosos, mas admitem as dificuldades as dificuldades de manter essa delicada relação.

Respeito e competência. Quando se conversa com jovens do ensino médio sobre o que admiram e espe-ram de um professor, é difícil escapar dessas duas palavras. Mai do que “amizade”, os estudantes querem possibili-dade de diálogo – mesmo quando suas atitudes parecem dizer exatamente o contrário. No lugar de severidade e autoritarismo, esperam que o adulto à frente deles na sala de aula saiba impor o seu lugar sem se esquecer de que ali há pessoas, cada uma delas com sua particularidade, atravessando um período de desafios e descobertas.

Não que os professores ignorem isso. A pesquisa Onda Jovem na Escola – realizada pelo Instituto Estimar em novembro de 2007, com discussões com grupos de professores, coordenadores e diretores de ensino médio de rede pública da capital paulista e cujo relatório está disponível no site www.ondajovem.com.br – indica que os profissio-nais de ensino distinguem claramente as condições que envolvem a juventude, desde as mudanças físicas ao ga-nho de autonomia que acompanham a passagem do ensino fundamental ao ensino médio. Percebem também que devem se colocar como adulto que estabelece limites e compromissos, assim como aquele que representa um proposta clara dos conteúdos.

Mas em meio aos desafios impostos pelos próprios alunos – com vivência muito diversificadas – e pelas con-dições profissionais e sociais, dentro da escola e perante a sociedade, encontrar o tem certo dessas relações todo tempo é tarefa difícil. Conforme sugere o resultado da pesquisa, isso significa criar condições para que a escola e-xerça sua missão primordial como espaço de educação e, ao mesmo tempo, como espaço de socialização da juventude.

Os jovens – sejam estudantes da rede pública ou particular, sejam moradores de grandes centros ou cidades interiorana – reconhecem que nem sempre é fácil manter o controle da situação, tanto pelas características de contestação e de afirmação inerentes à fase que estão vivendo, como pela falta de apoio da escola e da socie-dade ao professor. E se frustram quando aqueles com quem deveriam aprender coisas sobre o mundo sucumbem ao descaso, à agressividade e ao desequilíbrio. 29. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.1) Levan-do-se em conta o texto em sua totalidade, é CORRETO afirmar que, nele, o aula: a) discute as diferentes formas de pensar dos jovens. b) deixa evidente a falta de respeito entre alunos e pro-fessores. c) expõe questões relacionadas aos adolescentes. d) trata das expectativas dos jovens do ensino médio sobre os professores. e) focaliza as dificuldades dos jovens em relacionar-se como seus superiores. 30. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.2) Sobre respeito e competência (parágrafo1), assinale a alterna-tiva correta. a) Respeito deve ser qualidade do aluno e competên-cia, qualidade do professor. b) Respeito deve ser qualidade do professor e compe-tência, qualidade do aluno. c) Respeito do professor aos alunos e aos demais profes-sores. d) Respeito do professor e competência tanto dele quanto do aluno. e) Respeito deve ser qualidade do professor e compe-tência também.

31. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.3) Assinale os enunciados abaixo e assinale aquele que, no texto, NÃO se refere diretamente nem a estudantes nem a professores. a) Mais que “amizade”, os estudantes querem possibili-dade de diálogo mesmo quando suas atitudes parecem dizer exatamente o contrário. b) Conforme sugere o resultado da pesquisa, isso signifi-ca criar condições para que a escola exerça sua missão. c) No lugar de severidade e autoritarismo, esperam que o adulto à frente deles na sala de aula saiba impor o seu lugar. d) A pesquisa Onda Jovem na Escola indica que profis-sionais de ensino distinguem claramente as condições que envolvem a juventude. e) Não que os professores ignoram isso. Eles apenas não têm tempo para promover a educação de qualidade. 32. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.6) De acordo com a pesquisa Onda Jovem na Escola, realiza-da pelo Instituto Estimar, em novembro de 2007, os profis-sionais de ensino: a) não sabem como lidar com os adolescentes. b) reconhecem muito bem as condições que dizem respei-to aos jovens. c) distinguem claramente as idéias que envolvem os coor-denadores.

Page 16: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

16

d) não sabem como lidar com os alunos do ensino fun-damental.

e) sabem lidar só com as dificuldades dos alunos do ensino médio.

Leia o texto abaixo para responder à questão 33 e 34. Leia atentamente a primeira parte do texto CASO DE POLÍCIA, de Luiz Costa Pereira Júnior, publicado na Revista Língua (Ano I. n. 10.2006).

Vexame maior talvez só o da cabeça em Materazzi na final da copa. Por violento que tenha sido o ato des-leal, é pouco provável que alguém pensasse em levar o francês ao xilindró. O comerciante Luís Carlos Fernandes, de 40 anos, não teve a mesma sorte, por uma espécie de problema que, em condições comuns, pouca gente imagi-nava virar caso de polícia.

Ele viajava pela rodovia Régis Bittencourd, rumo ao Paraná, num Toyota Corolla preto. Eram 7 da matina de 16 de junho na BR 116, quando, sem atinar com o motivo, foi parado pela polícia rodoviária à altura do quilômetro 439. Revistado, e em seguida preso, só depois sacou a enrascada em que se metera.

O carro dirigido por ele fora roubado em 31 de maio em Frorianópolis, por R$ 5mil. Uma pechincha – o preço de tabela gira em R$ 50 mil. O carro ia ser revendido num shopping de Florianópolis.

Caberá a Luís Carlos ser julgado. E lamentar que, bancando o esperto, tenha sido autuado em flagrante por receptação graças a um vacilo tão primário quanto a cabeçada de Zidane: um prosaico tropeço de Português.

A placa do automóvel estampava um bandeiroso “Florianópolis”. Assim, com r no lugar do I. Como não consta que o DETRAN tenha liberado o uso de variantes da língua, o carro foi apreendido à primeira olhada, por simples paralelo ortográfico. 33. [Soldado da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.].(Q.16) A leitura global do texto acima permite-nos concluir que: a) quem compra um carro roubado é sempre inocente. b) a polícia rodoviária de São Paulo é muito competente em prender ladrões. c) o comerciante Luis Carlos de fato foi vítima de ladrões de carro. d) uma autuação em flagrante só foi possível por um vacilo de idioma. e) um carro foi aprendido na estrada por ser roubado.

34. [Soldado da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.].(Q.18) No primeiro parágrafo, o autor faz uma comparação entre dois fatos. Assinale a alternativa que comprova esse dado. a) Por violento que tenha sido o ato desleal, Zidane não foi preso. b) O comerciante não teve a sorte de não ser preso. c) O comerciante Luís Carlos pouco imaginava que viraria caso de polícia. d) Vexame maior talvez só o da cabeça em Materazzi na final da copa. e) É pouco provável que alguém pensasse em levar o francês ao xilindró.

Leia o texto, a seguir, para responder à questão 35.

Palavra da semana: Administrar / Administradores

Os administradores e os ministros talvez fiquem surpresos, mas as duas palavras vieram do latim minus, “me-nor”. Bem antigamente, o “ministro” era um simples criado. Aquele que executava as tarefas menores na casa de seu senhor. Foi por esse motivo que os padres e pregadores ganharam o nome de “ministros”: eles são humildes ser-vos de Deus. “Administrar”, no sentido de “dirigir”, e não mais de “obedecer”, só ganhou esse significado no século XX. O administrador moderno aprende muitas teorias, mas a base de sua função está na História: para tomar gran-des decisões, é preciso antes conhecer os pequenos detalhes.

(GEHRINGER, Max. – Época – maio/06)

35. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.1) Avaliando o texto, assinale a alternativa INCORRETA. a) A palavra ministro apresenta mais de uma conotação. b) O vocábulo administrar evoluiu de obedecer para dirigir. c) Um bom administrador deve preocupar-se com a generalização. d) Ganharam é uma palavra que, de acordo com sua formação, apresenta radical, vogal temática e desinência número-pessoal. e) As palavras administrar / administrador passam a ter nova significação a partir de 1900.

Page 17: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

17

Interprete este texto de Carlos Queiroz Telles para responder às questões de 36 a 40.

Ritual Este tempo Este corpo Sou a ponte Que me guarda Que agora me veste Que me liga. Para um outro Ainda é casca Amanhecer E casulo Sou o gesto É lembrança De um outro bicho Que me une. E é promessa, Que cresce. Recordação e Sol e Lua, Esperança, Esta capa Noite e dia. Morte e vida Que me acompanha Enoveladas Desde os tempos Sou, o fui Na meada De criança E o serei. Das mudanças. Desce inútil Aos meus pés. In: Sementes do Sol.

36. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.13) As estrofes 1 e 2 tratam a) somente das transformações psicológicas do “eu”. b) do fim rápido e total de uma transformação. c) especificamente, da convivência entre o adulto e o velho. d) de elementos totalmente estáticos. e) das transformações físicas do “eu”. 37. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.14) O restante do poema tem relação com a palavra a) não-transição. b) aprisionamento. c) satisfação. d) identidade. e) marasmo. 38. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.15) Segundo o texto, na 2ª estrofe, a) a capa é muito importante para o “eu”. b) a “roupa” da qual o “eu” se despe representa o papel de criança. c) essa “roupa” ainda terá muita utilidade futuramente. d) a “roupa” é inútil porque só servirá na velhice. e) não está implícita a idéia de definição do “eu”. 39. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.16) Aos animais – por exemplo: borboleta, bicho-da-seda, aranha – sair do casulo significa: a) renovação. b) estagnação. c) morte. d) retrocesso. e) fuga.

40. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.21) Analisando o texto, conclui-se que a) as palavras casca / casulo retomam o substantivo corpo. b) as palavras inútil / enoveladas são consideradas subs-tantivo e adjetivo. c) o 1º verso das estrofes 3, 4 e 6 indica sujeito explícito, isto é, elíptico. d) o verbo cresce (1ª estrofe) é transitivo indireto. e) a palavra amanhecer (última estrofe) funciona como verbo, estando na forma nominal: infinitivo.

Page 18: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

18

2 − ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO; EMPREGO DE PARÔNIMOS, HOMÔNIMOS E FORMAS VARIANTES.

Ortografia Oficial

Letra e Alfabeto Letra é a representação gráfica de um ou mais fonemas (sons). Chamamos o conjunto de letras de ALFABETO. O alfabeto da língua portuguesa compõe-se de 26 letras. A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-Y-Z

Emprega-se as letras K, W e Y nos seguintes casos: 1. Em abreviaturas e como símbolos de uso internacional: Exs.: Kg (quilograma), W (Watt), Yd (yard = jarda). 2. na grafia de palavras estrangeiras ainda não-

aportuguesadas: Exs.: Know-how, show, marketing. 3. na grafia de nomes próprios estrangeiros e seus deri-

vados: Exs.: Franklin, Frankliniano, Darwin, Darwinismo;

Bayron, Bayroniano.

Emprego das Letras e dos Dígrafos 1. Uso do h

O h não representa fonema algum e seu emprego obedece a algumas regras:

Emprega-se o h no final de algumas interjeições: Exemplos: ah!, oh!

Emprega-se o h quando a etimologia (origem da

palavra) ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. Exemplos: hábil, habilitação, hábito, hálito, honesto,

hiato, híbrido, hipoteca, hidrogênio, hífen, hélice, herança, herói, hesitar, homem, higiene hora, honra, hoje, horizonte

No interior dos vocábulos, não se usa h, exceto:

a) quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Exemplos: fecho, folha, rainha.

b) nos compostos em que o segundo elemento com h etimológico se une ao primeiro por hífen. Exemplos: pré-história, anti-higiênico.

Nos compostos sem hífen, elimina-se o h do segun-

do elemento. Exemplos: desabitado, reaver, desonra.

Por tradição, grafa-se com h o nome do estado: Bahia. Já o acidente geográfico sem h: Baía de Todos os Santos.

2. Uso do Ç

Escreveremos com -çar os verbos derivados de subs-tantivos terminados em -ce. Exemplos: alcance = alcançar; lance = lançar.

Escreveremos com -ção as palavras derivadas de

vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substan-tivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Exemplos: erudito = erudição; exceto = exceção;

setor = seção; intuitivo = intuição; redator = redação; ereto = ereção; educar - r + ção = educação; exportar - r + ção = exportação; repartir - r + ção = repartição.

Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: manter = manutenção; reter = retenção;

deter = detenção; conter = contenção. 3. Uso do s

Emprega-se a letra s nos seguintes casos:

Todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo. Exemplos: cheiroso, formosa, dengosa e horroroso.

Nos sufixos -ês, -esa, -isa, indicadores de origem,

nomes próprios, título de nobreza ou profissão. Exemplos: camponesa, milanês, marquês, duquesa,

princesa, poetisa, Heloísa, Marisa

Toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos: Eu pus; Ele quis; Nós usamos; Eles quiseram;

Quando nós quisermos. Se eles usassem.

Todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos: fase, crase, tese, osmose.

Nas palavras derivadas de verbos terminados em

-nder e –ndir Exemplos: pretender = pretensão; defender = defesa, defensivo; despender = despesa; compreender = compreensão; fundir = fusão; expandir = expansão.

Page 19: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

19

As palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir. Exemplos: perverter = perversão; converter = conversão; reverter = reversão; divertir = diversão; aspergir = aspersão; imergir = imersão

Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de ver-

bos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras deri-vadas de verbos terminados em -correr. Exemplos: expelir = expulsão; impelir = impulso;

compelir = compulsório; concorrer = concurso; discorrer = discurso; percorrer = percurso

4. Uso do ç ou s?

Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando hou-ver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: eleição, traição, coisa, faisão, mausoléu,

maisena, Neusa, lousa. 5. Uso do z

Emprega-se a letra z nos seguintes casos:

Nos sufixos -ez/-eza, formadores de substantivos abstratos a partir dos adjetivos. Exemplos: Adjetivo Substantivo abstrato Insensato Insensatez Mesquinha Mesquinhez Altivo Altivez Magro Magreza Belo Beleza Grande Grandeza

6. Uso do s ou z?

Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Exemplos: Análise Analisar Pesquisa Pesquisar Paralisia Paralisar

Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar,

quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: Canal Canalizar Hospital Hospitalizar Atual Atualizar

Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em

-sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos: Primitiva Sufixo diminutivo Derivada pires + inho piresinho lápis + inho lapisinho português + inho poruguesinho

Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos: Primitiva Sufixo diminutivo Derivada raiz +inha raizinha juiz +inho juizinho papel +inho papelzinho pé +inho pezinho pai +inho paizinho

Escrevem-se com

s z aliás alisar análise após casa atrás atraso através aviso bisar brasa casulo catalisar cisão colisão cós crase crise despesa deusa empresa fase fusão

gás gasolina groselha inclusive invés jus lisonjeiro lisura mês mosaico nasal obus pêsames revés síntese sinusite surpresa tosar três uso usina avisar

abalizar algoz amizade aprazível aprendiz arroz assaz atriz atroz azar azia baliza cafuzo capaz cartaz chafariz coriza cruz deslize (subst.) desprezo feroz

fugaz giz jaez jazigo lazer luz magazine meretriz prazer prazo profetizar rapaz rodízio sagaz talvez tenaz tez vazio veloz verniz voraz xadrez

7. Uso de ss

Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: anteceder = antecessor; exceder = excesso; conceder = concessão

Escreveremos com -press- as palavras derivadas de

verbos terminados em -primir. Exemplos: imprimir = impressão; comprimir = compressa; deprimir = depressivo

Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de

verbos terminados em -gredir. Exemplos: agredir = agressão; progredir = progresso; transgredir = transgressor

Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras

derivadas de verbos terminados em -meter. Exemplos: comprometer = compromisso; intrometer = intromissão; prometer = promessa; remeter = remessa

Page 20: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

20

8. Uso de ç, s ou ss

Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:

Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: curtir - r + ção = curtição

Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda

a terminação -tir, a última letra for consoante. Exemplo: divertir - tir + são = diversão

Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos

toda a terminação -tir, a última letra for vogal.] Exemplo: discutir - tir + ssão = discussão

9.Uso do g

Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Exemplos: pedágio, colégio, litígio, relógio, subterfúgio.

Nos substantivos terminados em -gem, exceção feita

a pajem, lambujem e a conjugação dos verbos ter-minados em -jar. Exemplos: a vertigem, a coragem, a aragem, a

margem. 10. Uso do j:

Em palavras de origem indígena, africana ou popular. Exemplos: pajé, canjica, jibóia, jirau, jiló, jeca. Exceção: Sergipe.

Em palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.

Exemplos: trajar = traje, eu trajei. encorajar = que eles encorajem. viajar = que eles viajem.

As palavras derivadas de vocábulos terminados em

-ja. Exemplos: loja = lojista; gorja = gorjeta; canja = canjica.

Escrevem-se com

g j

gélico estrangeiro Evangelho geada gengibre geringonça gim gíria giz

herege ligeiro monge ogivas argento sugestão tangerina tigela vagem vagido

anjinho berinjela cafajeste canjica gorjear gorjeta jeito jenipapo jesuíta jibóia

jiló laje majestade manjedoura monja ojeriza pajé sarjeta traje ultraje

11. Uso de x/ch.

Depois de ditongos normalmente se emprega x. Exemplos: enxame, enxoval, enxada, enxaqueca. Exceção: recauchutar e guache.

Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: enxada, enxerto, enxerido, enxurrada. Exceção: Os verbos encher, encharcar e derivados

escrevem-se com ch.

Depois da sílaba me- emprega-se x Exemplos: mexer, mexilhão, mexicano, mexerico, mexerica. Exceção: mecha e derivados.

Palavras de origem indígena e africanas são grafadas

com x. Exemplos: xangô, xará, xavante, xingar, xique-xique.

Palavras do inglês aportuguesadas trocam o sh ori-ginal por x. Exemplos: Xampu (de shampoo), xerife (de sheriff).

Escrevem-se com

x ch

almoxarife bexiga bruxa capixaba caxumba coaxar elixir engraxate faxina graxa lagarti-xa lixa luxo maxixe

mexer mexerico orixá oxalá praxe puxar relaxar vexame xampu xarope xavante xereta xerife xíca-ra xingar

apretrecho archote bochecha broche cachaça cachimbo cartucheira chafariz charco chimarrão chuchu chucrute chumaço chutar

cochicho colcha comichão coqueluche fachada ficha flecha inchar machucar mochila pechincha piche rachar salsicha tocha

12. Uso de e/ i

Os verbos terminados em -uar e -oar, escrevem-se com e na formas do presente do subjuntivo. Exemplos: Efetuar efetues efetue Continuar continues continue Abençoar abençoes abençoe Perdoar perdoes perdoe

Os verbos terminados em –vir, -oar escrevem-se com

i na 2ª e na 3ª pessoa do singular do presente do in-dicativo. Exemplos: possuir possuis possui retribuir retribuis retribui cair cais cai sair sais sai doer ---- dói moer móis mói

Nota: O verbo doer não apresenta a 2ª pessoa do pre-sente do indicativo.

Page 21: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

21

Escrevem-se com e i

Anteontem cadeado campeã candeeiro carestia cedilha creolina destilar empecilho encarnado

espaguete hastear irrequieto mercearia paletó penico periquito quase se-quer seringa

aborígine ansiar artifício casimira crânio criação diseneria escárnio esquisito imbuia

invólucro lampião meritíssimo pátio penicilina pontiagudo privilégio requisito tátil umbilical

13. Uso de sc Nota: Escrevem-se com sc:

acréscimo adolescência ascender consciência crescer des-cender discente (alu-no) disciplina

fascículo imprescindível intumescer irascível miscigenação nascer obsceno oscilar

plebiscito recrudescer reminiscência rescisão ressuscitar suscitar transcender

Emprego do Hífen (Conforme Reforma Ortográfica de 2009)

Novas Regras do Hífen 1. Hífen em palavras compostas por justaposição.

Exs.: guarda-roupa – guarda-civil – cirurgião-dentista – pé-de-moleque – etc.

Exceção: girassol – passatempo – mandachuva, etc. 2. Locais iniciados pelos adjetivos grã – grão verbos e

palavras ligados por artigo Exs.: Grã-Betanha – Grão-Pará – Quebra-coco –

Entre-os-rios, etc. 3. Palavras derivadas designativas de espécies botâni-

cas e zoológicos. Exs.: erva-doce – bem-te-vi, etc.

4. Advérbio bem + nomes iniciados por vogais... ou

consoantes Exs.: bem-vindo – bem-me-quer – bem-aventurado –

bem-estar, etc. 5. Advérbio mal + nome iniciados por vogais “e ...

Exs.: mal-estar – mal-humorado,... OBS.: mal + palavras iniciadas por consoante sem hí-

fen Exs.: malmequer – malcriado – malvisto,...

6. Além – aquém – recém – e sem Exs.: além-mar – aquém-mar – recém-casado – sem-

cerimônia ,... 7. Prefixos antes de palavras iniciadas por H

Exs.: pan-américa – mini-hotel – pré-história – super-homem, ...

8 Prefixo com vogal igual à da iniciada na palavra

Exs.: contra-almirante – anti-inflamatório – micro-ondas, ... 9. Prefixo terminado em “r” mais palavra iniciada por

“r” Exs.: inter-racial – super-resistente

10. Prefixos “pré, pró, pos, soto, sota, vice, vizo, ex −

sempre separado por hífenExs.: pré-concurso – pró-americano – pós-doutor – so-

to-piloto – sota-mestre – vice-governador – vizo-rei – ex-prefeito,...

11. Prefixos circum – pan – mais palavras iniciadas com

vogal “h ou n” Exs.: circum-escolar – circum-navegação – pan-

americano – pan-histórico – pan-mágico,... 12. Sufixos indígenas açu – guaçu – mirim – precedido

de vogal acentuado Exs.: Ceará-mirim – amoré-guaçu.

Não se usa hífen: a) Encontro de vogais diferentes – prefixo + palavra

Exs.: anteontem – autoestrada – infraestrutura – coautora.

b) Vogal + r ou s – duplicam-se as letras

Exs.: autorretrato – suprassumo – antissocial –minissaia – antirrábica – cosseno – antirrugas.

Emprego do Porquê

Por que = por que motivo ou pelo qual (flexões).

Ex1: Por que você chegou tarde ?

Ex2: Este é o caminho por que percorri.

Por quê = por que motivo (final de oração).

Ex.: Você não veio, por quê ?

Porque = conjunção (visto que, para que, pois) e é utilizado nas respostas às perguntas.

Ex.: Tirou boa nota porque estudou.

porquê = é palavra substantivada e pode ser troca-do por “o motivo pelo qual”.

Ex.: Não sei o porquê da sua dúvida.

Obs.: Vem acompanhado por especificador.

Page 22: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

22

Emprego de Parônimos, Homônimos e Formas Variantes

Parônimos Palavras parecidas na pronúncia e na grafia.

Exs.: absolver (inocentar, perdoar) absorver (sorver, consumir, esgotar)

Homônimos Palavras idênticas na pronúncia e/ou na grafia.

Exs.: são (verbo ser / eles são) são (saudável) são (santo)

Além disso, os homônimos podem ser: a – Homônimos Perfeitos – apresentam mesma grafia e

pronúncia. Exs.: fui (verbo ir - pretérito perfeito)

fui (verbo ser - pretérito perfeito) b – Homônimos Homófonos – apresentam grafias diferentes

e mesma pronúncia. Exs.: caçar (apanhar)

cassar (anular) c – Homônimos Homógrafos – apresentam mesma grafia

e pronúncia diferente. Exs.: ele (pronome)

ele (substantivo, nome da letra L)

Lista de Homônimos e Parônimos Acender – pôr fogo a Ascender – elevar-se, subir Acento – inflexão de voz, tom de voz, acento Assento – base, lugar de sentar-se Acessório – pertences de qualquer instrumento ou máquina;

que não é principal Assessório – diz respeito a assistente, adjunto ou assessor Aço – ferro temperado Asso – do v. assar Anticéptico – contrário ao cepticismo Antisséptico – contrário ao pútrido; desinfetante Asar – guarnecer de asas Azar – má sorte, ocasionar Brocha – tipo de prego Broxa – tipo de pincel

Caçado – apanhado na caça Cassado – anulado Cardeal – principal; prelado; ave; planta; ponto (cardeal) Cardial – relativo à cárdia Cartucho – carga de arma de fogo Cartuxo – frade de Cartuxa Cédula – documento Sédula – feminino de sédulo (cuidadoso) Cegar – tornar ou ficar cego Segar – ceifar Cela – aposento de religiosos; pequeno quarto de dormir Sela – arreio de cavalgadura Censo – recenseamento Senso – juízo Censual – relativo a censo Sensual – relativo aos sentidos Cerra – do verbo cerrar (fechar) Serra – instrumento cortante; montanha; do v. serrar (cortar) Cerração – nevoeiro denso Serração – ato de serrar Cerrado – denso; terreno murado; part. do v. cerrar (fechado) Serrado – particípio de serrar (cortar) Cessão – ato de ceder Sessão – tempo que dura uma assembléia Secção ou seção – corte, divisão Cevar – nutrir, saciar Sevar – ralar Chá – infusão de folhas para bebidas Xá – título do soberano da Pérsia Cheque – ordem de pagamento Xeque – perigo; lance de jogo de xadrez; chefe de tribo

árabe Cinta – tira de pano Sinta – do v. sentir Círio – vela de cera Sírio – relativo à Síria; natural desta Cível – relativo ao Direito Civil Civil – polido; referente às relações dos cidadãos entre si Cocho – tabuleiro Coxo – que manqueja

Page 23: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

23

Comprimento – extensão Cumprimento – ato de cumprir, saudação Concelho – município Conselho – parecer Concerto – sessão musical; harmonia Conserto – remendo, reparação Concílio – assembléia de prelados católicos Consílio – conselho Conjetura – suposição Conjuntura – momento Coringa – pequena vela triangular usada à proa das

canoas de embono; moço de barcaça Curinga – carta de baralho Corisa – inseto Coriza – secreção das fossas nasais Coser – costurar Cozer – cozinhar Decente – decoroso Descente – que desce Deferir – atender, conceder Diferir – distinguir-se; posicionar-se contrariamente; adiar

(um compromisso marcado) Descargo – alívio Desencargo – desobrigação de um encargo Desconcertado – descomposto; disparato Desconsertado – desarranjado Descrição – ato de descrever Discrição – qualidade de discreto Descriminar – inocentar Discriminar – distinguir, diferenciar Despensa – copa Dispensa – ato de dispensar Despercebido – não notado Desapercebido – desprevenido Édito – ordem judicial Edito – decreto, lei (do executivo ou legislativo) Elidir – eliminar Ilidir – refutar Emergir – sair de onde estava mergulhado Imergir – mergulhar

Emerso – que emergiu Imerso – mergulhado Emigração – ato de emigrar Imigração – ato de imigrar Eminente – excelente Iminente – sobranceiro; que está por acontecer Emissão – ato de emitir, pôr em circulação Imissão – ato de imitir, fazer entrar Empossar – dar posse Empoçar – formar poça Espectador – o que observa um ato Expectador – o que tem expectativa Espedir – despedir; estar moribundo Expedir – enviar Esperto – inteligente, vivo Experto – perito ("expert") Espiar – espreitar Expiar – sofrer pena ou castigo Esplanada – terreno plano Explanada (o) – part. do v. explanar Estasiado – ressequido Extasiado – arrebatado Estático – firme Extático – absorto Esterno – osso dianteiro do peito Externo – que está por fora Estirpe – raiz, linhagem Extirpe – flexão do v. extirpar Estofar – cobrir de estofo Estufar – meter em estufa Estrato – filas de nuvens Extrato – coisa que se extraiu de outra Estremado – demarcado Extremado – extraordinário Flagrante – evidente Fragrante – perfumado Fluir – correr Fruir – desfrutar

Page 24: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

24

Fuzil – arma de fogo Fusível – peça de instalação elétrica Gás – fluido aeriforme Gaz – medida de extensão Incidente – acessório, episódio Acidente – desastre; relevo geográfico Infligir – aplicar castigo ou pena Infringir – transgredir Incipiente – que está em começo, iniciante Insipiente – ignorante Intenção – propósito Intensão – intensidade; força Intercessão – ato de interceder Interseção – ato de cortar Laço – nó que se desata facilmente Lasso – fatigado Maça – clava; pilão Massa – mistura Maçudo – maçador; monótono Massudo – que tem aspecto de massa Mandado – ordem judicial Mandato – período de permanência em cargo Mesinha – diminutivo de mesa Mezinha – medicamento Óleo – líquido combustível Ólio – espécie de aranha grande Paço – palácio real ou episcopal Passo – marcha Peão – indivíduo que anda a pé; peça de xadrez Pião – brinquedo Pleito – disputa Preito – homenagem Presar – aprisionar Prezar – estimar muito Proeminente – saliente no aspecto físico Preeminente – nobre, distinto Ratificar – confirmar Retificar – corrigir Recreação – recreio Recriação – ato de recriar

Recrear – proporcionar recreio Recriar – criar de novo Ruço – grave, insustentável Russo – da Rússia Serva – criada, escreva Cerva – fêmea do cervo Sesta –- hora do descanso Sexta – redução de sexta-feira; hora canônica; intervalo

musical Tacha – tipo de prego; defeito; mancha moral Taxa – imposto Tachar – censurar, notar defeito em; pôr prego em Taxar – determinar a taxa de Tráfego – trânsito Tráfico – negócio ilícito Viagem – jornada Viajem – do verbo viajar Vultoso – volumoso Vultuoso – inchado

Formas Variantes São formas duplas, ou múltiplas, equivalentes. As principais e as mais conhecidas são:

Abdome, abdômen Açoitar, açoite

Afeminado, efeminado Alarma, alarme

Aluguel, aluguer Amídala, amígdala

Arrebentar, rebentar Arrebitar, rebitar

Arregaçar, regaçar Arremedar, remedar

Assoalho, soalho Assobiar, assoviar

Azálea, azaléia Assoprar, soprar

Baguncear, bagunçar Bêbado, bêbedo

Bilhão, bilião Bílis, bile

Bravo, brabo Caatinga, catinga

Cãibra, câimbra Carroçaria, carroceria

Catorze, quatorze Chipanzé, chimpanzé

Catucar, cutucar Cobarde, covarde

Clina, crina Cociente, quociente

Coisa, cousa Cota, quota

Contato, contacto Corrimão, corre-mão

Cotovelar, acotovelar Cotidiano, quotidiano

Cumular, acumular Cuspe, cuspo

Debulhar, desbulhar Degelar, desgelar

Dependurar, pendurar Empanturrar, empaturrar

Enfarte, infarto Engambelar, engabelar

Page 25: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

25

Lambuzar, enlambuzar Entonação, entoação

Enumerar, numerar Espuma, escuma

Estalar, estralar Flauta, frauta

Flecha, frecha Garapa, guarapa

Geringonça, gerigonça Germe, gérmen

Gorila, gorilha gueixa, guexa

Hem?, hein? Hemorróidas, hemorróides

Hidrelétrico, hidroelétrico Homogeneizar, homoge-nizar

Imundícia, imundície, imun-dice Intrincado, intricado

Lantejoula, lentejoula Louro, loiro

Limpar, alimpar Lisonjear, lisonjar

Macaxeira, macaxera Maltrapilho, maltrapido

Marimbondo, maribondo Maquiagem, maquilagem

Mobiliar, mobilhar Neblina, nebrina

Melancólico ou merencório Nenê, neném, nenen

Percentagem, porcenta-gem Palpar, apalpar

Parênteses, parêntesis Quadriênio, quatriênio

Radioatividade, radiativi-dade Relampear, relampejar

Remoinho, redemoinho Retorquir, retorquir

Selvageria, selvajaria Seção, secção

Sobressalente, sobresselente Surrupiar, surripiar

Susceptível, suscetível Taberna, taverna

Tramela, taramela Tesoura ou tesoira

Transvestir, travestir Vasculhar, basculhar

Televisar, televisionar Toicinho, toucinho

Trilhão, trilião Várzea, várgea

Volibol, voleibol Xícara, chícara.

Aprendendo um Pouco Mais Existem também expressões que apresentam semelhanças entre si, e têm significação diferente. Alguns casos:

• Acerca de: sobre, a respeito de. Fala acerca de alguma coisa.

• A cerca de: a uma distância aproximada de. Mora a cerca de dez quadras do centro da cidade.

• Há cerca de: faz aproximadamente. Trabalha há cerca de cinco anos.

• Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo. Ir ao encontro dos familiares.

• De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.

• Ao invés de: ao contrário de

• Em vez de: em lugar de. Usar uma expressão em vez de outra.

• A par: ciente. Estou a par do assunto.

• Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem abatimentos (câmbio, ações, títulos, etc.).

A produção textual e o reconhecimento da correção

gramatical pressupõem o conhecimento de toda gramática normativa. Abaixo há uma lista de termos e expressões que podem causar dúvidas. Entretanto, os conhecimentos adicionais da gramática – principalmente acerca de concordância, regência e crase – são imperiosos.

Algumas expressões são parecidas na escrita, mas possuem uso variado. 1 - Por que, por quê, porque, porquê.

1.1 - Por que - em início de frase interrogativa e quando puder ser trocado por “pelo qual”. Ex1: Por que você chegou tarde ? Ex2: Este é o caminho por que percorri.

1.2 - Por quê - fim de frase interrogativa. Ex.: Você não veio, por quê ?

1.3 - Porque - é conjunção e é utilizado nas respostas às perguntas. Ex.: Tirou boa nota porque estudou.

1.4 - Porquê - é palavra substantivada e pode ser trocado por “o motivo pelo qual”. Ex.: Não sei o porquê da sua dúvida.

Obs.: Vem acompanhado por especificador.

2 - Mas/ Mais.

2.1 - Mas eqüivale a porém.

Ex.: Ele estudou muito, mas tirou péssima nota.

2.2 - Mais é antônimo de menos.

Ex.: Ele leu mais livros que eu.

3 - Mau/mal

3.1 - Mau é antônimo de bom.

Ex.: Ele é um mau menino.

3.2 - Mal é antônimo de bem ou sinônimo de quando.

Ex.: Não estou mal. (bem).

Ex.: Mal saí, ela chegou. (quando)

4 - Ao invés de / em vez de.

4.1 - Ao invés de significa ao contrário de

Ex.: Ao invés do que previram, choveu.

4.2 - Em vez de significa em lugar de.

Ex.: Em vez de jogar futebol, preferimos ir ao cinema.

5 - Ao encontro/ De encontro.

5.1 - Ao encontro significa a favor.

Ex.: Fui ao encontro de pistas verdadeiras.

5.2 - De encontro significa contra.

Ex.: Minha opinião veio de encontro a sua.

Page 26: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes 6 - A fim de/afim

6.1 - A fim de significa finalidade. Ex.: Ele saiu cedo a fim de encontrá-la.

6.2 - Afim significa semelhança. Ex.: Nossas opiniões são afins.

7 - Dia-a-dia /Dia a dia

7.1 - Dia-a-dia significa “o cotidiano” Ex.: O dia-a-dia aborreceu-me.

7.2 - Dia a dia significa todos os dias. Ex.: Os preços aumentam dia a dia.

26

8 - Tampouco/ tão pouco.

8.1 - Tampouco significa também não. Ex.: Não realizou a tarefa, tampouco justificou-se.

8.2 - Tão pouco é a junção de tão + pouco . Ex.: Tenho tão pouco entusiasmo !

9 - Há / a / à

9.1 - Há tem valor de existir ou indica tempo trans-corrido. Ex.: Estou aqui há dez anos. / Há vinte anos eu a via

9.2 - à é a junção de “a” preposição com “a” artigo. Ex.: Estou à espera da minha fonte de inspira-ção.

9.3 - "a” é artigo ou preposição. Ex.: Vi a cena. / Vou a pé.

artigo preposição

Acentuação Gráfica (Conforme Reforma Ortográfica de 2009)

Regras Gerais 1º) Acentuam-se todas as proparoxítonas. Ex.: Ortográfico, gástrico, íamos, hífenes. 2º) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: MACETE: Us/ei /um/ l/i/r/ão /n/ /on/x/ps

(Macete que sintetiza as terminações das paroxítonas acentuadas.) Ex.: us – vírus

um – álbum / álbuns ei – (ditongo) - jóquei, história l – amável i(s) – júri / lápis r – repórter ão(ã) – órgão / órfã n – hífen on – próton x – ônix ps – bíceps

Obs.: Ao ser justificado o uso de acento paroxítono, faça-o assim:

Ex.: dicionário – paroxítona terminada em ditongo crescente (io).

3º) Acentuam-se as oxítonas terminadas em “a(s)”,

“e(s)”, “o(s)”, “em” ou “ens”. Ex.: sofá, ananás, café, revés, dominó, retrós, re-

fém, parabéns. 4º) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados

em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”. Ex.: mó, dá, fé, pé, más, pás, pôs.

Regras Especiais 5º) Ditongos abertos “éi”, “éu”, e “ói”. Obs: Com a Reforma de 2009, esta regra não mais se aplica em caso de paroxítonas. Exemplo: heroico, apoio, assembleia, estreia.

como era como fica Heróico heroico Apóio apoio Assembléia assembleia Estréia estreia

O acento agudo dos ditongos abertos éu, éi, ói só

desapareceu nas palavras paroxítonas. As oxítonas (incluindo-se aí os monossílabos tônicos terminados em éu, éi, ói) continuam recebendo acento gráfico.

Ex.: chapéu, anzóis, carretéis, etc. 6º) Acentuação dos Hiatos:

Hiato oo

Com a Reforma de 2009, o hiato oo não mais rece-be acento circunflexo.

como era como fica Enjôo enjoo Vôo voo Abençôo abençoo Magôo magoo

Verbos crer, dar, ler, ver (e derivados)

Com a Reforma de 2009, não mais se emprega o acento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, ver (e de seus derivados).

como era como fica Crêem creem Dêem deem Lêem leem Vêem veem descrêem descreem Relêem releem

Obs.: As paroxítonas terminadas em ens não recebem acento. Exs.: hifens, itens, polens, jovens.

Page 27: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

27

Acentuação das vogais i e u nos hiatos

Com a Reforma de 2009, não se acentuam as letras i e u tônicas que formam hiato com a vogal anterior, quando precedidas de ditongo.

como era como fica Baiúca baiuca Boiúna boiuna Feiúra feiura

Observações:

Nas palavras oxítonas, o acento se mantém: Ex.: Piauí, tuiuiú

Para os demais casos, nada muda, ou seja, as letras i e u receberão acento agudo se:

a estiverem sozinhas na sílaba ou com a letra s; b) vierem seguidas de uma vogal não-idêntica; c) não estiverem seguidas pelo dígrafo nh.

Ex.: sa-í-da, sa-ú-de, sa-ís-te, ba-la-ús-tre, pa-ís, he-ro-í-na, juízes, raízes, viúva, baú, faísca, reúne, Itaú, etc.

Mas

rainha, bainha, tainha, campainha – não possuem acento gráfico porque a letra i vem seguida de -nh

7º) Uso do Trema Com a Reforma de 2009, o trema foi abolido.

como era como fica agüentar aguentar Sagüi sagui freqüente frequente tranqüilo tranquilo

Obs.: Conserva-se, no entanto, o trema em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros:

Ex: hübneriano, de Hübner, mülleriano, de Müller, etc.

8º) Verbos TER e VIR (e seus derivados): recebem o a-

cento circunflexo na terceira pessoa do plural do presente do indicativo. Ex.: Ele tem / vem

Eles têm / vêm Ele mantém / advém Eles mantêm / advêm 9º) Acento diferencial, usa-se o acento para diferenciar

palavras homônimas.

Emprega-se o acento diferencial em:

a) pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder) para dis-tinguir de pode (terceira pessoa do singular do presente indicativo do mesmo verbo).

b) pôr (forma verbal) para distingui-la de por (pre-posição).

Observação:

Pela Reforma de 2009, desaparecem os demais a-centos diferenciais, como em:

• pára (verbo) para distinguir de para (preposição) • pêlo (substantivo) para distinguir de pelo (contração) • pêra (substantivo) para distinguir de pera (preposi-

ção arcaica) Em síntese:

Só há, em português, a partir da reforma, duas pala-vras que obrigatoriamente recebem acento circunflexo diferencial: pôr (verbo) e pôde (terceira pessoa do singu-lar do pretérito perfeito do indicativo).

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 1. [Téc.-Adm. Educ.-(Assist. Adm.)-UFMS/2012].(Q.5) Assi-nale a alternativa em que o acento gráfico é necessário para que a palavra fique correta. a) Gratuito. b) Rubrica c) Recorte. d) Fluido. e) Substituido. 2. [Téc.-Adm. Educ.-(Assist. Adm.)-UFMS/2012].(Q.9) Nas palavras sábia, sabia e sabiá, temos respectivamente: a) Paroxítona, proparoxítona e paroxítona. b) Oxítona, paroxítona e proparoxítona. c) Paroxítona, oxítona e oxítona. d) Paroxítona, proparoxítona e proparoxítona. e) Paroxítona, paroxítona e oxítona.

3. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.7) Sobre o trecho: “Para que haja interação entre alunos, pais, pessoas da comunidade e o profissional que os atende, esse profissional deve fazer a leitura das solicitações e reivindicações dessa clientela.”, analise as afirmativas abaixo e assinale a CORRETA. a) “solicitações” e “reivindicações” são palavras monos-sílabas, oxítonas e em ambas há ditongo. b) “solicitações” e “reivindicações” são palavras polissí-labas, oxítonas e em ambas há ditongo. c) “solicitações” e “reivindicações” são palavras polissí-labas, paroxítonas e em ambas há hiato. d) “solicitações” e “reivindicações” são palavras monos-sílabas, paroxítonas e em ambas há ditongo. e) “solicitações” e “reivindicações” são palavras monos-sílabas, paroxítonas e em ambas há hiato.

Page 28: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes 4. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.13) A mesma regra de acentuação da palavra ética vale também para: a) pública. b) formação. c) atribuídas. d) boné.

28

e) aluguéis. Leia a tira abaixo e resolva a questão 5. As personagens da tira são Mafalda (menina com o laço no cabelo)e Susanita.

5. [Ag. Ativ. Educ.-(Ag. Limpeza)-SED-MS/2011].(Q.18) No quadro 2 aprece a palavra “sessão”. Assinale a alterna-tiva em que a palavra apresentada também deve ser escrita com “SS”: a) diver_ão b) expul_ão c) exposi_ão d) progre_o e) compreen_ão 6. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.10) Leia esta charge e verifique o emprego do hífen.

Conclui-se que a) o humor aparece ao se referir somente a uma circuns-tância econômico-social, a crise trabalhista. A palavra emprego significa "trabalho”. b) não houve um jogo de palavras com o termo “em-prego”, dando-lhe duplo sentido. O único sentido é ”u-so”. c) o hífen não deve ser usado após o verbo “precisa”. d) o emprego do hífen no cartaz é facultativo e a pala-vra “até”, presente na fala, indica exclusão.

e) parte da charge tem relação com a regra da língua portuguesa sobre o emprego do hífen. 7. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.11) Com-plete as frases a seguir com por que, porque, porquê ou por quê.

1. ____________ você se atrasou? Não sei ____________ tanta demora.

2. Eu sei o _____________ dessa atitude. Você quer que eu fale _____________.

3. Pegou o táxi _____________ estava atrasada.

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas acima. a) 1. Por que – por que / 2. porquê – por quê / 3. porque. b) 1. Por que – porque / 2. por quê – porquê / 3. porque. c) 1. Porque – por que / 2. porquê – porque / 3. por que. d) 1. Por que – por quê / 2. por que – por que / 3. por-que. e) 1. Porque – porque / 2. por quê – por que / 3. Por que. 8. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.12) Des-cubra, no quadro I, os homônimos que correspondem aos significados no quadro II.

I

cervo – acento – servo – assento – cela – cassar – sela – caçar

II

1. tornar nulo = ____________________

2. quarto pequeno = _______________

3. tampo de cadeira = _______________

4. criado = _______________

A alternativa que contém, respectivamente, os homô-nimos CORRETOS é: a) Cassar / sela / acento / cervo. b) Caçar / cela / acento / cervo. c) Caçar / sela / assento / servo. d) Cassar / cela / assento / servo. e) Cassar / cela / assento / cervo. 9. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.19) De acordo com a ortografia, as palavras que estão grafa-das CORRETAMENTE estão na alternativa a) Pretensioso/ exceção / ascesso. b) Previlégio / beneficiente /quisesse. c) Excesso / sarjeta / sequer. d) Analisar / berinjela / missanga. e) Cachumba / paralisar / explêndido.

Page 29: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

29

10. (Monitor de Alunos-PMCG-SEMAD-MS/2011).(Q.20) Com relação aos parônimos e formas variantes, assinale a alternativa CORRETA. a) Das formas variantes diabete/diabetes, admite-se apenas a segunda na Língua Portuguesa. b) As parônimas migrar/emigrar/imigrar significam a mesma coisa, dependendo da frase, apenas a grafia é diferen-te. c) As palavras cociente/quociente são formas variantes aceitas na língua padrão. d) São aceitas na fala e na escrita estas parônimas: mor-tadela/mortandela. e) A frase “A autoridade infringiu uma sanção àquele que infligiu a lei.” Não apresenta incorreção quanto ao uso dos parônimos. 11. [Assist. Serv. Saúde II.-(Aux. Serv. Saúde)-SES-MS/2011].(Q.5) Assinale a alternativa em que todas as palavras devem ser grafadas corretamente com a letra x. a) asfi_ia, en_aqueca, e_plícito b) fle_a, me_er, ta_a c) ê_ito, en_urrada, _u_u d) _ícara, ma_ucar, _eque e) _enofobia, _ale, _alé. 12. [Assist. Serv. Saúde II.-(Aux. Serv. Saúde)-SES-MS/2011].(Q.6) Tudo tem um .......... Não atingiram a meta .......... Prorrogaram o prazo, .......... muitos não compareceram Não se sabe .......... não atenderam ao chamado. Assinale a alternativa que, pela ordem, completa corre-tamente as lacunas. a) porquê, por quê, porque, por que b) por quê, por que, porque, porque c) porque, por quê, por que, por que d) porquê, por quê, porque, porque e) porque, por que, porquê, porque 13. [Assist. Serv. Saúde II.-(Aux. Serv. Saúde)-SES-MS/2011].(Q.19) Assinale a alternativa ERRADA quanto ao emprego ou não do hífen, de acordo com o novo Acordo Ortográfico. a) Os recém-admitidos farão uma autoanálise hoje. b) Causou-me mal-estar vê-lo semi-inconsciente. c) O réu vai cumprir pena em regime semi-aberto d) Este é o antepenúltimo dia da campanha antirrábica. e) Havia beija-flores e bem-te-vis por todo o parque. 14. [Assist. Serv. Saúde II.-(Aux. Serv. Saúde)-SES-MS/2011].(Q.20) De acordo com o novo Acordo Ortográfico, identifique a alternativa que completa corretamente, pela ordem, as lacunas dos períodos a seguir. A .......... principal da campanha é combater a doença e .......... a população. As autoridades deverão .......... em campo todos os a-gentes de saúde .......... o ........ ao mosquito. a) ideia, tranquilizar, por, pára, contra ataque b) ideia, tranquilizar, pôr, para, contra-ataque

c) idéia, tranquilizar, por, para, contra-ataque d) idéia, tranquilizar, pôr, pára, contra-ataque e) ideia, tranquilizar, pôr, para, contra ataque 15. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.12) Assinale a única frase em que todas as palavras estão grafadas corretamente. a) É esta uma das nossas maiores reinvidicações. b) Nós passiamos por toda aquela belíssima região. c) A pessoa obsecada nada enxerga. d) Súbito um rebuliço; apareceu um camundongo. e) O psicólogo estirpou a angústia da mente ençandecida. 16. [Ag. Oper. Ap.-(Motorista)-(NF)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.4) A única série de palavras corretamente grafadas está na alternativa a) Beringela / xingar / azia. b) Cincoenta / expontâneo / estrupar. c) Deslize / invés / salsicha. d) Previlégio / crânio / quizesse. e) Catequeze / estranjeiro / largatixa. 17. [Ag. Oper. Ap.-(Motorista)-(NF)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.7) Assinale, nas séries abaixo, aquela em que pelo menos uma palavra contém ERRO de grafia. a) A fim de /reaver / sarjeta. b) Ojeriza / paralisar / cortesia. c) Chuchu / hesitar / adivinhar. d) Inglesinho / cabelereiro / receoso. e) Gorjeio / pretensão / exceção. 18. [Ag. Oper. Ap.-(Motorista)-(NF)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.16) Considere a ortografia e assinale a alternativa cujo co-mentário sobre a frase esteja correto. a) Um português pode ser russo? – Sim, desde que se escreva a palavra grifada com ç. b) O prisioneiro precisa de uma cela bem reforçada. – Alguém vai montar nele? A palavra grifada significa arreio; deve-se escrever sela. c) Ônibus tem assento e acento. – Essa afirmação está totalmente incorreta. d) – Você cozerá minhas meias depois de coser a comida? – Não há desvio ortográfico nas palavras destacadas. e) Foi com muito censo que respondi ao senso do IBGE. – A mensagem está clara e correta ortograficamente. 19. [Ag. Oper. Ap.-(Motorista)-(NF)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.19) Das alternativas, a seguir, qual contém todas as palavras corretas ortograficamente? a) Inegualável / maucriado / beneficiente. b) Porisso / caranguejo / meretíssimo. c) Mortandela / mendingo / fucinho. d) Conciência / acensorista / recisão. e) Prazerosamente / empecilho / obsceno. 20. [Gestor Serv. Saúde-(Assist. Social)-(NS)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.9) Assinale a alternativa em que todas as pala-vras estão corretamente grafadas: a) Obstetrícia; morbidez; puzéssemos. b) Quizeram; assessores; expontâneo. c) Extradição; distensão; exclusão.

Page 30: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

30

d) Espectorante; inezequível; exclusão. e) atrossidade; previlégio; charlatão. 21. [Gestor Serv. Saúde-(Assist. Social)-(NS)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.11) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) Inrelevante; escuso; atrazado. b) Sensibilização; pusesse; enfraquecer. c) Distribue; longinqüo; indecência. d) Corrupção; enchergar; perversão. e) Coersão; coesão; enrigecer. 22. [Assist. Serv. Saúde-(NM)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.8) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) ascensão; siquer; incançável. b) quizeram; assessores; expontâneo. c) disenteria; excessivo; abscesso. d) conclue; ambígüo; obsessão. e) pervercidade; encumbência; vermífogo. 23. [Anal. Jud-(Ár. Fim)-(NS)-(M)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.8) Quanto à acentuação usada no texto (ver pág. 12), está correto o exposto na alternativa: a) Nas formas “fazê-lo” e “imputá-lo”, o acento está em-pregado indevidamente. b) A palavra “ali” (l.24) deveria receber acento no “i”. c) A palavra “apoia” (l.4) não está acentuada porque, pelo Acordo Ortográfico, não se acentuam mais as vogais dos ditongos abertos “éi” e “ói” em palavras paroxítonas. d) A palavra “expor-se” (l.18 ) poderia estar acentuada porque deriva do verbo “pôr”, que continua acentuado após a aprovação do Acordo Ortográfico. e) A forma verbal “tem” (l.9) deveria receber acento circunflexo no “e” porque está no plural, concordando com “ações de pessoas desconhecidas”. 24. [Anal. Jud-(Ár. Fim)-(NS)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.13) Assinale a alternativa em que a acentuação gráfica está correta: a) heroon. b) destroier. c) heroi. d) fiéis. e) chapeus. 25. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(M)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.14) Quanto à acentuação gráfica, estão corretamente a-centuadas as palavras da alternativa a) bebíamos – ruím – tórax – juiz. b) juízes – têxtil – caíram – alivio. c) impar – relatório – alcóolatra – egoísmo. d) convém (pl.) – intervêm (sing.) – tupi. e) ítem – hífens – saía – benção. 26. [Aux. Jud.I-(Ap. Oper.)-(NM)-(V)-TJ-MS/2009-FADEMS].(Q.15) Quanto à acentuação gráfica, estão corretamente a-centuadas as palavras da alternativa a) hábitat – displicência – rubrica – silencio (verbo). b) raizes – revólver – ritmo – gratuíto.

c) bilis – apoteóse – urubus – graúdo. d) paraíso – reduzí-lo – ínterim – triângulo. e) silêncio (subst.) – prejuizo – tórax – téxtil. 27. [Of. Secretaria-(NM)-(M)-MPE-MS/2007-FADEMS].(Q.11) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente. Assinale-a. a) Espécime – ínterim – viúvo. b) Rapido – urubú – álbum. c) Pôde – revolver – reveem. d) Baínha – displicência – hífen. e) Dialogo – elegância – raíz. 28. [Assist. Serv. Saúde-(NM)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.7) Assinale a alternativa em que as palavras estão corretamente grafadas e/ou acentuadas: a) Burití; imerção; Tacurú. b) Omissão; acessível; ascendência. c) Vísceral; seicentos; gratuíto. d) Invalidês; atravéz; compusesse. e) Ajuízar; fuzível; compulsivo. 29. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.13) Assina-le a alternativa que preencha CORRETAMENTE as lacu-nas das sentenças abaixo. O professor apresentou-lhe ____________ pela excelente atuação em seu projeto de pesquisa. Ao primeiro motorista, o juiz ____________ a pena de pres-tação de serviços sociais em uma comunidade. Com essa lei, pretendia-se____________ o uso de certas drogas. a) comprimentos – infligiu – discriminar. b) cumprimentos - infringiu – discriminar. c) comprimentos – inflingiu – descriminar. d) cumprimentos – infligiu – descriminar. e) cumprimentos – infrigiu – descriminar. 30. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.14) Assinale a alternativa cujos vocábulos estão grafados CORRETAMENTE e completam, respectivamente, as lacunas do texto a seguir: A política de ____________ de gastos municipais fez com que se ____________ os trabalhos de ____________ em muitas cidades a) contensão – paralisasse – pesquiza. b) contensão – paralizassem – pesquisa. c) contenção – paralisassem – pesquisa. d) contensão – paralizassem – pesquiza. e) contenção – paralizasse – pesquiza. 31. (Oficial da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.).(Q.16) Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas das frases: I) Ela não o procurou, __________? II) Ninguém explicou o __________ da sua reação. III) Desejo saber __________ ela não compareceu à audiêcia. IV) __________ é sonhadora, ela cultiva ideais irrealizáveis.

Page 31: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

31

a) por quê / porquê / por que / Porque. b) por que / porque / porque / Por que. c) por quê / porquê / porque / Por que. d) porquê / por que / por que / Porque. e) porque / porquê / porque / Porque. 32. [Soldado da PM-MS/2008-Fund. Escola Gov.].(Q.17) Nos segmentos do texto A placa do automóvel estampava um bandeiroso “Frorianópolis”. Assim, com r no lugar do I, pode-se observar que a troca de letra demonstra erro relacionado à: a) ortografia. b) morfologia. c) sintaxe. d) semântica. e) fonoaudiologia 33. [Gestor Serv. Saúde-(Assist. Social)-(NS)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.7) Assinale a alternativa em que os homônimos ou parônimos estão corretamente empregados: a) Doente, o aluno pediu despensa da aula, mas passou o dia preocupado com o cumprimento das obrigações. b) Não se deve imitir cheque sem suficiente provisão de fundos. c) A água da chuva empoçava, e eles, desesperados, tentavam correr para o celeiro, onde ficariam mais seguros. d) Por causa da serração, os motoristas não puderam prosseguir viajem. e) O cargo de acessor é, em alguns casos, assessório. 34. [Gestor Serv. Saúde-(Assist. Social)-(NS)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.14) Quanto ao emprego de homônimos e/ou parônimos, está correta a alternativa: a) Aquela moça não sabe guardar segredo. É uma pes-soa sem descrição. b) Escovar os dentes faz parte da higiene bocal. c) Mesmo antes da competição o atleta já estava soando. d) Os fusíveis se queimaram. Era preciso acender velas. e) Aqueles alimentos eram céticos. Poderiam causar infecções. 35. [Assist. Serv. Saúde-(NM)-Fund. Saúde/2006-FADEMS].(Q.6) O único par classificado como parônimo está na alter-nativa: a) coser/cozer. b) Seção/sessão. c) Cassar/caçar. d) Iminente/eminente. e) senso/censo. 36. [Gestor Ativ. Turismo-(Turismólogo)-(NS)-Fund. Turismo/2006-FADEMS].(Q.1) Assinale a alternativa em que todas as palavras contêm fonema /z/: a) exemplar; juiz; azedo; subsídio. b) azul; exímio; casal; êxito. c) exilar; hesitar; zebra; preposição. d) visão; próximo; transitivo; previsível.

e) preposição; visar; inglês; cortês. 37. [Gestor Ativ. Turismo-(Turismólogo)-(NS)-Fund. Turismo/2006-FADEMS].(Q.2) Considerando as palavras “negócio” (o negócio) e “negocio”(eu negocio), assinale a alternativa que contém o comentário INCORRETO: a) a única diferença existente entre elas está na acentuação. b) a primeira é um substantivo e a segunda é um verbo. c) ambas são paroxítonas, porém apenas a primeira, por terminar em ditongo, recebe acento gráfico. d) a separação silábica da primeira é “ne-gó-cio” e a da segunda é ne-go-ci-o, produzindo-se, respectivamente, um ditongo e um hiato. e) há uma diferença de timbre na vogal da segunda sílaba: aberto e fechado, respectivamente. 38. [Gestor Ativ. Turismo-(Turismólogo)-(NS)-Fund. Turismo/2006-FADEMS].(Q.4) Quanto à grafia das palavras está correta a alternativa: a) Consequência; recisão; deferência. b) Rescisão; possui; acessível. c) Inascessível; distribue; continui. d) Influe; hesitar; prodijioso. e) Pertinênsia; requesitar; espontaniedade. 39. [Gestor Ativ. Turismo-(Turismólogo)-(NS)-Fund. Turismo/2006-FADEMS].(Q.5) O único par classificado como parônimo está na alternativa: a) extrato/estrato. b) saia (substantivo)/saia (verbo). c) paço/passo. d) onde/aonde. e) deferir/diferir. 40. [Gestor Ativ. Turismo-(Turismólogo)-(NS)-Fund. Turismo/2006-FADEMS].(Q.6) Assinale a alternativa em que as palavras estão corretamente acentuadas: a) Contribúi; (eu) apóio; Bataguaçú. b) Essêncial; econômia; lingüístico. c) Projétil; encontrá-lo; conseguí-lo. d) Eloqüência; perspicácia; persegui-lo. e) Carácteres; ítens; aspécto. 41. [Gestor Ativ. Turismo-(Turismólogo)-(NS)-Fund. Turismo/2006-FADEMS].(Q.7) Assinale a alternativa em que a(s) palavra(s) em destaque está(estão) corretamente empregada(s): a) As pessoas que inflingirem a lei serão punidas. b) Impuseram uma quantia vultuosa como condição para devolver a criança aos pais c) O daltônico é incapaz de descriminar determinadas co-res. d) Pelas respostas que apresentou à banca, não havia outro adjetivo que lhe coubesse senão “insipiente”. Igno-rava até os princípios teóricos mais elementares... e) Procure descobrir porque não quiseram convidá-lo.

Page 32: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes 42. [Assist. Ativ. Turismo-(NM)-Fund.Turismo/2006-FADEMS].(Q.1) Assinale a alternativa em que todas as palavras contêm fonema /s/:

32

a) Ascensorista; infeliz; cidade; Paiçandu. b) Sal; casa; explorar; mesmo. c) Asilo; esclarecer; hesitar; açoitar. d) Exceto; presunto; macio; desça. e) Discípulo; cortesia; cortês; inglesa. 43. [Assist. Ativ. Turismo-(NM)-Fund.Turismo/2006-FADEMS].(Q.4) Quanto à grafia das palavras está correta a alternativa: a) Decentralizar; paralisia; umidecer. b) Paralisação; constroe; crâneo. c) Possue; continue; expontânio. d) Possui; êxito; recenseamento. e) Ponteagudo; requesito; espontâneo. 44. [Assist. Ativ. Turismo-(NM)-Fund.Turismo/2006-FADEMS].(Q.9) Assinale a alternativa em que as palavras estão corre-tamente acentuadas: a) Dirigí-me à sala para incumbí-lo de analisar os ítens do programa. b) É preciso pôr as panelas no lugar, mas não convém fazer barulho, pois já passa das dez. c) Solicitaram que assinasse ou fizesse uma rúbrica, mas ele não pode atender, pois seu braço estava engessado.

d) Eles vem de longe, mas, mesmo assim, mantém o bom humor. e) Os policiais récem-chegados tentavam negociar a liber-tação dos refens. 45. [Assist. Ativ. Turismo-(NM)-Fund.Turismo/2006-FADEMS].(Q.10) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) Deslize; beneficente; umidecer. b) Ponteagudo; contribue; regeição. c) Pesquisar; consciência; descentralizar. d) Homoplata; balizar; creatura. e) Exquisito; holocausto; omeopatia. 46. [Assist. Ativ. Turismo-(NM)-Fund.Turismo/2006-FADEMS].(Q.11) Assinale a alternativa em que as palavras ou expressões em destaque estão corretamente empregadas: a) Há cerca de três anos, realizou-se um censo em mu-nicípios sul-mato-grossenses, com o objetivo de verificar índices de trabalho infantil. b) Não tenho conhecimentos suficientes para falar a cerca desse assunto, mas estou afim de apreender. c) Dizem que dinheiro não trás felicidade, mais manda buscar... d) A cidade ficava acerca de 10 km dali, mas não que-riam parar, se não poderiam desistir, pois estavam muito cansados. e) Não sei aonde ele mora, mas posso descobrir, porque isso interessa a mim também.

3 − EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. EMPREGO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS.

Emprego das Classes de Palavras

Substantivo Substantivo: nomeia seres e é, normalmente, especificado por outra palavra.

Exemplo: ... “o instante” subs. especificado por “o” artigo

Classificação dos Substantivos: 1. Concreto: denominam seres propriamente ditos com

existência própria (real ou imaginário). Exs.: fada – casa – aluno – saci – bruxa – Deus...

2. Abstrato: (ações – sentimentos – sensações – quali-dades – defeitos – estados). Exs.: atitude – amor – frio – beleza – avareza – morte.

3. Comun: indicam de forma genérica os seres de uma determinada espécie. Exs.: aluno, professor, mesa, apostila...

4. Próprio: particularizam seres de uma determinada espécie. Exs.: Maria – Joana – São Paulo – Suécia...

5. Simples: é aquele formado de apenas um radical.

Exs.: flor, maçã, couve, banana...

6. Composto: é aquele formado com mais de um radi-cal.

Exs.: banana-maçã, couve-flor, girassol, planalto...

7. Primitivo: é aquele que dá origem a outras palavras.

Exs.: ferro, pedra, terra...

8. Derivado: é aquele que se origina, que se forma de outra palavra.

Exs.: -pedreira, pedrada, pedregulho (derivado de pedra) -terreno, terreiro, terráqueo (derivado de ter-ra)

9. Coletivos: substantivos comuns no singular que de-signam conjuntos dos seres da mesma espécie.

Exs.: bando (aves – crianças, etc) – rebanho (bois – ovelhas, etc) – banca (examinadores) – banda (mú-sicos) – constelação (estrelas) – caravana (peregri-nos, estudantes, etc) – cardume (peixes).

Page 33: interpretação de texto extrapolação

Língua Portuguesa Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Cristina Lopes

33

LÍNGUA PORTUGUESA (225 QUESTÕES)

1 – COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. COESÃO TEXTUAL (40 QUESTÕES)

1. C 2. D 3. E 4. A 5. B 6. D 7. E 8. C 9. C 10. B 11. D 12. B 13. E 14. B 15. A 16. D 17. E 18. C 19. E 20. E 21. D 22. C 23. B 24. B 25. A 26. B 27. C 28. A 29. D 30. E 31. B 32. B 33. D 34. D 35. C 36. E 37. D 38. B 39. A 40. A

2 – ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO; EMPREGO DE PARÔNIMOS, HOMÔNIMOS E FORMAS VARIANTES (46 QUESTÕES)

1. E 2. E 3. B 4. A 5. D 6. E 7. A 8. D 9. C 10. C 11. A 12. A 13. C 14. B 15. D 16. C 17. D 18. A 19. E 20. C 21. B 22. C 23. C 24. D 25. B 26. A 27. A 28. B 29. D 30. C 31. A 32. A 33. C 34. D 35. D 36. B 37. A 38. B 39. E 40. D 41. D 42. A 43. D 44. B 45. C 46. A

3 – EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. EMPREGO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS (46 QUESTÕES)

1. A 2. D 3. D 4. D 5. A 6. E 7. A 8. A 9. B 10. E 11. D 12. B 13. C 14. D 15. B 16. E 17. B 18. D 19. C 20. D 21. A 22. E 23. D 24. A 25. E 26. B 27. A 28. D 29. C 30. C 31. B 32. C 33. B 34. E 35. C 36. B 37. B 38. E 39. C 40. B 41. D 42. C 43. A 44. B 45. C 46. E

4 – PERÍODOS COMPOSTOS POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. ORAÇÕES REDUZI-DAS (31 QUESTÕES)

1. E 2. A 3. B 4. C 5. E 6. B 7. A 8. D 9. C 10. B 11. D 12. C 13. D 14. C 15. A 16. E 17. E 18. A 19. D 20. A 21. A 22. E 23. A 24. E 25. D 26. C 27. C 28. E 29. A 30. B 31. E

5 – CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL (19 QUESTÕES) 1. C 2. B 3. C 4. B 5. A 6. A 7. C 8. D 9. E 10. B 11. A 12. A 13. A 14. C 15. C 16. D 17. D 18. C 19. E

6 – REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL (20 QUESTÕES)

1. C 2. B 3. E 4. A 5. D 6. C 7. D 8. E 9. B 10. A 11. B 12. A 13. D 14. B 15. D 16. E 17. E 18. A 19. C 20. E

7 – CRASE (05 QUESTÕES)

1. B 2. A 3. D 4. E 5. D

8 – PONTUAÇÃO (18 QUESTÕES)

1. C 2. E 3. E 4. D 5. D 6. C 7. C 8. B 9. D 10. C 11. D 12. B 13. B 14. B 15. A 16. C 17. E 18. A