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INTERAÇÕES ENTRE ÁCIDO INDOL BUTÍRICO, UNICONAZOL E DOIS TIPOS DE SUBSTRATO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS CAULINARES DE
Sapium glandulatum (Vell.) Pax.
ALEX CAETANO PIMENTA
COLOMBO 2002
COMITÊ DE ORIENTAÇÃO
Dra. Katia Christina Zuffellato-Ribas Orientadora - Depto. Botânica / UFPR
Dr. Brás Heleno de Oliveira Co-orientador - Depto. Química / UFPR
Dr. Antonio Aparecido Carpanezzi Co-orientador - Embrapa Florestas
Família: Euphorbiaceae
Gênero: Sapium
Espécie: S. glandulatum (Vell.) Pax.
Porte: Arbóreo - 5 a 20 m de altura
Descrição Botânica
Inoue et al. (1984); Sanchotene (1989); Lorenzi (1992)
INTRODUÇÃO
Lorenzi (1992)
INTRODUÇÃO
Folhas: Glabras
Inflorescências: Espigas terminais
Flores: Amarelas, unissexuadas
Lorenzi (1992)
Inoue et al. (1984); Sanchotene (1989); Lorenzi (1992)
INTRODUÇÃO
Frutos: Cápsulas obovadas deiscentes
Sementes: Enrijecidas - 5 mm de comprimento
Lorenzi (1992)
Inoue et al. (1984); Sanchotene (1989); Lorenzi (1992)
• Nomes vulgares: pau-de-leite ou leiteiro
Características gerais da espécie
• Florescimento: setembro a abril
• Maturação de frutos: final de dezembro a
abril
• Caducifólia e lactífera
• Heliófila e higrófita seletiva
INTRODUÇÃO
Inoue et al. (1984); Sanchotene (1989); Lorenzi (1992)
• No Brasil - Rio Grande do Sul à Minas Gerais
• Exterior - Paraguai
- Argentina
- Uruguai
Distribuição geográfica
Sanchotene (1989); Lorenzi (1992)
INTRODUÇÃO
Utilidades da espécie
Inoue et al. (1984); Sanchotene (1989); Lorenzi (1992)
Ornamental - Ruas e paisagismo em geral
INTRODUÇÃO
- Madeira: leve - 0,5 g/cm3
- Caixotaria
- Partículas p/chapa compensada
- Lenha para carvão
- Extração de celulose
Lorenzi (1992)
Utilidades da espécie
Recuperação de áreas degradadas
- Capacidade de regeneração natural - Sanchotene (1989)
- Deiscência explosiva dos frutos - Sanchotene (1989)- Intensa ornitocoria - Ferreira (2001)
- Rápido crescimento - Speltz (1976) citado por Sanchotene (1989)- Resistência ao frio e à seca - Palazzo Junior et al. (1993)
INTRODUÇÃO
Constitui um dos principais elementos da
flora vascular de SC, como componente do
estágio primário e avançado de
regeneração da restinga arbustiva e
estágio médio de regeneração da restinga
arbórea
CONAMA - Resolução 261 de 30/6/1999
INTRODUÇÃO
Utilidades da espécie
A taxa de germinação de suas sementes é
baixa, além de, em ambiente adverso,
sofrer ressecamento perdendo
rapidamente o poder germinativo
Sanchotene (1989)
Problema na propagação
INTRODUÇÃO
Estaquia
Técnica de propagação vegetativa onde
parte da planta matriz é destacada e
induzida à regeneração de parte ou partes
que lhe estão faltando a fim de formar uma
nova planta completa
Janick, (1966) citado por Zuffellato-Ribas e Rodrigues (2001)
INTRODUÇÃO
Desenvolvendo-se a metodologia adequada, a propagação vegetativa por estaquia pode assegurar vários benefícios:
Estaquia
• Fixação de genótipos selecionados
• Uniformidade de populações
• Facilidade de propagação
• Antecipação do período de florescimento
Iritani (1981); Hartmann et al. (1997)
INTRODUÇÃO
• Disseminação de espécies que apresentamalguma restrição na germinação de
sementes
Auxinas
Substâncias auxínicas aceleram o processo de formação de raízes em estacas, garantindo maior percentagem, velocidade e uniformidade no enraizamento - Hartmann et al. (1997)
• Ácido indol acético (IAA) - auxina natural, quimicamente similar ao aminoácido triptofano e sintetizada a partir dele - Salisbury e Ross (1992) citados por Ribas (1997)
• IBA - ácido indol butírico
• NAA - ácido naftaleno acético
Sintéticas
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Substrato
Um substrato ideal para enraizamento deve
ter baixa densidade, com capacidade de
retenção de água, aeração e drenagem,
coesão entre as partículas ou aderência
junto às raízes e ser, preferencialmente, um
meio estéril
Mello (1989) citado por Antunes et al. (1997)
INTRODUÇÃOUniconazol
Compostos do triazol têm propriedades reguladoras de crescimento, afetando o alongamento do caule. Esses efeitos sobre o crescimento têm sido associados com a inibição da biossíntese de giberelina
• Estimulam a formação de raízes em espécies ditas fáceis de enraizar
Zuffellato-Ribas e Rodrigues (2001)
Baixas concentrações
• Aumentam a resistência das plantas aos fatores ambientais adversos
Compostos Fenólicos
Compostos fenólicos interagem com as auxinas endógenas, como o ácido indol acético (IAA), podendo estimular a formação de raízes adventícias em estacas.
Monofenóis - atuam potencializando o sistema IAA oxidase/peroxidase (IAA-O)
Davis et al. (1988)
Classificados em dois grandes grupos:
Polifenóis - inibem a destruição do IAA por inativarem o sistema IAA-O
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Polifenóis
Uniconazol
+ auxina(IAA)
complexo IAA/Co-fator
RNAiniciação radicial
GA(bloqueia a
divisão celular, inibindo a
formação de raízes)Co-fator
1Co-fator 2Co-fator 3(Ác.
isoclorogênico)
(terpenóides oxigenados)
Co-fator 4
IAA-O (destruição
do IAA)
Hartmann et al. (1997)
Monofenóis
Objetivo Geral
Uma vez que a taxa de germinação de
sementes de Sapium glandulatum é baixa
e, visto sua importância como espécie
nativa na recuperação de áreas
degradadas, este trabalho tem por objetivo
estudar a propagação vegetativa, via
estaquia, do pau-de-leite utilizando
diferentes concentrações de ácido indol
butírico (IBA) sozinho e em associação com
uniconazol (UZ), em dois tipos de
substratos
INTRODUÇÃO
Objetivos Específicos
• Verificar a ação de diferentes concentrações de IBA e UZ no enraizamento de estacas de Sapium glandulatum• Verificar o enraizamento da espécie em dois diferentes substratos (vermiculita e casca de arroz carbonizada)
• Verificar a melhor época do ano (primavera, verão, outono e inverno) para o enraizamento da espécie
INTRODUÇÃO
Objetivos Específicos
• Quantificar os teores de triptofano endógeno, nas 4 estações do ano
• Quantificar os teores dos seguintes compostos fenólicos:
Monofenóis:
ácido 3 hidroxi-cinâmicoácido 4 hidroxi-benzóicoácido elágico
Polifenóis:
ácido 3,4 di-hidroxi-cinâmicoácido gálicoácido caféicoácido m-cumárico
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação da Embrapa Florestas (Colombo - PR)
Local de instalação
Os ramos foram coletados nos municípios de Colombo, PR e Bocaiúva do Sul, PR
Local de coleta
primavera/2001, verão/2001, outono/2002 e inverno/2002
Época de coleta
METODOLOGIA
As estacas
• Corte em bisel abaixo da última gema basal e corte reto acima da última gema apical
• Comprimento aproximado de 15 cm
• Diâmetro aproximado de 0,6 cm
• Duas folhas na porção apical, com sua área reduzida à metade
METODOLOGIADesinfestação das estacas
• Hipoclorito de sódio a 0,5% por 10 minutos
• Benlate® (benomil) 0,5 g.L-1, por 15 minutos
Tratamentos
T1: 0 mg.L-1 IBA
T2: 6.000 mg.L-1 IBA
T3: 12.000 mg.L-1 IBA
T4: 0 mg.L-1 IBA + 100 mg.L-1 UZ
T5: 6.000 mg.L-1 IBA + 100 mg.L-1 UZ
T6: 12.000 mg.L-1 IBA + 100 mg.L-1 UZ
METODOLOGIA
• Caixa de polipropileno de 15 x 30 x 12 cm
• Substratos utilizados: Casca de arroz carbonizada Vermiculita
METODOLOGIA
Variáveis
• Percentual de estacas enraizadas
• Percentual de estacas com calos
• Percentual de estacas vivas
• Percentual de estacas mortas
Após 70 dias foram avaliados:
METODOLOGIA
METODOLOGIA
Delineamento experimental
• Serão utilizados 6 tratamentos, aplicados
em 4 parcelas de 20 estacas por parcela,
num experimento inteiramente casualizado
em esquema fatorial de 3 x 2 x 2, (3 doses
de IBA x presença e ausência de UZ x 2
substratos), perfazendo um total de 960
estacas/estação
• A homogeneidade das variâncias dos tratamentos será analisada pelo teste de Bartlett
• As variáveis cujas variâncias se mostrarem homogêneas, terão as médias dos tratamentos testadas pelo teste de F
• As variáveis cujas variâncias se mostrarem heterogêneas, terão seus valores originais transformados pela fórmula X + 10½, e analisados
• Quando os resultados revelarem existir diferenças significativas entre as médias dos tratamentos, estas médias serão comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade
METODOLOGIA
Análise fitoquímica
• Está parte do experimento está sendo conduzida na UFPR, Setor de Ciências Exatas, Departamento de Química, Laboratório de Produtos Naturais
• De cada coleta, foram separadas 10 estacas, acondicionadas em sacos plásticos e congeladas
METODOLOGIA
• O extrato será purificado em coluna de sílica e analisado por Cromatografia Líquida de Alta Pressão (HPLC), comparando-se aos padrões
RESULTADOS
0
2
4
6
8
10
12
T1 T2 T3 T4 T5 T6
Porcentagem de enraizamento entre os tratamento, nos substratos vermiculita (VER.) e Casca de arroz
carbonizada (CAC.), na primavera/2001.
VER.
CAC.
0
2
4
6
8
10
12
Prim./2001 Verão/2001 Out./2002 Inv./2002
Porcentagem média de sobrevivência das estacas de pau-de-leite em cada estação, nos substratos
vermiculita (VER.) e casca de arroz carbonizada (CAC.)
VER.
CAC.
RESULTADOS
RESULTADOS
80
85
90
95
100
Prim./2001 Verão/2001 Out./2002 Inv./2002
Porcentagem média de mortalidade das estacas de pau-de-leite em cada estação, nos substratos
vermiculita (VER.) e casca de arroz carbonizada (CAC.)
VER.
CAC.
OBRIGADO !